Revista Rota Verde Ed.1

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GALÁPAGOS O berço da teoria da evolução PESCAVENTURA Os Doutores das águas 7 maravilhas da Natureza BONITO Descubra as belezas da Serra da Bodoquena DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Edição nº 1

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Revista Rota Verde. Publicação que aborda o turismo de aventura, o ecoturismo, esportes ao ar livre, pesca esportiva e ecologia.

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Edição nº 1

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04As 7 maravilhasAs sete novas maravilhas da natureza

14BonitoDescubra as belezas da Serra da Bodoquena

60Esporte & AventuraInformação, autocontrole e determinação

72GalápagosO berço da teoria da evolução

PescaventuraDoutores das águas, a iniciativa privada em favor da vida

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Rota Verde

rotaverde.net [email protected]

Revista ROTA VERDE edição N˚1, de Janeiro de 2013 é uma publicação trimestral da Editora Grisanti Ltda - ME.O acesso gratuito à publicação digital é disponibilizado através do site www.rotaverde.net .Central de atendimento, de Segunda à Sexta-Feira, das 8h às 18h - Tel: (11) 4171-1133 -email: [email protected] .É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo da Revista Rota Verde sem a prévia autorização da Editora Grisanti Ltda-ME.

Diretor Executivo: Marcello LemosJornalista Responsável: Daniela Alves - MTB 55873/SPRedator Chefe: Marcello LemosRevisão: Alexandre BarbosaCoordenador de Arte: Thiago B. JoaquimFotogra�as não identi�cadas/Capa: naturereserve.com.brColaboradores: ATRATUR, Pescaventura, Marcelo Krause, Agência Ygarapé, Prefeitura Municipal de Bonito e Secretaria Municipal de Turismo de Bonito/MS

Expediente

Edição 01

Revista

GALÁPAGOSO berço da teoria da evolução

PESCAVENTURAOs Doutores das águas

7maravilhas da Natureza

BONITODescubra as belezas da Serra da Bodoquena

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r A publicação da Revista Rota Verde é a concretização de um projeto de participar

ativamente do desenvolvimento do turismo sustentável, tendo como foco principal incentivar esportes e atividades em contato com a natureza.

O ecoturismo e o turismo de aventura vêm ganhando cada vez mais adeptos e nossa publicação vai de encontro a esse público levando várias opções de destinos ideais para a realização da viagem dos sonhos.

Recentemente, atingimos a marca dos 7 bilhões de habitantes no planeta e as questões relacionadas ao meio ambiente nunca estiveram tão em evidência. A busca por energia limpa, as mudanças climáticas e a escassez de recursos naturais são apenas alguns tópicos que prendem a nossa atenção. Não temos a pretensão de resolver os problemas mundiais, mas queremos fazer parte da solução, informando e despertando o interesse das pessoas para uma melhor qualidade de vida, em equilíbrio com a natureza.

Nosso desafio é atingir o maior número possível de pessoas, empresas, organizações, políticos e formadores de opinião, despertando-os para a necessidade de tomar decisões que ajudem a melhorar a condição do meio ambiente. “Pequenas atitudes geram um grande resultado”.

Nosso periódico abordará de forma enfática as atividades desenvolvidas nos cenários mais lindos da América Latina.

Finalmente, optamos por uma apresentação gráfica agradável, repleta de excelentes fotografias que reproduzem com fidelidade os locais e situações reportadas.

Nossa revista digital estará vinculada ao site www.rotaverde.net, com acesso gratuito. Os leitores terão diversos canais de contato pelo site da revista, como e-mail, Facebook, Youtube ou mesmo por telefone, para sugestões ou críticas.

Equipe Rota Verde

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OS 28 Lugares Finalistas:01 - Amazônia (América do Sul)02 - Angel Falls (Venezuela)03 - Bay of Foundy (Canada)04 - Black Forest (Alemanha)05 - Bu Tinah Island (Emirados Árabes)06 - Cliffs of Moher (Irlanda)07 - Dead Sea (Israel, Jordânia e Palestina)08 - El Yunque (Porto Rico)09 - Foz do Iguaçu (Argentina e Brasil) 10 - Galapagos (Equador)11 - Grand Canyon (Estados Unidos)12 - Great Barrier Reef (Austrália e PNG)13 - Halong Bay (Vietnã)14 - Jeita Grotto (Líbano)15 - Jeju Island (Coréia do Sul)16 - Kilimanjaro (Tanzânia)17 - Komodo (Indonésia)18 - Islands of the Maldives (Maldivas)19 - Masurian Lake (Polônia)20 - Matterhorn/Cervin (Itália e Suíça)21 - Milford Sound (Nova Zelândia)22 - Mud Volcanoes (Azerbaijão)23 - P P Underground River (Filipinas) 24 - Sundarbans (Índia)25 - Table Mountain (África do Sul)26 - Uluru (Austrália)27 - Vesuvius (Itália)28 - Yushan (China)

1. Amazônia

2. Foz do Iguaçu

Texto: Marcello Lemos

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7. Table Mountain

6. Puerto Princesa

4. Jeju Island

5. Komodo

3. Halong Bay

No dia 11 de Novembro de 2011, após 4 anos de seu início, o concurso organizado pela “New7Wonders”, para identificar as 7 maravilhas naturais teve o seu desfecho.

Através do voto popular feito pela internet , telefone e SMS, centenas de milhões de votos definiram os vencedores. Na primeira etapa do concurso, cerca de 220 países participaram inscrevendo seus mais espetaculares patrimônios naturais, totalizando mais de 440 lugares concorrendo ao título. Deste total, 28 candidatos foram selecionados como finalistas pelos especialistas reunidos pela organizadora do concurso, por meio dos seguintes critérios:

- Beleza única do local- Diversidade e distribuição (7 grupos)- Significado ecológico- Legado histórico- Localização geográfica A relação dos 28 finalistas foi divulgada ao público em 21 de Julho de 2009 e seguiu-se então a votação popular.

Localização geográfica das 7 Maravilhas da Natureza.

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Os 7 especialistas responsáveis pela seleção prévia dos 28 finalistas são:- Prof. Dr. Federico Mayor Zaragoza, ex-diretor geral da UNESCO.- Dr. Jonh Francis, conhecido mundialmente como “Planetwalker”.- Simon King, cinegrafista e apresentador de televisão.- Ana Paula Tavares, vice-presidente sênior mundial da “Rainforest Aliance”- Rex Weyler, jornalista e ecologista, cofundador do Greenpeace internacional- Prof. Dr. Jan Zima, membro do conselho da Academia de Ciências da República Checa.- Bernard Weber, presidente e fundador da New7wonders, responsável pelas campanhas para apurar as maravilhas do mundo.

1. Amazônia Nossa gigantesca floresta úmida, que se

estende por 9 países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), teve merecidamente seu lugar reconhecido entre as maravilhas da natureza. De importância mundial, a Amazônia comporta o rio mais caudaloso do mundo, o Amazonas, que nasce no Peru e desagua no oceano Atlântico em território brasileiro, após percorrer mais de 6.000 Km. Atualmente, existem estudos que indicam que o Amazonas pode ser também o rio mais extenso do mundo, superando o rio Nilo.

Encontro das águas do Rio Negro e Solimões

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2. Foz do IguaçuCom aproximadamente 2.700 metros de

extensão, em forma de semicírculo, 80 metros em seu ponto mais alto e cerca de 275 quedas, as cataratas do Iguaçu ficam na fronteira entre o Brasil (Estado do Paraná) e Argentina (Província de Misiones). As quedas estão nas áreas de parques nacionais dos dois países e são cercadas pela Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do planeta.

O rio Iguaçu tem na região das cataratas a vazão média anual de 1,2 a 1,5 milhões de litros por segundo.

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3. Halong Bay Com este visual incrível a baía Halong na província vietnamita de Quáng Ninh agarra seu

lugar entre as 7 maravilhas da natureza. São 120 Km de costa com 1.969 ilhotas de formação calcária que escondem cavernas e lagos em seus interiores.

4. Jeju Island É a maior ilha da Coréia do Sul, localizada a 130 Km da costa do país. Sua área é de 1.846

Km2 e em 2007 teve 3 locais declarados patrimônio da humanidade pela UNESCO: Hallasan, um vulcão adormecido de 1.950 metros de altura; Ilchulbong Peak, cratera de 600 metros de diâmetro por 90 de altura; Geomunoreum , um sistema de tubos de lava.

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5. KomodoUm paraíso selvagem na Indonésia, famoso

por abrigar enormes lagartos, os dragões de Komodo.

Em 1980 foi criado o Parque Nacional de Komodo que tinha como objetivo inicial proteger os dragões, posteriormente, esta proteção foi estendida a diversas outras espécies do arquipélago. O parque abrange as 3 maiores ilhas do arquipélago: Komodo, Rinca e Padar.

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6. Puerto Princesa - Rio Subterrâneo Em Palawan, nas Filipinas, a cerca de 50 Km ao norte da cidade de Puerto Princesa está o

Parque Nacional onde, inserido num cenário idílico encontra-se o rio subterrâneo. O rio é navegável por 8,2 Km, percorrendo o subsolo calcário em meio às formações

geológicas e desaguando numa lagoa de águas cristalinas.

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7. Table Mountain Como o próprio nome sugere, esta montanha que fica no litoral da África do Sul, tem o seu

topo plano como uma grande mesa que se ergue a 1.086 metros do nível do mar. À noite as luzes da cidade de Cape Town enfeitam a majestosa paisagem.

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ESPAÇO RESERVADO PARA PubliCiDADE

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ESPAÇO RESERVADO PARA PubliCiDADE

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Descubra as maravilhas da Serra da Bodoquena

Rio Sucuri Texto: Marcello LemosFotos sem identificação de autoria: Nature Reserve

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Bodoquena

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Porto Murtinho Guia Lopes da LagunaJardim

Fazer de Bonito uma das matérias de lançamento da revista Rota Verde não foi coincidência. Este é sem dú-vida um dos mais belos lugares do Brasil.

Situado na região da Serra da Bodoquena, a cerca de 280 Km a sudoeste da capital Sul Ma-to-grossense, Campo Grande, o município de Bonito possui além de vasta beleza natural, uma excelente infraestrutura voltada ao turis-mo e um povo hospitaleiro que transmite ao vi-sitante a sensação de estar em casa.

Com uma organização ímpar, o turismo em Bonito desenvolveu-se de forma sustentável e vem crescendo a cada ano sem que o meio am-biente seja comprometido no processo. Muito se deve a implantação do sistema de “Voucher Único”, idealizado por um dos mais ilustres bo-nitenses, o Sr. Antonio Carlos Silveira Soares, o “Tó”. Este sistema evoluiu para o “Voucher Úni-co Digital” e atualmente é referência no país, possibilitando coletar informações e estatís-ticas importantes sobre o perfil dos turistas, permitindo dimensionar o número de visita-ções em determinada atração, incentivando a arrecadação de impostos municipais e talvez o mais importante, ele mensura a capacidade de

carga diária para que o impacto causado pelos visitantes seja assimilado pelo ecossistema da região. Concomitantemente, muitos fazendei-ros da região descobriram que o turismo eco-lógico e de aventura poderia gerar uma receita significativa e migraram suas atividades para este mercado. Investiram em belas sedes para recepcionar os visitantes e abriram as portas de suas propriedades, revelando lugares de beleza indescritível.

Outra forte linha de atuação em prol da sustentabilidade é a educação. Algumas instituições, como a Brazil Bonito, fazem o trabalho de base, complementando o apren-

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dizado tradicional das escolas com o conceito de utilização dos recursos disponíveis na re-gião para gerar renda à população, sem causar dano ambiental como, por exemplo, com a re-ciclagem de lixo.

O Recanto ecológico Baía Bonita, foi um empreendimento pio-neiro no segmento de ecotu-rismo. Numa época em que as atividades dos fazendeiros da

região resumiam-se a agricultura, pecuária e

AQUÁRIO NATURAL

A grande diversidade de atrativos turísticos favorece o destino, transformando uma simples viagem de lazer em uma inesquecível experiên-cia.

extração mineral, esta área de nascente não se enquadrava como área produtiva e precisou de um visionário para transformá-la num dos grandes atrativos de Bonito. O local é continu-amente monitorado para que se acompanhe o impacto causado pela visitação. Além de ficar constatado que não houve dano em função do turismo, em 2004 os pesquisadores Ricardo C. Benine, Ricardo M. C. Castro e José Sabino, registraram uma nova espécie de peixe en-

A seguir, listaremos os principais atrativos turísticos da região que compreende os municípios de Bonito, Jardim e Bodoquena.

Piraputanga (Brycon hilarii)

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contrado no local, um tipo de lambari, o Mo-enkhausia bonita.

Após se familiarizar com o equipamento de mergulho na piscina do receptivo (opcional), o visitante percorre uma bela trilha até a nascen-te do rio Baía Bonita, de onde começa a flutu-ação.

Com o cenário composto pela riquíssima ve-getação aquática e peixes coloridos, o aquário natural permanece exatamente como o dia em que foi encontrado, um lugar paradisíaco.

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A gruta foi descoberta em 1924 por um índio Terena e teve seu tombamento feito pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1978, o que garantiu a sua preservação.

Entre as normas de visitação da gruta destaca-se a proibição ao banho.

Idade mínima para o passeio é de 5 anos.

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Este é um dos passeios mais tradicio-nais de Bonito. As águas cristalinas do lago, que tem sua profundida-de estimada em aproximadamente 90 metros, refletem tons que vão

do turquesa ao azul-marinho. Dependendo da época do ano, no período da manhã, o Sol ilumina seu interior revelando um espetáculo natural de tirar o fôlego. Uma equipe Franco--Brasileira de mergulhadores de cavernas rea-lizou uma expedição em 1992 para desvendar

alguns dos segredos deste lugar incrível. Entre as descobertas estavam fósseis de mamíferos, que viveram no Pleistoceno (período geológi-co compreendido entre 6.000 e 10.000 anos atrás).

Mais um dos motivos que torna este lugar único no mundo, é a existência de um peque-no crustáceo, o Potiicoara brasiliensis pires, 1987. Albino e cego, ele é endêmico às águas desta caverna.

GRUTA DO LAGO AZUL

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CAHOREIRAS DO RIO DO PEIXE

O Sr. Moacir recebe os turistas em sua propriedade repleta de cachoeiras e piscinas naturais com o mesmo carinho que tem pelos animais.

Caminhando por trilhas entre a mata temos acesso a cachoeiras de incrível beleza, algumas com grutas outras com poços e todas nos pro-porcionam uma revigorante ducha.

Em algumas piscinas naturais foram instala-dos trampolins e carretilhas (tirolesa) para in-crementar a diversão.

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O almoço é um caso a parte. A Dona Dilva, com o auxílio de seu marido, o Sr. Moacir, pre-para um dos mais famosos atrativos gastro-nômicos da região. São servidos vários pratos típicos, preparados em forno a lenha. Um ver-dadeiro banquete.

Após o almoço, como o regente de uma or-questra muito especial, o proprietário da fazen-da convida os animais silvestres que cercam o receptivo a fazerem um show para os turistas.

No período da tarde o visitante pode optar por descansar nas redes ou partir para outro agradável passeio.

Passeio Indicado para toda a família.Levar roupa de banho, calçado para caminhada e máquina fotográfica.

Macaco-prego (Cebus apella)

Tucano-toco (Ranmphastos toco)

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Marcelo Krause / Acervo Atratur

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ABISMO ANHUMASUm dos pontos altos para o turis-

mo de aventura, o Abismo Anhu-mas é uma maravilhosa caverna alagada. Para ingressar nesta ca-verna, o aventureiro desce de ra-

pel por 72 metros, entrando por uma pequena fenda que se abre num enorme salão repleto de cortinas e estalactites até chegar ao deck flu-tuante sobre o límpido lago com 80 metros de profundidade. A partir daí começa a flutuação ou, para os mergulhadores certificados (open water), um dos mais fantásticos mergulhos au-tônomos do país, passando entre gigantescos espeleotemas.

O passeio é todo acompanhado por monitores e técnicos treinados para garantir a total segu-rança dos turistas e para que todos se familia-rizem com os equipamentos do rapel, na noite anterior ao evento, é feito um treinamento.

Recomendado para adultos e crianças acima de 12 anos, com restrições para gestantes e pessoas com problemas cardíacos.Levar lanche leve, água mineral, calça ou bermuda longa confortável (exceto jeans), camiseta de manga longa, tênis, roupa de banho, toalha e máquina fotográfica.Não é permitido o uso de protetor solar e repelente.

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BOIA CROSS

A experiência de descer as límpi-das corredeiras do rio Formoso de boia nos remete aos tempos de infância. Os trechos de emo-ção mesclados à tranquilidade

transmitida pelo som das águas correndo e do canto dos pássaros fazem deste passeio uma excelente opção de lazer.

O Boia Cross é realizado na propriedade do Hotel Cabanas, que também oferece ao públi-co (não precisa estar hospedado) o arvorismo, atividade que consiste na divertida travessia de pontes de cordas, redes e cabos aéreos instala-dos sobre a copa das árvores.

Todas as atividades são acompanhadas por condutores especializados e possuem sistema de gestão de segurança. Outras opções para o arvorismo são realizadas pela Ybirá Pe e pelo Circuito Arvorismo.

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ARVORISMO

Indicado para adultos e crianças acima de 6 anos.Levar:Boia Cross - chinelos, toalha e roupa de banho.Arvorismo - Tênis (obrigatório), roupa que se possa molhar, toalha e muda de roupa.

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PARQUE DAS CACHOEIRAS

Sete cachoeiras com pontos para banhos em piscinas naturais aguar-dam os turistas ao longo de uma bela trilha pela mata ciliar do Rio Mimoso. Formadas por tufas cal-

cárias, algumas destas cachoeiras apresentam grutas de onde é possível apreciar os detalhes destas formações por um ângulo inusitado.

Indicado para adultos e crianças.

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ESTÂNCIA MIMOSA

Separada do Parque das Cachoeiras pelo Rio Mimoso, a Estância Mimo-sa conta com uma excelente estru-tura para receber seus visitantes.

Oito cachoeiras, piscinas naturais, plataforma de 6 metros de altura para saltos, barco a remo e um receptivo muito aconche-gante são alguns dos atrativos deste passeio.

Indicado para adultos e crianças.

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Às margens do Rio Formoso, este agradável balneário é uma óti-ma opção para passar o dia. Sua estrutura conta com estaciona-mento, sanitários, restaurante,

lanchonete, quiosques com churrasqueiras e quadras de vôlei e futebol de areia. A boa visi-bilidade das águas do Rio Formoso possibilita que o visitante mergulhe e nade livremente no meio de grandes cardumes de Piraputangas e outros peixes.

Não é necessário o acompanhamento de guia turístico.

BALNEÁRIO MUNICIPAL

Recomendado para todas as idades.Levar: toalha, roupa de banho, máscara de mergulho ou óculos de natação.

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RIO SUCURI

As águas incrivelmente cris-talinas deste rio permitem que os visitantes tenham uma experiência fantásti-

ca, vislumbrando diversas espécies de peixes e plantas aquáticas que com-põem este belíssimo ecossistema. Além da visita às áreas de nascentes e da flutuação no Rio Sucuri, o recep-tivo oferece aos turistas outras opções de lazer, como por exemplo, voo pa-norâmico, passeio a cavalo, de quadri-ciclo ou de bicicleta.

A fazenda também conta com res-taurante, bar, loja, vestiários e toda a estrutura necessária para atender os seus visitantes.

Flutuação: acima de 6 anosCavalgada e ciclismo: acima de 8 anosO que levar:Roupa de banho, toalha e máquina fotográfica

Recomendado para:Adultos e crianças (não é necessário saber nadar)

Área de nascente

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Anta (Tapirus terrestris)Rio Sucuri/Acervo Atratur

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O Projeto Jiboia existe desde abril de 2004 e foi criado por Henri-que Naufal, que através de suas experiências pessoais notou que a maioria das pessoas tem mui-

to medo e acabam por este motivo querendo matar serpentes. Elaborou então uma maneira diferente de se fazer educação ambiental, atra-vés de uma explanação bem humorada sobre os mitos e fatos que envolvem esses animais in-compreendidos.

Após conhecer o projeto Jiboia as pessoas acabam tendo uma nova visão em relação às serpentes, e entendendo sua importância para o ambiente natural.

Todos os dias às 19h, Henrique e sua equi-pe recebem os visitantes num auditório com capacidade para mais de 100 pessoas, que ao visitarem este atrativo, também contribuem com o sucesso desta história de preservação ambiental.

End: Rua Nestor Fernandes nº610 - Vila Donaria - Bonito/MS

PROJETO JIBOIA

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PASSEIOS DE BOTE

Neste agradável passeio pelo Rio Formoso, intercalando trechos de

calmaria e outros com divertidas passagens por cachoeiras e corredeiras, é constante a companhia de aves e macacos.

O início deste passeio depende da operadora escolhida, sendo as mais conhecidas a Bote Karajá e a Ygarapé Tour.

O Bote Karajá tem o percurso um pouco mais longo e parte do balneário Ilha Bonita com destino final (para todas as operadoras) na Ilha do Padre onde também há um balneário. Idade mínima recomendada para o passeio é de 5 anos.

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PRAIA DA FIGUEIRA

Com 60.000m² de espelho d’água e repleta de peixes a Praia da Fi-gueira é diversão garantida para toda a família. Sua enorme estru-tura oferece pedalinhos, caiaques,

bar molhado, tirolesa, cama elástica, restauran-tes, quiosques na praia e redes sob a frondosa figueira que dá o nome ao lugar. O local tam-bém apresenta uma fauna riquíssima, sendo comum encontrar Tamanduás, Mutuns, cotias, entre outros.

Passeio para adultos e crianças.Levar roupa de banho e toalha.

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GRUTA DE SÃO MIGUEL

Uma trilha suspensa que nos per-mite caminhar entre a copa das árvores dá acesso à entrada das grutas secas, repletas de espele-otemas.

Com uma estrutura apropriada para receber os turistas, o local dispõe de bar e banheiros.

Na região é frequente a presença de animais silvestres como lobinhos, macacos e diversas espécies de aves.

Indicado para adultos e crianças acima de 5 anos.Levar roupa confortável e tênis.

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RIO DA PRATA

Sem sombra de dúvida, este é um dos melhores passeios de ecoturis-mo do Brasil. Simplesmente imper-dível!

As grandes quantidades de pei-xes de diversas espécies e a exuberante mata ciliar atestam a sustentabilidade deste premia-díssimo passeio.

Tendo como sua principal atração a flutua-ção nas águas absolutamente cristalinas do Rio Olho d’Água, o passeio tem início numa trilha de 1800 metros pela mata da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), repleta de árvores centenárias e animais silvestres.

Chegando à nascente do Rio Olho d’Água o visitante depara-se com uma imensa piscina natural onde a flutuação começa.

As águas da nascente mantém-se a agradá-veis 24ºC durante o ano todo e a suave corren-teza do rio conduz o visitante confortavelmen-

te por aproximadamente 2.000 metros até o encontro com as águas do Rio Formoso, onde a temperatura cai alguns graus. Neste ponto existe a opção de continuar o passeio num bar-co movido a motor elétrico.

Dourado (Salminus brasiliensis).

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Depois de aproximadamente 4 horas de pas-seio, que passam voando, o grupo, sempre acompanhado por guias especializados, se-gue num veículo do atrativo para o receptivo, onde uma deliciosa refeição os aguarda.

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O recanto Ecológico Rio da Prata localiza-se no município de Jardim a aproximadamente 50Km de Bonito. O passeio possui um sistema de gestão de segurança certificado pela ABNT e pelo INMETRO.

Recomendado para adultos e crianças acima de 8 anos.Levar roupa de banho, toalha e máquina fotográfica à prova d’água (disponível para locação no local ou na cidade de Bonito).

Piraputanga (Brycon hilarii)Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla)

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BURACO DAS ARARAS

O Buraco das araras é uma forma-ção geológica, resultante de um desmoronamento por efeito da erosão do subsolo, conhecida como dolina.

Percorrendo a trilha de 500 metros ao redor desta formação, o visitante pode contemplar varias espécies de aves da região, mas as aten-ções estão centradas nas araras, em especial nas araras vermelhas (Ara chloropterus), que se reúnem em grande número nos arredores dos paredões de 100 metros de altura.

No receptivo há lanchonete e toaletes.Por localizar-se no município de Jardim, este

passeio é uma ótima opção para fazer combi-nado ao rio da Prata.

Arara-Vermalha (Ara chloropterus)

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Acessível a pessoas de qualquer faixa etária e cadeirantes. Levar máquina fotográfica, binóculos e chapéu.

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LAGOA MISTERIOSA

Esta lagoa é um dos melhores locais da serra da Bodoquena para o mer-gulho autônomo. Ela está localizada no município de Jardim, a aproxi-madamente 50Km de Bonito.

A partir do receptivo, o acesso à lagoa é fei-to por trilha e escadaria com 179 degraus, fato que torna o passeio desaconselhavel para ges-

tantes e pessoas com problemas cardíacos.A visibilidade da água é impressionante e o

cenário majestoso é favorecido pela geologia da lagoa que fica no centro de uma dolina. Para fazer a flutuação não é necessário o uso de rou-pa de neoprene pois a temperatura de 24º C é constante.

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indicado para a faixa etária de 8 a 65, sendo que este limite máximo é flexivel, dependendo das condições físicas da pessoa.Levar: calçado fechado (Tênis, papete,etc), roupa de banho e toalha.

Ivan Cavas/Acervo do Grupo Rio da Prata

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BOCA DA ONÇA

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Um rapel de 90 metros de altu-ra sobre o vale do Rio Salobra, a mais alta cachoeira do Mato Grosso do Sul, uma trilha de 3Km repleta de áreas para banho no

meio da serra da Bodoquena e o receptivo da fazenda muito bem estruturado são os atrati-vos deste passeio.

A Boca da Onça Ecotour é um dos melhores atrativos deste gênero. Além da cachoeira de 156 metros de altura que dá o nome ao lugar existem outras cachoeiras que permitem que o visitante se refresque em suas águas, inclusive uma de tirar o fôlego que fica escondida dentro de uma gruta.

Para os aventureiros, o rapel em negativo fei-to a partir da plataforma que se projeta sobre o

vale oferece a oportunidade de curtir a descida numa paisagem fantástica.

No percurso deste passeio, todos os visitan-tes podem acessar o mirante sobre a platafor-ma de rapel e ter uma vista panorâmica da re-

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Recomendado para adultos e crianças.Para o rapel há restrições às mulheres grávidas, pessoas com menos de 40 Kg e cardiopatas.

gião. Também há no trajeto uma praia cênica própria para o banho.

No receptivo da fazenda um delicioso al-moço aguarda a todos.

A Boca da Onça fica no município de Bodo-quena ao lado do Parque Nacional da Serra da Bodoquena.

Vale do rio Salobra

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BirdWatching

Pica-pau-verde-barrado (Chrysoptihs melanochloråos)

Ema (Rhea americana)

Gavião-carijó (Rupornis magnirostris)

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Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) Udu-de-coroa-azul (Momotus momota)Ka

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Araçari-castanho (Pteroglossus castanotis)

Besourinho-de-bico-vermelho (chlorostilbon lucidus)

Anu-branco (Guira guira)

O birdwhatching ou observação de aves é uma atividade sustentável que compõem o ecoturis-mo.

O número de adeptos no Brasil vem crescendo de forma consistente, gerando uma boa fonte de renda para os destinos onde a atividade é ex-plorada e ampliando o conhecimento das espé-cies, fator crucial para a preservação.

Com uma das maiores diversidades de aves do mundo, o Brasil é um destino internacional para os aficionados a este hobby e a região do panta-nal mato-grossense é um excelente ponto para a observação de pássaros e outros animais.

Em Bonito alguns representantes desta ativi-dade colaboram com a formação de guias espe-cializados para acompanhar os turistas mais exi-gentes. A Bonito Birdwatching é uma referência no assunto e podem ser contatados pelo ende-reço eletrônico:

www.bonitobirdwatching.blogspot.com.br .

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Arara Azul Grande (Anodorhynchus hyacinthinus)

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As águas cristalinas do planalto da Bodoquena são um dos grandes atrativos turísticos da região. Este fato deve-se às propriedades ge-ológicas deste lugar. As águas

ácidas provenientes das chuvas e da decom-posição da matéria orgânica interagem com o calcário do solo cárstico, liberando grandes quantidades de carbonatos de Cálcio e Mag-nésio que dissolvidos nas águas dos rios fazem com que as partículas em suspensão decantem.

Uma das melhores maneiras de apreciar as paisagens e observar animais é cavalgando. Em vários locais esta opção de passeio é ofe-recida aos visitantes, como por exemplo, no Parque Ecológico do Rio Formoso, no Rio Su-curi, no Recanto Ecológico do Rio da Prata, na Estância Mimosa e no Parque das Cachoeiras, entre outros.

Se for cavalgar, não se esqueça de levar calça, chapéu e botas ou tênis.

Atualmente, o turismo é a atividade que mais gera empregos na região e vem crescendo a cada ano de forma organizada e sustentável. Desta forma, vale lembrar que os passeios têm um limite diário de visitantes, por isso, é reco-mendável que se faça reserva antecipadamen-te junto a sua operadora de turismo.

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Aéreo Voe TRIP - Em 2010, a TAM e a TRIP Linhas Aéreas ampliaram o acordo de compartilhamento de códigos de voo (codeshare). Com a ampliação do acordo, a TAM poderá comercializar três novos voos, e Bonito/MS é um deles. São dois voos semanais (São dois voos semanais,um às Quintas e outro aos Domingos). Voo fretado CVC pela TRIP Linhas Aéreas em jatos Embraer 175. Voo semanal, saindo de Guarulhos/SP direto para Bonito/MS.

RodoviárioPara quem vem de Campo Grande em um percurso de 290 km de distância até Bonito, passando pela BR 060 por Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna e Bonito. • Vindo de São Paulo existem 2 opções:

1 Por Presidente Prudente, passando por Bataguassu, Nova Alvorada, Rio Brilhante, Maracaju, Guia Lopes da Lagoa e Bonito.

2 Pela rodovia Castelo Branco seguindo em direção ao trevo de Botucatu até a rodovia Marechal Rondon sentido Três Lagoas - Campo Grande - Sidrolândia - Guia Lopes da Laguna e Bonito.

De Ônibus saindo de Campo Grande/MS pela Viação Cruzeiro do Sul, a viagem leva cerca de 5 horas.

Como Chegar:

boa viagem!

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Distâncias dos passeios ao centro de bonito

Nossos agradecimentos:ATRATUR - www.atrativosbonito.com.brSecretaria Municipal de Turismo - www.bonito-ms.com.brPrefeitura Municipal de BonitoRestaurante TaperaYgarapé Tour - www.ygarape.com.brMarcelo Krause - Fotógrafo

Alguns números de bonito:População: 19.459 habitantes (Censo 2010)Hotéis, Pousadas e Resort: 86 empreendimentos com um total de 1.312 apartamentosAtrativos: 45 empreendimentos e 50 atividadesRestaurantes: 18 na área urbana e 15 na rural

- Aquário Natural.......... 7,7 Km- Gruta do Lago Azul...... 19 Km - Rio do Peixe.............. 33,7 Km- Abismo Anhumas.......20,8 Km - Boia Cross / Arvorismo (Hotel Cabanas)........... 6,1 Km- Pq das Cachoeiras......... 17,2 Km- Estância Mimosa......... 22,6 Km- Balneário Municipal ... 6,4 Km- Rio Sucuri.................... 19 Km- Bote Karajá.................. 11,8 Km- Praia da Figueira......... 15,7 Km- Grutas de São Miguel.. 15,5 Km- Rio da Prata................. 50,2 Km- Buraco das Araras....... 54,1 Km- Lagoa Misteriosa.......... 50 Km- Boca da Onça............... 59 Km- Ceita Corê..................... 35,9 Km- Bote Ygarapé................ 12,1 Km- Ybirá Pe (arvorismo).... 8 Km- Balneário do Sol........... 11,2 Km- Projeto Jiboia............... 0 Km- Barra do Sucuri........... 17,9 Km- P. E. Rio Formoso........ 6,6 Km- Ilha do Padre................ 11,8 Km- Ilha Bonita................... 11,8 Km- Bonito Aventura........... 6,2 Km

Tamanduá Mirim (Tamandua tetradactyla)Autor: Eric Isselée/Shutterstock

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Esporte

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Informação, autocontrole e determinação são os grandes aliados das atividades ao ar livre.

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Texto: Marcello Lemos

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Atividades em contato com o meio ambiente são absoluta-mente prazerosas e propor-cionam a dupla satisfação de estar em contato direto com

a natureza apreciando lindas paisagens e a de praticar seu hobby ou esporte de sua preferência.

As possibilidades são inúmeras e vão das mais altas montanhas às profundezas dos oceanos, ficando a escolha a critério da individualidade e afinidade que cada pessoa tem por determinada atividade.

Como tudo na vida, a informação é a chave para o sucesso. Para conseguir aumentar as chances de atingir os objetivos, temos que analisar uma série de fatores, tais como: técnica, equipamentos, risco envolvido e aptidão física. Esse estudo pode nos dar uma base de conhecimento suficiente para evitar diversas situações desastrosas.

Em diversos lugares do mundo muitas opções de lazer são oferecidas aos turistas sem a menor condição de garantir

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a sua segurança. A melhor maneira de evitar o risco desnecessário é saber o histórico da empresa que está lhe prestando o serviço, verificar as condições do equipamento que será utilizado, respeitar as regras vigentes no local e estar ciente de suas próprias limitações.

Existem órgãos de certificação para atividades de maior risco, mas infelizmente abrangem poucos lugares do mundo, fazendo com que você seja o melhor juiz.

Munido de informação e em condições físicas compatíveis com as exigidas para realizar a tarefa pleiteada, só falta agora vencer o medo.

Um dos fatores que inibem algumas dessas atividades é o medo instintivo de colocar a vida em risco. O que pouca gente imagina é que a maior parte dos aventureiros e praticantes de esportes radicais convivem com medo usando essa sensação como um tempero em suas atividades.

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O medo excessivo normalmente nos priva das melhores experiências da vida. Ele deve ser superado gradativamente com o aumento da autoconfiança, preparo físico e autocontrole.

A pior situação com a qual podemos nos deparar durante a prática de esportes “radicais” é o pânico. Pessoas apavoradas fazem coisas sem sentido e às vezes simplesmente não fazem nada, entram em “choque” e ficam inertes diante de algo que julguem perigoso. O autocontrole, fruto do autoconhecimento e da experiência adquirida com o decorrer do tempo é fundamental para agir corretamente frente a uma situação imprevista.

A medida que vamos avançando nesse longo processo de autoconhecimento, a determinação pessoal torna-se crucial para alcançar as metas iniciais e traçar novas marcas a serem superadas.

Errar faz parte do processo de aprendizado e a quantidade de erros e acertos nos ajuda a forjar uma melhor compreensão da atividade que elegemos.

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Vencer nossos medos é uma das melhores sensações do mundo.

Além disso, é só praticar e curtir. Carpe Diem !

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Uma visão filosófica sobre o medo:

‘’Terror Panicus’’

“A natureza concedeu a todos os seres vivos medo e terror, que conservam a vida e a sua essência e evitam e afastam os males supervenientes. Mas essa mesma natureza não sabe manter a medida certa: a esse temor salutar sempre acrescenta outros, vãos e inanes; de modo que todos os seres e principalmente os Homens (se se pudesse ver dentro deles) estão cheios desse terror pânico”. (Francis Bacon)

“Ao demais, o característico do terror pânico é o de não ter uma consciência clara de seus móveis; ele pressupõe mais e conhece-os menos, e, como saída final, chega a apresentar o medo como sendo a causa do medo”. (Arthur Schopenhauer)

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O berço da teoria da evolução

Texto: Marcello Lemos Fotos sem idetificação de autoria: Nature Reserve

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Localizado a aproximadamente 970 km da costa do Equador, o Arquipélago de Galápagos ou Arquipélago de Colom-bo foi descoberto acidentalmente por Tomas Martinez Gomez (Thomás de

Berlanga) em 1535 quando saiu do Panamá a caminho do Peru e só passou a constar nos ma-pas em 1569 e 1570.

A bordo do “H.M.S. Beagle”, conduzido pelo capitão Robert Fitzroy, estava o jovem britâ-nico naturalista Charles Robert Darwin (1809-1882) que em 1835 chegou a este paraíso.

Darwin observou diversas espécies de ani-mais endêmicos a Galápagos e notou que ha-via uma daptação muito evidente nos bicos

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Puerto Ayora / ilha Santa Cruz

Uma das treze espécies de tentilhão das Galápagos.

Leão marinho de Galápagos (Zalophus Califor-nianus Wollebacki)

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Foto: Manda Nicholls / Shutterstock

Foto: Stubblefield Photography / Shutterstock

de alguns pássaros. Inspirado em suas desco-bertas, formulou a teoria da evolução a partir de um ancestral comum pela seleção natural e causou muita polêmica quando publicou sua obra revolucionária.

Ao iniciar sua jornada pelo mundo em 1831, o jovem Darwin, com apenas 22 anos, era um criacionista, ou seja, acreditava na imutabili-dade das espécies desde sua criação pela for-ça divina. Suas idéias revolucionárias sobre a evolução das espécies foram amadurecendo durante esta viagem. A missão do H.M.S. Bea-gle era a de mapear a costa de vários países e Darwin explorava a fauna a flora e a geologia.

Antes de chegar às ilhas Galápagos, a viagem teve em sua rota lugares como as ilhas Caná-rias, Cabo Verde, Fernando de Noronha, Bahia (onde ficou maravilhado com a mata Atlânti-ca), Rio de Janeiro, Montevidéu, vários pontos da costa da Argentina e do Chile, inclusive com incursões pela Patagônia e pela cordilheira dos Andes, local onde observou aspectos geológi-cos e paleontológicos que o deixaram perple-xo, a ponto de ter que recorrer aos apontamen-tos de seu colega geólogo, Charles Lyell, para atestar a teoria de que tudo o que estava ven-do naquele local a milhares de metros de altura do nível do mar já havia sido o solo marinho, que impelido pelo movimento da crosta ter-restre teria se elevado e aprisionado diversas

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Iguana terrestre (Conolophus subcristatus)

Pelicano marrom (Pelecanus occidentalis)

Mockingbird (Mimus Macdonaldi) da ilha Española.

Lagarto de lava (Tropidurus SP)

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espécies marinhas na forma de fósseis.Após retornar para a Inglaterra em 1836,

Darwin catalogou todas as espécies coletadas e escreveu sobre Zoologia da viagem do H.M.S. Beagle e sobre a geologia sul-americana.

Apesar de sua teoria não ter sido concebida durante a viagem, todos os dados reunidos nesse período foram fundamentais para que ele a formulasse.

A publicação de sua obra mais famosa, “A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural”, ocorreu apenas em 1859, após ter re-cebido uma carta do também naturalista inglês Alfred Russel Wallace, que em seus estudos ha-via chegado às mesmas conclusões.

As Galápagos tiveram um grande papel nesta história, mostrando que o isolamento pressio-nou várias espécies a se adaptarem as condi-ções ali encontradas.

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Caranguejo fantasma (Ocypode gaudichaudii)

Leão marinho de Galápagos (Zalophus Californianus Wollebacki)

Iguana marinha da ilha española.

Ilha Española

Leão marinho amamentando.

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Constituído por dezenas de ilhas de formação vulcânica, o arquipélago sofreu muito com a predação.

Os navios que exploravam estas águas caçavam as enormes tarta-

rugas que eram mantidas vivas por um longo tempo dentro de seus porões até serem utili-zadas como rica fonte de proteína pelos intré-pidos marinheiros. Além deste fato, as espécies nativas foram vitimadas pela introdução pro-posital e acidental de animais invasores como ratos, porcos, insetos, cabras e outras espécies que competiam pelo alimento vorazmente ou que não tinham predadores naturais, causan-do danos praticamente irreparáveis ao ecossis-

tema local.Em 1959, na Ilha Pinta (60 km2) foram introdu-

zidos caprinos para a alimentação dos pesca-dores visto que as tartarugas já eram escassas. Nos anos 60 e 70, estes caprinos já somavam cerca de 40.000 indivíduos que não deram a menor chance de recuperação das tartarugas desta ilha. A erradicação de espécies invaso-ras xige grandes esforços e gastos expressivos, porém a história nos mostra que geralmente não é possível ser realizada com sucesso. Nes-te caso, para nosso alento, a espécie invasora foi erradicada desta ilha a tempo de salvar es-pécies endêmicas da vegetação e em Maio de 2010 foram enviados para a ilha 39 tartarugas

Foto: wcpmedia/Shutterstock

Tartaruga gigante das Galápagos (Geochelone nigra)

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híbridas estéreis para restaurar o equilíbrio do ecossistema (dispersão de sementes).

O projeto do Parque Nacional de Galápagos em conjunto com a Fundação Charles Darwin segue rumo à introdução de indivíduos férteis da espécie geneticamente mais próxima da Tartaruga original desta ilha e o acompanha-mento de sua evolução.

O último exemplar da espécie da Tartaruga de Pinta (Geochelone nigra abingdoni (Günther, 1877)) era um macho conhecido mundialmen-te como George, o solitário (Lonesome Geor-ge). Ele foi encontrado em 1971, resgatado em 1972 e morreu em seu cativeiro na estação de pesquisas da Fundação Charles Darwin na Ilha de Santa Cruz, em 24 de Junho de 2012.

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Desenho: Denis Barbulat/Shutterstock

Ryan M. Bolton/Shutterstock

Jenny Leonard/Shutterstock

George, o solitário.

Cactus (Opuntia echios) e sua flor.

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O arquipélago é banhado pelas correntes ma-rítimas de Humboldt, Cromwell e Equatoriana. A confluência destas correntes proporciona uma incrível profusão de vida selvagem dentro e fora d’água nesta região do Pacífico.

Caranguejo (Grapsus grapsus)

Iguana Marinha (Amblyrhynchus cristatus)

Peixe borboleta (Johnrandallia nigrirostris)

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Arvydas Kniuksta/Shutterstock Luiz A. Rocha/Shutterstock

Tubarão de Galápagos (Carcharhinus galapagensis)

Tubarões martelo (Sphyrna lewini)

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Tubarão-baleia (Rhincodon typus)

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O mergulho em Galápagos é algo surreal, além de uma quantidade incrível de peixes e invertebrados, os cardumes de tubarões marte-lo, tubarões de Galápagos, galhas

brancas de recife, raias, leões marinhos, igua-nas e aves que se atiram no meio dos cardumes de peixes menores, fazem desta atividade um marco na vida do mergulhador.

Seja praticando o mergulho livre ou autôno-mo, a interação com a vida marinha deste ar-quipélago é fantástica.

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Leão Marinho (zalophus californianus wollebaeki)

Moorish Idol (Zanclus cornutus)

Anisotremus (interruptus)

Lagosta do gênero Panulirus.

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Raia Manta (Manta Birostris)

Tartaruga marinha verde (Chelonia mydas)

Estrela do mar (Oreaster reticulatus)

Leão Marinho (zalophus californianus wollebaeki)

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O Parque Nacional de Galápagos foi estabelecido em 1959 e declara-do patrimônio natural da huma-nidade, pela UNESCO, em 1978. O lugar foi reconhecido como

Reserva da Biosfera em 1984. Mais tarde, em 1998 foi criada a Reserva Marinha de Galápa-gos (GMR), a segunda maior do mundo (menor apenas que a Grande Barreira de corais na Aus-trália), com uma área de 133.000 Km² e foi re-

conhecida também como patrimônio natural da humanidade em 2001. Devido a uma série de ameaças, o arquipélago foi adicionado em 2007 à lista da UNESCO de patrimônio mundial em perigo e em Julho de 2010 as Galápagos foram removidas desta lista, pois o comitê do patrimônio mundial considerou que o governo do Equador fez significante progresso no senti-do de sanar os problemas existentes.

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bartolomé A ilha está localizada próxima de Santiago e é famosa pela formação rochosa “Pinnacle Rock”. Este é o local onde existe a maior possibilidade de encontrar os Pinguins de Galápagos e talvez nadar com eles.

As principais ilhas são: • Genovesa (Tower)

• Isabela (Albemarle)

• Marchena (Bindloe)

• Pinta (Abingdon)

• Pinzón (Ducan)

• Rábida (Jervis)

• San Cristóbal (Chatham)

• Baltra

• Bartolomé (Bartholomew)

• Daphne Mayor

• Darwin (Culpepper)

• Española (Hood)

• Fernandina (Narborough)

• Floreana (Charles)

• San Cristóbal (Chatham)

• Santa Cruz (Indefatigable)

• Santa Fé (Barrington / Beagle)

• Santiago (James)

• Seymour Norte (North Seymour)

• Wolf (Wenman)

Pinguim das Galápagos (Sphensicus mendiculus) - endêmico.

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- Santa Cruz é a mais populosa e também possui a melhor infraestrutura turística em sua ci-dade, Puerto Ayora. Apresenta ótimas opções de passeios e lugares incríveis como Tortuga Bay, las Grietas, reserva El Chato, El Garrapatero, entre outros. É possível explorar as belezas da ilha de taxi, bicicleta, barco ou caminhando.

- San Cristóbal é onde fica a capital de Galápagos, Puerto Baquerizo Moreno. Tem a segun-da maior população e apesar de sua estrutura para receber o turismo não ser equivalente a de Santa Cruz, esta ilha é a mais adequada para a prática do surf, por vezes na companhia de leões marinhos. Entre os lugares mais populares da ilha estão El Junco, Cerro Brujo, Leon Dormido e las Galapagueras.

- Isabela é a maior ilha e tem o ponto mais alto do arquipélago, o vulcão Wolf com 1.707m acima do nível do mar. Existem muitos pontos turísticos nesta ilha como, por exemplo, o vulcão Alcedo, o vulcão Sierra Negra, Punta Garcia, Punta Albemarle e Punta Moreno. A cidade de Puerto Villamil oferece serviços básicos aos visitantes.

- Floreana é a menos populosa das quatro ilhas habitadas e a cidade de Puerto Velasco Ibarra, não oferece grande estrutura para receber seus visitantes. Os lugares que mais se destacam nesta ilha são a baía do correio, Punta Cormoran e la Corona del Diablo.

Além da possibilidade de basear sua viagem numa destas ilhas, existem vários cruzeiros que partem de Santa Cruz ou de San Cristóbal e se estendem de 3 a 15 dias em barcos que acomodam até 100 passageiros. Os barcos maiores tendem a oferecer mais conforto e os menores transmitem a sensação de exclusividade durante os passeios.

Somente quatro ilhas são habitadas:ja

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cactos do gênero opuntia, fonte de alimento para várias espécies de animais; zona úmida, na parte alta das ilhas, onde encontramos es-pécies de plantas de maior porte cobertas de musgos, líquens e plantas epífitas. Tão especial quanto a fauna é a flora das Galápagos, com aproximadamente 1/3 das espécies endêmicas. Este frágil ecossistema é testado a todo o mo-mento com a invasão de espécies estrangeiras que chegam às ilhas, muitas vezes escondidas nos pertences dos visitantes e nos alimentos (sementes, insetos, etc).

No carpete de Sesuvium os cactus (Opuntia echios) se destacam.

Galápagos tem duas estações bem definidas:

Dezembro a Maio é o período mais quente e úmido, quando a vegetação fica mais colorida, as águas são mais calmas e propiciam melhores condições para navegar e mergulhar.

Junho a Novembro as temperaturas são mais amenas e as águas mais frias e agitadas. É a épo-ca ideal para o surf, observação de pássaros e mergulho para pessoas mais experientes.

As ilhas mais jovens estão do lado Oeste do arquipélago onde a atividade vulcânica é mais intensa. A ilha Fernandina teve sua última ativi-dade vulcânica em Abril de 2009, com a erup-ção do La Cumbre. A erupção não teve muitos efeitos negativos na região.

A topografia tem grande influência na vege-tação, determinando três áreas distintas: a zona costeira com a vegetação de mangue; a zona árida, caracterizada pela grande quantidade de

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Leon Dormido são rochedos localizados próximos à costa de San Cristóbal que proporcionam um visual pitoresco onde é possível mergulhar entre os cardumes de tubarões de Galápagos e raias.

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As aves das Galápagos são a alegria dos fotógrafos. A presença humana não parece não incomodar e visto que algumas espécies nidificam no solo, a atenção tem que ser redo-

brada para não pisar em ovos.Algumas espécies endêmicas ao arquipélago mostram com clareza a adaptação as condi-

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Gaivotas das Galápagos (Creagrus furcatus)

Flamingo (Phoenicopterus ruber)

Pelicano marrom (Pelecanus occidentalis)

Ostraceiro americano (Haematopus palliatus)

Albatrozes (Diomedea irrorata)

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Pelicano marrom (Pelecanus occidentalis)

Fragata (Fregata magnificens)

Atobá de patas azuis (Sula nebouxii )

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Pelicano-pardo (Pelecanus occidentalis)

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ções do local, como por exemplo a falta de pre-dadores naturais que gerou mudanças na fisio-logia do cormorão que perdeu a habilidade de voar e desenvolveu amplamente a capacidade de nadar em busca de seu alimento.

Gavião das Galápagos (Buteo galapagoensis) - Endêmico.

Atobá de patas vermelhas (Sula sula)

Cormorão que não voa (Phalacrocorax harrisi) - endêmico.

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Adaptação também é a palavra que descreve um dos ícones das Ga-lápagos, as iguanas marinhas que desenvolveram glândulas específi-cas para eliminar o excesso de sal

do organismo, expelindo-o pelas narinas como se estivessem espirrando.

Algumas subespécies de iguanas são encon-tradas em apenas um ponto do arquipélago.

Iguana marinha (Amblyrhynchus cristatus)

Iguana marinha (Amblyrhynchus cristatus) da ilha Española.

Iguana terrestre (Conolophus pallidus) endêmica da ilha Santa Fé.

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Dois machos de Iguana Marinha (Amblyrhyn-chus Cristatus) em combate.

Iguana terrestre (Conolophus subcristatus)

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Existem dois aeroportos internacionais em Galápagos, um em San Cristóbal e outro em Baltra. Os voos são feitos ba-sicamente pela Aerogal e Tame.

Isabela tem um aeroporto para voos domésticos, normalmente feitos em pequenos aviões pela Emetebe. O transporte entre as três ilhas nestes aviões ou por barcos pode ser facil-mente contratado no local.

Leve máscara, nadadeiras, roupa de mergu-lho, chapéu, protetor solar, máquina fotográfi-ca e filmadora.

Moeda corrente é o Dólar americano.O idioma nas Galápagos é o espanhol, mas a

maior parte dos guias falam inglês.Galápagos continua a surpreender os seus

visitantes que, assim como Darwin, tem a sen-sação de estarem num mundo a parte, com es-pécies encontradas somente neste local.

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Manda Nicholls/Shutterstock

Estrela-do-mar-azul (phataria unifascialis)

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Manda Nicholls/Shutterstock

Puerto Baquerizo Moreno / San Cristobal.

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Trilha para Tortuga Bay em Santa Cruz

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Cruzeiros - São as melhores op-ções para conhecer Galápagos. Propor-cionam ao turista a oportunidade de co-nhecer vários locais em diferentes ilhas com atividades como mergulhos e incur-sões por terra.

Passeios diários - Saindo em bar-cos de médio porte para passar o dia em destinos únicos, como por exemplo, a Ilha Santa Fé, Ilhas Plaza e Bartolomé. Es-tes passeios são facilmente contratados no local.

Fundação Charles Darwin - A es-tação científica Charles Darwin fica em Puerto Ayora (Santa Cruz).

Los Gemelos - São crateras que fi-cam na parte alta de Santa Cruz, nas pro-ximidades existem tubos de lava onde podemos percorrer alguns trechos pelo subsolo. Também nesta região, onde a vegetação é bem diferenciada das áreas mais baixas, podemos encontrar tartaru-gas gigantes em seu habitat natural.

Tortuga Bay - É uma belíssima praia quase deserta de águas cristalinas que fica próxima de Puerto Ayora, com acesso por um caminho muito agradável.

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Dicas do autorMockingbird (Mimus Parvulus Parvulus) da ilha Santa Cruz.

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Estátua de Darwin no museu de história natural de londres.

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EspañolaFloreana

Isabela

Fernandina Pinzón

Santa Fé San Cristóbal

Santa Cruz

Bandeira de GalápagosBandeira do Equador

Rábida Baltra

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Tartaruga das Galápagos (Geochelone nigra)Atobás de patas azuis (Sula nebouxii)

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Texto: Rubinho de Almeida PradoFotos: Arquivo Pescaventura

O sucesso dos Doutores das Águas I em 2011 foi tão grande e a realiza-ção tão gratificante que compen-sou todo esforço empenhado e nos deu a certeza de que “continu-

aríamos navegando nestas águas.”.Começamos então a viabilizar os Doutores

das Águas II, porque manter essa iniciativa era tão essencial como começá-la. Estamos tratan-do com seres humanos à margem da sociedade, num ambiente hostil, onde a natureza domina e determina os rumos de cada comunidade.

Resolvemos ampliar a rede de atendimento,

Os “Doutores das Águas” não teriam nascido sem a motivação e sensibilidade de Francisco Leão Jr., médico, amigo e pescador esportivo.

Ao perceber a necessidade das comunidades ribeirinhas e o impacto positivo que um trabalho dessa natureza traria, nos incentivou a planejar e organizar essa expedição social.

Com o apoio do barco hotel Kalua e colaboração de amigos e empresários, foi possível realizar um sonho antigo: retribuir as comunidades ribeirinhas um pouco do muito que eles representam para o sucesso da pesca esportiva.

Nosso muito obrigado. Rubinho de Almeida Prado Mauro de Almeida Prado

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não só para a bacia do rio Madeira (rios Sucun-duri e Acari), mas também para a bacia do rio Negro (rio Jauaperi e Xeriuini). Desta forma, in-corporamos uma dezena de vilas ribeirinhas e a população atendida cresceu de 820 em 2011 para 1.207 em 2012. São famílias que vivem em condições muito simples. Suas casas são de madeiras ou de sapé à beira dos rios e se ali-mentam à base de farinha de mandioca e pei-xe. Suas atividades giram em torno da extração da castanha do Pará, óleo de copaíba e alguma venda de farinha excedente. Possuem baixa renda anual e convivem com uma debilitada estrutura sanitária e quase nenhuma assistên-cia médica em geral.

Esta segunda expedição se deu entre os dias 20 de abril e 08 de maio de 2012, quando a população destes rios recebeu ajuda médica e dentária totalmente gratuita.

A parceria entre a agencia de turismo Pesca-ventura, as expedições Pescaventura e o barco hotel Kalua foi excelente, mas a necessidade de profissionalizar essa iniciativa informal foi

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cada vez mais importante e a criação de uma associação sem fins lucrativos, partidários ou religiosos se mostrou fundamental.

Criamos então a

ONG DOUTORES DAS ÁGUAS.

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Além de uma grande variedade e quantidade de remédios (mais de 450kg), gentilmente doados por amigos médicos e laboratórios, a equipe distribuiu ao longo da viagem cerca de 700 quites dentári-os infantis Colgate, 800 quites dentários adultos Sanifill, 200 óculos de leitura, 1.126canecas, 3.952 talheres, 2.100 pratos, 370 facas de cozinha, 1.740 brinquedos e bolas, 700 peças de roupas, 400 quites de pesca, 700 sacos de balas e pirulitos, 150 corotes plásticos de 20l para transportarem água, 150 sacas de 60l para farinha, 300 doses de ver-mífugos para todos os cachorros da região e 1.200l de gasolina para locomoção dos moradores até os locais de atendimento.

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TOTAL GERAL

FAIXA ETÁRIA 0 a 6 7 a 14 15 a 45 31 a 45 Acima de 46 TOTAL DE PESSOAS

67 65 61 49 33 275

54 54 49 39 38 229

126 110 89 54 42 421

305 300 271 181 150 1.207

58 71 72 44 37 282

Se por um lado, o sorriso nos rostos das crianças e os abraços apertados de agradecimento fizeram todos do grupo se sentirem realizados, ficou claro e patente que esta ação terá que ter continuidade, para que de fato possa cumprir o seu papel e rep-resentar efetiva melhoria na vida destas comuni-dades.

A próxima expedição dos Doutores das Águas III já esta marcada para abril de 2013 e todos os in-tegrantes deste mutirão já fizeram a sua reserva, pois além da continuidade do atendimento, fazem questão de rever os amigos deixados na Amazônia.

A cada ano nossa responsabilidade e compromis-so se intensificam com estas populações carentes. O apoio que temos recebido de pessoas físicas, empresas, institutos e fundações é o que possi-bilita manter vivo o sonho e a expectativa destes ribeirinhos.

Muito obrigado!

Rubinho de Almeida Prado

Foram atendidas cerca de 1.207 pessoas (em mais de 2.200 consultas), entre elas 605 crianças com até 14 anos de idade.

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CoordenaçãoFrancisco Leão Jr. - (coordenador médico)Mauro de Almeida Prado (coordenador técnico)Rubinho de Almeida Prado (coordenador geral)

Equipe MédicaFrancisco Leão Jr. (urologista)Sônia Maria Martins Fortes (clínico geral e geria-tra)Antonio Carlos Prado Lyra (clínico geral e anes-tesista)Edgardo Postigo (ginecologista)Anderson Paz (clínico geral)Ana Maria Carvalho (sanitarista)José Marsiglio Neto (ginecologista)Lam Shung (cirurgião e clínico geral)Sônia Polidoro (pediatra)Luciano Moura (dentista)Guilherme Capelozza (dentista)Plínio Sanches Silva (dentista) Diego Veronesi (fisioterapeuta)

Equipe de ApoioLourenço Fernando de Almeida Prado Natanael Diz Daniel Ferreira de BritoElen carneiroFernanda SausmikatFlávia L. CoelhoJoão Carlos de Souza NetoMaria Eugênia VilhenaMaria AliendeWaltencyr da Costa Barros Motta Filho

DOUTORES DAS ÁGUAS I I

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Patrocinadores

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