Revista Potência - Edição 99 - fevereiro de 2014
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nobreaksVendas de produtos têm sido impulsionadas pelas más condições da energia elétrica distribuída no Brasil.
energia fotovoltaicaEmpresa desenvolve primeiro projeto de microgeração de energia solar para autoconsumo de São Paulo.
caderno ex Programa brasileiro de certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas tende a elevar os níveis de segurança das instalações e dos profissionais.
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sumário
potência 3
10 Matéria de CapaDepois de anos de luta da comunidade do setor
elétrico nacional, Inmetro publica Portaria que pode
impulsionar certificação voluntária de instalações
elétricas no Brasil. Especialistas acreditam que haverá
evolução, principalmente em obras públicas.
22 MerCadoMás condições da energia elétrica distribuída no
Brasil e maior nível de conscientização dos usuários
impulsionam uso de nobreaks no País.
30 radarApostando no crescimento, Santil investe em estoque,
estrutura física e tecnologia para elevar nível de
atendimento e ditar tendências no mercado.
34 Caderno exPrograma brasileiro de certificação de competências
pessoais em atmosferas explosivas deverá elevar os
níveis de segurança das instalações que contenham
áreas classificadas e das pessoas que nelas
trabalham.
40 pratiCando ideiasNeosolar Energia desenvolve o primeiro projeto
de microgeração distribuída de energia solar para
autoconsumo no Estado de São Paulo.
04 › ponto de vista
06 › ao leitor
06 › Cartas
08 › Holofote
46 › espaço abreMe
49 › Gtd
51 › eConoMia
53 › vitrine
57 › link direto
58 › aGenda
outras seções
• Capa: Sérgio Ruiz • Foto: Dreamstime
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betH brididiretora de redaçã[email protected]
Filiada ao
Circulação e t i ragem auditadas
E X P E D i E N T E
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Circula na Feicon Batimat 2014
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comuni-cações Ltda, com circulação nacional, diri gida a indús-trias, compradores corporativos, distribuidores, varejis-tas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e insta ladores que atuam nos segmentos elétrico, ele-trônico e de iluminação; geradoras, trans misso ras e dis-tribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Re vendedores e Distribuido-res de Materiais Elétricos.
Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e co-laboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se respon-sabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publi-citários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são re-servados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Edito-ra, assinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.
redaçã[email protected]
Diretora de redação: Beth BridiEditor: Marcos Orsolonrepórter: Paulo Martinsfotos: Ricardo BritoJornalista responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)
ConselHo [email protected]
Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.
Diretor Comercial: Edvar LopesCoord. de Atendimento: Cléia TelesContato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke
produção visual e Grá[email protected]
Chefe de Arte: Sérgio RuizDesigner Gráfico: Márcio Nami
atendiMento ao [email protected]
Coordenação: Paola Oliva
administraçã[email protected]
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impressão
Prol Editora
redação, adMinistração e publiCidade
sede Própria:Rua Afonso Braz, 579 - 11º andarVila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SPPABX: (55) (11) 3896-7300Fax redação: (55) (11) 3896-7303Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307Site: www.grau10.com.br
fechamento editorial: 10/03/2014Circulação: 18/03/2014
Diretores: Habib S. Bridi (in memorian)
Elisabeth Lopes Bridi
ISSN 2177-1049
Ponto De vista
potência4
O ano começou atípico. Mas, ao contrário
do que acontece normalmente, os resultados de
janeiro trazem vários indicadores positivos. As
empresas, do varejo e da indústria, mesmo não
retomando os bons níveis de anos anteriores,
alcançaram neste início de ano um resultado
até certo ponto surpreendente.
O ano começou aquecido. Talvez até pre-
vendo o que pode vir pela frente. Copa do
Mundo e eleições trazem incertezas e a gran-
de maioria dos empresários acredita que irão
mais atrapalhar do que ajudar os negócios em
vários setores. O avanço da produção industrial,
entre dezembro e janeiro, de 2,9%, embora não
tenha compensado a queda do mês anterior,
que foi de 3,7%, trouxe um sinalizador positi-
vo. Poucos economistas, nem mesmo os mais
simpáticos ao governo, apostam cegamente em
uma recuperação sustentada e continuada. É
cedo para dizer e o ano deverá ser recheado
de altos e baixos.
Quem depende da venda ao consumidor
está esperando por maus momentos, em fun-
ção das manifestações que devem cercar os
meses de junho, julho e outubro. Sendo assim,
a grande maioria acredita que realmente a hora
é de agora, aproveitando o início de ano visi-
velmente mais aquecido para compor os resul-
tados e tentar chegar ao final de 2014 dentro
das expectativas.
O modelo de sustentação do consumo atu-
al preocupa muitos. De tanto o País consumir,
faltará poupança para o País crescer, dizem. E,
assim, a inflação sobe e os investidores se retra-
em. O Governo tem adotado a política de usar
a carga tributária para corrigir os rumos. Se um
cenário com tendências recessivas se instalar,
a tendência é de explosão dos tributos, o que
seria o caos. O cenário é péssimo? Depende.!
Em ano eleitoral é sempre bom acreditar que
se possam se criar chances para as reformas
tributária e trabalhista efetivas.
Se por um lado, o ano é de incertezas até
mesmo diante da Copa do Mundo, visto ante-
riormente como uma solução, por outro – a
eleição – abre a possibilidade de mais uma
vez podermos abordar as mudanças concretas
que o País precisa e, através de um movimen-
to da sociedade e dos mais variados segmen-
tos empresariais, exigir mudanças que possam,
de forma sólida e eficiente, mudar o cenário de
médio e longo prazos.
Um sopro de esperança
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21x28+5mm_feicon.pdf 1 05/03/2014 15:51:45
ao leitor
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Marcos orsolon, editor
ao cobrir o setor eletroeletrônico, nem sempre conseguimos di-
vulgar boas notícias. Não que elas não existam. Ao contrário, ao
longo desses dez anos temos acompanhado um mercado forte, com
investimentos expressivos em diversos segmentos, novas empresas se
instalando no País e crescimento contínuo no faturamento.
De outro lado, também acompanhamos alguns problemas que
afetam os players do setor, como a invasão de produtos asiáticos,
as dificuldades logísticas, alta carga tributária e, muitas vezes, até
a falta de apoio governamental para aumentar a competitividade
das empresas.
Nesse contexto, surge uma notícia muito especial e que preenche
nossa matéria de capa dessa edição. Uma notícia esperada há pelo
menos duas décadas por alguns dos profissionais mais importantes
do setor de instalações elétricas. Trata-se da Portaria nº 51 do Inmetro,
que abre uma nova perspectiva para o mercado ao definir os requisi-
tos de Avaliação da Conformidade para Instalações Elétricas de Baixa
Tensão e institui a certificação voluntária para as mesmas.
Ao carregar a marca do Inmetro, essa iniciativa tem sido aponta-
da como a principal medida adotada na área de instalações elétricas
nos últimos anos. Tanto, que muitos a consideram como um marco
para o setor.
E esse sentimento não é exagerado. Da forma como foi elaborada,
a Portaria tende a ajudar, e muito, na criação de uma cultura da segu-
rança no mercado, especialmente se os órgãos públicos passarem a
adotar esta certificação em seus editais de obras. Se isso ocorrer, temos
grandes chances de ver num espaço relativamente curto de tempo a
certificação das instalações se tornar compulsória.
O primeiro passo nesse caminho foi dado com a Portaria 51. Ago-
ra cabe a todos nós, que militamos no setor eletroeletrônico, divulgar
sua existência e estimular o seu uso. Boa leitura.
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notícias do setor
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Foto: divulgação
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Novo nome
10 anos de vidaA fábrica de reatores da Lumicenter está completando dez anos de fundação. A unidade, que surgiu com o advento da certificação obrigatória para reatores eletrônicos, em 2004, deu suporte para a venda de luminárias já montadas e completas: com reatores, lâmpadas, soquetes e plugues de alimentação.A partir de 2008, a fábrica tornou-se uma unidade de eletrônicos, com pesquisa e desenvolvimento na área de LEDs. Hoje, a unidade de eletrônicos possui ampla produção de reatores, drivers, placas, módulos e luminárias a LEDs.O vice-diretor Industrial da Lumicenter, Michel Chaiben Filho, fala sobre os resultados da fábrica: “O nosso foco está na qualidade dos produtos e respeito ao consumidor. O processo de suporte ao cliente é descomplicado e suportado por constantes atualizações dos produtos. Com isso, alcançamos os mais baixos índices de reclamações e devoluções do mercado para as áreas de reatores eletrônicos, drivers para LEDs e luminárias a LEDs, que é de apenas 0,3% durante o período de garantia”.
Meio ambienteCiente do risco potencial que o descarte inadequado das baterias utilizadas em nobreaks representa para o meio ambiente e considerando seu compromisso com a sustentabilidade e em fazer negócios da maneira certa, a Eaton elaborou um Plano de Gerenciamento para coleta, transporte e destinação ambientalmente adequada de suas baterias chumbo-ácidas.O plano abrange todo o ciclo de vida útil das baterias e todos os envolvidos neste processo, desde o momento da importação, distribuição, revenda, instalação, troca e destinação final dos produtos. Todas as etapas do plano são realizadas em conformidade com a Resolução nº 401/08 do CONAMA
(Conselho Nacional de Meio Ambiente) e com rigorosos padrões internacionais,
sendo desenvolvidas com a parceria de empresas especializadas neste tipo de atividade. São oferecidos Certificados de Responsabilidade Ambiental e Social
aos clientes que descartam corretamente suas baterias, após a conclusão do processo.
Além disso, a Eaton, como forma de potencializar os resultados e aumentar a quantidade
de baterias descartadas de forma correta, oferece este plano a todos seus clientes sem nenhum custo adicional.
de atuação, com quatro divisões para atender o mercado: Predial, que é responsável pela produção de interruptores, tomadas, canaletas, extensões, caixas de derivação, eletrodutos e acessórios, caixas de embutir e aparelhos à prova de tempo; Ex, especializada em equipamentos elétricos para atmosferas explosivas; Eletropeças, que fabrica grampos, conectores e acessórios em alumínio e plástico com a marca Forjasul, para linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica; e Tecnopeças, especializada na fabricação de itens em alumínio injetado sob encomenda.Além da mudança em sua razão social, a companhia também está efetuando uma série de investimentos, cujo foco principal é a ampliação da capacidade produtiva. Uma das ações foi a aquisição de quatro novas injetoras de plástico (duas de 300 toneladas, uma de 200 toneladas e uma de 50 toneladas) da empresa alemã Krauss
Maffei. As máquinas foram entregues à Tramontina Eletrik no mês de novembro de 2013, já estão em funcionamento e serão responsáveis pelo acréscimo de 40% na produção da linha de interruptores.Outra iniciativa é a construção de um pavilhão de 12 mil m², que ficará pronta no final deste ano. A área foi dimensionada para produzir até 5 milhões de tomadas e interruptores por mês, ampliando a capacidade atual de 2,3 milhões de unidades.
Com quase 40 anos de mercado, a Forjasul Eletrik iniciou 2014 com várias novidades. E a principal delas é a adoção de uma nova razão social, que carrega o peso, a tradição e a força de uma marca centenária. Desde o dia 10 de janeiro, a empresa passou a se chamar Tramontina Eletrik.Como explica Roberto Aimi, diretor da Tramontina Eletrik, a ideia de alterar a razão social dessa unidade surgiu de forma natural, principalmente porque, hoje, a maior parte dos materiais elétricos que a fábrica produz já é comercializada de forma independente da unidade de Canoas (Forjasul), e com a marca Tramontina. “Estes dois fatores levaram o Conselho a optar pela mudança da razão social. Então, a partir de agora carregaremos em nosso nome a força e a tradição da marca Tramontina”, destaca Aimi.O diretor da companhia também explica que a Tramontina Eletrik irá manter a estrutura e a estratégia
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Foto: dreamstime
Veículo elétricoA Itaipu Binacional participa do projeto Curitiba Eco-elétrico, que vai integrar veículos elétricos à frota do serviço público municipal. A primeira fase do projeto, lançado em 12 de fevereiro, no Parque Barigui, inclui a instalação de dez eletropostos e a utilização de dez carros e três micro-ônibus, já durante a Copa do Mundo, pela Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e Instituto Curitiba de Turismo.Durante a solenidade, foi assinado um protocolo de intenções para o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a mobilidade elétrica. O prefeito Gustavo Fruet, a vice-prefeita
e secretária do Trabalho, Miriam Gonçalves, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o presidente da Renault, Olivier Murguet, e o presidente executivo do Ceiia, José Rui Felizardo, assinaram o documento.Inédito no Brasil, o projeto tem quatro fases. Até 2020, a ideia é adotar soluções de compartilhamento de carros elétricos e bicicletas, com integração aos diversos serviços de transporte público. A iniciativa é uma parceria do município com Itaipu, Renault-Nissan do Brasil e Centro para a Excelência e Inovação na Indústria do Automóvel – Ceiia -, de Portugal.
Estação sustentávelA Cummins amplia suas ações da área de Responsabilidade Corporativa com a inauguração da Estação Sustentável, localizada na unidade fabril da empresa, em Guarulhos (SP), onde são produzidos grupos geradores e motores.Com quatro composteiras, onde são depositados materiais orgânicos, como folhas para a geração de adubo e um espaço para o depósito de óleo de cozinha, ação já existente na empresa desde 2010, o novo espaço tem capacidade para produzir 700 quilos de adubo por mês.De acordo com Flávio Gustavo Lehmann, supervisor de Pesquisa e Desenvolvimento de Motores da Cummins Brasil e idealizador do projeto, o objetivo desta ação é fornecer esta matéria orgânica nobre aos parceiros comunitários da Cummins, como escolas de Guarulhos (SP), asilos em São Paulo e ainda comunidade de desabrigados que contam com uma horta em seu estabelecimento.“Além de reaproveitamos mais de 50% do lixo de jardinagem e poda, vamos melhorar a estrutura e adubar o solo, reduzirmos herbicidas e pesticidas devido à presença de fungicidas naturais e microrganismos e ainda auxiliar a comunidade local com a distribuição do material produzido”, diz Lehmann.O projeto teve início em meados de 2013 e contou com um time multidisciplinar, formado por 10 integrantes, desde estagiários a engenheiros da empresa. Com a implementação, cerca de 25 funcionários darão continuidade e manutenção na Estação Sustentável, dedicando por volta de50 horas por mês.
Segurança funcionalPara auxiliar clientes com aplicativos baseados na norma IEC 61511, a Rockwell Automation publicou o Process Safebook, um guia gratuito para a segurança funcional de aplicativos de processo. O guia, disponível em www.plantpax.eu/psb1, analisa como gerenciar a segurança em sistemas elétricos, eletrônicos e em controladores eletrônicos programáveis, e oferece orientação sobre como integrar a segurança no projeto do sistema de processo.“Entender os prós e contras da segurança de processo nem sempre é fácil”, observa Keith J. Kirkcaldy, autor do Process Safebook, que completa: “Este guia específico para aplicativos de processo cobre a segurança funcional – da concepção à desativação – e é ilustrado com exemplos reais que ajudam engenheiros a navegar e aplicar a norma mais rapidamente”. O guia propicia uma visão a muitas facetas da segurança de processo, incluindo o ciclo de vida útil da segurança; risco e redução de riscos; o princípio ALARP; determinação de metas SIL; gráficos de riscos; Análise da Camada de Proteção (LOPA); alocação de funções de segurança; especificação de requisitos de segurança para o SIS; probabilidade de falha SIF; e segurança funcional, avaliação e auditoria.
matéria de capa CertifiCação de instalações elétriCas
10 potênCia
Inmetro publIca portarIa que
pode ImpulsIonar certIfIcação
voluntárIa de Instalações
elétrIcas no brasIl. especIalIstas
acredItam que haverá
evolução, prIncIpalmente em
obras públIcas.
por marcos orsolon
um passo rumo à segurança
PORTA RIA
potênCia 11
Há dez anos, a revista potência pu-blicou em suas páginas uma re-portagem sobre certificação das instalações elétricas no Brasil. na
ocasião, ficava claro que nossas edificações corriam sérios riscos, assim como as pessoas que conviviam em seus espaços. e também era evidente o desejo de profissionais e especialis-tas do setor de que fosse tomada uma medida oficial no sentido de termos nossas instalações certificadas compulsoriamente, com o apoio de entidades como aneel e inmetro.
passada uma década em que pouca coisa aconteceu nesse sentido, finalmente surge no mercado um sinal de evolução. a boa notícia ocorreu no dia 28 de janeiro de 2014, quando o inmetro publicou a portaria nº 51, que define os requisitos de avaliação da Conformidade para instalações elétricas
de Baixa tensão e institui no âmbito do sis-tema Brasileiro de avaliação da Conformida-de (sBaC) a certificação voluntária para as instalações elétricas de baixa tensão, a ser realizada por um organismo de Certificação de produto (oCp) acreditado pelo inmetro e estabelecido no país.
para entender melhor a importância dessa iniciativa, vale ressaltar que a situa-ção de nossas instalações elétricas é crítica. realidade que, lamentavelmente, é compro-vada pelos resultados de um levantamento anual realizado desde 2007 pela abracopel (associação Brasileira de Conscientização para os perigos da eletricidade).
os dados de 2013, que acabam de ser divulgados pela associação, foram levanta-dos a partir de pesquisa em portais de notí-cias, blogs e redes sociais, e revelam que ao
PORTA RIA51longo do último ano foram registrados 1.038 ocorrências envolvendo eletricidade. desse total, 765 estiveram relacionadas a choque elétrico, que levaram a 592 mortes (quase duas por dia) e 173 acidentes que deixaram sérias sequelas nas vítimas.
no mesmo levantamento, constam 234 ocorrências de curto circuito, das quais 200 evoluíram para incêndios de diferentes pro-porções. aliás, segundo o Corpo de Bom-beiros, problemas nas instalações elétricas são a segunda maior causa de incêndios em imóveis no estado de são paulo.
diante desses dados fica evidente que, lamentavelmente, a instalação elétrica ain-da é uma causa relevante no Brasil tanto de acidentes pessoais, como para o patrimônio. daí a importância da certificação, que é um mecanismo para se verificar se a instalação,
potênCia12
matéria de capa CertifiCação de instalações elétriCas
seja ela nova, ampliada ou reformada, está em conformidade com a nBr 5410 – ins-talações elétricas de baixa tensão. ou seja, é uma chance para se averiguar o nível de segurança da instalação.
“a portaria nº 51 é mais um passo que
estamos dando em relação à segurança em eletricidade. temos duas formas de mudar as coisas: pelo amor ou pela dor. por amor é quando você tem a cultura e tudo está cer-tinho. Como brasileiro não tem a cultura da segurança, precisa ser pela dor. e a dor é a le-
gislação. então, essa portaria vem como mais uma etapa para melhorar a situação, e com a chancela do inmetro, com todas as diretrizes do inmetro, quer dizer, é mais um passo para termos instalações mais seguras”, comenta edson Martinho, da abracopel.
a portaria nº 51 é mais um
passo que estamos dando
em relação à segurança em
eletricidade.edsOn mARTInHO
AbRAcOPel
Voluntariedade não deve atrapalhar avançosse os agentes do setor elétrico ficaram
satisfeitos com a publicação da portaria nº 51, um grande número de profissionais também levantou a seguinte questão: sen-do voluntária, a portaria terá força para melhorar o quadro das instalações elétri-cas no Brasil?
a avaliação geral é que sim. apesar de ter caráter voluntário, o documento foi muito bem recebido pela comunidade elétrica, sen-do visto até como um possível marco para o setor. em geral, a avaliação dos especialis-tas é que esta portaria terá força para que a nBr 5410 passe a ser de fato aplicada em
parte das instalações brasileiras, iniciando um processo de mudança cultural em prol da segurança.
Márcio teixeira damasceno, que atua no inmetro e foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da portaria nº 51, afirma que a voluntariedade não deverá impedir a evolução do mercado. ao contrário, mesmo voluntária, a portaria será um importante indutor de mudanças. “é preciso entender que o ótimo é inimigo do bom. Às vezes, se coloca tanta dificuldade que dificulta até a adesão. é melhor ter um nível de segurança aceitável, do que não ter ne-nhuma segurança, ou ter algo inatingível”, pondera.
Mesmo quem já tem feito algumas certificações aposta no avanço. é o caso da Certiel Brasil (associação Brasileira de Certificação de instalações elétricas), entidade que nos úl-timos anos certificou cerca de 80 instalações no país, montante que indica que há pessoas e empresas interessadas em investir numa avaliação voluntariamente.
eduardo daniel, superintendente da entidade, explica que a expectativa maior é de avanço através de empreendimentos públicos, ou melhor, de órgãos públicos que tendem a passar a exigir em seus editais de obras a certificação das instalações elétri-cas conforme os requisitos da portaria nº 51. dessa forma, o que é voluntário passa a ser obrigatório por outros caminhos. é o que eduardo daniel chama de “voluntório”.
“Com a portaria eu passo a ter um me-canismo para ir até a CdHU, que tem 80 mil habitações de interesse social por ano, ou ir à infraero que já tem um edital, ou até o Minha Casa Minha Vida, quer dizer, se eu
conseguir que estas entidades incluam isso em seus editais, que é o lado “voluntório”, que é o voluntário, mas não compulsório, já será um grande ganho. e para este pes-soal não custa nada colocar no edital, pois o valor adicional (para fazer a certificação) é irrisório perto do investimento total na obra”, destaca daniel.
especificamente no que tange ao in-vestimento necessário, daniel lembra que não há uma tabela estabelecida. “nossa moeda é o tempo de trabalho. eu tenho o nosso custo para cada dia de trabalho. o que temos de experiência, até internacio-nal, é que um apartamento de 100 metros quadrados sairia entre 300 e 500 reais. não é um custo alto. Um prédio de 20 andares com cinco apartamentos por andar vai sair por cerca 30 mil reais, incluindo as áreas comuns”, estima.
daniel lembra que, em seus quatro anos de atuação, a Certiel já vem procurando os
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matéria de capa
potênCia
CertifiCação de instalações elétriCas
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agentes públicos, sendo que alguns têm sido bastante receptivos à ideia de colocar a obrigatoriedade da certificação da insta-lação elétrica em seus editais. e isso ganha força a partir do momento em que, através da portaria nº 51, o país passa a ter um mo-delo reconhecido pelo inmetro.
o superintendente da Certiel Brasil acre-dita que a adesão dos órgãos públicos será fundamental para se formar uma base de certificações bastante significativa no país, estimulando outros agentes do mercado, in-clusive do setor privado, a também investir na segurança de suas instalações elétricas.
“se conseguirmos criar este “voluntório” com as obras públicas, o resto vem sozinho. e teremos uma grande base no curto prazo. não adianta sermos mais realistas que o rei achando que vamos pegar a autoconstrução agora. isso vai demorar, pois envolve mu-dança de atitude da sociedade em geral. o que apostamos é que isso tende a criar uma massa crítica, que será um importante indutor para as demais áreas, até chegar num ponto em que atingiremos todo mundo, como ocor-re na alemanha”, ressalta.
fabián Yaksic, gerente de tecnologia da abinee, também confia no setor públi-co para puxar as certificações num primei-
ro momento. Mais que isso, ele também entende que é possível contar com algumas instituições financeiras nesse processo. “de posse dessa portaria podemos atacar várias instituições que fa-zem financiamento para grandes projetos de moradia”, comenta fabián, revelando que já há con-versas nesse sentido com a Caixa econômica federal.
“Já há conversas com a Caixa para apre-sentar formalmente essa portaria e a necessi-dade deles se engajarem junto com o inmetro no processo para a certificação voluntária. no caso, eles só concederiam o financiamento mediante essa certificação. algumas pessoas da Caixa tem recebido bem nossa proposta, mas não temos nada formalizado ainda”, es-clarece o gerente da abinee.
edson Martinho, da abracopel, segue a mesma linha e destaca a importância do in-metro nesse processo de aproximação com os órgãos públicos e instituições financeiras. “o fator mais importante nisso é ter a chan-cela do inmetro, pois ela dá uma credibili-dade maior ao trabalho de certificação. se conseguirmos que o setor público passe a fazer a avaliação, a certificação das instala-
ções, será um grande passo, inclusive para usarmos como propaganda no mercado”.
Quanto à possível adesão do setor pri-vado, eduardo daniel lembra que 98% das certificações realizadas pela Certiel Brasil envolveram o mercado corporativo. “o clien-te tem o resultado, pois fazemos um relató-rio e o investidor sabe onde está gastando o dinheiro e que o imóvel está seguro. esse relatório é um mecanismo adicional, com o inmetro assinando, reconhecendo a nos-sa competência técnica para fazer isso e a nossa independência para fazer”, completa.
adesão dos órgãos públicos
será fundamental para se formar
uma base de certificações
bastante significativa no
país.eduARdO dAnIel
ceRTIel bRAsIl
evolução pode levar à certificação compulsóriaoutro aspecto positivo na aproximação
com os órgãos públicos é que, ao colocar a exigência da certificação das instalações elé-tricas em seus editais, eles podem facilitar o avanço na direção de eventuais correções no modelo proposto ou mesmo na possível compulsoriedade da certificação.
“acho que essa é uma articulação im-portante e seria interessante ter essas pesso-as perto de nós, pois agora o programa está
pronto para quem quiser solicitar (a certifica-ção). antes não havia este tipo de facilidade, de você ter um regulamento publicado por um órgão que representa o governo, que teve a participação de muita gente, é um do-cumento neutro, enfim, isso está publicado e as pessoas se identificam com a marca do inmetro, que é conhecida”, comenta Márcio teixeira damasceno, do inmetro.
damasceno observa que o programa de
certificação precisa ganhar escala para se criar no Brasil uma cultura da segurança no mercado. e também para gerar uma quanti-dade de informações que será útil para gerar melhorias no modelo atual de certificação.
“podemos, por exemplo, identificar de-pois de cem certificações que um ou outro ponto tem problema, outro é insuficiente, outro inviável, mas só saberemos isso depois de trabalhar em cima do que está escrito. no plano teórico a gente lê e vê que é coerente, mas a coisa só melhora na prática. aí entram as portarias complementares que corrigem e melhoram as coisas”, explica damasceno, lembrando que qualquer ajuste só deve ser feito depois de um período de aplicação da portaria. “antes de fazer um aperfeiçoamen-to, normalmente damos tempo para que a
avalIação dos especIalIstas é que a portarIa 51 terá força para que a nbr 5410 passe a ser de fato aplIcada em parte das Instalações brasIleIras, InIcIando um processo de mudança cultural em prol da segurança.
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potênCia 15
inspeção visual e ensaioso anexo a da portaria 51 traz uma tabela que detalha os itens que
devem ser verificados visualmente e os ensaios a serem realizados para a certificação da instalação elétrica. a tabela também cita o item da
nbr 5410 correspondente ao requisito da portaria:
insp
eção
Vis
ual
ensa
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item requisitoitem da
Norma aBNt NBr 5410: 2004
Medidas de proteção contra choques elétricos
Medidas de proteção contra efeitos térmicos
seleção e instalação de linhas elétricas (ver item a.1.4 da portaria)
seleção, ajuste e localização dos dispositivos de proteção
presença dos dispositivos de seccionamento e comando, sua adequação e localização
adequação dos componentes e das medidas de proteção às condições de influências externas existentes
identificação dos componentes
presença das instruções, sinalizações e advertências requeridas
execução das conexões
acessibilidade
Continuidade dos condutores de proteção e das equipotencializações principal e suplementares
resistência de isolamento da instalação elétrica
resistência de isolamento das partes da instalação objeto de selV, pelV ou separação elétrica
seccionamento automático da alimentação
ensaio de tensão aplicada
ensaios de funcionamento
5.1
5.2
6.2
6.3
5.6 e 6.3
5.2.2, 6.1.3.2, 6.2.4, cap. 9 e anexo c
6.1.5
6.4.2.1.5, 6.5.4.10, 6.5.4.11, 9.2.3.1.3, 5.6.3.2 e 5.6.4.2
6.2.8
4.1.10 e 6.1.4
7.3.2
7.3.3
7.3.4
7.3.5
7.3.6
7.3.7
portaria se consolide. isso para que não seja uma questão momentânea e para juntarmos uma quantidade de informações que justifi-que uma portaria complementar. agora, se tiver um erro grave a atuação deve ser ime-diata. Mas acho que não é o caso da portaria nº 51, que foi muito bem feita”, completa.
Quanto à possibilidade de se desen-volver uma portaria que leve à certificação compulsória das instalações, damasceno diz que, com o passar do tempo, pode acontecer. e cita como exemplo o que está ocorrendo com outra portaria, que é muito semelhante, que é a de eficiência de edificações, etique-tagem de edificações. “nesse caso, a primei-ra portaria de etiquetagem de edificações é de 2009. e agora estamos conseguindo que o Ministério do planejamento coloque como compulsório para toda obra pública que o empreendimento seja etiquetado.
então, conseguimos vislumbrar um ca-minho como este para a portaria nº 51. te-
que medidas descentralizadas e paulatinas tendem a ter um resultado bom. e no futuro, se tornar tudo compulsório, a transição será mais suave, pois já se terá uma estrutura fun-cionando com a capacidade de atender uma demanda bastante razoável. não devemos sair do 0 ao 100. na parte de edificações publicamos uma série de portarias comple-mentares e isso pode ocorrer com a portaria nº51. a questão fundamental é ter o produ-to na prateleira e a partir daí trabalhar com
articulação. a evolução tem de ser natural”.fabián Yaksic, da abinee, também re-
conhece a importância da articulação nesse momento. inclusive para atrair a atenção de alguns municípios que já possuem leis em torno da certificação das instalações, mas que nunca foram devidamente regulamen-tadas. “Vamos trabalhar para que as regula-mentações ocorram. a portaria foi um passo importante, mas necessitamos de mais es-forços para colocar isso em prática”, declara.
mos linhas do Bndes para conceder um fi-nanciamento diferenciado a quem etiquetar com eficiência energética o prédio, a casa, o apartamento, etc. temos essa instrução normativa para isso e acredito que esse programa da portaria nº 51 possa seguir os mesmos passos”, comenta damasceno.
e ele completa: “é complicado tornar isso compulsório para o Brasil todo. isso deve ser muito bem pensado para não ge-rar um caos, um gargalo imenso. Mas acho
ilustração: dreamstime
potênCia16
matéria de capa CertifiCação de instalações elétriCas
análise de documentosNa etapa da análise documental, o solicitante deve encaminhar
ao Ocp a seguinte documentação técnica da instalação:
plantas de distribuição de circuitos de força, controle, automação, iluminação, tomadas, aterramento e spda;
diagrama unifilar e outros, quando aplicáveis;
detalhes de montagem elétrica de força, controle, automação, iluminação, tomadas, aterramento e spda, quando necessários;
memorial descritivo de projeto e montagem das instalações elétricas;
especificação técnica dos sistemas, equipamentos e componentes elétricos, incluindo descrição, características nominais e normas que atendem;
parâmetros de projeto, incluindo correntes de curto-circuito, tensão nominal, corrente nominal, queda de tensão considerada, fatores de demanda considerados, temperatura ambiente e classe de tensão de isolamento;
estudos e desenhos de classificação de áreas para os ambientes sujeitos à formação de atmosferas explosivas por gases, vapores inflamáveis, poeiras ou fibras combustíveis em mistura com o ar, quando aplicável;
manual do usuário, quando aplicável;
relatório de inspeção e ensaios, inclusive spda, quando houver.
portaria atinge quase todas as instalações de baixa tensão
Um ponto a ser destacado na portaria nº 51 do inmetro é a sua abrangência. o documento, que estabelece os critérios para o programa de avaliação da Conformidade para instalações elétricas de Baixa tensão, visa a prevenção de acidentes decorrentes da construção e manutenção de instalações elétricas inadequadas nas edificações.
e estes requisitos se aplicam tanto a construções novas, quanto a reformas em edificações existentes, seja qual for o seu uso, incluindo as edificações pré-fabricadas. ou seja, a portaria se aplica a construções residenciais, comerciais, industriais, de uso público, de serviços, agropecuários, hortigran-jeiros, etc. e não apenas às áreas internas das edificações, mas também aos ambientes externos, cobertos ou descobertos, como o estacionamento de um supermercado, por exemplo. em seu texto, o documento também cita a aplicação em áreas como canteiros de obra, feiras, exposições, parques de diversões e qualquer outro tipo de instalação temporá-ria. inclusive os locais de acampamento, ma-rinas e instalações análogas.
Como foi totalmente baseado na nBr 5410, ele é praticamente uma reprodução dessa norma na definição da faixa de ten-são dessas instalações. ou seja, os requisitos se aplicam a circuitos elétricos alimentados com tensão nominal até 1.000V em corrente alternada, com frequências até 400Hz, ou até 1.500V em corrente contínua.
Mas nem todo o conteúdo da portaria se limita à nBr 5410. também há algumas novidades, com destaque para o conceito de família, que não está previsto na nBr 5410. este conceito pode ser aplicado, por exemplo, quando se avalia as instalações de um prédio. pois nessa situação vem a per-gunta: a certificação do edifício exige que se avaliem todos os apartamentos ou pode-mos introduzir um critério de amostragem?
a resposta é sim, pode-se optar pela amostragem. de acordo com a portaria, as instalações elétricas serão consideradas de
mesma família quando satisfizerem à defi-nição de Unidades Consumidoras equivalen-tes, que são aquelas que possuem projetos e instalações elétricas idênticas.
para facilitar o trabalho, o documento possui uma tabela, em seu anexo B, que indica o número mínimo de unidades con-sumidoras que deverão ser submetidas aos processos de inspeção visual e ensaios, de acordo com as características de cada edifi-cação, lembrando que as unidades deverão ser escolhidas de maneira aleatória pelo or-ganismo de Certificação. por exemplo, uma torre com 51 a 90 unidades deverá ter uma amostra de 13 apartamentos avaliados. Já uma torre de 151 a 280 unidades deverá ter 32 avaliações. ainda em relação ao con-ceito de família, a portaria indica que torres construídas em um mesmo conjunto de edi-ficações devem ser consideradas, para fins
de amostragem, de forma independente e separada. ou seja, o conceito de família de instalações elétricas equivalentes é aplicado apenas dentro de cada torre e não em um conjunto de edificações.
outro detalhe é que, uma vez que haja suspeita de alguma não conformidade em uma ou mais unidades, ou mesmo quando a probabilidade de se encontrar uma não con-formidade é maior em determinada unidade por conta de características construtivas, o certificador poderá escolher as unidades de maneira direcionada e não aleatória.
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matéria de capa CertifiCação de instalações elétriCas
Organismo de certificação de produtoa portaria nº 51 também indica quem
será o responsável pelo trabalho de certi-ficação da instalação elétrica. no caso, ele é o organismo de Certificação de produto, ou oCp. parece estranho, mas, nesse caso, a instalação é considerada como um produto.
“o organismo de Certificação certifica produto (oCp) ou sistema (oCs). optamos pelo oCp porque temos mais intimidade com o assunto, eles estão mais próximos de nós e consideramos a instalação como um pro-duto acabado”, explica Márcio damasceno.
Uma observação relevante no corpo da portaria é que este organismo de Certificação de produto é uma pessoa obrigatoriamente jurídica que, obviamente, necessita de profis-
sionais capacitados para realizar o trabalho de certificação. aí é que surge o avaliador, que deve ser um profissional legalmente ha-bilitado, com registro no Crea e que possua os cursos aplicáveis de segurança em insta-lações elétricas, de acordo com os requisitos indicados na norma regulamentadora n°10, do Ministério do trabalho e emprego.
Como a portaria foi publicada há pouco tempo, ainda não há nenhuma oCp acredi-tada no inmetro para fazer as certificações. sabe-se que há muitos profissionais e entida-des interessadas em fazer essa acreditação, inclusive a Certiel Brasil.
“a Certiel está se candidatando a ser um acreditado. para isso teremos de comprovar para o inmetro o atendimento a essa portaria e os critérios de habilitação e de competên-
cia técnica para fazer este tipo de trabalho. isso é que será auditado. então, o processo como um todo já existe. e acredito que não será apenas a Certiel, outras entidades de-verão se acreditar”, prevê eduardo daniel.
para o trabalho de certificação da insta-lação elétrica realizado pelo oCp, o inmetro escolheu o chamado Modelo 1, que se baseia em avaliar a documentação da instalação elé-trica, inspeção visual e ensaios.
primeira etapa desse trabalho, a análise documental consiste na verificação da ade-quação do projeto aos requisitos da nBr 5410 (ver box página 16), e, quando for o caso, aos requisitos previstos pelos documentos com-plementares citados na portaria, como a nBr 14039 e nr-10, entre outros itens.
em algumas situações particulares, como em casos em que a instalação estiver em áre-as classificadas, deve-se apresentar também os estudos e desenhos de classificação de área. e se a edificação for usada por pessoas leigas também deve-se entregar para análise o manual do usuário.
a portaria também cita duas situações um pouco mais específicas. Uma delas diz res-peito às instalações elétricas residenciais com potência instalada de até 12kW, em que pode ser apresentado somente o diagrama unifilar completo e o manual do usuário. a outra si-tuação vale para qualquer tipo de instalação em que a carga instalada for igual ou maior a 75kW. nesse caso, além da documentação completa, deve ser apresentado o prontuário das instalações elétricas, elaborado de acordo com os requisitos indicados na nr-10.
a segunda etapa da certificação é a ins-peção visual, onde se verifica se os equipa-mentos, sistemas e componentes da instala-ção elétrica estão em conformidade com as normas aplicáveis ou devida-mente certificados quando eles ne-cessitam de certificação compulsória; se esses dispositivos foram correta-mente selecionados e instalados, de acordo com as exigências da porta-ria e com o projeto das instalações encaminhado na etapa de análise
documental; e se os componentes em geral não apresentam danos aparentes que pos-sam comprometer seu funcionamento ade-quado e a segurança.
a fase final do processo de certificação é a de ensaios, que inclui os ensaios de tensão aplicada e de funcionamento; seccionamento automático de alimentação; resistência de iso-lamento da instalação elétrica; resistência de isolamento das partes da instalação objeto de selV, pelV ou separação elétrica; e continui-dade dos condutores de proteção e das equi-potencializações principal e suplementares.
feito todo o trabalho e concluída a certi-ficação, não é estipulado um prazo de valida-de ou uma data para sua renovação. a certi-ficação da instalação conforme a portaria é o retrato daquele momento. se houver algu-ma modificação cabe ao dono da edificação solicitar um novo processo de certificação.
Uma curiosidade na portaria é que ela também faz menção à média tensão. no caso, citando as situações em que o ponto de entrega da energia na edificação ocorre em média tensão e este ponto se localiza dentro da construção a ser certificada.
“Um shopping, por exemplo, às vezes tem uma entrada de média tensão. então, a portaria nº 51, que se aplica à parte de bai-xa tensão, indica que se faça uma avaliação da instalação de média tensão, conforme os requisitos previstos no seu anexo C”, obser-va eduardo daniel.
articulação com Bancos
e Orgãos públicos será
importante para aplicação
da portaria.fAbIán yAksIc
AbInee
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Brito
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mercado
potência
nobreaks
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potência 2323
Más condições da
energia distribuída
e Maior nível de
conscientização
dos usuários levaM
uso de nobreaks a
crescer no brasil.
reportageM: Marcos orsolon
A qualidade da energia fornecida no brasil, ou melhor, a sua baixa qualidade, tem levado um gran-de número de usuários a inves-
tir em sistemas de proteção. e, no caso, não estamos falando apenas de equipamentos como disjuntores, Dps, Dr ou para-raios. Mas também dos nobreaks, que cada vez mais conquistam espaço no mercado brasileiro.
os avanços na utilização deste tipo de produto não ocorrem por acaso, visto que eles são fundamentais para assegurar pro-teção e autonomia a aparelhos eletrônicos em casos de falhas no fornecimento, osci-lação da tensão e em situações de blecau-tes – cada vez mais comuns em nosso país.
estes eventos, quando ocorrem, podem causar problemas sérios ao usuário, incluin-do nesse contexto os ambientes industriais, residenciais e comerciais de todos os por-tes. Durante ou após uma queda de ener-gia, por exemplo, há o risco da queima dos equipamentos ligados à rede elétrica numa residência, do comprometimento de uma máquina numa indústria, parando a linha
de produção, e mesmo a perda de dados num data center.
e os riscos não se limitam aos equipa-mentos. num hospital, por exemplo, uma falha de energia durante uma cirurgia pode ser fatal para o paciente. Da mesma forma, a interrupção no fornecimento de eletricidade na sala de controle de um aeroporto pode levar a um acidente aéreo grave. ou seja, em praticamente todos os lugares onde há ope-rações de missão crítica o uso de nobreaks é imperativo para a segurança e para evitar eventuais interrupções de processos por fal-ta de energia, e as empresas sabem disso.
De outro lado, usuários de menor porte, especialmente os residenciais, comerciais e de serviços, começam a perceber as vantagens desse tipo de equipamento e também passam a investir em algumas soluções. resultado: o mercado brasileiro tem se mantido aquecido nos últimos anos e algumas estimativas (não oficiais) indicam que, hoje, ele movimente cer-ca de r$ 500 milhões por ano.
a disputa no mercado é bastante acir-rada, com a presença de empresas nacio-
proteção e autonomia
mercado
potência
nobreaks
24
nais e multinacionais, sendo que na parte de equipamentos de médio e grande porte o número de fabricantes é relativamente pe-queno, visto que geralmente são produtos que agregam tecnologia mais avançada. Já para as aplicações domésticas e de menor porte, há um número maior de fornecedores.
Mas quem, efetivamente, tem puxado as vendas de nobreaks nos últimos anos?
segundo alguns fabricantes, o mercado tem sido puxado principalmente pelos clien-tes cuja operação é crítica e não pode parar. entre eles estão as indústrias e companhias dos setores financeiro, médico-hospitalar, de broadcasting, ti, telecomunicações, elétrico, comercial e do mercado soHo (small office and Home office).
“no que diz respeito aos nobreaks de médio e grande porte, os produtos são lar-gamente utilizados em aplicações corporati-vas, de ti e data centers que exigem energia limpa, contínua e ininterrupta, além de mais funcionalidades tecnológicas. e há aumento
nas vendas tanto para novas ins-talações, como para ampliações das áreas existentes”, comenta Márcio kenji, gerente de Vendas Diretas da eaton.
kenji cita ainda que as aplica-ções domésticas e em pequenas empresas também têm crescido. “o que tem impulsionado as ven-das nesse caso é a percepção de que o nobreak é a melhor proteção para os equipamentos eletroeletrônicos”, co-menta o gerente da eaton, ponderando que no país a venda de estabilizadores ainda é muito forte nesse segmento devido ao cus-to mais baixo, mesmo que isso represente menos proteção e risco de perda de dados.
Mark breno, gerente de Line of business - Data center solutions and secure power sys-tem da schneider electric, observa que, nesse mercado, alguns segmentos têm crescido um pouco mais nos últimos anos. entre eles, breno cita o de infraestrutura, atrelado aos grandes
eventos (copa e olimpíadas), e também o setor de tecnologia, que inclui as empresas de tele-com e, principalmente, de cloud computing.
“além disso, temos algumas áreas cres-cendo porque o parque tecnológico brasilei-ro está se renovando. Já o segmento indus-trial tem registrado avanço um pouco menor que o das outras áreas, mas também tem crescido”, comenta breno.
mercado tem potencial para crescer maisse os últimos anos foram positivos para
as vendas de nobreaks, os próximos po-dem ser ainda melhores. essa pelo menos é a expectativa de alguns fabricantes. e a motivação deve-se a dois fatores principais: primeiro que os usuários de todas as áreas estão mais atentos às vantagens oferecidas por este tipo de equipamento. o lado nega-
tivo, no entanto, é que grande parte desse avanço decorre de falhas e problemas na rede elétrica brasileira.
“a perspectiva é de crescimento, jus-tamente pela incidência cada vez maior de problemas na rede elétrica e pelo próprio crescimento do país, com novas obras de infraestrutura acontecendo e previstas para acontecer nos próximos anos. além disso, podemos dizer que a conscientização dos usuários domésticos sobre a necessidade de um equipamento mais completo, que realmente ofereça proteção contra os pro-
blemas de energia ajudará a expansão de utilização deste produto”, apon-
ta Márcio kenji, projetando que o setor de ti, grande usuário destas
soluções, continuará em expan-
são no brasil e no mundo.segundo kenji, o mercado brasileiro
se encontra em evolução tanto em volu-me de vendas, como em capacitação dos profissionais da área de infraestrutura, vis-to que, cada vez mais, somos dependentes da energia. “no brasil, por haver proble-mas sérios na rede elétrica, a necessidade de nobreaks é muito grande para garantir a preservação de equipamentos, dados e a continuidade dos negócios. portanto, aplica-ções diversas, em distintos setores, em que é primordial contar com backup e energia de qualidade, requerem a instalação de um nobreak”, destaca.
Jamil Mouallem, diretor comercial e de Marketing da ts shara, ratifica que as más condições da nossa rede de energia acabam induzindo o usuário a comprar no-breaks, no entanto, ele pondera que a má qualidade da energia fornecida também é ruim para os fabricantes de nobreaks, que dependem da eletricidade para tocar suas linhas de produção.
No Brasil, por haver problemas sérios na rede elétrica,
a necessidade de nobreaks é muito
grande para garantir a preservação de
equipamentos, dados e a continuidade dos
negócios.Márcio kenji
eaton
Vendas Setor movimenta cerda de r$ 500 milhões por ano no Brasil.
Foto: ricardo brito/Grau 10
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ulga
ção
a necessidade de contar coM uM equipaMento de proteção coMo o nobreak ganhou força há cerca de dez anos, quando os coMputadores passaraM a fazer parte do dia a dia de Milhões de pessoas.
para desenvolver equipamen-tos adequados ao perfil da rede de energia do país, Mouallem afirma que a ts shara tem um moderno centro de p&D em são paulo, que é utilizado para a constante moder-nização dos projetos e soluções. “Fazemos melhorias contínuas em nossos produtos e uma de nossas vantagens competitivas é que nosso produto foi adequado para atender às más condições de energia no brasil e suportar essa grande variação. Hoje, nossos equipamentos são ro-bustos, resistentes e eficientes para atender às mais diversas condições de rede elétrica que ocorrem no brasil, que tem dimensões continentais”, ressalta.
pelo lado dos consumidores de menor porte, que também começam a descobrir as vantagens de ter um nobreak, a expectati-va geral dos fabricantes é que o momento é bastante propício para se formar uma cul-tura da segurança, em que o uso desse tipo de equipamento seja mais comum tanto em residências, quanto em empresas pequenas.
no caso do usuário final, por exemplo, a necessidade de contar com um equipamento de proteção como o nobreak ganhou força há cerca de dez anos, quando os computa-dores passaram a fazer parte do dia a dia de milhões de pessoas. primeiro, porque na comparação com outros eletroeletrônicos, como uma tV ou geladeira, trata-se de uma máquina mais suscetível à queima em fun-ção de descargas de energia e oscilações de tensão. segundo porque rapidamente o usu-
ário percebeu que poderia perder conteúdo em caso de queda de energia. ou seja, abre- s e o caminho para os nobreaks.
Mas, obviamente, o avanço do produto depende de informação, visto que ainda é grande o número de usuários que desconhe-cem suas características e mesmo sua varie-dade, inclusive de preço. Um ponto positivo, é que o produto está cada vez mais próximo do consumidor, sendo encontrado em locais como supermercados e papelarias. agora, é preciso mostrar que há preços acessíveis e que o investimento vale a pena.
“Hoje, a variedade de produtos permite ao usuário investir, pois há opções para to-dos os perfis e bolsos. e como indústria, in-vestimos na divulgação de informações para que ele saiba escolher. criamos através dos canais um plano de treinamento e capaci-
Pesquisa Fabricantes investem em P&d para atender as demandas dos usuários.
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mercado
potência
nobreaks
26
tação, com campanhas maciças através de nossas equipes de vendas e de marketing. e percebemos que a conscientização tem au-mentado”, comenta o gerente da ts shara.
Mouallem destaca ainda que a própria necessidade das pessoas se manterem co-nectadas tem favorecido a formação dessa cultura. “a conectividade e a convergência digital fizeram com que as pessoas preci-sem estar conectadas o tempo todo. isso criou uma condição social que exige que você esteja conectado. com isso, terá um
nobreak ligado em algum lugar da casa para que o indivíduo tenha o seu rotea-dor ligado, ou mesmo outros equipamen-tos, como o smartphone que descarregou e ele pode carregar no nobreak se não ti-ver energia no momento. o fato é que a demanda por equipamentos de proteção aumentou muito. inclusive no comércio. o caixa tem de funcionar no caso de queda de energia. com isso o mercado é muito promissor para os próximos anos, há de-manda por todos os lados”.
outro aspecto que tende a ajudar o mercado a evoluir envolve a quebra de um mito: o de que os nobreaks são destinados apenas para equipamentos de informática. É fato que este tipo de produto se identi-fica bastante com os computadores e seus periféricos. no entanto, ele é capaz de pro-teger e alimentar com energia segura toda parte elétrica de uma residência, escritório ou indústria. ou seja, pode estar ligado aos dispositivos da sala, da cozinha ou a uma máquina na produção.
cada cliente tem um tipo de necessidade e, hoje, há equipamentos para atender a praticamente qualquer tipo de demanda.Mark brenoschneider electric
Produtos à disposição e evolução tecnológicacom a crescente evolução do mercado
doméstico e a presença de multinacionais, hoje, as tecnologias dos produtos comer-cializados no brasil são compatíveis com
as utilizadas no restante do mundo. Mui-tos modelos são desenvolvidos e produ-zidos em solo brasileiro, mas também há equipamentos importados.
Quanto à divisão do mercado, podemos considerar os nobreaks de baixa potência, mais utilizados em residências e pequenos negócios, e os de média e alta potência, indicados para instalações maiores, como indústrias, órgãos governamentais e gran-
des data centers.Mas há outras maneiras de
dividir o segmento. “De forma sucinta, os nobreaks podem ser monofásicos ou trifásicos, construídos com uma das tec-nologias a seguir: off-line, li-nha interativa ou on-line du-pla conversão. a primeira delas apresenta proteção contra três problemas de energia, enquanto que a segunda apresenta contra
cinco e a on-line dupla conversão, a mais completa, protege contra os nove proble-mas existentes de energia”, explica Márcio kenji, da eaton, que completa: “Dentro de cada tecnologia existem soluções com mais
ou menos recursos. a escolha do nobreak depende da aplicação e requisitos de cada instalação e projeto”.
Mark breno, da schneider electric, ex-plica que cada cliente tem um tipo de ne-cessidade e que, hoje, há equipamentos para atender a praticamente qualquer tipo de demanda. entre as tecnologias dispo-níveis, ele cita que uma das consolidadas é a do nobreak com retificador de 6 e 12 pulsos, utilizando a topologia de tiristores. “essa é uma tecnologia bastante consoli-dada e que tem aplicação bastante espe-cífica, principalmente para o mercado in-dustrial. por outro lado, uma tecnologia um pouco mais recente é a dos retificadores com topologia iGbt, que têm uma eficiên-cia maior e melhor. este tipo de produto é um pouco mais focado para os segmentos de tecnologia, como o de data centers”, ressalta breno.
o gerente da schneider electric tam-bém cita que há uma tendência no merca-do de uso cada vez mais frequente de no-breaks modulares. isso porque estes equi-pamentos permitem uma implementação e manutenção rápidas, além de possibilitar a
apesar de ser relacionado aos equipaMentos de inforMática, coMo
coMputadores e iMpressoras, nobreak é capaz de proteger e aliMentar coM
energia segura toda a parte elétrica de uMa residência ou escritório.
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ampliação do conjunto de acordo com a necessidade do cliente e do crescimen-to do seu negócio.
“antigamente tínha-mos uma topologia dos nobreaks bastante compli-cada, com blocos isolados, e esse (modular) é um no-
break muito mais desenhado do ponto de vista de aplicação de ti”, completa breno.
outra tendência do mercado é o de-senvolvimento de produtos menores, mais compactos, mas sem perder em eficiência, robustez, resistência e durabilidade. “os equipamentos que ocupam muito espa-ço têm uma limitação em função do custo cada vez maior da ocupação. assim como ocorreu com os computadores, isso tem ocorrido com os nobreaks. com isso, os equipamentos estão cada vez mais enxu-tos, sendo otimizados para caber em es-paços menores e que não requeiram tanta
condição especial de condicionamento de refrigeração de ar”, destaca Jamil Moual-lem, da ts shara.
segundo Márcio kenji, as principais no-vidades tecnológicas têm sido agregadas aos nobreaks on-line dupla conversão, onde características como eficiência energética, design compacto, alta confiabilidade, maior vida útil das baterias, softwares para geren-ciamento de energia e compatibilidade com virtualização, entre outras, contribuem para construções sustentáveis, uma preocupação cada vez mais presente na sociedade.
outra característica do setor é que mui-tos clientes, especialmente de grande porte, necessitam de nobreaks customizados. no caso, uma casa ou escritório tem um nível de customização baixo, por isso utilizam mais os produtos de prateleira. agora, em equipamentos maiores, para indústria e in-fraestrutura, há um grau alto de customiza-ção, seja pelos diferentes níveis de tensão, tempo de autonomia, grau de proteção, etc.
Tendência do mercado é o desenvolvimento de produtos menores, mais compactos, mas sem perder em eficiência, robustez, resistência e durabilidade.jaMil MoualleMts shara
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atentos às oportunidades, os fabrican-tes seguem investindo para atender à de-manda crescente do mercado, seja através da ampliação da capacidade produtiva e da rede de comercialização, ou do desenvolvi-mento de novas linhas de produtos.
a ts shara, por exemplo, tem direcio-nado esforços para os mercados que con-somem equipamentos de médio e grande porte. com 24 anos de existência, a com-panhia brasileira possui uma ampla linha de produtos, atendendo diversos segmen-tos, como o de usuários domésticos, de small business (sMb), soHo (small office and Home office), distribuidores, governo e clientes corporativos.
“Mais de 70% de nosso faturamento está voltado ao usuário de pequeno porte. Mas nos últimos quatro anos temos inves-tido maciçamente para ingressar nos seg-
mentos de médio e grande porte. e estamos indo muito bem nessa área, que inclui o go-verno e o mercado corporativo”, comenta Jamil Mouallem.
Um dos recentes lançamentos para con-quistar espaço nesse segmento foi a linha de nobreaks senoidal dupla conver-são denominado Ups senno, que vai de 3 a 5kVa e foi totalmente desenvolvida no brasil.
e o desempenho de ven-das da companhia parece jus-tificar os investimentos. “em 2013, encerramos o ano com crescimento de 27% no fatura-mento e 16% no volume de ven-das. Grande parte da receita veio da linha de nobreaks, que foi responsável por 40% no incremento das vendas, saltando de 120 mil unidades comercializadas em 2012 para 160 mil em 2013”, revela o executivo, acrescentando que a empresa também ex-porta para 15 países da américa Latina. para 2014, a previsão da empresa é de aumento de cerca de 30% nas vendas de nobreaks.
Já a eaton, possui um vasto portfólio de nobreaks monofásicos e trifásicos, que atende a todo tipo de necessidade, desde um computador de uso doméstico, até gran-des data centers. a companhia não divulga números regionais, mas confirma que tem havido crescimento nas vendas nessa área nos últimos anos e a previsão para 2014 é de mais incremento.
para complementar seu portfólio, a empresa lançou em 2013 duas linhas. em junho, foi apresentado no país o nobreak eaton 9pX e, em dezembro, o novo display touch screen do nobreak power Xpert 9395.
o eaton 9pX fornece aproximadamente 28% mais energia que os nobreaks tradi-
cionais e é adequa-do para proteção de equipamentos em ambientes de ti e rede, áreas corporativas e hospitalares, telecomunicações
e indústrias. Disponível em potências de 6 e 11kVa
e com tecnologia on-l ine dupla conver-são de alta fre-
quência, o produto pos-sui o que há de mais avançado para segurança e proteção de ener-gia, controlando o con-sumo e os custos.
Já a schneider electric, que também atua no brasil com uma gama bastante completa e variada de soluções, conta com duas fábri-cas no brasil específicas para nobreaks. Uma para equipamentos até 3kVa monofásicos, que fica em Fortaleza. e uma em porto alegre que produz equipamentos de 2 a 300kVa.
ampliando sua linha, a companhia aca-ba de lançar o active, que é um equipamen-to com 100% de desenvolvimento e manu-fatura local. ele vai de 40 a 80kVa e usa a tecnologia iGbt de alta eficiência.
ao longo do ano, a empresa também planeja lançar o modelo Galaxy bM, que vai de 160 e 200kVa. Quanto ao compor-tamento das vendas, elas também têm se mantido aquecidas, com crescimento acima da média do mercado. “Deveremos manter esse índice em 2014. o mercado deverá ser puxado pelas áreas de ti e infraestrutura”, comenta Mark breno, acrescentando que a parte de varejo também tem sido importan-te para as vendas.
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É possível uma empresa manter a tradição construída ao longo de quase quatro décadas e, ao mesmo tempo, modernizar-se? no entendi-
mento da santil comercial elétrica, mais do que desejável, isto é necessário.
o varejista de material elétrico funda-do em 1978, em são paulo (sp), não quer perder o foco no cliente e aposta na grande disponibilidade de produtos, no preço com-petitivo e na entrega ágil como diferenciais para se manter na linha de frente do setor.
paralelamente a isso, a companhia traçou
Santil inveSte em eStoque,
eStrutura fíSica e
tecnologia Para elevar
nível de atendimento
e ditar tendênciaS no
mercado.
rePortagem: Paulo martinS
um amplo plano de otimização de sua estru-tura que lhe permitirá não só reafirmar sua missão de suprir as demandas do mercado consumidor, mas também ditar tendências.
o pacote de ações inclui novas instalações e serviços, incremento de estoque, atualização tecnológica e dinamização da operação logís-tica. ao longo do biênio 2013/2014, os investi-mentos devem beirar a casa dos R$ 4 milhões.
Uma das medidas mais audaciosas desta nova fase da santil foi a reforma da unidade da Rua santa ifigênia, tradicional região de comércio de materiais elétricos e eletrônicos
no centro da capital paulista. o layout foi re-formulado de forma a modernizar a loja como um todo, facilitando a circulação de clientes e a exposição e manipulação de mercadorias.
a ideia é não pecar pelo excesso nem pela falta de informação. “entendemos que a loja tem, sim, que ter tudo, mas de forma organizada, para que o cliente não fique com a sensação de bagunça. o layout foi criado para que ele tenha acesso otimizado aos produtos, consultores comerciais e expedi-ção, principalmente nos dias de movimento intenso no estabelecimento”, explica Karina
InvestImento Empresa planeja aporte de r$ 4 milhões no biênio 2013/2014.
a santil comercializa 30 mil itens dife-rentes, mas, neste primeiro momento, terá cerca de 1.500 produtos a pronta entrega na loja de osasco. os pedidos que não pu-derem ser atendidos de imediato serão en-tregues ao cliente da Grande são paulo em
até 48 horas, conforme promete a empresa, que dispõe de frota pró-pria de 20 veículos, além de con-tar com transportadoras parceiras.
Uma terceira ação envolvendo a reestruturação física da santil foi desenvolvida no centro de Distri-buição que a empresa mantém no
bairro paulistano da Água Branca. a unidade abriga agora um novo ponto de televendas (telemarketing). paralelamente, recebeu tam-bém outro ponto de expedição de mercado-rias, o que irá otimizar a operação logística.
esse, aliás, é um serviço vital para a em-presa, que tradicionalmente investe pesado na otimização e expansão de pontos de ex-pedição. conforme destaca Karina Bassani, é preciso fazer jus ao slogan adotado pela santil, que afirma ter ‘tudo em material elé-trico’. “o cliente que vai até nossas lojas não pode sair decepcionado por não encontrar o item que busca. e quando ficamos de fazer a entrega precisamos ter o item em estoque para cumprir o prazo na rapidez que é pro-metida”, argumenta a executiva.
com base nessa política, além do cD da Água Branca, com 9 mil metros quadrados
Jorge Bassani, diretora Financeira da santil. outro acontecimento histórico para a em-
presa deu-se no dia 31 de janeiro com a inau-guração de uma nova loja em osasco, cidade vizinha a são paulo. a unidade tem mil metros quadrados de área construída e emprega 23 colaboradores. o investimento foi motivado por pesquisas que teriam identificado a exis-tência de um comércio crescente na região e, ao mesmo tempo, a ausência de lojas espe-cializadas em material elétrico.
de área, a empresa mantém um depósito no centro que dá suporte exclusivamente para a filial da Rua santa ifigênia. independente-mente disso, todas as lojas possuem estoque considerável de itens para atender as vendas que exigem mercadoria para pronta entrega.
a santil também elegeu o investimento em tecnologia como outro pilar do processo de reformulação por qual passa. afinal, os tem-pos mudaram e o bom e velho feeling deixou de ser suficiente para gerenciar o atual mo-delo de negócio. cada vez mais a administra-ção de uma loja passa a depender do uso de modernas ferramentas de gestão empresarial.
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campo começou com a aquisição de novos servidores com ampla capacidade de arma-zenamento de dados e a consequente aloca-ção dos equipamentos em um data center. o sistema foi dimensionado para utilização por um período de aproximadamente dez anos.
“Fizemos esse investimento para que as lojas não parem de funcionar e não tenham lentidão em nenhum momento. a medida irá ajudar na redução de filas nos caixas, na resposta às cotações, na emissão de notas e na própria circulação de material. Queremos garantir que o processo operacional da san-til corra sem nenhuma preocupação do pon-to de vista tecnológico”, comenta Karina.
outra providência foi a troca da plata-forma de eRp, após uma empresa gestora de projetos contratada ter indicado aquele que considerou o melhor sistema de informáti-ca para o varejo de material elétrico. essa migração deve terminar até o final do ano.
além disso, todo o cabeamento para transporte de voz e dados foi substituído
Perfil santil✹ empresa fundada em 1978✹ dispõe de quatro pontos de venda:
três lojas físicas (no bairro do Piqueri e na rua Santa ifigênia, em São Paulo, e na cidade de osasco) e o serviço de te-levendas baseado no cd do bairro da Água Branca, também na capital
✹ comercializa 30 mil itens de ma-terial elétrico
✹ atende todo o Brasil✹ Possui frota própria de 20 veículos
para entregas próximas e parceria com transportadoras para encomendas de longa distância
nova UnIdade Inaugurada em janeiro, loja de Osasco (SP) tem 1.000 m2.
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por fibra óptica, a fim de otimizar o desempenho das atividades coti-dianas da empresa. “acreditamos que esse será um meio seguro e eficiente de comuni-cação entre as lojas”, diz Karina.
apesar de toda a evolução que será pro-porcionada pelas novas medidas, os planos da santil não param por aí. para 2015 a ideia é modernizar ainda mais os estoques e a logística, que será muito parecida com a operação de e-commerce. “os passos vão ser rastreados e passados para o cliente, que poderá acompanhar toda a operação logís-tica”, complementa.
a santil atende todos os segmentos de mercado, mas aposta em especial no desen-volvimento da construção civil. na visão de Ka-rina, quando o mercado financeiro passa por instabilidades, como as previstas para este ano, boa parte dos investimentos acabam sendo canalizados para o setor produtivo, o que ten-de a alavancar as vendas de material elétrico.
“a gente acredita que a construção civil ainda vai evoluir bastante no Brasil. parale-
lamente a isso, há muito para ser feito no país em termos de infraestrutura. enxergamos um leque de crescimento bem grande pelo menos até 2016”, comenta a executiva.
Para 2015 a Santil planeja modernizar ainda mais seus estoques e sua operação logística.KarIna BassanIdIretora fInanceIra
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lançamento do
programa brasileiro
de certificação
de competências
pessoais em
atmosferas
explosivas deverá
contribuir para
elevar os níveis de
confiabilidade das
instalações que
contenham áreas
classificadas por
gases, vapores de
líquidos inflamáveis,
poeiras ou fibras
combustíveis e
especialmente
da segurança
das pessoas que
trabalham ou vivem
em locais sob sua
abrangência.
reportagem: paulo martins
Em ambientes sujeitos a risco de explosão, todo cuidado é pouco. Seja em uma plataforma de pe-tróleo, indústria química, alimen-
tícia ou posto de gasolina, um simples erro de procedimento ou uma pequena faísca gerada por equipamento pode ser suficiente para originar graves acidentes, acarretando a perda de vidas, prejuízos patrimoniais e danos ambientais.
cientes disso, profissionais, empresas e autoridades do mundo todo vêm dedicando atenção cada vez maior à questão da segu-rança nesses locais de trabalho.
no Brasil, um importante passo nessa direção foi dado pouco mais de uma década atrás. Mais precisamente em 2000, quando o inmetro publicou o regulamento que tor-nou obrigatória a certificação de equipa-mentos elétricos destinados à instalação em áreas contendo atmosferas explosivas.
Sem dúvida essa medida contribuiu para a evolução do mercado, até porque envol-veu diretamente os fabricantes. Entretanto, na opinião dos profissionais da área, a se-gurança das instalações e das pessoas que trabalham em atmosferas explosivas ain-da não se encontra nos níveis necessários - fato comprovado pela ocorrência, até os dias atuais, de graves acidentes nesse tipo de ambiente. a conclusão dos especialistas é que pouco adianta que os equipamentos elétricos para atmosferas explosivas saiam certificados da fábrica, se não forem devi-damente especificados, instalados, manti-dos, reparados e inspecionados ao longo do tempo em que permanecem nessas áreas.
“Essa primeira fase, que no Brasil está instituída há muitos anos, deixou de ser su-ficiente. o mundo percebeu que a maioria dos problemas nas instalações não está na certificação original dos produtos, mas sim no treinamento, na competência, na expe-riência e na habilidade de alguns profissio-nais”, opina Sérgio Rausch, consultor téc-
Apoio Institucional:Apoiador:
nico da aBpEx (associação Brasileira para prevenção de Explosões).
conforme destaca Roberval Bulgarelli, consultor técnico da petrobras, é preciso que os responsáveis por atividades como projeto, montagem, inspeção, manutenção e reparo de equipamentos elétricos ‘Ex’ conheçam os requisitos indicados nas respectivas normas técnicas da série aBnt nBR iEc 60079 (at-mosferas Explosivas).
E, para evidenciar tais competências, prossegue ele, o processo mais adequado é o de certificação de terceira parte, conduzi-do por um ocp (organismo de certificação de pessoas). Esse tipo de certificação visa reconhecer formalmente os conhecimentos, habilidades, atitudes e competências de um profissional, necessárias ao desenvolvimen-to de uma atividade específica.
para Bulgarelli, anos atrás, o Brasil de-veria ter iniciado também o processo de certificação das competências das pessoas que trabalham em áreas classificadas, e não somente dos equipamentos elétricos que são instalados nessas áreas de risco. “caso isso tivesse sido feito, hoje certamente po-deríamos contar com uma força de traba-lho mais preparada para realizar com mais competência e consciência as atividades das quais depende a segurança das instalações em atmosferas explosivas”, diz o especialis-ta da petrobras, que coordena o Subcomi-tê Sc-31 (atmosferas Explosivas) do cobei (comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, iluminação e telecomunicações).
como diz o ditado, antes tarde do que nunca. É justamente para essa segunda fase que o mercado avança neste momento, que já pode ser considerado histórico. a aben-di (associação Brasileira de Ensaios não Destrutivos e inspeção) lança neste mês de março o programa brasileiro de qualificação e certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas.
a abendi, contando com o expertise da
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Apoio Institucional:Apoio Institucional:
aBpEx e de outras empresas e entidades in-teressadas no assunto, tais como petrobras, SEnSE, Senai, Ft automação e Dow Quími-ca, desenvolveu a norma abendi na-017 - Qualificação e certificação de competências pessoais em atmosferas Explosivas.
“a abendi e a aBpEx já haviam esta-belecido anteriormente um termo de coo-peração no qual a aBpEx contribuiria com conhecimento técnico e a abendi entraria com sua competência no desenvolvimento de esquemas de certificação”, conta Hé-lio Rodrigues, consultor técnico da abendi.
o modelo surge alinhado aos requisitos do iEcEx, um sistema global de certificação
de equipamentos, oficinas de re-paro e competências pessoais para atmosferas explosivas mantido pela iEc (international Electrote-chnical commission). a certifica-ção é voluntária e será feita por unidades de competências (veja quadro). neste primeiro momen-to serão abertas inscrições para os interessados em se certificar na unidade “Ex 001 - aplicação dos princípios básicos de proteção em atmosferas explosivas”. Essa certificação é básica para todos aqueles que quiserem obter o reconhe-cimento nas demais áreas de competência.
Processo inclui provas teóricas e práticaspoderá credenciar centros de Exame de Qua-lificação (cEQs) nos demais estados da fede-ração, a fim de facilitar o acesso à certificação.
De acordo com Hélio Rodrigues, haverá ainda a possibilidade de buscar a certifica-ção por reconhecimento. Esta modalidade é colocada em prática quando o candidato não possui a escolaridade mínima exigida no requisito para o qual ele quer se certifi-car, mas detém larga experiência profissio-nal. “Esta janela de reconhecimento ficará aberta por tempo limitado. a partir desse
momento, quem não aproveitou a chance não poderá mais fazê-lo. Esta é uma ma-neira de dar oportunidade àqueles que es-tão em atividade no mercado e também de incentivar o estudo”, comenta o consultor técnico da abendi.
Dezoito meses após obter o certifica-do o profissional “Ex” precisará passar por um processo de avaliação de suas ativida-des no período. posteriormente, a cada três anos, ele deverá se submeter a um novo processo de avaliação para manutenção ou ampliação da certificação de suas compe-tências pessoais.
conforme ressalta Roberval Bulgarelli, as certificações de acordo com as unidades de competências não definem a função de uma pessoa, mas somente as atividades para as quais ela demonstrou ser competente. “Uma única unidade de competência não deve ser confundida com uma descrição da função, a qual normalmente engloba um conjunto de unidades de competências”, reforça.
por exemplo: um montador “Ex” deve possuir certificação nas Unidades de com-petência Ex 001 (conhecimentos básicos de segurança em áreas classificadas), Ex 003 (Montagem Ex), Ex 006 (Ensaios Ex) e Ex 008 (inspeção detalhada Ex).
para obter o certificado de conformida-de de competências pessoais em atmosferas explosivas o interessado precisará requerer sua inscrição junto à abendi e comprovar formação escolar, experiência profissional, habilidades, conhecimentos e treinamentos realizados. caso seja aprovado nos exames de avaliação teóricos e práticos o candidato receberá o documento.
a própria abendi será responsável pela aplicação dos exames teóricos e práticos. como tem sede na capital paulista, a entidade
as dez unidades de competência
estabelecidas cobrem os
aspectos onde poderia haver
vulnerabilidade em uma
instalação.Sérgio rauSch
abpex
ex 001 – aplicação dos princípios básicos de proteção em atmosferas explosivasex 002 – execução de classificação de áreasex 003 – instalação de equipamentos com tipos de proteção “ex” e respectivos sistemas de fiaçãoex 004 – manutenção de equipamentos em atmosferas explosivasex 005 – reparo e revisão de equipamentos com tipos de proteção “ex”ex 006 – ensaios de equipamentos e instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivasex 007 – execução de inspeções visuais e apuradas de equipamentos e instalações em, ou associadas a atmosferas explosivasex 008 – execução de inspeções detalhadas de equipamentos ou instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivasex 009 – projeto de instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivasex 010 – execução de inspeções de auditoria ou de avaliação das instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
unidades de competência ‘ex’ pelas quais os candidatos poderão optar para serem avaliados e certificados
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Benefícios devem refletir em todo o mercado
na opinião dos especialistas consulta-dos nesta matéria, a criação da certificação de pessoas no segmento Ex contribuirá sen-sivelmente para a melhoria da segurança nas
não provocar desastres ambientais e ca-tástrofes que podem inclusive atingir co-munidades adjacentes”, argumenta.
o executivo da aBpEx enfatiza ainda o estabelecimento das dez unidades de com-petência mencionadas na norma. “Desta forma estarão cobertos os aspectos onde
poderia haver vulnerabilidade em uma instalação”, acredita.
a certificação tende a se tor-nar uma espécie de garantia para quem depende do trabalho de instaladoras, empreiteiras, ofici-nas de reparos, profissionais de inspeção e escritórios de projetos. afinal, nada impede que uma in-dústria petroquímica, por exem-
plo, estipule em contrato que seus presta-dores de serviços comprovem que passaram pelo processo. “Esta é uma maneira de os clientes se assegurarem que estão contra-tando uma empresa cujos profissionais são
esperamos uma adesão muito grande, até por conta do interesse demonstrado pelos diversos setores.hélio rodrigueSabendi
indústrias, de seus colaboradores e clientes e das comunidades envolvidas, beneficiando desta maneira a sociedade como um todo.
“Essa medida preenche uma grande la-cuna existente na área de competência das pessoas que trabalham nas áreas com risco de explosão”, sintetiza Roberval Bulgarelli.
Sérgio Rausch observa que a monta-gem de cada produto precisa obedecer a metodologias adequadas para que as pro-priedades originalmente projetadas sejam mantidas. “para cada tipo de proteção a norma indica os requisitos específicos que precisam ser atendidos para que a insta-lação como um todo seja considerada à prova de explosão e proporcione a con-fiabilidade e a segurança necessária para proteger vidas humanas e o patrimônio e
pouco adianta que os equipamentos elétricos para atmosferas explosivas saiam certificados da fábrica, se não forem corretamente especificados, instalados e reparados depois.
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Medida preenche uma grande lacuna
existente na área de competência das pessoas que
trabalham nas áreas com risco de
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comprovadamente competentes”, observa Hélio Rodrigues, da abendi.
a tendência é que a certificação seja um diferencial também para o trabalhador, que pode assim incrementar seu currículo, diferenciando-se dos demais e aumentan-do seu grau de empregabilidade.
nelson López, presidente da aBpEx, des-taca ainda que a certificação de pessoas po-derá contribuir para a redução dos valores co-brados pelo seguro e dos custos operacionais das empresas, uma vez que os profissionais terão maiores aptidões e, consequentemente, melhor embasamento para fazer especifica-ções e gerenciamento dos riscos.
o correto dimensionamento e o trata-mento adequado dos riscos seriam formas de auferir benefícios com o novo sistema. afinal, muitas vezes é possível reduzir e até eliminar completamente uma área classifi-cada. “Quando trabalhamos para que uma área deixe de ser classificada, a empresa não vai ter economia apenas na compra de equipamentos, mas também na pró-pria gestão da segurança”, finaliza López.
Diante dos possíveis benefícios, a expec-tativa da abendi é de que a certificação de profissionais na área ‘Ex’ decole no Brasil. “Esperamos uma adesão muito grande, até por conta do interesse dos setores químico,
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petroquímico, de óleo e gás e agroindústria. as empresas estavam esperando por isso e até participaram da elaboração do esque-
ma”, destaca Hélio Rodrigues.Roberval Bulgarelli confirma
que a petrobras, bem como ou-tras empresas que possuem ins-talações elétricas em atmosferas explosivas, tendem a incentivar seus profissionais a buscar a certificação de suas competên-cias pessoais em suas respecti-vas atividades.
“a petrobras participou da elaboração das normas técnicas da Série aBnt nBR iEc 60079, nas quais se baseia o sistema de certificação de competências pessoais Ex. a empresa também partici-pou de forma ativa no comitê Setorial da abendi para o Sistema de competências pessoais em atmosferas Explosivas, bem como dos respectivos Bureau e conselho de certificação Ex”, conta Bulgarelli.
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Neosolar deseNvolve primeiro projeto paulista de microgeração de
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Mercado é incipiente, mas promissor na Europa, Estados Unidos e Japão a
geração de energia por parte dos próprios consumidores está consolidada há um bom tempo, com excelentes resultados. “na ale-manha, por exemplo, tem dias do ano que a maior parte da energia produzida provém da fonte solar, porque todo mundo tem um sistema em casa. o governo estimulou isso”, comenta pedro pintão.
no Brasil tudo é muito recente, o que abre a perspectiva de grandes saltos de cres-cimento nos próximos anos. a tendência é que as pessoas adquiram mais confiança e passem a investir em iniciativas do gênero à medida que forem tomando conhecimen-
to dos benefícios proporcionados por essa tecnologia. Um fator fundamental é que os preços dos sistemas vêm apresentando queda significativa nos últimos anos. outra vantagem é que a tecnologia fotovoltaica pode ser instalada praticamente em qual-quer lugar, de forma rápida, e exige pouca manutenção. a recomendação principal é que se faça a limpeza dos painéis com um pano úmido a cada seis meses, em média, para retirar o pó acumulado.
De acordo com o diretor da neosolar, o consumo de painéis solares no Brasil aumen-tou de quatro a cinco vezes, no ano passa-do. “a demanda está em alta e talvez isso
anime os investidores a começarem a pen-sar em fabricação no país”, acredita pedro. por enquanto, a produção local de painéis solares fotovoltaicos é mínima.
É preciso lembrar que os níveis de in-cidência solar do país são de fazer inveja a qualquer lugar do mundo. “o lugar de me-nor radiação solar no Brasil é o rio gran-de do Sul. Mesmo assim, esse índice é bem melhor do que na Bavária, que é o melhor lugar da alemanha”, compara o executivo.
Uma das iniciativas aguardadas pelo mercado e que podem alavancar a expan-são da energia solar fotovoltaica no Brasil é a adoção do sistema em programas habi-
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vulg
ação
do país, instalado em ribeirão preto (Sp), completou seis meses de funcionamen-to. trata-se de uma casa, que abriga ain-da uma galeria de arte particular. pioneiro no estado, o projeto utiliza 180 placas de
140Wp (Watt-pico) cada e seis inversores de 3,8kW cada. a ca-pacidade de produção será de cerca de 3.300kW/h por mês. o investimento total chegou a r$ 220 mil.
apesar do pouco tempo de operação do sistema, é possível fazer uma análise positiva em torno dessa iniciativa. “não houve nenhuma interrupção até hoje, tudo tem funcionado bastante a contento”, comemora o engenheiro pedro pintão, sócio--diretor da neosolar Energia, empresa res-ponsável pelo projeto. a companhia atua no mercado energético por meio de consultoria, comercialização e instalação de produtos que viabilizem a produção e o consumo de ener-gia solar fotovoltaica.
pedro conta que, devido às caracterís-
ticas físicas do local em questão, não foi possível obter o que se chama de situação ótima na instalação do sistema. o ideal, ex-plica ele, é que os painéis ficassem virados para o norte. Entretanto, o telhado da resi-dência possui uma aba voltada para o leste e outra para oeste. apesar do contratempo, o nível de geração está conforme o previsto. “Dentro da situação que tínhamos no local estamos tendo um rendimento dentro do esperado”, reforça o engenheiro.
Do ponto de vista técnico o projeto não chega a ser complexo. curiosamente, o maior desafio acabou sendo a tramitação burocrática, até porque este foi o primeiro trabalho do gênero envolvendo a concessio-nária local de energia, a cpFl.
Superadas todas as etapas necessárias para iniciar a geração de energia, é possível usufruir agora de outro importante legado: o aprendizado, que tende a beneficiar tanto a concessionária de serviços quanto a neosolar.
Um exemplo disso é a possibilidade de monitorar a produção do sistema, o que ser-ve de base para promover eventuais mudan-ças no posicionamento das placas, a fim de se obter melhores rendimentos. pedro expli-ca que o sistema informa diariamente os da-dos da produção de energia e também se há algum problema nos equipamentos, o que permite o controle tanto por parte do mo-rador de ribeirão preto quanto da neosolar.
CapaCidade instalação permitirá a geração de cerca de 3.300 kW/h por mês.
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Praticando ideias EnErgia Solar
cobrança de icMs gera polêmicaSegundo os especialistas do setor, ainda
são muitos os entraves que atrapalham o ple-no desenvolvimento da microgeração fotovol-taica no Brasil. para começar, o sistema está sobrecarregado pela tributação. “os impostos são muito altos, especialmente para inverso-res. taxas e despesas diversas elevam o custo de importação dos produtos. os preços para o consumidor no Brasil são onerados em mais de 100%, se comparados com os preços de fora do Brasil”, reclama pedro pintão.
Uma questão que está rendendo muita discussão envolve a cobrança de icMS sobre a energia consumida. como se sabe, o consu-midor normal precisa pagar o imposto sobre aquilo que utilizou. Mas, no sistema de ge-ração distribuída, o consumidor que tem um ponto de microgeração em sua casa recebe o insumo e depois o ‘devolve’ para a rede, com a sua produção própria. o problema é que
em alguns estados ele está tendo que pagar pelo consumo, mesmo repondo a energia que utilizou. “o país precisa de energia e essa é uma fonte limpa. não faz sentido taxá-la des-sa forma”, lamenta pedro.
outra reclamação do mercado é de que não haveria financiamento acessível para instalações de pequeno porte (resi-denciais e comerciais), e sim apenas para grandes projetos.
Segundo o executivo da neosolar, a ener-gia fotovoltaica já foi bem mais cara, mas o retorno hoje ainda vem a médio ou longo prazo. “Dificilmente alguém pega dinheiro do bolso e investe num sistema de energia solar. Devi-do ao tempo de retorno, o ideal se-ria ter linhas de financiamento com prazos compatíveis. assim, a pessoa colocaria o sistema e iria pagando
com o próprio rendimento dele”, defende. os problemas não param por aí. o mer-
cado sofre ainda com a carência de mão de obra especializada. “a pouca mão de obra disponível é muito cara, tornando o custo de instalação muito alto, comparando com ouros países”, destaca pedro.
aumento da demanda pode
estimular fabricantes a
produzir painéis solares no Brasil.
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tacionais populares, a exemplo do aqueci-mento solar térmico.
Diante do potencial de mercado, a ne-osolar, que tem atuação concentrada prin-cipalmente na implantação de sistemas iso-lados de energia, projeta também uma atu-
ação mais forte no mercado urbano, como é o caso do projeto de ribeirão preto.
nos sistemas isolados, em vez da co-nexão direta com a rede elétrica, a energia produzida durante o dia é armazenada em baterias para ser utilizada durante a noite.
“Esse tipo de solução atende os casos onde a rede elétrica não consegue chegar”, ex-plica pedro pintão. assim, a tecnologia é largamente empregada em sistemas de te-lecomunicações, bombeamento de água e iluminação, por exemplo.
estímulo Queda nos preços dos sistemas pode favorecer desenvolvimento de novos projetos.
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perfil do associado
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A Ge atua no Brasil há 94 anos. foi uma das primeiras multinacionais a se instalar no país. a primeira unida-de local da companhia foi justamen-
te uma fábrica da Ge lighting, inaugurada em 1919 no rio de Janeiro (rJ). Hoje, a Ge conta com aproximadamente 8,8 mil colabo-radores no país. o Brasil é um dos principais mercados para a companhia globalmente.
em maio de 2013, em visita ao Brasil, o ceo global Jeff immelt anunciou a extensão do maior investimento das operações da Ge no Brasil, que passou a totalizar Us$ 1,3 bi-lhão entre 2011 e 2016.
faz parte desse investimento local a ex-pansão das operações da Ge lighting. com sede global em east cleveland, ohio, desde 1913 a companhia emprega mais de 17 mil funcionários em todo o mundo. o avanço
GE Lighting: Uma nova maneira de enxergar o mundo
da Ge lighting no Brasil acontece em três grandes áreas distintas: no setor do varejo, com iluminação residencial; no setor pro-fissional de iluminação geral; e no setor de projetos, para atender a demandas públicas como iluminação de ruas, avenidas, prédios públicos, estádios e infraestrutura ao redor dos estádios.
o aquecimento da demanda por projetos de infraestrutura no Brasil tem impulsionado as operações brasileiras da empresa. a copa do Mundo de 2014 e os Jogos olímpicos de 2016 no rio de Janeiro representam muitas oportunidades de negócios para os diferentes segmentos em que a Ge opera. nesse cenário, a Ge lighting conquistou projetos de ilumi-nação de cinco das 12 arenas construídas ou reformadas para o torneio da fifa que será realizado no Brasil. está entre as arenas ilu-
minadas pela companhia o Maracanã, palco da grande final do torneio.
a expertise da Ge em iluminação – lon-ga relação iniciada com a criação da lâm-pada pelo fundador da Ge, thomas edison - garantirá a melhor experiência dos jogos do torneio de futebol com maior prestígio e audiência do mundo. os projetores ef 2000 serão utilizados em 28 dos 64 jogos da copa do Mundo de 2014 e atendem aos requisitos da fifa de eficiência energética.
no estádio nacional de Brasília (Brasília- df) e na arena da amazônia (Manaus-aM) o projeto da Ge lighting contempla a ilumina-ção de todo o complexo esportivo. nas arenas pernambuco (são lourenço da Mata-pe), Ma-racanã (rio de Janeiro-rJ) e Beira rio (porto alegre-rs), a companhia assina o projeto de luz do campo.
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a atuação da Ge lighting também tem como foco levar os benefícios de tecnologias capazes de oferecer maior eficiência energéti-ca, entre elas o led, para diversos segmentos do varejo e da indústria nacional. inventado há 51 anos pelo cientista da Ge nick Ho-lonyak, o led já é amplamente utilizado em diversos dispositivos eletrônicos e mais recen-temente chegou às ruas, estacionamentos, semáforos, estradas e parques, contribuindo para a redução no consumo de energia das cidades. a tecnologia usa até 75% menos energia do que as lâmpadas incandescentes; duram até 25 vezes mais do que as fontes de luz incandescentes e de halogêneo; e até três vezes mais do que a maioria das lâmpadas fluorescentes compactas.
para atender à demanda mundial por tecnologias eficientes, a Ge lighting dedicou em 2012 94% dos seus investimentos globais
nomia de até 80% no consumo de energia em relação a soluções tradicionais, como as lâmpadas incandescentes. Já a longa vida útil, acima de 11 anos (50 mil horas, consi-derando 12 horas de uso diário), reduz a fre-quência e os custos de troca e manutenção, o que ajuda a diminuir os gastos públicos. a menor recorrência de trocas de postes e se-máforos também gera menos interrupções no fluxo do trânsito.
as luminárias led da Ge lighting ge-ram uma luz branca, com alto irc (índice de reprodução de cor) e que pode ser dirigida precisamente às áreas que se deseja ilumi-nar, reduzindo o desperdício de luz e tam-bém a contaminação luminosa do ambiente e seus arredores.
os painéis ultrafinos (0,5 polegadas) se encaixam perfeitamente às grades mais comuns para tetos e apresentam um driver regulável embutido para led que ajuda a simplificar a instalação em comparação aos sistemas tradicionais.
alguns projetos envolvendo a utilização de sistemas com tecnologia led podem servir de referência para a iluminação de ruas, ave-nidas, prédios públicos e parques. em 2012, a cidade de florianópolis instalou 366 lumi-nárias led na ciclovia da avenida Beira Mar norte como parte do programa de comemo-ração do 286º aniversário da cidade. o proje-to trouxe uma economia no consumo de ener-gia de 50%, quando comparada à iluminação anterior, com lâmpadas de vapor metálico.
em dezembro de 2011, foram instala-das na ciclovia da lagoa rodrigo de freitas, no rio de Janeiro, 540 luminárias led de 90 watts. elas substituíram antigos pontos de luz de vapor de sódio de 150 watts. este proje-to trouxe mais beleza e segurança ao longo dos 7,5 quilômetros de ciclovia da lagoa, que será a sede das provas de remo nos Jogos olímpicos de 2016. Já na rua avanhandava, no centro de são paulo, a instalação de lu-minárias led em 2010 gerou uma economia de até 46% no consumo de energia elétrica.
em todos os segmentos-foco, a Ge li-ghting tem uma grande visão: trabalhar para que as pessoas mudem a maneira como en-xergam e pensam sobre o mundo.
em pesquisa para o desenvolvimento de pro-dutos sustentáveis – entre eles a tecnologia led. a companhia estima que até 2020 mais de 50% de seu faturamento será proveniente de projetos ligados à tecnologia led.
com grande potencial de aplicação tam-bém na iluminação pública, essa evolução tem chegado às ruas das grandes cidades. dos 15 milhões de pontos de iluminação pú-blica instalados no Brasil, mais de 60% (9,5 milhões) precisam ser renovados, segundo dados da eletrobrás. em outros três milhões de pontos, a instalação precisa ser refeita. especialistas concordam que os desafios do setor não são pequenos, mas podem ser vis-tos como uma grande oportunidade de ado-tar tecnologias mais avançadas e eficientes.
a iluminação led em postes, luminárias e semáforos pode proporcionar uma eco-
como parceira em projetos de sustenta-bilidade e como patrocinadora oficial dos Jo-gos olímpicos de 2012, a Ge lighting traba-lhou em conjunto com o comitê organizador local (loGoc) para desenvolver uma série de projetos de iluminação dentro e fora do parque olímpico. foram utilizados sistemas eficientes e com baixo consumo de energia em instalações permanentes e temporárias.
além de proporcionar economia de energia por muitos anos, os projetos de ilu-minação da Ge permitiram a reutilização de lâmpadas em diferentes pontos da cidade de londres após o encerramento dos Jogos olím-picos. em torno de 2 mil lâmpadas de baixo consumo de energia, individuais e lineares, foram utilizadas para os Jogos olímpicos de londres. na Vila olímpica, o uso do led re-duziu em até 40% o consumo de energia.
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Francisco SimonDiretor Colegiado Abreme - [email protected]
Lojas in Companyna verdade o conceito de loja in com-
pany não é assim tão novo. surgiu em 2001 como uma febre, quando muitas empresas optaram por transferir seus estoques para terceiros mediante instalação de lojas nas empresas, pensando, dessa forma, ter acha-do a solução definitiva para o problema es-toques. entretanto, passados treze anos - desde o surgimento até hoje - observou-se que algumas empresas obtiveram sucesso, porém, muitas outras fecharam suas por-tas ou romperam seus contratos. por quê?
porque o modelo é bom, mas não é para todos e algumas questões devem ser avaliadas antes de se dar o passo, a fim de não colocar em risco a sustentabilidade da iniciativa, vejamos:
- o primeiro entrave a ser vencido é a venda do conceito desse “produto”, sim, a loja in company é um produto vendido. os serviços agregados que ela dispõe devem ser “comprados” pelo cliente, portanto, é preciso analisar o custo/benefício;
- é desejável que o fornecedor conheça bem o seu cliente e faça uma análise técnica do processo produtivo da empresa - assesso-rado por um vendedor técnico. dessa forma, poderá propor as soluções e produtos mais eficientes para o cliente (distribuidor) que, por sua vez, terá na loja um estoque que foi analisado e estudado de acordo com o con-trato firmado com o fornecedor;
- outro aspecto importante é a proximi-dade física da loja, propiciando economia em relação ao frete e ao tempo de reposi-ção e entrega ao cliente;
- mas o contrato de fornecimento na modalidade in company só é viável quan-do há faturamento suficiente para supor-tar os investimentos e o custo operacional
gerados, atualmente algo em torno de r$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) para uma loja em início de operação.
finalizando, esses são apenas alguns aspectos a serem considerados, há outros igualmente importantes os quais não con-seguirei abordar neste editorial, mas creio que as informações aqui contidas sejam su-ficientes para esclarecer o leitor e ajudá-lo a decidir se vale ou não a pena investir numa loja in company. Boa sorte e bons negócios.
Caro leitor, o tema lojas in com-pany está intrinsecamente ligado a outro tema recorrente e de grande importância para os distribuidores
de materiais elétricos: a questão do geren-ciamento de estoques. no segmento de dis-tribuição de materiais elétricos é muito difícil planejar e decidir como manter um equilíbrio com relação aos estoques, porque esse equi-líbrio não depende somente da nossa von-tade, mas principalmente da sazonalidade dos segmentos atendidos pelo distribuidor, tendo entre os mesmos grande variação.
se optamos por manter estoques mí-nimos almejando uma redução do capital investido, corremos o risco de não ter o estoque necessário para cumprir os prazos e/ou atender de imediato as necessidades dos nossos clientes. por outro lado, se es-tocarmos material em grande quantidade, corremos o risco de não escoá-lo, incorren-do em uso de capital que não se remunera e, também, com o baixo giro, uma possível obsolescência dos estoques.
em tal cenário surgiu um novo conceito - loja in company - considerado uma nova ferramenta de trabalho, prometendo como resultado alta eficiência, redução de custos para o cliente e ganhos de produtividade com um fornecimento muito mais rápido.
em linhas gerais, através de acordos e/ou contratos, o modelo “in company” pro-põe que a empresa cliente transfira para o fornecedor toda a responsabilidade e encar-gos envolvidos com a administração das fa-mílias de itens de maior consumo dos seus estoques. o cliente fornece a infraestrutura necessária – espaço físico, energia, comu-nicação – e garante a preferência na aqui-sição de todos os itens objeto do contrato.
rua oscar Bressane, 283 - Jd. da saúde04151-040 - são paulo - sptelefone: (11) 5077-4140
fax: (11) 5077-1817e-mail: [email protected]
site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado Roberto Said Payaro
Nortel Suprimentos Industriais S/A Francisco Simon
Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente
Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo
Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto
Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos
Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro
Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia
Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho
Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini
Sonepar
Secretária Executiva Nellifer Obradovic
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fUndada eM 07/06/1988
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Mudança na equipeO Conselho de Administração
da Eneva aprovou Fabio Bicudo como seu novo diretor-presidente/CEO. Eduardo Karrer, que completou um importante período na criação e crescimento da Eneva, seguirá para novas oportunidades.
Eduardo Karrer atuava como CEO da Eneva desde 2007. Sob sua liderança a companhia passou por grandes transformações. Através dos anos, Karrer supervisionou o crescimento do portfólio da empresa, que nesse período investiu aproximadamente R$ 12 bilhões e aumentou em 2,4GW sua capacidade de geração.
O novo diretor-presidente/
CEO da Eneva, Fabio Bicudo, foi co-chefe do Banco de Investimentos e membro do Comitê de Administração (Brazil Management Committee) do Goldman Sachs no Brasil.
Bicudo possui mais de 16 anos de experiência em banco de investimentos, atuando no Goldman Sachs, assim como no Citigroup em Nova York e em São Paulo.
Ele também possui experiência no setor de energia do Brasil, além de um vasto conhecimento do mercado local, tendo liderado um time responsável por IPOs, assim como relevantes transações de M&A neste setor.
plantas solaresA Arteche Turnkey Solutions, especialista nos segmentos de
geração eólica, transmissão e distribuição de energia elétrica, planeja a implantação de plantas solares para este ano, a começar pelos projetos vencedores do 1º Leilão de Energia Solar, realizado no Estado de Pernambuco, em dezembro de 2013, no qual foram contratados seis projetos solares, totalizando 122,82MWp de energia.
A medida amplia o portfólio da empresa na geração de energias renováveis. “O grupo Arteche conta com portfólio específico e equipe própria com experiência internacional comprovada na implantação de plantas solares. Temos o foco estratégico de sermos a empresa pioneira na modalidade de empreendimentos turnkey neste setor no Brasil”, explica Tânia Aloisi, diretora Comercial da Arteche – Divisão Turnkey Solutions.
Atualmente a empresa trabalha em parceria com investidores no desenvolvimento de projetos e estudos de viabilidade técnico-econômica.
A entrada da Arteche na elaboração de plantas solares contará com o know-how de seu corpo técnico especializado, que já reside no Brasil, e que possui experiência em projetos na Europa, região que concentra a maior capacidade de geração de energia solar do mundo, o que representa 55% do mercado global. Já no setor de energia eólica, a empresa é corresponsável por mais de 30% da potência gerada em território brasileiro.
Economia de energia
Com o Horário de Verão, os clientes dos 24 municípios atendidos pela AES Eletropaulo economizaram 130GWh, volume suficiente para fornecer energia durante um mês ao município de Osasco (SP), que tem 690 mil habitantes.
Mesmo assim, a AES Eletropaulo recomenda usar energia adequadamente o ano inteiro. “Mudanças de hábitos simples podem representar uma redução de até 60% na conta de energia”, afirma Otávio Grilo, diretor de Operações da AES Eletropaulo.
O Grupo CPFL, por sua vez, registrou uma redução de 2,2% na demanda global por energia elétrica no horário de ponta nas áreas de concessão de suas oito distribuidoras, além de uma redução no consumo de 110.205MWh.
Essa energia é suficiente para atender uma cidade como Campinas (SP) com 1,1 milhão de habitantes por 11 dias, ou a cidade de Ribeirão Preto (SP) por 19 dias, ou ainda a cidade de Caxias do Sul (RS) por 30 dias.
nova divisão
A GE anunciou em fevereiro o lançamento da nova divisão Distributed Power, que concentrará as soluções da empresa em geração de energia distribuída. O negócio reúne três linhas de produtos da GE: as Turbinas Aeroderivadas e os motores a gás Jenbacher e Waukesha, oferecendo equipamentos para geração elétrica de 100kW a 100MW de forma eficiente e confiável.
Com o objetivo de melhorar e ampliar sua oferta no segmento de geração distribuída, a divisão receberá investimentos de US$ 1,4 bilhão nos próximos quatro anos. Os recursos ajudarão ainda a atender à crescente demanda do mundo por sistemas de geração de energia em locais remotos. As soluções da GE Distributed Power contarão com maior facilidade de financiamento, maior rapidez na instalação e maior eficiência e confiabilidade para os clientes.
No Brasil, os equipamentos da GE Distributed Power já são utilizados para a geração de energia elétrica em sistemas isolados, como nas plataformas de petróleo ou no meio da Floresta Amazônica, em Urucu, e também no sistema interconectado, reforçando o sistema elétrico nacional em grandes termelétricas ou em pequenas instalações industriais ou comerciais.
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Queda de receita
A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) registrou em 2013, o primeiro exercício após a prorrogação do principal contrato de concessão da companhia nos termos da Lei 12.783, uma receita operacional líquida de R$ 981 milhões, 51% menor do que a registrada em 2012. O resultado foi de R$ 31,9 milhões e o EBTIDA, R$ 346,5 milhões.
O ano de 2013 exigiu um olhar criterioso para equacionar a queda significativa de receita e os compromissos financeiros advindos dos investimentos em andamento. “Neste contexto, obtivemos sucesso no alongamento do perfil da dívida com o resgate antecipado das debêntures de curto prazo, a emissão de novas debêntures e a contratação de financiamento de longo prazo com o BNDES”, afirma o presidente da CTEEP, Reynaldo Passanezi Filho.
Apesar dos novos patamares financeiros, a CTEEP continua apresentando alto nível de excelência no desempenho de suas operações. Em 2013, a companhia atingiu o menor Índice de Energia Não Suprida nos últimos oito anos. O desconto da Parcela Variável atingiu 0,8% da Receita Anual Permitida da companhia, sendo que a média do setor foi de 1,5%.
Além disso, a transmissora continuou investindo em projetos que contribuem para aumentar a capacidade e a confiabilidade na transmissão de eletricidade no Estado de São Paulo, adicionando 1.035MVA de potência instalada ao sistema elétrico. Somados, os investimentos na CTEEP e em suas subsidiárias ultrapassaram a cifra de R$ 800 milhões.
Fusões e aquisições
Ano Número de fusões e aquisições feitas por companhias de energia2013 332012 302011 422010 362009 19
desconto na conta
O número de fusões e aquisições realizadas por companhias de energia teve aumento de 10% em relação a 2012. No ano passado foram concretizadas 33 operações deste tipo no Brasil, contra 30 do período anterior.
Os dados constam em uma pesquisa realizada pela KPMG com 43 setores da economia. “Apesar do aumento no número
de operações de fusões e aquisições em energia ter
sido de apenas 10% no ano passado, ele é um sinal de recuperação do setor depois da queda brusca
registrada entre 2011 e 2012. Além disso,
foram realizados leilões pelo governo, o que manteve o setor aquecido durante o ano”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
A AES Eletropaulo, distribuidora do Grupo AES Brasil, fez uma doação de R$ 20 mil à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, braço do Hospital São Paulo/UNIFESP, em desconto na conta de energia da instituição.
A contribuição marca a arrecadação de 233 toneladas de resíduos destinados corretamente por meio do Recicle Mais, Pague Menos, gerados pela própria concessionária de energia. O programa promove a troca de resíduos sólidos por desconto na conta de energia elétrica.
A doação será feita em forma de desconto em faturas de energia do hospital.
Qualquer empresa, de pequeno, médio ou grande porte, pode recolher seus resíduos, entrar em contato com a distribuidora e trocá-los por desconto ou crédito na conta de luz da entidade que escolher. As organizações interessadas podem, dependendo da quantidade de material, despejar diretamente nos postos de coleta ou entrar em contato através do e-mail [email protected].
Consumo de energia O consumo nacional de energia elétrica atingiu 40.251
gigawatts-hora (GWh) em janeiro, montante 4,9% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior.
O consumo industrial avançou 0,9% ante janeiro de 2013, ainda impactado negativamente pela fraca atividade de alguns segmentos do setor de metalurgia, mas ajudado pelo desempenho da indústria no Sul do País.
A ocorrência de altas temperaturas, que intensificou a utilização de aparelhos de climatização, impulsionou sobremaneira o consumo de energia elétrica nas residências, e também no setor de comércio e serviços, que atingiu patamar recorde, sobretudo no Sul.
As vendas de aparelhos acumuladas de 2010 até 2013 já somam mais do que o total vendido na primeira década dos anos 2000. Destaca-se também como efeito das altas temperaturas o crescimento do consumo nas áreas rurais (+10,7%), refletindo o aumento do uso de irrigação, principalmente no Sul.
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Projeção de crescimento
Déficit de US$ 3,37 bilhõesDados divulgados pela Associação Brasi-
leira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) indicam que em janeiro de 2014 o déficit da balança comercial de produtos eletroeletrôni-cos atingiu US$ 3,37 bilhões, montante 9,3% acima do registrado em janeiro de 2013 (US$ 3,09 bilhões). O resultado foi consequência de exportações que somaram US$ 494 milhões, e de importações que chegaram a US$ 3,87 bi-lhões. Para o ano de 2014, é esperado que o déficit chegue a US$ 37,7 bilhões, 4% acima do totalizado em 2013 (US$ 36,2 bilhões).
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Balança Comercial de Produtos Eletroeletrônicos US$ milhões
A Schmersal encerrou 2013 com crescimento de 29% em seus negó-cios, mais que dobrando suas expectativas iniciais, que eram de 12%. O resultado positivo é reflexo da expansão contínua dos setores de segurança e de elevadores, que deverão se manter aquecidos neste ano, fazendo com que a companhia projete para 2014 um incremento de 13%.
Este aumento também se baseia em investimentos em mercados es-tratégicos e na apresentação de novas linhas de produtos como: CLPs em geral (Controladores Lógicos Programáveis), controladores para funções
específicas, inversores de frequência e grades de proteção.“Os mercados das Américas e o segmento outdoor, formado pelas áreas de mineração, de produtos à
prova de explosão, entre outras, devem contri-buir significativamente para potencializar as operações. Ampliaremos ainda as linhas de botões, de produtos para elevadores, relés
de segurança e cortinas de luz”, revela Rogério Baldauf, diretor superin-tendente da Schmersal.
Segundo o executivo, o mercado como um todo cresceu de forma modesta em 2013. “Esperamos para 2014 uma expansão no mesmo rit-mo, apesar das ameaças de desestabilização cambial nos países emer-gentes”, analisa Baldauf. Quanto à atuação regional, no ano passado a participação da Schmersal no Nordeste do País aumentou em 80% e a empresa pretende prosseguir com uma performance acima da média nesta região para 2014. Outras regiões com boas expectativas de crescimen-to são o Centro-Oeste e os estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Além do prédio concluído há pouco mais de um ano, idealizado no con-ceito Green Building, a empresa está investindo na construção de novos pré-dios (portaria, vestiários, refeitório e áreas de convivência), que deverão ser en-tregues em abril. Após esta fase, será iniciada uma ampliação da área produ-tiva. Os investimentos devem totalizar em torno de 4% do faturamento total.
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LED ganha importância
Diante dos desafios ocasionados pelo banimento das incandescentes no Brasil, os principais líderes de mar-keting da Osram no mundo se reuniram na unidade brasileira da empresa, em Osas-co (SP), para alinhar algumas estratégias. O encontro, chamado de OSRAM LATAM, reu-niu 20 profissionais do Brasil, Alemanha, Es-tados Unidos, México, Argentina, Colômbia e Peru, que discutiram o potencial brasileiro para a comercialização de novas tecnologias no setor de iluminação, sobretudo produtos com a tecnologia LED.
“De uma maneira geral, o Brasil possui muito po-tencial de compra. Só em São Paulo, por exemplo, são 12 milhões de pessoas e todo mundo precisa de ilumi-nação. Além disso, diversas obras e novas construções estão sendo realizadas em todo o País”, declarou Tra-cie Kacmarcik, Head of Marketing da Osram Sylvania nos Estados Unidos, onde o banimento das incandes-centes já ocorreu.
No Brasil, o prazo para que as tradicionais lâmpadas sejam retiradas do mercado vai até 2016, mas algumas potências já foram removidas das prateleiras. Sobre esse processo, a executiva afirma que o mais importante é en-tender o mercado para poder falar com consumidores e clientes, pois a Osram deseja ajudar a esclarecer quais são as melhores soluções para cada situação.
“Antes, durante e após o processo de banimento nos EUA, nós enfatizamos LEDs e halógenas como substitutas. Como segunda maior empresa de iluminação do mundo, não queremos simplesmente oferecer tecnologias, mas sim escolhas. Nem todos estão prontos para os LEDs, que são ótimas opções e os consideramos como a ilumina-ção do futuro, mas as halógenas também são eficientes, assim como as fluorescentes”, ressalta.
Quanto ao custo das lâmpadas de LED no Brasil, Tra-cie afirma que a empresa está investindo para ampliar o portfólio e que, a cada ano, a tecnologia segue se popu-larizando. “O preço dos LEDs aqui ainda é muito alto, mas já estamos em processo de barateamento e as próximas gerações de lampLEDs serão mais baratas”.
Além dos debates, os profissionais presentes no evento também visitaram pontos de vendas e troca-ram experiências em trade marketing. Na oportunidade, cada profissional compartilhou as estratégias de suces-so aplicadas nos países onde o banimento já ocorreu, bem como quais ações podem e devem ser adaptadas ao mercado local.
Contrato estratégicoA Schneider Electric fechou parceria com a Areva para desenvolver so-
luções de gerenciamento e armazenamento de energia com base na tecno-logia de célula de combustível de hidrogênio. De acordo com o contrato, os dois grupos combinarão seus conhecimentos com o objetivo de projetar e propor soluções de armazenamento de energia que garantam a confiabili-dade das redes elétricas para locais isolados e em áreas onde o acesso ao recurso é limitado.
Para isso, a Areva fornecerá a Greenergy Box™, solução de energia fei-ta com um eletrolisador e célula de combustível, que é usada para armaze-nar o hidrogênio e oxigênio da eletrólise da água durante os períodos de baixa demanda de energia, visando produzir eletricidade em época de pico de consumo.
Esta tecnologia já é operada desde 2011 na Ilha de Córsega, na França. Ligada a uma usina de energia solar fotovoltaica de 560kW na plataforma de demonstração MYRTE, é o maior sistema de gestão de energia à base de hidro-gênio no mundo acoplado a um campo fotovoltaico. Em breve, ligará também 35KW de painéis fotovoltaicos instalados em Croix Valmer, no Sul da França.
A Schneider Electric desenvolve soluções integradas para tornar a ener-gia mais segura, confiável, eficiente, produtiva e verde. A parceria com Are-va permitirá à empresa fornecer paridade de rede para as energias renová-veis, enquanto gerencia a intermitência e otimização de conexão de rede. Como especialista em gestão de energia, a multinacional francesa fortalece sua posição única, capaz de conectar todos os players de redes inteligentes.
“Este acordo criará uma forte parceria comercial para a implantação de uma solução inovadora de armazenamento de energia. A Areva capitalizará a presença internacional da Schneider Electric e sua liderança na gestão da rede elétrica, utilitários e infraestruturas, industriais e não residenciais”, destaca Frédéric Abbal, vice-presidente de Negócios de Energia da Schneider Electric.
“Este acordo permitirá à AREVA e à Schneider Electric unir suas exper-tises, conhecimentos e realizações na gestão e armazenamento de energia. Também colocará ambas as empresas como o primeiro neste mercado pro-missor”, informa Louis-François Durret, CEO, da Areva.
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Tomadas e interruptoresa steck destaca no mercado a linha de tomadas e interruptores stella. Com acabamento na
cor branca, os interruptores possuem tensão de 250V~, corrente nominal de 10a, grau de proteção IP20 e estão disponíveis nos modelos simples e paralelo (monopolar); simples e paralelo com luz (monopolar); simples e paralelo (bipolar) e intermediário. as tomadas são encontradas no mode-lo 2P+T com acabamento branco ou vermelho, tensão de aplicação de 250V~, corrente nominal de 10 e 20a e grau de proteção IP20.
testadores de aTerramenToa Fluke Corporation apresenta os novos Testadores de aterramento 1623-2 e 1625-2 com
características e acessórios que aceleram a verificação de uma conexão confiável à terra para sistemas elétricos aterrados. os novos testadores identificam sistemas de aterramento de baixa qualidade, auxiliando a aumentar o tempo de operação. eles realizam os quatro tipos de medidas de terra: Queda de potencial de três ou quatro polos, resistência de solo de quatro polos, teste seletivo e teste sem estacas. os equipamentos têm conectividade UsB para fácil armazenamento de até 1.500 registros com identificação de hora e rápido download de medidas. os novos aces-sórios incluem estacas pesadas, que podem ser marteladas em terrenos duros, fios com códigos de cor, para reduzir erros, e mala de transporte profissional reforçada.
Fita isolante líQUIda
a Fita Isolante líquida Quimatic é uma solução para o isolamento elétrico de com-ponentes em geral, substituindo a fita iso-lante comum em praticamente todos os ti-pos de aplicações. Por ser líquido, o produto permite maior penetração em áreas de difícil acesso quando usado sobre os componentes elétricos. a aplicação pode ser feita com um pincel próprio disponível na embalagem de 200ml ou através do próprio bico de aplica-ção existente na versão em bisnaga. além do isolamento elétrico, ele protege os com-ponentes da umidade, em locais expostos às intempéries e em instalações enterradas ou submersas.
aCessórIos Para Fios e cabosa Fixtil disponibiliza ao mercado uma linha especial de acessórios para fios e cabos. entre os
destaques está a linha de União para Fios e Cabos, composta por diversos modelos para diferen-tes medidas de condutores elétricos com seção nominal que varia entre 0,8 e 17 mm2. o produto, fabricado em material plástico, está disponível nas cores cinza, azul, laranja, amarelo e verme-lho, e pode ser utilizado na instalação de chuveiros, torneiras elétricas e instalações elétricas em geral. a linha também conta com bucha grampo, bucha passante, passa fio e organizador espiral para fios e cabos.
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Grupos geradores
Projetados para atender os mercados residencial e comercial, a nova linha de grupos geradores QuietConnect ™ e Po-werConnect ™ da Cummins Power gene-ration funcionam a gás natural ou propano, fornecendo energia confiável de backup e economia de combustível. os produtos são equipados com motor Cummins modelo QsJ2.4 com 4 cilindros em linha e possuem carenagem em alumínio, com design avan-çado de atenuação, que permite uma ope-ração mais silenciosa.
nova emBalagema Tramontina eletrik passa a comercia-
lizar em embalagem flow pack, com 30 uni-dades, a sua linha de abraçadeiras plásticas coloridas, que estavam disponíveis apenas em potes. resistentes e econômicas, as abra-çadeiras são indicadas para a organização de fios e cabos elétricos e podem ser adqui-ridas nas cores azul, vermelha, verde e ama-rela, além das tradicionais branca e preta. as peças são fabricadas em comprimentos que variam de 108 a 536mm e larguras de 3 a 14mm para cabos de 22 a 147mm². na nova embalagem, elas estão disponíveis nos tamanhos de 95x2,4mm e 150x3,4mm.
CInTo antichamas
a altiseg disponibiliza a linha new ergo K de cintos desenvolvida para usuários que precisam de maior segurança para o tra-balho em altura. resistente a altas tem-peraturas, a linha utiliza fitas e linhas em para-aramida (material antichamas) e está disponível em dois modelos: 2.0 (com dois pontos de ancoragem – frontal e dorsal) e 3.0 (com três pontos de ancoragem – fron-tal, dorsal e superior), ambos sem cintura. os produtos foram criados para atender a demanda de profissionais como soldadores, bombeiros e eletricistas, que necessitam de equipamentos que não se danificam em tra-balhos com alta temperatura, comprometen-do a segurança.
CaIxas de distribuiçãoa eletromar acaba de lançar a família de caixas de distribuição Vision, que foi desenvolvida com
base em ideias e sugestões de instaladores, eletricistas, arquitetos e projetistas de todo o Brasil. o resultado foi a criação de peças com design elegante e discreto nas versões de embutir e sobrepor, com porta opaca ou transparente. as caixas foram projetadas para a instalação de componentes IeC e nema, com diversas opções de tamanhos: 5, 9, 12, 18, 24 e 36 módulos, possuindo ainda a versão VdI, indicada para instalação de componentes de voz, dados e imagem. as peças possuem material isolante autoextinguível que retarda as chamas e proporciona maior segurança.
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GENERAL CABLE 59 (11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com [email protected]
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SIL FIOS E CABOS ELÉTRICOS 5 (11) 3377-3333 www.sil.com.br [email protected]
STECK IND. ELÉTRICA 17 (11) 2248-7000 www.steck.com.br [email protected]
agenda
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março/abril 2014
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cursosQualidade da energia elétricaData/Local: 24 a 26/03 – São Paulo (SP) ou in companyinformações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br
A geração de energia elétrica – HidrelétricasData/Local: 31/03 – São Paulo (SP)informações (11) 3060-5050 / [email protected]
Inspetor de Instalações Elétricas NBr 5410, NBr 14039 e Nr-10Data/Local: 31/03 a 02/04 – Uberlândia (MG)informações: (34) 3218-6800 / [email protected]
Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúdeData/Local: 07 a 09 de abril – São Paulo (SP) ou in companyinformações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br
subestaçõesData/Local: 07 a 10/04 – São Paulo (SP)informações: (11) 3579-8777 / [email protected]
simulação computacional Termoenergética – EnergyPlusData/Local: 08 a 10/04 – São Paulo (SP)informações: (11) 4191-7805 / [email protected]
EvENTosIluminação Pública 2014Data/Local: 27/03 – São Paulo (SP)informações: (11) 5093-7847 / [email protected]
v congresso Brasileiro de Energia solarData/Local: 31/03 a 03/04 – Recife (PE)informações: (81) 3466-5551
Energy show 2014Data/Local: 02 e 03/04 – Florianópolis (SC)informações: (48) 2108-0300 / [email protected]
Hannover MesseData/Local: 07 a 11/04 – Hannover (Alemanha)Informações: www.hannovermesse.de
cenocon 2014 – 3º Fórum sobre centros de operação e controle das Empresas de Energia ElétricaData/Local: 14 e 15/04 – São Paulo (SP)informações: (11) 3051-3159 / www.cenocon.com.br
Expolux 2014 – 14ª Feira Internacional da Indústria da IluminaçãoData/Local: 22 a 26/04 – São Paulo (SP)informações: www.expolux.com.br
A PHELPS DODGE PASSA POR RESIDÊNCIAS,EMPRESAS, CIDADES E PAÍSES DO MUNDO TODO.
E AGORA PASSA A CHAMAR-SE
GENERAL CABLE.
Um dos maiores fabricantes de condutores elétricos presentes no Brasil agora passa a apresentar-se com a marca General Cable, um dos maiores fabricantes mundiais, com 57 fábricas em 26 países, 165 anos de experiência e mais de 14.000 colaboradores. A fi losofi a da General Cable, através dos seus colaboradores, é oferecer a seus clientes, a agilidade de uma pequena empresa com toda força e valor de uma
grande companhia. No Brasil, servimos nossos clientes através de nossas duas fábricas e de um Centro de Distribuição no Nordeste, com produtos destinados a:
construção civil; geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; indústrias; energias renováveis; óleo, gás e petróleo; setor naval; setor ferroviário (metrôs e ferrovias); telecomunicações; mineração.
A marca mudou. A qualidade e credibilidade da Phelps Dodge que você conhece continuam as mesmas.
www.generalcablebrasil.com
CONSTRUÇÃO CIVIL
ÓLEO, GÁSE PETRÓLEO
GERAÇÃO,TRANSMISSÃOE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA