Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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passear Nº. 31 . Ano III . 2014 . PVP: 2 € (IVA incluído) Mendiga Em plena Serra de Aire uma paisagem diferente EQUIPAMENTO • Relógio GPS de pulso fēnix™ • Motorola o TLKR T80 Extreme sente a natureza Crónica: Por terras de Sicó LAGOA PEQUENA Um paraíso para a observação de aves

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Revista Digital Passear Versão Gratuita Nº 31

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passearNº. 31 . Ano III . 2014 . PVP: 2 € (IVA incluído)

MendigaEm plena Serra de Aire uma paisagem diferente

EQUIPAMENTO•RelógioGPSdepulsofēnix™

•MotorolaoTLKRT80Extreme

sente a natureza

Crónica:PorterrasdeSicó

LAGOAPEQUENAUmparaísoparaaobservaçãodeaves

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Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

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Capa Fotografia

Artigo Destino: Mendiga

(pág. 60)

Correspondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

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Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

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2014, o ano do Turismo de Natureza e Cultural2014 vai ser, para a revista Passear, um ano de aposta no Turismo de Natureza e Cultural estando em sintonia com o Plano Estratégico Nacional de Turismo. Esta aposta confirma a estratégia iniciada há três anos pela editora Lobo do Mar.Num breve balanço, o ano de 2013 foi positivo para a revista Passear. Aumentámos o número de leitores, sendo a média por edição na ordem dos 10 000 e, no Facebook já ultrapassámos os 8 300 Fãs. Ao nível das Assinaturas, aumentámos o número de assinantes mas o número ainda não é significativo. Precisamos do apoio (2 euro por edição) dos nossos leitores para tornar viável este nosso projeto.

Um bom ano com muitas caminhadas e pedaladas.

[email protected]

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Sumário

04 ASSINATURA Passear

06 Atualidades

12 Onde Dormir

14 Equipamentos

24 Crónica:

António José Soares

36 Crónica: Parte IV

Uma semana ao ritmo da bicicleta

44 Crónica:

Monte Perdido Extrem IV

60 Destino: Mendiga

78 Destino: Lagoa Pequena

14Edição Nº.31

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passearsente a natureza

byNº.10 . Ano I . 2012

Ericeira – S. Lourenço – EriceiraUma CAMINHADA de contrastes

Destino

Cidades e vilas medievais Crónicas do Gerês

Leitura deturpada da Portaria

Ecovia Lisboa a BadajozAS VIVÊNCIAS DE FRANCISCO MORAIS

Ligação Angola a MoçambiqueA aventura em BTT de PEDRO FONTES

edição digital

passearsente a natureza

byNº.11 . Ano I . 2012

Castelos de Portugal

Alcácer e Viana do Alentejo

CaminhadaTrilho da Mesa

dos 4 Abades

Passeio Parque da Espanha Industrial

KayakVolta Ibérica

Ecovia 2Reconhecimento na Serra de Sintra

edição digital

passearsente a natureza

byNº.17 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

Rota dos Moinhos

CrónicaRuta de los Túneles

EquipamentoMochila Deuter Futura 28

Washington SummitBobble, a garrafa

edição digital

DestinosParque das NecessidadesMata Bom Jesus do Monte

Nº. 5 Nº. 6 Nº. 7 Nº. 8 Nº. 9

Nº. 10 Nº. 11 Nº. 17 Nº. 18 Nº. 19

Nº. 20 Nº. 21 Nº. 22 Nº. 23

passearsente a natureza

byNº. 24 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)

CaminhadaPiódão - Foz d´Égua - Piódão

De Óbidos a Torres Vedras

EQUIPAMENTOS• BINÓCULOSSTEINER• NOVOSMODELOSGARMIN

• MOBIKYYOURI16

Caminho Português Interior de Santiago

(1ª Parte)PR6 VLR Rota das Conheiras

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Nº. 24

Nº. 26 Nº. 27 Nº. 28 Nº. 29

Nº. 30

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NovoprémiochamaaatençãoparaabiodiversidadedaEuropaA Comissão Europeia lança o pré-mio Natura 2000 para reconhecer a excelência em matéria de me-lhores práticas de conservação da natureza na Europa. Esta poderá ser uma oportunidade para os cidadãos e entidades que participam na rede Natura 2000 darem a conhecer as suas atividades. A Natura 2000 é uma rede de zonas protegidas de grande valor em termos de biodiversidade, que cobre cerca de 20 % do terri-tório da UE. Uma fauna e uma flora de grande riqueza de que são exem-plos os faiais das regiões montanho-sas da República Checa, as tartaru-gas das zonas húmidas da Polónia ou os golfinhos da costa espanhola. Para além da proteção da natureza, a rede proporciona numerosos bene-fícios sociais e económicos.Os europeus são muito sensíveis às questões relacionadas com a con-servação da natureza, mas poucos conhecem a rede Natura 2000. Um recente inquérito do Eurobarómetro revela que nove em cada dez eu-ropeus consideram que o declínio

dos habitats naturais, a situação de perigo e o risco de extinção de deter-minadas espécies de animais e plan-tas são problemas graves. A maioria dos cidadãos (entre 99 % e 83 %, con-soante os Estados-Membros) pensa que a proteção da natureza é impor-tante para prevenir a destruição de zonas de grande valor tanto na terra como no mar, mas apenas 27 % dos inquiridos já ouviram falar da Natura 2000.Com este novo prémio anual, pre-tende-se minimizar a falta de co-nhecimento do público, mostrando a diversidade dos sítios da rede Natura 2000 e reconhecendo a excelência numa vasta gama de atividades. To-dos os anos serão atribuídos cinco prémios em diferentes áreas: comu-nicação, ações de conservação, bene-fícios socioeconómicos, conciliação de interesses/perceções, redes e co-operação transfronteiriça.Aceitam-se candidaturas de quais-quer entidades diretamente envolvi-das na rede Natura 2000 (autoridades públicas e locais, empresas, ONG, proprietários de terrenos, estabeleci-mentos de ensino e particulares). O prazo para a apresentação das candi-daturas termina a 18 de fevereiro de 2014. Para mais informações, consul-tar o sítio Internet do Prémio Natura 2000 / http://ec.europa.eu/environ-ment/nature/natura2000/awards/.Os nomes dos vencedores deste primeiro prémio Natura 2000 serão anunciados em maio de 2014 e o tra-balho realizado por cada um deles será reconhecido numa cerimónia de alto nível em Bruxelas.

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Oliveiracom2450anosestáemMonsaraz

Uma equipa de vários investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) acaba de datar uma das oliveiras presentes no recinto do Hotel Horta da Moura, em Reguengos de Monsaraz, com 2450 anos, através de um método científico inovador desenvolvido na academia sediada em Vila Real. Segundo a UTAD esta é a segunda árvore certificada mais antiga de Por-tugal. A mais antiga árvore portuguesa conhecida é uma oliveira com 2.850 anos e foi também certificada pela UTAD há dois anos, em Santa Iria de Azóia.A oliveira de Monsaraz, cujo tronco precisa de sete homens para o abraçar, recebeu a “certidão de idade” num ato público decorrido na passada quarta-feira dia 18, na aldeia típica, localizada no concelho de Reguengos de Mon-saraz.O método de datação foi desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em parceria com a empresa “Oliveiras Milenares, e tem como mentores os investigadores do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista José Luís Louzada e Pacheco Marques. Esta metodolo-gia consiste num cálculo, que é feito através de um modelo matemático que relaciona a idade com uma característica dendrométrica do tronco, como seja o raio, diâmetro ou perímetro do tronco. Recorre-se ainda o estudo de outras árvores, com características idênticas, para depois, de forma com-parativa, se ir preenchendo a parte interior como se fosse um puzzle. Este método não provoca a destruição da árvore, pois não obriga ao seu abate, nem provoca lesões que comprometam a sua sanidade. Esta fórmula permite estimar a idade de qualquer árvore muito idosa, podendo ir até aos três mil anos, mesmo que esta se apresente oca no seu interior.A oliveira de Monsaraz faz parte de um conjunto de sete, inseridas nos es-paços de uma unidade hoteleira local, que a UTAD acaba de certificar. A di-reção do hotel pretende criar um percurso histórico dentro dos sete hectares que rodeiam a unidade e associar a idade das oliveiras a acontecimentos marcantes da história: a Rota das Oliveiras.

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APECATEassinaCódigoMundialdeÉticadoTurismoNo passado dia 2 de Dezembro, a APECATE (Associação Portuguesa das Em-presas de Congressos, Animação Turística e Eventos) foi uma das entidades portuguesas que assinou o Código Mundial de Ética do Turismo comprome-tendo-se a aplicar os princípios éticos do Código nas suas políticas e ope-rações. A assinatura coincidiu com a 3 ª Conferência do Turismo e Media no Estoril.O Secretário-Geral da OMT, Taleb Rifai, testemunhou a assinatura junta-mente com o Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, e afir-mou que “É gratificante ver esta firme expressão de suporte e compromisso das associações portuguesas que representam o Turismo a estes princípios da sustentabilidade, os quais são fundamentais nesta fase de crescimento do sector do turismo em Portugal.”A APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, organiza o seu 2.º Congresso no próximo dia 31 de Ja-neiro de 2014 que terá lugar no Altis Grand Hotel, em Lisboa.Fonte: APECATE

VIIICongressodeOrnitologiadaSPEANos dias 1 a 4 de março de 2014 realiza-se em Almada o maior evento na-cional de ornitologia, ponto de encontro «obrigatório» de investigadores, ornitólogos e estudantes. O programa conta com oradores convidados e co-municações dos participantes, workshops e outras iniciativas. Esta edição dará especial destaque aos temas da migração e ecologia espa-cial das aves, aves como indicadores ambientais, ecologia e conservação de aves marinhas e impactes nas aves resultantes de grandes infraestruturas, havendo também espaço para outras temáticas.

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es Oturismointernacional,ummotorderecuperaçãoeconómicaNos primeiros nove meses de 2013, o turismo internacional cresceu 5%, de acordo com o mais recente Barómetro OMT Mundial do Turismo. O número de chegadas de turistas internacionais aumentou 41 milhões entre janeiro e setembro, superan-do a estimativa inicial da OMT e ge-rando estímulos importantes para as economias de acolhimento.As chegadas de turistas internacion-ais cresceram 5% nos primeiros nove meses do ano, atingindo um recorde de 845 milhões dólares americanos em todo o mundo, cerca de 41 mi-lhões a mais que no mesmo período de 2012. O crescimento foi impul-sionado pela Europa e Ásia-Pacífico, onde o número de turistas aumentou 6% em ambas as regiões.

“O turismo internacional continua a crescer além das expectativas, contribuindo para o crescimento económico em economias avançadas e emergentes, à criação de emprego tão necessário, ao PIB e balança de pagamentos de muitas economias de destino”, referiu o secretário-geral da OMT Taleb Rifai. “É parti-cularmente encorajador ver os bons resultados em muitos destinos eu-ropeus, onde o turismo é, sem dúvi-da, um dos motores da recuperação económica”.

DocumentárioAlmada-EntreoRioeoMarEstreia na SIC, dia 12 Jan 2014 no espaço Vida Selvagem. A frente atlântica de Almada é um habitat belo e rico e um dos locais retratados neste filme so-bre o concelho de Almada. Mas são vários os cenários que também merecem destaque nesta história: o rio, as dunas, as arribas, as florestas, os lagos, os matos, o mar costeiro, o mar oceânico e também os jardins urbanos, ser-lhe-ão trazidos ao ecrã no dia 12 de Janeiro, ao meio dia, na SIC.Conheça os autores Luís Quinta e Ricardo Guerreiro em:www.facebook.com/LuisQuintaPhotographywww.facebook.com/rguerreirofoto — com Luis Quinta e Ricardo Guerreiro.

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DocumentárioAlmada-EntreoRioeoMar

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RETIRO DA AVÓ LÍDIA {Onde Dormir

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A POUCOS QUILÓMETROS DE PORTO DE MÓS ENTRE AS SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS FICA O RETIRO DA AVÓ LÍDIA UM TURISMO LOCAL ECOLÓGICO QUE NASCE DO SONHO DE DUAS IRMÃS DE PRESERVAR UM PATRIMÓNIO FAMILIAR.

Teresa e Rita Durão são as responsáveis pelo projeto de turismo local Retiro da Avó Lídia uma homenagem à Avó Materna que muito as influenciou. Trata-se de uma casa de aldeia com qua-tro quartos bem recuperada e inserida numa região de uma beleza natural relevante.A casa em si mesma é interessante, o seu valor é acrescido pela vivência que proporciona e, no Retiro da Avó Lídia as duas irmãs desenvolvem um trabalho muito interessante de preservação do património da aldeia e do seu quotidiano diário. Neste esforço de preservação das memórias são auxiliadas, por vezes, pelos seus pais eles próprios testemunha e intérpretes dessas memóri-as das atividades da aldeia.O Retiro da Avó Lídia tem ainda um motivo extra de interesse que é proporcionado pelo enólogo Hernâni Edgar Canavarro Magalhães (marido de Teresa Durão), um conversador nato, que nos ajuda a conhecer e perceber os nossos vinhos.A casa possui 4 quartos duplos bem decorados com casa de banho, televisão e Wi-Fi (gratuito). Uma sala comum com lareira, uma sala de refeições e uma cozinha onde podem ser confecio-nadas refeições.

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CONTACTOSEndereço: Rua das Balseiras, 19 / Mendiga 2480-215 Porto de Mós / PortugalTelefones:+ 351 933 711 640 (Teresa Durão) / + 351 938 444 602 (Rita Durão)

GPS: 39.501841, -8.849308 / +39° 30’ 6.63”, -8° 50’ 57.51”Email: [email protected] saber mais: http://retirodaavolidia.tk/

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equipamentos100% recomendado

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Neste inverno aventure-se e explore a montanha com

o fēnix™A Garmin relança o seu bem-sucedido relógio GPS de pulso fēnix™ para alpinistas e aventureiros outdoor. Trata-se de um relógio de pulso com GPS para os alpinistas que levam o desporto a sério e para os aventureiros que gostam de fazer as suas explorações ao ar livre.

O relógio, que é capaz de oferecer capacidades de navegação global com a habitual fiabilidade e qualidade das soluções GPS desenhadas pela Garmin, foi desenvolvido em conjunto com guias profissionais de montanha e estabelece novos padrões no que concerne aos relógios de utilização outdoor com ABC otimizado – altímetro, barómetro e bússola (compass). Quando emparelhado com o tempeTM, o novo sensor Garmin externo de temperatura, o fēnix™ torna-se no primeiro relógio outdoor capaz de proporcionar uma leitura

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precisa da temperatura ambiente. E graças à sua elegância pode ser usado diariamente como relógio de pulso.

Planeie, navegue e acompanheO relógio de pulso GPS fēnix™ inclui um abrangente conjunto de ferramentas de navegação que permite aos utilizadores planearem viagens, criarem rotas e registarem pontos de direção. Os amantes do desporto de ar livre podem navegar segundo as coordenadas GPS ao longo de um percurso ou de uma rota, em direção a waypoints ou ao longo de qualquer outra opção selecionada. A seta de navegação fornece uma orientação direcional clara e a função pioneira TracBack® da Garmin pode guiar o utilizador em segurança de volta a casa, indicando-lhe uma linha fácil de identificar no mostrador do dispositivo e de seguir. Graças à aplicação de desktop BaseCampTM, os utilizadores do fēnix™ poderão ser capazes de facilmente planear as suas viagens e de partilhar as suas aventuras com amigos e familiares. O dispositivo inclui ainda um mapa base mundial com todas as cidades nas proximidades do local onde se estiver. O fēnix™ está ainda equipado com capacidades ANT e Bluetooth® para que seja possível partilhar de uma forma wireless todos os percursos, waypoints, rotas e geocaches com outros dispositivos compatíveis Garmin. A aplicação móvel Basecamp permite que os utilizadores transfiram waypoints e tracklogs com grande simplicidade, para que possam depois visualizá-los em movimento num mapa mais detalhado e num ecrã de maior dimensão através de um smartphone compatível.

Altímetro, barómetro e bússolaO relógio GPS fēnix™ encontra-se equipado com sensores ABC (altímetro, barómetro e bússola), fornecendo aos exploradores e em tempo real todas as informações relevantes. O altímetro embutido mostra dados de altitude para que seja possível monitorizar com precisão a subida e a descida; o barómetro pode ser usado para prever as mudanças climatéricas, mostrando as tendências de curto prazo no que respeita à pressão do ar; e a bússola eletrónica de três eixos mantém o utilizador no rumo exato quer ele esteja em movimento ou não.Através do seu recetor GPS, o fēnix™ pode

calibrar automaticamente os sensores ABC e também definir automaticamente o fuso horário, tendo por base a localização. Quando emparelhado com o tempeTM, o novo sensor Garmin externo de temperatura, o fēnix™ torna-se no primeiro relógio outdoor capaz de proporcionar uma leitura precisa da temperatura ambiente.

Medir o desempenhoSendo semelhante aos relógios de corrida com GPS produzidos pela líder mundial Garmin, o novo fēnix™ oferece uma monitorização de desempenho completa e em tempo real para atletas e visitantes da montanha. Através das funcionalidades de volta e auto volta, bem como dos importantes dados tais como distância, velocidade vertical e ritmo, os utilizadores mais ambiciosos podem acompanhar o seu progresso durante o treino ao ar livre ou outras atividades de fitness. O fēnix™ é ainda compatível não só com o monitor cardíaco premium da Garmin, que disponibiliza a informação da frequência cardíaca, mas também com um sensor de velocidade/cadência para indicar a velocidade, distância e cadência ao usar uma bicicleta. Todos os campos de dados exibidos são totalmente personalizáveis diretamente no relógio de pulso.

Feito para resistir às condições mais adversasO fēnix™ foi construído para suportar as condições ao ar livre mais severas, combinando uma caixa de alta resistência para sobreviver a choques com uma lente de vidro mineral reforçado para resistir a riscos. Apresenta um grande display LCD com retroiluminação LED e uma robusta bracelete de poliuretano. O novo relógio GPS outdoor da Garmin tem resistência à prova de água até uma profundidade de 50 metros. No modo GPS, garante uma autonomia de até 16 horas. No entanto, e para uma liberdade ainda maior, o novo modo de UltraTrac® permite alargar a utilização do GPS até 50 horas (dependendo da configuração). No modo relógio, o tempo de vida útil da bateria do fēnix™ atinge no máximo seis semanas e as funções básicas incluem alarme, tons, alertas de vibração, temporizador, cronómetro e relógio mundial, com a capacidade de exibir vários fusos horários de uma só vez.

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O fēnix™ está ainda melhorA Garmin levou o fēnix™ ao mais alto nível com a nova atualização em versão beta do software que adiciona funções ansiosamente aguardadas como treinos personalizados, cálculo de ritmo e distância em modo indoor sem necessidade de podómetro, função relógio inteligente através da qual o utilizador pode emparelhar o seu iPhone 4S ou superior e receber e ler notificações* diretamente no ecrã do relógio, tais como email, sms e chamadas. No entanto, a função relógio inteligente não funciona com sensores ANT+. Os sensores serão desligados ao tornar ativa a função das notificações.

O Garmin fēnix™ está disponível a um preço de venda ao público recomendado de 399,99 euros. O tempeTM é um acessório opcional e tem um preço recomendado de 29,99 euros. A bracelete de poliuretano está disponível em verde azeitona ou laranja, sendo possível comprar opcionalmente uma pulseira em couro.Visualize todos os vídeos do fēnix™ no mini site, em:http://sites.garmin.com/fenix/?lang=pt&country=PT#begin

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Novo modelo de walkie talkie da

Motorola o TLKR T80 EXTREME

A Motorola é marca bastante reconhecida no fabrico destes equipamentos. O novo modelo com um desenho moderno e original é ideal para atividades de ar livre pois tem um alcance até 10 km*, mãos livres, função Vox com ou sem auriculares, activação por voz, etc.

Pode beneficiar de conversações gratuitas, sem inscrições nem licenças. Muito fácil de usar e também aplicável em diferentes profissões (receções, grandes superfícies, hotéis, restaurantes, aeroportos, eventos desportivos, etc).

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Características:• Alcance até 10 km*• Mudança automática de canal• Autonomia em espera: 30 horas com pilhas AA e 14 horas com as baterias NiMh (incluídas)• Número ilimitado de utilizadores simultâneos• Função Vox mãos livres: activação por vozPara facilitar as suas comunicações, o Motorola TLKR T80 ativa-se automaticamente. Com um auricular /em opção pode comunicar mãos livres com toda a segurança.• Bloqueio de teclado• Indicador de nível de bateria• Roger Beep• Entrada auricular 1 pin• Vigilância quarto• Poupança de bateria• 10 melodias de chamada• Display LCD retroiluminado• Temporizador• Função desconexão automática/em espera• Função Scanner• Canais, Subcanais, Códigos 8- 121• Frequência PMR446 • Resistente a salpicos de água• Dimensões: 57 x 171 x 40 mm• Peso: 140 g (sem baterias).

17O walkie talkie Motorola TLKR T80 é compatível com todos os acessórios da gama TalkAbout da Motorola (Bolsas de proteção, kits).*Em condições ótimas de utilização e em terreno sem obstáculos. Note que o alcance pode variar com as condições de utilização e como ambiente físico. Vários fatores podem afetar o alcance, tais como o terreno, as condições meteorológicas, interferências eletromagnéticas, obstáculos de som, etc.O equipamento standard inclui: Uma mala de transporte entregue com os Motorola TLKR T80 Extreme, que permite transportar os walkies e os acessórios, a saber: 2 walkie talkies T80 Extreme; 2 correias; 2 auriculares; 1 carregador duplo; 2 clips de cinturaPRVP € 129,00 (inclui Iva)

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Crónica:AntónioJoséSoares

PORTERRASDESICÓTexto e fotografia: António José Soares

Sábado, o penúltimo de uma manhã bem fria de Dezembro, felizmente brindada com um sol radioso, embora com os termómet-ros a assinalarem temperaturas entre os 2 e 4 graus. O frio contudo não foi obstáculo e para acordar às sete da manhã, sair do con-forto da cama bem quente e ir pedalar para terras de Sicó.Estava o encontro marcado para as 08:30, em Torres do Mondego, nas proximidades de Coimbra, mas como é habitual, não evitei os 15 minutos de atraso, já me aguar-dava o João Paulo na sua velhinha Toyota Hyace, o Paulo Cardoso e o Nuno Sérgio, foi chegar e aconchegar a bicicleta às de-

mais.Após breve paragem para café, pelas 09:20 chegámos ao parque de estacionamento do Museu das Ruínas Romanas de Conímbri-ga, local de partida da magnífica jornada de convívio que se antevia.Daqui seguimos pelo troço do Caminho de Santiago, em sentido inverso, principiando logo por uma pequena e ingreme descida até à pequena ponte sob o canhão fluvi-ocársico do Rio dos Mouros secundada por pequena subida em terreno enlameado e por fim uma zona mais plana, rodeada de oliveiras.Prosseguimos no sentido inverso ao troço

Ruínas Romanas de Conímbriga

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do Caminho Português de Santiago, per-correndo de seguida uma distância de cer-ca de 1 km até encontrar o Rio de Mouros à esquerda, já com alguma água.O percurso é de rara beleza, enquadrado por oliveiras e um ou outro carvalho cer-quinho e pequenos rebanhos de ovelhas a acercarem-se das pastagens. Fomos acompanhando o rio e descemos até à aldeia do Poço, onde nos acercámos da margem, rodando por um trilho apertado, quase a beijar a água do rio, até chegar a Fonte Coberta, onde uma ponte seiscen-tista, de um só arco, nos prendeu alguma atenção.

Já dentro da aldeia desviámo-nos da via principal por um estreito e ingreme caminho em calçada, um pouco escorregadia, contin-uando a subida, agora em piso de terra, até meio da encosta. Aqui um medronheiro car-regado de medronhos que forçou uma par-agem obrigatória.O encontro com estes maravilhosos frutos silvestres recordou-nos um pouco diabru-ras da infância, em que calcorreávamos os bosques da Serra das Torres e Vale de Canas, em Torres do Mondego, próximo de Coim-bra, na sua procura. O sol colaborou apresentando uma tonali-dade radiosa e límpida contribuindo imenso

Ruínas Romanas de Conímbriga Ponte sobre o canhão fluviocársico do rio dos Mouros

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para o sucesso do passeio. Prosseguimos a subida para as aldeias de Serra de Ja-neanes e Chanca, entre muros de pedra. Na povoação da Chanca reabastecemos os cantis num fontanário e um pouco à frente contemplámos as admiráveis vis-tas para o vale onde se estabelecem, entre outras, as aldeias de Rabaçal, Zambujal e o Castelo do Germanelo.Da vegetação farta e não muito alta desta-cam-se ciprestes, oliveiras, pinheiros-bra-vos, alguns carvalhos e muitos carrascos que crescem nas encostas, um pouco e.Apesar das vistas soberbas sobre o vale, foi tempo de continuar pela estrada de terra, rodeada por farta vegetação desta-cando-se as oliveiras, ciprestes, e um ou outro carvalho. O caminho, de declive acentuado e curvas apertadas, possibil-

itou uma interessante descida até à aldeia do Rabaçal.Pedalámos para o centro do povoado, onde almoçámos. O repasto foi em jeito de pique-nique no largo da aldeia, onde se improvisou a assadura de um chouriço em álcool, com-plementando-se a refeição com pão e queijo fresco do Rabaçal. Assim que se deu início à preparação do repasto, apresentou-se de imediato um con-vidado. Um pequeno e simpático cachorro preto, sempre disponível a apanhar alguma sobra. Atendendo à sua simpatia e persever-ança, lá foi conseguindo arrancar um quin-hão um pouco maior.No Rabaçal, não posso deixar de referenciar e recomendar uma visita ao “Cantinho da Clotilde”, pequeno restaurante familiar onde a chanfana, o cabrito, o borrego e o cozido à

Rio dos Mouros

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Rio dos Mouros No vale a aldeia do Rabaçal e o Castelo do Germanelo

Uma Aroeira a pintar de vermelho a paisagem

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portuguesa são servidos com qualidade e apreços muito convidativos. Prosseguimos a jornada em direção ao Zambujal, com a envolvência da contagi-ante paisagem de beleza rara, por trilhos e ancestrais caminhos ladeados por muros de pedra, com predominante vegetação de oliveiras e onde abundam, mais dispersos, alguns pinheiros bravos, carvalhos cer-quinhos e medronheiros, espalhados por zonas diferenciadas. Do Rabaçal para o Zambujal enveredámos novamente pelo troço do Caminho se San-tiago, desta vez na direção certa, abando-nando-o próximo da Fonte Coberta, para nos dirigirmos à Mata da Bufarda, de veg-etação bastante mais densa, com predom-inância de pinheiros mansos e carvalhos cerquinhos em nítido contraste com a que encontrámos até aqui.

Nas proximidades do Zambujal cruzámo-nos com um rebanho de ovelhas, imagem típica destas paragens, onde se fabrica o ex-celente queijo regional, reconhecido como do Rabaçal.O passeio aproximava-se do seu termo, daí que abreviámos um pouco esta parte final, deixando a Mata da Bufarda e Alcabideque para outra ocasião. Assim, fomos ao encon-tro da velhinha Hyace, que nos aguardava em Conímbriga, não conseguindo disfarçar uma lagrimita nos olhos ante a nossa pre-sença.A pé ou de bicicleta o Sicó é o cenário perfeitos para uma jornada de convívio entre amigos ou famílias que queiram ex-perimentar um contacto profícuo com a na-tureza e pelo mundo rural, com diversidade de percursos assinalados, a que procurar-emos voltar.

Troço do Caminho Português de Santiago, próximo do Zambujal

Page 23: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

23

A seta a indicar a direção de Santiago de Co Caminho Português, à direita

Zambujal

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24 GR12 E7 “ROTA DA IDANHA”

PELAS ALDEIAS HISTÓRICASTEXTO E FOTOGRAFIA: PAULA SUZANA DA SILVA CORREIA

A “ROTA DA IDANHA” FAZ PARTE

DE UMA GRANDE ROTA, PERCURSO

TRANSEUROPEU QUE, SE INICIA NA

TORRE VASCO DA GAMA, EM LISBOA,

ATRAVESSA TODA A EUROPA E TERMINA

NA CIDADE ROMENA DE CONSTANZA,

PRÓXIMO DO MAR NEGRO, APESAR DOS

MAPAS APRESENTAREM A MARCAÇÃO

DA GR 12 E7 ATÉ À HUNGRIA. É UM

PERCURSO COM MAIS DE 6000 KM.

A “ROTA DA IDANHA” É UM PERCURSO

PEDESTRE DE 80 KM. INICIA-SE EM

IDANHA-A-NOVA, PASSA POR ALCAFOZES,

IDANHA-A-VELHA, MONSANTO, PENHA

GARCIA, MONFORTINHO E ATRAVESSA

O RIO ERGES PARA A EXTREMADURA

ESPANHOLA. ESTE PERCURSO DÁ LIGAÇÃO

AO PR2 - “ROTA DA EGITÂNIA” E À GR22 -

“ROTA DAS ALDEIAS HISTÓRICAS”.

NO INÍCIO DE 2013 FIZ PARCIALMENTE A

“ROTA DA IDANHA” (23 KM), MAS EM

SENTIDO INVERSO.

Page 25: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

25

A organização esteve a cargo do Núcleo

de Caminhadas de Casegas (Covilhã).

Iniciámos muito próximo da Barragem de

Penha Garcia, onde foi possível admirar a

paisagem, os moinhos, a piscina natural e as

escarpas quartzíticas, local de escalada para

muitos. Por isso mesmo, faz parte da rede do

GeoPark da NaturTejo. Depois ao passarmos

pela aldeia, vimos o castelo, a igreja matriz

de portas abertas à espera de quem ia à

missa, passámos também pelo pelourinho

e claro, não podíamos continuar o percurso

sem comprar um pão de Penha Garcia.

Continuámos sempre com Monsanto, a aldeia

mais portuguesa de Portugal, na nossa mira

em grande plano. Fizemos uma paragem no

Santuário da Srª. da Azenha para tomar o

pequeno – almoço.

E depois seguimos e subimos para Monsanto,

que faz parte da Rede das Aldeias Históricas

de Portugal. Destaca-se na paisagem pelo seu

desnível e formas graníticas. É uma aldeia de

construção típica onde as grutas e penedos

utilizam-se e servem de construção. As ruas

são estreitas, cheias de histórias, arquitetura

popular e muito para ver. Destaca-se o

património religioso, as torres com as suas

muralhas, o artesanato e a gastronomia.

Nos pontos mais altos de Monsanto perdem-

se de vista os encantos de todo o concelho de

Idanha – a – Nova e não só…

01 - Parque Icnológico de Penha Garcia02 - Barragem de Penha Garcia

03 – Castelo

2

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1

3

26Depois do almoço partilhado, onde foi possível

comer de tudo: do doce ao salgado, do cru ao

cozinhado, do artificial até ao mais tradicional

e natural. Verdadeiro “banquete” diga-se de

passagem. Esta é uma parte das caminhadas

muito engraçada e interessante, o convívio,

a partilha, a diversão e a expectativa na

originalidade do que se traz para comer. De

facto, para os portugueses socializar implica

quase sempre comida e bebida típica e

tradicionalmente portuguesa. Ainda bem….

Com a barriga cheia tomou-se um café tirado

com a vagareza do costume…que espanta

quem espera e está habituado a outro ritmo,

fez-se uma breve visita a Monsanto, pois a

caminhada ainda era longa e levou-se uma

lembrança para mais tarde recordar. Quem vai

a Monsanto tem de experimentar um Adufe

e levar uma Marafona... Depois começámos a

descer em direção à antiga Egitânia Augusta

no tempo dos romanos, a atual Idanha-a-

Velha.

O percurso entre estas duas aldeias históricas

é muito bonito, cheio de campos verdejantes

e muros meticulosamente construídos. Ainda

passámos pela aldeia do Carroqueiro.

Na chegada a Idanha – a – Velha, os vestígios

da presença de vários povos, religiões e

culturas ao longo da história são bem visíveis.

Curiosamente foi nesta aldeia onde vi mais

gente, entre turistas, transeuntes e residentes.

A entrada começa através das imponentes

muralhas, com visita pelas várias capelas e

pedras expostas no exterior.

Ainda foi possível passar pela ponte romana

onde passa o rio Pônsul, que combina

em perfeita harmonia com a construção

arquitetónica que define tão bem a aldeia de

4

04 - Monsanto à vista

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05 - Monsanto06 - Monsanto. Muralhas, Castelo e Capela Stª Maria.

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10 - Monsanto. Capela de São Pedro de Vir – a – Corça.

07 - Monsanto | 08 - Monsanto. Portão de Stº. António. | 09 - Monsanto. Calçada Romana.

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3111 - Carroqueiro

9 11

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32

7

12 - Idanha – a – Velha

Idanha – a – Velha, tal como Monsanto, como

Aldeia Histórica. O encerramento deste percurso

de 23 km, que durou o dia todo, deu-se com

um lanche partilhado num pequeno parque no

exterior das muralhas à entrada de Idanha – a -

Velha. Naquele momento, para nós, à saída de

Idanha – a – Velha.

CONCLUSÃO

Foi um percurso de média dificuldade, com

condições meteorológicas bastante favoráveis,

contudo a sinalização foi difícil de encontrar em

alguns cruzamentos, mas nada que assustasse

um grande grupo de 100 caminheiros

experiente e habituado a este tipo de aventuras.

O sentido de orientação é quase natural e

instintivo (mais ou menos). Pode também ser

feito de bicicleta, embora em alguns troços

(junto à Barragem de Penha Garcia e no início

da descida de Monsanto em direção a

Idanha – a – Velha, sobretudo na calçada

romana) seja necessário e aconselhável

levar a bicicleta à mão. Destaco também a

ruralidade impregnada em tudo e em todos:

nos campos, nas construções, na qualidade

dos produtos, na própria história de cada

aldeia e dos seus habitantes. Felizmente,

a hospitalidade, a forma de acolher e a

simpatia fazem parte dos seus modos de

vida, o que facilita as caminhadas a quem

passa, pois o contacto entre habitantes e

caminheiros é muito próximo. Dá vontade

de voltar sem dúvida.

O regresso a casa foi com vontade de fazer

o restante percurso da “Rota da Idanha” e

talvez um dia, quem sabe, fazer toda a GR

12 E7 de Lisboa a Constanza, principalmente

para conhecer a sua origem e história.

12

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3313 - Idanha – a – Velha

14 - Idanha – a – Velha. Pedras Epigrafadas da Época Romana.

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14

34

15 - Idanha-a-Velha. Ponte Romana sobre o Rio Pônsul.

INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Oferta Turística e Cultural, Património…

www.cm-idanhanova.pt

Contactos de Paula Correia: [email protected]

http://caminhadasculturaenatureza.blogspot.pt/

Mapa:

Rota da Idanha

Percurso Parcial

15

Page 35: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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www.lobodomar.net

VISITE-NOSem

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UMA SEMANA AO RITMO DA BICICLETA.DE SETÚBAL A SAGRES, 320 KM DE PRAIAS E DE VIDA SAUDÁVEL.

Parte IV de V – Da Zambujeira do Mar a Aljezur

TEXTO E FOTOGRAFIA PAULO GUERRA DOS SANTOS / www.ecoviasportugal.pt

Para ler a Parte I (página 26) clique aqui

Para ler a Parte II (página 30) clique aqui

Para ler a Parte III (página 42) clique aqui

1

37

Estamos no nosso quinto dia destas férias

em bicicleta, o quarto a pedalar uma vez que

ficámos em Vila Nova de Milfontes por duas

noites para usufruir do descanso e serenidade

do Alentejo Litoral.

Estamos prestes a arrancar hoje de Zambujeira

do Mar até Aljezur. Uma etapa curta com

menos de 50 km onde deixaremos para trás

o Alentejo entrando no reino dos Algarves,

pelo que se prevêem novas descobertas e visitas

a vilas típicas.

Depois de um pequeno-almoço reforçado, a

saída de Zambujeira faz-se para sul e começa

logo bem: com uma subida. E uma vez que

os nossos músculos e articulações ainda não

aqueceram o suficiente, optamos por levar as

bicicletas à mão. É íngreme esta encosta, com a

estrada revestida em blocos de betão perfurados.

Page 38: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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2

3

4

38“Grelhas de Enrelvamento” é o nome técnico,

uma vez que este tipo de pavimento permite

que as ervas cresçam nos espaços vazios e que

uma parte da água da chuva seja drenada pelo

próprio solo. Graças a este tipo de pavimento,

o pouco tráfego automóvel que por aqui

passa é estimulado a fazê-lo em velocidade

mais reduzida, o que nos dá um certo nível de

conforto quanto ao risco de acidente rodoviário.

Chama-se a isto, medidas de acalmia de

tráfego e são cada vez mais as estradas onde

estas medidas são aplicadas. 5 minutos com

as bicis pela mão e logo chegamos ao topo da

encosta bem como ao início de largos estradões

em macadame. Pedalamos alguns quilómetros

em plano e surge uma descida íngreme, que

nos levará até à Praia do Carvalhal. Vale a pena

a visita a esta praia, ainda deserta a esta hora

e coberta com uma neblina matinal. Bom,

deserta não é bem assim, uma vez que já cá

está o nadador-salvador a hastear a bandeira

e um casal com um cartaz a anunciar que se

fazem massagens tailandesas. Até que ia uma,

mas depois não sei se teríamos pernas para o

resto da etapa.

Seguimos assim a pedalar o mais junto possível

ao Atlântico e por isso temos de atravessar

alguns vales escavados pela erosão das águas,

com algumas descidas e subidas. Fora isso,

pedalamos em zona de planalto. E é num que

pedalamos agora em direção à Azenha do

Mar, uma aldeia pacata de pescadores com

vista para as falésias atlânticas escarpadas e

rochosas, e que além disso tem um belo café,

ponto de apoio fundamental para quem viaja

em bicicleta. Depois de apreciarmos a vista

aproveitamos para reforçar energeticamente,

uns com cafeína e outros com cereais

5

Page 39: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

6

fermentados em estado líquido. Bolos e doces

regionais ajudam a compor esta paragem

técnica altamente calórica, fundamental para

quem despende energia como nós.

À saída da Azenha do Mar alguns populares

desejam-nos boa viagem e um cachorro

decide seguir-nos durante alguns quilómetros.

Chegamos a temer que nos quisesse

acompanhar o resto da viagem, mas umas

festas no cachaço e algumas palavras de ordem

são o bastante para o fazer voltar para trás e

deixar-nos seguir a nossa viagem.

Nestes planaltos abundam estufas de culturas

diversas, ligadas entre si por estradas de asfalto

quase sem trânsito automóvel. Percebe-se que

são caminhos agrícolas, mas que provavelmente

a pedido dos agricultores e lavradores foram

asfaltados. Não têm qualquer tipo de sinalização

vertical ou horizontal e são caminhos sinuosos,

39com curvas em cotovelo. Excelentes, portanto,

para quem pedala.

Sem grande esforço alcançamos a Praia de

Odeceixe e logo de seguida a vila que lhe dá o

nome. Entrámos finalmente no Algarve e por

isso aproveitamos, mais uma vez, para parar

numa tasca. Desta vez sabemos muito bem

o que queremos: a tradicional, doce e bem

energética Delícia de Alfarroba, Amêndoa e

Figo, três dos frutos mais comuns deste reino.

Para quem não conhece, a Alfarroba é um

fruto com sabor intenso a chocolate. E para

além destes frutos, esta delícia leva também

mel. Obrigatório provar. E nem sequer temos

de nos preocupar com as calorias. Elas vão ser

todas queimadas já de seguida.

Odeceixe desenvolve-se ao longo de uma

colina e nós estamos na parte baixa. É de tal

forma íngreme que mais uma vez lavamos

Page 40: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

as bicicletas à mão. Alguns locais observam-

nos com ar de pena. Mas compensa: no topo

espera-nos um moinho recuperado para visitar,

além de uma vista soberba sobre o vale e a

imensidão de verde que circunda esta bonita e

pacata vila, com o casario de piso térreo todo

caiado de branco e os telhados tradicionais em

telha a forrarem de vermelho as coberturas da

aldeia. Para compor o cenário de vila típica,

observa-se um conjunto interessante de antenas

de televisão, quase que a dar a ideia que a

televisão por cabo ainda aqui não chegou. Um

paraíso ideal para descanso da grande cidade e

fuga da rotina diária.

Espera-nos por fim mais uma surpresa: um

longo canal de rega. Curiosamente tem placas

a indicar que vai dar direitinho a Aljezur, o

nosso destino a cerca de 20 km daqui. Por isso,

e contrariando as indicações de algumas placas

de aviso, decidimos fugir ao trilho original

que descarregámos para o GPS e pedalar nos

caminhos laterais ao canal. De resto eles estão

englobados nas Rotas de Caminhos Pedestres.

Sabemos que o risco de queda ao canal é

real mas este tem pouca profundidade e a

velocidade de escoamento é reduzida. Como

somos muitos, confiamos que se algum de nós

cair será fácil de lá sair com trabalho de equipa.

Pedalar ao longo de linhas de água, ribeiras, rios

ou albufeiras é das experiências mais marcantes

numa viagem em bicicleta. Circular ao longo

de canais de rega provoca-nos emoções

semelhantes pela beleza do espelho de água,

por penetrarmos nos terrenos agrícolas com

as mais variadas culturas e pelo contacto

com a natureza. Tudo isto num caminho em

terra batida, sem qualquer tipo de tráfego de

veículos automóveis. LINDO!

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Os últimos quilómetros são feitos numa estrada

asfaltada de reduzido tráfego. Chegámos a

Aljezur.

Normalmente, a primeira coisa que queremos

fazer quando terminamos a etapa do dia é

almoçar. Escolhemos por isso um restaurante

no centro, lambuzamo-nos em entradas

diversas, pão da região e azeitonas, pratos

de carne e peixe, sobremesas deliciosas e

café. Só depois do estômago aconchegado é

que vamos ao albergue para largar a carga e

tomar um duche. Para preencher o resto do

dia alguns de nós decidem ir à praia, a cerca

de 7 quilómetros da vila. Vale a pena quer pela

envolvente cénica ao caminho, quer pela praia.

Outros decidem dar uma volta pela vila. Tem

um mercado catita de fruta, legumes e peixe

fresco. Neste dia tivemos a oportunidade de ver

um tubarão que se deixou apanhar pelas redes

dos pescadores. A vila tem também um castelo,

bonito de visitar, com uma vista deslumbrante

para o vale e terrenos agrícolas cá em baixo,

cultivados de milho.

Hoje deitamo-nos cedo. Não porque estejamos

cansados, mas porque a expectativa para o

dia de amanhã é grande. A última etapa desta

viagem turística irá levar-nos a uma das zonas

mais belas de Portugal: a Carrapateira, com as

suas praias e falésias. Sem contar com o caminho

para lá chegar, quase sempre em estradões pelo

interior de pinhais e eucaliptais, em ambientes

de serra.

NÃO PERCA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA

PASSEAR O RELATO E FOTOS DESTA VIAGEM

EM BICICLETA ATÉ SAGRES, NA ETAPA ENTRE

ALJEZUR E SAGRES.

10

Page 43: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

10

Pode visualizar mais fotos bem como os trilhos

do troço 1-20 da Ecovia do Atlântico em:

www.ecoviasportugal.pt

Legendas:

1 – Caminho, Praia do Carvalhal

2 – Atlântico e falésias, Azenha do Mar

3 – Praia da Odeceixe

4 – Ribeira de Odeceixe

5 – Vila de Odeceixe

6 – Canal de rega, Odeceixe

7 – Caminho junto a canal de rega, Odeceixe

8 – Caminho junto a canal de rega, Odeceixe

9 – O grupo próximo de Aljezur

10 – Mercado tradicional em Aljezur

Page 44: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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CRÓNICA:

MONTE PERDIDO EXTREM IV ... OU O FIM DA AVENTURA DE UMA VIDA...TEXTO E FOTOGRAFIA: JOSÉ CARLOS CALLIXTO / http://porfragasepragas.blogspot.pt

Etapa 4 (2ª feira 8 de Julho): Góriz - Fuen Blanca - Collado de Añisclo - Pineta (15km)Duração: 10 horasAltitude mín.: 1240m (Rio Cinca) / Desnível positivo: 1.563mAltitude máx.: 2453m (Collado de Añisclo) / Desnível negativo: 2.502m

MANTENDO-SE DOIS DOS QUATRO ELEMENTOS DA EQUIPA NA INTENÇÃO DE SUBIREM

AO CUME DO MONTE PERDIDO, A ÚLTIMA “ETAPA” DESTE MONTE PERDIDO EXTREM

TINHA DE COMEÇAR BEM CEDO. POUCO DEPOIS DAS SEIS E MEIA DA MANHÃ, COM O

VALE DE ORDESA AINDA NAS SOMBRAS, OS DOIS “PROFISSIONAIS” DA MONTANHA

INICIARAM A ASCENSÃO; ESTE QUASE SEXAGENÁRIO E A MAIS JOVEM DO GRUPO

... INICIARAM AQUELA QUE SE VIRIA A REVELAR UMA FABULOSA CAMINHADA DE

REGRESSO A PINETA.

TEXTO E FOTOGRAFIA: José Carlos Callixto / http://porfragasepragas.blogspot.pt

Page 45: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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Do alto do Collado de Arrablo (2345m) a

Fuen Blanca (1660m), descemos quase 700

metros ... para depois subirmos 800 metros

para o Collado de Añisclo (2453m) ... e

descermos finalmente mais de 1200 metros

para o Rio Cinca (1240m). Segundo o

próprio Monte Perdido Extrem ... esta última

etapa era um teste a nuestras rodillas...

Felizmente que nuestras rodillas (joelhos)

funcionaram bem ... e este foi realmente um

^ Aí vão os “profissionais”, a caminho do Monte Perdido

^ Um último olhar ao altiplano de Góriz…

^ Primeiras águas no Collado de Arrablo, a 2240m alt.

Para o regresso a Pineta, a organização do

Monte Perdido Extrem indicava duas variantes:

pela Punta Olas, com menos desnível, ou por

Fuen Blanca, descendo ao fundo do Canyon

de Añisclo, com muito mais desnível, já que

depois ambas as alternativas se encontram no

Collado de Añisclo, para iniciar a vertiginosa

descida para o vale do Cinca. Cansados

de neve e sabendo de bosques e sucessivas

cascatas ao longo do percurso de Fuen Blanca,

eu e a Cristina não nos intimidámos com os

desníveis e optámos por este último ... e não

nos arrependemos!

Page 46: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

46

Vamos começar a descer o Barranco de Arrablo

percurso fabuloso. Barrancos profundos, imponentes e sucessivas cascatas, bosques que nos

ofereciam saborosas sombras e a magia dos sons das águas e das aves, tudo nos envolvia aos

dois num perfeito e místico paraíso, no qual a qualquer momento não nos admiraríamos de ver

pairar fadas e duendes por entre a ramagem, sobrevoando as águas e os vales.

Collado de Arrablo (2345m alt.)

Page 47: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

47Pouco abaixo dos 1700 metros de altitude,

encontrámos a pequena cabana de Fuen

Blanca, um saboroso descanso no meio

daquele paraíso, quase a entrarmos no

Canyon de Añisclo, aberto pelas águas do Rio

Bellos.

Antes das dez da manhã, estávamos em

Fuen Blanca, lá onde o Barranco de Arrablo

se precipita no Rio Bellos e se abre no

espectacular Canyon de Añisclo ... prontos

para recomeçar a subir. Pelas nossas contas,

os nossos companheiros deveriam estar no

Monte Perdido, mas não tínhamos forma de

comunicar e de saber do êxito da sua missão.

A subida do Canyon de Añisclo, rumo ao

Collado do mesmo nome, é qualquer coisa

de espectacular! De todas os imponentes

paredões rochosos se precipitam cascatas,

que juntam as suas águas no Rio Bellos. O

trilho, sempre muito bem assinalado, faz-se

comodamente e, àquela hora, quase sempre

à sombra. Não sabemos como seria o percurso

pela Punta Olas, muito mais acima e com

menos desníveis ... mas abençoámos a opção

tomada de conhecer este autêntico santuário

da Natureza.

Cerca dos 1950 metros de altitude ... a neve

voltou; troços pequenos, sem necessidade de

crampons. Algumas das manchas de neve ...

rodeámo-las pela rocha! A panorâmica que

íamos ganhando para trás, para o Canyon,

tornava-se cada vez mais espectacular. Mas dos

lados do Monte Perdido vinham núvens; onde

andariam os nossos dois companheiros?...

Cinco minutos antes da uma da tarde

estávamos no Collado de Añisclo, de novo

a 2453 metros de altitude. Uma língua de

neve marcava a cumeada. Para sudoeste,

Page 48: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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A magia do bosque, abaixo já dos 1800m alt.

Fuen Blanca, confluência do Barranco de Arrablo no Rio Bellos Cabana de Fuen Blanca

Se o Paraíso existe ... nós estávamos literalmente

Page 49: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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Fuen Blanca, águas do Rio Bellos

Fuen Blanca (1660m alt.)

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Começamos a subir o Canyon de Añisclo, ao longo de uma sucessão de cascatas imponentes.

O Canyon de Añisclo ia ficando para baixo ...

Page 51: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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Um “voo” sobre as águas do Canyon de Añisclo.

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O vale de Añisclo visto dos 2000m de altitude. Ainda faltam mais de 400 metros para o Collado...

Dos lados do Monte Perdido ... vinham nuvens. Onde andariam os nossos dois companheiros?...

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53No Collado de Añisclo (2453m alt.), com uma impressionante panorâmica sobre o

vale do Cinca e os Llanos de La Larri

Page 54: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

Em voo livre sobre o Collado de Añisclo e o Vale de Pineta. Que bom seria continuar...

54 Os nossos dois heróis na Escupidera e no cume do Monte Perdido (3355m alt.) (Fotos de Ramiro Gameiro Jorge)

Há que iniciar a descida, atrás de um grupo espanhol que igualmente viveu a aventura do Monte Perdido Extrem

Page 55: Revista Passear Versão Gratuita Nº 31

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o impressionante canhão de Añisclo que

deixávamos para trás; para norte e nordeste

... bem, a nossa respiração parou! De repente,

para lá da pequena língua de neve, abriu-

se-nos uma autêntica vista aérea do vale de

Pineta e do Rio Cinca! Que impressionante

panorâmica! Num raio de quase 180 graus,

percebia-se à nossa esquerda o Balcón de

Pineta e a Brecha de Tucarroya. Mais abaixo,

os Llanos de La Larri; em frente, a barreira de

montanhas da encosta norte do vale. E bem lá

em baixo, 1200 metros abaixo de nós, numa

quase e impressionante vertical, corriam as

águas do Cinca.

Se a missão tinha tido sucesso e as contas

deles e nossas batiam certas, os nossos dois

companheiros já deveriam ter regressado

do Perdido e deveriam estar no percurso

pela Punta Olas, que no troço final vem ter

igualmente ao Collado de Añisclo. Mas

... não havia rede móvel. Só mais tarde,

algumas horas depois, recebemos finalmente

uma mensagem SMS a dizer ... “Perdido

conquistado”! Decididamente, tínhamos na

equipa dois “profissionais” da montanha...

A descida do Collado de Añisclo para o

vale de Pineta (1200 metros de desnível em

pouco mais de 4km) é um verdadeiro teste de

resistência às “rodillas”... J. Mas também é

uma espectacular “aventura” de descoberta

permanente! Curvas e contracurvas de um

trilho mais que sinuoso, pedra solta, troncos ...

mas uma experiência fabulosa e inesquecível!

Ao entrarmos na zona arborizada, parecia

faltar-nos já pouco para o vale ... mas o GPS

marcava bem que ainda estávamos acima. A

dureza da descida preocupava-nos, não por

nós, mas pela hora tardia a que os nossos

dois companheiros a iriam fazer, tanto mais

que tínhamos perdido de novo o contacto

com eles. Por entre a ramagem e alguns tufos

floridos, nós continuávamos num permanente

zigzag ... para baixo, sempre para baixo.

Pelas quatro da tarde, preocupados com

os nossos companheiros mas felizes por as

nossas “rodillas” terem passado bem o teste,

com os olhos e a alma cheios das autênticas

vistas aéreas que se nos tinham deparado ...

chegámos ao vale! E, ao chegar ao vale ...

tivemos uma muito grata e feliz “aparição”:

o nosso companheiro que teve a coragem

de desistir na hora certa, no momento certo,

no primeiro dia ... tinha vindo ao nosso

encontro! Surgido das árvores e das águas

do Cinca, o amigo Zé Manel ali estava, para

nos receber aos dois, no final desta fabulosa

aventura. No final? Não, o final só seria depois

de atravessar o rio a vau, com uma corrente

bastante impetuosa!

Só bastante tempo depois de chegarmos

a Pineta e a Bielsa conseguimos de novo

contactar os nossos dois “conquistadores”

do Monte Perdido. A jornada foi, segundo

os próprios, bastante dura ... levando-os a

fazer grande parte desta descida do Collado

de Añisclo já de noite! Chegaram ... quase

à meia noite! Em Bielsa, mesmo antes deles

chegarem ... brindámos ao sucesso da nossa

equipa com um belo de um Gin tónico ... que

andei a desejar em cada um dos três refúgios

onde pernoitámos na fantástica aventura que

tínhamos acabado de viver!

O que dizer mais desta aventura? Que

pouco mais de um mês antes dos 60 anos,

vivi sem dúvida a maior “aventura” da

minha vida! Liguei o vale de Pineta ao de

Gavarnie, atravessei a mítica Brecha de

Rolando, entrando por ela de novo em

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Barranco de La Solana

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Rio Cinca (1240m alt.); descemos 1200 metros desde o Collado de Añisclo ... e tivemos uma receção muito especial!

Circo de Pineta ... onde tudo começou!...

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58 “sobrevoei” o vale de Ordesa, desci ao Canyon

de Añisclo, voltei a subir ao Collado do mesmo

nome, para enfim voltar numa vertiginosa

descida ao vale de Pineta. Foi duro? Foi!

Principalmente o primeiro dia e, para mim, as

travessias laterais em neve! Mas também tive a

surpresa de ouvir da boca de um “profissional”

das caminhadas de montanha e da neve …

que algumas etapas desta travessia foram mais

duras do que a subida ao Kilimanjaro!

Não cheguei a subir ao cume do Monte

Perdido, mas não fiquei frustrado por não

ter “conquistado” o cume. O que vivi foi

a concretização de um sonho de 30 anos.

Ficaram guardadas em mais de mil fotos e vídeo

- mas principalmente na minha memória visual

- panorâmicas de cortar a respiração; andei

horas e horas na neve; comi neve para matar a

sede; partilhei sensações, emoções, momentos

inesquecíveis. Foram essas sensações e esses

momentos que procurei partilhar nestes

quatro posts.

Obrigado a todos os que tiveram a paciência

de me ler e de ver as fotografias … e daqui

a algum tempo o filme. Mas um obrigado

muito especial e muito grande aos meus 7

companheiros desta fantástica “aventura”:

aos 3 que a completaram comigo, aos

restantes 3 que ficaram no “acampamento

base”, em Bielsa (incluindo a minha

“companheira especial”) … e, claro, a quem

teve a coragem de desistir já depois de ter

iniciado a “aventura”, na altura certa, no

momento certo. Excepto este último (que

já conhecia há mais tempo), partimos para

os Pirenéus como simples conhecidos, com

quem tinha feito uma ou duas caminhadas

simples. Regressámos … como grandes

amigos, que jamais se esquecerão e às

Refúgio de Pineta, 8.07.2013, 16:40h - a felicidade nos rostos, no fim da aventura de uma vida!

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emoções vividas antes, durante e depois da

“aventura”! É a magia da montanha! É a

união de uma paixão, de uma paixão pela

Natureza, pelos grandes espaços … mas

também pela sã e verdadeira construção de

amizades … de uma paixão pela vida!

Obrigado Zé Manel, Cristina, Anabela,

Ramiro! Obrigado Lourdes e Anabela!

Obrigado … Lala!

Bielsa, 8.07.2013, 20:10h - Este Gin ... andou a ser desejado durante os 4 dias do Monte Perdido Extrem ... (Foto: Cristina Ferreira)

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