Revista Passear Nº41 Versão Gratuita

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passear Nº. 41 . Ano IV . 2015 . PVP: 2 € (IVA incluído) sente a natureza Portfólio PALÁCIO DA PENA BTT ROTA DAS FAIAS Dest ino Serra da Estrela Caminhada Aldeia da Cabeça PATRIMÓNIO visto do céu Caminhada Castro do Zambujal

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Revista Digital Passear Nº41 Versão Gratuita

Transcript of Revista Passear Nº41 Versão Gratuita

passearNº. 41 . Ano IV . 2015 . PVP: 2 € (IVA incluído)

DESCOBRIRRio Maior

sente a naturezaPortfólioPALÁCIO DA PENA

BTTROTA DAS FAIAS

DestinoSerra da Estrela

CaminhadaAldeia da Cabeça PATRIMÓNIO

visto do céu

CaminhadaCastro do Zambujal

Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

Capa Fotografia

Autoria: José Carlos CallixtoSerra da Estrela

(pág. 28)

Correspondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

Grafismo

Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

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Rumo à BTL 2015A Bolsa de Turismo de Lisboa começa no próximo dia 25 de Fevereiro e espera atrair mais de 70 000 visitantes. A revista Passear vai estar presente, com stand próprio (Pav.3), nesta importante mostra de turismo onde as referências ao Turismo de Natureza e Cultural ganham expressão. Estas duas áreas do Turismo são fundamentais para o desenvolvimento de Portugal de uma forma equilibrada pois, potenciam as qualidades e riquezas existentes nas regiões interiores do país. Este tipo de turismo poderá, em certos casos, ser a única possibilidade de desenvolvimento de regiões remotas onde, populações esquecidas não tem mais do que as suas tradições e as suas riquezas naturais e arquitetónicas para oferecer. O Alentejo, uma região com muitas assimetrias, é o destino convidado da BTL que apresentará os seus produtos estratégicos, nomeadamente o Turismo Activo, de Natureza, Enogastronómico, Cultural e de Actividades Sol e Praia.Penso que são muitos os motivos para visitar este certame que estará aberto ao público de 6ª feira (27.02) das 18 h às 23 h e no sábado e domingo.

Veja os eventos sempre

actualizados em www.passear.com

Bons passeios.

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Sumário04 Atualidades

20 Destino:

Serra da Estrela

28 Caminhada: Uma “Aventura”

na Serra da Estrela

40 BTT: Rota das Faias

46 dormidas : comidas : bebidas

48 Apresentação de artigos

do Passear (versão paga)

50 ASSINATURA Passear

52 Caminhada por Torres Vedras

60 Portugal Visto do Céu

62 Portfólio:

Palácio da Pena

40Edição Nº.41

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PARQUE DA PENA RENOVADO

A PARQUES DE SINTRA CONCLUIU NO PARQUE DA PENA, UM CONJUNTO DE PRO-JETOS DE RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS CONSTRUÍDAS E JARDINS, COM O OBJE-TIVO DE CONSERVAR OS ELEMENTOS QUE MARCAM O LOCAL, TANTO DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO COMO ESTÉTICO.

- Vale dos Lagos (pateiras, torres, portões, medalhão, muros)- Jardim das Camélias- Feteira da Rainha - Medalhão de homenagem a D. Fernando II- Investimento de cerca de 300.000 Euros suportado pela empresa- Trabalho de cerca de 2 anos numa área de 6,5 hectares

A intervenção, faseada, incluiu trabalhos no Vale dos Lagos, Feteira da Rainha e Jardim das Camélias, representando um investimento de cerca de 300.000 Euros, suportado to-talmente pela Parques de Sintra. Em 2012 tiveram início as intervenções nos jardins com o restauro da rede de cami-nhos, escadas e muros. Em paralelo dotou-se a área de infraestruturas, nomeadamente de distribuição de água, energia para iluminação dos caminhos e abastecimento da Estufa Quente, telecomunicações e equipamentos de rega. As estruturas do sistema de águas original, como minas, canaletes, condutas, tanques e pequenos lagos decorativos, canais e cascatas, têm vindo a ser também recuperadas. A valorização da vegetação existente na área de intervenção iniciou-se em 2013, através da reprodução de variedades e espécies existentes no parque (violetas, prímulas, fúchsias e hortenses). Na Feteira da Rainha plantaram-se fetos arbóreos que teriam existido nos

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escanteiros. No Jardim das Camélias (galar-doado em 2014 com o prémio Jardim de Camélias de Excelência, pela International Camellia Society) iniciou-se a reprodução das cultivares de Camellia japonica que integram a coleção de camélias produzi-da originalmente pelo viveirista do Porto, Marques Loureiro. Recuperou-se também o traçado dos canteiros no patamar de implantação da Estufa Quente, de acordo com as descrições e orientações dos ma-nuais de horticultura do séc. XIX, em voga à época de construção do Parque. Quanto às estruturas edificadas e deco-rativas, distribuídas pelo Parque, o con-junto de projetos de recuperação agora concluídos inclui o Portão de acesso aos Lagos, as duas Pateiras, o medalhão de homenagem a D. Fernando II, a Fonte dos Passarinhos e a Fonte da Concha, o muro do Tanque dos Frades, a ponte em arco e as duas Capelas (Manuelina e Menor). A complexidade destes trabalhos obrigou ao estabelecimento de equipas multidisci-plinares, experientes e conhecedoras das técnicas envolvidas.O Portão dos Lagos envolve um conjunto de vários segmentos de muro (uma parte com gradeamento metálico), dois portões e duas torres elípticas, com um coroamen-to típico das fortificações medievais cons-tituído por ameias (espaços) e merlões (volumes). A Pateira é uma edificação de alvenaria aparente implantada sobre uma ilha ao centro do Lago de São Martinho. Ainda na área dos Lagos, foi restaurada a Pateira Octogonal, edifício decorativo de arquitetura ornamental do séc. XIX (casa para patos, com dois pisos e aberturas para acesso a aves), recuperando-se os revestimentos, madeiras e paredes. Man-teve-se continuamente a preocupação es-pecial de garantir o menor dano possível no “tapete” verde de musgo que existe na cobertura do piso inferior da Pateira.

Além de um tratamento geral de estabili-zação dos revestimentos, foram eliminadas colonizações biológicas presentes, quando colocavam em causa a integridade dos elementos, nomeadamente plantas cujas raízes punham em risco a estabilidade da alvenaria. O medalhão de homenagem a D. Fer-nando II, descerrado em 1935 por um grupo de sintrenses em memória do Rei, também foi alvo de uma intervenção de conservação, com vista a estabilizar os e-lementos de bronze e pedra, bem como a ser limpo e melhorado o sistema de fixa-ção e escoamento. Na Feteira da Rainha foi concluída a recuperação da Fonte dos Passarinhos, do Fontanário da Concha e de um pequeno nicho com embrechados inte-grados no Lago da Concha. Foram repostos os azulejos em falta nas diferentes estruturas e efetuadas reparações nos gradeamentos de ferro dos vãos da Fonte dos Passarinhos, assim como no seu sistema hidráulico e res-petiva bacia.A intervenção envolveu também as Cape-las Manuelina e Menor, dois edifícios que se julga construídos durante a presença mon-ges que habitavam o Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, entregue à Ordem de S. Jerónimo no séc. XVI. São dois exemplos no-táveis, não só pela sua estrutura arquitetóni-ca, como pelos exemplares de revestimento azulejar que uma delas – a Manuelina – ainda apresenta no seu interior. Também o Tanque dos Frades, utilizado para abastecer as hortas da cerca, foi restaurado. O muro de sustentação de terras que aí se encontra, com elevado estado de degradação e em risco devido ao crescimento das árvores, foi alvo de estudo profundo devido à sua incli-nação, tendo-se optado por remover as es-pécies vegetais. Ponderadas as opções para lhe devolver a verticalidade, a solução pas-sou por desmontar parcialmente a estrutura e voltar a construir.

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ALQUEVA DESAFIA PORTUGAL

ALQUEVA DESAFIA PORTUGAL, COM OS SEUS 250 KM² DE MASSA DE ÁGUA, QUE LHE CONFEREM O ESTATUTO DE SER O MAIOR LAGO ARTIFICIAL DA EUROPA, E AO MESMO TEMPO O “MOTOR” DE DESENVOLVIMENTO DE TODA UMA REGIÃO, QUE SE POSICIONA COMO AQUELA QUE NO PAÍS, APRESENTA O MAIOR “POTENCIAL” DE CRESCIMENTO ECONÓMICO.

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que as oportunidades geradas são maiores, setores estes que podem e devem articular-se, afigurando-se como aqueles que são a vocação nata da Região, capazes de gerar riqueza e emprego, onde a excelência dos recursos endógenos exis-tentes, a oferta gastronómica de excelência, de onde se destacam os azeites e os vinhos de enorme qualidade, são fatores que contribuem, por exemplo para que Reguengos de Mon-saraz, seja a “Capital Europeia do vinho 2015”, de igual forma, a existência de uma nova oferta turística associadas ao grande lago Alqueva, e ao seu céu estrelado, con-

A combinação Sol, espaço físico com bons solos e água, são a fórmula perfeita para alavancar inúmeras oportunidades de negócio em diferentes fileiras económi-cas. A dimensão ambiental desta região, de enorme riqueza da sua fauna e flora, com uma aposta clara na sua preservação e valorização; a riqueza Patrimonial ex-istente; a possibilidade de produção de energias renováveis nesta região, são ape-nas alguns dos trunfos que a mesma pos-sui e que desafia Portugal a valorizar e a aproveitar.Contudo é no Turismo e na Agricultura,

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figura igualmente novas oportunidades, destacando-se o surgimento da primeira reserva Dark Sky, a obter certificação da Fundação Starlight Tourism Destina-tion. Mais recentemente, a elevação do “Cante Alentejano” a património imate-rial da Humanidade, são no seu conjun-to, atributos de um território, que levam a que esta região e o Alentejo em geral, seja atualmente um dos destinos turísticos internacionais mais apetecíveis.Por seu turno, o setor agrícola e agroin-dustrial, tem observado a instalação de novas culturas na região, fruto da disponi-bilidade de água oriunda do Sistema de Rega de Alqueva, o que fazem com que este setor esteja em franco crescimento, o que muito contribui para a economia da região, e para o aumento das expor-tações do País.Em suma, Alqueva e o Alentejo, podem e devem assumir a “ESPERANÇA”, para Portugal, pela forte valorização dos seus recursos, e pela aposta na “Excelência”, dos seus produtos e serviços, fórmula fun-damental para a potenciação destas filei-ras económicas, capazes de gerar riqueza e emprego, e ao mesmo tempo promo-verem um novo modelo ordenamento do Território.Conscientes do Potencial da Região, a ATLA – Associação Transfronteiriça do lago Alqueva, liderou e articulou, a cons-trução de uma estratégia de desenvolvi-mento Integrado e Sustentável para o território de Alqueva, corporizado pela articulação e vontades dos principais agentes de Desenvolvimento Públicos

e Privados, ao nível Local, transregional e transfronteiriço, estratégia esta espe-lhada no Plano de Ação da ATLA para o período 2014 - 2020, numa lógica de Especialização Inteligente do território de Alqueva. Considera assim esta associação, que só através de uma Gestão Territorial Integrada, e de uma boa adequação dos instrumentos financeiros do novo Quadro comunitário, é que será possível garantir o crescimento e desenvolvimento Socioe-conómico deste território.Com base nestas premissas, o presente “Plano de Ação da ATLA”, está construído, no pressuposto de enquadramento das di-retrizes emanadas no “Acordo de Parceria do Governo Português”, e demais planos nacionais e Regionais, valorizando ain-da as diretrizes Europeias, emanadas no regulamento (EU) nº 1301/2013 do Par-lamento Europeu e do Conselho de 17 de Dezembro de 2013. Desta forma este Plano identificou 4 eixos estratégicos de atuação, nomeadamente: Eixo 1: Ambi-ente e Ordenamento do território; Eixo 2: Inovação, Empreendedorismo e Competi-tividade; Eixo 3: Turismo, e um quarto Eixo de Ações transversais aos demais eixos.A construção de um futuro melhor, assenta na Esperança, e no encontrar e promover de soluções, a desenvolver em conjunto e de forma integrada, que passam neces-sariamente por valorizarmos os critérios de diferenciação positiva que possuímos, mo-tivos que levam “Alqueva a Desafiar Portu-gal”!

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RTA QUER PROMOVER CICLISMO E CICLOTURISMO NA REGIÃOO Algarve quer afirmar-se como destino para a prática de ciclismo de competição e de lazer, tendo inscritas no calendário de 2015 cinco provas que ajudarão a im-pulsionar a modalidade na região, pro-movidas pela Federação Portuguesa de Ciclismo. O objetivo é atrair mais estágios, eventos e turistas velocipédicos para o Al-garve, que poderá tornar-se um polo des-portivo natural para ciclistas nos próximos anos.“O clima temperado, a qualidade da oferta hoteleira e a variedade de percur-sos e de equipamentos fazem do Algarve um destino apetecível para o desporto. Estamos por exemplo na rota dos estágios desportivos de alta competição de futebol, que em 2014 trouxe à região as seleções da Inglaterra e da Holanda. Mas queremos também demarcar-nos no ciclismo”, diz o presidente da Região de Turismo do Al-garve (RTA), Desidério Silva, para quem o programa Cyclin’Portugal Algarve, do qual a entidade regional é parceira, “é já um bom estímulo à modalidade em território algarvio”.Além da visibilidade que o destino ganha

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durante a realização destes eventos, alguns dos quais com cobertura televisiva nacional e internacional, há outra vantagem que não pode ser «negligenciada» para o destino anfitrião: o contributo para a atenuação da sazonalidade, defende o presidente.“Os eventos incluídos no Cyclin’Portugal Al-garve decorrem em fevereiro e março, pre-cisamente na altura de menor fluxo turístico. Este é portanto um nicho que nos interessa explorar, tal como o cicloturismo, que só em 2012 gerou mais de dois milhões de via-gens na Europa”, continua Desidério Silva.A região algarvia integra a Rede Europeia das Ciclovias Transnacionais (EuroVelo) e possui infraestruturas vocacionadas para a utilização da bicicleta, caso da Ecovia do Litoral, com cerca de 214 quilómetros que unem o Cabo de São Vicente, em Sagres, a Vila Real de Santo António. Motivos que levam Desidério Silva a concluir que “o Al-garve é atualmente um excelente destino para a prática de atividades ao ar livre, como o cicloturismo e o ciclismo, que, pela sua importância, já figuram no Plano de Marketing Estratégico para o Turismo do Algarve”.

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PORTUGAL VAI TER TRILHO INTERNACIONAL DOS APALACHES

A partir de março, Portugal vai passar a ter um dos Trilhos Internacionais dos Apalach-es - “o maior trilho de pegadas humanas do mundo”, visitado anualmente por 4 milhões de pessoas, sendo um dos ícones mundiais do pedestrianismo. Situado no continente americano, o IAT original tem 3.500 km e atravessa a cordilheira mon-tanhosa dos Apalaches, no sentido do seu comprimento, passando por 14 estados dos EUA. O percurso português consiste numa Grande Rota com cerca de 37 km situada integralmente na Serra do Mu-radal, concelho de Oleiros. O seu nome “Grande Rota Muradal-Pangeia” faz alusão à emblemática montanha quartzítica onde se desenvolve, mas também ao continente que existiu há 200 milhões de anos e que reunia todos os continentes que existem atualmente e consequentemente, a região do Maciço Ibérico.Conhecida oficialmente como GR 38 –

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Grande Rota Muradal Pangeia, “o trilho português dos Apalaches” consiste numa aproximação entre o continente america-no e o europeu e vai ser inaugurada em Oleiros no dia 28 de março, prometendo ser uma das maiores atrações turísticas da região.A inauguração irá anteceder a ocorrência da prova portuguesa do Trans Pangean Challenge, uma das mais reputadas e de-safiantes competições de ultra running em todo o mundo que se realiza em Portugal, de 19 a 25 de abril, devido à existência deste Trilho dos Apalaches. Por outro lado, a inauguração coincidirá com a época pas-cal e com a realização do 7.º Festival Gas-tronómico do Cabrito Estonado e do Ma-ranho, pelo que a celebração se prolonga até domingo, com algumas alusões a este acontecimento, durante o dia, na vila de Oleiros.

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COMBOIOS INTERCIDADES JÁ PODEM TRANSPORTAR BICICLETASA CP anunciou que vai ser possível transpor-tar bicicletas nos comboios Intercidades mas com algumas limitações.O serviço não está ainda disponível em to-dos os percursos, mas ao longo deste ano o material circulante irá ser adaptado para o efeito. A CP conta ter este processo con-cluído até meados de 2016. Esta iniciativa da CP vem parcialmente ao encontro das necessidades dos utilizadores mas, parece-nos insuficiente. Na imple-mentação destas medidas não foi tida em conta o Turismo em Bicicleta com inúmeros utilizadores nacionais e estrangeiros. Outro ponto importante e para o qual não temos informação é, o da facilidade de acesso da bicicleta à carruagem. Portas estreitas e de-graus dificulta a vida ao utilizador.Comboios Intercidades Lisboa – Porto / Braga / GuimarãesAs carruagens de 2ª classe destes comboios Intercidades possuem suportes específicos para o transporte de bicicletas tradicionais, permitindo o transporte de 2 bicicletas por carruagem.Condições particulares:- Apenas é permitido o transporte de uma bicicleta tradicional por passageiro;- O peso da bicicleta deve ser igual ou infe-rior a 15 kg;- O transporte de bicicletas está condiciona-do à disponibilidade dos lugares destinados a esse efeito - lugares 15 e 17 das carrua-gens de 2.ª classe. No caso destes lugares já não se encontrarem disponíveis, apenas é possível transportar bicicletas se as mesmas se encontrarem dobradas ou desmontadas

e acondicionadas no espaço disponível para bagagem, não sendo admitida mais do que uma bicicleta por passageiro.- Em qualquer das situações, o transporte de bicicletas é gratuito.Comboios Intercidades Beira Baixa (Lis-boa – Castelo Branco - Covilhã)É permitido o transporte de uma bicicleta por passageiro e comboio, nos comboios Interci-dades da Beira Baixa.Condições particulares:- Apenas é permitido o transporte de uma bicicleta tradicional por passageiro e com-boio;- O transporte de bicicletas está condicio-nado à disponibilidade do lugar destinado a esse efeito – lugar 3 da Carruagem 2. (A bicicleta é transportada na carruagem nº 1, no espaço destinado para o efeito). No caso deste lugar já não se encontrar disponível, apenas é possível transportar bicicletas se as mesmas se encontrarem dobradas ou des-montadas e acondicionadas no espaço dis-ponível para bagagem, não sendo admitida mais do que uma bicicleta por passageiro.- Em qualquer das situações, o transporte de bicicletas é gratuito.Intercidades das linhas da Beira Alta, Alentejo e SulAs bicicletas podem ser transportadas desde que desmontadas e devidamente acondicio-nadas como bagagem que não exceda, nos porta volumes ou por baixo dos bancos, o espaço correspondente aos lugares a que tenham direito, num máximo de um volume por passageiro. Este transporte é gratuito.

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SITE DA GRANDE ROTA DO VALE DO CÔA JÁ ESTÁ ONLINE

Foi lançado, no dia 28 de Janeiro, o site da Grande Rota do Vale do Côa (GRVC), uma ferramenta online onde está disponí-vel toda a informação relativa à rota: as características técnicas e sugestões de eta-pas a pé e de BTT; informação prática para quem vai percorrer; e uma apresentação do património arqueológico, histórico, na-tural e rural da região. O site inclui ainda um mapa interativo com os serviços úteis disponíveis em todas as lo-calidades atravessadas pela rota; os locais e acontecimentos de interesse na região; uma galeria de fotografias ilustrativas; notí-cias sobre os últimos acontecimentos res-peitantes à rota e ao território. No nordeste de Portugal, o Rio Côa atravessa os concelhos de Sabugal, de Almeida, de Pinhel, de Figueira de Castelo Rodrigo e de Vila Nova de Foz Côa. Unidos pelo vale deste rio, os cinco concelhos dão corpo a um território único, na sua riqueza

histórica, arqueológica, cultural e natural. ‘Vale de patrimónios’ é a designação que exprime essa riqueza.A Grande Rota do Vale do Côa (GRVC) é sugerida como uma via de descoberta deste território, acompanhando o vale do rio em toda a sua extensão, da nascente à foz. Esta rota apresenta a característica singular de estar preparada para ser percorrida em três modalidades diferentes — a pé, de bicicleta todo-o-terreno ou a cavalo —, e de prever percursos complementares à rota principal que permitem a visita a outras localidades e pontos de interesse.A GRVC proporciona aos visitantes a opor-tunidade de conhecerem o que este terri-tório tem de maior valor:- o seu património rural contemporâneo e do passado recente: aqui a vida rural é pre-dominante; a atividade agrícola mantém-se e a pastorícia continua a ter a dedicação de muita gente; no passado essas atividades

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eram ainda mais fortes e toda a paisagem é testemunho disso: para além dos pecu-liares pombais de planta redonda, des-venda-se pelo território um conjunto vari-ado de tecnologias agrícolas deixadas ao abandono, do qual se destacam aquelas relacionadas com o aproveitamento da força motriz dos caudais ribeirinhos e que podem ser vistas ao longo do percurso da GRVC: os moinhos de água.- o seu património medieval: ao longo do eixo delineado pelo Rio Côa, muitas bata-lhas foram travadas em tempos passados, pois durante um período da história este rio fazia a fronteira entre os Reinos de Portugal e de Leão; são muitas as reminiscências disso no território; dessas, os castelos e os povoados fortificados saltam à vista; con-tam-se oito: o Castelo do Sabugal, Castelo Mendo, Castelo Bom, o Castelo de Vilar Maior, a Fortaleza de Almeida, o Castelo de Pinhel, Castelo Rodrigo e Castelo Me-lhor.- o seu património pré-histórico: a ocu-pação humana deste território faz-se há um tempo muito longo. O Museu do Côa documenta o conjunto arqueológico mais surpreendente que foi sendo desvendado

no troço final do Rio Côa e que a GRVC também atravessa: centenas de gravuras do período paleolítico à idade do Ferro, que constituem o Parque Arqueológico do Vale do Côa, reconhecido como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.- a sua biodiversidade: vida selvagem rica e diversa; culturas agrícolas muito própri-as desta região (amendoal, olival, vinha, souto); bosquetes de árvores endógenas que hoje são raros, como os de carvalho-negral; presença do carvalho-português; enorme diversidade de aves, incluindo aves de rapina emblemáticas como a águia de Bonelli, a águia-real, o britango e o abutre-negro; núcleos ribeirinhos caracterizados pela presença de árvores como os freixos, os lodãos, os amieiros e os choupos.- as suas reservas naturais: a Reserva Natu-ral da Serra da Malcata e a Reserva da Faia Brava.

- os seus complexos termais, localizados nos concelhos do Sabugal e de Almeida.- a sua variedade de ofertas de alojamento em turismo rural, encontradas em todos os concelhos.

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A GRVC é um projeto promovido pela Associação de Municípios do Vale do Côa e pela Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa (http://www.valedocoa.pt/); é gerida pela Associação Transumância e Natureza (www.atnatureza.org/); e foi financiada pelo projeto PROVERE do Vale do Côa.A página poderá ser acedida em: http://granderotadocoa.pt/

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ades PLATAFORMA COMPADRES

Dia 26 de Fevereiro, no stand da Turismo do Alentejo na Bolsa de Turismo de Lisboa, irá ser apresentada a Plataforma dos Com-padres.A plataforma Compadres, marca umbrella que agrega as diferentes rotas culturais geridas pela Spira - revitalização patrimo-nial, pretende divulgar o património do Alentejo e torná-lo acessível a todos os portugueses e estrangeiros. Actualmente, os Compadres agregam a Rota do Fresco, a Rota Tons de Mármore, a Rota do Mon-tado, a Rota Pica-Chouriços, os Ateliers Mão-na-Massa e uma rede de alojamen-tos e restauração seleccionados, cobrindo 20 concelhos do Alentejo: Alandroal, Alvi-

to, Aljustrel, Barrancos, Beja, Borba, Castro Verde, Cuba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Moura, Mourão, Portel, Redondo, Serpa, Sousel, Vidigueira, Viana do Alentejo e Vila Viçosa.

DIA INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS: CONHECER, EXPLORAR, PARTILHAR

Sob o tema Monumentos e Sítios: Co-nhecer, Explorar, Partilhar, realiza-se a 18 de Abril o Dia Internacional de Monumen-tos e Sítios 2015, instituído pelo ICOMOS Internacional, que este ano celebra 50 anos.A Direção-Geral do Património Cultural, coordenadora nacional do evento, em colaboração com o ICOMOS Portugal, convidou as entidades públicas e privadas a associarem-se a estas comemorações, através da organização de actividades di-rigidas ao público.A comunicação de actividades para inte-grarem a programação geral deverá ser efectuada on-line, até ao dia 5 de Março, devendo as entidades interessadas con-tactar com a DGPC através do endereço email [email protected] ou dos telefones 213 614 248 / 246 (DGPC/DDCI), para ob-tenção dos dados necessários de acesso.

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esRECONSTRUÇÃO DA IGREJA DE S. JOÃO BAPTISTA DE CAMBAS

A candidatura para comparticipação da obra de conservação e restauro da Igreja de S. João Baptista de Cambas, efetuada pelo Gabinete Técnico do Município de Oleiros no âmbito do sub-programa 2 do Programa Equipamentos Urbanos de Uti-lização Coletiva, ao abrigo do despacho MCOTA n.º 7187/2003, publicado em 11 de abril, foi aprovada em 70%. O projeto de 73.000 euros vai ser financiado em 51.100 euros, conforme informação da Secretaria de Estado da Administração Lo-cal.Recorde-se que este templo assumiu a fun-ção de Igreja Matriz até meados do século XX, tendo sido simultaneamente sede do priorado de S. João Baptista de Cambas, ligado diretamente à Casa Real. Pertenceu durante alguns anos à diocese da Guarda, sendo considerada na altura a mais rica de todas as suas igrejas. Situado muito próximo do Rio Zêzere, o imóvel evidencia grande antiguidade e

riqueza, realçadas no interior pelo esplen-dor do espólio que apresenta, como é o caso dos oito painéis de azulejos moçárabes do séc. XVI, do majestoso altar-mor em talha dourada, das representações de S. João Baptista e S. Sebastião em pedra, do riquíssimo sacrário em talha, do púlpito em madeira policromada rematado na base pela emblemática figura popularmente de-signada “carranca do púlpito”, já para não falar das imagens de pedra da Santíssima Trindade e de S. Brás ou da emblemática imagem do Sagrado Coração de Jesus.Na sequência da realização de obras de conservação no edifício, ao nível de facha-das, paredes interiores e escadaria exterior e ao nível das suas madeiras, nomeadamente com a reconstrução do tecto e do coro, esta intervenção compreende a realização obras de conservação e restauro ao nível do altar-mor e dos altares laterais, das grades do baptistério, da pia baptismal, do púlpito e de duas telas. Fonte: C.M. Oleiros

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ades PONTE DE LIMA ORGANIZA

CONGRESSO INTERNACIONALNa semana da inauguração do 11º Fes-tival Internacional de Jardins, o Município de Ponte de Lima organiza em parceria com a International Federation of Parks and Recretion Administration (IFPRA) e a Associação Espanhola de Parques e Jar-dins Públicos o Congresso Mundial da World Urban Parks, o 9º Congresso Ibero-Americano de Parques e Jardins Públicos, de 26 a 30 de maio.Em simultâneo realiza-se a Feira de Es-paços Verdes de Ponte de Lima 2015.É um conjunto de eventos sem paralelo, em que a temática dos espaços verdes atinge um ponto alto na notoriedade de Ponte de Lima nesta área.Para uma maior divulgação, publicamos o link de acesso a toda a informação dis-ponível sobre o evento.

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I TRAIL RUNNING ARQUEOLÓGICOO Museu da Casa Grande e a sua Tutela, a Associação Cultural Desportiva e Rec-reativa de Freixo de Numão, realizam no dia 15 de Março de 2015 o “I Trail Run-ning Arqueológico”, um novo evento no calendário de atividades da instituição. Esta ação pretende ser mais um argumen-to de valorização dos sítios arqueológicos (Castelo Velho, Minas de Volfrâmio, Ruí-nas Romanas do Salgueiro e do Zimbro II, Calçada Romana, Moinho das Regadas e Prazo) que compõe a área de atuação do museu.Para além de realçar o vasto e rico património cultural de Freixo de Numão, destacar-se-á também as soberbas paisa-gens do Alto Douro.

Neste evento decorrem em simultâneo duas provas competitivas – Trail Longo e Trail Curto – e ainda um Percurso Pedestre.

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1ª EDIÇÃO DOS PRÉMIOS AHRESP VAI DISTINGUIR OS MELHORES DA RESTAURAÇÃO, HOTELARIA E TURISMOA Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal apresentou a 1ª edição dos Prémios AHRESP, que se re-alizará em maio, uma iniciativa inédita no setor que vai distinguir as melhores Empre-sas, Instituições, Estabelecimentos, Marcas e Profissionais que se destacaram nas áreas da Hotelaria, Promoção Turística e Restau-ração, em 2014. A apresentação contou com a presença do Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes.“É muito importante que a AHRESP tenha criado esta iniciativa, que será certamente um forte incentivo e apoio às novas ideias, aos novos negócios e às novas empresas, que são quem deve ter o maior destaque, porque são quem melhor recebe os turistas e quem os faz querer voltar a Portugal. Há uma geração que está a aparecer e está a mudar a forma e o valor deste setor. É por isso que espero que seja uma tarefa muito, mas mesmo muito difícil, atribuir estes pré-mios, porque é sinal que há muitas boas iniciativas a distinguir” afirma o Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, que integra a Comissão de Honra, juntamente com outras personalidades ilus-tres do setor, como o Secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathi-as, o Presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, o Presidente da CTP, Francisco Calheiros e o Presidente da AHRESP, Comendador Mário Pereira Gon-çalves, que vai validar a eleição e atribuir, diretamente, as categorias “Portugueses lá fora” e “Personalidade do ano”.As restantes categorias “Conceito Marca”, “Entidade Regional de Turismo”, “Programa de Divulgação de Oferta Turística”, “Produ-to ou Serviço do Ano”, “Empreendedor do Ano”, “Sustentabilidade Ambiental”, “Pro-

jeto de Solidariedade” e “Contributo para a Defesa da Gastronomia como Património Nacional” serão decididas através de vo-tação online no microsite premiosahresp.pt, onde os verdadeiros utilizadores do canal HORECA, os portugueses, poderão votar nos nomeados, que serão apresentados em conferência a decorrer em Março. A Dra. Ana Jacinto, Secretária-Geral da AHRESP, salienta que “É uma iniciativa de carácter inovador, muito pela forma como abrange toda a cadeia de valor, colocando grandes e pequenas empresas no mesmo patamar, o que permite uma maior transversalidade. Esta é a grande mais-valia! Contudo, a es-colha de premiar empresas, estabelecimen-tos, marcas e profissionais não é um acaso, mas sim a apresentação de exemplos ideais daquilo que deve ser feito. A AHRESP quer reconhecer e partilhar as boas praticas, para que possam inspirar outros empreendedores a trilhar o mesmo caminho”.Os Prémios AHRESP 2015 contam com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presi-dente da República. Estão também as-sociados como Main Sponsors Recheio Cash&Carry, Sagres, Luso, Sumol+Compal, Galp Energia, Delifrance, Delta e Sociedade Ponto Verde.

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PROJETO CAMINHAR COM VIDA

A Câmara Municipal do Sabugal informa todos os interessados de que durante este ano de 2015 colocará em prática o projeto “Caminhar com vida”, cujo objetivo central é pro-mover passeios pedestres pelas oito Pequenas Rotas concelhias, incentivando a comuni-dade à prática de atividade física de maneira permanente bem como à visitação do nosso belíssimo património natural e construído.

São os seguintes os objetivos específicos desta iniciativa:- Incentivar a comunidade a adotar hábitos saudáveis;- Incentivar à prática da caminhada orientada;- Proporcionar uma atividade de qualidade e orientação para a prática correta;- Melhorar a qualidade de vida dos participantes com hábitos saudáveis;- Possibilitar a participação de toda a família.- Visitar/reviver o património natural e construído do concelho.

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Porque caminhar pelas Pequenas Rotas e muito mais do que um exercício físico, incluímos algumasatividades comple-mentares, a saber:

1.Concurso de fotografia ao longo das nossas caminhadas (de cariz facultativo) – O Concurso de Fotografia tem como ob-jetivo dar a possibilidade aos participantes de retratarem o momento por meio de uma foto original, deixando-se levar pelas paisagens, pelos rios, pelos monumentos históricos e pelos mistérios da beleza natu-ral deste nosso Concelho. Será também o testemunho da vivência das rotas e uma forma de as promover junto de outros, através da imagem. (consulte regulamento)

2.Caminhadas guiadas por técnicos com formação específica na área temática de cada rota - Todas as caminhadas con-tarão com um Guia com formação numa área específica (Arqueologia, Geologia ou Biologia), em função da temática de cada Percurso Pedestre. Pensamos que nas rotas guiadas a relação entre guia e caminhan-tes é a alma de uma boa rota em que a sua principal característica é o estabeleci-mento de um canal de comunicação e uma relação afetiva entre o intérprete, os cami-nhantes e o “lugar”.

3.Conceito “Caminhadas Júnior” - Este con-ceito baseia-se na realização de um peque-no percurso, dimensionado em função da resistência das crianças, parcialmente coin-cidente com a Pequena Rota, ao longo do qual serão desenvolvidas atividades lúdicas para crianças entre os 6 e os 12 anos. Esta atividade está sujeita a inscrição prévia com um máximo de 20 crianças e será sempre acompanhada por 2 técnicos da área de desporto. Só podem participar na cami-nhada Júnior as crianças cujos responsáveis participem na caminhada base do mesmo dia e que estejam devidamente identifica-das na ficha de inscrição.Para colocar este projeto em prática, a Câmara Municipal conta com os parcei-ros certos, todas as Juntas de Freguesia do território atravessado pelas Pequenas Rotas bem como a Associação Transcudânia.As inscrições são individuais ou em família. Pode inscrever-se já clicando aqui, onde en-contrará informação mais detalhada sobre o “Caminhar com vida” nomeadamente o manual, o calendário previsto, dados sobre cada percurso e fichas de inscrição bem como o regulamento do concurso de foto-grafia. Fonte: C.M. Do Sabugal

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DESTINO: SERRA DA ESTRELA

ROTA DA LEVADA E DOS

SOCALCOS – CABEÇATexto e fotografia: Grupo 100atalhos

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EM PLENA SERRA DA ESTRELA ENCONTRAMOS A ALDEIA DE CABEÇA, UMA PITORESCA ALDEIA DE XISTO SITUADA NO SOPÉ DA SERRA DA ES-TRELA, LOCAL REPLETO DE ENCANTOS E HISTÓRIAS QUE VALE A PENA DESVENDAR. A TRADIÇÃO E A IDENTIDADE DESTA ALDEIA ESTÁ MUITO ASSOCIADA AO CULTIVO DOS CAMPOS EM SOCALCO E À PASTORÍCIA.

Rota dos Socalcos em direcção ao sitio da Várzea, onde se encontra um conjunto de campos agrícolas delimitados por muros de pedra destinadas à guarda do gado, bem como uma mancha de belíssimos centenári-os castanheiros, azereiros e salgueiros.A partir da Várzea, o percurso regressa no-vamente à ribeira de Loriga, seguindo pelo vale da ribeira das forcadas em direcção à magnifica ponte do Porto e à Cabeça.

“A Aldeia de Cabeça é também a primeira Aldeia Led do país – designação atribuída pelo investimento em medidas de eficiência energética evidentes ao nível da iluminação pública. Esta intervenção despertou e cons-ciencializou os habitantes da aldeia para uma maior responsabilidade ambiental e consequentemente uma maior preocupação na valorização e promoção dos valores liga-dos à economia do baixo carbono.”

Este percurso com cerca de 10 Km, leva-nos mais uma vez à descoberta das ma-gníficas paisagens que circundam a aldeia de Cabeça, tendo como base a Rota da Levada (já por nós realizada) e a Rota dos Socalcos.

Iniciámos este percurso no largo da Cape-la de N.ª Sra. da Nazaré na Aldeia da Ca-beça, seguindo depois um pequeno trilho que nos leva até à levada comunitária. O trilho prossegue por entre campos agríco-las, pinhal, palheiras de xisto e de velhos moinhos, tendo sempre como som de fun-do a água que corre na ribeira. Atraves-sando a ponte do Serapitel, e já na outra margem da Ribeira, seguimos o trilho em direcção novamente à aldeia da Cabeça.Chegando ao local do Poço da Ponte somos contemplados por um imponente sobreiro centenário que se destaca do pinhal envolvente, daqui seguimos pela

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FICHA DO PERCURSO

Designação: Rota da Levada e dos Socalcos – CabeçaTipo: CircularDistância: 9,7 kmSinalização: Parcialmente sinalizadoTrack de GPS: http://www.100atalhos.com/cabeca21122014.php?dir=cabeca21122014&pagina=10&Id=

INFORMAÇÕES ÚTEIS

B.V. Seia: 238 310 310B.V. Loriga: 238 953 255G.N.R. Seia: 238 310 300G.N.R. Loriga: 238 953 152

Grupo: www.100atalhos.com

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UMA “AVENTURA” NA SERRA DA ESTRELA...

CAMINHADA POR CALDAS DE MANTEIGAS - NAVE DA MESTRA

- CANDEEIRA - CALDAS DE MANTEIGAS

Texto e fotografia: José Carlos Callixto / http://porfragasepragas.blogspot.pt/

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Depois de vários dias cinzentos e de chuva (que incluíram o “funeral” de umas bo-tas...), ao quinto dia no “retiro” de Vale de Espinho a Primavera fez-se anunciar um pouco antes do equinócio. Perto dos Fóios, a atmosfera límpida deixava ver, a leste, a imponência da Serra de Béjar coberta de neve; e da estrada para o Sabugal, para ocidente, a Serra da Estrela como que apelava para alguma “aventura”, até porque a relativa proximidade de Vale de Espinho nunca foi “devidamente” aprovei-tada. E o apelo levou-me a viver, a solo, talvez uma das caminhadas mais duras de quantas fragas e pragas já percorri… O vale da Candeeira há muito que cons-tituía, na Serra da Estrela, uma das zonas que ambicionava conhecer. Tanto com os “meus” Gaspar Correia, em Outubro de 2011, como no MegaTransect de Setembro de 2012, a panorâmica sobre o vale da

Candeeira criara a ambição de o percorrer, subindo ou descendo a partir do vale do Zêzere, sensivelmente a meio do percurso também já várias vezes feito daquele impo-nente vale glaciar. E se, ao vale da Cande-eira, pudesse associar o chamado caminho dos Covais, que acompanha a meia en-costa a margem esquerda do mesmo vale do Zêzere … melhor ainda. Como sempre, a primeira fase foi o estudo das cartas e de tracks de outros “peregrinos” das serras. O jovem dinamizador da empresa Trilhos de Ideias, com quem em Setembro de 2013 atravessei a Serra, deu-me igualmente umas dicas importantes … com grande pena de não ter disponibilidade para me acompanhar. E assim, pouco passava das cinco e meia da manhã quando saí de Vale de Espinho, sozinho, em direcção à vila de Manteigas, a “capital” da Serra da Estrela. O Sol nascia sensivelmente às 7:00h …

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Cascatas da Barroca das Lameiras

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e poucos minutos depois das 7 estava a começar a caminhar! Deixando o carro em Caldas de Manteigas, dali comecei logo por subir a bom subir para a Estra-da dos Covais, um troço de corta mato acompanhado pelo som da Barroca das Lameiras, cujas águas de quando em vez se soltam em espectaculares cascatas. Já na antiga estrada florestal, a densidade do denso pinhal deixa perceber, por entre a miríade de troncos altaneiros, que me estava a afastar de Manteigas, tanto em distância como em altitude. A uma curva da estrada surge a Casa Florestal dos Co-vais … ou o que dela resta, abandonada no tempo e na incúria dos governos, como infelizmente todas as suas seme-lhantes por esse país fora. Aos 1200 metros de altitude, junto à pon-te sobre a Barroca de Porto Novo, inicia--se a subida vertiginosa para a Nave da Mestra. A estrada dos Covais continua

para sul, mas, inacabada, termina no Bar-ranco dos Covões. Também um dia gostava de explorar esse troço e eventuais vias para dali descer ao vale do Zêzere, ou subir para o Fragão da Risca e Nave da Mestra.Dos 1200 aos 1500 metros de altitude anda--se sensivelmente 1km; inclinação média de 30%...! A subida é cansativa mas espectacu-lar. Para trás, lá no fundo, vai ficando o vale do Zêzere. Para a frente começa a desenhar-se a imponência das partes altas da serra … e começa a aparecer neve! O desnível suaviza um pouco, mais 100 metros e estou na Laje do Gamão. À minha frente está o geodésico do Curral do Martins, à esquerda percebem-se já os blocos graníticos da Nave da Mestra, a 1640 metros de altitude.A neve abunda já por todo o lado … mas ainda não fui obrigado praticamente a pisá--la. No entanto reparo, ao aproximar-me, que a própria fenda da Nave da Mestra, que já atravessei por duas vezes … está agora obs-

Casa Florestal dos Covais

Panorâmica sobre Manteigas e o vale do Zêzere

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truída pela neve, completamente fechada! Eram 11 horas quando cheguei à casa da Nave da Mestra. Tinha levado quase 4 ho-ras para percorrer 6 quilómetros! Há muito que não me sabia tão lento...Reza a história que um juiz, o Dr. Matos, construiu ali a sua casa de férias em 1910. A construção foi concretizada pela mão-de-obra vinda de Manteigas em cima de mulas, ajudada por macacos hidráulicos utilizados para levantar as pedras gigantes, incluindo aquela que faz de telhado à casa. Agora, a quantidade de neve acumulada junto à casa era enorme, constituindo uma autêntica barreira e cobrindo grande parte dos acessos! Com o Sol, o degelo fazia brilhar de água os poucos espaços de ter-reno não cobertos de branco.A partir da Nave da Mestra tinha duas opções: uma, mais curta, seria pelo geo-désico do Piornal, sempre para sul, direito à Lagoa da Candeeira. Mas além de ter

uma descida abrupta mais longa e, eventual-mente, difícil, perderia a parte superior do vale da Candeeira. A outra opção foi-me aconselhada pela Trilhos de Ideias: mais longa, da Nave do Gamão subiria até próxi-mo do geodésico do Cume, para apanhar a Candeeira desde o seu começo, vigiado pelo Fragão do Poio dos Cães. Optei por esta últi-ma; embora receoso da quantidade de neve que iria encontrar mais acima, dava-me mais confiança o conselho da Trilhos de Ideias do que o percurso seguido por um desconhe-cido.Embora já a pisar neve, da Nave do Gamão até próximo do Cume a progressão foi-se fa-zendo sem problemas. Num dia de eleição, as panorâmicas eram sublimes, tudo à minha volta era sublime! O vale da Candeeira ia-se começando a perceber, para lá do Covão do Ferro; para sul já se via também a Torre; e para leste, lá muito ao fundo … lá estavam as alturas também alvas de Béjar!

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Laje do Gamão, 1600 metros de altitude

A chegar à Nave da Mestra, 1650 metros

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Laje do Gamão, 1600 metros de altitude

A chegar à Nave da Mestra, 1650 metros

A maior altitude desta “aventura” atingi-a junto ao Fragão do Poio dos Cães, 1860 metros … mais de mil metros acima das Caldas de Manteigas. E comecei a descida para o vale da Candeeira… e que desci-da…! Sem neve, será uma descida exi-gente mas perfeitamente acessível … com neve a coisa é diferente … principalmente para quem não é adepto de “aventuras” na neve.... Como me lembrei do Monte Per-dido Extrem! Como me lembrei da descida de Tucarroya para o lado francês…! Na Candeeira, tinha felizmente a sorte de a neve ser fresca, fofa, não tendo ainda pas-sado a gelo, mas mesmo assim … foi um pouco “aventuroso”. Abençoei a hora em que me lembrei de levar os crampons, que até ali não tinham sido necessários; sem eles, ali, penso que teria sido obrigado a voltar atrás e rumar à Torre, onde ten-taria arranjar uma boleia para Manteigas.

E mesmo com crampons, alguns troços de descida foram feitos … de traseiro no chão e travando com os calcanhares na neve e as mãos atrás, a auxiliar a travagem! Não convinha ir parar à Candeeira depressa de-mais...Do início da descida à Lagoa do Peixão de-morei uma hora … e daí ao vale uma hora e meia. Duas horas e meia para percorrer … menos de 3km! Quando olhava para trás … mal acreditava de onde tinha vindo…! A sensação, contudo, era de “perdido” naquele mundo de rocha, água e neve, soz-inho … levando-me o pensamento algures para as aventuras de Heinrich Harrer...! A Lagoa do Peixão estava praticamente con-gelada superficialmente e só na encosta norte do vale – portanto exposta a sul e ao Sol – não havia neve … fazendo-me pensar se não teria feito melhor em vir pelo Piornal e descer essa ladeira, embora vertiginosa.

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Na Nave da Mestra, junto à casa do Dr. Matos

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Nave do Gamão, vista dos Azimbres (1700m alt.)

Subida da Nave do Gamão ao Cume

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Subida da Nave do Gamão ao Cume

Pouco depois das quatro da tarde estava a 1400 metros de altitude, junto ao abrigo da Candeeira. Ao longo do vale ainda havia neve, mais espaçada, mas misturada com a muita vegetação, o que fazia com que por vezes o que parecia firme não o fosse … e me enterrasse até aos quadris…! O trilho perde-se aliás na vegetação, levando a que quando não era a neve a oferecer resistência … me visse envolvido no mato que por vezes me cobria. Mas a Lagoa da Candeeira lá surgiu finalmente, já perfeita-mente líquida e reflectindo as encostas que a rodeiam.Às quatro e meia comecei a descer da Lagoa da Candeeira para o vale do Zêzere. Neve já não havia … mas a exigênciado percurso continuou a ser grande, pela grande quantidade de pedra solta, de todos os tamanhos e feitios. Mais uma vez o Monte Perdido Extrem veio-me à memória, desta vez pela última e fabulosa etapa, na descida do Colado de Añisclo para Pineta. Muito menos desnível agora, claro, mas também um autêntico teste a “nuestras rodillas”, sempre a descer e a fazer equilibrismo de pedra em pedra. E quase logo quando se começa a descer … surge a imponente Cascata da Candeei-ra, infelizmente já à sombra, mas apesar disso espectacular. As águas da ribeira da Candeeira precipitam-se ali para o vale do Zêzere, em leques e saltos sucessivos, num espectáculo natural só visível … por quem

anda por fragas e pragas…Passava pouco das cinco e meia quando cheguei ao Zêzere, no pontão de madeira que recebe quem vem da Candeeira … ou de uma “aventura” na Serra. Tinham sido 16 quilómetros de “aventura” … mas falta-vam-me ainda 5 quilómetros para Caldas de Manteigas, embora já em terreno fácil e meu conhecido. Iria já terminar ao lusco fusco, abençoando a hora em que decidi começar ao nascer do Sol. Mas como todos os “diabos” têm sorte … uns 500 metros depois da ponte de madeira passa por mim um carro de carga, com dois ocupantes que tinham ido tratar dos terrenos no vale alto do Zêzere … e foi assim com eles que regressei a Caldas de Manteigas, pela es-trada, percorrendo em 10 minutos o que, a bom ritmo, me levaria no mínimo uma hora...!De regresso a Vale de Espinho, para trás fi-cou a Serra da Estrela e mais esta “aventu-ra” por fragas e pragas. Provavelmente com a Trilhos de Ideias, hei-de um dia voltar ao vale da Candeeira, para melhor apreciar a cascata e a grandiosidade do vale … mas sem neve e sem andar “perdido” no meio do mato, à procura do trilho.... Foi contudo, sem dúvida alguma, uma “aventura” fabu-losa! Poderia chamar-se mesmo … “Uma Aventura na Serra da Estrela”, como no ro-mance de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada...

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Torre à vista! Fragão do Poio dos Cães, no início da descida para o Vale da Candeeira

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Lá em baixo está a Lagoa do Peixão... gelada!

O imponente vale da Candeeira abre-se aos meus pés...

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Lá em baixo está a Lagoa do Peixão... gelada!

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Lagoa da Candeeira

Cascatas da Ribeira da Candeeira

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FICHA DO PASSEIO

Local: Serra da EstrelaDistância: 21,27 kmTipo: CircularGrau de dificuldade: DifícilDuração: 10 h 42mAltitude Mínima: 809 mAltitude Máxima: 1859 mTempo de Subida: 04h30mTempo de Descida: 03h 38m

Track de GPS: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=6281647

Quase a acabar a “aventura”, a chegar ao pontão de madeira que atravessa o Zêzere

Quase a acabar a “aventura”, a chegar ao pontão de madeira que atravessa o Zêzere

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UMA “AVENTURA” NA SERRA DA ESTRELA...

SERRA DA ESTRELAMANTEIGAS - TRILHOS VERDES

Crónica: António José Soares / http://coimbrasantiago.blogspot.pt/

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PARA ALÉM DO MANTO BRANCO QUE É HABITUAL APRESENTAR EM ÉPOCAS MAIS FRIAS, A SERRA DA ESTRELA, NAS SUAS MÚLTIPLAS VERTENTES, OFERECE UMA DIVERSIDADE PAISAGÍSTICA NOTÁVEL.A RIQUEZA DE FAUNA E FLORA, AS CAMBIANTES DA MORFOLOGIA ENTRE AS ENCOSTAS QUE SE ESTENDEM PARA ALÉM DO MACIÇO CENTRAL, SÃO ELEMENTOS QUE PELA SUA RARIDADE E BELEZA NOS CONVIDAM, SÓ POR SI, A CONHECER AS INÚMERAS ROTAS PEDESTRES, ALGUMAS TAMBÉM ACESSÍVEIS A BICICLETAS.

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“Manteigas Trilhos Verdes” é um sítio onde podemos encontrar informação útil e es-clarecedora para percorrer um conjunto apreciável de rotas e demais curiosidades sobre uma região tão vasta e atraente. As-sim, fomos conhecer.

CORES DE OUTONO NA ROTA DAS FAIASBem a propósito, a Ana Cristina e o Joaquim Tavares, dois filhos de Manteigas a residir em Coimbra, amigos das pedaladas por mais que uma vez efectuaram o convite a conhecer melhor a Serra, estendido igual-mente aos amigos José Botelho e Telmo Pe-

drosa.Deste modo, no dia 1 de Novembro de 2014, Sábado, o grupo de conimbricenses ruma à Serra da Estrela, onde nos aguar-dava o Joaquim Tavares e o sobrinho, Francisco Moreira, jovem nado e criado em Manteigas, que nos guiaria num ex-celente passeio de bicicleta, aproveitado para uma jornada de fotografia, captando as cores de Outono, numa das vertentes da Serra da Estrela virada a Manteigas, a Rota das Faias. Mais do que caracterizar ou dar a conhecer um trilho, o nosso objec-tivo foi usufruir, dos cheiros da montanha, da beleza da paisagem, enfim, do simples

A viagem de Coimbra, no automóvel do Telmo Pedrosa decorreu sem problemas, apenas com duas paragens para instantes fotográficos. Na descida para Manteigas saímos da EN 232, no cruzamento para o Covão da Ponte após estacionada a viatura junto à Cruz das Jugadas, iniciámos os preparativos para a jornada.

O Francisco Moreira guiou-nos pela “Rota das Faias” vegetação abun-dante e diversificada, paisagens fulgurantes, em conjunto com a pastorícia, proporcionam um passeio perfeito para quem deseja conhecer a serra e as suas gentes.

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prazer da observação da natureza e, não menos importante, do convívio.Após a captação de uma bateria de ima-gens, onde os recantos de São Lourenço foram esquadrinhados quase minuciosa-mente, descemos até ao posto de vigia, para podermos apreciar a magnificência do vale glaciar, a vista sobre Manteigas, bem como o bosque das faias.Concluído o passeio pela Rota das Faias regressámos à Cruz das Jugadas. O tempo ainda permitiu uma incursão pelo vale até ao Covão da Ponte, por uma estrada de terra, entre terrenos agrícolas e de pas-torícia. O local é paradisíaco, com o rio Mondego a espelhar as núvens, reprodu-

zindo aguarelas de tonalidades fantásticas e variadas. O recanto merece indubita-velmente uma visita mais pormenorizada, para desfrutar em época mais amena.Subindo por uma estrada em asfalto, de re-gresso à Cruz das Jugadas, seguiu-se uma incrível e veloz descida, pela EN 232, até Manteigas.Aqui chegados, conhecemos a hospitali-dade e a arte de bem receber dos nossos anfitriões, que nos brindaram com uma excelente e saborosa refeição, a que não podia faltar o gostoso queijo e os famosos biscoitos de Manteigas. Uma deliciosa jor-nada, sem dúvida.

Ainda mal tínha-mos começado e logo a primeira boa surpresa, nada mais que uma paragem forçada pelo re-banho do Tó “Querido”, mediático pastor da Serra da Estrela, personagem simpática e peculiar. A conversa ainda durou alguns minutos mediante olhar atento do seu jovem e afável canzarrão.

Na companhia de tão afável amigo, aprovei-támos para a fotografia de grupo, captada pelo nosso jovem guia.

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Dirigi-mo-nos para a Capela de São Lourenço, lugar de culto de reminiscências pagãs, relacionadas com a adoração das árvores e do Sol.

São Lourenço, a uma altitude de cerca de 1200m, oferece-nos uma perspetiva magnânima sobre as ser-ras que se estendem até Espanha. Em primeiro plano surge a cumeada da Lomba das Cancelas, que limita a Beira Alta da Beira Baixa, e o Cabeço da Azinheira.

Majestosos e ancestrais carvalhos rodeiam a Capela de São Lourenço, a profusão de cores originada pe-las folhas caídas brindam-nos com uma tela sublime.

Posto de vigia de incêndios de São Lourenço, local de importância estratégica.

Olhar sobre a vila de Manteigas, o Outono, tímido, ainda não oferecia as cores que procurávamos.

À entrada do bosque das Faias a predominância de folhas caídas a criar o contraste entre o castanho e o verde da copa das árvores, com este ainda a prevalecer. Um verdadeiro regimento de fotógrafos, de fina água, aprontavam as máquinas, agora todos os pormenores contam.

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Em cima: A densa floresta de faias, plantada pelos Serviços Florestais de Manteigas no início do século XX, dá o nome à rota, identificada com o número PR 13 MTG. O cenário é sublime, o gosto de caminhar ou pedalar por este trilho é verdadeira-mente incrível.

Em baixo: Deixando para trás o bosque das faias, o trilho continua rodeado por outras espécies arbóreas características do local, como giestas, castanheiros e pinheiros-do-Oregon. Na imagem, ainda que pouco percetível, é possível ver entre a vegetação, o Joaquim Tavares e o José Botelho.

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www.lobodomar.net

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FESTIVAL DO CABRITO EM OLEIROS

lo XIII. Este prato confecionado exclusi-vamente em Oleiros é ainda mencio-nado pelo primeiro ocidental a chegar ao Tibete, o Oleirense Padre António de Andrade, no séc. XVII e no séc. XIX é ainda referido por Alexandre Dumas. Considerado um prato ecuménico, este é também conhecido como “o Cabrito da Paz”, uma vez que na sua origem era consumido igualmente pelas três religiões descendentes do profeta Abraão, ou seja, por cristãos, judeus e muçulmanos.Em pleno séc. XXI o Cabrito Estonado é rei em Oleiros e continua a fazer su-cesso. Para degustar esta iguaria origi-nal, in loco, na sua origem, em terras beirãs, o Município de Oleiros sugere uma vinda ao concelho, nos dois fins-de-semana do período pascal, onde tem para oferecer um prato histórico a todos quantos adiram a mais um Festi-val Gastronómico. Já sabe, marque já na sua agenda.

O Cabrito Estonado de Oleiros, um prato medieval que desde sempre uniu os povos, volta a atrair todas as atenções para o Concelho, nos dias 28 e 29 de março e 4 e 5 de abril, com a 7.ª edição do Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho. Recorde-se que esta é uma forma de assar cabrito genial e com uma lon-ga história, cuja primeira referência aparece num livro de receitas árabe do Al-Andaluz e do Magrebe, no sécu-

SKYNA HOTELS NA BTL 2015O Skyna Hotels, cadeia hoteleira que vai internacionalizar-se com a abertura do Skyna Hotel Lisboa, anuncia a sua estreia na 27ª edição da BTL – Feira de Turismo de Lisboa, nos dias 25 de fevereiro a 1 de março de 2015. A ca-deia hoteleira vai estar no stand 2C21 no Pavilhão 2 e convida a conhecer as vantagens que o Skyna Hotel Luanda e o novo Skyna Hotel Lisboa – a estrear dia 1 de março com festa de inaugu-ração dia 23 de abril – têm para ofere-cer a empresários e turistas.

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A LAMPREIA DE VALENÇA ESTÁ À SUA ESPERA EM 23 RESTAURANTES

A Lampreia do Rio Minho, considerada a melhor do mundo, apresenta-se em destaque à mesa em 23 restaurantes de Valença, durante os fins de semana de fevereiro e março.Em Valença será possível saborear as múltiplas formas de confecionar e apre-sentar o prato rei desta temporada, numa aposta forte de 23 unidades de restauração locais.Valença promove os sabores genuínos da lampreia do rio Minho, considerada pelos gastrónomos e bons garfos a me-lhor do mundo.Pescada artesanalmente, sobretudo nas comunidades de pescadores de São Pe-dro da Torre e Cristelo Côvo, nas reda-

das, é confecionada nas unidades de restauração locais que apuram segre-dos seculares da arte de a confecionar e apresentar.Esta é, também, uma oportunidade, para (re)descobrir os encantos de Va-lença, numa época repleta de ani-mação cultural e recreativa.Ponto alto na animação, destes dois meses, serão os “Sabores da Lampre-ia”, a maior mostra gastronómica da região, que decorrerá entre 20 e 22 de março, na comunidade piscatória va-lenciana de São Pedro da Torre.

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gaNa Versão paga por apenas 1€ terá acesso aos seguintes artigos:

- CAMINHADA POR TORRES VEDRAS- PORTUGAL VISTO DO CÉU:Castelo de Lanhoso- PORTFÓLIO: PALÁCIO DA PENA

(veja nas páginas seguintes como

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Nº. 25

Nº. 20 Nº. 21 Nº. 22 Nº. 23

passearsente a natureza

byNº. 24 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)

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Caminho Português Interior de Santiago

(1ª Parte)PR6 VLR Rota das Conheiras

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