Revista Mosaico - Artigo Sobre Perfins Do Brasil
-
Upload
rubens-bulad -
Category
Documents
-
view
217 -
download
1
Transcript of Revista Mosaico - Artigo Sobre Perfins Do Brasil
8/19/2019 Revista Mosaico - Artigo Sobre Perfins Do Brasil
http://slidepdf.com/reader/full/revista-mosaico-artigo-sobre-perfins-do-brasil 1/4
MOSAICO 14 - JULHO 95
SUMÁRIO
3 - EDITORIAL
Algumas publicações estão redivivas; almeja-se, agora, sua consolidação definitiva. Por outro
lado, percebe-se a existência dealguma força contrária aocrescimento da f il atelia, traduzido
por relatório fantasioso e vazios de boas intenções.
5 - OS MÚLTIPLOS DE D.PEDRO - 3 PARTE
Em continuidade à publ icação do t rabalho de levantamento e cata logação 110 múltiplos
exis tentes da sér ie D.Pedro - ABN Co, Paulo Comelli apresenta-nos, neste número, o estudo
do 50 réi s (Pico tados e Percês), uma das jóias filatélicas de nosso per íodo imper ia l.
19- URSS: A DEGRADAÇÃO DE UM GIGANTE
Dr. Ruben Kley, com a competência que lhe é peculiar, brinda-nos com uma pesquisa histórica
e atual, com objetivos f ila té li cos, sobre a colcha de reta lhos étn icos exi st en te e nas vár ias
repúblicas em que se transformou a ex-União Soviética.
30 - JORNADA COM LAUDELI DE ÁVILA SANTOS
Jornalista Fila té lico dos mais apaixonados, que um dia sonhou em dirigir os destinos da
associação que o congregava , revela sua v isão, como Presidente da ABRAJOF, sobr e a
filatel ia brasi leira e os diversos aspectos que envolvem sua divulgação.
35 - PERFINS DO BRASIL
Estudioso da matéria, Roberto João Eissler, percorre os detalhes que escondem os mistérios
destes pequenos furos encontrados em alguns selos brasi leiros.
39 -
À
PROPÓSITO DOS DECALQUES
Marcos Boaventura de Souza, no campo de sua especia lidade prof is sional, esc larece como
ocorre este erro de impressão duran te o processo de fabr icação dos selos.
43 - OS VERTICAIS FALSOS
Tradução de Paulo Comell i do art igo publicado no The Stamp Specia li st - Coral Book, de
1943, cujo Editor e ra o H. L. Lindquist.
46 - RI.P.NEWS
As preocupações da FIP com as fal si ficações, imi tações , reparos e car imbos melhorados
encontrados nas diversas coleções expostas em certames mundiais por ela promovidos.
49- VILA RICA'95 - UM SHOW DA JUVENTUDE
A Câmara Brasi leira de Filatel ia resgata a Filatel ia Juvenil Brasi leira e em especial o esforço
dos muitos que a ela dedicam o melhor de suas vidas. Foi um verdadeiro show da garotada
amante da arte de colecionar selos.
58 - PÁGINA DAABRAJOF
Notícias da Associação Brasi leira de Jornalismo Filatél ico na palavra de seu Presidente.
63 - REGULAMENTOS DA FILATELIA TRADICIONAL
Tradução do texto original em inglês sobr e as or ientações e r ecomendações da FIP com
relação à este tipo de colecionismo. .
67 - PRESSNEWS
O vai-e-vem do mundo da f il at el ia, aqu i e láfora. O que ocorreu e vai ocorrer de importante.
75 - VENDA SOB OFERTA (MINI-VENDA)
A Câmara oferece aos seus sócios a possibi lidade de encontrar o que fal ta em suas coleções.
1
8/19/2019 Revista Mosaico - Artigo Sobre Perfins Do Brasil
http://slidepdf.com/reader/full/revista-mosaico-artigo-sobre-perfins-do-brasil 2/4
MOSAICO 14 - JULHO 95
recentemente o SrKoesten
não estão entre
nós. Estas obras verdadeiros patrimônios
filatélicos fruto deanos depesquisas correm
o risco de perderem-se seja pelo des-
conhecimento da maioria dosfilatelistas de
sua existência se ja pela falta de acesso às
bibliotecas de alguns c lubes f ilaté licos
sempre trancadas à sete chaves. Como a
ABRAJOF poderia ajudar a conservar e
mais importante manter viva esta memória?
informações de como funcionavam os
Correios, através dos avisos e portarias
internas, decretos e regulamentos, em
qualquer época que seja?
MOSAICO:
Laudeli fim de papo final da
entrevista.
O
espaço é todo seu para uma
última mensagem.
LAUDELI: Inicialmente, quero manifestar
minha preocupação com o futuro da fila-
telia se a ECT não extinguir o selo CF
(Comprovante de Franqueamento) . Impe-
dindo a circulação dos selos comemorativos,
o CF nada mais é que a pena de morte da
filatelia. Sempre combati
o CF por vê-l o como o
pior inimigo da filatelia.
Em seguida, quero tomar
público minha admi-
ração pelo entusiasmo
dos abnegados dirigentes
das entidades filatélicas,
dosjornalistas filatélicos
e dos colecionadores
brasileiros. Não podemos
nem devemos esquecer a
participação dos Comer-
ciantes nes te contexto.
Citar nomes seria incorrer numa injustiça de
esquecer alguém. Sem este s entusiastas, a
filatelia certamente já teria se extinguido. Por
fim, agr adecer à MOSAICO pela opor tu-
n idade de tornar públicas minhas idéias e as
atividades da ABRAJOF.
A história dos Correios
está espalhada por várias
Bibliotecas Públicas,
Arquivos, um cem
números de relatórios
de diversos ex-Ministérios
e a própria ECT
não a conhece.
A outra metade do problema estaria
soluc ionado com maior apoio à pesquisa
e levantamento dos dados informativos
do Correio Brasileiro para atender aos
estudiosos e escri tores da matéria. A história
dos Correios está espalhada por várias
bibliotecas, arqu ivos, por um cem números
de rela tó rios de diversos ex-Minis térios e a
própria ECT não a conhece. A compilação
destes dados é um trabalho hercúleo e a
ECT tem obrigação, no meu modesto ponto
de vista, de ajudar e em uma fase Posterior
de publicá-Ios. A filatel ia brasi leira carece
de fonte de pesquisas e parece fàltar
sensibilidade aos dirigentes ecetistas para o
problema. Como fazer Fil atel ia sem dados e
i
fi
11
34
PERFINS NO BRASIL
MOSAICO 14 - JULHO 95
~ respeito dos perfins brasileiros temos
'....•• diversas informações publicadas na
literatura filatélica, entretanto muitas lacu-
nas ainda devem se preenchidas..
Até o presente momento, apenas alguns
artigos trouxeram reproduções das
perfur ações. Pretendemos apresentar ao
leitor, quando possível, o selo com o
respectivo perfin, podendo analisar o
diâmetro dos furos, altura do perfin,
espaçamento entre as letras, etc. Apesar que,
na reprodução, pode haver alguma perda.
A expressão PERFIN é originária da jun-
ção das letr as das palavra s ~for ated
iniciais . Curiosamente sobre os selos
brasileiros existem apenas perfurações de
letras , das quais uma em forma de
monograma. Em outros pa íses, além das
letras, encontramos desenhos , números
e outras formas.
No Brasil, são conhecidas apenas onze firmas
comercia is que uti li zaram, ou obtiveram
licença, para perfurar os selos. Artigo algum
que possuo refere-se às máquinas uti lizadas,
nem onde foram perfurados.
UNlTED SHOE MACHINERY COMPANY
(US/MC)
~
·
·
·
l
·
.
·
,
o
,
I
, I
·
. ,
·
,
,
.
(Foto 1 • Venda por
ofertas C. Neumann-
10/12/94 - s elo RHM-
C-I 55).
LAUDELI: Por não dispor de sede própr ia
a ABRAJOF nada pode fazer, a não
ser sugerir e lançar idéias para um debate
entre todos os interessados. Evidentemente
que a primeira provi-
dência seria os Clubes I
1
organizarem o uso da
Biblioteca. O problema
maior, assim o vejo, é
conseguir que os
eleitos para os cargos
de bib liotecár ios t raba-
lhem e este jam à dispo-
sição dos sócios dos
clubes, pelo menos, em
horár ios pré-a justados e
divulgados entre os
1
I
associados. Isto fei to;
metade do problema estaria resolvido.
<
Roberto João Eisssler (MCBF)
O aspecto onde foram per furados é
interessante, pois o perfin da fil ial brasi leira
da multinacional United Shoe Machinery
Company, ou seja, a Companhia United Shoe
Machinery doBrasil (USIMC), é exatamente
o mesmo da matr iz de Bos ton.
O que leva à dúvida de que os selos brasi leiros
teriam sido levados aos Estados Unidos para
serem perfurados. Ou será que uma máquina
(nova ou usada) teria sido trazida para o
Brasil?
O parên teses jus ti fi ca-se pelo fato de haver
dois perfins diferentes USIMC de Boston
Quem, no Brasil, perfurava os selos?
É
improvável a existência de uma pessoa ou
casa comercia l que perfurava os selos para
as empresas. Caso as próprias empresas
tivessem realizado estas perfurações, talvez
ainda exi stam tais máquinas ou pelo menos
o histórico delas.
Ainda a respeito do perfin US/MC dos
Estados Unidos, cada uma das sucursais, no
total de 15, possuem perfins parecidos, que
diferem apenas em uma ou duas perfurações
(pontos) em posições diferentes, indicando a
procedência.
A filial desta multinacional, em Barcelona,
na Espanha, t ambém perfurou os seus selos
para correspondência, todavia, este perfin é
completamente distinto dos demais.
Desconheço perf ins USIMC sobre selos de
out ros paí ses em que esta companhia possu i
ou possuía filiais.
No Brasil, são encontrados no período de
1942 a 1949.
8/19/2019 Revista Mosaico - Artigo Sobre Perfins Do Brasil
http://slidepdf.com/reader/full/revista-mosaico-artigo-sobre-perfins-do-brasil 3/4
MOSAICO 14 - JULHO 95
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO
(BNU)
(Foto 2 - coleção
doau to r - se lo
RHM-0-218).
:::
: : : : : i : :
~~
O perfin BNU, do Banco Nacional
Ultramarino, além de ser encont rado sobre
selos de Portugal, é também encontrado
sobre selos do Brasil. Possuo em minha
coleção dois envelopes de Portugal com
perfins B.N.U., um dejunho de 1924 e outro
de dezembro de 1980. Eles não são nem o
mais antigo, nem o mais recente sobre selos
de Portugal.
No boletim postal de novembro de 1916,
consta:
Autorizaçãopara picotar sel/os. Directoria
Geral dos Correios - Sub-Dtrectoria do
Expediente -recção - Circular
n
49/2 -
Rio de Janeiro
7
de novembro de 1916.
Em additamento à minha circular n 24, de
2 dejulho do annopassado declaroqueficou
extensiva às Filiaes do Banco Nacional
Ultramarino emSãoPaulo Santos SãoSal-
vador da Bahia Recife Pará e Manaos a
autorização para picotar seI/os com as
iniciaes B.N. U. Saúde efraternidade. ODi-
rector Geral Cami llo Soares. Sr.
Administrador dos Correiosdo Estado d...
(a autorização é de 1915 - n024 - e o
aditamento de 1916).
Apesar da autorização explicitar B.N.U. (com
pontos separando as le tras) conhecemos
apenas BNU (sem pontos). A confusão, de
com e sem pontos, deve ter ocorrido devido
ao perf in do Banco em Portugal ser B.N.U.
(com pontos).
No Brasil, encontramos estes selos no período
de 1915 a 1955. Sobre selos da Grã-Bretanha,
encontramos o perfin BN/U, conhecido
apenas sobre a emissão de George V.
DANNEMANN & CIA
(D e)
( Fo to s 3 e 4 -
Coleção Amo
Mãrtin - selos
RHM-C-9 ~
RHM-0-85).
.
o
.
·
~••
.
.
O perfin D&C da tradicional fábrica de
charutos Dannemann & Cia, de São Felix
(BA), reproduzido aqui, foi originalmente
publicado no Boletim
n
3 do Clube Filatélico
eNumismático deJaraguá do Sul, com outros
detalhes, e é t ido como ext remamente raro.
São conhecidos poucos exemplares.
A licença para picotar os selos dada à
Dannemannn & Cia, através da circular n?
I,édatada de 11dejaneiro de 1911, conforme
Boletim Postal, dejaneiro de 1911.
INTERNACIONAL HARVEST Co. (lHe)
,.\
.
•
•
·
•
·
·
•
· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·
· ,
•
•
·
..
. . . . .
· .
.
....
·
... .
.
.. .
·
·
. . . . . .
.
. .
....
: : e _
:
- .
.
. ..
:
: : e _
..
....
:
e _
.
I
(Fotos 5 - Coleção do autor - selos RlIM-O-226.
36
Foto 6-
Coleção
do Autor-
seloRHM-
0-238.
Através da literatura sabemos da existência
de perfins da Internacional Harvest Co. sobre
selos do Canadá e Inglaterra, mas ainda não
conhecemos. Desta maneira ficamos
impossibilitados de
compará-Ios
aos
brasileiros.
O perfin IHC, desta empresa, na Argentina,
é muito semelhante ao encont rado sobre os
selos brasileiros. As diferenças são ospontos,
ora acima, ora abaixo das let ras, para cada
uma das sucursais. Existe a perfuração IHC
sobre selos de diversos países, ser ou não ser
da Internacional Harvest Co. é uma questão
que ainda carece de pesquisa em catálogos
especializados.
No Brasil, encont rados noperíodo de 1930 a
1953, conhecemos dois tipos:
Tipo I - com espaçamento de 11 mm entre
os furos inferiores; da filial doRio de Janeiro.
Tipo 11- com espaçamento de 8 mm entre os
furos inferiores; da fil ial de São Paulo.
ZERRENNERBULLOW & Cia. (ZB/ CO
Empresa de São Paulo adquirida pela Cia
Antártica Pauli sta. Encontrado muito
raramente sobre a emissão D. Pedro
1 1
Barba
Preta Picotados, sendo conhecido sobre o
200 rs (até agora conhecido apenas 1 selo).
Mais comumente conhecidos sobre a emissão
MOSAICO 1 4 - JULHO 95
Percê, de 1876 (exceto o 500rs), e sobre a
emissão Barba Branca, de 1878/79 (exceto
700rs e o 1.000rs).
.: . : : . : ..
.
.....
( Fo to 7 , 8 e 9 -Col eç ão
Paulo Comelli - selo
RHM-I- 28, 32, 40)
,. .
o
. . . • . .
,
. . . .
,
....
.
. . . .. .
,
: ~.
. .
.. .
.: : : . : : :,
. .
.
o
0-
. :~ :: /
:., , ,
: E : : :
.... :. .:
SCHILL & Cia. (S&C - monograma)
. . .•
o
.
.
.
. .
-.
.
... ..•
.
.
.
.
. .
. . •
.
:
. . . . .
(Foto 10-
Ilustração do
Brasil Filatélico
n 205/206)
Esta empresa obteve autorização para
perfura r selos a través da Circular 22 - E/I
a -
RJ, 30 de abril de 1926 e pela Portar ia 527-
E/P - RJ, de 4 de maio de 1926. Os poucos
exemplares existentes são conhecidos sobre
os selos da série Vóvó
Cia. ARMOUR DO BRASIL ?)
Segundo a circular 6/2
a
, de 22 de janeiro de
1921, a Cia. Armour do Brasil, obteve
autorização para perfurar seus se los. Nela
consta:
Comunico -vos para os devidos jins que
deferio requerimentoem que a Compannhia
Armour do Brasil com sede em São Paulo
pede a autorizaçãopara perfurar
à
machina
os seI/os que forem por el/a applicados em
sua ccorrespondência. Saúde efraternidade.
37
8/19/2019 Revista Mosaico - Artigo Sobre Perfins Do Brasil
http://slidepdf.com/reader/full/revista-mosaico-artigo-sobre-perfins-do-brasil 4/4
M OSAICO 14 - JULHO 9 5
- O
Director Geral Clodomiro Pereira da
Silva. Sr. Administrador dos Correios do
Estado d...
Até hoje não foi encontrado um exemplar
sequer com a perfuração que pudesse
identificar esta companhia. Na Inglaterra,
temos o perfin A&C, sobre selos do rei
Eduardo VII até George V, identificado como
sendo da Armour & Co. Ltd., London EC.
Também são conhecidos sobre as emissões
de George V até Elizabeth lI, o perfin
AMF , da Armour & Co. Ltd., London
ECl.
Haveria alguma l igação entre esta Armour
Co. Ltd. e a Cia. Armour do Bras il?
BROMBERG
Cia (B&C)
. . . .
.
. ..
.
. .
•• * , , - •
.. .
:
(Foto Ii -
Ilustraç ão do
Brasil Filatélico
n 2 512 6
Empresa de Porto Alegre que teve rumorosa
falência decretada nos recentes anos 70.
(PB/ & CO ?)
Empresa desconhecida. Existe um exemplar
sobre selo de 100 réis, de 1984 (Madrugada
Republicana), com carimbo de Descalvado.
G.F.D.
:
.
:..
:.
:-:
:
.
..
.
.
..
(Foto 12-
Ilustração do
.Brasil Filatélico
1Ul0 205\206)
Empresa desconhecida.
LEITE NUNES & IRMãOS
Empresa de Porto Alegre. A literatura
menciona que esta empresa obteve
autorização para perfurar selos, mas não
indica a data desta autorização. Não são
conhecidos selos com esta perfuração.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do Emissário n?
4,
do último
tr imestre de 1993, not ic iou-se a descoberta
deum novo perfin sobre selo do Bras il , pelo
Dr. Armando Ribeiro. No entanto, sobre este
perfin (AS/C&/SP), nada mais foi comentado
nas publicações seguintes, nem sua
identificação, nem se foi encontrada nos
boletins postais uma autorização para
perfurar selos de uma empressa que pudesse
identificá-Io.
Poderia se r es te perfin da Cia Armour, com
sede em São Paulo?
Ainda hápara falar sobre os selos da VARIG.
Aquelas perfurações poderiam ser
consideradas como pref ins? Per fin or not
perfin ...
Bibliografia:
- Seleções Filatélicas n? 53. 1953.
. - Brasi l F ilatélico n? 205/6. 1983.
- Se llos Pos taes Perfor ados de Ia Repub lica Ar-
gentina. Walter B. L. Bose. 1985.
- Revista Temática n 120. 1991.
- Catálogo Histórico dos Selos do Império do
Brasil. Marcelo Studart. 1991.
- Catálogo de Perfuracionnes Clasicas y Modernas
en los Selos de Correos de' Espana. Florentino
Pérez Rodríguez. 1992 .
- The Tomkins Catalogue of Identified G.B.
Perfins. 1993.
- Bolet im n 3 do Clube Filatélico e Numismático
de Jaraguá do Sul. 1993.
- O Emissário n 4. 1993.
- Boletins Postais diversos.
38
MOSAICO 14 - JULHO 95
À PROPÓSITO DOS DECALQUES
á dizia nosso amigo e vice-Presidente
da Câmara, Mário d' Alcântara: O
filatel is ta é antes de mais nada um colecio-
nador de artes gráficas . Sim, o Mário foi
bas tante fel iz em sua afi rmação. Devemos
admitir que em nosso meio, frequentemente,
nos esquecemos disso e acabamos por deixar
um pouco de lado o estudá técnico das
emissões postais. Assim como todo trabalho
gráfico, o selo também está sujeito a uma série
de problemas técnicos durante o seu processo
de fabricação, seja na fase de impressão ou
pré-impressão.
A estes problemas, os filatelistas constumam
nomear de variedades ou curiosidades .
E aqui devemos abri r um parênteses a fim de
demarcar melhor esta distinção. São
consideradas variedades , as diferenças
Fig.1
=Marcos Boaventura de Souza (MCBF)
ABRAJOF266
encontradas em um mesmo selo,
provenientes, na maioria das vezes, de
emissões ou tiragens diferentes, tais como:
t ipos diferentes de papel , mais-de um tipo
de denteação, mais de um tipo de filigrana,
inclusive a filigrana de sutura e selos
impressos sem denteação (quando exis ti r
o mesmo selo
denteado
Já as curiosidades
s ituam-se mais no campo das esquisitices
postais caracterizadas pelos defeitos de
fabricação ocorridos em uma mesma emissão,
que também são chamados de acidentes de
impressão , tai s como: fal ta de uma ou mais
cores; denteações parciais ou deslocadas;
decalques; tr ansparências; impressão do
lado da goma; deslocamentos de cores;
impressão dupla; pliês; orelhas; variações
na tonalidade de uma mesma cor;
sobrecargas duplas,
triplas
e as invertidas;
Fig.2
39