Revista Jubileu

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1761-2011

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Revista Jubileu

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“DESDE O INÍCIO EU ESTAVA DETERMINADO A CHEGAR À POSIÇÃO MAIS ELEVADA POSSÍVEL, PRODUZINDO O QUE HÁ DE MELHOR NO MUNDO INTEIRO.”

Barão Lothar von Faber em uma carta a seu irmão Eberhard, 31 de maio de 1869 Fa

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Editorial

Prezados amigos da Faber-Castell,

Este livro consagra um fato incomum - o 250o aniversário da empresa. A Faber-Castell é uma das mais

antigas indústrias do mundo e atualmente é dirigida pela oitava geração da família que a fundou. Hoje

é líder mundial na fabricação de lápis de madeira refl orestada, oferecendo também uma variada gama

de produtos para escrita, desenho e desenvolvimento criativo, bem como produtos cosméticos.

Nós os convidamos a recordar os 250 anos da história da companhia e do mundo, caracterizada por

épocas boas, novas investidas e crescimento econômico, como também por tempos difíceis em que teve que

enfrentar e superar revolução, guerras e crises econômicas.

Meu tataravô, Lothar von Faber, foi um dos pioneiros a oferecer artigos com marca e quem perpetuou

o nome da empresa no século XIX. Ao criar sua própria marca registrada, Lothar estabeleceu um novo

padrão que se tornou um parâmetro não apenas para a sua linha de produtos, mas também para as gerações

que mais tarde conduziram a companhia: “Desde o início, estava determinado a chegar à posição mais

elevada possível, produzindo o que há de melhor no mundo”.

Quando da reestruturação estratégica da Faber-Castell no início do século XIX, os princípios

de Lothar von Faber como os principais valores da marca ressurgiram. Um fator continua sendo decisivo

na história de sucesso da Faber-Castell: a singularidade dos produtos, com benefícios facilmente identifi -

cáveis e que claramente nos distingue da concorrência. A coleção Graf von Faber-Castell é exemplo vivo

disso.

Como conseguimos manter nossa história de sucesso? Simplesmente trabalhando com muita paixão,

tentando descobrir o que os consumidores querem e satisfazendo seus desejos, ao mesmo tempo que nos

mantemos fi éis ao nosso lema que continuará a ter a mais alta prioridade no futuro de nossa empresa: fazer

coisas comuns extraordinariamente bem.

Espero que apreciem a leitura deste livro histórico.

Atenciosamente

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Conde Anton Wolfgangvon Faber-Castell

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Índice

6 Oito gerações As três primeiras gerações – Kaspar,

Anton Wilhelm e Georg Leonhard Faber

12 Lothar von Faber (4a geração) – sua vida e seu trabalho

18 Com golfi nhos & camelos A importância da embalagem

20 Wilhelm von Faber (5a geração) – os cruéis golpes do destino

26 Conde Alexander von Faber-Castell (6a geração) – surgem um grande nome

e uma grande marca

36 A Casa Castell De conselheiro da coroa a empreendedor

42 Conde Roland von Faber-Castell (7a geração) – 50 anos de mudanças

52 Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell (8a geração) – conduzindo a empresa

desde 1978

54 Os principais valores da marca Faber-Castell como companheira para toda

a vida

56 Áreas de competência Brincar & Aprender, Escrever & Marcar,

Premium, Art & Graphic

66 Instrumentos a criatividade Vincent van Gogh, Carl Barks, Paul Klee,

Oskar Kokoschka, Neo Rauch, Karl Lagerfeld

76 A Coleção Graf von Faber-Castell Simplesmente um luxo

82 Cosméticos Faber-Castell Fabricante de produtos para a indústria

de cosméticos

Dos álbuns de famíliaAlguns relances às paginas

22, 30−34, 46−49, 51 e 118

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86 Um fabuloso esquema de cores A unidade de produção de Geroldsgrün

90 De Stein para o mundo O grupo internacional Faber-Castell

96 Da árvore ao lápis Em harmonia com a natureza

101 A Carta Social de Conduta Faber-Castell

102 O Castelo Faber-Castell Um autêntico vislumbre do estilo de vida

de uma época passada

112 Fazendo coisas simples extraordinariamente bem Conversando com o Conde Anton Wolfgang

von Faber-Castell

118 Tradição e futuro

Opiniões e comentários da unidade de produção de Stein

e nossos livros de visitantes às páginas

10, 24, 41, 50, 100 e 110

EditorialPublicado por: Faber-Castell AG

Responsável pelo conteúdo:Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

Redação: Sandra Suppa

Diretor de Edição: Antje Röder

Equipe Editorial:Dr. Siegfried Bloß, Ulrike Hammad, Kathrin Hecht, Dr. Renate Hilsenbeck, Edith Luther, Antje Röder, Pia Vogel

Gerente de Produção: Stefan Kendl

Design e layout:Pia Vogel, vogelsolutions.com

Fotos e Ilustrações:Archiv A.W. Faber-Castell, Frank Boxler, Jairo Cantarelli, Gareth Davies, Faber-Castell Cosmetics, Fürstlich Castell’sches Archiv, Fürstlich Castell’sche Bank, Kamila Gaj, Galerie EIGEN + ART, Ralf Hanisch, Christiane Haumann-Frietsch, Friedrich Hewicker, Georg Hohenberg, iStockphoto, Frantzesco Kangaris, Karmann Medienproduktion, Karl Lagerfeld, Elke Mayr, Fee Meisel, Musées de la Ville de Strasbourg, Steidl Verlag, Marc Sullivan, Sandra Suppa, Van Gogh MuseumAmsterdam, Venturelli, VG Bild-Kunst/Bonn 2010, Vincent van Gogh Foundation, Pia Vogel,Wolf-Dietrich Weissbach, álbums da família Faber-Castell

Gabinete editorial:Faber-Castell AG, Nürnberger Straße 2 D-90546 Stein/NürnbergTel.: +49-911 9965-0, Fax: +49-911 9965-5586

Capa: Pia Vogel

Produção:Verlag Kendl + Weissbach Publikationen, Würzburg

Impresso por: Stürtz GmbH, Würzburg

Todos os direitos autorais e outros direitos desta publicação, ou de parte dela, são reservados. O uso ou a reprodução, especialmente em formato impresso ou como fotocópia, microfi lme e o armaze namento em meio ótico ou eletrônico, exige o consentimento por escrito da Faber-Castell AG.

www.faber-castell.de

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Oito gerações

Georg Leonhard Faber 1788-1839

Lothar von Faber 1817-1896

Wilhelm von Faber 1851-1893

Kaspar Faber 1730-1784

Anton Wilhelm Faber 1758-1819

“QUANDO ALGUÉMDESEJA PRODUZIR OU CRIAR ALGO,ISSO PRECISA ESTARPRIMEIRO EM SUA CARNEE EM SEU SANGUE…,

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Barão Lothar von Faber em carta a seu irmão Eberhard, em 31 de maio de 1869

Conde Alexander von Faber-Castell 1866-1928

Conde Roland von Faber-Castell 1905-1978

Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell Nascido em 1941

“EM OUTRAS PALAVRAS,A PESSOA TEM DE TER TUDOO QUE É NECESSÁRIOPARA CRIAR ALGO DENTRO DE SEU PRÓPRIO EU…”

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1a geração 1761-1784

Kaspar

A primeira prova documental de pro-

dução de lápis na cidade imperial

de Nuremberg data aproximada-

mente do ano de 1660. Mas inú-

meros artesãos também tin ham se

estabelecido nas pequenas cidades e vilas vizinhas,

principalmente em Stein, perto da cidade, no mar-

quesado de Ansbach. Eles não fi cavam submetidos

às rígidas regras de Nuremberg que governavam

suas atividades, portanto, tinham maior liberdade.

O marceneiro Kaspar Faber (1730–1783) come-

çou também a fazer lápis. Inicialmente, ele traba-

lhou para comerciantes locais. Porém, mais tarde,

passou a fabricar lápis por conta própria. Ele foi

tão bem-sucedido que logo abriu sua própria em-

presa.

Após a morte de Kaspar, seu fi lho Anton

Wilhelm (1758–1819) assumiu os negócios, que

já havia crescido a um nível respeitável. Ele adqui-

riu um terreno nos limites de Stein, com uma ofi ci-

na que, poucos anos depois, transformou-se em

uma próspera fábrica. O local ainda abriga a sede

da empresa A.W. Faber-Castell. Poucos anos antes

de morrer, Anton Wilhelm, cujas iniciais são pre-

servadas no nome da empresa, passou-a às mãos

de seu único fi lho, Georg Leonhard. A transferên-

cia foi registrada em documentos ofi ciais, sendo

a empresa designada como fábrica de lápis.

Georg Leonhard Faber (1788–1839) deu

continuidade à atividade, mesmo em tempos

difíceis, tanto política quanto economicamente,

quando os negócios decaíram. Os lápis ingleses

eram líderes de mercado porque o grafi te extraído

no país, principalmente no condado de Cumber-

land, era protegido por rígidas leis que proibiam

sua exportação. Barreiras alfandegárias impediam

o livre comércio nas províncias da Alemanha

(ainda um país desunifi cado) e aqui os desenvolvi-

mentos técnicos não haviam acompanhado o ritmo

dos avanços dos países vizinhos. Os lápis Faber

ainda eram feitos utilizando-se métodos conven-

cionais, embora o francês Nicolas Jaques Conté já

tivesse inventado um novo processo para pro duzir

as minas.

Vista de Stein, gravura de J.C. Volkamer (Nürnbergische Hesperiden, 1708)

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2a geração 1784-1810

Anton Wilhelm

3a geração 1810-1839

Georg Leonhard

Georg Leonhard percebeu que os estudos

e a experiência no exterior seriam decisivos para

o futuro da empresa. “Aprenda tudo quanto

puder, não importa o quanto custe, pois vale a

pena”, ensinou ele a seus fi lhos. Enquanto seu

fi lho mais novo, Eberhard, estudava direito, seus

irmãos Lothar e Johann viajavam. Impressionado

Prédio da empresa – aquarela de Georg Christoph Wilder, por volta de 1830

Georg Leonhard Faber

pela atmosfera cosmopolita de Paris e Londres,

Lothar desenvolveu as ideias que elevariam a fá-

brica a uma categoria internacional nos anos que

se seguiram.

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Nana Mouskouri | Cantora | Grécia

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Caloroso abraço poresta magnífi ca comemoraçãoe muitas felicidades.

Nana Mouskouri

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BarãoLothar von Faber

Após a morte de Georg Leonhard Faber

em 1839, seu fi lho Lothar assumiu a fá-

brica de lápis de Stein. Depois de adqui-

rir experiência prática nos grandes centros comer-

ciais de Paris e Londres, aos 22 anos de idade ele

conduziu a completa modernização dos negócios

da família, sempre tendo em mente seu am-

bicioso objetivo de “chegar à posição mais eleva-

da possível, produzindo o que há de melhor no

mundo”.

Desde o início, priorizou a qualidade de seus

produtos: “Na época, tive de enfrentar a poderosa

concorrência de Paris… Portanto, precisava pen-

sar em como superar a concorrência ao longo

dos anos. A melhor forma sempre é a qualidade

dos produtos…”. E, na verdade, em muito pouco

tempo ele conseguiu produzir lápis de excelente

qualidade, imprimindo neles o nome da empresa.

Foi assim que surgiu o primeiro instrumento de es-

crita com marca comercial. Sua ideia de acrescen-

tar “fabrique fondée en 1761”, chamando atenção

para os muitos anos de tradição familiar como si-

nal de qualidade e confi abilidade, também foi uma

ação inusitada naqueles dias. Em 1847, Lothar

casou-se com Ottilie Richter, que lhe deu grande

4a geração 1839-1896

critório de vendas em Nova York. A partir de 1855,

Lothar desenvolveu uma ampla rede de distribui-

dores, os quais con trolava de Paris. Outra brilhante

iniciativa do empreendedor foi a aquisição, em

1856, dos direitos exclusivos sobre os minérios

extraídos de uma mina da Sibéria, que produzia

o melhor grafi te do mundo na época – um compo-

nente importante para a fabricação de lápis de qua-

lidade. Em 1861, ele implantou uma uni dade para

a fabricação de lousas em Geroldsgrün, ao norte

da Baviera que, no século XX, tornou-se uma

das maiores produtoras de réguas de cálculo do

mundo.

Nesse ínterim, a marca “A.W. Faber” fi cou

famosa, sendo frequentemente falsifi cada. Por

esse motivo, em 1874, Lothar entrou com uma

petição para que as marcas comerciais fossem

protegidas por lei. Portanto, foi o precursor des-

sas leis na Alemanha. Foi também cofundador

do Museu do Comércio da Baviera (1869), hoje

o Instituto Regional do Comércio da Baviera;

do Seguro de vida de Nuremberg (1884), hoje

o bem- sucedido Nürnberger Insurance Group.

Lothar também demonstrou ser um empreendedor

de gran de responsabilidade social. Seus projetos

sociais foram considerados tão exemplares que

o imperador francês Napoleão III enviou uma

de legação de especialistas a Stein em 1867 para

conceder a Lothar o título de Chevalier of the

Légion d’Honneur.

Em 1862, Lothar von Faber recebeu o título

vitalício por suas contribuições sociais e ao mun-

do dos negócios, e, em 1881, ele foi elevado à no-

breza hereditária. Em 1891, foi nomeado con-

selheiro imperial do trono da Baviera, cujo título

também era hereditário.

Baronesa Ottilie von Faber

apoio enquanto ele cuidava dos negó-

cios. Seu único fi lho, Wilhelm, nasceu

em 1851.

Contrariamente aos costumes da

época, Lothar von Faber não quis de-

pender de representantes. Assim, via-

jou por toda a Europa, conquistando

sua própria carteira de clientes. Com

grande presciência, reconheceu a im-

portância futura do mercado norte-

americano e, já em 1849, abriu um es-

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Marcos históricos, 1839-1896

1839 – As ofi cinas de produção são

modernizadas para que se “tornassem claras

e arejadas, levando em conta a saúde dos

trabalhadores”.

1844 – Lothar dá provas de ser um empregador progressista. Cria um plano

de saúde e, logo após, um banco de poupança e de fundo de pensão para seus

funcionários. Constrói moradia para os trabalhadores, oferecendo-lhes também

apoio fi nanceiro para a sua educação, bem como creche para seus fi lhos.

1849 – Lothar von Faber abre uma

subsidiária em Nova York e entra no mercado

norte-americano. Lá, a partir de 1843,

a empresa foi representada por uma agência.

1856 – Lothar von Faber adquire os

direitos aos minérios extraídos de uma mina

da Sibéria, assegurando a melhor qualidade

do grafi te.

1851 – As colônias britânicas são abaste-

cidas pela recém-fundada subsidiária

de Londres. As rotas de comércio se estendem

para a Índia, a China e o Japão, a Austrália

e a América do Sul.

1855 – As linhas de negócios internacio-

nais convergem para a Casa Faber, na elegante

metrópole de Paris. “Agora é de Paris que

a fábrica e seus produtos dominam o mundo.

Estrangeiros de todos os países civilizados

do mundo vêm a Paris e veem os produtos

feitos nas fábricas, ao passo que raramente

chegam a Stein.”

1861 – Lothar von Faber funda a fábrica

de lousas na vila de Geroldsgrün, não muito

longe de Hof, ao norte da Baviera.

Caneta e lápis retráteis da Rainha Maria Sofi a das Duas Sicílias

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1861 – A empresa já existe há 100 anos.

Emprega 250 pessoas e conquistou posição

fi rme no mercado internacional.

Um vicariato foi aberto em Stein por inicia-

tiva de Lothar von Faber. Sua generosa

contribuição fi nanceira também possibilitou

a construção de uma igreja na cidade.

1861 – A A.W. Faber abre uma fábrica perto de Nova York para oferecer

lápis ao mercado norte-americano sem ter de importá-los. É presidida pelo irmão

mais novo de Lothar, Eberhard Faber (fi leira da frente, terceiro da direita para

a esquerda).

1870 – A A.W. Faber é a quinta empresa

a requerer o registro de marca nos Estados

Unidos. Como as quatro primeiras empresas

hoje não existem mais, a Faber-Castell é,

portanto, a mais antiga marca comercial

do país, tendo sido mais tarde registrada na

Rússia, no Reino Unido, na Itália, na França

e na Espanha.

1862 – Ao longo dos anos, Lothar von

Faber recebe muitas honrarias e prêmios

por seus excelentes serviços à comunidade.

Em 1862, o Rei Maximiliano II, da Baviera,

concede-lhe o título de Barão Lothar von

Faber e, três anos mais tarde, é nomeado

conselheiro da Coroa da Baviera.

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1881 – A fábrica de tintas e corantes é fun-

dada em Noisy-le-Sec, nos limites de Paris.

1875 – A lei de proteção às marcas comer-

ciais entra em vigor na Alemanha. Lothar von

Faber sente-se compelido a tomar medidas

legais contra as imitações baratas de seus

produtos.

1874 – O escritório de St. Petersburg

torna-se uma base ainda mais importante para

os produtos A.W. Faber. A rede de vendas

criada por Lothar von Faber agora cobre

“todo o mundo civilizado”.

1880 – Lothar von Faber sempre deu muita

importância à apresentação exclusiva de seus

produtos. Ele decora o interior das lojas

e as vitrines com muita atenção aos detalhes,

não poupando nem energia nem recursos

fi nanceiros. Esta arca de apresentação

é elaboradamente decorada com incrustações

e imagens de metal fundido.

1884 – Com a criação do império alemão

em 1871, Berlim se transforma em uma

impor tante metrópole. A A.W. Faber é repre-

sentada na nova capital e, em 22 de março

de 1884 (Dia do Império), inaugura imponen-

tes instalações projetadas pelo arquiteto

Hans Grisebach, na elegante Friedrichstrasse.

1879 – O irmão mais novo de Lothar,

Johann Faber, funda a sua própria indústria

de lápis em Nuremberg.

Marcos históricos, 1839-1896

1891 – O Barão Lothar von Faber

é nomeado “conselheiro hereditário da coroa

da Baviera”, um cargo de honra na câmara

superior do parlamento da Baviera, que lhe

permite exercer alguma infl uência política.

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1892 – O arquiteto da corte

de Maxi miliano II, rei da Baviera, Friedrich

Bürklein, construiu o Antigo Castelo para

Lothar von Faber por volta de 1848. Seus tra-

balhos realizados em aproximadamente 1892

completam a prestigiosa mansão erguida em

um extenso gramado. Sua fachada combina

elementos dos estilos gótico e renascentista.

HOJE – O banco de se-

guro de vida de Nuremberg,

que posteriormente tornou-se

The Nürnberger Insurance

Group, é fundado em 1884,

por iniciativa de Lothar von

Faber. Hoje, a torre onde

se situa a sede do Insurance

Group é considerada

um marco de Nuremberg,

assim como o Castelo

de Nuremberg.

250 Anos Faber-Castell 17

1899 – Em 19 de junho, um monumento que

o conselho municipal mandara esculpir é inaugurado na

frente da igreja de Stein em memória de Lothar

von Faber, um cidadão de respeito da cidade que faleceu

em 1896. A fi gura de bronze de tamanho real é obra

do escultor Johann Rössner. Muitos habitantes de Stein

participaram da cerimônia.

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Com golfi nhos e camelosRótulos litografados

Londres, 1o de maio de 1851: ao som do hino

nacional, a Rainha Vitória assumiu o trono

no centro do grande átrio do Hyde Park, um

sonho feito de vidro e aço. Centenas de milhares

de espectadores se eglomeravam para ver a famí-

lia real, mesmo que de relance. A primeira Feira

Mundial havia se iniciado. E suas dimensões eram

enormes, em uma área de quase 90 mil metros

quadrados, 17 mil participantes de 28 países de-

monstraram seus produtos. Antes de se encerrar,

em outubro, esse imenso espetáculo havia atraído

mais de 6 milhões de visitantes.

Lothar von Faber fi cou admirado: “Em 1851,

a ideia absolutamente brilhante do Príncipe

Albert tornou-se realidade: uma grande exibição

internacional em Londres, do tipo que jamais vi

antes em qualquer parte do mundo. Os produtos da

fábrica local também tinham de estar lá, é claro.

Até ganharam uma medalha de expositor”.

Os mais modernos produtos de todo o mundo

estavam reunidos no recinto de exposição, teste-

munhando o rápido progresso dessa era. Obvia-

mente, Lothar inspirou-se na imensa variedade

de artigos. Ficou impressionado com as novas

embalagens, que apelavam a um desejo recente-

mente surgido nos clientes. “… Vi rótulos em

relevo na exposição, não em lápis de outros fa-

bricantes, mas em itens não relacionados com

nossos produtos. Eles dão uma impressão muito

melhor do que nossos rótulos, delicadamente feitos

com ouro e prata.”

Lothar imediatamente colocou a ideia em

prática e fez com que “os mais belos e brilhantes”

rótulos fossem produzidos para a sua melhor linha

de produtos, a Polygrades. Esse nível de atenção

não foi dado apenas à embalagem, mas também às

faturas, aos papéis de carta e às listas de preço da

empresa. Além disso, a data de fun dação da com-

panhia também foi gravada: Fábrica estabelecida

em 1761, “um excelente endosso” para a empresa.

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Nos anos seguintes, os estojos dos lápis da

A.W. Faber também foram decorados com temas

atraentes, que confi rmavam, já naquela época,

o quanto a companhia estava se voltando para

o mercado internacional.

As litografi as coloridas faziam referência

ao país a que se destinavam: um beduíno montan-

do em um cavalo, moças japonesas em seus ele-

gantes quimonos, uma idílica gravação das mar-

gens do Nilo, etc. Animais típicos das diferentes

re giões, antílopes, avestruzes e cangurus, também

eram motivos populares; sem contar a locomotiva

a vapor, que foi utilizada como referência países

distantes.

Hoje, a empresa ainda dá grande importân-

cia à alta quali dade de suas embalagens, catálogos

e rótulos.

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250 Anos Faber-Castell20

5a geração, 1877-1893

BarãoWilhelm von Faber

Wilhelm era o único fi lho de Ottilie e Lothar von Faber. Lothar não tinha dúvida de que seu fi lho

assumiria os negócios: “E tenho certeza de que ele seguirá meus passos e continuará realizan-

do um bom trabalho, com o mesmo espírito”.

A fi m de prepará-lo para seu futuro papel, fez com que Wilhelm adquirisse experiência em viagens

para a França e Itália, assim como obtivesse treinamento profi ssional na Suíça. Ele chegou à empresa

aos 18 anos idade. Assumiu posição gerencial em Paris cinco anos mais tarde, tornando-se signatário auto-

rizado da companhia em 1876.

Nesse mesmo ano, casou-se com sua prima Bertha, a fi lha mais velha de

Eberhard Faber. Ottilie, a mais velha de suas três fi lhas, nasceu em 1877. Um

fi lho a seguiu. Nasceu em 1880 e recebeu o nome de Lothar. Esperava-se que

um dia ele fosse a sexta geração da família a conduzir os negócios. Mas não

foi isso o que aconteceu. Aos três anos, o jovem Lothar contraiu uma doença

grave, vindo a falecer. O segundo fi lho do casal, Alfred Wilhelm, nascido em

1886, sucumbiu à escarlatina em 1890.

Wilhelm von Faber nunca conseguiu superar essas tragédias e tornou-

se depressivo. Retirou-se para o sua adorada casa de caça onde faleceu em

27 de junho de 1893, algumas poucas semanas antes de seu 42o aniversário.

O velho Lothar e a empresa que se esforçara tanto para construir fi caram sem

um herdeiro varão. O destino desfechara um duro golpe à família von Faber.

Estátua de mármore em memória de Wilhelm von Faber e seus fi lhos Alfred e Lothar, que faleceram ainda na infância

Os fi lhos de Wilhelm von Faber: Lothar (à esquerda) e Alfred Wilhelm

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Do álbum de famíliaAs fi lhas do Barão Wilhelm von Faber e Bertha Faber

Baronesa Bertha von Faber com a Condessa Ottilie (em pé) e a Condessa Sophie (1896)

Condessa Ottilie von Faber-Castell (à direita) com sua irmã, a Condessa Hedwig (por volta de 1902)

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Do álbum de famíliaA mansão de Schwarzenbruck e a casa de caça de Dürrenhembach.

Na mansão de Schwarzenbruck, fi nalizada em 1886, Lothar von Faber e sua família passavam apenas os meses de verão. Ele gostava de convidar várias pessoas para passear no romântico vale de Schwarzach e pela casa de caça, não muito longe, em Dürrenhembach (à esquerda).

Wilhelm von Faber (4o da esquerda para a direita, em frente à casa) era um amante da caça e preferia fi car na casa que havia sido comprada em 1866 por Lothar von Faber (em pé, na varanda).

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Christopher Lee | Ator | Inglaterra

Nossos cumprimentos pelos 250 anosde trabalho e dedicação.O resultado fala por si.Obrigado

Christopher e Gitte Lee

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6a Geração, 1900-1928

Conde Alexandervon Faber-Castell

Em 1898, a fi lha mais velha do Barão

Wilhelm von Faber, Ottilie (1877–1944) ca-

sou-se com o Conde Alexander zu Castell-

Rüdenhausen, membro de uma das mais antigas

em 1906. Seguindo os fortes princípios da empre-

sa, o jovem conde obteve muito êxito em dar uma

clássica e inconfundível imagem aos seus princi-

pais produtos.

famílias aristocráticas da Alemanha.

Em seu testamento, seu avô, Lothar

von Faber, havia determinado que

qualquer de seus descendentes que

herdasse seus bens deveria man-

ter não apenas o nome da empresa

como também o sobrenome Faber.

Portanto, com o consentimento do

Príncipe Regente Luitpold, surgiu

uma nova linhagem de condes von

Faber-Castell.

Após a morte da viúva de

Lothar, Ottilie, em 1903, a empre-

sa passou para as mãos de sua neta

A nova marca comercial

CASTELL, simbolizada pelos dois

cavaleiros em combate que alude às

virtudes medievais, popularizou-se

em todo o mundo e os lápis verdes

de alta qualidade CASTELL 9000,

foram a bandeira da empresa por

muitas décadas.

Os negócios prosperavam. Em

1911, a empresa comemorou seus

150 anos de história. Mas a Primeira

Guerra Mundial cobrou seu preço:

as subsidiárias e as unidades de pro-

dução estrangeiras, por exemplo,

Conde Alexander von Faber-Castell, capitão da cavalaria da Baviera, a Condessa Ottilie e seus fi lhos Elisabeth, Irmgard, Roland e Mariella (ao centro).

Ottilie e seu esposo Alexander. No mesmo ano,

o Conde Alexander construiu um “castelo de ta-

manho considerável” em terreno próximo à uni-

dade de produção de Stein, adjacente ao Antigo

Castelo menor, erguido por Lothar von Faber.

O Novo Castelo fi cou pronto para ser ocupado

a dos EUA, foram perdidas. Pouco antes de sua

morte, em 1928, o Conde Alexander von Faber-

Castell fi nalizou o prédio de uma fábrica maior,

conseguindo deixar ao seu fi lho Roland uma com-

panhia fi nanceiramente sólida e bem administra-

da.

O brasão dos condes von Faber-Castell

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1903 - Exatamente ao lado do Antigo

Castelo, construído por Lothar von Faber,

Ottilie e Alexander von Faber-Castell mandam

erguer um novo e imponente prédio com

projeto do Arquiteto de Nuremberg Theodor

von Kramer (veja também a página 102 ).

1905 - Logo após assumir a presidência

da empresa, o Conde Alexander lança a incon-

fundível série dos lápis CASTELL 9000.

O verde-escuro, inspirado nas cores regimen-

tais do conde, torna-se símbolo da empresa

Faber-Castell, assim como as peças publicitá-

rias apresentando os “cavaleiros do lápis”.

1906 - O Conde Alexander escolhe um

castelo medieval como a marca de uma nova

linha de produtos, uma referência a seu nome

e à sua procedência. A família Castell traça

sua origem nos lordes feudais do remoto

século XI.

1908 - Logo após o surgimento dos

lápis CASTELL, outra linha de produtos

de sucesso chega ao mercado, a Poly-

chromos. Desde o lançamento, os lápis

são disponibilizados em 60 cores cuida-

dosamente combinadas com a tradicional

gama de cores das tintas de aquarela.

Em poucos anos, os itens Polychromos

são aceitos nos círculos dos artistas como

produtos da mais alta qualidade, posição

que permanece intocada até a atualidade.

Marcos históricos, 1900-1928

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1911–1928 - A fi m de satisfazer

a demanda que crescia regularmente,

a partir de 1911 o Conde Alexander

expande as instalações da indústria,

em duas etapas. Os modernos prédios

são generosamente espaçosos, contando

com amplas janelas que recebem muita

luz.

1911 - A empresa comemora seu

150o aniversário. O número de funcionários

mais que se duplicara desde 1904: 2 mil

trabalhadores na fábrica, 300 mulheres

trabalhando em casa e 200 profi ssionais

das áreas técnica e fi nanceira ajudavam

a fornecer produtos e a prestar serviços

a 100 mil clientes regulares de todo o mundo.

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O Conde Alexander von Faber-Castell com suas fi lhas Elisabeth e Mariella na Ilha Frísia Oriental de Norderney, no verão de 1903.

Do álbum de família

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Globalização,1909

Do álbum de família

Nova York, quarta-feira, 5 de maio de 1909. O “rei do lápis” chega à cidade. A indústria claramente liderou o setor a bordo do navio a vapor Kronprinz Wilhelm, da North German Lloyd, que atracou em Hoboken pouco depois das 5 horas da tarde de ontem com 130 passageiros de primeira classe. Quase todos os representantes dos principais fabricantes alemães têm um relacionamen-to muito próximo com importantes estabelecimentos industriais deste país.O Conde Alexander von Faber-Castell, proprietário da famosa fábrica de lápis A.W. Faber de Nuremberg e inventor do lápis Castell, estava acompanhado do diretor-geral da fábrica, o Sr. Ernst Meusel. Já há alguns anos, a empresa opera uma grande fábrica de borrachas em Newark, New Jersey, e os dois cavalheiros vêm aos Estados Unidos da América, pela primeira vez, para inspecioná-la. Os visitantes fi cam no St. Regis Hotel. Planejam permanecer por várias semanas para também visitar a região oeste do país.

Viagem ao Novo Mundo: o Conde Alexander a bordo do Kronprinz Wilhelm, a caminho da sua fábrica de borrachas em Newark, New Jersey.

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250 Anos Faber-Castell 33

Do álbum de família | Lua de Mel

Imediatamente após seu casamento, em 28 de fevereiro de 1898, o Conde e a Condessa von Faber-Castell partem para uma viagem de vários meses, acompanhados pela irmã mais nova de Ottilie, Sophie, e de sua mãe, Bertha. A primeira fase da viagem levou-os à Itália, onde o grupo embarcou, em Gênova, no Augusta Victoria em direção à América. Após visitar parentes e as instalações da empresa em Nova York, seguiram para o Canadá via Washington. Em junho, retornaram à Europa.

1 Cannes: a famosa Boulevard de la Croisette2 Milão: Galleria Vittorio Emanuele, um elegante centro de compras3 Salão feminino no cruzeiro Augusta Victoria

4 Foto do grupo nas Cataratas do Niágara. Da esquerda para a direita: Conde Alexander von Faber-Castell, Bertha von Faber, Sophie von Faber e Condessa Ottilie von Faber-Castell

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Do álbum de família | Condessa Ottilie von Faber-Castell | 1909

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A.W. Faber | 1900 lista de preços dos lápis de baile

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250 Anos Faber-Castell36

A Casa Castell

NA CASA CASTELL, CONTROLA-SE UM NEGÓCIO MODERNO, MAS QUE

REMONTA A 27 GERAÇÕES DE UMA EXCITANTE E DIVERSIFICADA HISTÓ-

RIA. O PATRIARCA ERA UM ROBBRATH, CUJO NOME FOI MENCIONADO

EM UM DOCUMENTO DATADO DE 1057. O TÍTULO DE CONDE ESTAVA

EM USO POR VOLTA DE 1202, QUANDO O BRASÃO NAS CORES VERME-

LHO E BRANCO LHE FOI CONCEDIDO: CORES QUE AINDA SÃO A MARCA

DE TODAS AS EMPRESAS CASTELL, TAMBÉM FAZENDO PARTE DO BRASÃO

DA FABER-CASTELL.

Os bisavôs do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell: Príncipe e Princesa Wolfgang zu Castell-Rüdenhausen.

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Os condes e lordes Castell tiveram sorte na

vida. Na corte dos bispos de Würzburg,

ocuparam o desejado cargo de adegueiro-

mor, um dos quatro postos públicos de maior hie-

rarquia, sendo responsáveis por vinhedos e viníco-

las. Mas nem sempre foi tudo fácil para eles. Várias

propriedades foram perdidas e havia a ameaça

de que tudo terminasse com Frederico VI no sécu-

lo XV. Assim, Robbrath desistiu de seu cargo como

cônego e renunciou às suas ordens sagradas, tendo

então liberdade para se casar com uma dama da

corte de Ansbach, próxima a Nuremberg. Seus des-

cendentes adotaram uma política de rígida admi-

nistração e de casamentos à altura de seu status

social, dessa forma, assegurando a continuidade da

família e de seus bens.

O aristocrático nome Castell agora já era

associado à Francônia, ao norte da Baviera, há

quase um milênio. Desde o século XVIII, havia

duas linhagens: a dos Castell-Castell, que remon-

tava ao Conde Albrecht Friedrich Carl, cujos

membros viviam no castelo de Castell, construído

em 1691, e a dos Castell-Rüdenhausen, descen-

dentes do Conde Christian Friedrich. Estes habi-

tavam o Castelo Rüdenhausen, do século XVI,

rodeado por um fosso. O Conde Alexander, avô

do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, era

membro dessa segunda linhagem. Casando-se com

A fachada do jardim do Castelo Castell (1691). Na colina à esquerda, ainda se pode ver a torre onde fi ca a escadaria para a parte superior do castelo (1613-15), sede dos lordes e condes zu Castell.

Príncipe e Princesa Wolfgang (fi leira de trás, 4a e 5a da esquerda para a direita) com sua família na escada do Castelo Novo em Rüdenhausen. À direita deles estão a Condessa Ottilie e o Conde Alexander von Faber-Castell.

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A Casa Castell

Ottilie von Faber, em 1898, deu origem a uma

nova família, a dos Faber-Castell.

Muitas pessoas ligam o nome Castell aos

vinhos selecionados feitos com as uvas que ama-

durecem nas ensolaradas ladeiras de Steigerwald,

uma região fl orestal entre Würzburg e Bamberg.

Sabe-se que videiras foram cultivadas com muito

sucesso, por mais de 700 anos, nas terras da famí-

lia Castell. Casualmente, há uma história interes-

sante sobre as famosas vinhas de Silvaner. Esse

tipo de uvas veio da Áustria, sendo desconhecido

na Alemanha. Quando, depois das destruições pro-

vocadas pela Guerra dos Trinta Anos, as pessoas

voltaram a praticar a agricultura atentas a novos

tipos de uvas. Por acaso, a esposa de um “distri-

buidor secundário” retirava água da pequena fonte

de Castell. Enquanto pegava água por debaixo das

arcas, iniciou uma conversa sobre um novo tipo

de uva. Logo após, em abril de 1659, um livro

contábil registra a compra de 25 mudas de uvas

austríacas, as primeiras videiras Silvaner a serem

plantadas na Alemanha.

Não menos impressionante é a tradição do

Banco Castell, a instituição bancária mais antiga

O selo aposto a uma escritura data de 1224 e exibe a mais antiga representação das armas dos condes zu Castell (vermelhas e prateadas).

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O Príncipe Albrecht zu Castell-Castell (sentado). Atrás dele, da direita para a esquerda: seu fi lho e herdeiro Conde Ferdinand, Príncipe Johann Friedrich zu Castell-Rüdenhausen, e seu fi lho e herdeiro Conde Otto.

Desde o século XVI, a família Castell-Rüdenhausen reside no castelo de Rüdenhausende, que é rodeado por um fosso. A propriedade recebeu grande reforma no início do século XX, mas manteve seu caráter e charme medievais.

da Alemanha, fundada em 1774. A região havia

sofrido rigorosa escassez de produtos e os agricul-

tores e artesãos se deparavam com a ruína fi nan-

ceira. Assim, a fi m de oferecer-lhes empréstimos

com baixas taxas de juros, os lordes Castell

criaram um instituto de crédito que, mais tarde, re-

cebeu o nome de Banco Fürstlich Castell’sche.

Hoje, sua principal atividade é a gestão de ativos

e a administração dos negócios de empresas fami-

liares de porte médio. Sua sede localiza-se em

Würzburg e possui seis escritórios na Baviera

e Baden- Württemberg e 11 fi liais na Francônia.

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Patente concedendo aos condes o título de Príncipes (12 de março de 1901).

Nesse período, esse empreendimento transfor-

mou-se na atividade mais lucrativa dos negócios

dos Castell, além das terras Castell (vinhedos), da

fazenda e do manejo da fl oresta de cerca de 5 mil

hectares.

O ano de 1806 foi um tanto decisivo. O Elei-

tor da Baviera, Maximiliano I, agora era rei e ane-

xou o condado de Castell. Assim, os direitos dos

Lords of the Manors1, anteriormente independen-

tes, foram restringidos. Mas, os Castell provaram

ser uma família empreendedora. Conseguiram

se integrar muito bem ao novo reinado e exercer

infl uência política. Em 1901, o Príncipe Regente

Luitpold concedeu aos primos Friedrich Carl zu

Castell-Castell e Wolfgang zu Castell-Rüdens-

hausen (pai de Alexander) o título de príncipe, em

sinal de estima à família.

Os atuais gestores dos negócios da família

são o Príncipe Johann-Friedrich zu Castell-Rüden-

hausen (1948-) e o Conde Ferdinand zu Castell-

Castell (1965-).

A Casa Castell

250 Anos Faber-Castell40

“Este é meu local predileto. As paisagens elevam meus pensamentos à prece. Aqui agradeço a Deus por minha família, meu lar e por uma vida de realizações. Por Sua Graça, Ele concedeu-me 85 anos de vida. Louvor, honra e glória ao Nosso Pai que está no Céu, a Jesus, o Senhor da minha vida, e ao Espírito Santo, em cuja orientação confi o.” Com essas palavras e esta foto, o Príncipe Albrecht zu Castell-Castell agradeceu às muitas pessoas que o cumprimentaram em seu aniversário, em agosto de 2010.

1 N.T. – Lord of the Manor – título de lorde que não implica pariato, nem possui direitos parlamentares. Meramente indica que seu detentor é dono de uma propriedade senhorial sobre a qual possui certos direitos. Não representa destaque social. (Fonte: Wikipedia).

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Simon Le Bon | Cantor (Duran Duran) | Grã-Bretanha

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Uma mensagemao Conde Faber-Castell – eu amava o estojo de lata plana com a imagem dos Alpese os lápis de cor arrumadoscomo soldados da arte em uma parada.

Simon Le Bon

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Conde Rolandvon Faber-Castell

7A geração, 1928-1978

Após a morte do Conde Alexander, em 1928, seu fi lho Roland assumiu a direção da empresa, admi-

nistrando-a por meio século. O difícil período entre as guerras foi um grande desafi o para o jovem

conde, tanto politica quanto economicamente, por causa da crise fi nanceira que afetou seriamente

o setor de lápis, assim como todos os outros. As duas empresas, A.W. Faber-Castell e Johann Faber, fi r-

maram um acordo de cooperação para que pudessem utilizar mais efi cientemente suas unidades de produ-

ção e manter os custos baixos. Nos anos que se seguiram, a A.W. Faber-Castell comprou todas as ações

da Johann Faber e, com elas, a subsidiária Lápis Johann Faber, localizada em São Carlos, Brasil.

Em 1935, a A.W. Faber-Castell adquiriu a famosa fábrica de canetas-tinteiro Osmia, sediada em

Dossenheim, perto de Heidelberg. A marca Osmia foi mantida por um tempo mas, a partir de 1952, as

canetas passaram a ser comercializadas sob a marca Faber-Castell.

Após a Segunda Gerra Mundial, o Conde Roland continuou a abrir subsidiárias no exterior ou

a recomprar as que tinham sido confi scadas. Na década de 50, abriu uma fábrica de lápis na Irlanda e ad-

quiriu a minoria das ações da Faber-Castell USA, que havia sido confi scada na Primeira Guerra Mundial.

As novas operações no exterior entre 1960 e 1977 incluíam escritórios de vendas na França e Itália e fábri-

cas na Áustria, Argentina, Peru e Austrália. Em 1967, a recompra da maioria das ações da Lápis Johann

Faber S.A., confi scada na Segunda Guerra Mundial, provou ser uma decisão muito sábia, pois agora ela

é a maior fábrica de lápis de madeira do mundo.

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250 Anos Faber-Castell44

1948 - A A.W. Faber-Castell abre uma fábrica de lapiseiras em Konstanz, Alemanha, que pro-

duz lapiseiras retráteis TK para artistas e ilustradores técnicos. Os produtos fazem muito sucesso

em muitos países.

1950 - No início da década, cria-se um novo logotipo.

A memorável moldura decorativa com o nome da empresa e seu

brasão estilizado sobreposto, acompanhando o espírito dos novos

tempos. Ele marca a aurora de uma nova era.

1949 - Depois da guerra, as canetas

esferográfi cas se popularizam, representando

séria concorrência às canetas-tinteiro.

A A.W. Faber-Castell então inclui as canetas

esferográfi cas em sua linha de produtos.

1932 - Estabelece-se a produção coope-

rativa com a indústria de Johann Faber,

com participação na Lápis Johann Faber

de São Carlos, Brasil. Quando Johann Faber

deixa os negócios em 1942, a A.W. Faber-

Castell dá continuidade à bem-sucedida

marca de lápis de cor Goldfaber.

1935 - A A.W. Faber-Castell adquire

a maioria das ações da indústria de canetas-

tinteiro Osmia. Inicialmente, as canetas

eram produzidas utilizando-se a marca Osmia.

Mais tarde, o nome desapareceu.

1950 - Novos métodos de produção para réguas de cálculo

são introduzidos. Juntamente com os tradicionais modelos

de madeira com escalas de celuloide, a empresa agora oferece

réguas de cálculo de plástico. O produto topo de linha é a Novo

Duplex, fabricada a partir de 1962.

1969 - As canetas para desenho Castell TGm chegam ao mercado

com uma grande variedade de diâmetros. Outros produtos para desenho

técnico são os compassos, estênceis e pranchas para desenho.

Marcos históricos, 1928-1978

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250 Anos Faber-Castell 45

1957 E ANOS 60 - A recuperação

econômica após a Segunda Guerra Mundial per-

mite a expansão da empresa, que abre escritórios

de vendas e unidades de produção no exterior.

Assim, as bem-sucedidas políticas dos anos

de pré-guerra ressurgem.

1961 - A empresa comemora seu bicentenário, com 3 mil

pessoas entre funcionários ativos e inativos, mais convidados

de todo o mundo. A brigada dos cidadãos viaja da ilha de Reiche-

nau, no Lago Constança, em históricos uniformes. A população

de Stein participa do evento. As escolas declaram o dia feriado

e as crianças assistem ao colorido desfi le. O centro de exposições

de Nuremberg havia sido festivamente decorado e o Conde

Roland von Faber-Castell e sua família recebem os ministros

de gabinete, o prefeito de Nuremberg, Dr. Urschlechter, entre

outras personalidades.

O Conde Roland von Faber-Castell (sentado, ao centro) em uma visita à Faber-Castell Corporation USA. Também na foto se veem o presidente do conselho Gus Wiedenmayer (sentado, à direita) e o presidente Christoph Wiedenmayer (em pé, à esquerda). O relacionamento do Conde Roland com os Wiedenmayers era mais do que simples-mente comercial. Ele também era amigo íntimo da família.

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250 Anos Faber-Castell46

Do álbum de família | Conde Roland von Faber-Castell | 1927

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Do álbum de família | Natal de 1940 Condessa Katharina von Faber-Castell, que se casou com o Conde Roland em 1938

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Do álbum de família | Dia de São Nicolau, 1950Da esquerda para a direita: o Conde Andreas, a Condessa Angela e o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

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Tomi Ungerer | Ilustrador | França

Prod

ução

de

lápi

s de

mad

eira

na

fábr

ica

de S

tein

.

Eu tenho uma duradoura relação com os produtos Faber-Castell,e não saberia o que fazer sem eles.Então, continuaremos a manter contato.Cordialmente,

Tomi Ungerer

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Reunidos com o Conde Roland von Faber-Castell, em seu 60o aniversário, 1965 (da esquerda para a direita): seus fi lhos Condessa Katharina, Conde Andreas, Conde Christian, Conde Anton Wolfgang, sua fi lha, Angela von Kölichen, seu genro, Heinrich von Kölichen, sua fi lha, Condessa Heidi von Wedel, e sua esposa, Condessa Katharina von Faber-Castell.Conde Roland com sua fi lha mais nova, a Condessa Cornelia, nos braços. Atrás dele está seu genro, o Conde Edzard von Wedel, e, a seu lado, sua irmã mais velha, a Condessa Elisabeth von Bismarck-Schönhausen, com seu fi lho, o Conde Hubertus von Faber-Castell e sua esposa Lilo.

Do álbum de família | 1965

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250 Anos Faber-Castell52

8a geração, desde 1978

O Conde Anton Wolfgang von Faber-

Castell assumiu a direção da empresa

em 1978. No mesmo ano, expandiu o

portfólio produzindo lápis cosméticos de madeira

para outras empresas que os vendem com suas pró-

prias marcas.

Nas três décadas que se seguiram, o Grupo

Faber-Castell continuou a desempenhar seu papel

de empresa global com raízes na Alemanha. Abriu

novos mercados em todo o mundo, principalmente

na América do Sul (Argentina 1988, Costa Rica

1996, Colômbia 1998 e Chile 2006) e Ásia/Pací-

fi co (Malásia 1978, Hong Kong 1979, Indonésia

1990, Índia 1997, Cingapura 2000 e China 2001).

O Grupo começou a se preocupar cada vez

mais com os aspectos ambientais. Assim, para as-

segurar o futuro suprimento de madeira, um recur-

so importante para os fabricantes de lápis, o Conde

von Faber-Castell, nos meados da década de 80,

deu início a um projeto fl orestal único no mundo

no sudeste do Brasil.

O início da década de 90 foi marcado por

reorganização e reestruturação das linhas de pro-

dutos em cinco áreas de competência. Um novo

capítulo na longa tradição de responsabilidade so-

cial iniciou-se em março de 2000, quando o Conde

Anton Wolfgang von Faber-Castell assinou uma

Carta de Conduta Social que segue as diretrizes da

Organização Internacional do Trabalho. Em julho

de 2003, a Faber-Castell participou do “Global

Compact” das Nações Unidas, comprometendo-se

abertamente em aderir aos padrões mundiais rela-

cionados a questões sociais e ambientais.

Em 2008, o Conde von Faber-Castell foi

eleito “Ecogestor do Ano” pelo ramo alemão

da WWF e pela revista de negócios Capital por

seu grande compromisso econômico e social.

Em setembro de 2010, foi agraciado com a Cruz

de 1a Classe da Ordem de Mérito da República

Federal da Alemanha.

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Conde Anton Wolfgangvon Faber-Castell

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250 Anos Faber-Castell54

COMPETÊNCIA & TRADIÇÃO

QUALIDADE EXCEPCIONALINOVAÇÃO &

CRIATIVIDADE RESPONSABILIDADE

SOCIOAMBIENTAL

As Essências da Marca

As essências da marca Faber-Castell

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“NÓS NOS VEMOS COMO UMA EMPRESA COMPANHEIRA PARA TODA A VIDA.UMA CRIANÇA QUE APRECIA A QUALIDADE DE NOSSOS PRODUTOS ESCOLARES,QUANDO ADULTA, SERÁ FIEL À MARCA FABER-CASTELL.”Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

Companheira para toda a vida

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As crianças são cheias de ideias e entusiasmo. Os produtos da área de com-

petência “Brincar & Aprender” levam às crianças mais novinhas a uma

fascinante e colorida viagem de descobertas. Desde cedo, eles as estimulam

a serem criativas desenhando, pintando e escrevendo. São produtos cuida-

dosamente concebidos, que satisfazem as exigências das crianças, de acor-

do com sua faixa etária. Tanto em termos de qualidade quanto de funciona-

lidade, os itens são concebidos para ajudar nos vários estágios do desenvol-

vimento infantil de forma precisa e confi ável. A criatividade natural das

crianças, que comprovadamente acelera o desenvolvimento mental, é traba-

lhada enquanto os pequenos brincam. Bem-vindos ao fascinante mundo das

cores!

Brincar & Aprender

Linhas de Produtos

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250 Anos Faber-Castell58

SE TORNAM COMPANHEIROS ESSENCIAIS …

QUANDO O LÁPIS,

A CANETA ESFEROGRÁFICA,

A BORRACHA

OU O APONTADOR

Escrita em Geral

Linhas de Produtos

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VALOR AGREGADO INTELIGENTE

“DIFERENCIAL DA MARCA”

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Marcadores

Linhas de Produtos

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De cores vivas, fl uorescentes

e particularmente benéfi cos

ao meio ambiente!

Quando a tinta termina,

o marcador é facilmente

recarregado.

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Premium

Linhas de Produtos

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O DESIGNDIFERENCIADO FALA POR SI, SENDO UM FATOR COMPETITIVO DECISIVO

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INSTRUMENTOS E ACESSÓRIOS DE ESCRITA SOFISTICADOS

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Art & Graphic

Linhas de Produtos

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A linha “Art & Graphic”, que os pintores amadores e profi ssionais tanto apreciam, oferece o melhor dos

250 anos de experiência no desenvolvimento de produtos exclusivos para artistas. Grandes pintores e de-

signers como Vincent van Gogh, Paul Klee, Karl Lagerfeld e Neo Rauch sempre adoraram o amplo espectro

de nuances de cores e a qualidade premium oferecida por esta linha de produtos, que permanece inalterada

até os dias de hoje: os pigmentos de alta qualidade garantem alta resistência à luz e cores vivas que duram

por décadas, auxiliando os artistas a criarem obras de arte eternas.

A MAIS ALTA QUALIDADE PARA OS ARTISTAS, EM SUA FORMA MAIS BELA.

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“TAMBÉM GOSTARIA

DE LHE CONTAR

SOBRE UM TIPO

DE LÁPIS QUE

ENCONTREI,DA FABER ...”

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Instrumentos para a criatividade

Vincent van Gogh

“... Eles têm a espessura (desenho do diâmetro com a mina retangular) ideal. São muito macios e de quali-

dade superior à dos lápis carpinteiro. Têm um preto profundo e são agradabilíssimos para trabalhar em

grandes estudos. Eu os usei para desenhar uma costureira em papel cinza sans fi n e eles produziram um

efeito que lembra o do giz litográfi co. Os corpos dos lápis são de madeira macia, pintados de cor verde-

escura e custam 20 centavos a unidade.”

Vincent van Gogh em uma carta de 14/16 de junho de 1883 a seu amigo

e mentor, o artista holandês Anthon van Rappard.

Vincent van Gogh, Peasant Woman Digging, julho-setembro 1885, Nuenen, pastel, 55,7 × 41 cm, Museu Van Gogh de Amsterdam (Fundação Vincent van Gogh)

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NA FORMA DO AZARADO PATO DONALD, com seu temperamento irascível e crônico

otimismo, o artista norte-americano dos cartoons e escritor Carl Barks (1901–2000) deu continuidade

à evolução de um dos mais famosos e populares personagens do mundo a partir de 1942. Suas histórias

foram impressas aos milhões de edições e em muitas línguas diferentes, por todo o globo. Embora o Pato

Donald já existisse desde a década de 30, foi Barks que transformou o personagem original, unidimensional,

em uma fi gura reconhecida mundialmente. Ele aperfeiçoou as histórias com a introdução de importantes

personagens e fez com que eles representassem seus papéis em Patópolis. O estilo de desenho do autodidata

Instrumentos para a criatividade

Carl Barks

Pote de tinta original da mesa de de-senho do cartunista e escritor norte-americano Carl Barks, na qual ele criou as histórias do Pato Donald de 1942 a 1973. Seus instrumentos de desenho incluíam tinta Faber-Castell Higgins e pastéis Polychromos (© Helnwein).

Carl Barks, desenho de história em quadrinhos, página 7 da história Donald e Margarida – A Indústria de Beleza

de 1966, tinta (Faber-Castell Higgins) sobre lápis em papel cartão, 59.5 cm × 41 cm (Coleção Faber-Castell, © Disney).

Página 9 da edição alemã intitulada Donald hat Geheimnisse (O Donald tem Segredos), de 1968, traduzida por Erika Fuchs (Coleção Faber-Castell, © Disney)

Barks também tornou-se referência para todos

os desenhistas do Pato Donald, até os dias de hoje.

Ao longo dos anos, Carl Barks criou mais de 6 mil

histórias em quadrinhos diferentes para a Disney.

Destas, só restam 200 peças originais. As outras

foram sistematicamente destruídas pela Western

Publishing em virtude do contrato de licença que

mantinha com a Disney. É graças ao editor ante-

rior que pelo menos parte da obra desse cartunista

ainda hoje existe em sua forma original.

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Instrumentos para a criatividade

Paul Klee

Paul Klee, Es will nicht hinein (It won't go in), 1939, 86, pastel (PITT) em papel e cartão, 27 cm × 21.5 cm (propriedade particular na Suíça, arquivado no Centro Paul Klee, em Bern).

“A ARTE NÃO REPRODUZ O VISÍVEL; AO CONTRÁRIO, ELA TORNA VISÍVEL”, era o lema do artista e teórico de arte Paul Klee (1879–1940). O desenho aqui apresentado fazia parte

da sua obra mais recente. Foi criada em 1939, quando sofria de uma doença terminal após retornar para

a sua cidade natal de Bern como “artista degenerado”. Assim como ocorre com grande parte do trabalho

de Klee, as linhas têm um papel principal neste quadro. Já em 1916, Oskar Schlemmer, colega de Paul

Klee na escola Bauhaus, escreveu que “ele é capaz de revelar toda a sabedoria em apenas alguns traços”.

O incansável artista Klee normalmente anotava o tipo de papel que havia escolhido no verso de seu trabalho

e às vezes, como neste caso, o tipo de caneta utilizada: Caneta A.W. Faber “PITT”.

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Instrumentos para a criatividade

O ARTISTA OSKAR KOKOSCHKA (1886-1980) APONTAVA SEUS LÁ-PIS, PRINCIPALMENTE OS FABER-CASTELL POLYCHROMOS, com uma

faca, para que pudesse usá-los para criar linhas

fi nas, grossas ou expandidas. Utilizando a ex-

tremidade chata, ele sombreava.

Oskar Kokoschka, Meer und Inseln Ullapool (Mar e Ilhas Ullapool), 1944, lápis de cor (Polychromos), 25,2 cm × 35,5 cm (© 2010 Fondation à la mémoire de Oskar Kokoschka, Vevey / VG Bild-Kunst, Bonn 2010)

Estojo de viagem de dois compartimentos por Oskar Kokoschka com uma ampla coleção de 141 lápis de cor (Fondation à la mémoire de Oskar Kokoschka, Vevey).

Oskar Kokoschka

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Karl Lagerfeld

Instrumentos para a criatividade

“A MODA COMEÇA NO PAPEL; E SOBREVIVE NO PAPEL.” É assim que

Karl Lagerfeld

(1938-), uma

das mais criativas

mentes alemãs

de todos os

tempos, descreve

a sua paixão pelo

desenho de moda.

Ao desenvolver suas

coleções de alta costura

e prêt-à-porter, Lagerfeld,

que se via como ilustrador e não

como designer, não considera o material como sendo o início de tudo. Na verdade, a caneta e o papel são

a fonte de sua inspiração. Seus desenhos servem tanto como esboços quanto como instruções diretas. Em

1987, um presente muito especial marcou o casamento do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

e Mary Hogan, diretora de Marketing da Chanel de Nova York. A maison Chanel deu a seu principal de-

signer, Karl Lagerfeld, a responsabilidade de criar o vestido da noiva, que complementou perfeitamente

o cenário do evento, o Castelo Faber-Castell em Stein. O designer de moda se inspirou nos detalhes

do castelo, o qual já tinha visto na revista de arquitetura World of Interiors (Mundo dos Interiores).

Karl Lagerfeld, desenho do vestido de noiva da Condessa Mary von Faber-Castell, sem data, caneta ponta porosa e pastel Polychromos, 29,5 cm × 20,9 cm (Coleção Faber-Castell, © Karl Lagerfeld).

O Conde Anton Wolfgang, em 12 de dezembro de 1987, na valsa de seu casamento com a Condessa Mary, radiantemente linda no vestido criado por Karl Lagerfeld.

Para desenhar o vestido de noiva, Karl Lagerfeld se inspirou no mosaico do teto de um dos ambientes do Castelo Faber-Castell.

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Instrumentos para a criatividade

Neo Rauch

UMA “BOA QUANTIDADE DE CANETAS”, QUE O CONDE ANTON WOLFGANG VON FABER-CASTELL TROUXERA PARA O ESTÚDIO DO PINTOR DE LEIPZIG NEO RAUCH (1960-), deu-lhe o necessário estímulo exterior. Até então, Rauch, que com sua enigmá-

tica e complexa imagem para o mundo, é considerado internacionalmente um dos mais importantes pin-

tores de sua geração, ainda não tinha se dedicado à arte do desenho. Foi só quando recebeu os instrumentos

certos que passou a ter um grande respeito pelo desenho, naquele que ele descreve como “o momento

da verdade”. A recém-desenvolvida Caneta PITT Artist lhe deu a chave do mundo do desenho. Não foi só

a possibilidade que esta nova caneta oferecia para desenhar linhas grossas e coloridas, mas também sua

falta de história e tradição artísticas que tiveram um papel fundamental para inspirar Neo Rauch a colocar

seu trabalho orgânico e incidental no papel. “ASSIM, ELE (O CONDE VON FABER-CASTELL) FOI LITERALMENTE UM ‘IMPULSIONADOR DA CANETA’, DISSE NEO RAUCH.

Neo Rauch, sem título, 2005, Caneta Artística PITT, lápis de cor (Polychromos) e óleo em papel, 21 cm × 29,7 cm (Coleção Faber-Castell, © cortesia da Galerie EIGEN + ART Leipzig/Berlim e David Zwirner, Nova York / VG Bild-Kunst, Bonn 2010)

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Cartão de Ano Novo de Neo Rauch para o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell e sua família.

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Instrumentos para a criatividade

1 Adolph Menzel, Studienblatt mit stehendem Mann (Esboço com Homem em Pé), 1880, grafi te (lápis carpinteiro) em papel, 19,8 cm × 12,4 cm (Coleção Faber-Castell)

2 Marc Brandenburg, sem título, 2008, lápis (Castell 9000 in 2 H, HB e 5 B) em papel, 100 cm × 100 cm (Coleção Faber-Castell) 3 Karl Horst Hödicke, Zeichnend II (Desenho II ), 1975–1982, carvão (PITT Monochrome) em papel, 86 × 61 cm (Coleção Faber-Castell) 4 Erik Bulatov, Soirée noire – neige blanche, 1999, lápis de cor (Polychromos) em papel, 36,2 cm × 43,5 cm (Coleção Faber-Castell)

Da ColeçãoFaber-Castell

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5 Horst Janssen, Ahab, 1963, lápis (Castell 9000) e lápis de cor em papel, 44,5 cm × 31,3 cm (Coleção Faber-Castell) 6 Günter Grass, “Angespitzt (Sharpened )” da antologia Fundsachen für Nichtleser (Coisas Encontradas para Não Leitores), 1997,

aquarela em papel, 31,4 cm × 24,2 cm (Coleção Faber-Castell) 7 Georg Baselitz, sem título, 2009, lápis (Castell 9000) e tinta em papel, 65,9 cm × 50,8 cm (Coleção Faber-Castell) 8 Matthias Weischer, sem título, 2007, pastel (Polychromos) em papel, 25,5 cm × 25,5 cm (Coleção Faber-Castell)

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COLEÇÃOGraf von Faber-Castell

Os instrumentos de escrita selecionados feitos por meus ances-

trais propuseram-me o desafi o pessoal de redescobrir esses produtos

de um tempo passado e transferir seu design intemporal para os dias

de hoje, utilizando tecnologia moderna. Essas ideias tomaram forma

como a Coleção Graf von Faber-Castell, que combina materiais va-

liosos e funcionalidade com alto nível estético.

250 Anos Faber-Castell76

Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

Lápis de bolso, 1885

»«

Desk set n° I, contendo um Lápis Perfeito, acessórios banhados a platina com lápis adicionais e borrachas.

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O LÁPIS PERFEITO, ACESSÓRIOS BANHADOS A PLATINA,COM APONTADORE BORRACHAEMBUTIDOS.

SIMPLESMENTELUXO

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Coleção Graf von Faber-Castell

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A Caneta do Ano(Pen of the year)2011

2011 Jade

A edição da Caneta do Ano oferece, por

excelência, os altos padrões de qualida-

de da Coleção Graf von Faber-Castell.

A cada ano, desde 2003, uma caneta-tinteiro vem

sendo produzida à mão, no máximo por 12 meses,

para oferecer um lugar incomum a materiais sele-

cionados como, por exemplo, marfi m de mamute,

âmbar ou madeira de cetim das Índias Ocidentais.

A quantidade total de canetas produzidas em cada

edição, individualmente numerada, é anunciada ao

fi nal do ano.

A Caneta do Ano 2011 é feita com uma pedra

preciosa que, há milênios, tem sido apreciada por

sua beleza e conotações culturais. O jade emana

uma aura fascinante com a promessa de sorte

e até de imortalidade, tendo sido, portanto, predes-

tinado a embelezar a caneta exclusiva que marca

o 250o aniversário da empresa. Os oito segmentos

de jade simbolizam as oito gerações da família

que deixaram sua marca na empresa familiar, que

perdura até os nossos dias. O verde profundo sig-

nifi ca uma longa e bem-sucedida tradição, bem

como um futuro promissor.

Fazendo referência ao ano de 1761, em que

a Faber-Castell foi fundada, a edição exclusiva

é limitada a 1.761 canetas.

Coleção Graf von Faber-Castell

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Os diversos materiais utilizados, da esquerda para a direita: 2003 madeira snakewood, 2004 âmbar com anéis banhados a platina, 2005 galluchat, 2006 marfi m de mamute e ébano, 2007 madeira petrifi cada incrustada em platina, 2008 delicado mini parquet feito de madeira de cetim. Não ilustrada: 2009 crina de cavalo trançado e 2010 madeira de nogueira caucasiana.

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Faber-Castell Cosméticos

Em 1978, a Faber-Castell expandiu sua linha

de produtos e transferiu seu know-how do

campo dos lápis de madeira para uma

nova linha de negócios: produtos cosméticos. Hoje

a Faber-Castell Cosméticos é um dos principais

fabricantes desses produtos para empresas da in-

dústria internacional de cosméticos que distribuem

os produtos com suas próprias marcas. A Faber-

Castel projeta e desenvolve lápis cosméticos de

alta qualidade para a face, olhos, lábios e unhas,

utilizando tecnologias inovadoras. Os produtos

são desenvolvidos internamente e podem ser cus-

tomizados para satisfazer as necessidades dos

clientes. Ingredientes cuidadosamente seleciona-

dos asseguram a garantia e o conforto em sua apli-

cação.

A divisão de cosméticos opera globalmente,

possuindo unidades de produção na Alemanha e no

Brasil, bem como escritórios de vendas em 14 paí-

ses.

Gestão da sustentabilidade e responsabilida-

de ecológicas sempre fi zeram parte da fi losofi a

da Faber-Castell. A Faber-Castell Cosméticos une

essas atitudes às demandas de uma dinâmica in-

dústrial, desenvolvendo cosméticos naturais com

madeira certifi cada pelo FSC, com tampas biode-

gradáveis e os selos Ecocert, BDIH, e NaTrue, in-

ternacionalmente reconhecidos.

A Faber-Castell Cosméticos é pioneira nesta

área. Com o slogan É Nossa Natureza®, desen-

volveu o Truly Natural (Totalmente Natural), um

conceito de maquiagem totalmente ecológico que

foi introduzido em 2008. Essa linha foi seguida

de outros produtos cosméticos e de cuidado para as

unhas.

Sede administrativa na vila próxima ao Castelo Faber-Castell, constrido da década de 1870.

A Condessa Mary von Faber-Castell, aqui com seu marido Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, dirige a divisão de cosméticos como diretora-presidente, juntamente com Stefano Castelletti.

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250 Anos Faber-Castell84

A variada linha de produtos da Faber-Castell Cosméticos é composta de um inteligente sistema modular de formatos e formulações. Este conceito atende os desejos e as expecta-tivas de alta qualidade dos clientes em igual medida.

Faber-Castell Cosméticos

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kkk250 Anos Faber-Castell 85

Delineador em cores metálicas, sombra com glitter e delineador líquido com ponta pincel extragrossa.

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 85Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 85 07.04.2011 14:01:31 Uhr07.04.2011 14:01:31 Uhr

250 Anos Faber-Castell86

Unidade de Produção de Geroldsgrün

Um fabuloso esquema de coresHá 20 anos, o Professor Werner Knaupp, da Aca-

demia de Belas Artes de Nuremberg à época,

propôs um esquema de cores que ele havia de-

senvolvido especialmente para a Faber-Castell.

“Uma empresa que produz um amplo espec-

tro de cores deve mostrá-lo, por dentro e por

fora”, ele pensava. Ao desenvolver sua pro-

posta, o artista se deixou guiar pelo efeito psico-

lógico das cores, bem como pelas leis físicas

do Círculo das Cores.

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250 Anos Faber-Castell88

Proposto por Goethe no século XVIII, o ar-

ranjo de cores do arco-íris em círculo foi

aperfeiçoado, em 1961, por Johannes Itten,

um professor de Bauhaus. Nesse arranjo, o efeito

e o contraste das cores são dispostos em relação

uns aos outros. O Professor Werner Knaupp havia

até mesmo assistido a palestras de Itten. Nos últi-

mos anos, esse conceito vem sendo implantado

nos prédios das instalações de Stein e Geroldsgrün,

de maneira exclusiva, embora diferentemente em

cada local. Na sede de Stein, as coloridas portas

de entrada e as escadarias do prédio da fábrica em

formato de U, seguem a roda de cores, do amarelo

para o laranja, vermelho, violeta, azul e o verde.

Verticalmente, as grades das janelas sutilmente

também seguem essa ordem, começando com o

verde ao nível do subsolo.

Unidade de Produção de Geroldsgrün

Na unidade de produção de Geroldsgrün,

todas as fachadas dos prédios são pintadas com

as fortes cores do arco-íris, aparentemente fazendo

contraponto ao uniforme e frondoso verde da Flo-

resta da Francônia. O amarelo foi escolhido para o

prédio da administração; o vermelho, para a esta-

ção de fornecimento de aquecimento; e o azul,

para as instalações de produção. As cores com-

plementares violeta, verde e laranja estão nos ba-

tentes das janelas de todos os prédios para obter

o maior contraste de cores possível. No festival

de verão, durante o evento denominado “Mostre

suas Cores”, o próprio Conde Anton Wolfgang von

Faber-Castell, juntamente com seu fi lho Charles,

cobriu alguns espaços em cinza que ainda resta-

vam na paleta de cores de Geroldsgrün.

Em 2011 a unidade de produção de Gerolds-

grün comemorará seu 150o aniversário.

Da esquerda para a direita: Conde Charles von Faber-Castell, Professor Werner Knaupp e Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

Esquema de cores na unidade de produção de Geroldsgrün

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A fábrica de Geroldsgrün, no norte da Baviera, foi fundada em 1861, cem anos depois que a empresa surgiu em Stein. Começou produzindo lousas e instrumentos básicos de desenho. Em 1892 foram acrescentadas as réguas de cálculo, e a Faber-Castell cresceu, tornando-se um dos maiores fabricantes do mundo nesse segmento. Entretanto, a invenção das calculadoras eletrônicas de bolsonos meados da década de 70, resultou no abrupto fi m dos negócios envolvendo esse instrumento. A fábrica de Geroldsgrün ainda produz instrumentos de desenho e canetas, incluindo canetas cosméticas feitas de plástico.

250 Anos Faber-Castell 89

150 anos da fábrica de Geroldsgrün

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 89Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 89 07.04.2011 14:02:18 Uhr07.04.2011 14:02:18 Uhr

250 Anos Faber-Castell90

O grupo internacional Faber-Castell

De Stein para o Mundo

A SEDE DA EMPRESA LOCALIZA-SE EM STEIN

Castelo Faber-CastellExibição permanente, refeitório

Produção de lápis de madeira

A antiga casa da caldeira transformada em centro de recepção

Museu “Antiga Fábrica de Grafi te”

Loja Faber-Castell na antiga casa do jardineiro

As áreas marcadas com cores formam

um grupo único dos prédios da fábrica,

das mansões e do jardim, que fi cam

abertos para o público como a “Faber-Castell

Experiência”. Sua especial fascinação resulta da

justaposição do passado e do futuro de uma em-

presa familiar que atua em todo o globo.

O Castelo Faber-Castell e o museu “Antiga

Fábrica de Grafi te” fi cam abertos todo o terceiro

domingo do mês, das 11 às 17 horas. É possível

marcar excursões guiadas pelo website www.

faber-castell.com/The-Faber-Castell-Experience.

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 90Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 90 07.04.2011 14:02:20 Uhr07.04.2011 14:02:20 Uhr

A FABER-CASTELL FABRICA PRODUTOS EM DEZ PAÍSES DO MUNDO,COMERCIALIZA-OS ATRAVÉS DE MAIS DE 20 ORGANIZAÇÕES DE VENDAE É REPRESENTADA EM MAIS DE 120 PAÍSES.

250 Anos Faber-Castell 91

EUA

México

Costa Rica

Colômbia

Peru

Chile

Argentinia

Brasil

França

Itália

AlemanhaRepública Tcheca

SuíçaÁustria

Índia

Malásia

Indonésia

Austrália

Nova Zelândia

Cingapura

Hong Kong

China

Unidades de produção Escritórios de venda

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 91Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 91 07.04.2011 14:02:35 Uhr07.04.2011 14:02:35 Uhr

250 Anos Faber-Castell92

Unidades de produção

STE I NALE MA

GUANGZHOUC

G RÜ NALE MAN HZ E L L Á U S T R I AS I LB R A S I LBO GOTÁCOLÔM B

I ALUMPURMALÁSIA

P R ATA B R

BEKASIINDO

NEI

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 92Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 92 07.04.2011 14:02:41 Uhr07.04.2011 14:02:41 Uhr

250 Anos Faber-Castell 93

em dez países

AN HA

CHINA

HA

B IA

GEROLDSENGELHARTS

SÃOCARLOSBRAR A S I L MANAUS

GOAINDONÉSIA KUALA

LIMAPERÚILYCOSTARICA

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 93Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 93 07.04.2011 14:02:52 Uhr07.04.2011 14:02:52 Uhr

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Faber-Castell Brasil

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250 Anos Faber-Castell 95

BrasilNa maior fábrica de lápis de grafi te e de cor

do mundo, em São Carlos, sudeste do Brasil,

aproximadamente 2.800 colaboradores produ-

zem mais de 2 bilhões de lápis por ano.

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 95Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 95 07.04.2011 14:03:15 Uhr07.04.2011 14:03:15 Uhr

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 96Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 96 07.04.2011 14:03:20 Uhr07.04.2011 14:03:20 Uhr

250 Anos Faber-Castell 97

Da árvore ao lápisA FABER-CASTELL MANTÉM SEU PIONEIRO PAPEL ECOLÓGICO

E NEUTRALIZA O GÁS CARBONO QUE EMITE

Não é preciso ser um visionário para

entender que assegurar os recursos para

as futuras gerações é de vital impor-

tância..” Foi isso que o Conde Anton Wolfgang

von Faber-Castell disse pouco

antes da Cúpula Mundial sobre

Desenvolvimento Sustentável

(WSSD) em Joanesburgo em

2002. A Faber-Castell foi a única

empresa de porte médio a mostrar

aos 25 mil delegados, observa-

dores, jornalistas e ONGs que dá

o devido valor aos fatores ecoló-

gicos da vida.

Duas décadas antes, saindo

à frente em processos industriais

de produção amigáveis ao meio

ambiente, a empresa investiu em

um projeto que cresceu muito, quase que desper-

cebido do público. Dez mil hectares de uma fl ores-

ta de pinheiros, plantados e manejados, por inicia-

tiva própria da empresa, representam uma valiosa

fonte de matéria-prima para a produção de lápis,

que é sufi ciente para satisfazer as suas atuais

necessidades para a produção de mais de 2 bilhões

de lápis de madeira ao ano na unidade da Faber-

Castell de São Carlos, no Brasil.

É um projeto visionário, que demandou

planejamento de longo prazo por

parte do conde e de seus gestores.

Passam-se mais de 20 anos antes

que as primeiras árvores da fl o-

resta de pinheiros possam ser cor-

tadas. Portanto, foi um “modelo

visionário” que não objetivava o

lucro, mas um projeto que exigia

confi ança e paciência antes que

rendesse bons resultados. A fl o-

resta é manejada de acordo com

os modernos princípios de sus-

tentabilidade. Sendo “socialmente

compatível, ecologicamente cor-

reta e economicamente viável”, o projeto atende

às exigências do Conselho de Manejo Florestal

(FSC, Forest Stewardship Council), um painel de

especialistas composto por cientistas internacio-

nais e associações de proteção ao meio ambiente,

cuja certifi cação é representada por um selo de ga-

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 97Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 97 07.04.2011 14:03:43 Uhr07.04.2011 14:03:43 Uhr

Um milhão de mudas de Pinus caribaea é plantado todo o ano.

A fl oresta Faber-Castell também oferece refúgio a algumas espécies de animais ameaçados de extição.

250 Anos Faber-Castell98

ministro federal do meio ambiente alemão. Trinta

e quatro empresas brasileiras, alemãs e japonesas

rantia de origem da madeira. Todas as serrarias

da empresa e suas unidades de produção de lápis

de madeira são certifi cadas pelo FSC.

A sustentabilidade, signifi cando o equilíbrio

entre a ecologia e a economia, pode ser medida

em números. O investimento só dá retorno no

longo prazo, mas é parcialmente contrabalançado

pelo preço da madeira que aumenta constante-

mente no mercado mundial. A estratégia de “di-

versifi cação vertical”, já praticada por Lothar von

Faber desde 1856, quando comprou os direitos

aos minérios extraídos de uma mina de grafi te na

Sibéria, não apenas facilita planejar o suprimen-

to de matérias-primas,

mas também assegura

a alta qualidade da ma-

téria prima. Ademais,

oferece oportunidades

para poupar, incluindo

a reciclagem de resí-

duos. Por exemplo, as

avícolas recebem ser-

ragem proveniente da

produção e as aparas

de madeira produzidas

pelas serrarias, são comprimidas em briquetes

e utilizadas como combustível renovado nas pró-

prias fábricas da empresa. Outro resultado positivo

é que a fl oresta mais que compensa as emissões

de CO2 resultante das operações da Faber-Castell

no mundo.

Em 2008, a Faber-Castell se uniu à inicia-

tiva “Empresas & Biodiversidade”. Por convite do

assinaram uma declaração de

líderes que se compromete-

ram a encorajar a diversidade

biológica em suas decisões

gerenciais e operações. Jairo

Cantarelli é o chefe da Divi-

são de Madeira da Faber-

Castell Brasil e, portanto, res-

ponsável pelo projeto fl orestal: “A proteção

da fl ora e da fauna nativas, assim como a prati-

camos em nossa fl oresta na região de Prata (MG),

é um abrangente programa”, diz ele, “há muito

faz parte da política da empresa, porque ‘respon-

sabilidade ecológica e social’ constam de seu

estatuto como essências da marca. Quanto à fau-

na, 55 espécies de mamíferos, 232 espécies de aves

e 55 diferentes tipos de répteis e anfíbios fi ze-

ram seu hábitat em partes da fl oresta e nas áreas

de preservação permanente que perfazem 30% dos

dez mil hectares”. Além disso, a cooperação com

universidades brasileiras trouxe reconhecimento

internacional ao compromisso da Faber-Castell

na preservação da bio-

diversidade.

Assim, os esfor-

ços das várias unidades

da Faber-Castell não

abordam as questões

ecológicas apenas su-

perfi cialmente, acom-

panhando as atuais ten-

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 98Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 98 07.04.2011 14:03:49 Uhr07.04.2011 14:03:49 Uhr

Uma valiosa fonte de matéria-prima para a produção de lápis de madeira: da própria fl oresta de pinheiros no Brasil

Vista aérea da fl oresta Faber-Castell no Brasil

250 Anos Faber-Castell 99

dências e a boa publicidade, mas, na empresa, já

são realidade há anos. Globalmente, a empresa

obtém 95% de sua madeira de fontes certifi cadas.

O restante vem de fl orestas sustentavelmente

manejadas. Em 2008, o Conde von Faber-Castell

foi eleito “Ecogestor do Ano” pela WWF e pela

revista Capital por seus muitos anos de compro-

misso para com o meio ambiente. Eberhard

te, e não só para os

lápis de madeira, mas

para todas as catego-

rias de produtos.

Para o presiden-

te da empresa, o Con-

de Anton Wolfgang

von Faber- Castell, a

Brandes, diretor do braço ale-

mão da WWF, que lhe con-

cedeu o prêmio, vê a Faber-

Castell como “um excep-

cional exemplo de como um

player global pode estabele-

cer abrangentes padrões nos

campos social e ambiental,

apesar da crescente pressão

do mercado”.

Nesta área, a ambição

da Faber-Castell aumenta cada vez mais, e não

apenas porque a responsabilidade ecológica foi

tida como um de seus principais valores. O obje-

tivo é utilizar madeira certifi cada exclusiva-

mente, para toda a produção,

em todo o mundo. Todo o ciclo

de produção, inclusive economia

de energia e reciclagem de resí-

duos, é submetido a constante

monitoramento. A empresa em-

prega moderna tecnologia para

novos desenvolvimentos e me-

lhorias, que fazem sentido tanto

ecologica quanto economicamen-

responsabilidade para com os seres humanos e o

meio ambiente não é simplesmente um fi m em si.

Ele quer contribuir para

o crescimento social tan-

to no sentido ético quan-

to fi nanceiro: “Se almeja-

mos ao sucesso no longo

prazo, temos que pensar

em termos de muitas ge-

rações. Penso que não

administro um negócio

à custa de meus sucesso-

res, e isso signifi ca tam-

bém criar fontes susten-

táveis para a nossa mais importante matéria-

prima, a madeira, que não sejam prejudiciais

ao meio ambiente ou às pessoas envolvidas e que,

ao mesmo tempo, sejam condizentes com nossos

padrões de qualidade. Nossa saudável situação

econômica e a confi rmação que temos de nossos

parceiros comerciais, distribuidores e consumido-

res me dizem que estamos no caminho certo”.

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 99Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 99 07.04.2011 14:04:51 Uhr07.04.2011 14:04:51 Uhr

Jack Huston | Ator | InglaterraE

sque

ma

de c

ores

na

esca

dari

a d

a fá

bric

a em

Ste

in

Finalizando um fi lme no qual atuo como escritor, dos roteiros às histórias do meu dia-a-dia,é um prazer encontrar essa marcaque atende a todas as minhas necessidades. Saudações,

Jack Huston

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 100Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 100 07.04.2011 14:05:42 Uhr07.04.2011 14:05:42 Uhr

Em março de 2000, a Faber-Castell, juntamente com o sindicato

alemão IG Metall, ratifi cou um acordo que é aplicado em todos

os países. A Carta Social de Conduta da Faber-Castell é uma das

primeiras desse tipo no mundo. A empresa se compromete voluntaria-

mente a assegurar, em todas as suas subsidiárias, as condições de em-

prego e de trabalho recomendadas pela Organização Internacional

do Trabalho (OIT). A carta inclui, dentre outras coisas, a proibição

do trabalho infantil, a garantia de condições de trabalho higiênicas

e seguras e iguais oportunidades e tratamento às pessoas, independente-

mente de raça, religião, sexo ou nacionalidade. Um comitê, em interva-

los regulares, verifi ca se os termos da carta estão sendo obedecidos.

Carta Social de Condutada Faber-Castell

Como uma das mais antigas indústrias do mundo, a Faber-Castell, há muitas gerações, demonstra um

alto grau de comprometimento social. Já nos meados do século XIX, criou o primeiro plano de assistência

médica da Alemanha e uma das primeiras creches do país. Fundou escolas e construiu casas e apartamentos

para seus colaboradores.

Ratifi cação da Carta Social de Conduta da Faber-Castell e do IG Metall em 3 de março de 2000

Uma tradição da empresa se mantém viva: na Faber-Castell Brasil, em São Carlos, os colaboradores se voluntariam para alegrar os dias de crianças carentes em creches da cidade.

250 Anos Faber-Castell 101

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CasteloFaber-Castell

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250 Anos Faber-Castell 103

Visão geral: no verão de 2010, os funcionários de Stein forma-

ram o número 250 na frente do castelo, já com vistas às come-

morações do 250o aniversário da empresa, em todo o mundo, em

2011.

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250 Anos Faber-Castell104

Castelo Faber-Castell

O salão de baile ilustra a variedade de estilos da decoração do interior do castelo na era do historicismo. Os nichos dos cantos são do estilo neogótico. Na galeria dos músicos há elementos decorativos da Renascença, enquanto a viva ornamentação do teto de estuque é um típico exemplo de art nouveau.

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O teto do saguão de tapeçaria (acima) e do o saguão central (abaixo, à direita) é de estuque policromático. Ambos adquiri-ram novo brilho após a restauração.

A bem iluminada escadaria de mármore, com seus mosaicos art nouveau (abaixo, à esquerda), contrasta com a fachada historicista.

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250 Anos Faber-Castell106

Localizado em um parque com fi leiras

de árvores perto da fábrica, o castelo cons-

titui um grupo único de três lindos prédios

que vêm sendo habitados por sucessivas gera-

ções da família. O Castelo Novo, construído para

o Conde Alexander e a Condessa Ottilie von

Faber-Castell entre 1903 e 1906, fi ca a menos

de 100 metros da vila de Wilhelm von Faber.

Conecta-se ao Castelo Antigo através de uma

torre que foi projetada pelo arquiteto Friedrich

Bürklein para Lothar von Faber em 1845-48.

A escolha do arquiteto para o Castelo Novo

recaiu sobre Theodor von Kramer que, desde 1888,

era diretor do Museu do Comércio da Baviera

em Nuremberg. Lothar von Faber, em 1869, foi

cofundador dessa instituição central de estímulo

ao comércio. Em suas memórias, Theodor von

Kramer disse o seguinte sobre o prédio de Stein:

O revestimento do salão de baile é de nogueira entalhada. As in-crustações são feitas com materiais superiores como Birdseye Maple2

de bordo, ébano e madrepérola.O revestimento de parede em tecido é feito de brocatelle dourado deco-rado com palmettes.

Castelo Faber-Castell

O anglo-americano Carl von Marr, nascido em Milwaukee, Wisconsin, pintor e professor na Academia de Arte de Munique, pintou toda a parede da festiva sala de jantar utilizando aquarela sobre tela. A pintura aborda as várias idades do homem, do nascimento à velhice.

2 N.T. – Birdseye Maple – madeira nobre resistente, normalmente utilizada em móveis e instrumentos musicais (Fonte: Wikipedia).

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 106Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 106 07.04.2011 14:08:13 Uhr07.04.2011 14:08:13 Uhr

250 Anos Faber-Castell 107

“O complexo inteiro tem o caráter de um castelo

fortifi cado, de acordo com o desejo do cliente. Ao

adentrá-lo, somos recepcionados por uma lumino-

sa escadaria de mármore. Corredores espaçosos

levam aos quartos, cuja mobília é remanescente

de esplendor principesco. Isso se aplica principal-

mente aos festivos salões do andar superior, entre

os quais a grande sala de jantar se distingue pelos

valiosos quadros de Carl von Marr, que também

foi diretor da Academia de Artes de Munique…”.

O uso de elementos estilísticos do período

romanesco é uma óbvia referência às origens do

Conde Alexander zu Castell-Rüdenhausen: os con-

des de Castell conseguem construir sua árvore ge-

nealógica desde o século XI. Típicos daqueles dias

são os arcos arredondados no exterior do prédio,

principalmente na torre que pode ser vista a partir

de considerável distância.

Os dois banheiros combinam refi nada elegância e funcionalidade contemporânea. O banheiro dos homens, com seus frios tons verde-acinzentados, contrasta com os matizes quentes de marrom e turquesa do banheiro das mulheres.

O interior é um impressionante exemplo

da multiplicidade de estilos do fi nal do século XIX,

incluindo a art nouveau. Os salões ainda refl etem

fi elmente o modo de vida da nobreza. Três saguões

projetados pelo jovem arquiteto Bruno Paul, o sa-

lão e o escritório do conde, no térreo, e o “salão

Magnífi cos mosaicos de art nouveau da escadaria cintilam em uma grande quantidade de cores.

Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 107Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 107 07.04.2011 14:08:37 Uhr07.04.2011 14:08:37 Uhr

250 Anos Faber-Castell108

limão” da condessa no andar de cima, são notórios

exemplos da art nouveau. A preferência por pa-

drões geométricos é a marca típica de Bruno Paul,

que confi ou o revestimento das paredes e a mobí-

lia aos artesãos especialistas das Ofi cinas Unidas

de Arte Artesanal de Munique.

Em contraste com o esplendor das salas

de recepção, os quartos das crianças foram clara-

mente projetados para serem usufruídos. A mobí-

lia tem cantos gentilmente arredondados e a ima-

ginação dos jovens é estimulada por frisos co-

loridos que representam personagens de contos

de fada.

O castelo conta com os mais modernos

equipamentos. Um elevador elétrico transporta os

pratos da cozinha, no subsolo, às áreas de serviço

de cada andar. Toda a instalação elétrica foi plane-

jada pelo bureau técnico da Siemens-Schuckert

Works de Nuremberg. Mais de mil lâmpadas ilu-

minam as salas e os corredores nos três andares.

Aquecimento e ar fresco são fornecidos por um

sistema de aquecimento e ventilação a vapor ins-

talado pela MAN de Nuremberg. Os banheiros,

muito modernos para o seu tempo, foram equipa-

dos por uma empresa de Strasbourg, especializada

em instalações de gás e água.

O castelo foi fi nalizado em 1906, tendo sido

habitado pela família até 1939. Depois da Segunda

Guerra Mundial, os olhos do público se voltaram

para ele, pois serviu de “base da imprensa”. Nele,

repórteres e fotógrafos internacionais fi caram

instalados durante os julgamentos de Nuremberg,

de 1945 a 1949. Desse ano até 1953, o exército

de ocupação norte-americano utilizou o prédio

como base dos ofi ciais.

Embora a família não viva mais lá, o Conde

Anton Wolfgang von Faber-Castell faz de tudo

para manter o Castelo Faber-Castell em bom esta-

do de conservação. Vários especialistas passaram

anos reformando e restaurando o prédio.

Castelo Faber-Castell

As paredes dos quartos das crianças, coloridas, foram restauradas e recuperaram sua antiga glória.

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Jornalistas autorizados de 20 países trabalharam nas longas mesas colocadas nos salões do castelo pelo Exército dos Estados Unidos.

No dia 1o de maio de 1939, não muito antes do

irrompimento da Segunda Guerra Mundial,

o conde e sua família, como de costume, foram

para a sua casa de verão perto de Nuremberg. Logo

após, o Castelo Faber-Castell foi requisitado pela

Wehrmacht alemã, que utilizou alguns de seus cô-

modos. O castelo não sofreu grandes danos duran-

te a guerra. Esse fato, combinado com a sua pro-

ximidade da cidade de Nuremberg, que havia sido

fortemente bombardeada, explica por que o cas-

telo e a vila vizinha de Wilhelm von Faber foram

ocupados pelos aliados e utilizados como “base

da imprensa” depois que a guerra terminou em

Base da Imprensa durante o TribunalMilitar Internacional

1945. Noventa e dois jornalistas estrangeiros

cobriram, do castelo de Stein, o Tribunal Militar

Internacional (TMI) de Nuremberg para todos os

cantos do globo.

Nos julgamentos de Nuremberg, os vitorio-

sos condenaram 23 líderes nazistas por crimes de

guerra. As acusações se baseavam nos “Princípios

de Nuremberg”, que passaram a ter um importante

papel nas modernas leis internacionais e levaram

à criação da Corte Penal Internacional de Haia.

O grupo da imprensa incluía vários nomes

famosos como Walter Cronkite, Wes Gallagher

e William Shirer. Dentre os autores fa mosos

que foram para Nuremberg estavam John Dos

Passos, Martha Gelhorn, Janet Flanner, Nora

Waln, Rebecca West, Victoria Ocampo e Sir

Harold Nicolson. Alguns refugiados enviavam re-

latórios a seus novos países. Dentre eles estavam

Erika Mann, Robert Jungk, Alfred Döblin, Peter

de Mendelssohn, Willy Brandt e Markus Wolf.

Sinais originais com mensagens como “Não

Fume”, “Verduras e Legumes”, “Frutas” e “Suco”,

assim como um transformador no subsolo, menus

e contas de lavanderia, são testemunhas silen-

ciosas de um signifi cativo período da história do

castelo.

Castelo Faber-Castell

O comentarista de julgamentos H.R. Baukhage (à esquerda), da American Broadcasting Company, em conversa com o tenente-coronel Madary, ofi cial comandante da base da imprensa.

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Eva Herzigova | Modelo | República Tcheca

Prod

ução

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lápi

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tein

Ao Conde Faber-Castell, Acabei de tomar conhecimento

que vocês estão comemorando 250 anos! Do fundo do meu coração,

uma genuína admiradora dos seus produtos, meus parabéns.

Com amor,

Eva Herzigova

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Fazendo coisas simplesextraordinariamente bem

»TRADIÇÃO SIGNIFICA MANTER O BRILHO VIVO, NÃO AS CINZAS.

O SUCESSO DA FABER-CASTELL ATRAVÉS DOS SÉCULOS

É RESULTADO DO VALOR QUE A EMPRESA DEU AOS SEUS ANOS

DE EXPERIÊNCIA, ESFORÇANDO-SE PARA FAZER COISAS SIMPLES

EXTRAORDINARIAMENTE BEM, MANTENDO A MENTE ABERTA

A NOVAS IDEIAS E AGINDO COM RESPONSABILIDADE E ESPÍRITO

EMPREENDEDOR. ESSES VALORES SE APLICAM NÃO APENAS

À MARCA, MAS À EMPRESA COMO UM TODO, SENDO A BASE

TANTO DE NOSSA IDENTIDADE QUANTO DE NOSSO SUCESSO

DURADOURO.«

Conversando com o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

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Conde von Faber-Castell, nesta era digital, a sua

empresa ainda acredita no lápis de madeira. Isso

não é um anacronismo?

Não conseguiremos impedir o uso de PCs e lap-

tops. Mesmo assim, nas próximas décadas as

pessoas ainda escreverão, desenharão e pintarão

à mão. Pesquisas mostram que as crianças têm

de usar as mãos para desenvolver suas habilidades

mentais. Assim, nossos produtos cuidadosamente

desenvolvidos são importantes do ponto de vista

educacional. Com o crescimento contínuo da

população mundial, especialmente nos países em

desenvolvimento e recém-industrializados, vemos

ainda uma demanda de longo prazo para produtos

escolares e universitários, que, obviamente, in-

cluem lápis de grafi te e de cor.

O que o lápis tem de tão especial?

Há muitos argumentos a favor do “bom e velho

lápis preto”, que, naturalmente, deveria, na verda-

de, ser chamado de lápis de grafi te. O lápis é eco-

nômico e amigável ao meio ambiente, e já existe

há centenas de anos. O cosmonauta russo Yuri

Gagarin, a primeira pessoa a orbitar a Terra em

1961, até levou um consigo a bordo da nave

espacial Vostok, porque um lápis continua a es-

crever sem gravidade.

Atualmente, qual produto Faber-Castell faz mais

sucesso no mundo?

O lápis de cor, como sempre. Mas não estamos

apostando neles apenas. A Faber-Castell deseja

ser uma “companheira para a vida toda”. Por isso,

oferece uma ampla e variada linha de produtos,

dos primeiros itens para colorir aos instrumentos

e acessórios de escrita de alta qualidade para o exi-

gente consumidor.

Vocês já tiveram a experiência de como o ciclo de

vida de um produto pode mudar rapidamente …

Sim, sobrevivemos a duas crises estruturais: o de-

saparecimento da régua de cálculo nos anos 70

e a rápida diminuição da importância do desenho

técnico manual na segunda metade da década

»HÁ MUITOS ARGUMENTOS A FAVOR DO BOM E VELHO LÁPIS PRETO …«

de 80.

No longo prazo, há dois

campos para os quais prevemos

crescimento sustentável: por um

lado, o dos produtos que são

educacionalmente valiosos e es-

timulam a criatividade das crian-

ças, e, por outro, apostamos nos

instrumentos e acessórios de es-

crita selecionados. A consciência

da marca e a fi delidade a ela

desde a mais tenra idade, assim

como a importância do efeito da construção da

imagem de produtos de alta qualidade, especial-

mente os da Coleção Graf von Faber-Castell,

oferecem suporte duradouro à posição da Faber-

Castell no mercado.

Como companheiros da vida toda, também

estamos dando cada vez mais atenção a produtos

criativos para adultos. Os países industrializados

apresentam uma crescente demanda por atividades

de lazer porque o número de pessoas de idade mais

avançada está aumentando. Portanto, a demanda

de artigos criativos que possam ser utilizados como

hobby crescerá no futuro.

E não são apenas produtos para colorir, escrever e

desenhar que sua empresa produz …

O que poucas pessoas sabem é que, há mais

de 30 anos, fabricamos produtos para algumas

famosas empresas de cosméticos. Nossa subsidiá-

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dem ser compatíveis. Com a sua

Carta Social de Conduta, o senhor

voluntariamente se comprometeu

a obedecer aos padrões da Organi-

zação Internacional do Trabalho

em todas as suas fábricas. Por que

isso foi tão importante para a em-

presa?

Meu tataravô, Lothar von Faber,

era um homem de negócios inco-

mumente voltado para os aspectos

sociais, e as gerações que o segui-

ria Faber-Castell Cosméticos estabeleceu-se como

líder no segmento de fornecedores de produtos

para empresas da indústria de cosméticos que

utilizam suas próprias marcas, como os lápis cos-

méticos.

Vocês operam em 120 países. Quais mercados são

especialmente interessantes para a Faber-Castell?

Posso orgulhosamente me voltar ao fi nal dos

anos 70, quando percebi a importância dos mer-

cados da Ásia/Pacífi co e lá abri subsidiárias que

têm tido constante sucesso. A Malásia é agora uma

próspera unidade de produção, e a Faber-Castell

é bem conhecida nesse mercado. Nossa posição

é semelhante na Indonésia, na Índia e, espero, logo

também na China. Vejo a Ásia como um mercado

que terá enorme crescimento, principalmente para

os produtos que levam o selo de qualidade “feito

na Alemanha”.

Como o senhor vê a questão do lucro?

Não me esforço nem um pouco para obter lucro no

curto prazo. Mas a condição de produzir ganhos

sustentavelmente é de vital importância para todas

as empresas que desejam sucesso no longo prazo.

Como homem de negócios, é natural que eu queira

ganhar dinheiro decentemente, em ambos os senti-

dos da palavra. O tipo de decência que é baseada

em valores como responsabilidade social, confi an-

ça, honestidade e participação justa certamente

é compatível com a busca saudável do resultado

fi nanceiro, porque uma empresa lucrativa também

tem condições de ser generosa no que se refere aos

serviços sociais às pessoas.

Sua empresa, com frequência, dá um bom exemplo

de como o lucro e a responsabilidade social po-

»QUERO GANHAR DINHEIRO DECENTEMENTE, EM AMBOS OS SENTIDOS DA PALAVRA.«

ram acham que têm a obrigação de seguir seu

exemplo. A Carta Social de Conduta assinada em

2000 bane a discriminação e o trabalho infantil

e protege nossos colaboradores da exploração. Em

minha opinião, os termos com os quais concorda-

mos e nos comprometemos fazem muito sentido

comercial.

Quais são as vantagens de ter uma empresa fami-

liar no atual mundo globalizado?

As empresas familiares bem administradas se dis-

tinguem por valores que incluem sustentabilidade,

responsabilidade social e virtudes humanas como

dedicação, modéstia e destreza. O que importa é a

atitude que se passa de geração para geração. Nós

nos vemos como um elo em uma corrente e colo-

camos a preservação de longo prazo da empresa

acima do crescimento propriamente dito. Pensa-

mos que não são os passos largos que nos levam

adiante, mas a continuidade das coisas que com-

provadamente deram certo no passado. A contínua

otimização, seguindo a ideia de que os pequenos

passos levam a grandes distâncias, principalmente

se dados sucessiva e rapidamente, isso sempre es-

teve presente em nossa política empresarial.

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»… NUNCA PERDER DE VISTA OS BENEFÍCIOS AO CONSUMIDOR.«

Qual é o segredo do sucesso por trás dos 250 anos

de história da Faber-Castell?

Lothar von Faber deixou sua marca nas gerações

que o seguiram, inclusive em mim. Seus fi rmes

esforços para construir a reputação da marca, seu

comprometimento social, sua criatividade e sua

consistência ao abrir novos mercados, muito an-

tes de a palavra “globalização” existir, são qualida-

des comerciais tão importantes ainda hoje quanto o

eram na época de Lothar. A questão não é de se ater

à tradição por si só, mas preservá-la, acompanhan-

do os tempos, com um exitoso sistema de valores.

Ao mesmo tempo, não se pode ter medo de questio-

nar os procedimentos existentes e de otimizá-los.

Esse é um componente essencial do sucesso. Mas,

o mais importante para mim, pessoalmente, é ter

sempre uma mente inquiridora e nunca perder de

vista os benefícios para o consumidor.

Às vezes você sente o peso de ter um nome fa-

moso?

Meu nome nunca foi um obstáculo para mim. Ao

contrário, nos negócios, ele abre portas. Entretan-

to, por si só, o nome não é sufi ciente. Para ser bem-

sucedido, é preciso pôr suas habilidades em teste.

O que “luxo” signifi ca para o senhor?

Para mim, a palavra luxo é um pouco suspeita,

porque soa como ostentação e excesso, e eu não

tenho qualquer interesse por nenhum dos dois. Por

outro lado, luxo no sentido de algo especial, um

objeto de valor incomum, com função superior

e alta qualidade, a isso dou muito valor. Pode

ser um relógio com um mecanismo sofi sticado ou

instrumento de escrita superior como, por exem-

plo, o Lápis Perfeito da Coleção Graf von Faber-

Castell.

Qual o seu bem mais precioso?

Minha esposa e meus fi lhos, mas não sou proprie-

tário deles. Meus objetos mais valiosos são as

obras do período expressionista alemão e os traba-

lhos de artistas contemporâneos que coleciono.

O que o senhor gostaria de possuir?

Um bem manejado vinhedo, e eu gostaria de ter

tanto sucesso com ele quanto meu primo hereditá-

rio Conde Ferdinand zu Castell-Castell.

E qual é seu instrumento de escrita predileto?

O Lápis Perfeito é, defi nitivamente, um dos meus

favoritos. E, particularmente, também gosto de es-

crever com a caneta Ambition cujo corpo é feito

com madeira de coqueiro indiano. Tocar nesse

material é muito agradável, e a tinta se deposita

suavemente e seca com rapidez.

Quais são suas expectativas ao entrarmos no ano

do 250º aniversário da Faber-Castell?

Espero comemorar esse incomum aniversário jun-

tamente com meus colaboradores de todas as uni-

dades e escritórios do mundo. Para mim, é um

prazer e uma grande satisfação ter contribuído para

esse marco na história da empresa. Mas isso não

é motivo para que eu me faça de arrogante ou fi que

totalmente satisfeito. Nesse dia e especialmente

nesta época, é muito importante para mim, como

homem de negócios, permanecer humano e me

ater aos valores que Lothar von Faber estabeleceu,

pois esses valores são a força de nossa empresa

familiar.

Para o futuro da Faber-Castell desejo que ela

se desenvolva ainda mais como uma marca pre-

mium e permaneça fi rmemente fi el ao slogan “fa-

zendo coisas simples extraordinariamente bem”.

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“O QUE IMPORTA É A ATITUDE PASSADA DE GERAÇÃO A GERAÇÃO:

VER-SE COMO UM ELO DE UMA CORRENTE, COLOCANDO A SOBREVIVÊNCIA DE LONGO PRAZO DA EMPRESA ACIMADE OBJETIVOS DE CRESCIMENTO EXCESSIVO.”

Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell

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Tradição e futuro

Dos álbuns de família

Natal de 1941 – Condessa Katharina von Faber-Castell com os fi lhos da 8a geração (da esquerda para a direita): Conde Hubertus, Conde Alexander e Conde Anton Wolfgang, Condessa Felicitas (atrás) e Condessa Angela von Faber-Castell (totalmente à direita)

2010 – Cartão de Natal da 9a geração (da esquerda para a direita):Condessa Sarah, Condessa Katharina, Conde Charles e Condessa Victoria von Faber-Castell

9A GERAÇÃO

8A GERAÇÃO

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www.faber-castell.com

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“DESDE O INÍCIO EU ESTAVA DETERMINADO A CHEGAR À POSIÇÃO MAIS ELEVADA POSSÍVEL, PRODUZINDO O QUE HÁ DE MELHOR NO MUNDO INTEIRO.”

Barão Lothar von Faber em uma carta a seu irmão Eberhard, 31 de maio de 1869 Fa

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Cas

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