Revista Jubileu
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“DESDE O INÍCIO EU ESTAVA DETERMINADO A CHEGAR À POSIÇÃO MAIS ELEVADA POSSÍVEL, PRODUZINDO O QUE HÁ DE MELHOR NO MUNDO INTEIRO.”
Barão Lothar von Faber em uma carta a seu irmão Eberhard, 31 de maio de 1869 Fa
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Editorial
Prezados amigos da Faber-Castell,
Este livro consagra um fato incomum - o 250o aniversário da empresa. A Faber-Castell é uma das mais
antigas indústrias do mundo e atualmente é dirigida pela oitava geração da família que a fundou. Hoje
é líder mundial na fabricação de lápis de madeira refl orestada, oferecendo também uma variada gama
de produtos para escrita, desenho e desenvolvimento criativo, bem como produtos cosméticos.
Nós os convidamos a recordar os 250 anos da história da companhia e do mundo, caracterizada por
épocas boas, novas investidas e crescimento econômico, como também por tempos difíceis em que teve que
enfrentar e superar revolução, guerras e crises econômicas.
Meu tataravô, Lothar von Faber, foi um dos pioneiros a oferecer artigos com marca e quem perpetuou
o nome da empresa no século XIX. Ao criar sua própria marca registrada, Lothar estabeleceu um novo
padrão que se tornou um parâmetro não apenas para a sua linha de produtos, mas também para as gerações
que mais tarde conduziram a companhia: “Desde o início, estava determinado a chegar à posição mais
elevada possível, produzindo o que há de melhor no mundo”.
Quando da reestruturação estratégica da Faber-Castell no início do século XIX, os princípios
de Lothar von Faber como os principais valores da marca ressurgiram. Um fator continua sendo decisivo
na história de sucesso da Faber-Castell: a singularidade dos produtos, com benefícios facilmente identifi -
cáveis e que claramente nos distingue da concorrência. A coleção Graf von Faber-Castell é exemplo vivo
disso.
Como conseguimos manter nossa história de sucesso? Simplesmente trabalhando com muita paixão,
tentando descobrir o que os consumidores querem e satisfazendo seus desejos, ao mesmo tempo que nos
mantemos fi éis ao nosso lema que continuará a ter a mais alta prioridade no futuro de nossa empresa: fazer
coisas comuns extraordinariamente bem.
Espero que apreciem a leitura deste livro histórico.
Atenciosamente
250 Anos Faber-Castell 3
Conde Anton Wolfgangvon Faber-Castell
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Índice
6 Oito gerações As três primeiras gerações – Kaspar,
Anton Wilhelm e Georg Leonhard Faber
12 Lothar von Faber (4a geração) – sua vida e seu trabalho
18 Com golfi nhos & camelos A importância da embalagem
20 Wilhelm von Faber (5a geração) – os cruéis golpes do destino
26 Conde Alexander von Faber-Castell (6a geração) – surgem um grande nome
e uma grande marca
36 A Casa Castell De conselheiro da coroa a empreendedor
42 Conde Roland von Faber-Castell (7a geração) – 50 anos de mudanças
52 Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell (8a geração) – conduzindo a empresa
desde 1978
54 Os principais valores da marca Faber-Castell como companheira para toda
a vida
56 Áreas de competência Brincar & Aprender, Escrever & Marcar,
Premium, Art & Graphic
66 Instrumentos a criatividade Vincent van Gogh, Carl Barks, Paul Klee,
Oskar Kokoschka, Neo Rauch, Karl Lagerfeld
76 A Coleção Graf von Faber-Castell Simplesmente um luxo
82 Cosméticos Faber-Castell Fabricante de produtos para a indústria
de cosméticos
Dos álbuns de famíliaAlguns relances às paginas
22, 30−34, 46−49, 51 e 118
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86 Um fabuloso esquema de cores A unidade de produção de Geroldsgrün
90 De Stein para o mundo O grupo internacional Faber-Castell
96 Da árvore ao lápis Em harmonia com a natureza
101 A Carta Social de Conduta Faber-Castell
102 O Castelo Faber-Castell Um autêntico vislumbre do estilo de vida
de uma época passada
112 Fazendo coisas simples extraordinariamente bem Conversando com o Conde Anton Wolfgang
von Faber-Castell
118 Tradição e futuro
Opiniões e comentários da unidade de produção de Stein
e nossos livros de visitantes às páginas
10, 24, 41, 50, 100 e 110
EditorialPublicado por: Faber-Castell AG
Responsável pelo conteúdo:Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
Redação: Sandra Suppa
Diretor de Edição: Antje Röder
Equipe Editorial:Dr. Siegfried Bloß, Ulrike Hammad, Kathrin Hecht, Dr. Renate Hilsenbeck, Edith Luther, Antje Röder, Pia Vogel
Gerente de Produção: Stefan Kendl
Design e layout:Pia Vogel, vogelsolutions.com
Fotos e Ilustrações:Archiv A.W. Faber-Castell, Frank Boxler, Jairo Cantarelli, Gareth Davies, Faber-Castell Cosmetics, Fürstlich Castell’sches Archiv, Fürstlich Castell’sche Bank, Kamila Gaj, Galerie EIGEN + ART, Ralf Hanisch, Christiane Haumann-Frietsch, Friedrich Hewicker, Georg Hohenberg, iStockphoto, Frantzesco Kangaris, Karmann Medienproduktion, Karl Lagerfeld, Elke Mayr, Fee Meisel, Musées de la Ville de Strasbourg, Steidl Verlag, Marc Sullivan, Sandra Suppa, Van Gogh MuseumAmsterdam, Venturelli, VG Bild-Kunst/Bonn 2010, Vincent van Gogh Foundation, Pia Vogel,Wolf-Dietrich Weissbach, álbums da família Faber-Castell
Gabinete editorial:Faber-Castell AG, Nürnberger Straße 2 D-90546 Stein/NürnbergTel.: +49-911 9965-0, Fax: +49-911 9965-5586
Capa: Pia Vogel
Produção:Verlag Kendl + Weissbach Publikationen, Würzburg
Impresso por: Stürtz GmbH, Würzburg
Todos os direitos autorais e outros direitos desta publicação, ou de parte dela, são reservados. O uso ou a reprodução, especialmente em formato impresso ou como fotocópia, microfi lme e o armaze namento em meio ótico ou eletrônico, exige o consentimento por escrito da Faber-Castell AG.
www.faber-castell.de
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250 Anos Faber-Castell6
Oito gerações
Georg Leonhard Faber 1788-1839
Lothar von Faber 1817-1896
Wilhelm von Faber 1851-1893
Kaspar Faber 1730-1784
Anton Wilhelm Faber 1758-1819
“QUANDO ALGUÉMDESEJA PRODUZIR OU CRIAR ALGO,ISSO PRECISA ESTARPRIMEIRO EM SUA CARNEE EM SEU SANGUE…,
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Barão Lothar von Faber em carta a seu irmão Eberhard, em 31 de maio de 1869
Conde Alexander von Faber-Castell 1866-1928
Conde Roland von Faber-Castell 1905-1978
Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell Nascido em 1941
“EM OUTRAS PALAVRAS,A PESSOA TEM DE TER TUDOO QUE É NECESSÁRIOPARA CRIAR ALGO DENTRO DE SEU PRÓPRIO EU…”
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250 Anos Faber-Castell8
1a geração 1761-1784
Kaspar
A primeira prova documental de pro-
dução de lápis na cidade imperial
de Nuremberg data aproximada-
mente do ano de 1660. Mas inú-
meros artesãos também tin ham se
estabelecido nas pequenas cidades e vilas vizinhas,
principalmente em Stein, perto da cidade, no mar-
quesado de Ansbach. Eles não fi cavam submetidos
às rígidas regras de Nuremberg que governavam
suas atividades, portanto, tinham maior liberdade.
O marceneiro Kaspar Faber (1730–1783) come-
çou também a fazer lápis. Inicialmente, ele traba-
lhou para comerciantes locais. Porém, mais tarde,
passou a fabricar lápis por conta própria. Ele foi
tão bem-sucedido que logo abriu sua própria em-
presa.
Após a morte de Kaspar, seu fi lho Anton
Wilhelm (1758–1819) assumiu os negócios, que
já havia crescido a um nível respeitável. Ele adqui-
riu um terreno nos limites de Stein, com uma ofi ci-
na que, poucos anos depois, transformou-se em
uma próspera fábrica. O local ainda abriga a sede
da empresa A.W. Faber-Castell. Poucos anos antes
de morrer, Anton Wilhelm, cujas iniciais são pre-
servadas no nome da empresa, passou-a às mãos
de seu único fi lho, Georg Leonhard. A transferên-
cia foi registrada em documentos ofi ciais, sendo
a empresa designada como fábrica de lápis.
Georg Leonhard Faber (1788–1839) deu
continuidade à atividade, mesmo em tempos
difíceis, tanto política quanto economicamente,
quando os negócios decaíram. Os lápis ingleses
eram líderes de mercado porque o grafi te extraído
no país, principalmente no condado de Cumber-
land, era protegido por rígidas leis que proibiam
sua exportação. Barreiras alfandegárias impediam
o livre comércio nas províncias da Alemanha
(ainda um país desunifi cado) e aqui os desenvolvi-
mentos técnicos não haviam acompanhado o ritmo
dos avanços dos países vizinhos. Os lápis Faber
ainda eram feitos utilizando-se métodos conven-
cionais, embora o francês Nicolas Jaques Conté já
tivesse inventado um novo processo para pro duzir
as minas.
Vista de Stein, gravura de J.C. Volkamer (Nürnbergische Hesperiden, 1708)
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250 Anos Faber-Castell 9
2a geração 1784-1810
Anton Wilhelm
3a geração 1810-1839
Georg Leonhard
Georg Leonhard percebeu que os estudos
e a experiência no exterior seriam decisivos para
o futuro da empresa. “Aprenda tudo quanto
puder, não importa o quanto custe, pois vale a
pena”, ensinou ele a seus fi lhos. Enquanto seu
fi lho mais novo, Eberhard, estudava direito, seus
irmãos Lothar e Johann viajavam. Impressionado
Prédio da empresa – aquarela de Georg Christoph Wilder, por volta de 1830
Georg Leonhard Faber
pela atmosfera cosmopolita de Paris e Londres,
Lothar desenvolveu as ideias que elevariam a fá-
brica a uma categoria internacional nos anos que
se seguiram.
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Nana Mouskouri | Cantora | Grécia
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Caloroso abraço poresta magnífi ca comemoraçãoe muitas felicidades.
Nana Mouskouri
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250 Anos Faber-Castell 13
BarãoLothar von Faber
Após a morte de Georg Leonhard Faber
em 1839, seu fi lho Lothar assumiu a fá-
brica de lápis de Stein. Depois de adqui-
rir experiência prática nos grandes centros comer-
ciais de Paris e Londres, aos 22 anos de idade ele
conduziu a completa modernização dos negócios
da família, sempre tendo em mente seu am-
bicioso objetivo de “chegar à posição mais eleva-
da possível, produzindo o que há de melhor no
mundo”.
Desde o início, priorizou a qualidade de seus
produtos: “Na época, tive de enfrentar a poderosa
concorrência de Paris… Portanto, precisava pen-
sar em como superar a concorrência ao longo
dos anos. A melhor forma sempre é a qualidade
dos produtos…”. E, na verdade, em muito pouco
tempo ele conseguiu produzir lápis de excelente
qualidade, imprimindo neles o nome da empresa.
Foi assim que surgiu o primeiro instrumento de es-
crita com marca comercial. Sua ideia de acrescen-
tar “fabrique fondée en 1761”, chamando atenção
para os muitos anos de tradição familiar como si-
nal de qualidade e confi abilidade, também foi uma
ação inusitada naqueles dias. Em 1847, Lothar
casou-se com Ottilie Richter, que lhe deu grande
4a geração 1839-1896
critório de vendas em Nova York. A partir de 1855,
Lothar desenvolveu uma ampla rede de distribui-
dores, os quais con trolava de Paris. Outra brilhante
iniciativa do empreendedor foi a aquisição, em
1856, dos direitos exclusivos sobre os minérios
extraídos de uma mina da Sibéria, que produzia
o melhor grafi te do mundo na época – um compo-
nente importante para a fabricação de lápis de qua-
lidade. Em 1861, ele implantou uma uni dade para
a fabricação de lousas em Geroldsgrün, ao norte
da Baviera que, no século XX, tornou-se uma
das maiores produtoras de réguas de cálculo do
mundo.
Nesse ínterim, a marca “A.W. Faber” fi cou
famosa, sendo frequentemente falsifi cada. Por
esse motivo, em 1874, Lothar entrou com uma
petição para que as marcas comerciais fossem
protegidas por lei. Portanto, foi o precursor des-
sas leis na Alemanha. Foi também cofundador
do Museu do Comércio da Baviera (1869), hoje
o Instituto Regional do Comércio da Baviera;
do Seguro de vida de Nuremberg (1884), hoje
o bem- sucedido Nürnberger Insurance Group.
Lothar também demonstrou ser um empreendedor
de gran de responsabilidade social. Seus projetos
sociais foram considerados tão exemplares que
o imperador francês Napoleão III enviou uma
de legação de especialistas a Stein em 1867 para
conceder a Lothar o título de Chevalier of the
Légion d’Honneur.
Em 1862, Lothar von Faber recebeu o título
vitalício por suas contribuições sociais e ao mun-
do dos negócios, e, em 1881, ele foi elevado à no-
breza hereditária. Em 1891, foi nomeado con-
selheiro imperial do trono da Baviera, cujo título
também era hereditário.
Baronesa Ottilie von Faber
apoio enquanto ele cuidava dos negó-
cios. Seu único fi lho, Wilhelm, nasceu
em 1851.
Contrariamente aos costumes da
época, Lothar von Faber não quis de-
pender de representantes. Assim, via-
jou por toda a Europa, conquistando
sua própria carteira de clientes. Com
grande presciência, reconheceu a im-
portância futura do mercado norte-
americano e, já em 1849, abriu um es-
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250 Anos Faber-Castell14
Marcos históricos, 1839-1896
1839 – As ofi cinas de produção são
modernizadas para que se “tornassem claras
e arejadas, levando em conta a saúde dos
trabalhadores”.
1844 – Lothar dá provas de ser um empregador progressista. Cria um plano
de saúde e, logo após, um banco de poupança e de fundo de pensão para seus
funcionários. Constrói moradia para os trabalhadores, oferecendo-lhes também
apoio fi nanceiro para a sua educação, bem como creche para seus fi lhos.
1849 – Lothar von Faber abre uma
subsidiária em Nova York e entra no mercado
norte-americano. Lá, a partir de 1843,
a empresa foi representada por uma agência.
1856 – Lothar von Faber adquire os
direitos aos minérios extraídos de uma mina
da Sibéria, assegurando a melhor qualidade
do grafi te.
1851 – As colônias britânicas são abaste-
cidas pela recém-fundada subsidiária
de Londres. As rotas de comércio se estendem
para a Índia, a China e o Japão, a Austrália
e a América do Sul.
1855 – As linhas de negócios internacio-
nais convergem para a Casa Faber, na elegante
metrópole de Paris. “Agora é de Paris que
a fábrica e seus produtos dominam o mundo.
Estrangeiros de todos os países civilizados
do mundo vêm a Paris e veem os produtos
feitos nas fábricas, ao passo que raramente
chegam a Stein.”
1861 – Lothar von Faber funda a fábrica
de lousas na vila de Geroldsgrün, não muito
longe de Hof, ao norte da Baviera.
Caneta e lápis retráteis da Rainha Maria Sofi a das Duas Sicílias
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1861 – A empresa já existe há 100 anos.
Emprega 250 pessoas e conquistou posição
fi rme no mercado internacional.
Um vicariato foi aberto em Stein por inicia-
tiva de Lothar von Faber. Sua generosa
contribuição fi nanceira também possibilitou
a construção de uma igreja na cidade.
1861 – A A.W. Faber abre uma fábrica perto de Nova York para oferecer
lápis ao mercado norte-americano sem ter de importá-los. É presidida pelo irmão
mais novo de Lothar, Eberhard Faber (fi leira da frente, terceiro da direita para
a esquerda).
1870 – A A.W. Faber é a quinta empresa
a requerer o registro de marca nos Estados
Unidos. Como as quatro primeiras empresas
hoje não existem mais, a Faber-Castell é,
portanto, a mais antiga marca comercial
do país, tendo sido mais tarde registrada na
Rússia, no Reino Unido, na Itália, na França
e na Espanha.
1862 – Ao longo dos anos, Lothar von
Faber recebe muitas honrarias e prêmios
por seus excelentes serviços à comunidade.
Em 1862, o Rei Maximiliano II, da Baviera,
concede-lhe o título de Barão Lothar von
Faber e, três anos mais tarde, é nomeado
conselheiro da Coroa da Baviera.
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1881 – A fábrica de tintas e corantes é fun-
dada em Noisy-le-Sec, nos limites de Paris.
1875 – A lei de proteção às marcas comer-
ciais entra em vigor na Alemanha. Lothar von
Faber sente-se compelido a tomar medidas
legais contra as imitações baratas de seus
produtos.
1874 – O escritório de St. Petersburg
torna-se uma base ainda mais importante para
os produtos A.W. Faber. A rede de vendas
criada por Lothar von Faber agora cobre
“todo o mundo civilizado”.
1880 – Lothar von Faber sempre deu muita
importância à apresentação exclusiva de seus
produtos. Ele decora o interior das lojas
e as vitrines com muita atenção aos detalhes,
não poupando nem energia nem recursos
fi nanceiros. Esta arca de apresentação
é elaboradamente decorada com incrustações
e imagens de metal fundido.
1884 – Com a criação do império alemão
em 1871, Berlim se transforma em uma
impor tante metrópole. A A.W. Faber é repre-
sentada na nova capital e, em 22 de março
de 1884 (Dia do Império), inaugura imponen-
tes instalações projetadas pelo arquiteto
Hans Grisebach, na elegante Friedrichstrasse.
1879 – O irmão mais novo de Lothar,
Johann Faber, funda a sua própria indústria
de lápis em Nuremberg.
Marcos históricos, 1839-1896
1891 – O Barão Lothar von Faber
é nomeado “conselheiro hereditário da coroa
da Baviera”, um cargo de honra na câmara
superior do parlamento da Baviera, que lhe
permite exercer alguma infl uência política.
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1892 – O arquiteto da corte
de Maxi miliano II, rei da Baviera, Friedrich
Bürklein, construiu o Antigo Castelo para
Lothar von Faber por volta de 1848. Seus tra-
balhos realizados em aproximadamente 1892
completam a prestigiosa mansão erguida em
um extenso gramado. Sua fachada combina
elementos dos estilos gótico e renascentista.
HOJE – O banco de se-
guro de vida de Nuremberg,
que posteriormente tornou-se
The Nürnberger Insurance
Group, é fundado em 1884,
por iniciativa de Lothar von
Faber. Hoje, a torre onde
se situa a sede do Insurance
Group é considerada
um marco de Nuremberg,
assim como o Castelo
de Nuremberg.
250 Anos Faber-Castell 17
1899 – Em 19 de junho, um monumento que
o conselho municipal mandara esculpir é inaugurado na
frente da igreja de Stein em memória de Lothar
von Faber, um cidadão de respeito da cidade que faleceu
em 1896. A fi gura de bronze de tamanho real é obra
do escultor Johann Rössner. Muitos habitantes de Stein
participaram da cerimônia.
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Com golfi nhos e camelosRótulos litografados
Londres, 1o de maio de 1851: ao som do hino
nacional, a Rainha Vitória assumiu o trono
no centro do grande átrio do Hyde Park, um
sonho feito de vidro e aço. Centenas de milhares
de espectadores se eglomeravam para ver a famí-
lia real, mesmo que de relance. A primeira Feira
Mundial havia se iniciado. E suas dimensões eram
enormes, em uma área de quase 90 mil metros
quadrados, 17 mil participantes de 28 países de-
monstraram seus produtos. Antes de se encerrar,
em outubro, esse imenso espetáculo havia atraído
mais de 6 milhões de visitantes.
Lothar von Faber fi cou admirado: “Em 1851,
a ideia absolutamente brilhante do Príncipe
Albert tornou-se realidade: uma grande exibição
internacional em Londres, do tipo que jamais vi
antes em qualquer parte do mundo. Os produtos da
fábrica local também tinham de estar lá, é claro.
Até ganharam uma medalha de expositor”.
Os mais modernos produtos de todo o mundo
estavam reunidos no recinto de exposição, teste-
munhando o rápido progresso dessa era. Obvia-
mente, Lothar inspirou-se na imensa variedade
de artigos. Ficou impressionado com as novas
embalagens, que apelavam a um desejo recente-
mente surgido nos clientes. “… Vi rótulos em
relevo na exposição, não em lápis de outros fa-
bricantes, mas em itens não relacionados com
nossos produtos. Eles dão uma impressão muito
melhor do que nossos rótulos, delicadamente feitos
com ouro e prata.”
Lothar imediatamente colocou a ideia em
prática e fez com que “os mais belos e brilhantes”
rótulos fossem produzidos para a sua melhor linha
de produtos, a Polygrades. Esse nível de atenção
não foi dado apenas à embalagem, mas também às
faturas, aos papéis de carta e às listas de preço da
empresa. Além disso, a data de fun dação da com-
panhia também foi gravada: Fábrica estabelecida
em 1761, “um excelente endosso” para a empresa.
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Nos anos seguintes, os estojos dos lápis da
A.W. Faber também foram decorados com temas
atraentes, que confi rmavam, já naquela época,
o quanto a companhia estava se voltando para
o mercado internacional.
As litografi as coloridas faziam referência
ao país a que se destinavam: um beduíno montan-
do em um cavalo, moças japonesas em seus ele-
gantes quimonos, uma idílica gravação das mar-
gens do Nilo, etc. Animais típicos das diferentes
re giões, antílopes, avestruzes e cangurus, também
eram motivos populares; sem contar a locomotiva
a vapor, que foi utilizada como referência países
distantes.
Hoje, a empresa ainda dá grande importân-
cia à alta quali dade de suas embalagens, catálogos
e rótulos.
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250 Anos Faber-Castell20
5a geração, 1877-1893
BarãoWilhelm von Faber
Wilhelm era o único fi lho de Ottilie e Lothar von Faber. Lothar não tinha dúvida de que seu fi lho
assumiria os negócios: “E tenho certeza de que ele seguirá meus passos e continuará realizan-
do um bom trabalho, com o mesmo espírito”.
A fi m de prepará-lo para seu futuro papel, fez com que Wilhelm adquirisse experiência em viagens
para a França e Itália, assim como obtivesse treinamento profi ssional na Suíça. Ele chegou à empresa
aos 18 anos idade. Assumiu posição gerencial em Paris cinco anos mais tarde, tornando-se signatário auto-
rizado da companhia em 1876.
Nesse mesmo ano, casou-se com sua prima Bertha, a fi lha mais velha de
Eberhard Faber. Ottilie, a mais velha de suas três fi lhas, nasceu em 1877. Um
fi lho a seguiu. Nasceu em 1880 e recebeu o nome de Lothar. Esperava-se que
um dia ele fosse a sexta geração da família a conduzir os negócios. Mas não
foi isso o que aconteceu. Aos três anos, o jovem Lothar contraiu uma doença
grave, vindo a falecer. O segundo fi lho do casal, Alfred Wilhelm, nascido em
1886, sucumbiu à escarlatina em 1890.
Wilhelm von Faber nunca conseguiu superar essas tragédias e tornou-
se depressivo. Retirou-se para o sua adorada casa de caça onde faleceu em
27 de junho de 1893, algumas poucas semanas antes de seu 42o aniversário.
O velho Lothar e a empresa que se esforçara tanto para construir fi caram sem
um herdeiro varão. O destino desfechara um duro golpe à família von Faber.
Estátua de mármore em memória de Wilhelm von Faber e seus fi lhos Alfred e Lothar, que faleceram ainda na infância
Os fi lhos de Wilhelm von Faber: Lothar (à esquerda) e Alfred Wilhelm
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Do álbum de famíliaAs fi lhas do Barão Wilhelm von Faber e Bertha Faber
Baronesa Bertha von Faber com a Condessa Ottilie (em pé) e a Condessa Sophie (1896)
Condessa Ottilie von Faber-Castell (à direita) com sua irmã, a Condessa Hedwig (por volta de 1902)
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Do álbum de famíliaA mansão de Schwarzenbruck e a casa de caça de Dürrenhembach.
Na mansão de Schwarzenbruck, fi nalizada em 1886, Lothar von Faber e sua família passavam apenas os meses de verão. Ele gostava de convidar várias pessoas para passear no romântico vale de Schwarzach e pela casa de caça, não muito longe, em Dürrenhembach (à esquerda).
Wilhelm von Faber (4o da esquerda para a direita, em frente à casa) era um amante da caça e preferia fi car na casa que havia sido comprada em 1866 por Lothar von Faber (em pé, na varanda).
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Christopher Lee | Ator | Inglaterra
Nossos cumprimentos pelos 250 anosde trabalho e dedicação.O resultado fala por si.Obrigado
Christopher e Gitte Lee
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6a Geração, 1900-1928
Conde Alexandervon Faber-Castell
Em 1898, a fi lha mais velha do Barão
Wilhelm von Faber, Ottilie (1877–1944) ca-
sou-se com o Conde Alexander zu Castell-
Rüdenhausen, membro de uma das mais antigas
em 1906. Seguindo os fortes princípios da empre-
sa, o jovem conde obteve muito êxito em dar uma
clássica e inconfundível imagem aos seus princi-
pais produtos.
famílias aristocráticas da Alemanha.
Em seu testamento, seu avô, Lothar
von Faber, havia determinado que
qualquer de seus descendentes que
herdasse seus bens deveria man-
ter não apenas o nome da empresa
como também o sobrenome Faber.
Portanto, com o consentimento do
Príncipe Regente Luitpold, surgiu
uma nova linhagem de condes von
Faber-Castell.
Após a morte da viúva de
Lothar, Ottilie, em 1903, a empre-
sa passou para as mãos de sua neta
A nova marca comercial
CASTELL, simbolizada pelos dois
cavaleiros em combate que alude às
virtudes medievais, popularizou-se
em todo o mundo e os lápis verdes
de alta qualidade CASTELL 9000,
foram a bandeira da empresa por
muitas décadas.
Os negócios prosperavam. Em
1911, a empresa comemorou seus
150 anos de história. Mas a Primeira
Guerra Mundial cobrou seu preço:
as subsidiárias e as unidades de pro-
dução estrangeiras, por exemplo,
Conde Alexander von Faber-Castell, capitão da cavalaria da Baviera, a Condessa Ottilie e seus fi lhos Elisabeth, Irmgard, Roland e Mariella (ao centro).
Ottilie e seu esposo Alexander. No mesmo ano,
o Conde Alexander construiu um “castelo de ta-
manho considerável” em terreno próximo à uni-
dade de produção de Stein, adjacente ao Antigo
Castelo menor, erguido por Lothar von Faber.
O Novo Castelo fi cou pronto para ser ocupado
a dos EUA, foram perdidas. Pouco antes de sua
morte, em 1928, o Conde Alexander von Faber-
Castell fi nalizou o prédio de uma fábrica maior,
conseguindo deixar ao seu fi lho Roland uma com-
panhia fi nanceiramente sólida e bem administra-
da.
O brasão dos condes von Faber-Castell
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1903 - Exatamente ao lado do Antigo
Castelo, construído por Lothar von Faber,
Ottilie e Alexander von Faber-Castell mandam
erguer um novo e imponente prédio com
projeto do Arquiteto de Nuremberg Theodor
von Kramer (veja também a página 102 ).
1905 - Logo após assumir a presidência
da empresa, o Conde Alexander lança a incon-
fundível série dos lápis CASTELL 9000.
O verde-escuro, inspirado nas cores regimen-
tais do conde, torna-se símbolo da empresa
Faber-Castell, assim como as peças publicitá-
rias apresentando os “cavaleiros do lápis”.
1906 - O Conde Alexander escolhe um
castelo medieval como a marca de uma nova
linha de produtos, uma referência a seu nome
e à sua procedência. A família Castell traça
sua origem nos lordes feudais do remoto
século XI.
1908 - Logo após o surgimento dos
lápis CASTELL, outra linha de produtos
de sucesso chega ao mercado, a Poly-
chromos. Desde o lançamento, os lápis
são disponibilizados em 60 cores cuida-
dosamente combinadas com a tradicional
gama de cores das tintas de aquarela.
Em poucos anos, os itens Polychromos
são aceitos nos círculos dos artistas como
produtos da mais alta qualidade, posição
que permanece intocada até a atualidade.
Marcos históricos, 1900-1928
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1911–1928 - A fi m de satisfazer
a demanda que crescia regularmente,
a partir de 1911 o Conde Alexander
expande as instalações da indústria,
em duas etapas. Os modernos prédios
são generosamente espaçosos, contando
com amplas janelas que recebem muita
luz.
1911 - A empresa comemora seu
150o aniversário. O número de funcionários
mais que se duplicara desde 1904: 2 mil
trabalhadores na fábrica, 300 mulheres
trabalhando em casa e 200 profi ssionais
das áreas técnica e fi nanceira ajudavam
a fornecer produtos e a prestar serviços
a 100 mil clientes regulares de todo o mundo.
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O Conde Alexander von Faber-Castell com suas fi lhas Elisabeth e Mariella na Ilha Frísia Oriental de Norderney, no verão de 1903.
Do álbum de família
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Globalização,1909
Do álbum de família
Nova York, quarta-feira, 5 de maio de 1909. O “rei do lápis” chega à cidade. A indústria claramente liderou o setor a bordo do navio a vapor Kronprinz Wilhelm, da North German Lloyd, que atracou em Hoboken pouco depois das 5 horas da tarde de ontem com 130 passageiros de primeira classe. Quase todos os representantes dos principais fabricantes alemães têm um relacionamen-to muito próximo com importantes estabelecimentos industriais deste país.O Conde Alexander von Faber-Castell, proprietário da famosa fábrica de lápis A.W. Faber de Nuremberg e inventor do lápis Castell, estava acompanhado do diretor-geral da fábrica, o Sr. Ernst Meusel. Já há alguns anos, a empresa opera uma grande fábrica de borrachas em Newark, New Jersey, e os dois cavalheiros vêm aos Estados Unidos da América, pela primeira vez, para inspecioná-la. Os visitantes fi cam no St. Regis Hotel. Planejam permanecer por várias semanas para também visitar a região oeste do país.
Viagem ao Novo Mundo: o Conde Alexander a bordo do Kronprinz Wilhelm, a caminho da sua fábrica de borrachas em Newark, New Jersey.
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Do álbum de família | Lua de Mel
Imediatamente após seu casamento, em 28 de fevereiro de 1898, o Conde e a Condessa von Faber-Castell partem para uma viagem de vários meses, acompanhados pela irmã mais nova de Ottilie, Sophie, e de sua mãe, Bertha. A primeira fase da viagem levou-os à Itália, onde o grupo embarcou, em Gênova, no Augusta Victoria em direção à América. Após visitar parentes e as instalações da empresa em Nova York, seguiram para o Canadá via Washington. Em junho, retornaram à Europa.
1 Cannes: a famosa Boulevard de la Croisette2 Milão: Galleria Vittorio Emanuele, um elegante centro de compras3 Salão feminino no cruzeiro Augusta Victoria
4 Foto do grupo nas Cataratas do Niágara. Da esquerda para a direita: Conde Alexander von Faber-Castell, Bertha von Faber, Sophie von Faber e Condessa Ottilie von Faber-Castell
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Do álbum de família | Condessa Ottilie von Faber-Castell | 1909
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A.W. Faber | 1900 lista de preços dos lápis de baile
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A Casa Castell
NA CASA CASTELL, CONTROLA-SE UM NEGÓCIO MODERNO, MAS QUE
REMONTA A 27 GERAÇÕES DE UMA EXCITANTE E DIVERSIFICADA HISTÓ-
RIA. O PATRIARCA ERA UM ROBBRATH, CUJO NOME FOI MENCIONADO
EM UM DOCUMENTO DATADO DE 1057. O TÍTULO DE CONDE ESTAVA
EM USO POR VOLTA DE 1202, QUANDO O BRASÃO NAS CORES VERME-
LHO E BRANCO LHE FOI CONCEDIDO: CORES QUE AINDA SÃO A MARCA
DE TODAS AS EMPRESAS CASTELL, TAMBÉM FAZENDO PARTE DO BRASÃO
DA FABER-CASTELL.
Os bisavôs do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell: Príncipe e Princesa Wolfgang zu Castell-Rüdenhausen.
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Os condes e lordes Castell tiveram sorte na
vida. Na corte dos bispos de Würzburg,
ocuparam o desejado cargo de adegueiro-
mor, um dos quatro postos públicos de maior hie-
rarquia, sendo responsáveis por vinhedos e viníco-
las. Mas nem sempre foi tudo fácil para eles. Várias
propriedades foram perdidas e havia a ameaça
de que tudo terminasse com Frederico VI no sécu-
lo XV. Assim, Robbrath desistiu de seu cargo como
cônego e renunciou às suas ordens sagradas, tendo
então liberdade para se casar com uma dama da
corte de Ansbach, próxima a Nuremberg. Seus des-
cendentes adotaram uma política de rígida admi-
nistração e de casamentos à altura de seu status
social, dessa forma, assegurando a continuidade da
família e de seus bens.
O aristocrático nome Castell agora já era
associado à Francônia, ao norte da Baviera, há
quase um milênio. Desde o século XVIII, havia
duas linhagens: a dos Castell-Castell, que remon-
tava ao Conde Albrecht Friedrich Carl, cujos
membros viviam no castelo de Castell, construído
em 1691, e a dos Castell-Rüdenhausen, descen-
dentes do Conde Christian Friedrich. Estes habi-
tavam o Castelo Rüdenhausen, do século XVI,
rodeado por um fosso. O Conde Alexander, avô
do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, era
membro dessa segunda linhagem. Casando-se com
A fachada do jardim do Castelo Castell (1691). Na colina à esquerda, ainda se pode ver a torre onde fi ca a escadaria para a parte superior do castelo (1613-15), sede dos lordes e condes zu Castell.
Príncipe e Princesa Wolfgang (fi leira de trás, 4a e 5a da esquerda para a direita) com sua família na escada do Castelo Novo em Rüdenhausen. À direita deles estão a Condessa Ottilie e o Conde Alexander von Faber-Castell.
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A Casa Castell
Ottilie von Faber, em 1898, deu origem a uma
nova família, a dos Faber-Castell.
Muitas pessoas ligam o nome Castell aos
vinhos selecionados feitos com as uvas que ama-
durecem nas ensolaradas ladeiras de Steigerwald,
uma região fl orestal entre Würzburg e Bamberg.
Sabe-se que videiras foram cultivadas com muito
sucesso, por mais de 700 anos, nas terras da famí-
lia Castell. Casualmente, há uma história interes-
sante sobre as famosas vinhas de Silvaner. Esse
tipo de uvas veio da Áustria, sendo desconhecido
na Alemanha. Quando, depois das destruições pro-
vocadas pela Guerra dos Trinta Anos, as pessoas
voltaram a praticar a agricultura atentas a novos
tipos de uvas. Por acaso, a esposa de um “distri-
buidor secundário” retirava água da pequena fonte
de Castell. Enquanto pegava água por debaixo das
arcas, iniciou uma conversa sobre um novo tipo
de uva. Logo após, em abril de 1659, um livro
contábil registra a compra de 25 mudas de uvas
austríacas, as primeiras videiras Silvaner a serem
plantadas na Alemanha.
Não menos impressionante é a tradição do
Banco Castell, a instituição bancária mais antiga
O selo aposto a uma escritura data de 1224 e exibe a mais antiga representação das armas dos condes zu Castell (vermelhas e prateadas).
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O Príncipe Albrecht zu Castell-Castell (sentado). Atrás dele, da direita para a esquerda: seu fi lho e herdeiro Conde Ferdinand, Príncipe Johann Friedrich zu Castell-Rüdenhausen, e seu fi lho e herdeiro Conde Otto.
Desde o século XVI, a família Castell-Rüdenhausen reside no castelo de Rüdenhausende, que é rodeado por um fosso. A propriedade recebeu grande reforma no início do século XX, mas manteve seu caráter e charme medievais.
da Alemanha, fundada em 1774. A região havia
sofrido rigorosa escassez de produtos e os agricul-
tores e artesãos se deparavam com a ruína fi nan-
ceira. Assim, a fi m de oferecer-lhes empréstimos
com baixas taxas de juros, os lordes Castell
criaram um instituto de crédito que, mais tarde, re-
cebeu o nome de Banco Fürstlich Castell’sche.
Hoje, sua principal atividade é a gestão de ativos
e a administração dos negócios de empresas fami-
liares de porte médio. Sua sede localiza-se em
Würzburg e possui seis escritórios na Baviera
e Baden- Württemberg e 11 fi liais na Francônia.
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Patente concedendo aos condes o título de Príncipes (12 de março de 1901).
Nesse período, esse empreendimento transfor-
mou-se na atividade mais lucrativa dos negócios
dos Castell, além das terras Castell (vinhedos), da
fazenda e do manejo da fl oresta de cerca de 5 mil
hectares.
O ano de 1806 foi um tanto decisivo. O Elei-
tor da Baviera, Maximiliano I, agora era rei e ane-
xou o condado de Castell. Assim, os direitos dos
Lords of the Manors1, anteriormente independen-
tes, foram restringidos. Mas, os Castell provaram
ser uma família empreendedora. Conseguiram
se integrar muito bem ao novo reinado e exercer
infl uência política. Em 1901, o Príncipe Regente
Luitpold concedeu aos primos Friedrich Carl zu
Castell-Castell e Wolfgang zu Castell-Rüdens-
hausen (pai de Alexander) o título de príncipe, em
sinal de estima à família.
Os atuais gestores dos negócios da família
são o Príncipe Johann-Friedrich zu Castell-Rüden-
hausen (1948-) e o Conde Ferdinand zu Castell-
Castell (1965-).
A Casa Castell
250 Anos Faber-Castell40
“Este é meu local predileto. As paisagens elevam meus pensamentos à prece. Aqui agradeço a Deus por minha família, meu lar e por uma vida de realizações. Por Sua Graça, Ele concedeu-me 85 anos de vida. Louvor, honra e glória ao Nosso Pai que está no Céu, a Jesus, o Senhor da minha vida, e ao Espírito Santo, em cuja orientação confi o.” Com essas palavras e esta foto, o Príncipe Albrecht zu Castell-Castell agradeceu às muitas pessoas que o cumprimentaram em seu aniversário, em agosto de 2010.
1 N.T. – Lord of the Manor – título de lorde que não implica pariato, nem possui direitos parlamentares. Meramente indica que seu detentor é dono de uma propriedade senhorial sobre a qual possui certos direitos. Não representa destaque social. (Fonte: Wikipedia).
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Simon Le Bon | Cantor (Duran Duran) | Grã-Bretanha
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Uma mensagemao Conde Faber-Castell – eu amava o estojo de lata plana com a imagem dos Alpese os lápis de cor arrumadoscomo soldados da arte em uma parada.
Simon Le Bon
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Conde Rolandvon Faber-Castell
7A geração, 1928-1978
Após a morte do Conde Alexander, em 1928, seu fi lho Roland assumiu a direção da empresa, admi-
nistrando-a por meio século. O difícil período entre as guerras foi um grande desafi o para o jovem
conde, tanto politica quanto economicamente, por causa da crise fi nanceira que afetou seriamente
o setor de lápis, assim como todos os outros. As duas empresas, A.W. Faber-Castell e Johann Faber, fi r-
maram um acordo de cooperação para que pudessem utilizar mais efi cientemente suas unidades de produ-
ção e manter os custos baixos. Nos anos que se seguiram, a A.W. Faber-Castell comprou todas as ações
da Johann Faber e, com elas, a subsidiária Lápis Johann Faber, localizada em São Carlos, Brasil.
Em 1935, a A.W. Faber-Castell adquiriu a famosa fábrica de canetas-tinteiro Osmia, sediada em
Dossenheim, perto de Heidelberg. A marca Osmia foi mantida por um tempo mas, a partir de 1952, as
canetas passaram a ser comercializadas sob a marca Faber-Castell.
Após a Segunda Gerra Mundial, o Conde Roland continuou a abrir subsidiárias no exterior ou
a recomprar as que tinham sido confi scadas. Na década de 50, abriu uma fábrica de lápis na Irlanda e ad-
quiriu a minoria das ações da Faber-Castell USA, que havia sido confi scada na Primeira Guerra Mundial.
As novas operações no exterior entre 1960 e 1977 incluíam escritórios de vendas na França e Itália e fábri-
cas na Áustria, Argentina, Peru e Austrália. Em 1967, a recompra da maioria das ações da Lápis Johann
Faber S.A., confi scada na Segunda Guerra Mundial, provou ser uma decisão muito sábia, pois agora ela
é a maior fábrica de lápis de madeira do mundo.
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1948 - A A.W. Faber-Castell abre uma fábrica de lapiseiras em Konstanz, Alemanha, que pro-
duz lapiseiras retráteis TK para artistas e ilustradores técnicos. Os produtos fazem muito sucesso
em muitos países.
1950 - No início da década, cria-se um novo logotipo.
A memorável moldura decorativa com o nome da empresa e seu
brasão estilizado sobreposto, acompanhando o espírito dos novos
tempos. Ele marca a aurora de uma nova era.
1949 - Depois da guerra, as canetas
esferográfi cas se popularizam, representando
séria concorrência às canetas-tinteiro.
A A.W. Faber-Castell então inclui as canetas
esferográfi cas em sua linha de produtos.
1932 - Estabelece-se a produção coope-
rativa com a indústria de Johann Faber,
com participação na Lápis Johann Faber
de São Carlos, Brasil. Quando Johann Faber
deixa os negócios em 1942, a A.W. Faber-
Castell dá continuidade à bem-sucedida
marca de lápis de cor Goldfaber.
1935 - A A.W. Faber-Castell adquire
a maioria das ações da indústria de canetas-
tinteiro Osmia. Inicialmente, as canetas
eram produzidas utilizando-se a marca Osmia.
Mais tarde, o nome desapareceu.
1950 - Novos métodos de produção para réguas de cálculo
são introduzidos. Juntamente com os tradicionais modelos
de madeira com escalas de celuloide, a empresa agora oferece
réguas de cálculo de plástico. O produto topo de linha é a Novo
Duplex, fabricada a partir de 1962.
1969 - As canetas para desenho Castell TGm chegam ao mercado
com uma grande variedade de diâmetros. Outros produtos para desenho
técnico são os compassos, estênceis e pranchas para desenho.
Marcos históricos, 1928-1978
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1957 E ANOS 60 - A recuperação
econômica após a Segunda Guerra Mundial per-
mite a expansão da empresa, que abre escritórios
de vendas e unidades de produção no exterior.
Assim, as bem-sucedidas políticas dos anos
de pré-guerra ressurgem.
1961 - A empresa comemora seu bicentenário, com 3 mil
pessoas entre funcionários ativos e inativos, mais convidados
de todo o mundo. A brigada dos cidadãos viaja da ilha de Reiche-
nau, no Lago Constança, em históricos uniformes. A população
de Stein participa do evento. As escolas declaram o dia feriado
e as crianças assistem ao colorido desfi le. O centro de exposições
de Nuremberg havia sido festivamente decorado e o Conde
Roland von Faber-Castell e sua família recebem os ministros
de gabinete, o prefeito de Nuremberg, Dr. Urschlechter, entre
outras personalidades.
O Conde Roland von Faber-Castell (sentado, ao centro) em uma visita à Faber-Castell Corporation USA. Também na foto se veem o presidente do conselho Gus Wiedenmayer (sentado, à direita) e o presidente Christoph Wiedenmayer (em pé, à esquerda). O relacionamento do Conde Roland com os Wiedenmayers era mais do que simples-mente comercial. Ele também era amigo íntimo da família.
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Do álbum de família | Conde Roland von Faber-Castell | 1927
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Do álbum de família | Natal de 1940 Condessa Katharina von Faber-Castell, que se casou com o Conde Roland em 1938
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Do álbum de família | Dia de São Nicolau, 1950Da esquerda para a direita: o Conde Andreas, a Condessa Angela e o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
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Tomi Ungerer | Ilustrador | França
Prod
ução
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.
Eu tenho uma duradoura relação com os produtos Faber-Castell,e não saberia o que fazer sem eles.Então, continuaremos a manter contato.Cordialmente,
Tomi Ungerer
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Reunidos com o Conde Roland von Faber-Castell, em seu 60o aniversário, 1965 (da esquerda para a direita): seus fi lhos Condessa Katharina, Conde Andreas, Conde Christian, Conde Anton Wolfgang, sua fi lha, Angela von Kölichen, seu genro, Heinrich von Kölichen, sua fi lha, Condessa Heidi von Wedel, e sua esposa, Condessa Katharina von Faber-Castell.Conde Roland com sua fi lha mais nova, a Condessa Cornelia, nos braços. Atrás dele está seu genro, o Conde Edzard von Wedel, e, a seu lado, sua irmã mais velha, a Condessa Elisabeth von Bismarck-Schönhausen, com seu fi lho, o Conde Hubertus von Faber-Castell e sua esposa Lilo.
Do álbum de família | 1965
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8a geração, desde 1978
O Conde Anton Wolfgang von Faber-
Castell assumiu a direção da empresa
em 1978. No mesmo ano, expandiu o
portfólio produzindo lápis cosméticos de madeira
para outras empresas que os vendem com suas pró-
prias marcas.
Nas três décadas que se seguiram, o Grupo
Faber-Castell continuou a desempenhar seu papel
de empresa global com raízes na Alemanha. Abriu
novos mercados em todo o mundo, principalmente
na América do Sul (Argentina 1988, Costa Rica
1996, Colômbia 1998 e Chile 2006) e Ásia/Pací-
fi co (Malásia 1978, Hong Kong 1979, Indonésia
1990, Índia 1997, Cingapura 2000 e China 2001).
O Grupo começou a se preocupar cada vez
mais com os aspectos ambientais. Assim, para as-
segurar o futuro suprimento de madeira, um recur-
so importante para os fabricantes de lápis, o Conde
von Faber-Castell, nos meados da década de 80,
deu início a um projeto fl orestal único no mundo
no sudeste do Brasil.
O início da década de 90 foi marcado por
reorganização e reestruturação das linhas de pro-
dutos em cinco áreas de competência. Um novo
capítulo na longa tradição de responsabilidade so-
cial iniciou-se em março de 2000, quando o Conde
Anton Wolfgang von Faber-Castell assinou uma
Carta de Conduta Social que segue as diretrizes da
Organização Internacional do Trabalho. Em julho
de 2003, a Faber-Castell participou do “Global
Compact” das Nações Unidas, comprometendo-se
abertamente em aderir aos padrões mundiais rela-
cionados a questões sociais e ambientais.
Em 2008, o Conde von Faber-Castell foi
eleito “Ecogestor do Ano” pelo ramo alemão
da WWF e pela revista de negócios Capital por
seu grande compromisso econômico e social.
Em setembro de 2010, foi agraciado com a Cruz
de 1a Classe da Ordem de Mérito da República
Federal da Alemanha.
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Conde Anton Wolfgangvon Faber-Castell
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COMPETÊNCIA & TRADIÇÃO
QUALIDADE EXCEPCIONALINOVAÇÃO &
CRIATIVIDADE RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
As Essências da Marca
As essências da marca Faber-Castell
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“NÓS NOS VEMOS COMO UMA EMPRESA COMPANHEIRA PARA TODA A VIDA.UMA CRIANÇA QUE APRECIA A QUALIDADE DE NOSSOS PRODUTOS ESCOLARES,QUANDO ADULTA, SERÁ FIEL À MARCA FABER-CASTELL.”Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
Companheira para toda a vida
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As crianças são cheias de ideias e entusiasmo. Os produtos da área de com-
petência “Brincar & Aprender” levam às crianças mais novinhas a uma
fascinante e colorida viagem de descobertas. Desde cedo, eles as estimulam
a serem criativas desenhando, pintando e escrevendo. São produtos cuida-
dosamente concebidos, que satisfazem as exigências das crianças, de acor-
do com sua faixa etária. Tanto em termos de qualidade quanto de funciona-
lidade, os itens são concebidos para ajudar nos vários estágios do desenvol-
vimento infantil de forma precisa e confi ável. A criatividade natural das
crianças, que comprovadamente acelera o desenvolvimento mental, é traba-
lhada enquanto os pequenos brincam. Bem-vindos ao fascinante mundo das
cores!
Brincar & Aprender
Linhas de Produtos
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SE TORNAM COMPANHEIROS ESSENCIAIS …
QUANDO O LÁPIS,
A CANETA ESFEROGRÁFICA,
A BORRACHA
OU O APONTADOR
Escrita em Geral
Linhas de Produtos
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VALOR AGREGADO INTELIGENTE
“DIFERENCIAL DA MARCA”
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Marcadores
Linhas de Produtos
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De cores vivas, fl uorescentes
e particularmente benéfi cos
ao meio ambiente!
Quando a tinta termina,
o marcador é facilmente
recarregado.
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Premium
Linhas de Produtos
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O DESIGNDIFERENCIADO FALA POR SI, SENDO UM FATOR COMPETITIVO DECISIVO
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INSTRUMENTOS E ACESSÓRIOS DE ESCRITA SOFISTICADOS
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Art & Graphic
Linhas de Produtos
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A linha “Art & Graphic”, que os pintores amadores e profi ssionais tanto apreciam, oferece o melhor dos
250 anos de experiência no desenvolvimento de produtos exclusivos para artistas. Grandes pintores e de-
signers como Vincent van Gogh, Paul Klee, Karl Lagerfeld e Neo Rauch sempre adoraram o amplo espectro
de nuances de cores e a qualidade premium oferecida por esta linha de produtos, que permanece inalterada
até os dias de hoje: os pigmentos de alta qualidade garantem alta resistência à luz e cores vivas que duram
por décadas, auxiliando os artistas a criarem obras de arte eternas.
A MAIS ALTA QUALIDADE PARA OS ARTISTAS, EM SUA FORMA MAIS BELA.
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“TAMBÉM GOSTARIA
DE LHE CONTAR
SOBRE UM TIPO
DE LÁPIS QUE
ENCONTREI,DA FABER ...”
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Instrumentos para a criatividade
Vincent van Gogh
“... Eles têm a espessura (desenho do diâmetro com a mina retangular) ideal. São muito macios e de quali-
dade superior à dos lápis carpinteiro. Têm um preto profundo e são agradabilíssimos para trabalhar em
grandes estudos. Eu os usei para desenhar uma costureira em papel cinza sans fi n e eles produziram um
efeito que lembra o do giz litográfi co. Os corpos dos lápis são de madeira macia, pintados de cor verde-
escura e custam 20 centavos a unidade.”
Vincent van Gogh em uma carta de 14/16 de junho de 1883 a seu amigo
e mentor, o artista holandês Anthon van Rappard.
Vincent van Gogh, Peasant Woman Digging, julho-setembro 1885, Nuenen, pastel, 55,7 × 41 cm, Museu Van Gogh de Amsterdam (Fundação Vincent van Gogh)
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NA FORMA DO AZARADO PATO DONALD, com seu temperamento irascível e crônico
otimismo, o artista norte-americano dos cartoons e escritor Carl Barks (1901–2000) deu continuidade
à evolução de um dos mais famosos e populares personagens do mundo a partir de 1942. Suas histórias
foram impressas aos milhões de edições e em muitas línguas diferentes, por todo o globo. Embora o Pato
Donald já existisse desde a década de 30, foi Barks que transformou o personagem original, unidimensional,
em uma fi gura reconhecida mundialmente. Ele aperfeiçoou as histórias com a introdução de importantes
personagens e fez com que eles representassem seus papéis em Patópolis. O estilo de desenho do autodidata
Instrumentos para a criatividade
Carl Barks
Pote de tinta original da mesa de de-senho do cartunista e escritor norte-americano Carl Barks, na qual ele criou as histórias do Pato Donald de 1942 a 1973. Seus instrumentos de desenho incluíam tinta Faber-Castell Higgins e pastéis Polychromos (© Helnwein).
Carl Barks, desenho de história em quadrinhos, página 7 da história Donald e Margarida – A Indústria de Beleza
de 1966, tinta (Faber-Castell Higgins) sobre lápis em papel cartão, 59.5 cm × 41 cm (Coleção Faber-Castell, © Disney).
Página 9 da edição alemã intitulada Donald hat Geheimnisse (O Donald tem Segredos), de 1968, traduzida por Erika Fuchs (Coleção Faber-Castell, © Disney)
Barks também tornou-se referência para todos
os desenhistas do Pato Donald, até os dias de hoje.
Ao longo dos anos, Carl Barks criou mais de 6 mil
histórias em quadrinhos diferentes para a Disney.
Destas, só restam 200 peças originais. As outras
foram sistematicamente destruídas pela Western
Publishing em virtude do contrato de licença que
mantinha com a Disney. É graças ao editor ante-
rior que pelo menos parte da obra desse cartunista
ainda hoje existe em sua forma original.
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Instrumentos para a criatividade
Paul Klee
Paul Klee, Es will nicht hinein (It won't go in), 1939, 86, pastel (PITT) em papel e cartão, 27 cm × 21.5 cm (propriedade particular na Suíça, arquivado no Centro Paul Klee, em Bern).
“A ARTE NÃO REPRODUZ O VISÍVEL; AO CONTRÁRIO, ELA TORNA VISÍVEL”, era o lema do artista e teórico de arte Paul Klee (1879–1940). O desenho aqui apresentado fazia parte
da sua obra mais recente. Foi criada em 1939, quando sofria de uma doença terminal após retornar para
a sua cidade natal de Bern como “artista degenerado”. Assim como ocorre com grande parte do trabalho
de Klee, as linhas têm um papel principal neste quadro. Já em 1916, Oskar Schlemmer, colega de Paul
Klee na escola Bauhaus, escreveu que “ele é capaz de revelar toda a sabedoria em apenas alguns traços”.
O incansável artista Klee normalmente anotava o tipo de papel que havia escolhido no verso de seu trabalho
e às vezes, como neste caso, o tipo de caneta utilizada: Caneta A.W. Faber “PITT”.
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Instrumentos para a criatividade
O ARTISTA OSKAR KOKOSCHKA (1886-1980) APONTAVA SEUS LÁ-PIS, PRINCIPALMENTE OS FABER-CASTELL POLYCHROMOS, com uma
faca, para que pudesse usá-los para criar linhas
fi nas, grossas ou expandidas. Utilizando a ex-
tremidade chata, ele sombreava.
Oskar Kokoschka, Meer und Inseln Ullapool (Mar e Ilhas Ullapool), 1944, lápis de cor (Polychromos), 25,2 cm × 35,5 cm (© 2010 Fondation à la mémoire de Oskar Kokoschka, Vevey / VG Bild-Kunst, Bonn 2010)
Estojo de viagem de dois compartimentos por Oskar Kokoschka com uma ampla coleção de 141 lápis de cor (Fondation à la mémoire de Oskar Kokoschka, Vevey).
Oskar Kokoschka
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Karl Lagerfeld
Instrumentos para a criatividade
“A MODA COMEÇA NO PAPEL; E SOBREVIVE NO PAPEL.” É assim que
Karl Lagerfeld
(1938-), uma
das mais criativas
mentes alemãs
de todos os
tempos, descreve
a sua paixão pelo
desenho de moda.
Ao desenvolver suas
coleções de alta costura
e prêt-à-porter, Lagerfeld,
que se via como ilustrador e não
como designer, não considera o material como sendo o início de tudo. Na verdade, a caneta e o papel são
a fonte de sua inspiração. Seus desenhos servem tanto como esboços quanto como instruções diretas. Em
1987, um presente muito especial marcou o casamento do Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
e Mary Hogan, diretora de Marketing da Chanel de Nova York. A maison Chanel deu a seu principal de-
signer, Karl Lagerfeld, a responsabilidade de criar o vestido da noiva, que complementou perfeitamente
o cenário do evento, o Castelo Faber-Castell em Stein. O designer de moda se inspirou nos detalhes
do castelo, o qual já tinha visto na revista de arquitetura World of Interiors (Mundo dos Interiores).
Karl Lagerfeld, desenho do vestido de noiva da Condessa Mary von Faber-Castell, sem data, caneta ponta porosa e pastel Polychromos, 29,5 cm × 20,9 cm (Coleção Faber-Castell, © Karl Lagerfeld).
O Conde Anton Wolfgang, em 12 de dezembro de 1987, na valsa de seu casamento com a Condessa Mary, radiantemente linda no vestido criado por Karl Lagerfeld.
Para desenhar o vestido de noiva, Karl Lagerfeld se inspirou no mosaico do teto de um dos ambientes do Castelo Faber-Castell.
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Instrumentos para a criatividade
Neo Rauch
UMA “BOA QUANTIDADE DE CANETAS”, QUE O CONDE ANTON WOLFGANG VON FABER-CASTELL TROUXERA PARA O ESTÚDIO DO PINTOR DE LEIPZIG NEO RAUCH (1960-), deu-lhe o necessário estímulo exterior. Até então, Rauch, que com sua enigmá-
tica e complexa imagem para o mundo, é considerado internacionalmente um dos mais importantes pin-
tores de sua geração, ainda não tinha se dedicado à arte do desenho. Foi só quando recebeu os instrumentos
certos que passou a ter um grande respeito pelo desenho, naquele que ele descreve como “o momento
da verdade”. A recém-desenvolvida Caneta PITT Artist lhe deu a chave do mundo do desenho. Não foi só
a possibilidade que esta nova caneta oferecia para desenhar linhas grossas e coloridas, mas também sua
falta de história e tradição artísticas que tiveram um papel fundamental para inspirar Neo Rauch a colocar
seu trabalho orgânico e incidental no papel. “ASSIM, ELE (O CONDE VON FABER-CASTELL) FOI LITERALMENTE UM ‘IMPULSIONADOR DA CANETA’, DISSE NEO RAUCH.
Neo Rauch, sem título, 2005, Caneta Artística PITT, lápis de cor (Polychromos) e óleo em papel, 21 cm × 29,7 cm (Coleção Faber-Castell, © cortesia da Galerie EIGEN + ART Leipzig/Berlim e David Zwirner, Nova York / VG Bild-Kunst, Bonn 2010)
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Cartão de Ano Novo de Neo Rauch para o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell e sua família.
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Instrumentos para a criatividade
1 Adolph Menzel, Studienblatt mit stehendem Mann (Esboço com Homem em Pé), 1880, grafi te (lápis carpinteiro) em papel, 19,8 cm × 12,4 cm (Coleção Faber-Castell)
2 Marc Brandenburg, sem título, 2008, lápis (Castell 9000 in 2 H, HB e 5 B) em papel, 100 cm × 100 cm (Coleção Faber-Castell) 3 Karl Horst Hödicke, Zeichnend II (Desenho II ), 1975–1982, carvão (PITT Monochrome) em papel, 86 × 61 cm (Coleção Faber-Castell) 4 Erik Bulatov, Soirée noire – neige blanche, 1999, lápis de cor (Polychromos) em papel, 36,2 cm × 43,5 cm (Coleção Faber-Castell)
Da ColeçãoFaber-Castell
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5 Horst Janssen, Ahab, 1963, lápis (Castell 9000) e lápis de cor em papel, 44,5 cm × 31,3 cm (Coleção Faber-Castell) 6 Günter Grass, “Angespitzt (Sharpened )” da antologia Fundsachen für Nichtleser (Coisas Encontradas para Não Leitores), 1997,
aquarela em papel, 31,4 cm × 24,2 cm (Coleção Faber-Castell) 7 Georg Baselitz, sem título, 2009, lápis (Castell 9000) e tinta em papel, 65,9 cm × 50,8 cm (Coleção Faber-Castell) 8 Matthias Weischer, sem título, 2007, pastel (Polychromos) em papel, 25,5 cm × 25,5 cm (Coleção Faber-Castell)
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COLEÇÃOGraf von Faber-Castell
Os instrumentos de escrita selecionados feitos por meus ances-
trais propuseram-me o desafi o pessoal de redescobrir esses produtos
de um tempo passado e transferir seu design intemporal para os dias
de hoje, utilizando tecnologia moderna. Essas ideias tomaram forma
como a Coleção Graf von Faber-Castell, que combina materiais va-
liosos e funcionalidade com alto nível estético.
250 Anos Faber-Castell76
Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
Lápis de bolso, 1885
»«
Desk set n° I, contendo um Lápis Perfeito, acessórios banhados a platina com lápis adicionais e borrachas.
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O LÁPIS PERFEITO, ACESSÓRIOS BANHADOS A PLATINA,COM APONTADORE BORRACHAEMBUTIDOS.
SIMPLESMENTELUXO
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Coleção Graf von Faber-Castell
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A Caneta do Ano(Pen of the year)2011
2011 Jade
A edição da Caneta do Ano oferece, por
excelência, os altos padrões de qualida-
de da Coleção Graf von Faber-Castell.
A cada ano, desde 2003, uma caneta-tinteiro vem
sendo produzida à mão, no máximo por 12 meses,
para oferecer um lugar incomum a materiais sele-
cionados como, por exemplo, marfi m de mamute,
âmbar ou madeira de cetim das Índias Ocidentais.
A quantidade total de canetas produzidas em cada
edição, individualmente numerada, é anunciada ao
fi nal do ano.
A Caneta do Ano 2011 é feita com uma pedra
preciosa que, há milênios, tem sido apreciada por
sua beleza e conotações culturais. O jade emana
uma aura fascinante com a promessa de sorte
e até de imortalidade, tendo sido, portanto, predes-
tinado a embelezar a caneta exclusiva que marca
o 250o aniversário da empresa. Os oito segmentos
de jade simbolizam as oito gerações da família
que deixaram sua marca na empresa familiar, que
perdura até os nossos dias. O verde profundo sig-
nifi ca uma longa e bem-sucedida tradição, bem
como um futuro promissor.
Fazendo referência ao ano de 1761, em que
a Faber-Castell foi fundada, a edição exclusiva
é limitada a 1.761 canetas.
Coleção Graf von Faber-Castell
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250 Anos Faber-Castell 81
Os diversos materiais utilizados, da esquerda para a direita: 2003 madeira snakewood, 2004 âmbar com anéis banhados a platina, 2005 galluchat, 2006 marfi m de mamute e ébano, 2007 madeira petrifi cada incrustada em platina, 2008 delicado mini parquet feito de madeira de cetim. Não ilustrada: 2009 crina de cavalo trançado e 2010 madeira de nogueira caucasiana.
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250 Anos Faber-Castell82
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Faber-Castell Cosméticos
Em 1978, a Faber-Castell expandiu sua linha
de produtos e transferiu seu know-how do
campo dos lápis de madeira para uma
nova linha de negócios: produtos cosméticos. Hoje
a Faber-Castell Cosméticos é um dos principais
fabricantes desses produtos para empresas da in-
dústria internacional de cosméticos que distribuem
os produtos com suas próprias marcas. A Faber-
Castel projeta e desenvolve lápis cosméticos de
alta qualidade para a face, olhos, lábios e unhas,
utilizando tecnologias inovadoras. Os produtos
são desenvolvidos internamente e podem ser cus-
tomizados para satisfazer as necessidades dos
clientes. Ingredientes cuidadosamente seleciona-
dos asseguram a garantia e o conforto em sua apli-
cação.
A divisão de cosméticos opera globalmente,
possuindo unidades de produção na Alemanha e no
Brasil, bem como escritórios de vendas em 14 paí-
ses.
Gestão da sustentabilidade e responsabilida-
de ecológicas sempre fi zeram parte da fi losofi a
da Faber-Castell. A Faber-Castell Cosméticos une
essas atitudes às demandas de uma dinâmica in-
dústrial, desenvolvendo cosméticos naturais com
madeira certifi cada pelo FSC, com tampas biode-
gradáveis e os selos Ecocert, BDIH, e NaTrue, in-
ternacionalmente reconhecidos.
A Faber-Castell Cosméticos é pioneira nesta
área. Com o slogan É Nossa Natureza®, desen-
volveu o Truly Natural (Totalmente Natural), um
conceito de maquiagem totalmente ecológico que
foi introduzido em 2008. Essa linha foi seguida
de outros produtos cosméticos e de cuidado para as
unhas.
Sede administrativa na vila próxima ao Castelo Faber-Castell, constrido da década de 1870.
A Condessa Mary von Faber-Castell, aqui com seu marido Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell, dirige a divisão de cosméticos como diretora-presidente, juntamente com Stefano Castelletti.
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250 Anos Faber-Castell84
A variada linha de produtos da Faber-Castell Cosméticos é composta de um inteligente sistema modular de formatos e formulações. Este conceito atende os desejos e as expecta-tivas de alta qualidade dos clientes em igual medida.
Faber-Castell Cosméticos
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kkk250 Anos Faber-Castell 85
Delineador em cores metálicas, sombra com glitter e delineador líquido com ponta pincel extragrossa.
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250 Anos Faber-Castell86
Unidade de Produção de Geroldsgrün
Um fabuloso esquema de coresHá 20 anos, o Professor Werner Knaupp, da Aca-
demia de Belas Artes de Nuremberg à época,
propôs um esquema de cores que ele havia de-
senvolvido especialmente para a Faber-Castell.
“Uma empresa que produz um amplo espec-
tro de cores deve mostrá-lo, por dentro e por
fora”, ele pensava. Ao desenvolver sua pro-
posta, o artista se deixou guiar pelo efeito psico-
lógico das cores, bem como pelas leis físicas
do Círculo das Cores.
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Proposto por Goethe no século XVIII, o ar-
ranjo de cores do arco-íris em círculo foi
aperfeiçoado, em 1961, por Johannes Itten,
um professor de Bauhaus. Nesse arranjo, o efeito
e o contraste das cores são dispostos em relação
uns aos outros. O Professor Werner Knaupp havia
até mesmo assistido a palestras de Itten. Nos últi-
mos anos, esse conceito vem sendo implantado
nos prédios das instalações de Stein e Geroldsgrün,
de maneira exclusiva, embora diferentemente em
cada local. Na sede de Stein, as coloridas portas
de entrada e as escadarias do prédio da fábrica em
formato de U, seguem a roda de cores, do amarelo
para o laranja, vermelho, violeta, azul e o verde.
Verticalmente, as grades das janelas sutilmente
também seguem essa ordem, começando com o
verde ao nível do subsolo.
Unidade de Produção de Geroldsgrün
Na unidade de produção de Geroldsgrün,
todas as fachadas dos prédios são pintadas com
as fortes cores do arco-íris, aparentemente fazendo
contraponto ao uniforme e frondoso verde da Flo-
resta da Francônia. O amarelo foi escolhido para o
prédio da administração; o vermelho, para a esta-
ção de fornecimento de aquecimento; e o azul,
para as instalações de produção. As cores com-
plementares violeta, verde e laranja estão nos ba-
tentes das janelas de todos os prédios para obter
o maior contraste de cores possível. No festival
de verão, durante o evento denominado “Mostre
suas Cores”, o próprio Conde Anton Wolfgang von
Faber-Castell, juntamente com seu fi lho Charles,
cobriu alguns espaços em cinza que ainda resta-
vam na paleta de cores de Geroldsgrün.
Em 2011 a unidade de produção de Gerolds-
grün comemorará seu 150o aniversário.
Da esquerda para a direita: Conde Charles von Faber-Castell, Professor Werner Knaupp e Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
Esquema de cores na unidade de produção de Geroldsgrün
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A fábrica de Geroldsgrün, no norte da Baviera, foi fundada em 1861, cem anos depois que a empresa surgiu em Stein. Começou produzindo lousas e instrumentos básicos de desenho. Em 1892 foram acrescentadas as réguas de cálculo, e a Faber-Castell cresceu, tornando-se um dos maiores fabricantes do mundo nesse segmento. Entretanto, a invenção das calculadoras eletrônicas de bolsonos meados da década de 70, resultou no abrupto fi m dos negócios envolvendo esse instrumento. A fábrica de Geroldsgrün ainda produz instrumentos de desenho e canetas, incluindo canetas cosméticas feitas de plástico.
250 Anos Faber-Castell 89
150 anos da fábrica de Geroldsgrün
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250 Anos Faber-Castell90
O grupo internacional Faber-Castell
De Stein para o Mundo
A SEDE DA EMPRESA LOCALIZA-SE EM STEIN
Castelo Faber-CastellExibição permanente, refeitório
Produção de lápis de madeira
A antiga casa da caldeira transformada em centro de recepção
Museu “Antiga Fábrica de Grafi te”
Loja Faber-Castell na antiga casa do jardineiro
As áreas marcadas com cores formam
um grupo único dos prédios da fábrica,
das mansões e do jardim, que fi cam
abertos para o público como a “Faber-Castell
Experiência”. Sua especial fascinação resulta da
justaposição do passado e do futuro de uma em-
presa familiar que atua em todo o globo.
O Castelo Faber-Castell e o museu “Antiga
Fábrica de Grafi te” fi cam abertos todo o terceiro
domingo do mês, das 11 às 17 horas. É possível
marcar excursões guiadas pelo website www.
faber-castell.com/The-Faber-Castell-Experience.
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A FABER-CASTELL FABRICA PRODUTOS EM DEZ PAÍSES DO MUNDO,COMERCIALIZA-OS ATRAVÉS DE MAIS DE 20 ORGANIZAÇÕES DE VENDAE É REPRESENTADA EM MAIS DE 120 PAÍSES.
250 Anos Faber-Castell 91
EUA
México
Costa Rica
Colômbia
Peru
Chile
Argentinia
Brasil
França
Itália
AlemanhaRepública Tcheca
SuíçaÁustria
Índia
Malásia
Indonésia
Austrália
Nova Zelândia
Cingapura
Hong Kong
China
Unidades de produção Escritórios de venda
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250 Anos Faber-Castell92
Unidades de produção
STE I NALE MA
GUANGZHOUC
G RÜ NALE MAN HZ E L L Á U S T R I AS I LB R A S I LBO GOTÁCOLÔM B
I ALUMPURMALÁSIA
P R ATA B R
BEKASIINDO
NEI
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em dez países
AN HA
CHINA
HA
B IA
GEROLDSENGELHARTS
SÃOCARLOSBRAR A S I L MANAUS
GOAINDONÉSIA KUALA
LIMAPERÚILYCOSTARICA
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Faber-Castell Brasil
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250 Anos Faber-Castell 95
BrasilNa maior fábrica de lápis de grafi te e de cor
do mundo, em São Carlos, sudeste do Brasil,
aproximadamente 2.800 colaboradores produ-
zem mais de 2 bilhões de lápis por ano.
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250 Anos Faber-Castell 97
Da árvore ao lápisA FABER-CASTELL MANTÉM SEU PIONEIRO PAPEL ECOLÓGICO
E NEUTRALIZA O GÁS CARBONO QUE EMITE
Não é preciso ser um visionário para
entender que assegurar os recursos para
as futuras gerações é de vital impor-
tância..” Foi isso que o Conde Anton Wolfgang
von Faber-Castell disse pouco
antes da Cúpula Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável
(WSSD) em Joanesburgo em
2002. A Faber-Castell foi a única
empresa de porte médio a mostrar
aos 25 mil delegados, observa-
dores, jornalistas e ONGs que dá
o devido valor aos fatores ecoló-
gicos da vida.
Duas décadas antes, saindo
à frente em processos industriais
de produção amigáveis ao meio
ambiente, a empresa investiu em
um projeto que cresceu muito, quase que desper-
cebido do público. Dez mil hectares de uma fl ores-
ta de pinheiros, plantados e manejados, por inicia-
tiva própria da empresa, representam uma valiosa
fonte de matéria-prima para a produção de lápis,
que é sufi ciente para satisfazer as suas atuais
necessidades para a produção de mais de 2 bilhões
de lápis de madeira ao ano na unidade da Faber-
Castell de São Carlos, no Brasil.
É um projeto visionário, que demandou
planejamento de longo prazo por
parte do conde e de seus gestores.
Passam-se mais de 20 anos antes
que as primeiras árvores da fl o-
resta de pinheiros possam ser cor-
tadas. Portanto, foi um “modelo
visionário” que não objetivava o
lucro, mas um projeto que exigia
confi ança e paciência antes que
rendesse bons resultados. A fl o-
resta é manejada de acordo com
os modernos princípios de sus-
tentabilidade. Sendo “socialmente
compatível, ecologicamente cor-
reta e economicamente viável”, o projeto atende
às exigências do Conselho de Manejo Florestal
(FSC, Forest Stewardship Council), um painel de
especialistas composto por cientistas internacio-
nais e associações de proteção ao meio ambiente,
cuja certifi cação é representada por um selo de ga-
“
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Um milhão de mudas de Pinus caribaea é plantado todo o ano.
A fl oresta Faber-Castell também oferece refúgio a algumas espécies de animais ameaçados de extição.
250 Anos Faber-Castell98
ministro federal do meio ambiente alemão. Trinta
e quatro empresas brasileiras, alemãs e japonesas
rantia de origem da madeira. Todas as serrarias
da empresa e suas unidades de produção de lápis
de madeira são certifi cadas pelo FSC.
A sustentabilidade, signifi cando o equilíbrio
entre a ecologia e a economia, pode ser medida
em números. O investimento só dá retorno no
longo prazo, mas é parcialmente contrabalançado
pelo preço da madeira que aumenta constante-
mente no mercado mundial. A estratégia de “di-
versifi cação vertical”, já praticada por Lothar von
Faber desde 1856, quando comprou os direitos
aos minérios extraídos de uma mina de grafi te na
Sibéria, não apenas facilita planejar o suprimen-
to de matérias-primas,
mas também assegura
a alta qualidade da ma-
téria prima. Ademais,
oferece oportunidades
para poupar, incluindo
a reciclagem de resí-
duos. Por exemplo, as
avícolas recebem ser-
ragem proveniente da
produção e as aparas
de madeira produzidas
pelas serrarias, são comprimidas em briquetes
e utilizadas como combustível renovado nas pró-
prias fábricas da empresa. Outro resultado positivo
é que a fl oresta mais que compensa as emissões
de CO2 resultante das operações da Faber-Castell
no mundo.
Em 2008, a Faber-Castell se uniu à inicia-
tiva “Empresas & Biodiversidade”. Por convite do
assinaram uma declaração de
líderes que se compromete-
ram a encorajar a diversidade
biológica em suas decisões
gerenciais e operações. Jairo
Cantarelli é o chefe da Divi-
são de Madeira da Faber-
Castell Brasil e, portanto, res-
ponsável pelo projeto fl orestal: “A proteção
da fl ora e da fauna nativas, assim como a prati-
camos em nossa fl oresta na região de Prata (MG),
é um abrangente programa”, diz ele, “há muito
faz parte da política da empresa, porque ‘respon-
sabilidade ecológica e social’ constam de seu
estatuto como essências da marca. Quanto à fau-
na, 55 espécies de mamíferos, 232 espécies de aves
e 55 diferentes tipos de répteis e anfíbios fi ze-
ram seu hábitat em partes da fl oresta e nas áreas
de preservação permanente que perfazem 30% dos
dez mil hectares”. Além disso, a cooperação com
universidades brasileiras trouxe reconhecimento
internacional ao compromisso da Faber-Castell
na preservação da bio-
diversidade.
Assim, os esfor-
ços das várias unidades
da Faber-Castell não
abordam as questões
ecológicas apenas su-
perfi cialmente, acom-
panhando as atuais ten-
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Uma valiosa fonte de matéria-prima para a produção de lápis de madeira: da própria fl oresta de pinheiros no Brasil
Vista aérea da fl oresta Faber-Castell no Brasil
250 Anos Faber-Castell 99
dências e a boa publicidade, mas, na empresa, já
são realidade há anos. Globalmente, a empresa
obtém 95% de sua madeira de fontes certifi cadas.
O restante vem de fl orestas sustentavelmente
manejadas. Em 2008, o Conde von Faber-Castell
foi eleito “Ecogestor do Ano” pela WWF e pela
revista Capital por seus muitos anos de compro-
misso para com o meio ambiente. Eberhard
te, e não só para os
lápis de madeira, mas
para todas as catego-
rias de produtos.
Para o presiden-
te da empresa, o Con-
de Anton Wolfgang
von Faber- Castell, a
Brandes, diretor do braço ale-
mão da WWF, que lhe con-
cedeu o prêmio, vê a Faber-
Castell como “um excep-
cional exemplo de como um
player global pode estabele-
cer abrangentes padrões nos
campos social e ambiental,
apesar da crescente pressão
do mercado”.
Nesta área, a ambição
da Faber-Castell aumenta cada vez mais, e não
apenas porque a responsabilidade ecológica foi
tida como um de seus principais valores. O obje-
tivo é utilizar madeira certifi cada exclusiva-
mente, para toda a produção,
em todo o mundo. Todo o ciclo
de produção, inclusive economia
de energia e reciclagem de resí-
duos, é submetido a constante
monitoramento. A empresa em-
prega moderna tecnologia para
novos desenvolvimentos e me-
lhorias, que fazem sentido tanto
ecologica quanto economicamen-
responsabilidade para com os seres humanos e o
meio ambiente não é simplesmente um fi m em si.
Ele quer contribuir para
o crescimento social tan-
to no sentido ético quan-
to fi nanceiro: “Se almeja-
mos ao sucesso no longo
prazo, temos que pensar
em termos de muitas ge-
rações. Penso que não
administro um negócio
à custa de meus sucesso-
res, e isso signifi ca tam-
bém criar fontes susten-
táveis para a nossa mais importante matéria-
prima, a madeira, que não sejam prejudiciais
ao meio ambiente ou às pessoas envolvidas e que,
ao mesmo tempo, sejam condizentes com nossos
padrões de qualidade. Nossa saudável situação
econômica e a confi rmação que temos de nossos
parceiros comerciais, distribuidores e consumido-
res me dizem que estamos no caminho certo”.
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Jack Huston | Ator | InglaterraE
sque
ma
de c
ores
na
esca
dari
a d
a fá
bric
a em
Ste
in
Finalizando um fi lme no qual atuo como escritor, dos roteiros às histórias do meu dia-a-dia,é um prazer encontrar essa marcaque atende a todas as minhas necessidades. Saudações,
Jack Huston
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Em março de 2000, a Faber-Castell, juntamente com o sindicato
alemão IG Metall, ratifi cou um acordo que é aplicado em todos
os países. A Carta Social de Conduta da Faber-Castell é uma das
primeiras desse tipo no mundo. A empresa se compromete voluntaria-
mente a assegurar, em todas as suas subsidiárias, as condições de em-
prego e de trabalho recomendadas pela Organização Internacional
do Trabalho (OIT). A carta inclui, dentre outras coisas, a proibição
do trabalho infantil, a garantia de condições de trabalho higiênicas
e seguras e iguais oportunidades e tratamento às pessoas, independente-
mente de raça, religião, sexo ou nacionalidade. Um comitê, em interva-
los regulares, verifi ca se os termos da carta estão sendo obedecidos.
Carta Social de Condutada Faber-Castell
Como uma das mais antigas indústrias do mundo, a Faber-Castell, há muitas gerações, demonstra um
alto grau de comprometimento social. Já nos meados do século XIX, criou o primeiro plano de assistência
médica da Alemanha e uma das primeiras creches do país. Fundou escolas e construiu casas e apartamentos
para seus colaboradores.
Ratifi cação da Carta Social de Conduta da Faber-Castell e do IG Metall em 3 de março de 2000
Uma tradição da empresa se mantém viva: na Faber-Castell Brasil, em São Carlos, os colaboradores se voluntariam para alegrar os dias de crianças carentes em creches da cidade.
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CasteloFaber-Castell
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250 Anos Faber-Castell 103
Visão geral: no verão de 2010, os funcionários de Stein forma-
ram o número 250 na frente do castelo, já com vistas às come-
morações do 250o aniversário da empresa, em todo o mundo, em
2011.
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250 Anos Faber-Castell104
Castelo Faber-Castell
O salão de baile ilustra a variedade de estilos da decoração do interior do castelo na era do historicismo. Os nichos dos cantos são do estilo neogótico. Na galeria dos músicos há elementos decorativos da Renascença, enquanto a viva ornamentação do teto de estuque é um típico exemplo de art nouveau.
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250 Anos Faber-Castell 105
O teto do saguão de tapeçaria (acima) e do o saguão central (abaixo, à direita) é de estuque policromático. Ambos adquiri-ram novo brilho após a restauração.
A bem iluminada escadaria de mármore, com seus mosaicos art nouveau (abaixo, à esquerda), contrasta com a fachada historicista.
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250 Anos Faber-Castell106
Localizado em um parque com fi leiras
de árvores perto da fábrica, o castelo cons-
titui um grupo único de três lindos prédios
que vêm sendo habitados por sucessivas gera-
ções da família. O Castelo Novo, construído para
o Conde Alexander e a Condessa Ottilie von
Faber-Castell entre 1903 e 1906, fi ca a menos
de 100 metros da vila de Wilhelm von Faber.
Conecta-se ao Castelo Antigo através de uma
torre que foi projetada pelo arquiteto Friedrich
Bürklein para Lothar von Faber em 1845-48.
A escolha do arquiteto para o Castelo Novo
recaiu sobre Theodor von Kramer que, desde 1888,
era diretor do Museu do Comércio da Baviera
em Nuremberg. Lothar von Faber, em 1869, foi
cofundador dessa instituição central de estímulo
ao comércio. Em suas memórias, Theodor von
Kramer disse o seguinte sobre o prédio de Stein:
O revestimento do salão de baile é de nogueira entalhada. As in-crustações são feitas com materiais superiores como Birdseye Maple2
de bordo, ébano e madrepérola.O revestimento de parede em tecido é feito de brocatelle dourado deco-rado com palmettes.
Castelo Faber-Castell
O anglo-americano Carl von Marr, nascido em Milwaukee, Wisconsin, pintor e professor na Academia de Arte de Munique, pintou toda a parede da festiva sala de jantar utilizando aquarela sobre tela. A pintura aborda as várias idades do homem, do nascimento à velhice.
2 N.T. – Birdseye Maple – madeira nobre resistente, normalmente utilizada em móveis e instrumentos musicais (Fonte: Wikipedia).
Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 106Portugal_Druck_Magazin_26.12.indd 106 07.04.2011 14:08:13 Uhr07.04.2011 14:08:13 Uhr
250 Anos Faber-Castell 107
“O complexo inteiro tem o caráter de um castelo
fortifi cado, de acordo com o desejo do cliente. Ao
adentrá-lo, somos recepcionados por uma lumino-
sa escadaria de mármore. Corredores espaçosos
levam aos quartos, cuja mobília é remanescente
de esplendor principesco. Isso se aplica principal-
mente aos festivos salões do andar superior, entre
os quais a grande sala de jantar se distingue pelos
valiosos quadros de Carl von Marr, que também
foi diretor da Academia de Artes de Munique…”.
O uso de elementos estilísticos do período
romanesco é uma óbvia referência às origens do
Conde Alexander zu Castell-Rüdenhausen: os con-
des de Castell conseguem construir sua árvore ge-
nealógica desde o século XI. Típicos daqueles dias
são os arcos arredondados no exterior do prédio,
principalmente na torre que pode ser vista a partir
de considerável distância.
Os dois banheiros combinam refi nada elegância e funcionalidade contemporânea. O banheiro dos homens, com seus frios tons verde-acinzentados, contrasta com os matizes quentes de marrom e turquesa do banheiro das mulheres.
O interior é um impressionante exemplo
da multiplicidade de estilos do fi nal do século XIX,
incluindo a art nouveau. Os salões ainda refl etem
fi elmente o modo de vida da nobreza. Três saguões
projetados pelo jovem arquiteto Bruno Paul, o sa-
lão e o escritório do conde, no térreo, e o “salão
Magnífi cos mosaicos de art nouveau da escadaria cintilam em uma grande quantidade de cores.
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250 Anos Faber-Castell108
limão” da condessa no andar de cima, são notórios
exemplos da art nouveau. A preferência por pa-
drões geométricos é a marca típica de Bruno Paul,
que confi ou o revestimento das paredes e a mobí-
lia aos artesãos especialistas das Ofi cinas Unidas
de Arte Artesanal de Munique.
Em contraste com o esplendor das salas
de recepção, os quartos das crianças foram clara-
mente projetados para serem usufruídos. A mobí-
lia tem cantos gentilmente arredondados e a ima-
ginação dos jovens é estimulada por frisos co-
loridos que representam personagens de contos
de fada.
O castelo conta com os mais modernos
equipamentos. Um elevador elétrico transporta os
pratos da cozinha, no subsolo, às áreas de serviço
de cada andar. Toda a instalação elétrica foi plane-
jada pelo bureau técnico da Siemens-Schuckert
Works de Nuremberg. Mais de mil lâmpadas ilu-
minam as salas e os corredores nos três andares.
Aquecimento e ar fresco são fornecidos por um
sistema de aquecimento e ventilação a vapor ins-
talado pela MAN de Nuremberg. Os banheiros,
muito modernos para o seu tempo, foram equipa-
dos por uma empresa de Strasbourg, especializada
em instalações de gás e água.
O castelo foi fi nalizado em 1906, tendo sido
habitado pela família até 1939. Depois da Segunda
Guerra Mundial, os olhos do público se voltaram
para ele, pois serviu de “base da imprensa”. Nele,
repórteres e fotógrafos internacionais fi caram
instalados durante os julgamentos de Nuremberg,
de 1945 a 1949. Desse ano até 1953, o exército
de ocupação norte-americano utilizou o prédio
como base dos ofi ciais.
Embora a família não viva mais lá, o Conde
Anton Wolfgang von Faber-Castell faz de tudo
para manter o Castelo Faber-Castell em bom esta-
do de conservação. Vários especialistas passaram
anos reformando e restaurando o prédio.
Castelo Faber-Castell
As paredes dos quartos das crianças, coloridas, foram restauradas e recuperaram sua antiga glória.
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Jornalistas autorizados de 20 países trabalharam nas longas mesas colocadas nos salões do castelo pelo Exército dos Estados Unidos.
No dia 1o de maio de 1939, não muito antes do
irrompimento da Segunda Guerra Mundial,
o conde e sua família, como de costume, foram
para a sua casa de verão perto de Nuremberg. Logo
após, o Castelo Faber-Castell foi requisitado pela
Wehrmacht alemã, que utilizou alguns de seus cô-
modos. O castelo não sofreu grandes danos duran-
te a guerra. Esse fato, combinado com a sua pro-
ximidade da cidade de Nuremberg, que havia sido
fortemente bombardeada, explica por que o cas-
telo e a vila vizinha de Wilhelm von Faber foram
ocupados pelos aliados e utilizados como “base
da imprensa” depois que a guerra terminou em
Base da Imprensa durante o TribunalMilitar Internacional
1945. Noventa e dois jornalistas estrangeiros
cobriram, do castelo de Stein, o Tribunal Militar
Internacional (TMI) de Nuremberg para todos os
cantos do globo.
Nos julgamentos de Nuremberg, os vitorio-
sos condenaram 23 líderes nazistas por crimes de
guerra. As acusações se baseavam nos “Princípios
de Nuremberg”, que passaram a ter um importante
papel nas modernas leis internacionais e levaram
à criação da Corte Penal Internacional de Haia.
O grupo da imprensa incluía vários nomes
famosos como Walter Cronkite, Wes Gallagher
e William Shirer. Dentre os autores fa mosos
que foram para Nuremberg estavam John Dos
Passos, Martha Gelhorn, Janet Flanner, Nora
Waln, Rebecca West, Victoria Ocampo e Sir
Harold Nicolson. Alguns refugiados enviavam re-
latórios a seus novos países. Dentre eles estavam
Erika Mann, Robert Jungk, Alfred Döblin, Peter
de Mendelssohn, Willy Brandt e Markus Wolf.
Sinais originais com mensagens como “Não
Fume”, “Verduras e Legumes”, “Frutas” e “Suco”,
assim como um transformador no subsolo, menus
e contas de lavanderia, são testemunhas silen-
ciosas de um signifi cativo período da história do
castelo.
Castelo Faber-Castell
O comentarista de julgamentos H.R. Baukhage (à esquerda), da American Broadcasting Company, em conversa com o tenente-coronel Madary, ofi cial comandante da base da imprensa.
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Eva Herzigova | Modelo | República Tcheca
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Ao Conde Faber-Castell, Acabei de tomar conhecimento
que vocês estão comemorando 250 anos! Do fundo do meu coração,
uma genuína admiradora dos seus produtos, meus parabéns.
Com amor,
Eva Herzigova
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Fazendo coisas simplesextraordinariamente bem
»TRADIÇÃO SIGNIFICA MANTER O BRILHO VIVO, NÃO AS CINZAS.
O SUCESSO DA FABER-CASTELL ATRAVÉS DOS SÉCULOS
É RESULTADO DO VALOR QUE A EMPRESA DEU AOS SEUS ANOS
DE EXPERIÊNCIA, ESFORÇANDO-SE PARA FAZER COISAS SIMPLES
EXTRAORDINARIAMENTE BEM, MANTENDO A MENTE ABERTA
A NOVAS IDEIAS E AGINDO COM RESPONSABILIDADE E ESPÍRITO
EMPREENDEDOR. ESSES VALORES SE APLICAM NÃO APENAS
À MARCA, MAS À EMPRESA COMO UM TODO, SENDO A BASE
TANTO DE NOSSA IDENTIDADE QUANTO DE NOSSO SUCESSO
DURADOURO.«
Conversando com o Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
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Conde von Faber-Castell, nesta era digital, a sua
empresa ainda acredita no lápis de madeira. Isso
não é um anacronismo?
Não conseguiremos impedir o uso de PCs e lap-
tops. Mesmo assim, nas próximas décadas as
pessoas ainda escreverão, desenharão e pintarão
à mão. Pesquisas mostram que as crianças têm
de usar as mãos para desenvolver suas habilidades
mentais. Assim, nossos produtos cuidadosamente
desenvolvidos são importantes do ponto de vista
educacional. Com o crescimento contínuo da
população mundial, especialmente nos países em
desenvolvimento e recém-industrializados, vemos
ainda uma demanda de longo prazo para produtos
escolares e universitários, que, obviamente, in-
cluem lápis de grafi te e de cor.
O que o lápis tem de tão especial?
Há muitos argumentos a favor do “bom e velho
lápis preto”, que, naturalmente, deveria, na verda-
de, ser chamado de lápis de grafi te. O lápis é eco-
nômico e amigável ao meio ambiente, e já existe
há centenas de anos. O cosmonauta russo Yuri
Gagarin, a primeira pessoa a orbitar a Terra em
1961, até levou um consigo a bordo da nave
espacial Vostok, porque um lápis continua a es-
crever sem gravidade.
Atualmente, qual produto Faber-Castell faz mais
sucesso no mundo?
O lápis de cor, como sempre. Mas não estamos
apostando neles apenas. A Faber-Castell deseja
ser uma “companheira para a vida toda”. Por isso,
oferece uma ampla e variada linha de produtos,
dos primeiros itens para colorir aos instrumentos
e acessórios de escrita de alta qualidade para o exi-
gente consumidor.
Vocês já tiveram a experiência de como o ciclo de
vida de um produto pode mudar rapidamente …
Sim, sobrevivemos a duas crises estruturais: o de-
saparecimento da régua de cálculo nos anos 70
e a rápida diminuição da importância do desenho
técnico manual na segunda metade da década
»HÁ MUITOS ARGUMENTOS A FAVOR DO BOM E VELHO LÁPIS PRETO …«
de 80.
No longo prazo, há dois
campos para os quais prevemos
crescimento sustentável: por um
lado, o dos produtos que são
educacionalmente valiosos e es-
timulam a criatividade das crian-
ças, e, por outro, apostamos nos
instrumentos e acessórios de es-
crita selecionados. A consciência
da marca e a fi delidade a ela
desde a mais tenra idade, assim
como a importância do efeito da construção da
imagem de produtos de alta qualidade, especial-
mente os da Coleção Graf von Faber-Castell,
oferecem suporte duradouro à posição da Faber-
Castell no mercado.
Como companheiros da vida toda, também
estamos dando cada vez mais atenção a produtos
criativos para adultos. Os países industrializados
apresentam uma crescente demanda por atividades
de lazer porque o número de pessoas de idade mais
avançada está aumentando. Portanto, a demanda
de artigos criativos que possam ser utilizados como
hobby crescerá no futuro.
E não são apenas produtos para colorir, escrever e
desenhar que sua empresa produz …
O que poucas pessoas sabem é que, há mais
de 30 anos, fabricamos produtos para algumas
famosas empresas de cosméticos. Nossa subsidiá-
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dem ser compatíveis. Com a sua
Carta Social de Conduta, o senhor
voluntariamente se comprometeu
a obedecer aos padrões da Organi-
zação Internacional do Trabalho
em todas as suas fábricas. Por que
isso foi tão importante para a em-
presa?
Meu tataravô, Lothar von Faber,
era um homem de negócios inco-
mumente voltado para os aspectos
sociais, e as gerações que o segui-
ria Faber-Castell Cosméticos estabeleceu-se como
líder no segmento de fornecedores de produtos
para empresas da indústria de cosméticos que
utilizam suas próprias marcas, como os lápis cos-
méticos.
Vocês operam em 120 países. Quais mercados são
especialmente interessantes para a Faber-Castell?
Posso orgulhosamente me voltar ao fi nal dos
anos 70, quando percebi a importância dos mer-
cados da Ásia/Pacífi co e lá abri subsidiárias que
têm tido constante sucesso. A Malásia é agora uma
próspera unidade de produção, e a Faber-Castell
é bem conhecida nesse mercado. Nossa posição
é semelhante na Indonésia, na Índia e, espero, logo
também na China. Vejo a Ásia como um mercado
que terá enorme crescimento, principalmente para
os produtos que levam o selo de qualidade “feito
na Alemanha”.
Como o senhor vê a questão do lucro?
Não me esforço nem um pouco para obter lucro no
curto prazo. Mas a condição de produzir ganhos
sustentavelmente é de vital importância para todas
as empresas que desejam sucesso no longo prazo.
Como homem de negócios, é natural que eu queira
ganhar dinheiro decentemente, em ambos os senti-
dos da palavra. O tipo de decência que é baseada
em valores como responsabilidade social, confi an-
ça, honestidade e participação justa certamente
é compatível com a busca saudável do resultado
fi nanceiro, porque uma empresa lucrativa também
tem condições de ser generosa no que se refere aos
serviços sociais às pessoas.
Sua empresa, com frequência, dá um bom exemplo
de como o lucro e a responsabilidade social po-
»QUERO GANHAR DINHEIRO DECENTEMENTE, EM AMBOS OS SENTIDOS DA PALAVRA.«
ram acham que têm a obrigação de seguir seu
exemplo. A Carta Social de Conduta assinada em
2000 bane a discriminação e o trabalho infantil
e protege nossos colaboradores da exploração. Em
minha opinião, os termos com os quais concorda-
mos e nos comprometemos fazem muito sentido
comercial.
Quais são as vantagens de ter uma empresa fami-
liar no atual mundo globalizado?
As empresas familiares bem administradas se dis-
tinguem por valores que incluem sustentabilidade,
responsabilidade social e virtudes humanas como
dedicação, modéstia e destreza. O que importa é a
atitude que se passa de geração para geração. Nós
nos vemos como um elo em uma corrente e colo-
camos a preservação de longo prazo da empresa
acima do crescimento propriamente dito. Pensa-
mos que não são os passos largos que nos levam
adiante, mas a continuidade das coisas que com-
provadamente deram certo no passado. A contínua
otimização, seguindo a ideia de que os pequenos
passos levam a grandes distâncias, principalmente
se dados sucessiva e rapidamente, isso sempre es-
teve presente em nossa política empresarial.
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»… NUNCA PERDER DE VISTA OS BENEFÍCIOS AO CONSUMIDOR.«
Qual é o segredo do sucesso por trás dos 250 anos
de história da Faber-Castell?
Lothar von Faber deixou sua marca nas gerações
que o seguiram, inclusive em mim. Seus fi rmes
esforços para construir a reputação da marca, seu
comprometimento social, sua criatividade e sua
consistência ao abrir novos mercados, muito an-
tes de a palavra “globalização” existir, são qualida-
des comerciais tão importantes ainda hoje quanto o
eram na época de Lothar. A questão não é de se ater
à tradição por si só, mas preservá-la, acompanhan-
do os tempos, com um exitoso sistema de valores.
Ao mesmo tempo, não se pode ter medo de questio-
nar os procedimentos existentes e de otimizá-los.
Esse é um componente essencial do sucesso. Mas,
o mais importante para mim, pessoalmente, é ter
sempre uma mente inquiridora e nunca perder de
vista os benefícios para o consumidor.
Às vezes você sente o peso de ter um nome fa-
moso?
Meu nome nunca foi um obstáculo para mim. Ao
contrário, nos negócios, ele abre portas. Entretan-
to, por si só, o nome não é sufi ciente. Para ser bem-
sucedido, é preciso pôr suas habilidades em teste.
O que “luxo” signifi ca para o senhor?
Para mim, a palavra luxo é um pouco suspeita,
porque soa como ostentação e excesso, e eu não
tenho qualquer interesse por nenhum dos dois. Por
outro lado, luxo no sentido de algo especial, um
objeto de valor incomum, com função superior
e alta qualidade, a isso dou muito valor. Pode
ser um relógio com um mecanismo sofi sticado ou
instrumento de escrita superior como, por exem-
plo, o Lápis Perfeito da Coleção Graf von Faber-
Castell.
Qual o seu bem mais precioso?
Minha esposa e meus fi lhos, mas não sou proprie-
tário deles. Meus objetos mais valiosos são as
obras do período expressionista alemão e os traba-
lhos de artistas contemporâneos que coleciono.
O que o senhor gostaria de possuir?
Um bem manejado vinhedo, e eu gostaria de ter
tanto sucesso com ele quanto meu primo hereditá-
rio Conde Ferdinand zu Castell-Castell.
E qual é seu instrumento de escrita predileto?
O Lápis Perfeito é, defi nitivamente, um dos meus
favoritos. E, particularmente, também gosto de es-
crever com a caneta Ambition cujo corpo é feito
com madeira de coqueiro indiano. Tocar nesse
material é muito agradável, e a tinta se deposita
suavemente e seca com rapidez.
Quais são suas expectativas ao entrarmos no ano
do 250º aniversário da Faber-Castell?
Espero comemorar esse incomum aniversário jun-
tamente com meus colaboradores de todas as uni-
dades e escritórios do mundo. Para mim, é um
prazer e uma grande satisfação ter contribuído para
esse marco na história da empresa. Mas isso não
é motivo para que eu me faça de arrogante ou fi que
totalmente satisfeito. Nesse dia e especialmente
nesta época, é muito importante para mim, como
homem de negócios, permanecer humano e me
ater aos valores que Lothar von Faber estabeleceu,
pois esses valores são a força de nossa empresa
familiar.
Para o futuro da Faber-Castell desejo que ela
se desenvolva ainda mais como uma marca pre-
mium e permaneça fi rmemente fi el ao slogan “fa-
zendo coisas simples extraordinariamente bem”.
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“O QUE IMPORTA É A ATITUDE PASSADA DE GERAÇÃO A GERAÇÃO:
VER-SE COMO UM ELO DE UMA CORRENTE, COLOCANDO A SOBREVIVÊNCIA DE LONGO PRAZO DA EMPRESA ACIMADE OBJETIVOS DE CRESCIMENTO EXCESSIVO.”
Conde Anton Wolfgang von Faber-Castell
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Tradição e futuro
Dos álbuns de família
Natal de 1941 – Condessa Katharina von Faber-Castell com os fi lhos da 8a geração (da esquerda para a direita): Conde Hubertus, Conde Alexander e Conde Anton Wolfgang, Condessa Felicitas (atrás) e Condessa Angela von Faber-Castell (totalmente à direita)
2010 – Cartão de Natal da 9a geração (da esquerda para a direita):Condessa Sarah, Condessa Katharina, Conde Charles e Condessa Victoria von Faber-Castell
9A GERAÇÃO
8A GERAÇÃO
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www.faber-castell.com
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“DESDE O INÍCIO EU ESTAVA DETERMINADO A CHEGAR À POSIÇÃO MAIS ELEVADA POSSÍVEL, PRODUZINDO O QUE HÁ DE MELHOR NO MUNDO INTEIRO.”
Barão Lothar von Faber em uma carta a seu irmão Eberhard, 31 de maio de 1869 Fa
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Cas
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