Revista Industria de Bebidas - Edição 59

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SE BEBER NÃO DIRIJA www.industriadebebidas.com.br BEB DAS INDÚSTRIA DE Ano 10 - N o 59 - 2011 R Mercado de Bebidas Brasileiro vê momento econômico positivo Expo Bebidas & Serviços chega a 17ª edição repleta de novidades e possibilidades de negócios

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A Revista Indústria de Bebidas é publica desde abril de 2002 a revista ‘Industria de Bebidas’. A publicação é voltada para o setor produtivo e tem circulação nacional. A revista é bimestral e tem uma tiragem de 5 mil exemplares

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www.industriadebebidas.com.brBEB DASINDÚSTRIA DE Ano 10 - No 59 - 2011

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Mercado de BebidasBrasileiro vê momentoeconômico positivo

Expo Bebidas & Serviços chega a 17ª edição repleta de novidades e possibilidades de negócios

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Edição Nº 59 – 2011Foto: Divulgação.

DiretoriaFábio dos SantosCátia Rodrigues dos [email protected]

Editor e Jornalista ResponsávelDomingo Glenir Santanercchi – Mtb: [email protected]

Repórter Bruno [email protected]

Diagramação e CriaçãoMofo Design Studiowww.mofodesign.com.br

EstagiáriaLetícia dos Santos [email protected]

Assinatura / ExpediçãoReinaldo A. dos SantosThiago dos Santos [email protected]

Departamento ComercialFábio dos SantosEnéas B. de [email protected]

Departamento AdministrativoCarla [email protected]

ColaboradoresJosé Carlos [email protected] R. [email protected]

ConsultorMatthias R. Reinold(Mestre Cervejeiro)

“Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.”

FC Santos Editora e Eventos LTDAAv. da Paz, 665 – Sala 04 – UtingaSanto André – SP – CEP: 09220-310Tel.: (11) 2786-3076 / 2786-3168Fax.: (11) [email protected]

Essa edição Nº 59 é a penúltima de 2011, estamos chegando em momento do ano que todos se preparam para o ano seguinte, com novos planejamentos, investimentos e com a certeza de dever comprido, nossa matéria de capa estará abrangendo sobre esses números do mercado de bebidas e a economia brasileira no geral.

E nessa edição estamos publicando assun-tos variados do mercado de bebidas, sempre com a intenção e objetivo de auxiliar o merca-do de bebidas com informações atualizadas e artigos de qualidade.

No mês de Outubro fomos a única revista do setor de bebidas a participar da Expo Bebidas & Serviços que aconteceu nos dias, 06,07 e 08 no Expo Center Norte em São Paulo e nessa edição estamos publicando a cobertura desse evento.

As indústrias de bebidas vem dando desta-que para a produção de energéticos, de 2009

em diante a produção desse produto vem cres-cendo e atraindo novos investidores e com esse objetivo estamos trazendo uma matéria sobre esse mercado.

O mercado de tampas há algum tempo está diferenciando e com o consumidor mais exigente as empresas estão investindo e se adequando a novas tampas e tecnologia que agregue ao meio ambiente, em nossas pági-nas dessa edição nossos poderão acompanhar Algumas novidades sobre esse mercado. A M.Cassab parceira da revista Indústria de Bebi-das publica nessa edição através do Sr. Fabio de Jesus Rodrigues um artigo sobre, a importância da Estévia na formulação de bebidas saudáveis.

A empresa miaki uma das principais forne-cedoras de pisos para o mercado de bebidas, apresenta uma matéria sobre, a importância em manter um piso de qualidade nas indústrias de bebidas.

Expediente

Evento: Expo Bebidas & Serviços chega a 17ª edição repleta de novidades e possibilidades de negócios.

Mercado: Energéticos em alta.

Embalagem: A importância na escolha da tampa correta.

Capa: Mercado de bebidas vê momento econômico positivo.

Ingredientes: A importância da Estévia na formulação de bebidas saudáveis.

Empresa: A importância em manter um piso de qualidade na indústria de bebidas

Índice

Anunciantes

Editorial

06

08

12

16

22

28

Adecol ................................................ 19Aro ..................................................... 05Beraca ................................................ 17Cereser .......................................3o CapaCervesia ............................................. 28Doni-Tec ............................................. 14Eletroinox .......................................... 15Feital .................................................. 25Heuft .................................................. 11Hexakron ........................................... 18IEC-Perma .......................................... 30I.G Máquinas ..................................... 10Lapiendrius ................................ 4o Capa

MCassab ............................................ 23Mec Bier ............................................ 14Meplast ............................................. 13Mesal ................................................. 09Miaki .................................................. 27MMC Equipamentos .......................... 20Promoline .......................................... 29 Rami .................................................. 07Sibrape .............................................. 24STA Systems ....................................... 21System Plast.......................... 2a Capa/03Wallerstein ........................................ 26

Boa Leitura e ótimos negócios!

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Expo BEBidAs & sErviços chEgA A 17ª Edição rEplEtA dE novidAdEs

E possiBilidAdEs dE nEgóciosPor ser realizada de quinta a sábado, Feira deve atrair um maior número de profissionais de

outros municípios e estados à procura de novidades e novos negócios. Evento também abre espaço para o 6º Espaço Café

Mais uma vez, os olhos do mercado se voltaram ao principal evento do setor de bebidas, servi-ços e insumos: a Expo Bebidas & Serviços. O evento reúniu empre-sários, executivos, fornecedores e clientes à procura de bons negó-cios, parcerias sólidas e, claro, de lançamentos e novidades.

Falando em novidades, a feira neste ano foi realizada de 6 a 8 de outubro, ou seja, de quinta-feira a sábado. Essa data foi uma grande oportunidade para que distribui-dores e profissionais do interior paulista e de todo o Brasil puderam vir à capital paulistana e aproveitar todas as possibilidades do evento.

“Realizar a feira neste perío-do, com encerramento no sába-do, era uma antiga solicitação das empresas e dos distribuidores com escritórios fora cidade de

São Paulo. Certamente, teremos um aumento do número de visi-tantes reconhecidos como o pú-blico-alvo dos expositores”, afir-mou o diretor da ADIBE, Mário Ferreira, durante o evento.

Outro ponto importante é a vitrine em que se configura o evento da ADIBE no que se refe-re ao lançamento de produtos no mercado. Afinal, a ocasião propor-ciona ao visitante a experimenta-ção, o contato direto com a área comercial e a interação do público com a marca.

“A Expo Bebidas & Serviços co-meçou regionalizada, mas há al-guns anos já recebe visitantes de todo o país. Por isso, a diretoria da ADIBE já está trabalhando para se consolidar como uma Associação Nacional dos Distribuidores de Be-bidas”, revelou Mário Ferreira.

De São Paulo para o Brasil

Não há como negar a visibilida-de que uma empresa alcança ao expor sua marca e seus produtos em um mercado como o de São Paulo, um município que possui maior Produto Interno Bruto (PIB) e 75% do mercado brasileiro do segmento de feiras de negócios.

Considerada o ponto de en-contro do setor, a Expo Bebidas & Serviços já faz parte do calendá-rio de empresas de diversos por-tes e segmentos, desde bebidas e insumos até serviços ou equipa-mentos.

“Além da pluralidade dos expo-sitores, a Feira se destaca a cada ano pela estrutura reconhecida do Expo Center Norte (SP), um ambiente propício para receber profissionais qualificados e foca-

POR Redação

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Evento

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dos no mercado”, explica Mário Ferreira, diretor da ADIBE.

São Paulo em números

- 12,5 mil restaurantes- 15 mil bares - 52 tipos de cozinhas - 500 churrascarias- São Paulo possui 75% do merca-do brasileiro de feiras de negócios- Município com mais de 10 mi-lhões de habitantes- Região metropolitana com 38 municípios que circundam a capi-tal superior a 19 milhões de habi-tantes- 29 mil empresas expositoras- 38% das 100 maiores empresas privadas de capital nacional - 63% dos grupos internacionais instalados no Brasil - 17 dos 20 maiores bancos

Fonte: www.cidadedesaopaulo.com

6º Espaço Café agrega valor à 17ª Expo Bebidas & Serviços

O visitante também teve a oportunidade de visitar simulta-neamente o 6º Espaço Café Bra-sil – Feira Internacional do Café, incorporado pela ADIBE em sua Feira para agregar ainda mais va-lor ao evento.

Executivos, compradores, for-necedores, empresários e interes-sados puderam conhecer em pri-meira mão as novidades do setor e fortalecer o elo de toda a cadeia produtiva, além de realizar parce-rias sólidas e novos negócios.

Principais benefícios:

- Novos negócios- Aumento nas vendas- Realização de parcerias e relacio-namentos- Maior envolvimento com o públi-

co-alvo- Fixação da marca no mercado- Experimentação do produto- Maior influência na tomada de decisões- Ações de comunicação antes, du-rante e pós-feira- Audiência qualificada e aumento da carteira de clientes- Maior flexibilidade nas negocia-ções- Rápida penetração de mercado

Serviços:www.expobebidas.com.brwww.adibe.com.br ■

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EnErgéticos Em AltAO Brasil produziu cerca de 60 milhões de litros de energéticos em 2009 e a previsão para 2010 é de aproximadamente 83 milhões, o que representa um crescimento de 40%.

Com o aumento da renda da população Brasileira, o consumi-dor atualmente vem procurando produtos que além do prazer e sensorialidade, agregue alguma qualidade de vida. E a rotina de grandes centros, já vem forçando as pessoas a procurarem opções de produtos que contribuam para vencer o dia-a-dia.

Uma das opções é o consumo de Energy Drinks, inicialmente no Brasil, foi disseminado princi-palmente em Baladas, mas atual-mente, já existe uma parcela em crescimento desta linha de produ-tos para consumo durante o dia.

A reposição extra de energia, que já conta com público cativo entre esportistas e estudantes, está em franco crescimento no Brasil. Segundo a ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refri-gerantes e Bebidas Não Alcoóli-cas) o crescimento entre os anos de 2006 e 2010 foi de 325% e com espaço para crescer ainda mais. Atualmente, o mercado conta com mais de 100 marcas diferentes.

POR Redação

Existem 3 modalidades de apresentação de Energy Drinks:

Premium - liderada pela Red Bull e com grande concorrentes como Flash Power, Burn, TNT, en-tre outros. A apresentação em lata de alumínio, já é clássica e reco-nhecida pelo consumidor.

Popular - vendido em emba-lagens pet de até 2 litros,porém a venda em embalagens grandes vem gerando criticas de espe-

cialistas na área de saúde. Pois a acessibilidade do produto é muito maior, podendo ser consumida de forma irresponsável.

Shot Energy - para consumo rápido e reposição imediata de energia. Esta deve ser uma ten-dência de consumo, atendendo as exigências de segurança de consumo e podendo ser levado a todo lugar.

Nos EUA, produtos conhecidos

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mercado

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como 5-Hour ou 6-Hour, já movi-menta um mercado acima de US$ 280 milhões.

O Shot Energy é uma opção prática e inteligente para consu-mos rápidos. Bebida de pequeno volume com 50 ml, formulado para ser conveniente e funcional, não necessitando de refrigeração para um consumo prazeroso.

A Vogler Ingredients, recente-mente desenvolveu um Shot Ener-gy, com extrato de Açaí e comple-xo de vitaminas INNOVIT (taurina, cafeína, inositol, glucorolactona e vitaminas B2, B5, B6, B12) com Zero Calorias. Trazendo como be-nefícios além de energético o au-mento da concentração, capacida-de física e mental.

O Shot Energy foi desenvolvido pelo P&D da Vogler e apresentado aos clientes durante a última Heal-th Ingredients, sendo um sucesso entre o público presente. O pro-

duto foi desenvolvido exatamente para demostrar as oportunidades que este mercado pode trazer, fi-cando a disposição da indústria que queira desenvolver e lançar o produto no mercado brasileiro.

Na contra mão, do Shot Energy, também foi apresentado um Shot Relax ou Anti-Energy como é co-nhecido nos EUA.

Com função oposta do Shot Energy, o Shot Relax tem de-

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sempenho relaxante, mas com propriedades de Bem Estar, an-tioxidante natural que ajuda na

beleza da pele e com a inclusão de fibras, contribuindo na melho-ra da Flora Intestinal.

Dentre os ingredientes, estão Extratos de Melissa e Polpa de Maracujá, além de conter Beta Caroteno e as Fibras Prebioticas, Goma Acácia e Promitor.

Com tantas novidades, esse mercado que está em constante mudança, oferece oportunidades de expansão e prosperidade na categoria. E a Vogler Ingredients, que já reúne um diversificado portfólio e possui uma equipe técnica altamente empenhada em desenvolver novos produtos, que atendam as necessidades do mercado, tem o compromisso de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, com produtos inovadores.

Serviço:www.vogler.com.brwww.abir.org.brFotos: Vogler ■

mercado

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A importânciA nA EscolhA dA tAmpA corrEtACom várias opções no mercado, hoje as indústrias de bebidas vêem dando uma atenção

maior na escolha da tampa correta para o seu produto

POR Bruno Almeida

Existe no mercado, um univer-so incalculável de modelos/tipos de tampas para várias finalidades; tampas para produtos gaseificados, tóxicos, pasteurizados; cosméticos, alimentícios, etc. Atendo-se às tam-pas de nossa linha que são as de uso farmacêutico/veterinário, refrige-rantes e água; as quais, são produzi-das com resinas de PEAD ou PP com lacres de segurança e em alguns casos com selos de indução, afirma Shogo Nagoshi, gerente industrial da empresa Vedapack.

Nagoshi destaca que a empresa atende vários setores do mercado industrial que as utilizam em suas linhas produtivas aten-dendo às normas regulamen-tatórias determinadas por or-gão específico dos governos estaduais e Federal.

Não podemos deixar de comentar que os diferenciais consistem em variações do desenho externo das tampas, no tipo de lacre, sistema de vedação para segurança da es-tanqueidade do produto enva-sado, peso da tampa e resina utilizada. Quanto às dimensões, de-vem obedecer às especificações de-terminadas em normas regulamen-tadas para os diversos gargalos em uso no mercado, lembra Nagoshi.

São várias as abordagens sobre o tema “tampa certa” e hoje o que mais gera discussão não é a eficácia ou não do fechamento e inviolabili-dade (afinal é o que minimamente se espera), mas sim o quanto se in-vestirá em tecnologia, performance e nos diferenciais relacionados a estrutura e engenharia, sem esque-cer as matérias-primas, e princi-palmente no relacionamento, para atender a demanda cada vez maior de tampas sejam elas PCO 1810 ou 1881, destaca o Sr. Ricardo Medei-ros, gerente de negócios Brasil da Meplast/Mercoplast.

Medeiros aponta que este é o ponto em pauta hoje na Meplast/Mercoplast para definir os

níveis de investimentos para o melhor atendimento ao vasto mer-

cado brasileiro e dos demais países da América do Sul.

Neste caminho, de maneira complementar, a Meplast/Merco-plast entrará com todo o suporte para auxiliar os clientes, seja con-tribuindo na adequação as linhas de envase ao modelo PCO 1810 dos parceiros, com lançamento anun-ciado para o primeiro semestre de 2012, seja melhorando os proces-sos e produtos, além de promover o atendimento técnico personalizado e constante, fortalecendo ainda as parcerias nos moldes atuais 1810. Medeiros destaca que estes fatores

são realmente decisivos na es-colha da tampa certa.

Noelia Francioli, analista de marketing para América do Sul da CSI – Closure Systems Internacional, afirma que a escolha de uma tampa errada pode reduzir a produtividade da linha de engarrafamento. A CSI oferece ao mercado uma solução integrada de vedação de alta qualidade (tampas, equipamentos e suporte téc-nico) para melhorar a eficiên-

cia operacional, reduzir o nível de perdas na produtividade e otimizar a embalagem dos engarrafadores buscando maximizar a sua rentabi-lidade. Um ótimo exemplo disso é a

Embalagem

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tampa Xtra-Lok Minitm para o finish 1881, quando o Brasil foi um dos pioneiros no lançamento mundial no ano 2008, trazendo eficiência e atualidade ao conjunto da embala-gem para bebidas, destaca Noelia.

A CSI tem cinco centros de tec-nologia (Estados Unidos, Brasil, Espanha, Japão e China), onde tra-balham mais de 70 científicos, en-genheiros e técnicos focalizados em inovação e entregar valor agre-gado aos clientes. Diversos testes são realizados, como por exemplo, simulam testes de engarrafamento “in-house” antes de fazer testes nas linhas dos clientes. Testes de labo-ratório que cobre a distribuição das tampas, transporte, armazenagem, e utilização pelo consumidor.

COmO EVItAR A VIOlAçãO DO PRODutO

A segurança do conjunto pro-duto-embalagem está diretamente

ligada não somente à tampa e lacre adequados mas também com os processos fabris, tais como torque ideal, manutenção preventiva das máquinas e principalmente do bom funcionamento dos cabeçotes além dos bocais corretamente dimensio-nados para cada tipo de tampa, nos lembra Ricardo Medeiros, gerente de negócios Brasil da Meplast/Mer-coplast. Medeiros destaca o giro da tampa e o rompimento do lacre como decisivos no caso das bebidas carbonatadas. Neste conceito as tampas Mercoliner são muito sensí-veis aumentando assim a proteção ao produto carbonatado e principal-mente á saúde dos consumidores. Há também as tampas sem vedante (com batoque) que promovem um fechamento rigoroso permitindo um pequeno giro da tampa, sem a entra-da de ar o que garante a preservação do produto em condições severas de transporte e manuseio evitando o contato com a atmosfera externa.

Shogo Nagoshi, gerente indus-trial da Vedapack, lembra que as tampas em sua maioria são proje-tadas e produzidas com lacres de rompimento mecânico com sensibi-lidade controlada, em alguns casos onde são utilizadas tampas sem o lacre, utilizam-se selos de indução e filmes termorecolhíveis. Mesmo com o uso de artifícios cada vez mais técnicos, não podemos afir-mar que os produtos estejam 100% protegidos da violação, mas com certeza o avanço na tecnologia atu-al garante ao consumidor final uma segurança que em anos anteriores eram no mínimo desconfortáveis. A CSI desenvolveu uma tampa para o mercado de águas minerais que cumpre com o requisito de BBBSR (Band Break Before Seal Release), o qual evidencia o rompimento da banda antes da perda de selagem da embalagem. Seu sistema de la-cre anti-violação possui um anel completo com pequenas extensões

DONI - TEC

Embalagem

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que fornecem interferência cons-tante ao anel de trava do gargalo fa-zendo com que a evidencia de aber-tura da embalagem seja imediata e com pouco esforço.

tEnDênCIA

Na opinião do gerente industrial da Vedapack Sr. Shogo Nagoshi o as-sunto tampas baixas(1881) e tam-pas altas(PCO28) o que impera é a questão do politicamente correto, pois o peso da tampa alta e baixa se equivalem e a resina utilizada é a mesma. A economia é verificada no frasco produzido em PET, pois devi-do a tampa baixa ter a altura menor o gargalo do frasco deve ser altera-da para acomodá-la tornando-se mais leve. As vantagens ainda não vislumbradas no que se tange as tampas podem vir a acontecer no momento em que o setor produtor de tampas conseguir produzir tam-pas mais leves com obediência à

todas as normas técnicas vigentes. As tampas 1881, hoje no mercado, ainda sofrem criticas quanto a difi-culdades no momento da abertura dos frascos. Na realidade, sabemos que o avanço das tampas baixas no mercado é fato, mas sabemos tam-bém que o empresariado do setor tem investido alto devido às altera-ções necessárias nos ferramentais ou até na aquisição de novos mol-des e máquinas para se adequarem a esta nova realidade. Desta forma, na questão vantagens e diferen-ciais de mercado; para o produtor de tampas é uma incógnita, mas de certa forma está levando o merca-do a investir, pois os grandes consu-midores destas tampas "baixas" já as estão utilizando e sabem que são os grandes que ditam a tendência no mercado.

Para Ricardo Medeiros, geren-te de negócios Brasil da Meplast/Mercoplast, tanto as tampas baixas quanto as altas, desde que aplica-

das corretamente em frascos corre-tamente produzidos sem qualquer falha no gargalo, têm a mesma efi-ciência e a mesma performance em produção. O que vai prevalecer du-rante a escolha são os fatores custo, harmonia e estética com o frasco e o apelo ecológico aliado ao produ-to e a imagem da companhia. Por isto a Meplast/Mercoplast não abre mão de manter as tampas 1810 e operar ainda no primeiro semestre de 2012 com as 1881 atendendo assim à maior gama de produtos e clientes dos mais variados merca-dos e segmentos de negócios, ten-do como objetivo maior superar as expectativas dos clientes perseguin-do a melhoria e inovação em todos os processos dentro da Organiza-ção, finaliza Medeiros.

Serviços:www.vedapack.com.brwww.meplast.com.brwww.csiclosures.com ■

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mErcAdo dE BEBidAsvê momEnto Econômico positivo

Com o crescimento da classe média brasileira e uma economia forte do país, gerando empregos e dando confiança para a população as indústrias de bebidas

estão investindo em novas aquisições e lançamentos de novos produtos

Hoje o Brasil se orgulha de sua economia estável e em franco crescimento, mesmo com sinais de crise em outros países (man-temo-nos) em uma posição privi-legiada e como país em potencial para investimentos.

Para o mercado de bebidas na-cional não é diferente, estamos acompanhando novas aquisições e também lançamentos de produ-tos para vários tipos de públicos.

Isso mostra a força desse mer-cado que mesmo com alguns im-postos considerados elevados pelo segmento não deixa de in-vestir, gerar empregos e conhecer a sua responsabilidade na econo-mia do país.

O presidente da AFREBRAS (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes Regionais do Brasil), Sr. Fernando Rodrigues de Bairros destaca que o cenário econômico tem sido favorável para a imple-mentação de investimentos, so-bretudo sob a ótica da demanda. Por outro lado, os elevados juros e spread dos bancos têm dificul-tado a busca por crédito, limitan-do a efetivação de investimentos. Mas, de fato, o que tem desmo-tivado as pequenas empresas a investirem é a elevada carga tri-butária, lembra Bairros.

A expansão do setor de água mineral é uma tendência mun-dial. De acordo com a Zenith In-ternational, o consumo mundial de águas minerais em 2009 foi da ordem de 215 bilhões de litros, o que representou um faturamento

global de US$ 101 bilhões.No ranking dos dez maiores

produtores mundiais, o Brasil des-ponta como sétimo colocado, com 8,4 bilhões de litros. A liderança permanece com os Estados Uni-dos (30,8 bilhões/litros), seguido de China (23,7 bilhões/litros), Mé-xico (16,5 bilhões/litros), Indoné-sia (14 bilhões/litros), Alemanha (13 bilhões/litros) e em sexto lu-gar, Itália (11,6 bilhões/litros).

Segundo estimativas da con-sultoria inglesa, em 2011, o con-sumo global do produto deverá atingir o patamar de 250 bilhões de litros. Mantida essa projeção, o consumo de água mineral re-gistrará nesta década expansão de 124% nesse cenário, o Brasil é visto como mercado em franca expansão. O crescente lançamen-to de produtos diferenciados a exemplo de marcas Premium e de embalagens que agregam novas tecnologias e conceitos de res-ponsabilidade sócio ambiental, apontam para um mercado mais exigente e competitivo. Em 2010, o faturamento do setor foi de R$ 1,2 bilhão contra R$ 1 bilhão em 2009, um incremento de 20%.

Para o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, o setor deve-rá registrar crescimento da ordem de 15% em 2011, na comparação com o ano anterior. Ele lembra que o baixo índice de consumo per ca-pita de água mineral no País (cerca de 45 litros/ano), bem inferior de países como Portugal (100 litros per capita/ano) e Alemanha (127

litros per capita/ano), mostra que o mercado brasileiro ainda tem muito para crescer.

Dólar não deve voltar mais para R$ 1,60, diz economista

"Dólar não vai voltar mais a R$ 1,60", diz o doutor em economia e professor aposentado da Unicamp (Universidade Estadual de Campi-nas – SP), Luiz Gonzaga Belluzzo.

A moeda americana não deve voltar a ficar na casa de R$ 1,60, como estava havia apenas um mês. Na melhor das hipóteses, pode ficar entre R$ 1,75 e R$ 1,80. Se tudo piorar, há risco de encos-tar em R$ 2,00

Avesso a previsões, no entanto, ele avisa que HYPERLINK "http://economia.uol.com.br/ultimas--noticias/redacao/2011/10/05/dolar-nao-deve-voltar-mais-para--r-160-diz-economista.jhtm" \l "dolar#dolar" acertar o compor-tamento da moeda é difícil, até mesmo para assuntos caseiros. "Noutro dia, a minha irmã me perguntou isso [se o dólar ia subir ou cair]. Eu não sei! Depende do que estiver ocorrendo nessa crise europeia-americana."

Também é duro dizer como a crise econômica global pode aba-lar o país. "O Brasil não vai sofrer provavelmente um choque tão grave...", começou Belluzzo, para logo relativizar a avaliação. "É di-fícil fazer essa afirmação, porque, se a crise européia se agravar de-mais, certamente vamos ter de to-

POR Domingo Glenir Santarnercchi

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capa

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mar providências defensivas mui-to mais sérias e severas."

Entre essas medidas urgen-tes, num cenário de piora, Bellu-zzo destaca controle do câmbio e

mudança nos juros. "Teríamos de baixar rapidamente os juros e to-mar medidas para impedir que o câmbio se desvalorizasse abrupta-mente."

Pequena e média burguesia representam 52% dos votos. Os analistas a consideram uma classe conservadora

No centro do debate políti-co brasileiro reina a novidade da nova classe média, que já é majoritária na sociedade, e por-tanto capaz de decidir eleições. Políticos, sociólogos, jornalistas e analistas sociais mergulham nessa nova realidade pergun-tando-se como é essa classe média que, minoritária há ape-nas dez anos, hoje ocupa o cen-tro da antiga pirâmide social. A estrutura social brasileira não é mais piramidal, graças aos 30 milhões de pobres que, nos oito anos da presidência do ex-sindi-calista e torneiro mecânico Lula da Silva, saltaram da pobreza

para a classe média baixa.Quais são os anseios dessa

classe que já representa 52% dos votos? Muitas perguntas cercam o novo corpo social. É conservadora ou progressis-ta? É favorável ou contrária ao aborto, ao casamento dos ho-mossexuais e à descriminaliza-ção do consumo das drogas? É a favor ou contra a pena de morte? É mais ou menos sen-sível à corrupção política e aos instintos autoritários?

As respostas para essas per-guntas vão desenhar o novo mapa social brasileiro. Os ana-listas consideram que o fenô-meno de uma classe média majoritária "poderá mudar a futura face do Brasil".

nova classe média cresce com força e já é majoritária no Brasil

CADE APROVA COmPRA DA CAChAçA SAgAtIBA PElA CAmPARI

A marca de cachaça brasileira Sagatiba é agora oficialmente ita-liana. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apro-vou a compra feita pela Campari--Milano, em agosto, por US$ 26 milhões. Além desse valor, a Cam-pari pagará pelos próximos oito anos o correspondente a 7,5% das vendas anuais da cachaça. De acordo com o relatório da Secre-taria de Acompanhamento Eco-nômico (Seae) do Ministério da Fazenda, a Campari já produz e co-

mercializa outras marcas no Brasil, como Dreher, Cynar, Drury's, Old Eight e Skyy Vodka, além da pró-pria Campari.

Também é a responsável pela importação dos licores Frangélico, Carolans e Illyquore. A Seae iden-tificou algumas sobreposições no mercado de destilados, já que a Sagatiba atua nos segmentos de cachaça destilada, cachaça velha e cachaça especial. Como a Campari já era responsável pela distribui-ção da Sagatiba no Brasil e Amé-

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rica do Sul desde o ano passado, a relação vertical entre as requerentes já existia antes da operação. Atualmente, essa cachaça é vendida em 40 países do mundo.

A Secretaria explicou, porém, que, como a con-centração de mercado está entre 0,01% e 10%, não houve necessidade de prosseguir a análise. Os ór-gãos de defesa da concorrência se debruçam sobre casos cujos porcentuais de concentração são supe-riores a 20%. No primeiro semestre do ano passado, o lucro líquido da Campari foi de 75,3 milhões de euros, 8,7% maior do que o do mesmo período do ano anterior.

Serviço:Fotos: Divulgação.AE | 05/10/2011 El País - Juan Arias 04/10/2011Armando Pereira Filho Editor do UOL Economia, em São Paulowww.abinam.com.brwww.afrebras.org.br ■

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A importância da Estévia na formulação de bebidas saudáveis

POR Fábio de Jesus Rodrigues

Até alguns anos atrás, a econo-mia globalizada havia criado uma rotina extremamente competitiva que exigia e exige da população um dia-a-dia cada vez mais corri-do e com menos tempo disponível para tarefas simples como prepa-rar uma refeição saudável e natu-ral. No Brasil, a situação não foi diferente e grande parte dos con-sumidores optou pela conveniên-cia, praticidade e agilidade dos ali-mentos industrializados que não necessariamente representavam uma alimentação rica e balance-ada do ponto de vista nutricional. O que se observou foi um forte desequilíbrio nutricional na die-ta desses consumidores, além do conseqüente agravamento nos quadros clínicos de grupos epide-miológicos populacionais específi-cos, principalmente daqueles rela-cionados ao consumo exagerado de açúcar, sal e gorduras.

Nos últimos anos, os consumi-dores verificaram a necessidade de uma alimentação saudável e têm se mostrado cada vez mais antenados às características dos produtos que desejam consumir. Conceitos como segurança ali-mentar, rotulagem de alimentos, aditivos, alergênicos, diet/light/zero, entre outros, já fazem par-te da análise de compra realizada pelo consumidor das mais diver-sas classes sociais. Os órgãos de saúde e a indústria de alimentos e bebidas também mostraram a mesma preocupação com o cená-rio e, desde então, temas como redução de gordura, sódio e açú-car fazem parte das pautas de dis-cussão e regulamentação.

Desde 2008, o Ministério da Em matéria publicada no ano

de 2011, a revista britânica The Lancet estima que, no mundo todo, existem mais de 500 mi-

Gráfico 1: Doenças que mais preocupam o consumidor no Brasil.Fonte: Pesquisa Fiesp/Ibope (2010).

Saúde – por intermédio da Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitá-ria – conduz trabalhos intensivos com a indústria para proporcio-nar alimentos e bebidas com te-ores reduzidos de sódio, açúcar e gordura. Além disso, busca constantemente avaliar, aprovar e disponibilizar matérias primas e ingredientes com propriedades funcionais e que tragam de fato benefícios à saúde.

Pesquisa realizada pela consul-toria Around Search para a revis-ta Supermercado Moderno, em 2010, verificou que o consumidor brasileiro atual entende melhor os benefícios dos principais alimen-tos da dieta e passou a incluir em sua cesta de compras produtos integrais, funcionais e orgânicos. O estudo revela que o compor-tamento do consumidor é deter-minado, muitas vezes, por reco-mendação médica, reportagens e informações expostas na mídia.

Atualmente, consumir alimentos que proporcionem benefícios à saúde é apontado como uma boa razão para que o consumidor pa-gue mais caro por esses produtos.

Nesse contexto, verificou-se a necessidade de combater doen-ças crônicas e balancear as dietas de grupos populacionais especí-ficos, bem como focar em novos conceitos para diferentes nichos de mercado como o público in-fantil, feminino, os idosos, entre outros. Conceitos como longevi-dade, vitalidade e energia tam-bém estão em evidência e preci-sam ser atendidos.

Segundo dados da pesquisa Brasil Food Trends 2020, realiza-da pela FIESP em 2010, das qua-tro doenças crônicas que mais preocupam o consumidor atual, duas são diretamente influencia-das pelo consumo excessivo de açúcar: a diabetes e a obesidade (Gráfico 1).

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lhões de adultos obesos – nos EUA esse índice é de pouco mais de 30% da população – e, aproxi-madamente, 1,5 bilhões sofrem com excesso de peso. No Brasil, o excesso de peso atinge mais de 50% da população adulta, pouco mais de 30% das crianças com idade entre 5 e 9 anos e 20% dos adolescentes, segundo dados apurados pelo IBGE em 2010. A obesidade atinge, cerca de, 12% da população brasileira.

Os problemas observados em diversas localidades do mundo estimulam o desenvolvimento de mercados específicos. Por sua vez, o excesso de peso e a obesidade estimulam o mercado de produ-tos para dieta, redução calórica e redução de açúcar. É o exemplo do mercado de alimentos e be-bidas diet/light, cuja tendência é de crescimento acentuado para os próximos anos, aliado ainda

aos benefícios de matérias primas para queima de calorias e sensa-ção de saciedade.

Tudo indica que o consumidor está realmente disposto a investir em seu bem estar. A ABIAD (Asso-ciação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais) afirma que o mercado diet/light no Brasil cresceu nada menos que 800% nos últimos 10 anos e fatura mais de U$ 8 bilhões ao ano, pouco mais de 8% do mer-cado total de alimentos no país. Segundo dados da instituição em 2010, 35% dos lares brasileiros já consomem algum tipo de produto diet/light, seja por questões rela-cionadas à saúde (61%), controle de peso (48%) ou mesmo por hábi-to (13%). Atualmente, os segmen-tos em evidencia para substituição do açúcar são os refrigerantes, adoçantes, iogurtes, sobremesas, refresco em pó e sorvetes.

Saudabilidade e bem-estar a partir da substituição do açúcar

Uma pesquisa da Mintel, re-alizada em 2011, revelou que os consumidores estão interessados em produtos mais simples e mais naturais, fugindo, por exemplo, de produtos que contenham compo-nentes artificiais. Tentam ainda mi-grar para hábitos de consumo mais saudáveis e balanceados. Seguindo essa linha de raciocínio, 10% dos entrevistados se dizem focados no consumo de alimentos e bebidas com baixo teor de açúcar e 15% citam a redução calórica. Mais da metade diz procurar produtos na-turais sempre que possível.

Estudo da Business Insights (Reino Unido, 2008), verificou nos consumidores dos EUA e Europa a preocupação com teores eleva-dos de corantes artificiais, flavori-zantes e conservantes, buscando

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produtos o mais natural possível. A Food Product Design (2011) constatou que os pais na Ingla-terra procuram produtos mais saudáveis para seus filhos, prin-cipalmente, aqueles que contêm edulcorantes. Além disso, 56% dos consumidores da região têm preferência por produtos de baixa caloria e baixo teor de açúcar.

A nutricionista do Calorie Con-trol Council, Beth Hubrich, afirma que tudo gira em torno de um flu-xo calórico, de entrada e saída, e que para um controle saudável de peso é necessário ingerir quantida-des controladas de calorias, além de queimar parte delas por meio da atividade física. Atualmente, 86% dos adultos norte-americanos pretendem cortar o consumo de alimentos e bebidas com alto teor de açúcar e 78% aumentarão a procura por alimentos e bebidas de baixa caloria e/ou sem açúcar

(Food Product Design, 2011).A demanda gerada por um

mercado consumidor mais aten-to impulsiona cada vez mais os fornecedores de matérias primas espalhados pelo mundo todo a procurar alternativas naturais para as necessidades tecnológicas da indústria de alimentos e bebi-das, sempre visando os anseios do consumidor final. A indústria contemporânea já tem acesso a aditivos e ingredientes que mi-metizam as funções das gorduras e do sódio, por exemplo. Da mes-ma forma, os edulcorantes, há al-gum tempo, vêm servindo como substitutos de açúcar, com a des-vantagem de serem compostos químicos artificiais. A demanda atual é por alternativas naturais de edulcorantes de alta intensida-de, como é o caso da taumatina, o luo han guo e os extratos de esté-via de alta pureza.

Os extratos de Estévia e sua contribuição na substituição do açúcar

A planta de estévia (Stevia re-baudiana Bertoni), natural da Amé-rica do Sul, é consumida há cente-nas de anos devido a seu sabor doce e também é utilizada como adoçante natural para formulações diversas. Suas propriedades vêm sendo estudadas, há alguns anos, pelos povos asiáticos, principal-mente os japoneses. Em 1960, o Japão baniu o uso de alguns edul-corantes artificiais, abrindo espaço para um crescimento acelerado do consumo de produtos adoçados com estévia. Atualmente, no Ja-pão, mais de 40% do mercado com substituição de açúcar é baseado no consumo de estévia.

A folha de estévia é composta por dez a doze glicosídeos de es-teviol diferentes e a combinação e

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proporção entre eles é o que determina o perfil dulçor que a folha proporcionará. De maneira geral, os glicosídeos pre-sentes na folha são extremamente estáveis a altas tempera-turas, para uma ampla faixa de pH (Gráfico 2), o que garante excepcional versatilidade de seus extratos para aplicação na indústria de alimentos como um todo.

Gráfico 2: Taxa de prevalência dos glicosídeos de esteviol a 100°C, por 1 hora, em diferentes valores de pH.Fonte: Dados da GLG Life Tech (2011).

Os extratos de estévia são 100% naturais, obtidos basi-camente por processos de separação, filtração e purificação dos glicosídeos desejados. Dentre os diversos glicosídeos presentes na planta, o Rebaudiosídeo A e o Esteviosídeo são as frações mais interessantes do ponto de vista tecnológico, pois proporcionam maior dulçor e menor sabor residual e off flavors no produto acabado. Por não ser metabolizada pelo organismo humano, a estévia é indicada para diabéti-cos e também para controle de peso, pois não altera o índi-ce glicêmico e não proporciona calorias ao organismo. Seu poder adoçante é, aproximadamente, 250 vezes maior que o da sacarose. Tudo isso faz dos extratos de estévia substi-tutos eficientes e saudáveis para o açúcar.

Devido à sua versatilidade, os extratos de estévia podem ser aplicados nos mais diversos segmentos da indústria ali-mentícia. Na indústria de bebidas, de maneira geral, o im-pacto nos custos do produto acabado é baixo comparado aos benefícios de uma bebida adoçada com um edulcorante 100% natural. Como exemplo, podemos estimar o impacto nos custos de um suco de laranja pronto para consumo – teor de açúcar em 12,5% – utilizando diferentes especificações de extratos de estévia. Dentre diversos cenários, é possível observar desde reduções de custo variando entre 1% e 3% com os extratos menos concentrados em Rebaudiosídeos A, até um acréscimo de 9% através da aplicação dos extratos de alta pureza e concentração. Essa versatilidade de aplicação e resultados vem de encontro às necessidades do consumidor atual e proporciona à indústria importante ferramenta para substituição, total ou parcial, do açúcar!

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Regulatório

Embora seja um edulcorante totalmente natural e consumido há anos, existiram diversas limitações e receios que sua aplicação e consumo pudessem ge-rar problemas de toxicidade e efeitos colaterais. Em junho de 2008, no entanto, o JECFA (Joint WHO/FAO Expert Committee on Food Additives) constatou que os glicosídeos de esteviol eram seguros para aplica-ções em alimentos e bebidas. Os extratos receberam aprovação de diversas outras agências regulatórias ao redor do mundo: Food and Drug Administration (FDA) nos EUA, Anvisa no Brasil, e Ásia, entre outros. Euro-pa, África e Oriente Médio estão muito próximos de confirmar essa aprovação.

No Brasil, a Anvisa regulamente o uso de edulco-rantes através da RDC Nº 18, de 24 de Março de 2008, e no caso dos glicosídeos de esteviol, permite sua aplicação numa proporção que varia entre 0,045% a 0,06%, dependendo do objetivo da formulação. Além disso, exige que os mesmos glicosídeos atendam às especificações de pureza mínimas estabelecidas pelo JECFA, o que representa um total de glicosídeos com teor em 95%.

Extratos de Estévia glg lifetech – m.Cassab

A GLG Life Tech é o maior fabricante e líder global no fornecimento de extratos de estévia de alta pure-za. A empresa domina todas as etapas da cadeia de abastecimento de estévia, incluindo a produção de sementes não modificadas geneticamente, o desen-volvimento e colheita das folhas, extração, refino, e fabricação dos extratos de alta pureza. Por meio de diversos investimentos, a empresa mantém centros de pesquisa e operação para estudo e melhoramento das sementes, além de aperfeiçoar e adequar, cons-tantemente, suas unidades de produção. O rigoroso processo de aprimoramento das sementes aliado a um eficiente sistema de cooperação no cultivo da folha e à tecnologia avançada dos processos de ex-tração e refino proporcionam extratos de altíssima qualidade, sem qualquer residual de amargor nos produtos finais.

As sementes cultivadas pela GLG proporcionam, naturalmente, teores elevados de Rebaudiosídeo A – glicosídeo mais doce da folha – o que facilita o proces-so de extração e purificação e garante a qualidade dos extratos a preços extremamente competitivos.

Desde Abril de 2011, a divisão de Nutrição e In-gredientes do Grupo M.Cassab firmou uma parceria para distribuição dos extratos de alta pureza da GLG para os mercados do Brasil e da Argentina. Dessa for-ma, a empresa disponibiliza alternativas de altíssima qualidade para que a indústria de alimentos e bebidas possa desenvolver produtos mais saudáveis.

O Grupo M.Cassab, em seus 83 anos de história, se estabeleceu como um dos maiores distribuidores de especialidades para os setores de alimentos e bebidas e farmacêutico do país. Possui centros de distribuição espalhados por todo território Brasileiro e também na Argentina, e mantém relações estratégicas de forne-cimento com fabricantes-chave da área de alimentos. Com 15 unidades de negócios, em diversos segmentos de mercado, o grupo se diferencia pela constante ino-vação e diversificação do portfólio de produtos, ambos baseados nos pilares de produtividade, qualidade, res-ponsabilidade socioambiental e visão de futuro.

Serviço:www.mcassab.com.brFábio de Jesus Rodrigues - Analista de Marketing e Novos Negócios da Divisão de Nutrição e Ingredientes da M.CassabEngenheiro de Alimentos pela USP e Especialista em Engenharia de Processos Industriais (ênfase no Desenvolvimento de Produtos Alimentícios) pelo Instituto Mauá de Tecnologia ■

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A importância em se manter um piso de qualidade na indústria de bebidas

Fabricar produtos com sabor apreciável e de teor saudável, hoje em dia é o grande desafio para as indústrias de bebidas do Brasil. Os apelos publicitários e todas as ações de marketing objetivam

maximizar esta idéia, mas por trás disso, como suporte, está a infraestrutura da empresa, que deve ser tida como fator decisivo quando falamos em qualidade final do seu produto!

Por Bruna Maldonado

A intenção desta matéria é a de promover uma reflexão de mercado, aliando parâmetros técnicos e legais das indústrias de bebidas, ao processo de com-pra e satisfação do cliente final, estimulando um olhar mais crítico com foco “para baixo”, ou melhor, para o piso da sua empresa, que por incrível que pareça, tem muito mais haver com a qualidade do seu produto, do que você pode imaginar!

mas, como agregar valor aos seus produtos, cuidan-do bem do piso da sua empresa?

Para responder esta questão podemos citar as re-gulamentações RDC 216 da ANVISA e a portaria CVS-

6/99 do Centro de vigilância sanitária da Secretária da Saúde do Estado de São Paulo, que em ambos textos discorrem sobre as boas práticas de processos na in-dústria alimentícia.

Vejamos o que diz o parágrafo 4.1.3 da RDC 216 da ANVISA:

4.1.3 – As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos.

Agora vejamos o que diz o parágrafo 9.2 da Por-taria CVS-6/99:

9.2 PisoMaterial liso, impermeável, lavável, de cores cla-

ras e em bom estado de conservação, antiderrapan-te, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e que seja de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. Deve ter inclinação suficiente em direção aos ralos, não permitindo que a água fique estagnada. Em áreas que permitam existência, os ralos devem ser sifona-dos, e as grelhas devem possuir dispositivos que per-mitam o fechamento.

Em ambos os textos é gritante a questão anti-bactericida exigida para as indústrias de alimentos e é justamente este, um dos grandes desafios para os fornecedores deste tipo de solução. com a evolução das indústrias de bebidas, evoluíram também os pro-blemas de seus pisos e os revestimentos cerâmicos, que no passado eram utilizados com grande sucesso em ambientes de produção, passaram a ser observa-dos sob olhares mais clínicos quanto à sua facilidade de proliferação de bactérias e fungos devido às juntas existentes entre uma placa de cerâmica e outra, que embora recebam um tratamento de rejunte, com o tempo se desgastam e passam a dar espaço á conta-minação do ambiente e consequentemente à conta-minação dos alimentos produzidos.

Empresa

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Também são destacados nos textos destas normas questões como facilidade de higienização, impermeabilização e antiderra-pância que agregam ainda mais valor à qualidade da sua produ-ção. Todas estas vertentes devem ser estudadas pelas empresas que oferecem serviços de pisos, afim de desenvolver soluções ideais para atender este segmento.

A Miaki Revestimentos ao lon-go de sua existência, vem se fir-mando como uma grande parceira destes segmentos, principalmente pela singularidade com que a em-presa trata as indústrias de bebi-das.Através do seu CDT (Centro de Desenvolvimento Tecnológico), estuda participativamente todas as necessidades das indústrias brasileiras ao mesmo tempo que avalia as tendências e novidades mundiais em pisos para este seg-mento, Com esta receita de estudo e empenho, a empresa destaca-se no mercado pela tecnologia avan-çada ofertada e garante aos seus clientes a satisfação de desfrutar dos benefícios de uma infraestru-tura mundialmente competitiva.

Neste processo, a Miaki trouxe para o Brasil, a tecnologia alemã do MMA (metilmetacrilato), uma resi-na de alto desempenho utilizada para composição de materiais ex-tremamente resistentes como im-plantes ósseos e vidros a prova de bala e que há décadas é utilizada para composição de revestimentos monolíticos (sem juntas) em países de primeiro mundo, principalmen-te em indústrias alimentícias.

Dentre todas as características do revestimento em mma, des-tacamos sua extrema resistência química, mecânica e térmica, du-rabilidade, fácil higienização (não poroso), impermeabilização, re-sistência UV e o mais impressio-nante, possui o tempo de cura de apenas 2 horas, o que para a este segmento é muito atrativo, sendo que não é preciso parar a sua pro-dução para que seja feita a aplica-ção do revestimento.

Podemos então escrever, que nascia em 2003 uma nova era para a indústria alimentícia, tal-vez a “revolução do piso indus-trial”, encabeçada pela equipe de pesquisa e desenvolvimento da Miaki Revestimentos.

Com o uso desta tecnologia em pisos, que atende com folga as exi-gências da ANVISA e à normas in-ternacionais como a européia DIN 138113 (uma das mais exigentes do mundo), as empresas passaram a agregar mais valor não apenas a produção dos seus alimentos, mas principalmente a qualidade de vida de seus clientes, que garan-tidamente recebem em casa, um produto fabricado de acordo com as principais normas de higiene e segurança alimentar do mundo.

Por isso este texto pressupõe uma avaliação muito mais de ma-rketing do que técnica, pois ao analisar a qualidade da sua infra-estrutura, você consequentemen-te é remetido à ponta do processo, que é justamente a satisfação do seu cliente. Este é um vínculo ine-vitável, tendo em vista a vastidão de problemas que um piso inapro-priado pode trazer ao seu negócio.

Para conhecer mais sobre o MMA acesse o site da miaki.com.br ou compartilhe das novidades da empresa através do facebook: miaki.revestimentos.

Serviço:www.miaki.com.br ■

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