Revista fieam 80

36
Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Uma saída para o Pacífico Ano VIII • nº 80 • mai/jun • 2014 BRASIL/PERU

description

Revista Fieam

Transcript of Revista fieam 80

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Uma saídapara o Pacífico

Ano VIII • nº 80 • mai/jun • 2014

BRASIL/PERU

2

33Vice-presidente Américo Esteves abre Jogos Estaduais

6Diretoria da CNI, com Robson Andrade e Antonio Silva, tem

mandato renovado até 2018

16FIEAM promove encontro com empresários do Peru interessados

em ampliar negócios com o Amazonas

28Modama busca inspiração na Copa do Mundo em sua

19ª edição

8FIEAM e CIEAM entregam ‘Mérito

Industrial 2014’

Índice

3

Miguel Ângelo/CNI

A ampliação dos laços comerciais do País é vital para o aumento da competitividade e a conse-quente melhoria do ambiente

produtivo em um mundo globalizado. Para o Amazonas, que possui um parque industrial com produção de padrão mun-dial, a possibilidade de atingir novos mer-cados é um passo gigantesco a ser dado diante dos grandes desafios logísticos a serem enfrentados.

O interesse da Confederação Nacional da Indústria em estabelecer um acordo entre o Mercosul e a União Europeia é compartilhado com o governo brasileiro, de modo a abrir novas oportunidades com a derrubada de barreiras comerciais para facilitar o intercâmbio de produtos e ser-viços.

A despeito das dificuldades enfrenta-das na integração do próprio Mercosul, a iniciativa é um caminho sem volta, ainda

que, com a lentidão característica desses acordos internacionais.

O estreitamento do intercâmbio entre países vizinhos, como a Venezuela, que passou a integrar o bloco econômico, além do Peru e da Argentina, é positivo para a economia do Amazonas, especialmente a indústria, que tem nesses países os princi-pais destinos das exportações das empre-sas do Polo Industrial de Manaus.

Para a indústria implantada no Amazo-nas conseguir ampliar o destino dos seus produtos para além das fronteiras brasilei-ras, é necessário que os projetos de infra-estrutura avancem, especialmente aqueles voltados para facilitar o escoamento dos produtos.

A FIEAM tem feito esforços no sentido de abrir os horizontes da indústria local, ao receber as missões de países com gran-de potencial para os negócios. Um dos exemplos foi a visita a Manaus de uma

delegação de empresários do Peru, que resultou em outra missão de representan-tes da indústria e do comércio local àquele país por ser importante canal de acesso a outros países da América do Sul e uma ponte para a rota da Ásia, através do Pa-cífico.

A vinda de uma comitiva de empresá-rios peruanos para a Transpoamazônia foi mais um passo para que as negociações bilaterais avancem para o estabelecimen-to da rota comercial fluvial entre Manaus e Iquitos, com vista a ampliar a atividade econômica do Amazonas estimulada pela indústria.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FIEAM

Editorial

Presidente:

ANTONIO CARLOS DA SILVA

1º Vice-Presidente:

ATHAYDES MARIANO FÉLIX

2º Vice-Presidente:

AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES

Vice-Presidentes:

NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO

1º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO

2º Secretário:

FRANK BENZECRY,

1º Tesoureiro:

JONAS MARTINS NEVES

2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA

Diretores: AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Conselho Fiscal:

Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER

Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES

Delegados representantes junto ao Conselho da CNI

Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX

Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

Revista editada pelo Sistema FIEAM

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM)Paulo Roberto Gomes Pereira

GERENTE DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo- MTE 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros- MTE 289/AMEvelyn Lima - MTE 151/AMMário Freire - MTE 092/AMCássia GuterresCristiane Jardim

DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Matta - MTE 111/AM

PUBLICIDADES Cássia Guterres (redação), Alessandra Cordeiro, Andrea Ribeiro (arte)

FOTOGRAFIASComunicação

CAPAAndrea Ribeiro

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919, CentroCEP 69020-031 Manaus/AMFone: (92) 3186-6576 Fax: (92) [email protected]

Acesse:

/sistemafieam

@fieam

/user/fieam

Tiragem desta edição: 2.300 exemplaresImpressão: Grafisa

ExpedienteDiretoria

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Uma saídapara o Pacífi co

Ano VIII • nº 80 • mai/jun • 2014

BRASIL/PERU

FIEAM80.indd 1 15/08/2014 09:58:37

4

Destaques

O fortalecimento econômico dos Esta-dos que fazem parte da Amazônia é um dos principais objetivos do Portal Ama-zônia Negócios, um site coordenado pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em parceria com órgãos públicos e entidades da indústria, comércio, serviços e agricultura.

O lançamento do Portal foi realizado no auditório da Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas (FIEAM), em 30 de maio, e contou com a presença do superintendente da Sudam, Djalma Mello, o primeiro vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix, se-cretário de Planejamento e Desenvol-

vimento Econômico (Seplan), Airton Claudino, presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra, superintendente da Pesca no Amazonas, Raimundo Nonato Costa, e

empresários locais.“Essa nova rede virtual tem a missão

de promover o incremento e a integração dos negócios da Amazônia pela intensi-ficação das transações comerciais entre os seus Estados”, disse Athaydes, des-tacando que a iniciativa é uma articula-ção entre Sudam e Ação Pró-Amazônia, entidade que congrega as federações das indústrias da Amazônia Legal.

O detalhamento das funções do Portal foi feito pelos técnicos da Sudam e da Fe-deração das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Doris Antunes e Marcelo Souza, respectivamente. Os técnicos expuseram as duas funções da rede virtual que con-templa portal de negócios e de notícia.

A inserção do cadastro será feita pelo endereço do portal que ainda não tem data para ser lançado na internet. Mais informações pelo portal da Sudam, www.sudam.gov.br.•

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) realizaram, em 15 de maio, Rodada de Créditos com empresas participantes do Programa de Apoio à Gestão de Negócios Inovadores (Pró-Inovar).

O encontro contou com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil e Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam). No total, 23 empresas integrantes do Pró-Inovar participaram da rodada, oportunidade para esclarecer dúvidas e apontar as facilidades do processo de financiamento expostos pelos bancos.

Valteir Romão, da empresa BT Inova, disse que as dificuldades impostas pelos bancos impedem muitas vezes o financiamento, e uma delas é a exigência de haver um consultor para dar andamento ao financiamento.

As dúvidas foram esclarecidas pelos

representantes da área de operação do BNDES, Thiago de Paula e Rafael Dickie, que na ocasião explicaram que na maioria das vezes para o financiamento ser liberado, basta um contato com o banco, preencher documentos com a necessidade da empresa e o banco credenciado analisa e, se necessário, solicita projeto, e segue os procedimentos dando andamento junto com o BNDES

para liberação do financiamento.

Outra facilidade apresentada aos participantes é o Cartão BNDES que pode ser emitido por bancos credenciados ao BNDES como o Banco do Brasil, presente na rodada para esclarecer as dúvidas dos participantes do Pró-Inovar.

O Cartão BNDES dá acesso a linha de crédito para financiar a aquisição de máquina, equipamentos, veículos, insumos e serviço, destinados às empresas com faturamento bruto anual de até R$ 90 milhões. O crédito pode ser pré-aprovado em até R$ 1 milhão e adquirido em mais de um banco, de acordo com a necessidade do empreendedor.•

Técnico da FIEPA, Marcelo Souza, apre-senta funções do site a empresários do Amazonas

Afeam atende participantes do Programa Pró-Inovar

Portal Amazônia Negócios tem lançamento

IEL promove rodada de crédito do Pró-Inovar

5

O Serviço Nacional de Aprendiza-gem Industrial (SENAI Amazonas) e o Serviço Social da Indústria (SESI Ama-zonas) estão com inscrições abertas para empresas com interesse em participar do Edital SENAI SESI de Inovação. O ob-jetivo é incentivar, não só com recursos financeiros mas também com assessoria, o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços inovadores.

De acordo com o coordenador de Tecnologia e Inovação do SENAI/AM, Marcelo Aguiar, a novidade na edição de 2014 é que as empresas poderão apresen-tar ideias durante todo o ano. Ele explica que as ideias lançadas no edital serão avaliadas por comitê de especialistas que classificará as melhores ideias para a fase de elaboração do plano de negócios. Em seguida, as ideias se transformarão em projetos, sendo que os empresários terão até 20 meses para execução.

As empresas interessadas podem en-viar suas ideias pelo endereço eletrôni-co: https://editaldeinovacao.induct.no/login. Os ciclos de envio e avaliação das ideias vão até 23 de março de 2015.

Para a gerente de Projetos e Inovação do SESI/AM, Simonica Sidrim, o edital é um instrumento em que o SESI e o SE-

NAI assessoram as empresas a tirar do papel projetos que irão contribuir com a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, melhorando as con-dições de trabalho e elevando a qualida-de de vida dos trabalhadores.

Em 2014, o SESI e o SENAI dispo-nibilizarão até R$ 27,5 milhões para a cobertura dos projetos, sendo R$ 7,5 mi-lhões para projetos SESI e R$ 20 milhões para projetos do SENAI.

Além desse recurso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq) disponibilizarão de R$ 3 milhões em bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial.

Cada proposta aprovada poderá rece-ber até R$ 300 mil em custeio do Depar-tamento Nacional, além de bolsas de até 4 mil, pelo MCTI e CNPq.

O edital completo pode ser acessado pelo site http://www.portaldaindustria.com.br/senai/canal/sesi-senai-inovacao--home/. Informações podem ser consul-tadas por meio dos contatos (92) 3186-6573 ou [email protected] no SESI e no SENAI (92) 3182-9924 ou [email protected]

Até o mês de agosto, o Sistema SESI de Ensino estará interligado por meio do Portal SESI Educação, um ambiente educa-cional com acesso exclusivo para gestores, professores, estudantes e pais de alunos do SESI de todo o Brasil. Em 20 de maio, o téc-nico Flávio Mares, da gerência de Educação Básica do Departamento Nacional do SESI, se reuniu com a equipe de pedagogos e ge-rentes da área de Educação do SESI Ama-zonas para discutir a proposta inicial de ação para divulgação do portal nas unida-des locais. Mares é responsável pelas ações de disseminação do portal na maioria dos Departamentos Regionais da instituição.

A partir de um menu inicial com 7 mil itens, o Portal SESI Educação foi criado pela empresa Educar Brasil, contratada para de-senvolver o site na internet, com a finalida-de de contemplar informações e conteúdos da Educação Básica e para o mundo do trabalho, via web, considerando todas as disciplinas, separadamente, por níveis de ensino, atualizados periodicamente.

De acordo com Flávio Mares, o Portal vai disponibilizar recursos que visam auxi-liar professores e alunos em sua prática de ensino e aprendizagem diária, atendendo as demandas de uma sociedade cada vez mais digital. Para a diretora técnica do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos, o Portal representa uma quebra de paradigmas no ensino oferecido pela instituição e no uso de novas tecnologias em sala de aula. Se-gundo Rosana, cada departamento regio-nal terá sua própria página no portal.•

Flávio Moraes apresenta conteúdo do portal

Marcelo Aguiar (esquerda), coordenador de Tecnologia e Inovação do SENAI/AM

SESI lança portal exclusivo para educação

Edital SENAI SESI de Inovação

6

O empresário Robson Braga de Andrade e todos os demais membros da diretoria da Confe-deração Nacional da Indústria

(CNI) foram reeleitos, por unanimidade, em 13 de maio, para o segundo mandato à frente da organização. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, per-manece na 2ª vice-presidência, ao lado do presidente da FIESP, Paulo Skaf, na 1ª vice--presidência. A eleição, com a participação dos 27 presidentes de federações das in-dústrias dos Estados e do Distrito Federal, aconteceu no edifício-sede da CNI, em Bra-sília. A nova diretoria toma posse no dia 29 de outubro.

Para os próximos quatro anos, entre os

desafios citados por Robson Andrade, está o compromisso de tornar a indústria bra-sileira ainda mais moderna e competitiva. “Precisamos enfrentar as carências crônicas que tanto nos atrapalham. Vamos conti-nuar nosso trabalho no combate à elevada burocracia e na promoção de qualificação para os jovens e trabalhadores brasilei-ros. Os países mais bem posicionados nos rankings de competitividade têm em co-mum o bom nível educacional de suas po-pulações”, destacou, logo depois do anún-cio do resultado.

Ainda segundo o dirigente da CNI, é necessário dar atenção aos problemas en-frentados pelo comércio exterior, como o câmbio e a burocracia aduaneira, e inves-tir em inovação. “A propriedade intelec-

Eleição

Diretoria tem mandato até 2018 na CNIPor unanimidade, diretoria que assumiu a Confederação Nacional da Indústria em 2010, foi reeleita em maio e já tem posse marcada para 29 de outubro em Brasília

Eleito em 2010 para o primeiro man-dato como presidente da CNI, Robson Braga de Andrade substituiu Armando Monteiro Neto. Foi presidente da Fede-ração das Indústrias do Estado de Mi-nas Gerais (FIEMG) também por dois mandatos. Ele é o 13º a ocupar o mais alto posto da CNI, instituição fundada há 75 anos. Mineiro de São João Del Rey, 64 anos, é engenheiro mecânico forma-

do pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e industrial do setor de equipamentos.

Andrade dirige a Orteng Equipamen-tos e Sistemas Ltda, empresa sediada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, que produz equipamen-tos para os segmentos de energia, petró-leo, gás, mineração, siderurgia, sanea-mento, telecomunicações e transportes.

Andrade é o 13º presidente da CNI

tual é um dos temas mais importantes nas relações comerciais da atualidade”, disse, citando algumas das prioridades apontadas no Mapa Estratégico da In-dústria 2013-2022.

A chapa da diretoria eleita tem, como

7

No alto, reunião da diretoria da CNI, eleita em 2010 e agora reeleita até 2018; ao lado, o presi-dente da FIEAM, Antonio Silva, na votação

DIRETORIA REELEITA:

Presidente: Robson Braga de Andrade1º Vice-Presidente:Paulo Antonio Skaf2º Vice-Presidente:Antonio Carlos da Silva3º Vice-Presidente:Paulo Afonso Ferreira

Vice-Presidentes:Paulo Gilberto Fernandes TigreFlávio José Cavalcanti de AzevedoGlauco José CôrteEduardo Eugênio Gouvêa Vieira Edson Luiz CampagnoloJorge Parente Frota JúniorEduardo Prado de OliveiraJandir José MilanJosé Conrado Azevedo SantosAntônio José de Moraes Souza FilhoMarcos GuerraCarlos Gilberto Cavalcante Farias1º Diretor Financeiro:Francisco de Assis B. Gadelha2º Diretor Financeiro:José Carlos Lyra de Andrade3º Diretor Financeiro:Alexandre Herculano C. de Souza Furlan1º Diretor Secretário:Jorge Wicks Côrte Real2º Diretor Secretário:Sérgio Marcolino Longen3º Diretor Secretário:Antonio Rocha da Silva

Diretores:Olavo Machado Júnior; Heitor José Muller; Carlos Mariani Bittencourt; Amaro Sales de Araújo; Pedro Alves de Oliveira; Edilson Baldez das Neves; Roberto Proença de Macêdo; Roberto Magno Martins; Rivaldo Fernandes Neves; Denis Roberto Baú; Carlos Takashi Sasai; João Francisco Salomão; JúlioAugusto Miranda Filho; Roberto Cavalcanti Ribeiro; Ricardo EssingerConselho Fiscal (Titulares):João Oliveira de Albuquerque; José da Silva N. Filho; Francisco de Sales AlencarConselho Fiscal (Suplentes):Célio Batista Alves; José Francisco Veloso Ri-beiro; Clerlânio Fernandes de Holanda

Antonio Silva cumpre2º mandato na FIEAM

Eleito presidente da FIEAM em 2007 e reeleito em 2011, o empresário Antonio Silva se mantém na 2ª vice--presidência da CNI, cargo que assumiu em 2010. Bacharel em administração de empresas, iniciou sua carreira no comér-cio e atualmente é membro do Conselho Administrativo do Grupo Simões, onde ingressou como acionista. Esteve à fren-te da criação da 1ª fábrica da Coca-Cola na região.

Atuante desde 1995 no movimen-to sindicalista patronal, responde pela presidência dos sindicatos da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus e das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus.

diretor financeiro, o presidente da Fe-deração das Indústrias do Estado da Pa-raíba (FIEP), Francisco Gadelha; e como diretor secretário, o presidente da Fede-ração das Indústrias do Estado de Per-nambuco (FIEPE), Jorge Côrte Real.•

8

Aempresária Valdenice Garcia foi agraciada com o título de Industrial do Ano, honraria que vem sendo concedida,

nos últimos 50 anos, pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e Centro da Indústria do Esta-do do Amazonas (CIEAM) a empresá-rios de destaque do meio industrial do Amazonas. A 50ª homenageada dirige a Amazongás, empresa de envasamento e distribuição de GLP (gás liquefeito de petróleo). A solenidade, com a presença de representantes da indústria, do Poder Judiciário, políticos e outros convidados, aconteceu no Salão de Eventos do Clube do Trabalhador do Amazonas, em 23 de maio.

Segunda mulher a receber o Mérito Industrial no Amazonas - a primeira foi Stella de Oliveira Fonseca Lustoza, em 2000 - Valdenice Garcia assumiu o empre-endimento em 2011, depois da morte do marido, José Anselmo Garcia Rodrigues,

a quem ela homenageou na cerimônia. “Ele foi o grande pensador, empresário e amigo. Foram muitas lutas e perdas, mas chegamos até aqui, hoje, recebendo essa homenagem com muita satisfação. Com-partilho esse prêmio com meu filho, que sempre foi e ainda é meu porto seguro, juntamente com minha nora Ellen”, disse a empresária. A Amazongás foi fundada por Anselmo Garcia em 1992.

Ao abrir a 50ª edição do “Industrial do Ano”, o presidente da FIEAM, Antonio Silva, destacou a ousadia e espírito empreendedor dos empresários agraciados. Além de Valdenice Garcia, Fredson da Encarnação, diretor executivo da FabriQ, recebeu o diploma de Microindustrial do Ano, e o diretor de Operações para América Latina da Recofarma Indústria do Amazonas, Jório Veiga, recebeu pela empresa o diploma de “Empresa Exportadora de 2013”. Silva ressaltou a coragem dos representantes das classes produtoras, que se lançam a

Valdenice Garcia é a 50ª personalidade agraciada com o Mérito Industrial, título criado em 1965 pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

O mérito industrial é dela

Industrial 2014

A empresária Valdenice Garcia Rodrigues discursa na cerimônia de entrega do Mérito Industrial, concedido pela FIEAM e CIEAM

9

produzir no Estado, mesmo com todos os desafios impostos na região. Na ocasião, ele destacou o momento de expectativa quanto à aprovação da proposta de emenda constitucional que prorroga os incentivos da Zona Franca de Manaus.

“Temos aqui represetantes de setores bem distintos, mas todos fazendo a dife-rença em segmentos marcados fortemen-te pela competição. O nosso Microindus-trial do Ano é um legítimo representante

da economia criativa e que vive em cons-tante busca pela ivovação. A ‘Exportado-ra do Ano’, além de ter ultapassado os US$ 305 milhões em exportações no ano passado para países vizinhos, merece destaque pela contribuição de emprego, renda, esperança e cultura, sustentabili-dade e desenvolvimento que oferece ao nosso Estado”, disse Silva.

Ao falar sobre a Industrial do Ano, Antonio Silva revelou que a homenage-

ada ocupa um lugar especial como ami-ga e empreendedora. “Pela segunda vez esta casa homenageia uma mulher. Uma empresária resiliente e vencedora e que nos dá dia após dia, grandes lições de superação e de amor à vida, e principal-mente ao empreendimento que dirige ao lado de seu filho, José Alselmo Garcia Fi-lho”, disse o presidente.

O presidente do CIEAM, Wilson Pé-rico, disse que esse reconhecimento que é feito todo ano tem um sabor especial. “Os homenageados deste ano são muito merecedores, em especial a Industrial do Ano, que passou por grandes per-das e mesmo assim manteve a firmeza e a garra, dando continuidade ao traba-lho iniciado pelo marido. Estamos reco-nhecendo a trajetória da família, e desta amazonense industrial que nos traz mui-ta alegria e orgulho”, disse.

Representando o governador do Es-tado, o secretário da Fazenda, Afonso Lobo, falou da importância da iniciativa da FIEAM e CIEAM em reconhecer o

empreendedorismo e o esforço do setor produtivo. “Nos últimos anos, bus-camos equalizar a política de incen-tivos ficais estadu-ais para que nosso Polo Industrial se mantenha compe-titivo, e, ao mesmo tempo, o Estado não registre gran-des perdas de arre-cadação. Da mesma forma nos mante-mos vigilantes com

relação à politica de incentivos fiscais e as vantagens comparativas do Modelo Zona Franca de Manaus”, disse.

O evento contou com a presença de outros representantes do meio indus-trial, do poder judiciário, políticos e con-vidados. A solenidade aconteceu no Sa-lão de Eventos do Clube do Trabalhador do Amazonas.•

Leia mais sobre o Industrial do Ano nas páginas 10, 11 e 12.

Hoje, temos aqui

representantes de setores bem distintos, mas todos fazendo a diferença em segmentos marcados fortemente pela competição ANTONIO SILVA

Jório Veiga (esquerda), Valdenice Garcia e Fredson da Encarnação, os agraciados pela FIEAM

Antonio Silva exaltou a ousadia e o espírito empreendedor dos empresários agraciados

A empresária Valdenice Garcia Rodrigues em seu escritório na Amazongás, empresa que preside

Valdenice, a industrial do gás da Amazônia

A empresária e advogada Valdenice Corrêa Garcia Rodrigues tomou a frente da Amazongás, do setor de envasamento e distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), em 2011, após a morte do marido, José Anselmo Garcia Rodrigues. No cargo de diretora-presidente assumiu compromisso com o desenvolvimento não só da indústria mas de toda a região amazônica. “A empresa foi fundada em 1992, pelo Anselmo, com a proposta de oferecer serviço de qualidade na distribuição do gás utilizado nas cozinhas, na índústria e condomínios da região Norte”, diz.

Valdenice afirma que as tomadas de decisões do empresário Anselmo Garcia levaram ao sucesso e à credi-bilidade da empresa no Amazonas, e também em Rondônia, Acre e Rorai-ma. Por isso, ela fez questão de dedi-car, no dia 23 de maio, o diploma de

“Industrial do Ano” ao marido, mor-to em 2011.

“A homenagem é honrosa, pois representa o reconhecimento do trabalho realizado nesses 22 anos de muita dedicação, primeiro do José Anselmo, depois, da família, minha e do meu filho, José Anselmo, e da minha nora, Ellen. Esse trabalho é desenvolvido com muita responsabilidade, pois envolve a manipulação de um produto inflamável, de um risco de alto grau”, disse a empresária.

Segundo ela, ao premiá-la, a FIE-AM/CIEAM também reconhece o

serviço de excelência realizado pela equipe de cerca de 500 colaboradores diretos, indiretos e terceirizados que atuam nos quatro Estados da região. A rede de produção e distribuição da Amazongás conta com duas fábricas que produzem e engarrafam o gás, na matriz, localizada no Polo Indus-trial de Manaus (PIM) e em Porto Velho (RO). Em Rio Branco, capital do Acre, é feita a distribuição do gás produzido em Rondônia. “E é assim que desenvolvemos nossa atividade industrial, cumprindo o compromis-so de servir melhor a todos os nossos clientes”, diz Valdenice Garcia.

1965Cinco anos depois da sua fundação, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas instituiu o “Mérito Industrial”, concedendo o título de “Industrial do Ano”, ao empresário Isaac Sabbá, presidente da I.B. Sabbá & Cia Ltda (no destaque da foto, ao lado de Juscelino Kubitschek, em 1957, na inauguração da Refinaria da Copam, em Manaus).

Das 50 empresas, cujos dirigentes foram agraciados com o “Mérito Industrial”, 29 têm origem no próprio Amazonas, com capital genuinamente amazonense, como é o caso do Grupo I.B. Sabbá, que inaugurou a série, e a Amazongás, que completa o ciclo de 50 anos.

10

O diretor executivo possui grandes expectativas de am-pliação das atividades da em-presa, prevendo a movimenta-ção de R$ 2 milhões até o final de 2014 em projetos de inova-ção que participam do progra-ma de subvenção econômica da Finep e em parceria com in-dústrias, como a Samsung.

“Somos a primeira empresa do Amazonas a obter o nível G do MSP.BR com o modelo de qualidade de processo de desenvolvimento de softwa-res no Brasil. Trabalhamos em projetos diversificados de tecnologia da informação, disponibilizamos cursos de aperfeiçoamento profissional em diversas áreas, e, recente-mente, lançamos o serviço de startup de empresas, realizado em uma sala co-working da FabriQ, onde compartilhamos o mesmo ambiente com três empresas que estão estabele-

cendo novos negócios”, disse o diretor executivo da FabriQ.Fredson conta com um amplo portfólio de clientes, dentre

os quais estão empresas nacionais e multinacionais instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), como a Petrobras, Sony DADC, Masa, Fucapi, Envision, e Unicoba.

Empresário inovador do segmento da tecnologia da informação, Fredson Andrade da Encarnação, recebeu o título de Microindustrial 2014. À frente da diretoria executiva da FabriQ, uma microempresa do ramo de desenvolvimento de softwares, ele começa a colher os frutos de um projeto nascido em 2002, no CIDE, o Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial, mantido pelo Sistema FIEAM. Hoje, a empresa conta com sede própria e a força de trabalho de 27 colaboradores diretos.

Fredson inaugurou a Fa-briQ com intuito de lançar no mercado serviços que possibilitassem acelerar ne-gócios inovadores e de im-pacto social de organizações públicas, privadas e sem fins lucrativos. Além do desen-volvimento de softawares, a FabriQ atua nas áreas de edu-cação profissional no Centro de Treinamento FabriQ, com a oferta de cursos de aperfeiçoamento, e de startup, tendência de consultoria que acompanha e presta consultoria a empresas jovens e inovadoras que procuram desenvolver um negócio.

Fredson da Encarnação posa ao lado dos colaboradores da FabriQ

Microindustrial nasce da inovação

1972Nesse ano, o empresário Beno Zucker tornou-se o primeiro dirigente de uma empresa do nascente Polo Industrial de Manaus - no caso, a Beta S/A Indústria & Comércio - a receber da FIEAM o título de “Industrial do Ano”. Foi da Beta o primeiro projeto industrial aprovado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus, em 1968.

A concessão do diploma do microindustreial Destaque do Ano, foi instituída pela FIEAM, em 1991. O primeiro micro a receber a honraria foi o empresário Marcilon de Oliveira Araújo, da Oficina Moisés.

O diploma de “Exportadora do Ano” começou a ser outorgado em 1980, em reconhecimento à empresa responsável pelo maior volume de exportações no período - sempre de acordo com levantamento do Centro Internacional de Negócios (CIN/FIEAM). Até agora, a Gillette da Amazônia/Gillette do Brasil é a recordista em exportações, tendo merecido 11 diplomas da FIEAM.

ExportadoraMicro

11

12

“Essa placa pesa US$ 300 milhões”Ao agradecer a Antonio Silva e Wil-

son Périco, anfitriões da homenagem aos destaques do ano, o vice-presidente de Relações Institucionais da The Coca--Cola Company, Jack Corrêa, aprovei-tou para agradecer também aos ministé-rios do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior e das Relações Exte-riores pelo trabalho em favor das expor-tações para a Venezuela, por entender “a importância de manter essa relação mesmo sem receber”. A Venezuela, um dos principais mercados da empresa, há um ano e meio não honra seus compro-missos com a Recofarma Indústria do Amazonas Ltda.

“Essa placa pesa US$ 300 milhões”, destacou Jack Corrêa, para reafirmar o valor exportado em 2013, pela Reco-farma, o que garantiu o retorno da em-presa, pelo terceiro ano consecutivo, ao topo do ranking de exportação do Polo Industrial de Manaus. Ao receber da

FIEAM e CIEAM a placa de Exportado-ra do Ano, o diretor de Operações para América Latina da Recofarma, Jório Vei-ga, agradeceu aos funcionários e suas famílias que tanto contribuem para os resultados alcançados.

A Recofarma Indústria do Amazonas exportou US$ 305.12 milhões de concen-trados e bases de bebida para o mercado internacional, em 2013, de acordo com os dados do Centro Internacional de Negócios (CIN Amazonas). O volume das exportações foi destinado principal-mente aos países da América Latina.

A Recofarma é uma das 20 fábricas de concentrados que abastecem a The Coca-Cola Company em todo o mundo. A fábrica instalada no PIM teve cresci-mento superior a 52% na exportação em relação a 2012, quando movimentou cerca de US$ 200 milhões. Em 2011, o volume exportado foi da ordem de US$ 120 milhões de concentrados. A empre-

sa fez jus ao título de Exportadora do Ano entre 1998 e 2001.

Países como Venezuela, Colômbia, Equador e Paraguai foram destinos mais frequentes dessas exportações. A produção da Recofarma gera o forne-cimento de mais de 180 fórmulas para o mercado brasileiro e internacional. A planta fabril do PIM é a terceira maior fábrica de concentrados da Coca-Cola no mundo e a única fábrica com suas es-pecificações no Brasil.

Segundo o diretor Jório Veiga, mes-mo com as dificuldades quanto à situ-ação econômica mundial e à logística específica da região, a Recofarma con-seguiu bons resultados industriais além de ter superado tais desafios, com sua produção focada no atendimento às demandas do mercado existente da Companhia, bem como no aumento do portfólio de produtos oferecidos pela Coca-Cola.

Jack Corrêa (esquerda), Wilson Périco (presidente do CIEAM), Antonio Carlos Pereira (gerente da Recofarma), Jório Veiga e o secretário Afonso Lobo

12

13

Pelo menos 52% das empre-sas industriais brasileiras afirmam que a má quali-dade da educação básica

representa um entrave para a qualifi-cação do trabalhador, causando impac-tos, como baixa competência compor-tamental e dificuldades na resolução de tarefas, entre outros.

O número faz parte de estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e foi apresentado pelo gerente da Unidade de Educação do Depar-tamento Nacional do SESI, Henrique Pinto, no “Encontro de Ideias”, com o tema “Educação e Qualidade de Vida na Promoção da Competitividade para a Indústria”. O evento foi promovido pelo SESI Amazonas para empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), em 28 de maio, no Clube do Trabalhador do Amazonas.

Ao falar dos rumos que o SESI vem tomando para intervir nessa realidade, Henrique disse que o “Mapa Estraté-gico da Indústria 2013-2022” aponta o caminho que a indústria e o Brasil de-vem percorrer na próxima década para aumentar os níveis de produtividade e eficiência, e alcançar um elevado grau de competitividade, respeitando os cri-térios de sustentabilidade.

De acordo com o estudo, o Sistema Indústria orienta que, tanto a Edu-cação Básica quanto a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Educação Continuada estejam voltadas para o mundo do trabalho, como é o caso dos trabalhadores da área da construção civil, em Manaus, que recebem os ser-viços do SESI diretamente nos cantei-

Encontro de Ideias

Educação afeta competitividade da Indústria

SESI promove evento para discutir com as indústrias a qualidade da educação básica do trabalhador

ros de obras.“Buscamos entender o trabalhador

e acompanhá-lo onde quer que ele vá, levando em conta suas necessidades”, disse Pinto, em relação aos trabalha-dores que, muitas das vezes, interrom-pem os estudos por já não fazerem par-te da empresa parceira do Sistema.

No evento, a empresa Andrade Gu-tierrez apresentou a importância da parceria com o SESI/AM. O gerente de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança, da empresa, Horácio Mou-rão, disse que hoje o foco não é apenas o trabalhador, mas também a comuni-dade do entorno das obras. “Percebe-mos que devemos educar a comuni-dade para que ela saiba a necessidade de cuidar bem do patrimônio. Encon-tramos muitas obras que, após a en-trega, são depredadas, riscadas, sem o mínimo cuidado. Tentamos mostrar

para essas pessoas a importância do patrimônio, um trabalho social mes-mo”, disse.

A parceria Andrade Gutierrez e SESI/AM já formou, desde o início de 2006 até 2013, 280 trabalhadores através da EJA e já capacitou 358 em-pregados pelo Núcleo Integrado de Educação Continuada (NIEC), com participações em palestras, cursos, en-tre outras capacitações e eventos.

A diretora técnica do SESI Amazo-nas, Rosana Vasconcelos, disse já tra-balhar integradamente com as demais instituições do Sistema FIEAM - Ser-viço Nacional de Aprendizagem (SE-NAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), além da própria Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas, para tra-tar das dificuldades encontradas no ce-nário social do Brasil, juntamente com as universidades e empresas.•

O gerente da Unidade de Educação do SESI Nacional, Henrique Pinto, no Encontro de Ideias

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) oferecerá, nos pró-ximos anos, 12 milhões de va-

gas em cursos da educação profissional. Ao anunciar a ampliação, a presidente Dilma Rousseff, disse que isso vai repre-sentar a oferta de 220 cursos técnicos e 646 de qualificação.

Trata-se de um aumento de 50% na quantidade de matrículas registradas na primeira fase do programa, iniciada em 2011 e que será concluída no fim deste ano. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, essa ampliação corri-ge uma antiga distorção na matriz edu-cacional brasileira, que é excessivamen-te academicista. “Estamos convergindo para sistemas educacionais mais eficien-tes, com forte orientação para o mundo do trabalho”, destacou Andrade.

Além de promover o crescimento da

indústria e da eco-nomia, lembrou Andrade, a edu-cação profissional favorece os jovens que podem ingres-sar no mercado de trabalho com uma profissão. “Cada ano de educação profissional amplia a renda de uma pessoa em 15%”, ressaltou. “A for-mação técnica per-mitirá que esta ge-ração busque mais cursos de engenha-ria e graduações tecnológicas, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico do país. Progressivamente, vamos também ajustar melhor a matriz

do ensino superior, fortalecendo as áreas de engenharia e de ciências, áre-as importantes para promover a ino-vação nas empresas”, disse.

Matriculas

Ao destacar o papel do Sistema S, principalmente, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) no Pronatec, o presidente da CNI re-velou que, em maio de 2014, o SENAI alcançou a marca de 2,92 milhões de matrículas em cursos do programa. O número corresponde a cerca de 40% das 7,4 milhões de matrículas registra-das desde 2011, quando a iniciativa foi lançada pelo governo federal.

A experiência de mais de 70 anos do SENAI em formação para a indús-

tria é parte desta solução. Até hoje, a ins-tituição já capacitou mais de 60 milhões de brasileiros. Para a CNI, o investimen-

Educação

No lançamento da segunda etapa do programa, em maio, presidente Dilma Rousseff anunciou a oferta de 220 cursos técnicos

PRONATEC terá 12 milhões de vagas

14

15

Uma das turmas do Pronatec a receber certificação na área de panificação no SENAI

Em pouco mais de dois anos, o Prona-tec passou a representar uma importante fatia na programação anual de cursos ofe-recidos pelo Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial no Amazonas, com um total de 17.811 alunos certificados. Para este ano, a perspectiva é atender, com o Pronatec, 14.625 jovens e adultos do Estado, o que vai representar cerca de 40% de todas as matrículas que a institui-ção pretende realizar em 2014.

De acordo com o diretor técnico de Educação, Tecnologia e Inovação do SE-NAI Amazonas, Rogério Pereira, até o mês de junho, o Ministério da Educação (MEC) havia homologado apenas 2.695 vagas para o Pronatec, mas a instituição superou a meta inicial, qualificando, de janeiro a junho, 3.236 trabalhadores e fu-turos industriários do Polo Industrial de Manaus.

As vagas são gratuitas para alunos do SENAI e das demais instituições de en-sino que participam do programa. Este investimento na educação profissional e tecnológica é subsidiado pelo Governo Federal desde 2011.

O SENAI ampliou as ofertas de va-gas para atender o Pronatec e suprir as demandas específicas dos setores produ-tivos. A instituição disponibiliza meto-

dologia atualizada e infraestrutura para o aprendizado industrial de excelência dos alunos, como ocorre nos cursos de operador de empilhadeira que conta com simuladores modernos para a manipula-ção digital de máquinas pesadas e pro-dutos perigosos, e de mecatrônica, onde os jovens realizam as práticas em robôs industriais.

No Amazonas, o Pronatec é desen-volvido nas quatro escolas do SENAI em Manaus e nas quatro agências de treina-mento nos municípios de Parintins, Coa-ri, Iranduba e Itacoatiara, além de oferecer uma ação itinerante para todo o Estado através da utilização de kits didáticos de fácil deslocamento para atender deman-da em qualquer município e comunidade e com duas unidades móveis terrestres de panificação e de refrigeração.

O investimento público na educação profissional da população brasileira con-templa jovens e adultos que estudam em escolas estaduais ou que tenham conclu-ído o ensino médio, militares, indígenas, agricultores, deficientes, e familiares e participantes de programas assistenciais como Bolsa Família e Seguro-Desem-prego. A programação para o segundo semestre de 2014 pode ser acessada pelo site http://pronatec.mec.gov.br.

Mais de 17 mil certificados em 2 anos

PRONATEC terá 12 milhões de vagas

to do governo em um programa estrutu-rado de educação profissional não só ele-va o desempenho da indústria brasileira como também promove aumento de ren-da e da qualidade de vida dos brasilei-ros. A ampliação dessa política pública, o Pronatec 2, demonstra o esforço que o país vem fazendo para crescer de manei-ra sustentada.

Uma das novidades do Pronatec é o incentivo à utilização de itinerários for-mativos para os cursos do programa. Os itinerários são uma metodologia de or-ganização dos currículos que permitem aos estudantes planejar sua carreira em uma área de atuação, desde a formação inicial, passando pelo técnico até o cur-so superior de tecnologia (tecnólogo). Seus principais benefícios são o apro-veitamento das unidades curriculares (disciplinas) em novos cursos, o que permite acelerar a formação.•As informações são da CNI.

15

16

Antonio Silva recebe comitiva peruana no auditório da FIEAM para discutir os gargalos no intercâmbio econômico entre Brasil e Peru

O debate sobre os gargalos para ampliação do intercâm-bio econômico entre Brasil e Peru e, mais especificamente,

entre o Amazonas e a província peruana de Loreto, ganhou mais um capítulo, em maio deste ano, no encontro promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), com um grupo de 50 empresários e representantes des-sa localidade do país vizinho, na sede da instituição. A comitiva esteve em Ma-naus para participar da II Transpoama-zônia (Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística).

Em fevereiro deste ano, o presidente da FIEAM, Antonio Silva, liderou uma comitiva de empresários amazonenses

Uma nova rota para o PacíficoDebate

Comitiva peruana debate com lideranças locais a implantação de uma rota comercial fluvial permanente entre Manaus e Iquitos e, daí, até o Oceano Pacífico

Empresários peruanos se reúnem na FIEAM para tratar de rotas permanentes

fluviais

Uma nova rota para o Pacíficoem visita a Lima, capital peruana, quan-do se discutiu a proposta de criação de um corredor para a rota Ásia - Callao - Iquitos - Manaus, como via de entrada de insumos e saída de bens industriais produzidos no PIM, diminuindo custo e tempo de viagem.

Assim como no receptivo à comitiva brasileira, no Peru, a comitiva peruana em Manaus foi coordenada pelo presi-dente/governador da Província de Lo-reto, Yván Vasquez Valera. Dessa vez, os peruanos demonstraram interesse em debater com as lideranças e empre-sários locais modelos para implantação nos próximos anos de uma rota comer-cial fluvial permanente entre Manaus e Iquitos, capital de Loreto, e, a partir daí, até o Oceano Pacífico, uma das princi-pais propostas da Transpoamazônia, evento promovido pela Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia (Fetramaz).

De acordo com Antonio Silva, Ama-zonas e Peru têm interesses bilaterais, visando o potencial do transporte flu-vial de cargas dos estados da região Norte com esse país. “Para sermos bem--sucedidos precisamos debater sobre elaboração de acordos comerciais entre os dois países, informações precisas de navegabilidade nos rios da Amazônia, brasileiros e peruanos, bem como os devidos investimentos para permitir o fluxo de navios e barcos durante todo o ano, e a construção de infraestrutura portuária”, destacou Silva.

Yván Vasquez Valera lembrou que os empresários de Iquitos precisam de diversas alternativas para crescer em escala comercial com o Brasil. Dentre os gargalos, citou o alto custo na contrata-ção de práticos para manobrar os navios de cargas que desafiam os rios sem si-nalização e eclusas (obras de engenha-ria hidráulica para transportar barcos entre diferentes altitudes por sistemas

O Amazonas

e o Peru têm interesses bilaterais, visando o potencial do transporte fluvial de cargas da região Norte com esse país

ANTONIO SILVA

de comportas).“Acredito que este encontro é mais

uma grande oportunidade para cons-trução de propostas que venham me-lhorar a navegação entre esses dois paí-ses, aproximando essas fronteiras com o transporte de insumos, alimentos e bens finais”, ressaltou Valera.

De acordo com o presidente da Câ-mara Interamericana de Transporte,

Paulo Caleffi, os temas escolhidos para a II Transpo-amazônia foram específicos e práti-cos relacionados ao transporte e comér-cio. Segundo Cale-ffi, para dar início a essa apresentação, é preciso avaliar três pontos iniciais: política, referência de navegação de Tabatinga (AM) a Iquitos e instalação portuária.

Segundo o presidente da Fetramaz, Irani Bertolini, uma das conquistas, após a realização da primeira Transpo-amazônia, foi a conclusão da BR-163, prevista para o próximo ano. A nova rota deve reduzir, segundo ele, em dois dias, o tempo médio de transporte en-tre uma carga exportada no Pólo Indus-trial de Manaus até os grandes centros consumidores das regiões Sul e Sudeste do país.

Os assuntos discutidos entre os em-presários e especialistas do transporte fluvial, contaram com a participação de especialistas, como os dois ex-ministros dos Transportes, Cloraldino Severo e Paulo Sérgio Passos. O evento contou com apoio do Sistema FIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Sebrae, CNT, Sest/Senat e CDL Manaus.•

17

18

Desoneração permanente da folha estimula investimentosIndústria

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, em 27 de maio, que a desoneração da folha de pagamento dos 56 se-

tores já contemplados será permanente. A medida foi anunciada após reunião, no Pa-lácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e 31 empresários da indústria de máquinas, têxteis, de construção, empre-sas de transportes, tecnologia e comunica-ção, fabricantes de produtos eletroeletrô-

nicos, de cerâmica, entre outros. A política de desoneração teria vigência até 31 de dezembro deste ano. De acordo com o mi-nistro, nos próximos anos a desoneração pode ser estendida a outros setores.

A decisão do governo de tornar per-manente a desoneração da folha atende a um pleito da indústria para elevar a competitividade do setor, avalia a Confe-deração Nacional da Indústria (CNI). A manutenção do benefício dá mais segu-

rança para as empresas planejarem seus negócios e deve resultar em acréscimo nos investimentos. “É uma decisão importante para elevar a competitividade do produto brasileiro e dos investimentos. A manu-tenção da desoneração da folha reduz os custos das empresas com o trabalho, man-tendo os direitos dos trabalhadores”, dis-se o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Pouco mais de dois anos após a me-

Para a CNI, a permanência do benefício aumenta segurança e melhora a competitividade das empresas. Medida anunciada pelo governo atende a reivindicação dos empresários

Estratégia para aquecer a economia De acordo com o governo, a

desoneração da folha é uma estratégia para aquecer a economia e ajudar a indústria diante da crise financeira internacional. Com a medida, o governo reduz a alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para que o empresário obtenha maior faturamento.

Dos 56 segmentos que recebem atualmente o benefício, apenas um setor

considera que deveria sair do sistema, segundo dados apresentados pelo vice-presidente da CNI, Paulo Tigre. O ministro não soube, entretanto, citar o setor que não tem interesse na desoneração, mas disse que setores com uma grande folha de pagamento costumam ter interesse na desoneração.

A renúncia atual, segundo o governo, estimada em R$ 21,6 bilhões em 2014, deve

18

19

Desoneração permanente da folha estimula investimentosPara a CNI, a permanência do benefício aumenta segurança e melhora a competitividade das empresas. Medida anunciada pelo governo atende a reivindicação dos empresários

Estratégia para aquecer a economia

dida de desoneração da folha de paga-mentos começar a ser adotada, os efeitos positivos são sentidos pela grande maioria dos empresários, segundo levantamento feito em janeiro pela CNI com represen-tantes de 24 setores industriais beneficia-dos - atualmente, a medida contempla 56 setores ou segmentos de setores. O levan-tamento mostra que 96% dos entrevista-dos consideram a medida positiva e 92% dizem que ela deveria ser permanente.

Para 84% dos setores, o nível de emprego aumentou ou vai aumentar e para 67% os investimentos cresceram ou vão crescer. O principal benefício apontado é a melhora do fluxo de caixa da empresa (91%) e a re-dução no valor da contribuição (87%) - era possível dar mais de uma resposta.

“A desoneração da folha será perma-nente daqui pra frente para todos esses setores que são integrados a ela: uma boa parte da indústria, uma parte do serviço

e uma parte do comércio varejista. Ao longo do tempo, não este ano, mas para os próximos anos, novos setores serão in-corporados, dando mais competitividade a toda a estrutura produtiva brasileira”, disse Mantega. A forma pela qual a deso-neração será ampliada ainda não foi defi-nida, segundo o ministro, mas ele avaliou que não será difícil aprovar a iniciativa no Congresso.

Com informações da CNI e Agência Brasil.

se manter nesse patamar nos próximos anos, até que, ao longo do tempo, haja um aumento da força de trabalho e o número se altere. Com a renúncia, o governo espera que as empresas cresçam mais e faturem mais no conjunto de tributos.

Paulo Tigre, da CNI, afirmou que os empresários estão satisfeitos com o “sucesso das medidas tomadas”, e avaliam que elas aumentam a competitividade dos

produtos, o faturamento e as exportações. “Foram uma unanimidade as vantagens conseguidas por todos os setores de maneira diferentes”, relatou.

Em meados de maio, os empresários apresentaram à presidente Dilma Rousseff o pedido para que a desoneração fosse mantida e outras demandas, como a mudança no refinanciamento de dívidas com a União.

19

20

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ama-zonas, Antonio Silva, disse a empresários e gestores do

Polo Industrial de Manaus (PIM), reuni-dos na sede da FIEAM, em 29 de maio, que o investimento no homem e a oferta de oportunidades para todas as cama-das sociais, especialmente para as menos privilegiadas, representa o avanço da indústria na promoção da qualidade de vida da população.

A opinião foi manifestada no discurso de abertura do Encontro de Investidores Sociais do Amazonas, promovido pelo

Instituto para o Desenvolvimento do In-vestimento Social (IDIS), onde empresá-rios e gestores do PIM discutiram solu-ções sociais implementadas pela iniciativa pública e privada no Amazonas visando diminuir as diferenças sociais no país.

“As empresas se fortalecem e es-

treitam os laços com as comunidades e seus consumidores ao contribuir com ações sociais, envolvendo conhecimento e empenho dos colaboradores em ações voluntárias e sistemáticas de apoio aos projetos sociais”, disse o presidente da FIEAM, destacando que, ao assumir essa política, a indústria cria a cultura de res-ponsabilidade social nas empresas para reduzir as carências de determinados nú-cleos da sociedade.

O fundador e diretor-presidente do IDIS, Marcos Kisil, destacou a importân-cia do setor privado atuar como parceiro do governo e da sociedade na elevação

Empresários e gestores do PIM discutem soluções implementadas no Amazonas para reduzir as diferenças sociais no Estado

Encontro de Investidores Sociais mobiliza indústria

Responsabilidade Social

Armando Ennes falou sobre o programa da Whirlpool, do Consulado da Mulher Executivos de multinacionais do PIM apresentam cases de investimentos sociais

21

O diretor de Relações Internacionais da Whirlpool Latin America, Armando Ennes do Valle Jr, apresentou no Encontro de Investidores Sociais o projeto do Insti-tuto Consulado da Mulher que tem como objetivo contribuir para a cidadania e a emancipação da mulher por meio da assis-tência social, da educação continuada, da participação na comunidade, da melhoria da qualidade de vida, da geração de traba-lho e renda e da mudança nas relações de gênero.

“O nosso trabalho com o Consulado da Mulher é de ensinar mulheres de baixa renda a ganhar dinheiro, organizando-se socialmente de forma sustentável. Nossa ação já atendeu 32 mil mulheres de 2002 até este ano, incentivando-as ao empre-endedorismo, visando a transformação social de mulheres que moram em comu-nidades vulneráveis de todo o Brasil”, ex-plicou Ennes.

O diretor da Whirl-pool informou que em 2013 foram investidos R$4 milhões nesta ação e que o Consulado ge-rou por conta própria R$ 6 milhões, o que re-presenta uma iniciativa social sustentável. Na avaliação de Armando, o instituto teve algumas dificuldades no início até encontrar o caminho que gerasse credibilida-de junto aos acionistas da multinacional que fabrica as marcas de aparelhos eletrodo-mésticos Consul, Brastemp e KitchenAid.

“As iniciativas de assistencialismo, sem mensuração de resultados, não tem con-tinuidade, pois falta a métrica da impor-tância do investimento para a sociedade atendida. Esse tipo de investimento pode até receber recurso da nossa empresa, mas de forma pontual, enquanto projetos bem planejados, com relatórios dos benefícios à comunidade têm mais possibilidade de conquistar investimentos contínuos”, ava-liou Armando Ennes.

Outro case de sucesso exposto foi do “Programa Coletivo Coca-Cola”, apresen-tado pelo presidente executivo das empre-sas do Grupo Simões, Aristarco Martins Neto. O programa existe há 15 anos e conta com uma rede de organizações parceiras

na construção de comunidades melho-res através do aprendizado em várias linhas de ocupação profissional e lúdica.

Segundo Aristarco, o Coletivo atua em quatros bairros de Manaus: Vila da Prata, Redenção, Japiim e Zumbi, em salas construídas por moradores das próprias comunidades atendidas. O in-vestimento em cada sala é de R$ 120 mil com impacto social realizado por meio da inclusão digital, troca de idéias, trei-namento técnico e acesso ao emprego e renda.

“O Coletivo é um programa social que agrega valor em cadeias da própria Companhia, ajudando jovens a ingres-

sarem no primeiro emprego, podendo até se tornarem colaboradores Coca-Cola. Atu-almente temos Coletivos nas modalidades varejo, artes, floresta, excelência em even-tos, logística e produção e empreendedo-rismo”, informou.

Na visão do executivo do Grupo Si-mões, a indústria deve ser participativa na política, não fazendo parte dela, mas in-fluenciando-a de forma positiva em como distribuir melhor a renda governamental e os recursos em prioridades básicas como saúde, educação e saneamento.

Encontro de Investidores Sociais mobiliza indústria

Solidariedade social permanente

das condições de vida do povo brasi-leiro. Segundo Kisil, empresas são pro-dutoras de riquezas e cabe também aos empreendedores do comércio, serviços e indústrias auxiliar o Estado a exterminar a desigualdade social, os sérios desequi-líbrios sociais existentes no Brasil e tam-bém em muitos outros países.

“Os negócios sociais que estamos dis-cutindo visam o desenvolvimento local, mas para que o mesmo tenha sustentabi-lidade deve ser constituído sobre o tripé da equidade social, conservação ambien-tal e eficiência econômica”, explicou o diretor-presidente do IDIS.•

O Coletivo Coca-Cola

agrega valor em cadeias da própria Companhia, ajudando jovens a ingressarem no primeiro emprego

ARISTARCO NETO

O presidente-executivo das empresas do Grupo Simões, Aristarco Martins Neto

Fundador e diretor-presidente do IDIS, Marcos Kisil

22

reposta certa.“Manaus assim como todo Brasil deve discutir a questão da eficiência energéti-ca, pois é uma cidade em crescimento e que busca o uso racional e eficiente das fontes de energia. O Brasil trata muito de inclusão de energia, mas essa forma de trabalhar não anula a questão da eficiên-

Ganhos e impactos da Eficiência Energética

Economia

Na mesa do evento, o presidente Antonio Silva (centro) e o embaixador Alex Ellis

O professor Afonso Henriques, do Excen, fa-lou sobre desenvolvimento sustentável

Evento da Embaixada do Reino Unido com apoio da FIEAM fez parte da campanha da Inglaterra na Copa do Mundo no Brasil

Autoridades brasileiras e bri-tânicas, reunidas na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, discu-

tiram os incentivos disponíveis nos dois países para iniciativas de eficiência ener-gética. Esse foi um dos temas discutidos na conferência “Eficiência Energética – Ganhos Locais, Impacto Global - Iniciati-vas do Brasil e Reino Unido”, promovida pela Embaixada do Reino Unido, com apoio da FIEAM.Ao abrir o evento, o presidente da FIE-AM, Antonio Silva, reafirmou o apoio dos vários segmentos industriais repre-sentados na Federação à “nobre causa” da eficiência energética, que, segundo ele, constitui-se numa das formas mais econômicas, inteligentes e ambiental-mente favoráveis do uso da energia. “Há algum tempo, a FIEAM, em parceria com a Eletrobras, vem apoiando a parti-cipação de empresas do Polo Industrial de Manaus no Programa Nacional de Efi-ciência Energética”, disse Silva. No início deste ano, segundo ele, foi apresentado estudo que teve, preliminarmente, a par-ticipação de cinco empresas, cujo diag-nóstico alcançou excelentes resultados.Para o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis, a iniciativa busca a tro-ca de informações e experiências com o Brasil para a construção de novas par-cerias e soluções para o uso eficiente da energia. O embaixador disse que muita coisa já foi feita, mas muitas outras de-vem ser feitas, pois nenhum país tem a

cia energética, pelo contrário, ela é um elemento essencial para o alcance desse objetivo”, disse.O professor Afonso Henriques Moreira Santos, do Centro de Excelência em Efi-ciência Energética (Excen), da Universi-dade de Itajubá, falou sobre “O papel da Eficiência Energética no Desenvolvimen-to Sustentável e na Mudança do Clima”.O evento contou ainda com dois painéis, o primeiro, com foco na responsabilida-de da indústria no uso racional de ener-gia, tendo como moderador o vice-pre-sidente da FIEAM, Nelson Azevedo. No segundo, foi discutido o papel do consu-midor residencial e das distribuidoras de energia no incentivo a novos padrões de consumo.O evento fez parte do calendário GREAT Britain House, promovido pela missão diplomática britânica no Brasil, com cer-ca de 20 eventos durante o período da Copa do Mundo. Além de Manaus, os eventos foram realizados em Belo Hori-zonte e São Paulo, onde a seleção ingle-sa jogou, e ainda uma agenda no Rio de Janeiro.•

23

Tecnologias do futuroCom ambiente virtual e simuladores 3D, exposição do SENAIapresenta futuro das tecnologias de aprendizagem. Leia nas páginas 24 e 25.

SENAI apresenta

24

O admirável mundo novo das tecnologias de aprendizagem, já disponíveis ou prestes a se-rem disponibilizadas no Brasil

e no mundo, pôde ser acompanhado de perto, em Manaus, com a exposição “Tec-nologias Educacionais SENAI: o Futuro”. Em ambiente virtual, com simuladores em três dimensões, a exposição ficou em cartaz na Escola SENAI Antonio Simões, na Avenida Rodrigo Otávio, 2394, Distri-to Industrial, de 27 a 30 de maio.

De acordo com o diretor regional do SENAI Amazonas, Aldemurpe Barros, a exposição fez a prospecção de um futuro próximo e, muitas vezes, já real, de in-vestimentos na melhoria e modernização das ferramentas do ensino profissionali-zante oferecido pela instituição.

“O que temos aqui é uma exposição de inúmeras formas do aprendizado indus-trial aplicada aos alunos do SENAI. Ao logo de seus 72 anos, a Rede SENAI mi-nistra conteúdos teóricos e práticos que acompanham às mudanças da indústria, adequando tecnologia de ponta e inova-ção às ferramentas do ensino”, disse Al-demurpe.

A exposição conta com simuladores de empilhadeira, escavadeira, colheita-deira e solda, biblioteca virtual, sala 3D, caverna digital, entre outros. Estão sendo apresentadas 12 inovações tecnológicas que auxiliam no aprendizado industrial. Algumas dessas tecnologias já fazem parte do dia a dia dos alunos do SENAI Amazonas, como softwares de simula-dores em cursos das áreas de máquinas pesadas e eletrônica.

Segundo o instrutor de logística do

O diretor regional do SENAI, Aldemurpe Barros, acompanha visita de alunos; à esquerda, o aluno Carlos Felipe na seção de Livros Didáticos

SENAI, Carlos Liberato, o recurso didáti-co de simuladores estimula o empresário a investir no treinamento de seus traba-lhadores industriais, pois não desgasta e evita correr o risco de acidentes em má-quinas caras, no valor de R$ 3 a R$ 9 mi-lhões.

“Cerca de 20% do conteúdo pedagó-gico de nosso curso de operador de em-pilhadeira é realizado por simuladores. Este recurso já é utilizado há seis anos e desde lá tivemos maior aproveitamento dos alunos, sem contar com redução de custo de combustível e equipamento. Todos os alunos passam primeiro pela prática nos simuladores e só seguem para fase seguinte, com a empilhadeira, quando possuem conhecimento e habili-dades adquiridas no simulador”, expli-ca Liberato, lembrando que estes cursos

possuem apenas 20% de teoria, sendo 80% de sua programação realizada nos simulados e em aulas práticas.

Na avaliação do aluno do curso de Operador de Linha de Montagem, Calos Felipe, de 15 anos, as novas tecnologias experimentadas na exposição trouxeram um estímulo maior na busca de informa-ções e conhecimento profissional.

“Não gosto muito de ler, porém com a ferramenta da leitura on-line e da apli-cação de novas tecnologias no processo do estudo fiquei mais interessado pelos assuntos que tenho que ler e estudar”, destacou Carlos.

Inaugurada no início de maio, no Distrito Federal, a exposição vai per-correr 25 cidades brasileiras, com pre-visão de encerramento em novembro, em Goiânia (GO). •

Assim como na educação básica, a tec-nologia também está modificando as for-mas de aprender e ensinar na educação profissional. Veja como é composta a expo-sição “Tecnologias Educacionais SENAI: o Futuro”:

Caverna digital - Espaço com projeto-res gráficos 3D dispostos em três paredes e no chão, onde os alunos são imersos num ambiente virtual simulado e podem realizar operações complexas e tomar decisões com absoluta segurança. A partir da simulação de situações reais, como a operação de uma plataforma de petróleo, os alunos aprimo-ram suas capacidades e aprendem procedi-mentos complexos que deverão ser executa-dos durante as atividades profissionais.

Simulador de solda - Interface na qual aluno e professor controlam diversos re-quisitos de qualidade em diferentes tipos de solda. Visa aperfeiçoar o manuseio do equipamento de soldagem e a precisão de movimentos do aluno. Uma das van-tagens é a segurança do estudante em ambientes de risco, bem como a economia de material de solda utilizado no aprendi-zado. Esse software também gera estatís-ticas dos acessos e desempenho do aluno.

Simulador de empilhadeira - Nesse simulador, os alunos dirigem uma empi-lhadeira num cenário real de um centro de distribuição. No contexto de aprendi-zagem estão dispostas diversas situações que o aluno encontrará em seu cotidiano

profissional. Entre os vários benefícios desta tecnologia se destacam o aumento da segurança a e diminuição de custos com materiais consumíveis.

Kit didático de mecatrônica - A Planta de Manufatura Automatizada é composta por vários equipamentos. Estão organi-zados em módulos portáteis, e realizam atividades de um processo industrial. O Kit didático possibilita a elaboração e de-senvolvimento de projetos de Automação Industrial, a partir de tecnologia pneumá-tica, eletropneumática, mecânica, elétrica, eletroeletrônica, robótica, logística, redes de comunicação e de ciências da compu-tação.As informações são da CNI.

Tecnologias modificam as formas de aprender e ensinar

O instrutor de logística, Carlos Liberato apresenta simulador de empilhadeira para visitantes da Exposição de Tecnologias Educacionais SENAI

25

pesa 6,175 quilos e é feita de ouro maciço 18 quilates.

A convite da Coca-Cola, parte da diretoria da FIEAM visitou a exposição, com participação do 1º vice-presidente, Athaydes Mariano Félix, dos vice-pre-sidentes, Nélson Azevedo, Roberto Caminha e Eduardo Lopes, e do chefe de gabinete corpo-rativo, Sérgio Melo. Para Nelson Azeve-do, a passagem da taça por Manaus é fato histórico e iné-dito para o Amazo-

nas, e que a escolha de Manaus como uma das sedes da Copa do Mundo 2014 integra o Estado ao Brasil e ao mundo.

O presidente-executivo do Grupo Si-mões, Aristarco Neto, disse que é gratifi-cante para a Coca-Cola participar desse momento de alegria com o torcedor. De acordo com Aristarco, o troféu é um símbo-lo e o futebol tem grande importância para a sociedade brasileira. “A cidade está de parabéns por participar do evento”, disse.•

dora do Mundial 2014.Depois de passar por 89 países, o tro-

féu começou o tour pelo Brasil no dia 22 de abril, no Rio de Janeiro, passando por vá-rias capitais, até encerrar a exposição no dia 1º de junho, em São Paulo. O tricampeão mundial pela seleção brasileira, Roberto Ri-velino, esteve em Manaus acompanhando a trajetória da Taça do Mundo na cidade, o que incluiu uma visita à Arena da Amazô-nia. A Taça da Fifa mede 36,8 centímetros,

Pela primeira vez na história, o Amazo-nas teve oportu-nidade de receber

a taça da Copa do Mundo, que ficou em exposição du-rante todo o dia, em 19 de maio, na área externa do Amazonas Shopping. Parte da diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) acompa-nhou o evento.

Construído por meio de parceria da Coca-Cola com a Fifa, o espaço recebeu cerca de 4 mil pessoas, entre crianças e adultos, e alunos de escolas públicas, que realizaram o sonho de ver e fotografar o tão cobiçado troféu, entregue à seleção vence-

O dia em que a Taça da Copa foi vista em Manaus

Exposição

População compareceu em peso para ver o símbolo máximo da Copa do Mundo da Fifa, que ficou em exposição num único dia em Manaus

Coca-Cola e Fifa proporcionaram alegria à torcida amazonense com a chegada do Tour da Taça Copa do Mundo a Manaus, antes do início dos jogos na cidade

26

27

Com a participação de mais de 2 mil atletas, o SESI Amazonas deu a largada, em 25 de maio, à Corrida do Trabalhador, que

voltou a ser realizada pela instituição e dedicada especialmente aos trabalhado-res do Polo Industrial de Manaus (PIM). A corrida teve um percurso de 5 quilô-metros, com largada e chegada da frente do SENAI, na Avenida General Rodrigo Otávio, no Distrito Industrial.

O trabalhador-atleta Jackson Men-des, da Steck da Amazônia, conquistou o 1º lugar com o tempo de 13min53seg. Em segundo lugar ficou o atleta dos Correios, Sidney do Carmo, com o tem-po de 14min09, e, em 3º, Leonardo Sena, da Universal Fitness, com o tempo de 15min02. No feminino, a atleta da Sal-comp, Cristina Assunção, conquistou o 1º lugar com o tempo de 21min50. Verô-nica Andes, da Philips, ficou com a se-gunda colocação, com 22min50, e Cláu-dia Martins, da empresa Midea Carrier, com a 3ª colocação.

Jackson Mendes disse que a expe-riência dele em corrida de rua, como a meia maratona de Paris, em 2013, foi importante para vencer a prova. Ele lar-gou forte e manteve o ritmo durante os primeiros quilômetros do percurso. O medalhista disse que aproveitou bem os trechos de ladeira para se distanciar bas-tante dos demais competidores. Para o vencedor da prova, a marca conseguida por ele, de 14 minutos, é um bom tempo e está no nível dos grandes competido-res brasileiros. Mendes disse que agora vai intensificar o treinamento visando o bicampeonato na prova de 3000 metros

dos Jogos Nacionais do SESI, que serão disputados em setembro, em de Belém do Pará.

A gerente geral de Qualidade de Vida do SESI, Nelsi Lunière, disse que foi uma edição histórica da corrida, re-alizada agora exclusivamente pelo SESI, em parceria com o SENAI, e voltada para promoção socioeducativa dos tra-balhadores da indústria. Luniére desta-cou a participação de várias empresas, como Samsung, Yamaha, Salcomp e Moto Honda, que foram parceiras no evento. Ela ressaltou ainda a participa-ção de vários atletas do SESI, que com-pletaram o percurso, com destaque para Fernando Araújo e Francisca Andrade que conquistaram o 1º lugar, no mascu-lino e feminino, entre os colaboradores da instituição que atuam no Clube do Trabalhador. Na corrida, ainda foram sorteados alguns brindes para os par-ticipantes: uma TV de 46 polegadas, smartphones, bônus em dinheiro e kit composto por material esportivo.•

Corrida para trabalhador

Qualidade de vida

Momento da largada da corrida; na foto menor, Nelsi Lunière entrega troféu a Jackson Mendes

SESI volta a realizar, com exclusividade, a Corrida do Trabalhador, agora voltada para a promoção socioeducativa dos trabalhadores da indústria

28

O clima de Copa do M u n d o

predominou na 19ª edição da Mostra de Dança de Ma-naus, a Modama, nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho. O anfiteatro do Bal-neário do Sesc foi tomado pelas cores, animação e emoção das coreografias de inspiração canari-nha que contagia-ram o público. Mais de 2 mil bailarinos, 140 coreografias e 100 grupos de Ma-naus, participaram do evento realizado pela Companhia Corpo em Movimento, em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI Amazo-nas) e Serviço Social do Comércio (Sesc).

Na ocasião, o gerente de Cultura do SESI no Estado do Pará, Maurício Quinta-ros, convidado do evento, sorteou bolsas para oficinas e para a Mostra Dança Pará, que acontece naquele Estado. Segundo ele, Manaus respira dança. “A cidade já saiu do status de usar a dança como en-tretenimento e passou a trabalhar a for-mação profissional. Contar com essa par-ceria SESI e Sesc é muito importante, pois a inciativa ganha força”, disse.

No primeiro dia, a programação foi dedicada ao balé clássico, jazz, dança mo-derna e contemporânea; no sábado (31), o programa foi inteiramente dedicado aos grupos voltados à dança infantil, com mais de 40 trabalhos; e no domingo (1º), foi a vez da dança de rua (street dance),

Dança busca inspiração nos passos da Copa

A 19ª edição da Mostra de Dança de Manaus reúniu cerca de 100 grupos, com mais de 2 mil bailarinos, com inspiração na Copa do Mundo

Modama

Com figurino inspirado na bandeira brasileira, bailarina participa do programa de clássico da Mostra

29

dança étnica e folclórica e grupos da ter-ceira idade, que apresentaram cerca de 50 coreografias.

A coordenadora da mostra, a coreó-grafa Ana Mendes, ressaltou a realização do evento no anfiteatro. “São 19 anos tra-balhando pelo incentivo à dança no Es-tado. Poder contar com nossos parceiros é fundamental para nós. Agradeço espe-cialmente ao Sesc por ceder esse espaço tão especial”, disse.

De acordo com coordenadora de Cul-tura do SESI Amazonas, Irinéa Oliveira, a iniciativa vem ao encontro da missão da instituição em incentivar a promoção da vida saudável.

A estreia do Núcleo de Dança do SESI foi com a coreografia “Belly”, baseada no tema clássico “A Bela e a Fera”, da coreó-grafa Sarah Masulo. A aluna e bailarina do grupo, Erica da Silva, 13, disse que já venceu o nervosismo. “Desde quando eu era bebê já andava na ponta dos pés e mi-nha mãe logo percebeu que eu tinha jeito para dança”, brinca. A mãe a matriculou no SESI e, desde então, já participou de vários trabalhos. “No palco eu me solto, não fico mais nervosa. É como se eu esti-vesse voando”, revelou a menina.

O SESI participou ainda com as coreo-grafias “Livre Estou”, “Flocos de Neve”,

também da coreógrafa Sarah Masulo, e “Um Mundo Ideal”, “Cores do Vento” e “A Princesa da Ilha”, da coreógrafa Rafa-ela Oliveira, todos do gênero neoclássico ou clássico.

O jornalista Eduardo Monteiro de Pau-la, o Dudu, que acompanha a Modama desde o início, disse que uma das pro-postas da Mostra é possibilitar a interação

entre grupos sem nenhum conhecimento técnico e grupos mais experientes.

De acordo com Dudu, a Modama tem estimulado o surgimento de vários gru-pos de dança e a realização de eventos e até competições. Segundo Monteiro, a importância da Modama não é apenas cultural, mas também social e econômica gerando renda e emprego.

Grupos se esmeraram nas coreografias e figurinos para homenagear a Copa do Mundo

Irinea Oliveira, do SESI (no microfone) dá as boas vindas ao público na abertura da Modama; à direita, os coordenadores da Mostra, Dudu Monteiro de Paula e Ana Mendes

PARCERIA

Realizada pela Compa-nhia Corpo em Movimen-to, a Modama conta com o apoio do SESI Amazonas, que há mais de dez anos encontrou no evento mais um meio de incentivar a promoção da vida saudá-vel.

30

Alunos da Unidade de Edu-cação Dra. Emina Barbosa Mustafa, do Serviço Social da Indústria (SESI), tiveram

em uma só experiência aula de história, matemática, criptografia, computação, informática e design. A oportunidade surgiu com a Mostra Itinerante “Alan Turing: Legados para a computação e a humanidade”, na Arena do SESI, no Clube do Trabalhador do Amazonas - CTAM (Alameda Cosme Ferreira, 7.399 - São José I). A mostra, com entrada franca também foi disponibilizada para alunos da rede pública.

Alan Turing (1912-1954) foi, além de matemático, lógico, criptoanalista e um dos pioneiros da ciência da computação. Segundo o pedagogo do SESI, Sérgio de Oliveira, a mostra faz parte das come-morações pelo centenário de nascimento do cientista e tem como objetivo levar a toda sociedade, inclusive aos alunos do SESI, a reflexão sobre o papel e impacto das transformações tecnológicas propi-ciadas pelas tecnologias de informação e comunicação, tendo como Turing um dos precursores da computação.

Realizada pelo Museu da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pelo Instituto de Informática, junto com o Consulado Geral Britânico, a exposição contou com painéis sobre a vida e legados de Turing, além de pa-lestra do pesquisador da UFRGS, Ivan Jorge Boesing, que explicou como o cien-tista britânico foi um dos primeiros a vis-lumbrar a possibilidade de as máquinas se tornarem inteligentes. “Turing criou um modelo matemático teórico para o computador universal, antes que os pri-

meiros equipamentos desse tipo de fato existissem. O invento é conhecido como Máquina de Turing e serviu de base para a moderna computação”, relatou.

Além da contribuição acadêmica, Alan Turing trabalhou, durante a Segun-da Guerra Mundial, para a inteligência britânica, num centro especializado em quebra de códigos, onde fez a criptoaná-lise da frota naval alemã. O ponto alto da mostra foi a apresentação da máquina inventada por Turing capaz de decifrar o código Enigma utilizado pelos nazistas. Segundo Boesing, Turing trabalhou de forma fundamental para que os aliados

pudessem interpre-tar as mensagens criptografadas das máquinas Enigma. A máquina, se-gundo ele, foi ad-quirida por meio de parceria com o Ministério da Edu-cação

O aluno João Victor Babosa (13), do 8º ano, desco-briu a possibilida-de da criptografia e se encantou. “Todo

esse conhecimento reforçou minha von-tade de fazer um curso de informática do futuro”, disse.

O colega de classe, Samuel Baberlli (13) acrescentou sobre a importância histórica para a percepção do contexto atual. “Tudo hoje envolve tecnologia e nos esquecemos de conhecer onde tudo começou, neste caso sobre o início da computação”, falou.•

O cientista que lançou as bases da ciência da computação, além de ter decifrado os códigos secretos nazistas, durante a 2ª Guerra Mundial, é lembrado em mostra nas escolas da Rede SESI

Mostra resgata gênio de Alan TuringExposição

Turing criou um modelo

matemático teórico para o computador universal, antes que os primeiros equipamentos desse tipo de fato existissem IVAN BOESING

Pesquisador da UFRGS, Ivan Jorge

Boesing, mostra legados de Turing

com a máquina Enigma

Alunos percorrem painés da Mos-tra “Alan Turing: Legados para a Computação e a Humanidade”

31

Mostra resgata gênio de Alan Turing

A MAÇÃ

Talvez poucos conheçam o nome de Alan Turing, mas não há quem não reconheça a marca da Apple, a gigante dos com-putadores, criada em homenagem ao cientista britânico, a clássica maçã mor-dida. A imagem é uma alusão à morte de Turing, envenenado por cianureto. Ao lado do corpo do cientista, uma maçã mordida que, à época (1954), não foi ana-lisada para concluir se estava ou não com o veneno.

32

Trabalhadores do Polo Industrial de Manaus deram um show, na festa de abertura dos Jogos SESI 2014 – Etapa Estadual. O evento,

cujo ponto alto foi o desfile das delegações, incluindo um pelotão de atletas que vão re-presentar o Amazonas nos Jogos Nacionais do SESI, em Belém (PA), no mês de setem-bro, contou com a participação de 2.500 in-dustriários. Os Jogos vão reunir cerca de 6 mil trabalhadores-atletas de 132 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Com a abertura festiva, o SESI deu a largada para a 14ª edição dos Jogos SESI em sua etapa estadual

Jogos SESI

Abertura leva festa ao Clube do Trabalhador

33

Ao declarar aberta a temporada de jogos, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, em exercício, Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves, disse que todos os espaços do Clube estariam, a partir dali, à disposição dos trabalhadores-atletas para a prática esportiva e lazer. “Portanto, sejam bem-vindos trabalhadores, dirigentes e demais representantes da nossa indústria. Sintam-se em casa”, discursou.

Para a diretora técnica do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos, os jogos estão entre as principais atividades da instituição. “Os valores do esporte sempre estiveram sintonizados com a razão de existir do SESI, que está focado na promoção da qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes”, disse Rosana.

O desfile, puxado pelos alunos do Programa SESI Atletas do Futuro, contou com 27 delegações representantes das empresas inscritas em pelo menos cinco modalidades e que, por isso, são obrigadas pelo regulamento, a participar do desfile. Desse total, cinco se inscreveram para o desfile competitivo, onde são observados pelos jurados critérios, como organização, disciplina, criatividade e torcida. A Samsung foi a empresa vencedora do desfile, a Whirlpool ficou em segundo lugar e a TPV em 3º lugar.

Fogo simbólico

Uma das atrações da abertura dos Jogos Estaduais foi a apresentação do pelotão formado por 13 trabalhadores de empresas

que participarão dos Jogos Nacionais em Belém do Pará, em setembro. A missão do pelotão foi transportar o fogo simbólico, passado de mão em mão, e conduzir o juramento do atleta.

Veterano dos Jogos SESI, o atleta Leonardo Sena, da Universal Fitness, acendeu a pira dos jogos e fez o juramento. Para ele, esse foi um momento especial porque representa o reconhecimento pelos seus 15 anos de dedicação ao atletismo. Sena já participou de competições estaduais, nacionais e internacionais, entre trabalhadores. Foi medalha de prata nos Jogos Nacionais de Uberlândia (MG), em 2006, e de Salvador (BA), em 2011.

José Jemerson, da Amazon Aço, medalha de ouro nos 100m, com o tempo de 10seg60, na última edição dos Jogos Nacionais do SESI, no Rio de Janeiro, foi um dos atletas do pelotão. Ele disse que está treinando forte, duas horas por dia, na Vila Olímpica de Manaus, e que conseguiu baixar o tempo para 10seg40. Jemerson disse que seu sonho é participar das Olimpíadas de 2016, no Rio.

Com duas modalidades a menos – dominó e sinuca numerada – a 14ª edição dos Jogos Estaduais do SESI será realizada até o mês de setembro nas arenas do Clube do Trabalhador e na Vila Olímpica de Manaus. Agora, são 15 modalidades esportivas – oito coletivas (futebol sete máster, futebol sete principal, futebol de campo, futsal, queimada, vôlei indoor, vôlei de praia e soft-ball) e sete individuais (xadrez, tênis de quadra, tênis de mesa, judô, natação, jiu-jítsu e atletismo).

Presença dos empresários

Na torcida dos Jogos, diretores de empresas do PIM vibraram com a participação de suas equipes. O diretor da Divisão Administrativo-Financeira da Yamaha Motor da Amazônia, Genoir Pierosan, disse que a diretoria da empresa apoia iniciativas que promovam a qualidade de vida dos colaboradores. “Os

Américo Esteves abriu o evento ao lado da diretora técnica do SESI, Rosana Vasconcelos (direita)

Crianças desfrutaram de horas de lazer

O diretor da Yamaha, Genoir Pierosan, acom-panhou de perto a festa de abertura

34

Jogos SESI são uma das atividades mais importantes na sensibilização para que os funcionários da Yamaha possam aderir a uma vida saudável. Os trabalhadores envolvidos estão mais motivados a exercerem suas funções, contribuindo para que tenhamos um ambiente fabril mais harmônico, saudável e produtivo”, declarou Genoir.

O diretor de Manutenção da Whirlpool, Evandro Cavalieri, subiu ao pódio e vibrou muito quando os representantes da empresa receberam o troféu de Melhor Torcida. “Os jogos do SESI têm uma

importância muito grande para nós porque criam um ambiente mais animado entre os colaboradores, com os valores que conversam com o esporte”, disse.

Nenhum executivo teve chance de vibrar mais, durante a abertura dos jogos que o coreano Mr. Jung, diretor de Recursos Humanos da Samsung. Pelo quinto ano consecutivo, a delegação da empresa, sob o comando do coreógrafo Edgar Damasco, faturou o 1º lugar no desfile competitivo. O próprio Jung fez questão de levantar o troféu ao lado dos colaboradores.

Os atletas trabalhadores da Samsung

apresentaram como inovação a tecnologia LED no desfile. Segundo uma das coordenadoras do desfile, Míriã Silva, a coreografia mostrou a modernidade prevista para a Copa do Mundo do Brasil este ano. Para retratar um pouco deste evento, o desfile da Samsung usou animação, movimentos sincronizados, luz e tecnologia de LED.

“Quisemos transmitir a alegria dos países que estão participando da Copa do Mundo de 2014 e de seus jogadores que logo entrarão em contato com nossa cultura, músicas e tecnologias, mostrando um pouco da inovação da Samsung”, disse Míriã.

Programação paralela

A programação de abertura contou com uma programação especial voltada especialmente para as crianças acompanhantes dos trabalhadores-atletas, oferecida no Clube do Trabalhador. O competidor Charles Enderson Vasconcelos, da Moto Honda, deixou a mulher e as três filhas no espaço onde eram oferecidos serviços de manicure e pintura facial, além do show com o mágico Davis, do Grupo de Teatro, Eventos e Animações Otto Rodrigues.

A distribuição de lanches e degustações do “Suco da Horta” ficaram por conta da equipe do SESI Cozinha Brasil, que deu dicas de alimentação saudável para o público. “Nossa participação nos jogos é de grande importância, pois temos a chance de mostrar os serviços do Cozinha Brasil e assim contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e seus dependentes”, disse a nutricionista do SESI, Evely Medeiros.

O SESISAÚDE também deu plantão no local, oferecendo orientações aos trabalhadores e às empresas sobre programas, como Saúde da Mulher, Saúde do Homem e Saúde Psicossocial, demonstrações de RPG e Pilates, além de oferecer o teste de glicemia e verificação da pressão arterial. O fisioterapeuta do SESI, Jonathan Melo, conduziu o uso da Cadeira Combo do Pilates, para mais de 20 movimentos dos membros inferiores e superiores.•

Atletas fazem o juramento antes do início das competições nos Jogos Estaduais do SESI

Entrega de troféus aos vencedores do desfile de abertura, Samsung, TPV e Whirlpool

35

36