Revista Expoconstruir 2011

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Ano 2 - Nº 03 - Março/2011 INICIADAS AS OBRAS PARA A COPA DE 2014 HABCONSTRUIR DISCUTE A COPA DE 2014 CONSTRUÇÃO CIVIL TEM CRESCIMENTO SURPREENDENTE MERCADO IMOBILIÁRIO EM ALTA REV_ExpoConstruir_MAR2011 FINAL-GPR.indd 1 REV_ExpoConstruir_MAR2011 FINAL-GPR.indd 1 3/10/2011 12:36:18 PM 3/10/2011 12:36:18 PM

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Ano 2 - Nº 03 - Março/2011

INICIADAS AS OBRAS PARA A

COPA DE 2014

HABCONSTRUIR DISCUTE A COPA DE 2014

CONSTRUÇÃO CIVILTEM CRESCIMENTO SURPREENDENTE

MERCADO IMOBILIÁRIO EM ALTA

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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA poderá pesar na hora de escolher um imóvel

Construção Civil é alvo dos INCENTIVOS FISCAIS

MERCADO IMOBILIÁRIO EM ALTA

CREA-CE INAUGURABiblioteca e Centro Cultural

UFC DESENVOLVE TIJOLOScom sistema de encaixe

PREOCUPAÇÃO COM O SOCIAL

CURIOSIDADES

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EDITORIAL

HABCONSTRUIR DISCUTE a Copa de 2014 como vetor para melhoria na habitação

EXPOCONSTRUIR 2011Evento deverá movimentar mais de R$ 100 milhões em negócios para a construção civil

CERBRAS tem qualidade reconhecida pelo Inmetro

ESPAÇO HIDRACORaperfeiçoamento profissional para clientes e consumidores

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Ano 2 - Nº 03 - Março/2011

12Iniciados as obras para aCopa de 2014

Iniciadas as obras para aCopa de 2014

10Construção Civil tem crescimento surpreendente

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Caros Leitores

Em 2009, quando lançamos a primeira Revista ExpoCons-truir, já era claro o grande desenvolvimento da construção civil no Ceará. Até então, todo esse crescimento era moti-vado pelo aquecimento do mercado imobiliário nos segmen-tos residencial e comercial, bem como por ações públicas do Estado, grande investidor em obras de infraestrutura.

Realizada com sucesso a primeira edição da ExpoCons-truir, fi cava cumprida a primeira missão da Ika Eventos. Daí por diante recomeçamos o trabalho para planejamento da segunda edição da feira já contando com um histórico de aprovação por parte de seus expositores e do público presente, assim como de negócios realizados em benefício da cadeia produtiva da construção civil.

Para a ExpoConstruir 2011 nossa motivação aumentou ainda mais, pois o segmento da construção civil permanece aquecido e tende a dar um salto como nunca visto, já que a Copa de 2014 trará ao Brasil, ao Ceará e a Fortaleza gran-des investimentos, não somente na infraestrutura pública, mas também na área privada.

Acompanhando as transformações provocadas em outros países e cidades que já sediaram Copas do Mundo, pode-mos vislumbrar a infi nidade de investimentos que serão ca-nalizados para Fortaleza e, desta feita, investimentos que deixarão edifi cados empreendimentos e darão à Copa a es-trutura necessária, mas que permanecerão para benefício da cidade e do turismo.

O foco na realização de negócios é a grande meta da Expo-Construir 2011. Para tornar isso uma realidade, estamos investindo em um plano de comunicação dirigido ao setor e trabalhado em parceria com os expositores. Faremos da ExpoConstruir um grande canteiro de promoções para os negócios fi rmados no evento.

Estamos ainda no começo do ano e os estandes da Expo-Construir já estão chegando ao fi nal! Se sua empresa ainda não confi rmou presença na feira, não perca tempo nem a oportunidade de fazer parte deste que está se tornando o maior evento do segmento da construção civil da região.

Forte abraço!

Thatia Pepino Micheline Camarço Roberta CavalcanteDiretora Diretora Diretora

é uma publicação da Ika Eventos.

Produção Editorial:A2 Comunicação

Av. Visconde do Rio Branco, 2634Joaquim Távora - Fortaleza-CE

Fone (85) [email protected]

www.a2online.com.br

Editora: Simplícia Vianna

Jornalista - Reg. 1711 JP/[email protected]

Reportagens: Cynthia Pinheiro Cardoso

Jornalista - Reg. 1982 JP/[email protected]

Colaboradores:Lisiane Linhares (Secopa)

Mozarly Almeida (Crea-CE)Natalie Caratti (Coperii - PMF)

Nathalia de Sá (CDC) Renata Miranda (Hidracor)

Comercial: Thatia Pepino

[email protected]

Fotografi as:Alfredo Cordeiro e Alexandre Holanda

Diagramação: Jorge Carvalho

[email protected]

Impressão: Gráfi ca Pouchain RamosTiragem: 5.000 exemplares

Distribuição Dirigida

www.expoconstruir.com.br

Realização:

Apoio Institucional:

Sinduscon/CE, Crea/CE, Fiec, Apcc, UFC, IAB/CE, Acomac e FC&VB

Promoção:

Astef

Organização:

Fone (85) [email protected]

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Diretora Diretora Diretora

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HabConstruir discute a Copa de 2014 como vetor para melhoria na habitaçãoAcademia e setor industrial irão debater o tema no evento que acontece em paralelo à ExpoConstruir

ventos de grande porte têm o poder de trazer consigo melhorias estruturais signifi -cativas nas sedes onde são

realizados. A Copa do Mundo no Brasil, em 2014, já é vista como oportunidade de desenvolvimento, inclusive na área da habitação, sendo este o foco principal das discussões na segunda edição do HabConstruir - Seminário Regional sobre Políticas Públicas e de Ensino para a Habitação de Interesse Social.

O seminário traz como tema “A Copa de 2014 como vetor para melhoria da qualidade na habitação” e acontece nos dias 22 e 23 de setembro de 2011, no Centro de Convenções do Ceará, dentro da programação da ExpoConstruir – Feira de Materiais e Sistemas Construtivos.

De acordo com o professor José de Paula Barros Neto, diretor do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e presidente da Associação Técnico-Científi ca Engenheiro Paulo de Frontin (Astef ), promotora do HabConstruir, um dos objetivos é debater sobre as possíveis melhorias na infraestrutura da habitação, advindas da realização do evento.

E“O Mundial surgiu como uma oportunidade nunca antes vista para atender às necessidades do País, dentre elas a habitação e a infraestrutura da cidade, que refl etem na qualidade de vida dos habitantes”, comenta Barros Neto. Com debates coordenados pelas universidades, o HabConstruir vai aproximar o meio acadêmico do setor industrial com vistas à melhoria da Habitação de Interesse Social (HIS) e da infraestrutura urbana.

ATIVIDADES PARALELASO público visitante da ExpoConstruir poderá conferir ainda uma exposição de trabalhos do Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da UFC.

“Queremos divulgar as pesquisas desenvolvidas nas diversas áreas da engenharia civil, particularmente no que diz respeito à HIS, junto a toda a cadeia produtiva do setor da construção”. Os trabalhos expostos buscam a melhoria da moradia de interesse social e visam estabelecer critérios e diretrizes para o gerenciamento de requisitos dos futuros moradores desses empreendimentos habitacionais, explica Barros Neto.

Tema: “A Copa de 2014 como vetor para melhoria da qualidade na habitação”

Data: 22 e 23 de setembro de 2011

Horário: das 17h às 21h

Local: Centro de Convenções

AGENDE-SE

“A ExpoConstruir servirá como palco da construção civil e este seminário irá fortalecer nosso objetivo. No fi nal teremos um grande evento que fará uma ponte entre os diversos elos da cadeia produtiva do setor e a comunidade acadêmica”, comenta Roberta Cavalcante, organizadora da feira.

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m 2011, Fortaleza será no-vamente o palco de um dos maiores eventos nacionais da

construção civil: a ExpoConstruir - Feira de Materiais e Sistemas Cons-trutivos, que acontecerá de 21 a 24 de setembro de 2011, no Centro de Convenções do Ceará.

“A primeira edição da ExpoCons-truir, em 2009, foi um sucesso. Ago-ra estamos empenhados em fazer um evento ainda melhor”, diz Roberta Cavalcante, da Ika Eventos.

Para tanto, a organização do evento vem investindo pesado na mídia. “O evento recebeu um incremento de 30% na verba destinada à publicida-de, que desde o ano passado já conta com inserções em revistas especiali-zadas de circulação nacional”, revela Th atia Pepino, diretora de marketing da Ika Eventos.

Os resultados já podem ser mensu-rados. A procura por empresas que desejam expor na Feira já é bem maior e com mais antecedência que na edição 2009. “Registramos uma demanda 50% maior que na primei-ra edição e, mesmo ainda estando no começo do ano, quase todos os estandes já estão comercializados”, afi rma Roberta Cavalcante.

A expectativa é que mais de 150 empresas estejam em exposição, tor-nando o evento uma ponte entre os

diversos elos da cadeia produtiva do setor. “Esperamos ultrapassar a cifra de R$ 100 milhões em negócios re-alizados na feira, fi rmando a Expo-Construir como o momento central do setor no nosso Estado”, aposta Roberta. Na primeira edição, foram R$ 70 milhões em negócios.

O evento é uma promoção da Astef, realizado pela Ika Eventos e organi-zado pela Artepiso e Ikone Eventos, com patrocínio da CERBRAS e HIDRACOR. Apoiam a iniciativa Sinduscon/CE, Crea/CE, Fiec, Apcc, UFC, IAB/CE, Acomac e FC&VB.

Para saber mais sobre o evento visite o site www.expoconstruir.com.br

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Em sua segunda edição, a Feira promete superar as conquistas de 2009 e caminha para consolidar-se como um dos maiores eventos da região

Evento deverá movimentar mais de R$ 100 milhões em negócios para a construção civil

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Sua empresa na vitrine da construção civil

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Placa cerâmica da empresa passa a ter certificação CCB/Inmetro: apenas 22 fabricantes no Brasil, sendo dois no Nordeste, possuem o documento que atesta essa excelência

Certifi cação Inmetro é conside-rada uma importante ferramen-ta para o estímulo à evolução e

consolidação da qualidade dos produtos. No caso da placa cerâmica - elemento que fi gura entre o hall de materiais da cons-trução civil, setor cada vez mais exigente e competitivo - apenas um seleto grupo de empresas no Brasil possui o selo, dentre elas a Cerâmica Brasileira - CERBRAS, que conquistou a certifi cação em dezem-bro de 2010.

A CERBRAS, localizada em Maracanaú e responsável pela produção das linhas PORTO VELHO e RIVA, é a única em-presa do Ceará a conquistar a certifi cação da qualidade. O Nordeste passa então a ter apenas duas empresas com o atesta-do, concedido pelo Centro Cerâmico do Brasil (CCB), organismo de Avaliação da Conformidade acreditado junto ao In-metro para a certifi cação de produtos e do Sistema de Gestão da Qualidade.

Dentre os benefícios da certifi cação estão a garantia de que o produto ou o sistema atendem às normas vigentes no País e re-dução das perdas no processo produtivo

e melhoria de gestão, além de maior cre-dibilidade e competitividade do material junto aos clientes. O selo que comprova a qualidade é ainda condição essencial à exportação para diversos mercados.

De acordo com o gerente comercial da CERBRAS, Ricardo Veras, a empresa passa agora a utilizar o selo de quali-dade CCB/Inmetro. “A conquista da certifi cação nos dá habilitação imediata no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), que nos qualifi ca como ‘Fornecedor Credenciado’ para compras via cartão BNDES, Programa ‘Minha Casa, Mi-nha Vida’ e tudo que exija a comprova-ção de qualidade”.

Ana Lúcia Mota, presidente da empresa, destaca o peso que tem a certifi cação para a CERBRAS. “O selo do Inmetro é de gran-de importância porque respalda o nosso Sistema de Gestão da Qualidade como um dos melhores do Nordeste e do País”.

A conquista da certifi cação é comemo-rada por todos que fazem a CERBRAS, já que foi fruto de um intenso trabalho

dos colaboradores. “Além de refl etir o nosso modo de fazer cerâmica, a nossa política da qualidade – de fato e agora de direito – estará cada vez mais presen-te em nossas ações, como forma de evo-luir e consolidar a qualidade dos nossos produtos e a satisfação dos nossos clien-tes”, fi naliza Ana Lúcia.

O Instituto Nacional de Metro-

logia, Normalização e Qualida-

de Industrial (Inmetro) é uma

autarquia federal que tem como

objetivo geral fortalecer as em-

presas nacionais, aumentando

sua produtividade, por meio da

adoção de mecanismos desti-

nados à melhoria da qualidade

de produtos e serviços. Tem

como missão prover confi ança

à sociedade brasileira nas me-

dições e nos produtos, através

da metrologia e da avaliação da

conformidade, promovendo a

harmonização das relações de

consumo, a inovação e a com-

petitividade do País.

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CERBRAS tem qualidade reconhecida pelo Inmetro

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O QUE É O INMETRO

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Inaugurado em 2010, o local abriga um dos maiores Centros de Treinamento da região Norte/Nordeste

arantir a satisfação dos clientes oferecendo produtos de quali-dade que atendam aos requisi-tos de fabricação, melhorando

continuamente os processos e desen-volvendo o capital humano. Esses são alguns dos desafios da Hidracor, em-presa do Grupo J. Macêdo que desde 1963 vem se consolidando como líder nacional na produção de tinta em pó hidrossolúvel e supercal. A empresa é uma das três maiores em volume de produção de tintas líquidas do Norte e Nordeste.

Tantos anos de experiência conferiram à empresa um olhar diferente sobre o mercado. Prova disso foi a inauguração, em 2010, de um moderno centro de treinamento e um espaço de convivência para oferecer aos clientes e pintores mo-mentos de conforto e aperfeiçoamento profi ssional: o Espaço Hidracor. “Uma das nossas maiores preocupações é ofe-recer soluções inovadoras e produtos de qualidade, que refl itam a seriedade e o profi ssionalismo característicos da nossa marca. O Espaço Hidracor é mais uma ação nesse sentido”, afi rma Renata Mi-randa, gerente de produtos da Hidracor.Foram investidos U$ 100 mil para a

construção do Centro de Treinamento e da Casa de Eventos que atendem a cerca de 500 pessoas por mês, entre pintores profi ssionais, vendedores lojistas, donas de casa e estudantes, disponibilizando treinamentos em módulos específi cos para cada tipo de público, com demons-tração e aplicação prática de produtos Hidracor.

Os treinamentos são realizados às terças, quartas e quintas para grupos de até 40 participantes, com duração média de 5h/aula, englobando exposição teórica e experimentação prática. Os sábados são reservados aos pintores profi ssionais que buscam enriquecer seus conhecimentos com as novas técnicas do mercado. As aulas recebem até 80 participantes e são seguidas de uma visita à fábrica.

A Hidracor também realiza regularmente treinamentos com sua equipe de promo-tores em toda a região Norte/Nordeste, ministrando cursos em distribuidores, escritórios de engenharia, arquitetura, construtoras, empreiteiras, revendedo-res e escolas. Somente em 2010, foram treinadas 10 mil pessoas. Para este ano, a expectativa é de que 15 mil pessoas rece-bam a capacitação.

Os interessados podem inscrever-se na Central de Atendimento ao Con-sumidor pelo telefone 0800-703-4445 ou obter mais informações no site www.hidracor.com.br.

QUALIDADE

Em 2010 a Hidracor comemorou junto a seus clientes e parceiros um aumento de qua-se 900% acumulados nos últimos 6 anos, tornando-se uma das maiores empresas de tintas do Norte/Nordeste e líder em textura, tinta em pó e supercal. “Em 2011, a empresa espera continuar crescendo cada vez mais, em venda e satisfação. Os números justifi cam o slogan da marca: A tinta que o Brasil apro-vou”, aponta Renata Miranda.

A empresa é a única aprovada pela Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas (Abrafati) no Ceará. A certifi cação, obtida após audito-rias internas e externas, garante que os pro-dutos estão em conformidade com as normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com toda a qualidade exigida para os produtos do segmento de tintas imobiliá-rias. Agora, a empresa aposta na obtenção da certifi cação de seus processos, através da ISO 9001:2008.

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Espaço Hidracoraperfeiçoamento profissional para clientes e consumidores

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Dragão do Mar de Arte e Cul-tura - obras federais, pesadas”, aponta o presidente.

Para Roberto Sérgio, é impor-tante destacar o papel do po-der público, que se tornou um forte aliado da construção civil a partir de 2007, com os finan-ciamentos para a produção. “O Governo começou a entender que o setor não precisa de abso-lutamente nada que não seja cré-dito na praça. Se tiver dinheiro a construção civil anda. Moradia todo mundo quer comprar, en-tão mercado não é problema. O Governo entendeu isso e hoje é uma realidade”, comemora.

O setor passou por um momen-to delicado, com o freio do go-verno federal aos fi nanciamentos entre agosto de 2008 e maio de 2009, por conta da crise com o

construção civil no Brasil vive um momento excepcio-nal em sua história. Finan-ciamentos concedidos pelo

Governo à produção e ao mercado habitacional, incentivos fi scais, in-vestimentos da iniciativa pública e privada, além da melhora do poder aquisitivo da população, são alguns dos motivos que levam a um cená-rio de crescimento contínuo e cada vez mais promissor deste setor.

Dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Constru-ção Civil (CBIC) indicaram cres-cimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor acima de 11% em 2010 - o melhor resultado em 24 anos, o que torna a construção ci-vil um campo ainda mais estratégi-co para a economia do País.

Dentre os números que indicam o excepcional desempenho, estão a

geração de 340 mil vagas formais em todo o Brasil só nos dez primei-ros meses de 2010 e a expansão do crédito imobiliário no período, in-dicando aumento de mais de 70% em termos de valores fi nanciados em relação a 2009.

O Ceará acompanha o cenário nacional. De acordo com o presi-dente do Sindicato da Construção Civil do Estado do Ceará (Sindus-con-CE), engenheiro Roberto Sér-gio Ferreira, houve um crescimen-to da construção civil no Estado de 7,5% em 2010.

Outro dado relevante é o nú-mero recorde de operários em-pregados no Estado: 40 mil. “O máximo atingido até então era de 38 mil trabalhadores, nos anos de 1998 e 1999, à época das obras do Complexo Portuá-rio do Pecém, aeroporto, Centro

Construção Civil tem cresSetor alcança PIB acima de 11% em 20

No Ceará, número de operários emp

A

PIB da construção tem sido maior que o do Brasil

variação % do PIB Nacional

variação % do PIB da Construção Civil

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escimento surpreendentem 2010: o melhor resultado em 24 anos. mpregados bate recorde, com 40 mil

VENDAS DE MATERIAIS IMPULSIONAM CRESCI-MENTO DO SETOR

Números da Associação Brasi-leira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) indicam que o faturamento da indústria de materiais deve aumentar 8,8% acima da infl ação em 2011. O es-tudo realizado pela Abramat atri-bui parte do crescimento às obras contratadas e iniciadas em 2010, além da prorrogação da desone-ração dos materiais. Para este ano, espera-se que as vendas dos insumos superem R$ 118 bilhões.

O gerente de vendas da Tintas Fortex, Stanger Eler, estima que em 2011 a empresa cearense mantenha o índice de aumento entre 25% e 30%, próximo ao que alcançou nos últimos quatro anos. O crescimento - acima da média do setor, é motivado, segundo Stanger, pelos investimentos rea-lizados na nova unidade da Fortex, em 2008, em equipamentos de maior tecnologia e no lançamento de novas linhas de produtos.

Para ele, os números do setor também embasam a expectati-va positiva. “Nossa confi ança é avalizada pelos índices da indús-tria e do mercado da constru-ção civil, que vem apresentando um crescimento no Ceará bem acima dos índices nacionais, acredito que impulsionados principalmente por dois fatores: investimento em infraestrutura e a maior oferta e facilidade de acesso ao crédito, principalmen-te pelas classes C e D”.

mercado imobiliário nos Estados Unidos. “O governo voltou atrás, achando que no Brasil iria acon-tecer o que aconteceu nos EUA. Passamos uma situação difi cílima. As pessoas queriam comprar mas não havia condição de produzir”, lembra. Obras paradas ou em ve-locidade baixa foram característi-cas da época – já superada.

Crescimento continua em 2011

A expectativa é que o setor siga com avanço. Alguns dos motivos apontados para o crescimento, no âmbito nacional, são a continuação pelo governo federal do Programa “Minha Casa, Minha Vida” e das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A vinda da Copa do Mundo para

o País em 2014 promete movi-mentar o setor, que também será beneficiado pelo crescimento da oferta de crédito imobiliário e do mercado habitacional, além da prorrogação na desoneração do Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI) para alguns materiais de construção, até de-zembro de 2011.

No Ceará, o presidente do Sin-duscon acredita que haverá cres-cimento da ordem de 4,5% este ano. O Programa “Minha Casa, Minha Vida”, que havia pro-metido a construção de 51 mil casas no Ceará em 2010, ainda não chegou a realizar todas as contratações, o que pode expli-car o percentual de crescimento menor que o do ano passado, mas que não afeta o avanço do setor. “Decrescer, nem pensar!”, finaliza Roberto Sérgio.

R$ 175 BI2016 (projeção)Crescimento nas

vendas da indústria de materiais, estimado pela Abramat

R$ 118 BI2011

R$ 140 BI2013

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4,72006

4,92007

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Iniciadas as obras para aCopa de 2014Fortaleza é uma das 12 cidades-sede. As ações para a chegada da competição incluem reforma do Castelão, melhorias da malha viária e da estrutura de transporte urbano.

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ortaleza começa a se preparar para receber uma das maiores competições esportivas do planeta. A Copa do Mundo

em 2014 será realizada em 12 cida-des-sede no Brasil, e o poder público já inicia os trabalhos na capital, que vão bem além da reforma do estádio Castelão e incluem investimentos para a melhoria da malha viária, es-trutura de transporte urbano e qua-lifi cação de pessoal.

De acordo com a Matriz de Res-ponsabilidades assinada em Brasília pelos governos executivos, está a cargo do governo federal a amplia-ção do Aeroporto Pinto Martins e a construção de um terminal de passageiros no Porto do Mucuripe, totalizando R$ 385,4 milhões em investimentos.

A reforma para modernização e ade-quação do Estádio Plácido Aderaldo Castelo (Castelão), seguindo as exi-gências da Fifa, é de competência do Governo do Estado do Ceará, bem como a fi nalização de duas linhas do metrô de Fortaleza – Estações Mon-tese e Padre Cícero, e a entrega do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), espécie de metrô de superfície.

No Castelão, os investimentos para reestruturação, através de Parceria Público-Privada do Estado (PPP), são da ordem de R$ 452 milhões. A reforma foi iniciada em dezembro de 2010 e, dentre as melhorias, está a ampliação da estrutura e da capa-cidade de público, que vai de 59 mil para 66,7 mil lugares.

Detalhes do Castelão

Diversas mudanças ocorrerão no es-tádio, como nas cadeiras, que pas-sarão a ser retráteis. Haverá ainda a aproximação da área que separa o acesso dos torcedores sentados nas cadeiras inferiores do gramado, que cairá dos atuais 40 para 21 metros.

O estádio também terá um novo es-tacionamento para 1750 veículos. Outro destaque é uma coberta que protegerá 100% dos torcedores de

sol e chuva e ajudará substancial-mente na qualidade da imagem das transmissões televisivas.

O titular da Secretaria Especial da Copa, Ferruccio Feitosa, prevê que o Castelão seja entregue em abril de 2013. Antes do mundial, a estrutura poderá ser utilizada em outras competições impor-tantes, como a Copa das Confe-derações, da Fifa. “Manifestamos esse interesse por escrito ao Co-mitê Organizador Local, através de um documento assinado pelo governador Cid Gomes”, destaca o secretário.

Ferruccio acrescenta que também foi feita solicitação para que a abertura festiva que antecede o jogo inaugu-ral da Copa do Mundo seja realizada em Fortaleza, além de uma partida das semifi nais. O projeto do Castelão está apto para sediar um jogo deste porte, conforme informou a Fifa em relatório ofi cial.

Mobilidade urbana

Ainda sob a responsabilidade do Estado, a fi nalização das estações Montese e Padre Cícero do metrô de Fortaleza custará R$ 35 milhões. Já para o VLT, que abrangerá dez es-tações, é estimado um investimento de R$ 265,5 milhões. O veículo terá seis composições com quatro carros,

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CAPITAL HUMANO

fazendo a ligação da região hoteleira ao bairro Parangaba, passando pelo porto, aeroporto, rodoviária e está-dio, em integração com o sistema de transporte público.

As ações definidas como de res-ponsabilidade do município de Fortaleza contemplam também a área de mobilidade urbana. São cinco obras prioritárias, incluin-do a requalificação da Via Expres-sa. “A via vai ganhar efetivamente um caráter de via expressa, com a eliminação dos semáforos nos cru-zamentos com as avenidas Santos Dumont, Padre Antônio Tomás e Alberto Sá. Nesses cruzamentos, a prefeitura vai construir túneis”, explica Felipe Araújo, gerente do projeto Copa 2014, da Coordena-doria de Projetos Especiais da Pre-feitura de Fortaleza.

As outras intervenções do muni-cípio englobam a criação do Bus Rapid Transit (BRT), um sistema de corredores exclusivos para ôni-bus, nas avenidas Alberto Craveiro, Raul Barbosa, Dedé Brasil e Pauli-no Rocha.

Os investimentos para as obras da Prefeitura já estão garantidos e são da ordem de R$ 260 milhões. To-das as intervenções ainda estão em fase de elaboração de projetos e a previsão é de que iniciem ainda no primeiro semestre de 2011.

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Nem só com obras físicas se consegue sediar uma Copa. Para tanto, um dos pontos que tem recebido atenção abrange a qualifi cação do pessoal que es-tará envolvido com o mundial. “Estamos montando um projeto de capacitação, envolvendo a Secretaria do Turismo e a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social”, afi rma o secretário Ferruccio Feitosa, adiantan-do que o treinamento engloba a qualidade de serviços prestados e idiomas.

O Instituto Municipal de Pesquisa, Administração e Recursos Humanos (Imparh) já está desenvolven-do ações voltadas para o Mundial de 2014, destaca Felipe Araújo. A iniciativa inclui cursos de línguas estrangeiras, voltados para categorias de profi s-sionais que trabalham diretamente com turistas, como taxistas e policiais.

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Construções podem receber selo Procel Edifica, que atesta

o uso racional da energia elétrica

Eficiência energética

poderá pesar na hora de escolher um imóvel

Oconsumo de energia elétrica nas edifi cações residenciais, co-merciais, de serviços e públicas, corresponde a cerca de 45% do

consumo faturado no Brasil. O número, que já é bastante signifi cativo, tende a tornar-se ainda maior. É que, se por um lado a estabilidade da economia, aliada a uma política de melhor distribuição de renda, permite o acesso da população aos confortos proporcionados pelas no-vas tecnologias, por outro o consumo de energia elétrica irá aumentar considera-velmente.

Números apresentados pela Eletrobras revelam que quase 50% da energia elé-trica produzida no país é consumida não só na operação e manutenção das edifi cações, como também nos sistemas artifi ciais, que proporcionam conforto ambiental para seus usuários, como ilu-minação, climatização e aquecimento de água. Para alívio dos ambientalistas, o potencial de conservação de energia des-te setor é expressivo.

De olho nessa possibilidade, o Progra-ma Nacional de Efi ciência Energética (Procel), que promove o uso racional da energia elétrica, criou o Procel Edifi ca, especialmente voltado à Efi ciência Ener-gética das Edifi cações – EEE, aliada ao Conforto Ambiental-CA. As ações do programa têm como objetivo incenti-var a conservação e o uso efi ciente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc) nas edifi cações desde a sua fundação, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente.

Instituído pela Eletrobras/Procel, o pro-grama é desenvolvido em conjunto com

o Ministério de Minas e Energia, o Mi-nistério das Cidades, as universidades, os centros de pesquisa e entidades das áreas governamental, tecnológica, econômica e de desenvolvimento, além do setor da construção civil.

Para se ter uma ideia, a energia elétrica consumida no Brasil em 2008 (Fonte EPE), foi de cerca de 393 bilhões de kWh. A economia teórica em edifi ca-ções residenciais, comerciais, de ser-viços e públicas poderia chegar aos 53 bilhões de kWh caso fosse adotada uma política agressiva para a questão do défi cit habitacional brasileiro. Esta energia economizada seria sufi ciente para suprir anualmente cerca de 2,7 milhões de residências.

O custo para a construção de prédios “verdes” é, em média, 5% maior que a de construções tradicionais, porém os benefícios são muitos. Com a adoção de práticas de efi ciência energética, a econo-mia pode chegar a 30% para edifi cações já existentes que promoverem reformas contemplando os conceitos de efi ciên-cia energética em edifi cações. Nas novas edifi cações, ao se utilizarem tecnologias energeticamente efi cientes desde a con-cepção inicial do projeto, a economia

pode superar 50% do consumo, compa-rada com uma edifi cação concebida sem uso dessas tecnologias.

O selo Procel Edifi ca mede o grau de efi -ciência energética dos edifícios comerciais e públicos com área construída de no mí-nimo 500 metros quadrados. A etiqueta avalia três características do edifício: o envoltório, a parte física do edifício; o sistema de iluminação, a iluminação in-terna do edifício de acordo com as dife-rentes atividades exercidas pelo usuário; e o sistema de condicionamento de ar, que avalia o tipo de aparelho utilizado e sua efi ciência nas diferentes áreas do edifício.

A nota da etiqueta varia do número 1, para os menos efi cientes – representado pela letra E, e o número 5 para os mais efi cientes – representado pela letra A. Um imóvel com a etiqueta A tem um consu-mo 40% menor que um com a etiqueta E. A adesão ao Procel Edifi ca é voluntária, mas em breve deve tornar-se obrigatória para todos os tipos de edifícios, assim como acontece com a avaliação de efi ci-ência energética dos eletrodomésticos. A participação dos consumidores é funda-mental para o sucesso do programa.

O selo Procel também estará presente na Copa e na Olimpíada que serão re-alizadas no Brasil nos próximos anos. Um dos pré-requisitos para a constru-ção dos empreendimentos é que eles sejam efi cientes energeticamente. Para incentivar essas construções, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES) lançou uma li-nha de crédito especial para hotéis em construção ou que passarem por refor-mas para adaptação.

Esta energia economizada seria sufi ciente para suprir anualmente cerca de

2,7milhõesde residências.

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Redução do IPI e Programa Minha Casa Minha Vida têm sido alguns dos estímulos do poder público ao setor

os incentivos fi scais conce-didos pelo governo têm mo-vimentado a cadeia da cons-trução civil. Os motivos para

a preocupação em apoiar o mercado vão desde o reconhecimento do setor como um forte aliado para o cres-cimento da economia nacional, até a necessidade da redução do défi cit habitacional, que hoje gira em torno de cinco milhões de domicílios, de acordo com dados do Ministério das Cidades.

O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal, criado em abril de 2009, tem sido destaque entre as iniciativas do poder público que envolvem o setor. Com a promessa de construir um milhão de unidades habitacionais, o Progra-

ma havia feito, até o fi nal de 2010, a contratação com a Caixa Econômica de 1.003.214 moradias, em todas as faixas de renda, atingindo R$ 52,98 bilhões em investimentos.

As famílias com renda de até 10 salá-rios mínimos são o foco do MCMV, que recebem subsídios do governo para a aquisição das moradias. Além disso, o Programa movimenta a in-dústria da Construção Civil e cria empregos no setor.

No Ceará, o programa havia prome-tido a construção de 51 mil casas, número ainda não atingido. De acor-do com o presidente do Sindicato da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), engenheiro Roberto Sérgio Ferreira, um dos mo-

tivos para que o programa não tenha deslanchado no Ceará se dá pela bu-rocracia imposta pela Caixa.

Além disso, o presidente afi rma que os terrenos em Fortaleza são muito caros em relação ao preço fi nal da moradia do Programa. “O preço da habitação é tabelado, R$ 45 mil a unidade, e os terrenos precisam ter saneamento”. No fi nal das contas, pode não ser um bom negócio para o construtor das unidades.

No entanto, para 2011 o cenário se mostra um pouco mais otimista para o Estado. Dados da Caixa Econômi-ca dão conta de que o Estado alcan-çou cerca de 26 mil contratações do MCMV, demonstrando avanço do Programa no Ceará.

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Construção Civil é alvodos incentivos fiscais

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stabilidade, investimento, segu-rança. Motivos não faltam para a compra de um imóvel. O nú-mero de pessoas com a oportu-

nidade de adquirir este bem tem cresci-do acentuadamente, fazendo ascender o movimento do mercado imobiliário, setor cada vez mais promissor.

Segundo dados informados pelo Sindica-to das Empresas de Compra, Venda e Lo-cação de Imóveis do Ceará (Secovi-CE) ao jornal O Povo, haviam sido vendidos, apenas no primeiro semestre de 2010, 3.903 imóveis novos em Fortaleza. O número representa uma alta de 44,29% em relação ao mesmo período de 2009. Já em volume de vendas, o incremento foi de 38,58%, resultando no fatura-mento de R$ 1 bilhão para o setor imo-biliário na capital.

Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (Cre-ci-CE), Apollo Scherer, fatores como a oferta de fi nanciamento por mais bancos

e o crescimento real da renda do brasileiro foram determinantes para os resultados de 2010 e o consequente aquecimento do se-tor. “A entrada do Programa Minha Casa, Minha Vida dinamizou o mercado”, com-pleta Apollo. “A população em geral vol-tou a pensar ativamente sobre a aquisição do imóvel”.

Paulo Angelim, sócio-diretor da Viva Imóveis, imobiliária que fechou 2010 com crescimento de 76% em relação a 2009, já está comemorando os resultados do início de 2011. “As vendas do mês de janeiro foram impressionantes: 85% aci-ma de janeiro de 2010”. Ele já prevê os resultados de vendas para 2011. “O mer-cado continua muito aquecido e não dá sinais de arrefecimento. Neste início de ano, estamos projetando, um tanto con-servadores, um crescimento de 50% nas vendas de 2011, em relação a 2010”.

Para o mercado cearense, a aposta do pre-sidente do Creci, Apollo Scherer, é de um aumento equivalente ao de 2010, girando em torno de 10%.

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Setor continuará aquecido nas próximas décadas e investimento em imóveis tem sido uma boa opção. Veja também os cuidados na hora da compra

Mercado Imobiliário em alta

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Mercado em alta nas próximas décadasUma publicação desenvolvida em 2008 pela Fundação Getúlio Vargas e a Ernst & Young fez projeções para o setor imobi-liário até 2030. O estudo prevê que este mercado continuará em expansão, tendo, dentre os motivos, o surgimento de novas famílias e a necessidade de o País equacio-nar o défi cit habitacional.

A publicação, intitulada “Brasil susten-tável: Potencialidades do mercado ha-bitacional”, afi rma que é esperado um crescimento econômico médio de 4% e a redução gradativa das taxas de juros dos fi nanciamentos habitacionais.

“Até lá, o País terá um contingente de mais de 233 milhões de pessoas e cerca de 95,5 milhões de famílias. Estima-se uma média de 2,5 pessoas por moradia, o que signifi cará cerca de 93,1 milhões de do-micílios – um crescimento de aproxima-damente 66% em relação a 2007. Nesse período, 37 milhões de moradias surgirão em todo o País”, prevê a publicação.

Ao observar as peculiaridades de países como a Coreia do Sul, Espanha, Irlanda, Estados Unidos, onde os mercados imo-biliários são destaque, o estudo confi rma por generalização que as economias com maior investimento habitacional susten-tam taxas de crescimento mais elevadas.

Antes do aumento dos investimentos, houve nos países citados mudanças ins-titucionais que melhoraram o funciona-mento dos sistemas de fi nanciamento. Um aspecto presente nos bons exemplos é a existência de um conjunto de medidas que asseguram um acesso rápido e desbu-rocratizado ao crédito e ainda proporcio-nam garantias sólidas aos investidores.

Tanto o cenário atual quanto a previsão promissora são frutos de avanços legais, determinantes para o fortalecimento do setor. Merecem destaque no Brasil a Lei 9.514/97, que instituiu o Sistema de Fi-nanciamento Imobiliário e introduziu a alienação fi duciária de bens imóveis; e a Lei 10.931/04, responsável pelo apri-moramento do Patrimônio de Afetação, que protege o adquirente de imóveis, ao separar o empreendimento individual do patrimônio da empresa construtora.

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Comprar para investirTem crescido a quantidade de pessoas in-teressadas na aquisição de um imóvel, com vistas a melhorar seus rendimentos. Apollo Scherer acrescenta que houve retorno da compra para investimento. “Isso era um movimento que nos últimos dez anos ti-nha deixado de existir, mas de dois anos pra cá o corretor de imóveis vem sentindo que as pessoas estão voltando a comprar imóveis para investir, especialmente imóvel na planta - casa e apartamento”, comenta.

Melhorar a renda disponibilizando um imóvel para aluguel é um investimento que volta a ser realizado. Conforme dados do mercado, a compra para locação era algo comum na década de 1980: cerca de 30% da fatia de vendas era destinada para este fi m. “Esse índice baixou muito nos úl-timos anos. Hoje a gente vê que as pessoas estão comprando muito imóvel para colo-car para a locação”, observa Apollo.

Profi ssionais e empresários bem sucedi-dos têm apostado no mercado imobiliário para investir, priorizando até mais que as tradicionais aplicações fi nanceiras e Bolsa de Valores. Para aqueles que almejam ser investidores “profi ssionais”, o coordenador do curso superior de Tecnologia em Negó-cios Imobiliários da Faculdade 7 de Setem-bro, Alex Amarante, dá algumas dicas.

“Se você deseja se tornar um investidor em imóveis, em primeiro lugar deve avaliar seu perfi l (deseja investir para o futuro formando patrimônio e renda ou deseja investir para atingir uma meta no médio prazo?), assim como avaliar sua disponibilidade de tempo para acompa-nhar esse investimento”.

Alex explica que, como no mercado de ações, o imobiliário demanda conheci-mento prévio. “O ideal é escolher profi s-sionais capacitados para lhe assessorar, que incluem corretor, arquiteto, enge-

nheiro, advogado e contador”. Um plano de negócio para cada operação imobiliária que contemple valores a investir, período, metas de valorização e rentabilidade, aná-lise e plano de respostas aos riscos, dentre outros quesitos, faz-se necessário. “Todo mercado, inclusive o imobiliário, está su-jeito a muitos riscos e você deve procurar proteger seu capital da melhor forma pos-sível”.

O coordenador comenta que no próprio curso superior de Tecnologia em Negó-cios Imobiliários da FA7, existe um es-paço que disponibiliza esta assessoria. “O Núcleo de Negócios Imobiliários (NNI) é formado por professores especialistas e mestres, onde os interessados em inves-tir no mercado imobiliário (profi ssionais ou empresários) podem obter melhores orientações e aumentar a probabilidade

de sucesso”, complementa.

Cuidados na hora da compraA localização do imóvel é um fator que me-rece atenção na hora da compra. A região em que há maior movimento de compra e venda continua sendo a grande Aldeota, em função da densidade populacional e de comércio e serviços. O bairro da Água Fria também se destaca, porém, segundo Apollo Scherer, tem havido uma migração de negócios imobiliários para bairros emer-gentes da região leste, como Lagoa Redon-da, Cambeba e Messejana.

A região oeste também vem despontando, com a Maraponga e o Mondubim. Como se não bastasse, bairros tradicionais - Par-quelândia, Montese, Jacarecanga e Fátima, em que não havia movimentos imobiliá-rios começam a entrar nas negociações.

Para Paulo Angelim, outros elementos tam-bém devem ser observados. “O conselho é não se deixar levar pela euforia e continuar sendo criterioso na análise do produto, da localização, e no caso de imóvel em condo-mínio, a melhor posição da unidade”.

Quesitos já consagrados que dizem respei-to a optar por um corretor e imobiliária de credibilidade, com quem o cliente possa contar no pós-venda, também são funda-mentais. Escolher bem a incorporadora/construtora, checando se o empreendi-mento tem registro de incorporação, traz mais segurança ao comprador.

Ainda sobre a compra do imóvel, Paulo Angelim cita as diferenças básicas entre a aquisição do bem na planta ou fi nalizado. “Na planta, o cliente pode fazer alterações no projeto desde o início da construção, o que resulta em economia e maior personali-zação da unidade, podendo também dividir melhor o pagamento da poupança: no caso, o valor é pago diretamente à construtora e não ao banco. O construído é preferido por quem tem pressa em morar, dispõe de sinal maior e não quer ter dúvidas se vai ou não gostar da planta do imóvel”.

O conselho é não se deixar levar pela euforia e continuar sendo criterioso na análise do produto, da localização, e no

caso de imóvel em condomínio, a melhor posição da unidade

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ois novos importantes equi-pamentos para a promoção da cultura passam a estar

a serviço da sociedade cearense. O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Esta-do do Ceará (Crea-CE) entregou à população e aos diversos segmen-tos profi ssionais representados pelo Conselho a Biblioteca Eng. Prof. Telmo Bessa e o Centro Cultural do Crea-CE.

Os dois espaços foram inaugurados em dezembro de 2010 e estão situ-ados na Rua Castro e Silva, 81, no Centro de Fortaleza, mesmo prédio onde atualmente funciona a sede do Conselho e que já abrigou o San Pedro Hotel. A iniciativa, além de apoiar a requalifi cação do local, in-clui o Crea-CE entre as instituições que incentivam e difundem a cultu-ra. “Nós, que pensamos e projetamos a cidade com uma visão técnica, ago-ra estamos contribuindo com esse se-tor”, comenta o presidente do Crea-CE, engenheiro eletricista Antonio Salvador da Rocha.

A biblioteca Eng. Prof. Telmo Bessa funciona no térreo do prédio e é um espaço dedicado aos profi ssionais, estudantes e pesquisadores das áre-as abrangidas pelo Sistema Confea/Creas. O local possui vasto acervo sobre legislação profi ssional e nor-mas técnicas da ABNT e Mercosul, periódicos, CDs e DVDs, além dos livros técnicos que pertenceram ao Prof. Telmo Bessa.

Após deslocar sua sede para o Centro de Fortaleza, contribuindo com a requalificação do local, o Conselho agora incentiva a valorização e a difusão da cultura

Crea-CE inauguraBiblioteca e Centro Cultural

Já o Centro Cultural do Crea-CE, que funciona na cobertura do edi-fício sede do Conselho, possui uma área de aproximadamente 350m² e conta com uma Galeria de Arte para exposições de pintura, fotogra-fi a, gravura, escultura, lançamento de livros, shows musicais, palestras e apresentações teatrais. O local possui ainda uma cafeteria e vista panorâ-

Familiares do Eng. Prof. Telmo Bessa na inauguração da biblioteca.

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mica, onde é possível ter a visão do mar e de edifi cações e logradouros históricos.

Mais informações: Biblioteca Eng. Prof. Telmo Bessa: 3453-5853

Centro Cultural do Crea-CE: 3453-5829

INSPETORIAS EM SOBRAL E LIMOEIRO INTERIORIZAM AÇÕES

O Crea-CE está fi nalizando a construção de mais duas inspetorias, localizadas nas cidades de Sobral e Limoeiro do Norte. O objetivo da iniciativa é atender melhor a demanda pelos serviços do Conselho nas regiões do Vale do Acaraú e Vale do Jaguaribe. Os dois equipamentos devem fi car prontos ainda neste semestre.

As inspetorias de Sobral e Limoeiro do Norte somam-se às já exis-tentes nas cidades de Juazeiro do Norte e Crateús, que funcionam em sedes próprias, e às de Aracati, Iguatu, Quixadá e Tianguá, localizadas em prédios alugados, mas que até 2012 já devem estar em instalações próprias do Crea-CE.

No último ano do seu mandato, o Presidente do Crea-CE, Eng. Eletr. Antonio Salvador informa que até o fi nal do ano serão inauguradas mais três importantes equipamentos: o Museu Interativo de Tecnolo-gia, Centro de Qualifi cação Profi ssional e Sala de Vídeo-Conferência.

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busca pela qualidade das ha-bitações sociais tem norteado um grupo de pesquisadores

da Universidade Federal do Ceará que utilizam a inovação como dife-rencial. O “Projeto MEHIS - Ha-bitações Sustentáveis com Melhoria dos Processos Tradicionais”, do De-partamento de Engenharia Estrutu-ral e Construção Civil e fi nanciado pela Finep, conseguiu desenvolver um conjunto de blocos (tijolos) ce-râmicos estruturais, coordenados modularmente e que possuem um sistema de encaixe.

O coordenador do projeto, prof. Dr. Alexandre Bertini, explica que os blocos foram concebidos a partir de um diagnóstico das unidades ha-bitacionais existentes. Dentre os pro-blemas identifi cados, os mais recor-rentes são as infi ltrações - devido à chuva - e as fi ssuras nas paredes. “Isto

motivou o desen--volvimento de um sistema que eliminasse essas patologias”.

A qualidade superior do bloco, se comparado ao tijolo convencional, é apontada como uma das vanta-gens. A geometria projetada permi-tiu um ganho de resistência e pos-sibilitou ainda maior facilidade na montagem, resultando também na economia de material.

“O bloco foi desenvolvido para ser encai-xado lateralmente, eliminando as juntas de argamassas verticais. Com isto obtém--se maior velocidade na produção da parede e ganho de qualidade, resultando em paredes mais resistentes, respeitando

as tolerâncias da geometria imposta pela norma”, enfatiza Bertini.

Na última versão do bloco, foram fabricadas cinco mil

peças. Ensaios r e a l i z a d o s

pelo grupo de pes-

quisa-

Melhoria da produtividade, ganho de qualidade e economia de material são algumas das vantagens apontadas com o uso do bloco

UFC desenvolve tijolos com sistema de encaixe

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dores testaram a resistência mecânica e a absorção do tijolo. Além disso, um protótipo habitacional foi constru-ído em Fortaleza, com o objetivo de verifi car os aspectos construtivos do sistema.

Tijolo aprovado por empresários do ramo Um empresário do setor da constru-ção apostou na ideia e tem apoia-do o Projeto MEHIS na produção dos blocos cerâmicos. Vitorino De Checchi é proprietário da Com-panhia Sobralense de Materiais de Construção (Cosmac) e está na quarta geração de uma família de ceramistas da Itália.

Ele afi rma que a grande vantagem na utilização do tijolo está na queda substancial dos gastos com material. “O uso do tijolo de encaixe permite uma economia de 70% de argamas-sa por m². As pessoas não têm ainda noção do benefício deste bloco!”. Os mais de 50 anos de experiência no ramo também permitiram a Vi-torino participar das discussões com os pesquisadores, ajudando no de-senvolvimento do produto fi nal.

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isso

á de se ter, em qualquer pro-fi ssão, uma forma de contri-buir para um mundo mais justo e humano. Muito além

da responsabilidade social, utilizar o ofício aprendido em favor do outro é um ato de amor. Neste sentido, o Ce-ará tem integrado a lista de 15 estados – mais o Distrito Federal – atendidos pelo projeto Casa da Criança, que reúne arquitetos, decoradores, desig-ners e artistas plásticos na execução de construções e transformação de abrigos, creches e outros espaços de-dicados a crianças e adolescentes. A última intervenção do projeto no Ceará resultou na ambientação e na humanização de 45 ambientes do Centro Pediátrico do Câncer. O local foi inaugurado em outubro de 2010 e funciona como anexo do Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza.

A ação aconteceu por meio da par-ceria com a Associação Peter Pan e o Instituto Ronald McDonald.

A ambientação foi feita com uma rede de parceiros do projeto, dentre eles 67 profi ssionais de ambiente - arquitetos, decoradores, designers e artistas plásticos. “Os ambientes fo-ram projetados e decorados de modo a tornar os locais mais alegres e con-fortantes, e o tratamento mais huma-nizado aos pequenos”, explica Paulo Pepino, um dos coordenadores do projeto em Fortaleza.

Outras intervenções realizadas

O Centro Pediátrico do Câncer foi a terceira instituição atendida pelo proje-to Casa da Criança no Ceará. A primei-

Hra ação aconteceu em 2002, no abrigo público Tia Júlia, instituição mantida pelo Governo do Estado e que acolhe provisoriamente crianças órfãs, vítimas do abandono e/ou de maus tratos.

“A importância do trabalho desen-volvido no local foi um dos motivos que fez do abrigo um benefi ciado pelo Projeto”, explica Paulo. Com a dedicação de 114 profi ssionais, o lo-cal ganhou 52 novos ambientes.

A segunda intervenção foi em 2006, com a construção do Lar Amigos de Jesus, casa de apoio que atende a crianças e adolescentes em trata-mento contra o câncer. Foram 116 profi ssionais envolvidos na iniciati-va, que levou abaixo a antiga edifi -cação, que contava com 700m². A nova sede possui agora mais 2 mil m² construídos, dividida em 73 am-

Projeto Casa da Criança reúne arquitetos, decoradores, designers e artistas plásticos na construção e reforma de espaços dedicados ao atendimento infanto-juvenil

Profissionais unidos em atos de amor

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bientes. “Tentamos levar para o Lar uma atmosfera confortável e acolhe-dora”, comenta Paulo.

Franquia Social

O projeto Casa da Criança teve início em 1999 com os arquitetos Marcelo Sousa Leão e Patrícia Chalaça, em Recife-PE, capital onde está situada a coordenação nacional. A partir de 2001, teve início o processo de dis-seminação da sua Franquia Social – equipe de voluntários que represen-tam o projeto nos estados atendidos e ajudam a ampliar as ações.

“É gratifi cante constatar que a dedi-cação de todos os profi ssionais envol-vidos neste trabalho pode, sim, trans-formar vidas”. Além de Paulo Pepino, integram a Franquia Social do Ceará: Isabel Figueiredo, João Mendonça, Augusto Souza e André Verçosa.

Atualmente, estão envolvidos no projeto Casa da Criança mais de 2 mil arquitetos, decoradores, artistas plásticos e designers, além de 20 mil empresas e mil construtoras. No to-tal, foram atendidas mais de 20 mil crianças e jovens nas 33 instituições já benefi ciadas. Para 2011, quando o projeto completa 12 anos, mais três novas instituições serão benefi ciadas, com obras e humanizações de am-biente já em andamento nas cidades de Manaus, Belém e Cuiabá.

Em Fortaleza, a próxima ação do pro-jeto será a implantação do Q’Alegria, no Instituto do Câncer do Ceará.

O Q’Alegria é uma tecnologia desen-volvida pelo projeto Casa da Criança, que visa proporcionar entretenimento, enquanto as crianças são submetidas ao tratamento quimioterápico, dando-lhes mais conforto e humanização.

Projeto Casa da Criança qualificado como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)

Mil construtoras,

20 mil empresas

e mais de 2 mil arquitetos, designers,artistas plásticos e decoradores envolvidos

presente em estados, mais o Distrito Federal

20 mil

instituições beneficiadas

crianças e jovens atendidos

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Em 2010, vivemos um grande momento de júbilo, pois comemoramos o cinquentenário de formatu-ra da primeira turma de engenheiros formados no Ceará. É a turma de Engenheiros Civis formados em 1960 pela antiga Escola de Engenharia da Uni-versidade Federal do Ceará.

A partir da turma de 1960, a Universidade Federal do Ceará, através da antiga Escola de Engenharia e do atual Centro de Tecnologia, já formou mais de 5 mil engenheiros nas mais diversas modalidades.

Deste período até os dias atuais, muito tem sido feito pelo desenvolvimento do Ceará com a par-ticipação direta dos engenheiros formados na UFC. Esta participação vai desde a construção das linhas de transmissão de energia de Paulo Afonso, passando pela ampliação da malha viá-ria do Estado e pela construção do Castelão e do porto do Pecém.

A primeira turma contou com 13 alunos, sendo 12 concludentes ao fi nal de 5 anos. Nesta época, existia apenas o curso de engenharia civil e não havia nenhum curso de pós-graduação. Além dis-so, a Escola de Engenharia iniciou seus trabalhos em um casarão no bairro Jacarecanga.

De lá para cá, muita coisa mudou. A antiga Esco-la de Engenharia juntou-se com a Escola de Ar-quitetura, formando o atual Centro de Tecnologia (CT), que atualmente está localizado numa área de 12 hectares, com aproximadamente 18 mil m² de area construída. Atualmente, o CT conta com mais de 3 mil alunos de graduação, distribuídos em doze cursos. Na pós-graduação, são mais de 500 alunos distribuídos em oito programas, sendo cinco doutorados e três mestrados. Há cinquenta anos, havia um pouco mais de 20 professores e hoje são mais de 200.

Observa-se, portanto, um crescimento substan-cial da área de conhecimento em engenharia e arquitetura na Universidade Federal do Ceará, sem perder, no entanto, a busca constante pela excelência, considerando sempre o lema de nos-so fundador, Reitor Martins Filho: o Universal pelo Regional.

O governador Cid Gomes apresentou o Plano de Desenvolvi-mento Integrado do Nordeste, que prevê a criação de um Fundo que aportará investimentos da ordem de R$ 21 bilhões, no prazo de quatro a cinco anos. Os recursos serão viabilizados a partir de instituições fi nanceiras como o Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), BNDES, Governos Federal e Estaduais, além de outras instituições.

“Com esses investimentos no Nordeste do Brasil nós vamos ga-rantir que as desigualdades históricas com o restante do País se-jam diminuídas e se crie um círculo de crescimento no Brasil, gerando o desenvolvimento”, analisou Cid.

No setor de as águas, a proposta é ligar os Eixos Norte e Les-te da Transposição das Águas do Rio São Francisco à bacia do Rio Parnaíba, suprindo as necessidades de abastecimento de água no estado do Piauí, considerado tão seco, quanto a região dos Inhamuns, no Ceará. Há também a proposta de ligação do Eixo Norte da Transposição ao Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que envolverá todo o Estado através de canais e bacias. A primei-ra etapa do CAC já está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O governador explicou ainda que na área de transporte rodoviá-rio a ideia é ligar, por meio de rodovias duplas, as capitais Nordes-tinas entre Salvador e Natal, através da BR-101; Natal-Fortaleza, pela BR-304; Fortaleza-Teresina e Teresina - São Luís, pela BR-222. No setor ferroviário estão previstas algumas modelagens de ferrovias já existentes, a partir da Ferrovia Transnordestina, como é o caso da ferrovia de que liga Fortaleza a São Luís.

O projeto prevê ainda que os portos de Itaqui (MA), Pecém (CE), Suape (PE) e Aratu (BA) serão destinados a cargas de lon-gas distâncias, os chamados Hubs. Para o segmento de energia, Cid disse que o projeto será incrementar as linhas de distribuição. O Plano prevê que a Eletrobras construa uma linha de transmis-são pelo litoral do Nordeste, para receber energia eólica.

Em 2010, o Porto de Fortaleza recebeu mais de 565 atracações de navios de carga, entre cargueiros, graneleiros e porta contêineres. A expectativa para os próximos anos, com a fi nalização da obra de dragagem (retirada de areia do canal de acesso, bacia de evolução e berços de atracação de navios) é que a movimentação de cargas no Porto de Fortaleza aumente em até 30%.

Iniciativas como a construção de um novo cais de atracação prefe-rencial para navios de turismo, uma estação de passageiros e uma retro área; além dos projetos para uma nova pavimentação e a obra de derrocamento (retirada de pedras) para -13m do berço 103 (pre-ferencial para navios de trigo), previstas para serem concluídas em 2011, prometem deixar o Porto de Fortaleza ainda mais competitivo.

Opinião

Jubileu de Ouro da Primeira Turma da Escola de Engenharia

Plano de Desenvolvimento doNE prevê obras de infraestrutura

Obras deixarão Porto de Fortaleza mais competitivo

Prof. Dr. José de Paula Barros NetoDiretor do Centro de Tecnologia

Universidade Federal do Ceará

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