Revista Espaço Cidadão #11

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Santo Antônio da Platina - PR – ano VI – nº 11 – Outubro de 2014 RECICLE. SEPARE O PAPEL CORRETAMENTE. MEIO AMBIENTE ESPECIAL Felicidade a busca da nossa era ESPAçO 3 PODERES Educação ambiental na escola desenvolvendo a consciência ambiental Lei da Ficha Limpa o que (quase) ninguém sabe sobre suas implicações

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Santo Antônio da Platina - PR – ano VI – nº 11 – Outubro de 2014

Recicle. SepaRe o papel coRRetamente.

M E I O A M B I E N T E

E s p E c I A l

Felicidadea busca da nossa era

E s pAç O 3 p O d E r E s

educaçãoambiental

na escola desenvolvendo

a consciênciaambiental

lei da Ficha limpao que (quase) ninguém

sabe sobre suas implicações

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Obrigado às empresas parceiras do Copadesc e do Credinorte que contribuíram para que chegássemos mais perto do objetivo de melhorar

a qualidade de vida do nosso próximo e do nosso meio ambiente.

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3Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

esde as épocas mais remotas, os tiranos e traidores do povo se aper-cebem que a palavra e a mão, eram,

e continuam sendo, as mais poderosas armas de que a humanidade dispõe.

Conhecedores dessa verdade não ti-tubearam em articular e estudar métodos que lhe permitissem obter, através dessas duas forças poderosas, suas audaciosas conquistas. Conhece-se o empenho de gregos e romanos, por exemplo, em aprimorarem a força da palavra através da oratória como meio de persuasão na busca de conquistas políticas, religiosas, bélicas, econômicas etc...

Desenvolveram esses povos antigos, como ainda hoje se faz, a arte de usar a palavra, para através dela, subjugarem muitas vezes a humanidade às suas de-sastrosas ideias, seus planos trágicos, fra-tricidas e demagógicos de que a própria história é testemunha. Registram-se, é certo, muitas grandezas e avanços sociais conquistados através da força incomensu-rável da palavra. Mas, desgraçadamente, não se pode negar que foi por culpa dela e pela sua força, que a humanidade conhe-ceu e viveu o terror de grandes tragédias.

CRISTO, por exemplo, procurou usar o poder e a força da Sua sábia e pacífica palavra para mostra que todos somo irmãos e que devemos dar as mãos uns aos outros irmãmente. GANDHl usou a sua notável e equilibrada palavra como poder capaz de atingir os nobres ideais de paz e justiça para o seu povo e liderados.

São estes, entre tantos outros, grandes e louváveis exemplos do valor da palavra, quando usada para o bem. Mas, ao contrá-rio, a humanidade não esquecerá jamais a trágica e horrorosa 2ª guerra mundial, provocada pela palavra louca e fanática do desequilibrado, trágico, frio e ambicio-so A. HITLER. Como não se esquecerá jamais da tragédia provocada pela força da palavra fanática do Reverendo Moon.

Nestas ligeiras e sintéticas considera-ções fica evidenciado claramente que o poder da palavra pode gerar a prosperi-dade ou a destruição, quando usada para o bem ou para o mal. É preciso estarmos atentos.

E a mão?Devemo-nos dar conta de que a mão é

a nossa segunda grande força. Em apoio perguntaria: De que vale uma super e moderna metralhadora, um eficiente ca-nhão, uma bomba atômica, um foguete teleguiado, um artefato bélico nuclear se não tiver a palavra que ordene e a mão que se mova para acionar o gatinho, para apertar o botão? Sem a palavra e a mão tudo seria ridículo, inútil.

A mão não serve apenas de inspiração ao poeta, de amparo à criança e ao velhi-nho, de indicadora do caminho a seguir. É nobre a mão calejada do camponês, do metalúrgico, do tecelão que gera as gran-des riquezas do universo tão injustamente divididas pelas populações empobrecidas e famintas. É nobre a mão do atleta, que faz a alegria do povo com as suas con-

quistas. É nobre a mão da professora, que escreve, desenha, esculpe, para aprimorar e enaltecer a nossa cultura. É nobre a mão do pedreiro que esquadra, apruma e edifica. Mas é vil, desprezível e condená-vel a mão que rouba, que corrompe, que escreve leis injustas destinadas somente a servir a desumanos desejos. Sobra-nos de tudo que foi dito, a grande verdade da primeira afirmação. A palavra e a mão são realmente as duas maiores forças da humanidade.

Portanto, é nosso dever usá-Ias em benefício dos nossos semelhantes, da sociedade, do Município, do Estado, da Nação, do Universo. Vem aí o grande momento de mostrarmos a força de nossa palavra e de nossa mão. Muitos e labiosos enganadores do povo, vão proliferar nas campanhas eleitorais que se aproximam. Vão procurar atingir seus odiosos objetivos, suas mesquinhas conveniências pessoais, através das man-jadas manipulações da palavra falsa, e da mão corrupta. Estou certo, porém, que o povo será sábio. Saberá condena-Ias nas ruas e palanques, saberá recusa-Ias nas urnas. O povo não permitirá, certamente, que os demagogos e traidores, transfor-mem, em seu benefício, a população brasileira, numa sociedade de MUDOS E MANETAS.

Jorge da Silva PimentaPlatinense – Artigo retirado dolivro Retrato de um Emigrante

Dmudos e manetas

EspAçO dO cIdAdÃO

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www.copadesc.com.brESPAçO CIdAdãO Outubro de 20144

ENTrEVIsTA

iolência e delito são fenômenos sociais que nascem da convivência social e para que tais ações possam ser controladas, é preciso que se formem redes de apoio, integração e estudo,

numa ação conjunta que envolvam governo e a socie-dade. Promover ações de inclusão social através do acompanhamento dos assistidos, é tarefa do Patronato Municipal de Jacarezinho, com programas que forta-leçam as potencialidades individuais dos assistidos.

É oportuno esclarecer que o Patronato é unidade de execução penal em meio aberto e tem por objeti-vo promover ações de inclusão social dos assistidos através do monitoramento, fiscalização e acompanha-mento do cumprimento das Alternativas Penais, cuja conceitualização consiste em toda e qualquer forma de cumprimento de pena ou medida alternativa em meio aberto.

O Patronato Municipal de Jacarezinho foi cria-do por meio do Projeto de Lei Municipal número 111/2013, sendo uma parceria entre a Secretaria de Justiça, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Universidade Estadual do Norte do Paraná e a Prefeitura Municipal de Jacarezinho. Está em funcionamento desde setembro de 2013, e, atual-mente, conta com sede no fórum da Comarca. Tem por objetivo fiscalizar o cumprimento, pelo assistido, das medidas despenalizadoras fixadas em sede de suspensão condicional do processo, transação penal e das penas restritivas de direitos, impostas em sentença criminal. Esse cumprimento ocorre junto às institui-ções cadastradas ao Poder Judiciário que possuem interesse no recebimento de prestações pecuniárias e prestações de serviço. No desenvolvimento dessa fiscalização a equipe conta com advogado, psicólogo, pedagogo, assistente social e administrador, além de estagiários e orientadores que atuam nas respectivas áreas. Esse universo de atuação compreende os as-sistidos (termo utilizado para denominar as pessoas submetidas às alternativas penais), seus familiares e a própria sociedade. Paralelamente à fiscalização das alternativas penais, são desenvolvidos programas de

acompanhamento específico, a exemplo: Programa Saiba, Programa Basta, E-Ler, Pró-Labor, Blitz. Os referidos programas acontecem em oito encontros semanais com duração média de uma hora cada, sendo abordado, em cada um deles, uma temática diferente.

O Pró-LaborA divisão de administração e finanças tem por

objetivo executar as atividades nas áreas administra-tivas, de recursos humanos, finanças, planejamento e aplicar o Programa Pró-Labor, através de oito en-contros semanais, com o intuito de discutir sobre a educação formal e profissionalizante para estimular as potencialidades de emprego e mercado ao assistido, que muitas vezes se encontra excluído não visualizan-do possibilidades futuras. Os assistidos relataram, ao término do primeiro grupo que as ações desenvolvidas os levaram a uma reflexão de que seu futuro depende única e exclusivamente da direção que pretendem dar, pois a convivência em sociedade nos obriga a ter ações que cumpram objetivos na promoção do equilí-brio para novas condutas como o retorno aos estudos. O trabalho da equipe administrativa completa-se em auxiliar a equipe jurídica na organização de dados quanto a regularidade do cumprimento das medidas despenalizadoras, assim fica claro a interdependência sistêmica dentro do Patronato.

Objetivos do Programa• Prestar assistência aos albergados e aos egressos.• Fiscalizar o cumprimento das penas de prestação

de serviço à comunidade e de limitação de fim-de--semana.

• Orientar os condenados à pena restritiva de direitos.• Colaborar na fiscalização do cumprimento das con-

dições da suspensão e do livramento condicional.• Acompanhar os egressos no seu cumprimento da

pena.• Desenvolver projetos de pesquisa para se obter

dados reais sobre a situação da criminalidade e o cumprimento da pena da PSC.

o patronato municipalde Jacarezinho

V

Funcionando desde setembro de 2013, o Patronato é unidade de execução penal em meio aberto e tem por objetivo promover ações de inclusão social dos assistidos e acompanhamento do cumprimento das Alternativas Penais

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5Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)

A prestação de serviços à comunida-de (PSC) ou a entidade pública consiste numa medida judicial na qual atribuem--se tarefas gratuitas ao réu. Estas tarefas poderão ser realizadas em entidades as-sistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos semelhantes, em programas comunitários ou estatais, de acordo com o perfil criminal, psico-lógico e as aptidões do réu. Esta PSC tem como objetivo um caráter educativo ao réu e é uma das formas de iniciar seu processo de inserção social.

É muito importante observar que a prestação de serviços à comunidade não deve prejudicar a jornada normal de trabalho ou de estudos do réu, motivo pelo qual são tão importantes as vagas para prestadores de serviços nos finais de semana.

Projetos que o Patronato Penitenciário desenvolve:• Acompanhamento do egresso e apena-

dos conforme determinação judicial nas áreas jurídica, social, psicológica, pedagógica;

• Atendimento aos familiares dos egressos e apenados que buscam este serviço para receber orientação;

• Qualificação profissional dos egres-sos e apenados para o mercado de trabalho, através de reuniões com grupos de desempregados, ofertan-do cursos profissionalizantes pagos pela SESP, ou pelo convênio com a Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho;

• Captação de vagas do mercado de trabalho mediante convênio com a Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho/Agência do Trabalhador/SINE, inscrição do egresso e apenado através do termi-nal de consultas de vagas do SINE instalado no próprio Patronato;

• Confecção de Carteira de Trabalho aos egressos, apenados e réus de Penas Alternativas, em parceria com o Ministério do Trabalho;

• Acompanhamento psicoterápicos dos réus de liberdade vigiada, e aos indicados para participar de grupos

de Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos;

• Coordenação de projetos em parceria com o Ministério da Justiça/SESP/Central de Penas Alternativas, volta-dos à pesquisa do perfil dos réus de Penas Alternativas, observando-se nesta atividade que os réus enqua-drados em tal modalidade constituem uma população incorrida em delitos “leves”, tais como: direção sem habi-litação, pequenos furtos, sonegação fiscal; entre outros.

• Coordenação de Projeto Mutirão na Execução Penal, que teve como obje-tivo prestar atendimento a presos de delegacias.

• Foram atendidos 900 presos, e o que se constatou é que hoje a população carcerária é muito jovem, que possuía emprego na ocasião do delito, e que aproximadamente 5% dos pesquisa-dos é que tinham direito a benefícios, isto em decorrência de que o grande volume de presos das delegacias eram autores de crime hediondo ou réus com várias condenações.

Não obstante às tarefas típicas desenvolvidas, o Patronato conta com a elaboração de Projetos que visam conscientizar a sociedade para as neces-sidades e carências da população, anga-riando colaboradores e formando uma rede de apoio. Para isso, conta com uma rede de apoio, formada de comerciantes, empreendedores locais e representantes de entidades filantrópicas locais.

Como pode-se observar, o Patronato Municipal tem por objetivo promover ações de inclusão e reinserção social, de corresponsabilidade entre os Poderes

públicos estadual, municipal, judiciário e Ministério Público e diminuição dos índices de reincidência. Para isso, atua de maneira educativa e ressocializadora, pautando-se no respeito aos direitos humanos e na correlação entre direi-tos e deveres inerentes à condição de cidadania.

Programa E-LER e suas contribuições junto ao Patronato Municipal de Jacarezinho

O Patronato Municipal de Jacare-zinho é um órgão de execução penal, que tem como função acompanhar e fiscalizar o cumprimento das condicio-nalidades resultantes das Alternativas Penais em regime aberto, por meio de assistência jurídica, psicológica, social e pedagógica. Ao ser encaminhado ao Patronato Municipal, a equipe mul-tidisciplinar por meio de entrevistas personalizadas de cada área realiza o diagnóstico com o assistido e o encami-nha para programa de acompanhamento especifico, conforme as necessidades diagnosticadas. Este estudo tem o intui-to de apresentar o trabalho desenvolvido pela equipe pedagógica no primeiro semestre do ano de 2014 na aplicação do Programa E-LER, que é aplicado como pena alternativa em meio aberto e como possibilidade de reintegração social. O trabalho desenvolvido nesse programa busca, por meio de discussões e atividades pedagógicas, promover a ampliação de horizontes pessoais e culturais dos beneficiários, a constru-ção de valores, atitudes e contribuir no processo de desconstrução de com-portamentos criminosos, almejando à diminuição dos níveis de reincidência e a transformação de um modelo social excludente. Dos resultados obtidos até o presente momento, pode-se afirmar que este programa oferece inúmeras possibilidades para o assistido, pro-porcionando constantes reflexões que visam à apropriação e internalização de novos projetos de vida em socieda-de. Pró-Labor e o Patronato Municipal de Jacarezinho: Processo reflexivo em relação à volta aos estudos e o mercado de trabalho.

a prestação de serviços à comunidade não deve

prejudicar a jornada normal de trabalho ou de estudos

do réu, motivo pelo qual são tão importantes as vagas

para prestadores de serviços nos finais de semana

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o u t u b R o / 2 01 4

6 ESPAçO CIdAdãO Outubro de 2014

ÍNdIcE04 entrevista

O Patronato Municipal de Jacarezinho

07 opiniãoUm Rei sobre nós

08 espaço dos 3 poderesLei da Ficha Limpa – o que (quase) ninguém sabe sobresuas implicações

10 meio ambiente i Educação ambiental na escola: desenvolvendo a consciência ambiental

12 Saúde iSincronia entre Coração e Mente

14 Saúde iiA Fala e a Doença do Mal de Parkinson

16 Saúde iii A pobreza e a infância comprometida

19 economiaIluminação ideal: conforto e economia

20 especialFelicidade: A busca da nossa era

24 criançaSiga o Mestre...l

26 cidadaniaA vergonhosa postura da igreja brasileira

28 legislaçãoDireito à Educação

30 educaçãoA Força da Resiliência

32 educação no trânsitoO crescimento assustador dos acidentesde trânsito no Brasil

34 Qualidade de VidaMeio Ambiente e Qualidade de Vida

Exp

EdIE

NTE espaço

cidadãorevista

PRODUÇÃO:

COPADESC - Consórcio Para Proteção Ambiental e desenvolvimento Sustentável e Sociocultural da Bacia Hidrográfica do Rio das Cinzas CNPJ 05.947.410/0001-68

CREDINORTE - Sociedade de Microcrédito, Pesquisa, Empreendedorismo e desenvolvimento Sustentável do Norte PioneiroCNPJ 06.145.187/0001-06

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:Alessandro Mendes dutra, João Geraldo Frose

CONSELHOS:COPAdESC - Alessandro Mendes dutra, João Geraldo Frose CREdINORTE - João Geraldo FroseJornalista Responsável:Kátia Kertzman MTb nº 2247/09/27 PR

CONTATO: (43) [email protected]@copadesc.com.brwww.copadesc.com.br

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7Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

OpINIÃO

onforme 1 Samuel 08, quando os fi-lhos de Samuel aceitaram suborno, “todos” os anciãos de Israel reque-reram: “Constitui-nos, pois, agora

um rei sobre nós...”. Esta palavra pareceu mau aos olhos de Samuel e pior ainda aos ouvidos de DEUS que percebeu-se rejei-tado para não reinar sobre eles. DEUS mandou Samuel protestar-lhes que o rei tomaria seus filhos para lavrar a sua lavoura, para fabricar armas de guerra... Tomaria ainda suas filhas para perfu-mistas, cozinheiras e padeiras, tomaria também o melhor das suas terras para dar aos seus oficiais e aos seus servos. No versículo 19, o povo insiste neste pleito.

Hoje, vejo o mesmo cenário no Brasil, um país no qual os anciãos trans-feriram a responsabilidade ao “rei”. As pessoas não frequentam as reuniões dos conselhos municipais que deliberam

sobre o que será feito com as verbas disponíveis para educação, saúde, infra--estrutura, etc., também não querem estar presentes às reuniões das Câmaras de Vereadores (vejam que escrevi “de vereadores” e não “dos vereadores”). Há ainda pessoas que se gabam de não gostar de política como se isso lhes hon-rasse; irresponsáveis e inconsequentes, isso sim, covardes ou ignorantes já não sei dizer. Se os cidadãos, que deveriam se sentir anciãos ou aprendizes de, fossem homens e mulheres conscientes de seus direitos (e deveres) humanos, se tivessem consciência da cidadania que o status de contribuinte e eleitor lhes dá, então seria mais difícil dos homens corruptos (corruptores e corrompidos) continuarem a nos indignar.

A nossa inconsciência e ausência é que lhes faculta a oportunidade de tirar

a merenda da boca das crianças carentes, as ambulâncias e os leitos para os doen-tes. Se o “gigante acordou” então que saia das ruas, que seus membros entrem nos partidos políticos, que se informem a respeito das instituições a que estão inexoravelmente conectados. Que não fujam às suas responsabilidades, não apresentem justificativas para não estar presente onde a presença faz a diferença.

Os anciãos que quiseram se eximir do trabalho que dá assumir responsabi-lidades e que pediram um rei, pagaram caro. Embora seja certo que, naquela ou qualquer outra época, não chegou nem perto dos aproximadamente 40% da tributação que hoje o Brasil paga sobre o seu PIB.

Ilmar da Silveira Brum – Só um cidadão brasileiro trocando ideias

cum Rei sobre nós

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o cenário político brasileiro, nos últimos quatro anos, FICHA LIMPA é uma expressão recorrente. Com certeza, qualquer brasileiro médio, que assiste

regularmente à TV, ainda que não aficcio-nado em noticiários, já ouviu falar da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar (LC) 135/2010).

Considerada um marco no avanço políti-co e social, ela visa impedir que candidatos condenados em segundo grau, ou seja, peran-te os Tribunais, possam ser escolhidos como representantes do povo em Eleição.

Muito se comemorou, pois há anos o brasileiro vê políticos respondendo a pro-cessos sem que haja qualquer impedimento para que o mesmo seja candidato a novo cargo eletivo, pois, diante do princípio da inocência ou não culpabilidade prescrito em nossa Constituição Federal de 1988, ninguém poderá ser julgado culpado sem decisão transitada em julgado (aquela que não mais admite modificação, pois escoado o prazo para o condenado, inconformado,

interpor recurso pertinente).Sim, pois os políticos, detentores de razo-

ável poder econômico, têm meios para con-tratar bons defensores para que interponham recursos, já que sabem que a lei prevê amplas possibilidades de defesa de seus direitos.

Desta forma, comemorou a população o “avanço”, ainda que modesto, obtido pela Lei da Ficha Limpa, no sentido de prezar pela moralidade dos concorrentes ao pleito eleitoral.

Antes do advento da LC 135/2010, era a LC 64/90 que regia os casos de inelegibili-dade, que previa estarem inelegíveis aqueles que estão cumprindo pena, e, em alguns poucos casos específicos, dependendo do tipo de crime e da vítima, permanecendo inelegível durante 3 anos após o término do cumprimento da pena.

A LC 135/2010 ampliou enormemente o rol dos crimes que passaram a receber a anotação de inelegibilidade após o término do cumprimento das penas, aumentando, ainda, o prazo para 08 anos. Ou seja, o indi-

EspAçO dOs 3 pOdErEs

Lei da Ficha Limpao que (quase) ninguém

sabe sobre suas implicações

n

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víduo desvia milhões de órgão público determinado, manda matar possíveis testemunhas, é condenado a 10 anos, por exemplo. Após 10 anos cumprindo a pena, o juiz vai declarar, mediante sen-tença, que o indivíduo cumpriu a pena, e, a partir desta data, o indivíduo terá o direito de votar restabelecido, mas em seu cadastro será anotado a inelegibilidade, que vai durar 8 anos, após os 10 anos. Bela punição para um indivíduo que tão mal fez! Se aproveitou da confiança dos eleitores, viu na oportunidade uma ma-neira de enriquecer ilicitamente, e cego de ganância e de medo de ser descoberto, manda eliminar testemunha. 18 anos fora da vida pública é a punição deste indiví-duo, e não apenas 10 anos.

Mas enfim, já explicado o que foi o principal objetivo da Lei da Ficha Limpa, vamos ao que (quase) ninguém sabe.

Da mesma maneira que o indivíduo do exemplo acima sofre sua punição, com o aumento dos tipos criminais passíveis de inelegibilidade pela LC 135/2010, o “ladrão de galinha” também sofre as mes-mas consequências. Desta forma, invadiu a casa do vizinho, furtou 3 galinhas e as matou para comer, para saciar sua fome. Foi acusado, provada a sua culpa e con-denado por furto. É réu primário, cumpre a pena em regime aberto, comparece em juízo, mas, devido à sua carência econômica, não tem condições de con-tratar um defensor, e, considerando que poucos defensores atuam como dativo, ou seja, nomeados pelo Juízo, seu caso poderá não ser atendido imediatamente após o término da pena devido ao fato de a Defensoria Pública ainda não estar presente em todas as comarcas e de que os defensores dativos são poucos, sendo difícil suprir a demanda. Logo, a tendên-cia é que seu processo tenha desfecho um pouco mais adiante.

E a anotação da inelegibilidade apenas é registrada quando da sentença

extintiva de punibilidade, e não do efeti-vo cumprimento da pena, e isto ocorrerá mais rápido se houver petição do interes-sado no processo para tanto.

Muitos diriam que ele nem queria mesmo ser candidato, mas enganam-se. A Lei da Ficha Limpa, ao passo que re-presentou uma “garantia” parcial à mora-lidade dos candidatos que concorrem ao pleito eleitoral, causou, por outro lado, um grande prejuízo à massa que algum dia andou errado com a Justiça.

Ao ter anotado em seu cadastro a ine-legibilidade, o indivíduo será privado por um período de 8 anos sem poder exercer sua plena cidadania. Ora, alguns diriam, se restabelece o direito de votar. Mas, a anotação impede que qualquer alteração no cadastro do eleitor, como nome ou endereço, sejam feitas, de maneira que se o eleitor mudar de domicílio, não po-derá exercer, no novo local, a sua opção de voto, pois não conseguirá transferir o seu título. Ainda, mulher que se casou e optou por alterar o nome, precisará de todos os documentos com o mesmo nome para poder, por exemplo, entrar num fi-nanciamento de imóvel para o casal... e novamente a inelegibilidade não deixará que se faça a alteração.

Sem contar os casos de pessoas que andaram errado, mas resolveram estu-dar e passar num concurso público, que exige a regularidade da situação com a Justiça Eleitoral para assumir o cargo, ou pessoas que ingressam em universidades públicas.

Por fim, mas sem exaurir as implica-ções negativas da Lei da Ficha Limpa na vida de um cidadão, se o município no qual reside passar por revisão biométrica, o eleitor não poderá proceder à atuali-zação de seus dados, e necessariamente terá o seu título cancelado, só podendo solicitar regularização do cadastro após decorridos os 8 anos.

Como se vê, para pessoas que não

têm vida pública, cidadãos comuns, que algum dia andaram errado com a Justiça, a Lei da Ficha Limpa causa grande trans-torno, fato este não mostrado pela mídia e desconhecido de quase todos.

Infelizmente, até o presente momen-to, não há alternativas no âmbito da Justi-ça Eleitoral, tampouco decisões já prola-tadas que possas diminuir sensivelmente tamanhas cicatrizes, pois sim, o indivíduo ficará marcado por no mínimo 8 anos, mesmo após ter cumprido regularmente sua dívida com a Justiça Comum.

O que fazer então, neste caso? O máximo que o servidor da Justiça Elei-toral pode fazer é fornecer uma certidão circunstanciada, informando que o eleitor tem o direito de exercer seu voto, mas que devido à anotação de inelegibilidade (não poder concorrer a cargo do Executivo ou Legislativo), não poderá sofrer alterações no cadastro eleitoral enquanto durar o impedimento, bem como que está quite apenas com o direito de votar, e diante, disto, contar com a possível flexibilidade de universidades, bancos, órgãos públi-cos, para que aceitem ou não tal certidão para fins de quitação eleitoral.

E agora? Outro “circo” para mudar ou criar nova lei quando tal situação se tornar de conhecimento geral? Ou será que isto não interessa ao governo? Quem sabe, você leitor deste artigo, possa aju-dar a difundir tais conhecimentos agora adquiridos para que, num futuro, possa ser feita uma modificação coerente, e não apenas uma maquiagem na Lei para acalmar a grande massa, lhe dando uma resposta a tantas manifestações. Está em nossas mãos!

Ah, e conselho: VOTE CERTO e ANDE NA LINHA. Do contrário você poderá pagar caro por isto!

Dra Ana Paula Pavanini NavasChefe do Cartório Eleitoral

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MEIO AMBIENTE

s debates sobre as questões ambientais ganham cada vez mais espaço com o intuito de que, através da Edu-cação Ambiental, a sociedade como um todo se cons-cientize em relação ao uso dos recursos naturais, sem

desrespeitar o ambiente, para promover o equilíbrio entre as partes. A Educação Ambiental e os cuidados com o ambiente são amplamente reconhecidos como fatores necessários ao desenvolvimento da educação, no que tange ao sistema de ensino. O desafio de organizar projetos pedagógicos que promovam um trabalho elaborado, dinâmico e interativo, levam os educadores a trabalharem através de projetos para desenvolver a sensibilização e conscientização, de forma mais significativa, trata-se de um trabalho contínuo para que os resultados almejados sejam efetivos. O Ministério da Educação dissemina a política de educação ambiental para que os educadores trabalhem de forma geral em sala de aula, dentro das disciplinas propostas na grade curricular. As fontes mais utilizadas vêm do cotidiano, da vivência de mundo do educador, já que grande parte se encontra distante dos centros de pesquisas, que resulta na troca de conhecimentos para gerar novas atitudes. A Educação Ambiental deve fornecer instrumentos para discussões e ações concretas, sobretudo nas escolas de educação básica para promover a formação de uma sociedade mais consciente do exercício da cidadania. A prática da Educação Ambiental não deve estar restrita às práticas escolares, é necessário que a sociedade, dentre tantos

Educação ambientalna escola: desenvolvendo

a consciência ambiental

o

A Educação Ambiental deve fornecer instrumentos para discussões e ações concretas, sobretudo nas escolas de educação básica para promover

a formação de uma sociedade mais consciente do exercício da cidadania

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11Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

segmentos, interaja e participe na cons-trução de uma humanidade sustentável, ou seja, pensando nas gerações futuras que herdarão este planeta, de tantas be-lezas e mistérios.

Percebe-se que a maioria dos edu-cadores tem conhecimento sobre o meio ambiente e o trabalham de uma forma geral em sala de aula, através de projetos e de explanação com o livro, buscando desenvolver pesquisas, debates e reflexões.

Porém, pelo exagerado número de disciplinas que cada educador leciona, torna-se mais difícil trabalhar com a interdisciplinaridade em termos de Educação Ambiental, cujas fontes de informações mais utilizadas são livros, revistas e a Internet. Como se sabe, não possuem eles a formação continuada na área de Educação Ambiental, resultando seu desenvolvimento numa tarefa difícil e muitas vezes descontextualizada.

Constata-se que há a necessidade de medidas mais precisas quanto ao traba-lho com a Educação Ambiental, diante da percepção de que os docentes não estão

sendo preparados de forma qualitativa e não têm um apoio pedagógico, com recursos específicos para a execução da Educação Ambiental, cuja conse-quência implica em trabalhos precários, insuficientes e torna o tema um tanto esquecido ou pouco explorado.

De outro lado, os trabalhos de Educa-ção Ambiental desenvolvidos na escola restringem-se a poucas ações, como por exemplo, jogar o papel no lixeiro, mas isto não contribui para a formação crítica da realidade, sem que haja o devido en-tendimento da importância nas tomadas de decisões sobre a preservação do Meio Ambiente.

Para que a Educação Ambiental realmente seja posta em prática, há a necessidade da reestruturação de pontos relevantes, tais como o tempo, o espaço e os investimentos governamentais em nível estadual e municipal, para a ela-boração e implementação de projetos de práticas de Educação Ambiental com objetivos mais amplos, de modo a envol-ver não só a escola, mas a comunidade ao seu redor, promovendo assim a troca de conhecimento e a adoção de novas atitudes culturais.

A responsabilidade é de todos e a educação ambiental requer uma nova sociedade cidadã, além de modificações no plano ecológico, na manutenção dos ecossistemas, nos valores políticos, cul-turais e sociais, os quais determinam a re-lação com a natureza, para que possamos construir um Brasil ecologicamente mais equilibrado e muito mais sustentável.

Maria das Graças ZurloEspecialista em Estratégia Empresarial e Meio Ambiente, graduada em Geografia

(UENP) e Administração de Empresas (FIO). [email protected]

os docentes não estão sendo preparados de forma

qualitativa e não têm um apoio pedagógico,

com recursos específicos para a execução da

educação ambiental

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ensava-se que o ritmo do coração em repouso funcionasse como um metrô-nomo: regular e estável. Entretanto, cientistas e médicos já sabem que o

ritmo de um coração saudável, mesmo sob condições de repouso, é realmente ‘irregu-lar’, ocorrendo pequena variação no inter-valo de tempo entre um batimento cardíaco e outro, o que é chamado de Variabilidade da Frequência Cardíaca.

De acordo com o fisioterapeuta e edu-cador físico Franklin Sakamoto, é preciso ter equilíbrio entre o coração e a mente, pois descobertas sobre o funcionamento do coração associado ao cérebro emocional têm demonstrado a existência de uma conexão fisiológica direta entre esses dois órgãos do corpo; e essa conexão e sua sincronia podem ser medidas, e quando ‘equilibrada’ é chamada de coerência cardíaca.

A coerência cardíaca é uma técnica cria-da pelo Institute HeartMath que descobriu que em situações de estresse, ansiedade, de-pressão ou cólera, o ritmo cardíaco se torna “caótico. O ritmo cardíaco influi diretamente na pressão arterial, na respiração e também no funcionamento do sistema imunológico.

A influência da respiração sobre o cora-ção é a base da coerência cardíaca. O ritmo

cardíaco é acelerado pela inspiração e desa-celerado pela expiração. A inspiração inibe temporariamente a influência do sistema nervoso autônomo (SNA) parassimpático e produz uma aceleração do ritmo cardíaco. Ao contrário, a expiração estimula o SNA parassimpático e induz a uma desaceleração do coração.

Durante o estresse e emoções negativas, quando o padrão do ritmo cardíaco é irregu-lar e desordenado, o padrão correspondente de sinais neurais que viajam do coração para o cérebro inibe funções cognitivas superio-res. Isso limita nossa capacidade de pensar com clareza, lembrar, aprender, raciocinar e tomar decisões eficazes, o que ajuda a explicar por que muitas vezes podemos agir impulsivamente e imprudentemente quando estamos sob estresse.

Da mesma forma, o padrão mais orde-nado e estável durante estados emocionais positivos tem o efeito oposto: facilita a fun-ção cognitiva, reforça bons sentimentos e a estabilidade emocional. Isto significa que a aprendizagem para gerar a coerência do rit-mo cardíaco aumenta, sustentando emoções positivas, ou seja, não só beneficia todo o corpo, mas também afeta profundamente o modo como percebemos, pensamos,

Sincronia entrecoração e mente

Descobertas sobre o funcionamento do coração associado ao cérebro emocional têm demonstrado a existência de uma

conexão fisiológica direta entre esses dois órgãos do corpo

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sentimos e executamos. Além de agir efetivamente sobre a fisiologia, econo-miza energia para o organismo e permite reencontrar a flexibilidade necessária para lutar contra as patologias somáticas e psicológicas.

Na área clínica utilizamos um equipamento de simples manuseio, não agressivo, sem efeitos secundários, para verificar o nível de coerência da variabilidade cardíaca que faz o treinamento do controle consciente do estresse, fundamentado em técni-cas de respiração em uma frequência muito bem controlada e sinalizada pelo programa. A coerência é medida de acordo com essa distância entre as ondas, onde o aparelho de biofeedback faz isso simultaneamente e exprime o resultado na tela. Quanto maior a va-riabilidade dos batimentos cardíacos, melhor a coerência cardíaca, portanto, esta terapia busca equilibrar o sistema nervoso autônomo e atua na estabili-dade do sistema das emoções.

“O aparelho ensina você a entrar em coerência cardíaca e o sistema emocional começa a entender que não há ameaça. O coração entra em harmonia e equilíbrio”, afirma Flanklin.

Caroline Mendes de Almeida

Glauber Paulo Muchailh de AlmeidaClínica Movimentto

Fisioterapia, Pilates e Saúde Integral

Demonstrativo do programa de Coerencia Cardíaca e Emocional:

Coerência cardíaca é encontrar resiliência física e emocional. É o equilí-brio dos fenômenos psíquicos e fisioló-gicos, é a harmonia entre a frequência cardíaca, pressão sanguínea e ritmos respiratórios. O estado de coerência cardíaca promove além da estabilização emocional, a regulagem do sistema endócrino e neuroimunológico.

O coração deve ter a habilidade de auto-regulação de acordo com o esfor-ço que está sendo exigido. Cabe a nós entrar em coerência e ter nosso sistema nervoso autônomo bem treinado para situações onde precisamos entrar em equilíbrio mente/coração.

Indicações na CoerênciaCardíaca e Emocional:• Insuficiência cardíaca crônica• Patologias cardiovasculares• Hipertensão• Doenças respiratórias• Estresse pós-traumático• Insônia • Analgesia• Fibromialgia• Estresse e Ansiedade• Enxaqueca• Hiperatividade e déficit de atenção• Controle emocional• Dores musculares• Estresse no esporte• Relaxamento

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A Fala e a Doença doMal de Parkinson

OExercícios de fonoaudiologia combatem evolução do Mal de Parkinson

Mal de Parkinson é uma doença neu-rológica, crônica e progressiva. Não tem causa conhecida e atinge o sis-tema nervoso central e também com-

promete os movimentos. Quanto maior a faixa etária, maior será a incidência dessa doença. De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55, 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos.

SintomasOs sintomas da doença de Mal de

Parkinson podem variar de um paciente para o outro. Em geral, no início, eles se apresentam de maneira lenta, insidiosa, e o paciente tem dificuldade de precisar a época em que os sintomas apareceram pela primeira vez.

A lentidão dos movimentos e os tre-mores nas extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas pelos amigos e fa-miliares, costumam ser os primeiros sinais da doença. A diminuição do tamanho das letras ao escrever é outra característica importante. Outros sintomas podem estar associados ao início da doença como a rigidez muscular; acinesia (redução da quantidade de movimentos), distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respi-

ratórios, urinários, entre outros.

CausasA principal causa da Doença de Pa-

rkinson é a morte das células do cérebro, em especial na área conhecida como subs-tância negra, responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos.

Mal de Parkison e a falaExercícios de fonoaudiologia impe-

dem evolução do Mal de ParkinsonEm estudos recentes tem se notado

que a alteração vocal aparece em 81% dos casos, aliado ao tremor nas mãos e a dificuldade na fala, sendo estes os prin-cipais sintomas das pessoas com Mal de Parkinson. Estes estudos comprovaram que entre 75% e 92% desse universo tem alterações na voz, o que dificulta a comu-nicação com o paciente, e que interfere no convívio familiar, social, profissional e influencia na autoestima do portador que acaba se isolando.

Com a evolução da doença, os múscu-los da laringe (garganta), das pregas vocais e da boca (língua, bochechas, lábios, céu da boca) são afetados, assim como os ou-tros músculos do corpo. A causa disso é devido a uma lenta destruição das células

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de uma determinada região do cérebro (os gânglios da base), havendo redução da produção de dopamina. Essa redução pode causar tremores, enrijecimento dos movimentos musculares, além de preju-ízos à mastigação e à deglutição (ato de engolir), pois esses músculos tendem a trabalhar de forma mais lenta. A altera-ção vocal aparece em 81% dos casos, seguido da dificuldade de engolir, que representa 34%. A doença se apresenta em sua maioria no sexo masculino, com mais de 75% dos casos.

O acompanhamento de fonoaudi-ólogos não combate o mal, que ainda não tem cura, porém traz benefícios aos pacientes e impede o progresso da doença. Podemos destacar que o méto-do mais usado é com exercícios como falar em voz alta as vogais, procurando exagerar nos movimentos dos lábios, bochechas e língua e colocar a ponta da língua nos quatro cantos da boca. A pratica de atividades físicas auxiliam em muito nos aspectos psicológicos e sociais, onde mantêm o paciente ativo e em convivência com outras pessoas.

Outras alternativas também estão incluídas, como oficinas de trabalhos manuais, tais como pinturas, montar arranjos de flores, tricô, crochê, bonsai, origami, entre outros. Além das terapias ocupacionais, como o shiatsu, que pro-move o alívio de dores e relaxamento da musculatura. Outra atividade importante é a musicoterapia, que tem grande poten-

cial de atuação por integrar atividades físicas e psíquicas. Apesar da doença não ter cura e ser progressiva, não ten-do como impedir a sua evolução, uma combinação bem feita entre tratamento medicamentoso e uma terapia alternativa reduz sua progressão, sendo possível o paciente levar uma vida funcionalmente ativa.

Outras dicas para melhorara comunicação - voz e fala:• Beber bastante água durante o dia (pelo

menos oito copos de água);• Movimentar/articular bem a boca en-

quanto fala. Os lábios, as bochechas e a língua precisam se mover amplamente para que os sons sejam produzidos de forma clara e amplificados, assim a boca trabalha como um alto-falante;

• Falar devagar e forte (alto), pois assim fica mais fácil para as pessoas escuta-rem o que você diz;

• Ao conversar com outra pessoa a dica é posicionar-se em frente a ela. Assim fica mais fácil para vocês se entenderem;

• Treinar falar alto dizendo os dias da semana, meses do ano, contando os números, fazendo a leitura de um texto como noticia do jornal e/ou revista ou cantando uma música.

Ana Cláudia Mendes Dutra FroseFonoaudióloga CRFa 6482-PR

a alteração vocal aparece em 81% dos

casos, seguido da dificuldade de engolir,

que representa 34%. a doença se apresenta

em sua maioria no sexo masculino, com mais de

75% dos casos.

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As crianças, por serem mais vulneráveis, são as que mais sofrem os efeitos da pobreza e da ignorância.

O que se agrava, em casos extremos, no abandono

a pobreza e a infância comprometida

O dia a dia nos revela que pobreza e doença estão intimamente rela-cionadas. As crianças, por serem mais vulneráveis, são as que mais

sofrem os efeitos da pobreza e da igno-rância. Estudos mostram que as crianças abandonadas pelos pais ou responsáveis apresentam maior mortalidade, menor peso de nascimento, maior número de hospitalizações e maiores índices de desnutrição.

A desnutrição é uma condição pa-tológica caracterizada pela ingestão ou assimilação inadequada de nutrientes primordiais para a vida (proteínas, hidratos de carbono, gorduras, sais mi-nerais e vitaminas), que junto da fome, afeta especificamente a nutrição e cujo resultado altera a função fundamental da célula: o crescimento.

O noticiário diário nos alerta para o número alto de crianças e bebês que são abandonados em ruas desertas, caçambas de lixo, brejos e lugares de difícil acesso. Esse fenômeno acontece principalmente em países subdesenvolvidos, como na África e em regiões mais pobres da

América Latina e Ásia. Porém, devido à última crise mundial iniciada em 2006-2007, o problema começou inclusive a se instalar em alguns países mais afetados pela crise econômica no continente euro-peu, principalmente na Grécia, o país que mais sofreu seus efeitos. Segundo órgãos controladores, o problema aumentou bastante após 2008.

O abandono de crianças tem efeitos imediatos e de longo prazo. A criança abandonada à própria sorte não tem como conseguir alimento para a sua sobrevivência. Na falta de ingestão de proteínas, vitaminas e calorias, a criança começa a utilizar as reservas disponíveis no próprio corpo, e dependendo da du-ração de tempo em que isso ocorre, as consequências podem ser desde desnu-trição crônica até a morte da criança, se ela não for socorrida a tempo, o que nem sempre acontece.

A Desnutrição Crônica, por exemplo, que se desenvolve no período que vai desde a gravidez até aos dois primeiros anos de vida, pode influenciar permanen-temente o crescimento de uma criança,

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resultando em baixa altura para a idade, desenvolvimento mental reduzido, siste-ma imunológico deficiente, deixando a criança alvo de doenças infecciosas com um menor poder de combate à doença. O impacto e natureza cíclica da pobreza intergeracional na infância também é evidenciado pelo seu comprovado papel como obstáculo ao acesso a serviços sociais. As famílias pobres têm mais di-ficuldade em aceder a cuidados de saúde de qualidade, menos probabilidade de ter os seus filhos na escola e igualmente menos probabilidade de aceder a água potável e instalações sanitárias. É eleva-do o risco que correm as crianças pobres de se tornarem adultos pobres e, por sua vez, virem a ter filhos pobres.

Conforme o artigo 2° do Estatuto da Criança e do Adolescente, criança é uma pessoa com idade de até doze anos incompletos e adolescente aquele entre doze e dezoito anos de idade. Continua o texto em que todos gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem qualquer prejuízo

de sua proteção onde o as oportunidades garantem o seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social e em condições de liberdade e de dignidade. Além do Poder Público, que tem seus de-veres em Lei, a família, a comunidade e a sociedade em geral devem assegurar com absoluta prioridade sua vida, sua saúde, a alimentação, a educação, o esporte, seu lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade como pessoa, como cidadão e respeito à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Não basta gerar uma criança, os pais tem a responsabilidade legal sobre ela, que muitas vezes delegam ao Estado, e este, sem as devidas condições, não

consegue cumprir com seu dever e passa às organizações não governamentais e instituições religiosas a árdua tarefa de tentar minimizar seus efeitos, na falta de medidas mais comprometidas destes governos.

A efetivação, o dever e os direitos de cada criança à vida, sobrevivência e desenvolvimento estão consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, porém por diversos motivos, desde os mais deletérios como desemprego acentuado, pobreza extre-ma, desespero familiar, até os mais de-sonestos motivos, esses direitos não são respeitados. Porque nenhuma criança ou adolescente pode ser objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opres-são, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Leonardo Lorenzo da Silva,M.Sc

não basta gerar uma criança, os pais tem a

responsabilidade legal sobre ela, a qual, muitas vezes,

delegam ao estado

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Quando o idoso desenvolve um transtorno depressivo, nota-se piora de seu estado geral e queda significativa de sua qualidade de vida

Depressão na 3ª idade

Oas causas podem ser fatores biológicos, psicológicos e sociais, podendo ser um relacionado a outro.

transtorno depressivo é a doença mental mais incidente e prevalente no mundo, na idade adulta, seja ela qual for. Em pacien-tes idosos, ou seja, com mais de 65 anos,

esse quadro pode ser ainda pior.O processo de envelhecimento pode

ficar sofrível para o indivíduo e sua famí-lia, quando está envolvido o componente emocional depressivo. Em qualquer idade a depressão pode acarretar em problemas biopsicosociais, aqueles que irão afetar a vida pessoal, profissional e social. Quando se soma a esse fator o processo de enve-lhecimento, as condições emocionais ficam ainda mais fragilizadas.

As limitações físicas características dessa idade, doenças decorrentes do envelhecimen-to, medicações e outros fatores, fragilizam a saúde mental do indivíduo, que por sua vez pode não aceitar o fardo que a idade está o impondo. Esses limites impostos são o sufi-ciente para mudar a relação familiar e circulo de amizades do indivíduo, às vezes afastando seus entes, por não entenderem o que está se

passando.Algumas doenças em especial podem

potencializar os sintomas da depressão, cau-sando uma forma mais grave desse mal. Entre essas doenças as que causam dor (artrose, artrite, reumatismo, etc), demências (Alzhei-mer, demência vascular, acidente vascular encefálico, etc), mal de Parkinson. Somente o devido tratamento das doenças e o acompa-nhamento concomitante da depressão podem amenizar o mal.

Para que haja o processo de envelheci-mento saudável, o acompanhamento mul-tidisciplinar é a forma adequada. Médico atento aos problemas de saúde que surgem neste período, nutricionista avaliando e orientando a melhor dieta a ser seguida, dentista para os melhores cuidados da saúde bucal, fisioterapeuta para orientações das atividades físicas adequadas e também o psicólogo para melhor aceitação dessa etapa da vida. Medicação antidepressiva poderá ser sim ministrada, mas somente com devido cuidado e orientação médica.

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EcONOMIA

Lighting Designer (ou Designer de Iluminação) é o profissional com conhecimento técnico que busca o desempenho e as possi-

bilidades das soluções de iluminação associado a um resultado estético. O desenvolvimento do projeto se baseia em um conceito que depende de vários fatores tanto emocionais quanto funcio-nais, as características arquitetônicas, diferenças culturais e gostos.

Um elemento que pode definir fun-damentalmente a criação de um espaço é a iluminação, seja do dia (natural) ou da noite (artificial). A importância para o bem-estar relacionado à saúde física, mental e o entendimento do ser humano associado à informação é de 80% definida por sua percepção visual, sendo assim, a iluminação é o aspecto essencial para a composição do ambiente.

Com a ideia da sustentabilidade e a prática possível de continuarmos viven-

do e nos desenvolvendo de forma com que haja continuidade e equilíbrio em relação aos recursos naturais, a troca de sistemas de iluminação onde o consumo é alto e a manutenção frequente, entra em destaque a iluminação com LED (diodo emissor de luz).

Um exemplo simples dessa prática são as velhas lâmpadas incandescentes, elas desperdiçam energia, esquentam e poluem, porém são mais fáceis de serem encontradas e mais baratas. Uma porta-ria do Ministério das Minas e Energia estabelece que elas sejam retiradas do mercado em 2016. Devem ser substi-tuídas por modelos fluorescentes ou de LED, mais eficientes.

Um comparativo pode ser feito uti-lizando uma lâmpada incandescente, comum, de 50W de potência, que custa cerca de R$ 3,00. Uma lâmpada moderna de LED, com 7W, que tem a mesma lumi-nosidade, custa, em media, R$ 35,00. No entanto, a incandescente dura no máximo

1.000 horas, a de LED tem uma vida útil de 25.000 horas. Com isso, o preço rela-tivo a durabilidade se alterna. Já estamos falando, comparativamente à vida útil da lâmpada de LED, de R$ 35,00 contra R$ 75,00, para a incandescente.

Mas a grande diferença está no consumo de energia. Uma lâmpada que chega a consumir até 80% menos da energia de um modelo convencional. Ao longo das 25.000 horas, essa economia giraria em torno de R$ 430,00. Ou seja, a lâmpada incandescente que aparente-mente custava só R$ 3,00, já está em R$ 505,00. Por fim, todas essas lâmpadas, de LED ou comuns, um dia param de funcionar e precisam ser jogadas no lixo. De preferência num lixo especial. Só que na hora de descartar, teremos 25 lâmpadas comuns contra apenas UMA de LED.

Carlos CintraAluno de Arquitetura e Urbanismo

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iluminação ideal:conforto e economia

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e prestarmos atenção neste tema em qualquer programa-ção televisiva ou cinematográfica, notaremos a ênfase: é preciso ser feliz, e toda a busca da vida será a felicidade.

Pode-se discutir longamente o que é ser feliz. Dei-xemos neste momento que cada um tenha a sua própria definição.

Citemos apenas algumas possibilidades do que poderia ser felicidade:

• ausência de problemas e conflitos;• sensações altamente passionais;• alegria constante, efusão emocional;• paz constante, paz de espírito;• dinheiro, muito dinheiro;• poder e fama; • influência e prestígio;• sucesso profissional;• família harmoniosa;• um grande amor na vida; • um casamento lendário.

A maioria das pessoas casa para ser feliz. Se perguntar-mos aos jovens para que querem casar, certamente indicarão a expectativa de ser feliz. A cultura ocidental conseguiu desenvolver a ilusão que o casamento garante a felicidade.

Desafio para casados.Responda com sinceridade:1. Se hoje você tivesse novamente a opção de se casar,

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Felicidade:a busca da nossa era

Nesta reflexão sobre a felicidade conjugal, enfatizamos a dinâmica através da qual a felicidade pode ser conquistada, de maneira útil para

o crescimento pessoal e para o bem estar dos queridos ao seu redor

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com todos os conhecimentos e experiência que possui, você se casaria? Sim ou não?

2. Se hoje pudesse optar, com os conheci-mentos que tem, você se casaria mais uma vez com a mesma pessoa? Sim ou não?

Desafio para solteiros.Responda com sinceridade:1. Se hoje você pudesse optar entre casar

ou permanecer solteiro, o que preferiria fazer?2. Em qual estado você acha que seria

mais feliz?

As respostas a essas duas perguntas, de maneira geral, revelam que o casamento não é tudo aquilo que os estúdios cinematográficos de Hollywood ou a telinha da TV apresentam sobre o casamento.

Nesta reflexão sobre a felicidade conjugal, enfatizamos a dinâmica através da qual a felicidade pode ser conquistada, de maneira útil para o crescimento pessoal e para o bem estar dos queridos ao seu redor.

O que é felicidade?primeiro, vamos enfatizar o que felicidade

não é. Felicidade não é passionalidade, gozo constante, paz plena e ininterrupta. Estes esta-dos de felicidade não ocupam profundamente e para sempre o coração.

Alguém formulou um paradigma da felici-dade da seguinte maneira: felicidade é a soma das expectativas de uma pessoa diante de sua capacidade de realização desta felicidade.

Isso significa que se pode esperar tanta felicidade quanto se é capaz e disposto de realizar, de produzir. Depende da própria res-ponsabilidade e de um empenho pessoal diário por toda a vida. A ênfase vital deste paradigma é que a felicidade não depende de ninguém e de nada, exceto da própria pessoa. A origem da felicidade não está no exterior, mas no interior. Ela não é material, ela é espiritual. Se as expectativas forem muito elevadas, os esforços terão que ser redobrados. É possível

ser feliz quando as expectativas não fogem da realidade. Aliás, por que gastar tantas palavras para dizer o que é ou não é a felicidade? Ve-jamos o que a Palavra de Deus diz.

Felicidade de acordocom a Bíblia

A Bíblia trata a questão da felicidade den-tro de uma visão dialética (parece paradoxal e antagônica). “O ladrão vem somente para matar, roubar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” - João 10.10. Esta vida em abundância está em interação direta com a realidade de uma luta diária com o ladrão de nossas almas, que constantemente nos ataca para destruir as nossas vidas e roubar a felicidade, seja ela o que for. Isso é tão antagônico!

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). Isso é felicidade diante e em meio às aflições. A vitória sobre o mundo vem em meio às lutas diárias. Ser feliz biblicamente, portanto, não significa ausência de problemas e lutas. Muito pelo contrário. A Bíblia prevê que em meio às lutas aprendemos a ser felizes em Jesus. Em meio às tribulações, podemos experimentar as verdadeiras dimensões de Deus na nossa vida. Sua graça, Seu amor, Sua providência e cuidados serão vivenciados tanto mais, quanto maior forem as tribulações. E tudo nos levará para mais perto do Criador.

Estes enunciados são igualmente verdadei-ros para o casamento e a felicidade.

Portanto, felicidade no casamento é:a) conquistar e poder conquistar sempre

mais, evitando o estresse;b) crescer e poder crescer sempre mais,

evitando o estresse;c) buscar e poder buscar sempre mais,

evitando o estresse.

Felicidade é a conexão dinâmica entre o

se pode esperar tanta felicidade

quanto se é capaz e disposto

de realizar, de produzir. Depende

da própria responsabilidade

e de um empenho pessoal diário por

toda a vida

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EspEcIAl

passado, presente e o futuro. Não é feliz, nem tem tais sensações quem tem em sua mente um amontoado de histórias tristes, acontecidas no passado. Não é feliz quem não consegue relaxar e concentrar-se sobre aquilo que está experimentando no presente. Não é feliz quem depende de coisas que estão no futuro. Mas, pode ser feliz quem lembra dos acontecimentos bons do passado; nutre-se destas lembranças no presente e sabe experimentá-las com ênfase. Também é feliz quem vive ao máximo o seu presente, sabendo que o futuro está em suas mãos no momento presente. Quanto melhor alguém construir o seu presente, tanto mais segurança de felicidade terá para o futuro.

O que é felicidade conjugal?Felicidade conjugal não é receber e receber

sempre mais. A grande maioria das pessoas casa com a expectativa de receber proteção, afeto, carinho, amor, cuidados e dedicação pratica-mente exclusivos. Muitas pessoas tentam al-cançar em seus casamentos aquilo que tiveram como expectativa na sua infância em relação aos seus pais, e não puderam obter plenamente.

Definamos felicidade conjugal como su-primento básico das necessidades individuais na interação com um outro ser, e na ajuda que se presta para que este outro ser também possa realizar a sua felicidade.

Portanto, não quero analisar o tema na

perspectiva de que felicidade conjugal é algo concluso, finalizado, que possa estar absoluta-mente em nossas mãos – felicidade conjugal é o próprio crescimento na interação de duas pessoas, que se aventuram de fase em fase, e nunca concluem em termos absolutos o proces-so da busca de ser feliz.

O psiquiatra vienense Viktor Emil Frankl, que sobreviveu mais de três anos em campos de concentração nazistas, afirma que “literalmente, desaprendemos o sentimento de alegria. Será necessário aprender de novo a alegrar-se”. A alegria, expressão mais próxima do sentimento da felicidade, pode ser aprendida ou desapren-dida segundo este autor. Portanto, felicidade humana não está nas mãos do destino, do outro, nem mesmo somente de Deus. Felicidade pode ser desenvolvida a partir da cada pessoa. Mas, a busca não deve ser da própria felicidade, pois esta foge como o sono de quem se esforça por dormir. Frankl e a logoterapia nos ensinam, a partir de suas vivências e experiências cientí-ficas, que “a felicidade não pode ser buscada; precisa ser decorrência de algo. Deve-se ter uma razão para ‘ser feliz’”. Quando algo que o ser humano tem para fazer que lhe dá sentido de vida, então ele estabeleceu uma razão para ser feliz e a decorrência pode ser este estado de espírito. Não é possível ser feliz simplesmente sendo

Dr. Prof. Albert Friesen CRP 08/02921

a alegria, expressão mais

próxima do sentimento

da felicidade, pode ser

aprendida ou desaprendida

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23Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

INsTITuIçõEs sOcIAIs

Há 60 anos, um abrigo para os maiores de 60!

undando em janeiro de 1954, o Asilo São Francisco de Assis-SSVP é uma entidade sem fins lucrativos, tendo à frente da instituição uma diretoria idônea e dinâmica, juntamente

com as irmãs coordenadoras e um quadro de funcio-nários respeitosos e aplicados, com conhecimento em cuidar de idosos nos seus afazeres do dia a dia e, é claro, contando com todo o apoio da sociedade da região, mantém em suas dependências o atendimento a 60 idosos com 60 anos de idade e acima. Também faz parte deste lindo trabalho de dedicação ao pró-ximo mais necessitado, o atendimento médico se-manal, uma profissional de nutrição, fisioterapeuta, enfermeira responsável e técnicas em enfermagem.

Os idosos recebem, ainda, o carinho de várias pastorais, parentes, amigos, professores e alunos de diversas escolas que aqui vêm para interagirem com os moradores do local, através de conversas, jogos de bingos, músicas, passeios e outras ativida-des. Fazendo, assim, que os idosos se sintam mais amados e valorizados como seres humanos.

O Asilo sempre espera contar com o apoio da sociedade no que se refere ao recebimento de doa-ções, pois só assim se pode dar o conforto merecido

aos idosos. Carinhosamente chamado de Lar São Francisco, se encontra todos os dias de portas abertas das 14 às 16 horas para receber a sua visita.

Serviço:Asilo São Francisco de AssisSociedade São Vicente de PauloRua dionisio Paiola, 280 - Vila São José Cx. Postal 198 - Santo Antônio da Platina - PR CEP 86.430-000 - fone: (43) 3534-1413E-mail: asilosã[email protected]

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Siga o Mestre...crIANçA

iga o mestre é o que sugere uma brincadeira que tem levado diversão à muitos adolescentes, jovens, crianças e até criou-se uma dinâmica nos cur-

sos de capacitação de liderança, onde se escolhe uma pessoa para ser o mandante de muitas ações e todos passam a imitar. É engraçado, interessante e tem um forte apelo no comportamento humano, que gosta de viver em grupo e tem facilidade de copiar o que passa pelos seus olhos, sem muita análise dos benefícios para sua vida.

Seguir o mestre é muito praticado por crianças deste o nascimento que observam seus pais e mães, os quais dis-tribuem exemplos e ensinamentos para seus filhos todos os dias, por muito tem-po. Esta liderança coloca em suas mãos a oportunidade de brilhar para sempre.

Nenhum líder que tem juízo decide ser mestre sozinho; ele precisa escolher um grupo para aplicar seus conheci-mentos.

Siga o Mestre.....

A palavra mestre vem acompanhada de certo grau de autoridade, confiança e segurança de quem domina determinado assunto, patologia e diagnóstico, que têm o poder de traçar um caminho plano, no qual, sem sombra de dúvidas, alcançará resultados sonhados.

Desejamos sempre seguir alguém. Através dos tempos o ser humano busca heróis que refletem ensinamentos para que sejam seguidos por determinada pessoa, geração e nação, que cria seus heróis, que passam a ser líderes, e sempre serão substituídos, na medida que seus interesses mudam.

A luta por ideais não é solitária, pois floresce nos comportamentos e sempre ganha companheiros de batalha.

A sociedade é conhecida por sua cultura e o mundo se globaliza quando há guerras, que começam silenciosas e vão fazendo barulho, envolvendo a todos no planeta, e perdura por toda existência da humanidade, por que é produto de sua natureza. Fica adormecida, mas com

O mundo necessita e clama por bons exemplos, para que ahumanidade se apóie e sobreviva em valores que perdurem

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25Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

frequência dá seu brado de vida, como é o caso do desentendimento tão antigo entre Israelenses e Palestinos, chamado de “Guerra Santa”, em função da loca-lização do conflito que se concentra na origem do povo judeu, conhecido como Povo de Deus. Quem for “mestre” em guerras levará muitos a morte, mas quem for “mestre” em paz será promotor da vida.

E que “mestre” vamos seguir?O mundo clama por bons exemplos,

para que a humanidade se apóie e sobre-viva em valores que perdurem. Quem é “mestre” tem em suas mãos o controle sobre as situações que ensina, pois os resultados serão visíveis.

O ser humano precisa ver pra crer, mas caminha sob caminhos obscuros, e perde a percepção de tudo. Caminha como cego, apalpando, tropeçando ao meio-dia, como nas trevas. Assim como muitas pessoas que tem se curvado ao mundo virtual, de forma estonteante, que parece que descobriu o maior tesouro e tem invadido sua mente de forma inte-gral, não sobrando espaço para outras visões. Navegam em um mundo desco-nhecido, em mares perigosos e se perdem no “Triangulo das Bermudas” de seus pensamentos e ideais, e ainda se gabam do acesso ilimitado que lhes é oferecido.

Seguir o mestre.... A humanidade busca sempre o me-

lhor, o mais honrado, o mais rico, o mais

poderoso, o de maior destaque. Este é o valor que conta para o ser humano, mas existe um mestre que contrapôs toda esta ordem e declarou que aquele que quer ser o maior que seja o servo de todos.

Este “mestre” começou caminhando com um grupo de doze pessoas, para en-sinar um caminho sobre modo excelente. Ensinou sobre a razão de viver de cada individuo e sobre a essência da vida. Ele resgatou o valor da criação e mostrou que o criador não deseja viver distante de sua obra. Todas as coisas foram criadas por Ele e sem Ele nada do que foi feito se estabeleceu. Sua criação é objeto de seu grande e profundo amor. A este grupo inicial Ele os chamou de discípulos, que seguiram este mestre e absorveram seus ensinamentos. Foram as primeiras testemunhas de que Ele não veio para brincar, mas sim para tratar a questão da vida, como uma questão de mestre, tiro certeiro e para resolver as questões

da alma, sentimentos, relacionamentos, assim estabelecendo uma nova ordem no mundo.

Este mestre é uma exceção, pois sabe de onde vem, o que veio fazer no mundo, e sabe para onde vai, diferente de outros líderes, que são humanos e por mais excelentes que possam ter sido tiveram o mesmo fim, a morte. Este mestre está vivo.

Mas quem é este Mestre? Ainda não o conhece? Não percebeu quem é Ele?

É o Filho de Deus, Jesus, aquele que deseja ter a você como discípulo, e ser parte do corpo Dele, pois não existe vida fora do corpo.

Jesus estabeleceu a Igreja, organismo vivo a quem chama de noiva e com seu próprio sangue pagou caro por cada ser humano. Ele vem buscar sua Igreja. Ele é o Bom Pastor, a Luz do Mundo, a Água da Vida, o Príncipe da Paz, o Advogado Fiel e Verdadeiro. Ele tem a chave da vida, Vida Eterna que prometeu a todo aquele que nele crer.

Siga o Mestre..... Atenção .... Ele já está à sua frente.

Sandra Regina Del Colle Silveira

a humanidade buscasempre o melhor, o mais

honrado, o mais rico,o mais poderoso,

o de maior destaque.este é o valor que conta

para o ser humano.

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www.copadesc.com.brESPAçO CIdAdãO Outubro de 201426

a vergonhosa posturada igreja brasileira

esde a criação da República o Brasil nunca se viu mergulhado em tama-nha corrupção, desvios de dinheiro, desmandos e toda sorte de falcatruas

por parte dos seus líderes políticos e homens públicos em geral. Os últimos doze anos superaram tudo o que já se tinha visto, ouvido e lido. Por conta de uma ideologia, projeto de poder e ganância desenfreada, a Justiça e a Ver-dade desapareceram das nossas praças e ruas. Em consequência desse exemplo o que prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e

homicídio sobre homicídio. A Verdade, a Justiça, a coerência, de tão aviltadas cambaleiam como bêbadas nos corre-dores e gabinetes de todos os palácios de Brasília.

O quadro de delinqüência a que chegaram as instituições políticas do Brasil coloca em risco o próprio estado democrático de direito, conquistado com tanto esforço e sofrimento. O congresso Nacional tornou-se antro de promiscuidade, exemplo que se espraia nos Legislativos dos Estados e Câmaras de Vereadores. Tudo está à venda, só

cIdAdANIA

D

Onde estão os líderes e lideranças nacionais diante da violência perpetrada pela classe política e demais

homens públicos contra o povo brasileiro há décadas?

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27Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

depende do preço.Por outro lado, enquanto os líderes

políticos destroem dia a dia, interna e externamente, a chama de dignidade do brasileiro, os líderes e lideranças cristãs nacionais quedam-se paralisados, apáti-cos, mornos. Têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem. O ignóbil silêncio desses líderes e lideranças máxi-mos de todas as denominações cristãs do Brasil é um verdadeiro pecado no sentido mais bíblico dessa palavra.

As ovelhas – cristãos ou não – estão sendo comidas, roubadas e enfraquecidas moralmente. Apesar dessa crueldade não se levanta um único profeta para defen-der o rebanho. Ninguém grita; ninguém chora; ninguém se dispõe a enfrentar os poderosos e o sistema por eles criado. Os pregadores cristãos –protestantes, católicos, pentecostais, tradicionais, progressistas, liberais, ortodoxos – estão embriagados com o mosto e o vinho do tempo presente, também conhecidos como negligência e comodismo. Foram chamados a Nínive, mas fugiram para Társis; quando pensam estar pregando, nada mais fazem do que lamentar a morte da aboboreira.

Se não foram chamados para serem líderes e lideranças cristãs na terra onde um dia cantou a sabiá, então deveriam lutar pelos homens e mulheres do Brasil ao menos em retribuição aos dízimos e ofertas que os sustentam.

A falta de verdadeiros profetas é as-sustadora. Ou se ouve o doce canto das sereias prometendo prosperidade e felici-dade em troca de dinheiro, ou o constante ensino de doutrinas até sérias, porém, vivenciadas tão somente em guetos hermeticamente fechados ao clamor de uma realidade triste, perturbadora, tóxica. Perderam a exegese e hermenêutica que os seus pais do passado faziam do “Ide”.

Os líderes e lideranças cristãs má-ximos do Brasil, no atual contexto, são portas sem ferrolho, veículos sem combustível, espadas sem corte, escudos quebrados, rosas sem perfume.

Onde estão os coronéis, os capitães, os tenentes do Exército do Senhor? É ne-cessário que soldados rasos lhes digam o que fazer em tempo de batalha? É preciso que recrutas lhes ensinem a enxergar o teatro de operações e a comandarem o que deve ser feito? Realmente tem cabimento que soldados, cabos e sargentos gritem aos seus oficiais: Em nome de Deus, nos liderem! Socorram a Nação! Enfrentem a iniquidade! Nós estamos com vocês aguardando suas ordens!

“Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos” (Pv 24:11).

dr. João Antônio Santa RosaMembro da Igreja Metodista do Brasil de

Santo Antônio da Platina – PR

os líderes e lideranças cristãs máximos

do brasil, no atual contexto, são portas sem

ferrolho, veículos sem combustível, espadas

sem corte, escudos quebrados, rosas sem

perfume

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Direito à educação é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como ins-piração o valor da igualdade entre

as pessoas. No Brasil este direito apenas foi reconhecido na Constituição Federal de 1988, antes disso o Estado não tinha a obrigação formal de garantir a educação de qualidade a todos os brasileiros.

Enfoque ConstitucionalA educação deve ser compreendida

como um atributo da pessoa humana, ou seja, ela é típica do ser humano, por isso a Constituição trata-a com peculiar atenção no decorrer dos artigos 205 à 214. Nesse sentido, a Carta Magna deixa evidente que o direito à educação constitui o rol de direitos subjetivos públicos, que configuram as pretensões do indivíduo de exigir do Estado o cumprimento de determinadas normas jurídicas.

O mencionado art. 205 enfatiza que: A educação, direito de todos e

dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a co-laboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

(Brasil, 2012, p. 67).Deste modo, o Estado deve manter

uma postura intervencionista, a fim de que seja concretizado os objetivos contidos no texto constitucional. Não obstante, cabe ainda ao Estado, por meio da educação, o preparo para o exercício da cidadania, cujo conceito transcende o simples ato de votar e ser votado, a um significado mais amplo, que corresponda à plena efetivação dos direitos civis, sociais e políticos na realidade concreta.

Além da cidadania é dever do aparelho estatal qualificar estes cidadãos para o trabalho, sendo assim, é necessário que o ensino ofertado pelo Estado prepare os jovens para as demais etapas de conheci-mento e para o mercado de trabalho.

Princípios constitucionaisda Educação

Os princípios contidos no texto consti-tucional tiveram como base a Declaração Mundial sobre Educação para todos e o Pla-no de Ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem de 1990, realizada em Jomtien, na Tailândia. Essa declaração, ao reconhecer a educação como um di-reito fundamental, apontou os problemas educacionais presentes no mundo e traçou objetivos a fim de erradicá-los.

o

Direito à educaçãoCabe ao Estado, por meio da educação, o preparo para o

exercício da cidadania, cujo conceito transcende o simples ato de votar e ser votado. Corresponde à plena efetivação

dos direitos civis, sociais e políticos na realidade concreta

lEGIslAçÃO

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Ao todo são 10 artigos com propostas de melhora do nível educacional da época.

O artigo 3º é de especial relevância no que se refere à redução das desigual-dades; assim sendo:

Art. 3°: “Universalizar o acesso à educação e promover a equidade”.

Objetivos:• Ampliar o acesso à educação, melho-

rar sua qualidade, tomar medidas para reduzir as desigualdades e eliminar os preconceitos.

• Padrão mínimo de qualidade da aprendizagem para que a educação seja equitativa.

• Os grupos excluídos (minorias, pobres, índios) não devem sofrer nenhum tipo de descriminação no acesso à escola.

• Oferecer oportunidades para pessoas portadoras de qualquer tipo de defi-ciência.Deste modo, a CF/88 em paralelo

com a lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB) e com a lei 8069/90 (Estatuto da Criança e do Ado-lescente - ECA), estabeleceu princípios básicos que devem ir de encontro ao ensino brasileiro.

Os artigos 206 da CF/88 e 53 do ECA são unânimes em afirmar o direito à educação e os princípios peculiares deste direito.

Ensino público e privadoO ensino é dever do Estado e direi-

to da pessoa humana, é obrigação do poder público oferecê-lo em condições adequadas. Contudo, é livre a iniciativa privada, desde que esteja submetida às normas constitucionais.

Inclusão socialPensando na minoria menos favore-

cida ao longo da história, o Estado vem concedendo prerrogativas que permitem diminuir esse défict social. Programas como o PROUNI, estabelecido pela lei 11.096/05 é um exemplo dessa iniciativa do Estado brasileiro.

Educação especialA CF/88 atribuiu particular atenção

à pessoas deficientes, estabelecendo no seu art. 208, III e no Decreto legislativo 186/08 deveres do Estado à essa classe de pessoas deficientes.• Acesso físico e educacional à

deficientes(desigualar para igualar).• Ensino braile nas instâncias educa-

cionais.

Princípio da indissociabilidade Este princípio impõe às universi-

dades o comprometimento com o tripé ensino, pesquisa e extensão, dispostos no art. 207 da CF. Sendo assim, além de ministrar o ensino as universidades precisam incentivar e proporcionar a pesquisa e a extensão.

Lei 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

O ECA surgiu a fim de tutelar e nortear os direitos fundamentais da criança e do adolescente e diminuir as desigualdades com fundamento nos direitos humanos.

Esta lei possui como ponto de partida à educação e os problemas existentes na falta desta. Os artigos 53 à 59 do referido Estatuto estabelece propósitos educacio-

nais a serem efetivados pelo poder estatal e em paralelo com a Carta Magna.

Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)

A lei de Diretrizes e Bases – LDB é uma lei genérica que regulamenta a educação brasileira. Essa lei dispõe sobre as metas e a organização do sistema edu-cacional em seu aspecto geral. Os artigos da supramencionada lei possui como embasamento a CF/88. Além de abranger os princípios gerais da educação (art. 4º), que apregoa os deveres do Estado com a educação, eles fazem indicação dos recursos financeiros a serem investidos na educação (art. 69); e por fim institui os direitos e deveres dos profissionais do setor educacional (art. 61).

Conclusão

Enfim, fica evidente que várias leis, sendo a mais importante de todas a Constituição Federal de 1988, tem sido elaboradas pelo legislativo com a finali-dade de tornar a Educação brasileira mais coerente com a realidade social. Entre-tanto, como defendia Konrad Hesse, é necessário que as leis saiam do papel para a realidade concreta, e desta forma, cabe ao poder executivo, mais precisamente aos nossos representantes, criar meca-nismos para que a aplicação destas leis se efetivem, de acordo com as exigências do atual cenário educacional do Brasil. E por fim, compete à população, fiscalizar e cobrar mudanças, deixando de lado o comodismo e colocando em atividade sua cidadania, pois somente assim teremos de fato uma sociedade consciente e um país de cuja educação as próximas gerações serão beneficiadas.

Hélen Siméia Henrique FerreiraAluna de direito da UNIESP/FANORPI

o eca surgiu a fim de tutelar e nortear os direitos fundamentais da criança e

do adolescente

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esiliência é a capacidade de voltar ao seu estado natural, principal-mente após alguma situação crítica e fora do comum. A resiliência é

um conceito psicológico emprestado da física, que significa a capacidade do individuo lidar com problemas e superar situações difíceis. Job (2003), argumenta que resiliência se trata de uma tomada de decisão entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões pro-piciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Demonstra se a pessoa sabe ou não funcionar bem sob pressão.

Os resilientes são aquelas pessoas que passam por dificuldades, como todo mundo, só que a reação deles não é comum, por mais fortes e traumáticas que sejam as dificuldades, eles superam.

O resiliente é aquele que, mesmo quando perde o emprego, morre o amigo, a esposa pede o divórcio, ainda assim, ele continua lá, firme e forte, e não se deixa abater. A dúvida é “Como essa

pessoa consegue?” Consegue porque é resiliente.

Resiliência é um atributo da per-sonalidade, e a boa notícia é que essa habilidade pode ser desenvolvida por qualquer um.

De acordo com a escala desenvolvida pelo pesquisador Dr. George Barbosa, existem sete fatores importantes que podem ser aprendidos no processo te-rapêutico:

Administração das Emoções Administração das Emoções é a ha-

bilidade de se manter sereno diante de um problema.

Controle de Impulsos - não se deixar levar impulsivamente por uma emoção.

OtimismoÉ a crença de que as coisas podem

melhorar. É a convicção na capacidade de controlar o seu destino.

Análise do Ambiente - é a capacidade

EducAçÃO

R

a Força da ResiliênciaResiliência é um atributo da personalidade, e a boa notícia é que essa habilidade pode ser desenvolvida por qualquer um

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31Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

de identificar as causas dos problemas, isso permite que a pessoa se coloque num lugar seguro.

EmpatiaSignifica a capacidade de compreen-

der os estados psicológicos dos outros (as emoções e sentimentos) e saber como agir com as pessoas.

Auto Eficácia - é a crença de que você consegue resolver seus problemas.

Alcançar Pessoas - é a capacidade de se vincular a outras pessoas, sem receios e sem medo.

Desenvolvendo, aprendendo a ser resiliente você aprende a confrontar as situações, enfrentar as tensões, ter desenvoltura, de cada experiência você faz um aprendizado positivo. Ao invés de focar no problema, foca na solução.

A Resiliência não é só um traço de caráter hereditário que você nasce com isso ou não, é uma conquista pessoal. É justamente por isso que as pessoas amadurecem nos momentos de maior sofrimento. O ser humano precisa en-frentar desafios para testar seus limites.

Para o fortalecimento da Resiliência: disciplina e autoconfiança são funda-mentais.

DisciplinaO problema não está na realidade,

mas na forma como reage a essa reali-dade. O problema não são as coisas que te acontecem, o problema é o que você

faz com as coisas que te acontecem, a maneira como você reage a elas é que vai definir o seu sucesso.

Autoconfiança Essa é a maior característica do

comportamento resiliente. A superação só acontece quando, antes de tudo, você acredita em seu potencial, na sua capa-cidade de agir positivamente.

Lembram do Lars Grael, aquele es-portista que sofreu um acidente terrível? Numa entrevista lhe perguntaram sobre qual teria sido a lição aprendida desse episódio, Lars Grael disse: “O erro das pessoas, em geral, é se voltar para trás. Comparar o agora com o que tinham antes. Se eu fosse comparar minha vida anterior com a vida que levo hoje, com certeza teria entrado em depressão. Mas não adianta ficar olhando para trás. Temos que lidar com o “aqui e agora”.

Se você perceber alterações de hu-mor, de disposição para suas atividades, aumento de tensão e diminuição da ale-gria de viver, você precisa parar e ver o que pode fazer para melhorar.

E não vai ser só com remédios que vai mudar isto. É preciso conquistar, com esforço, a alegria de viver, e as lições estão dentro de você, basta saber ler estas lições.

Não consegue sozinho? Então pense na possibilidade de pedir ajuda a um profissional, pense em investir em você.

Desenvolva resiliência porque uma

pessoa resiliente não se abate com fa-cilidade, não culpa os outros pelos seus fracassos, ela luta.

Pensamentos como tudo é difícil, “não consigo mudar o rumo da minha vida”, ou “ninguém faz nada por mim”, esses pensamentos são os que te derru-bam, mas se você não consegue se livrar deles, é preciso fazer algo, o que não pode é deixar a vida passar.

A gente sabe que toda mudança pode trazer insegurança, medo do novo; bate aquela vontade de manter o velho e confortável conhecido. Claro, é mais confortável. Mas se você não fizer nada a tendência é de que os problemas se tornem piores a cada dia que passa. Vão surgindo sintomas de angústia, depressão e distúrbios psicossomáticos.

O autoconhecimento é a base para qualquer mudança de vida. Na vida, podemos ser problema, ou solução. Se você for só o problema, ninguém vai gostar de ficar do seu lado, porque você vai ser uma pessoa amarga. Mas, se você for solução, aí vai ter a chance de conquistar a maturidade com sabedoria. Cada um escolhe o seu caminho!

Franciene Guimarães Vilas Boas Psicóloga CRP 08/10104 - Clínica

Harmônica - one: 3558-1181

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www.copadesc.com.brESPAçO CIdAdãO Outubro de 201432

s acidentes de trânsito em ruas e estradas brasileiras e suas incontáveis vitimas, mortas ou mutiladas, vem causando preocupação entre autoridades em todas

as esferas de governo e choca a sociedade pela frequência assustadora em que ocorrem. Especialistas em engenharia, legislação e segurança de trânsito apontam que alguns dos fatores que contribuem para os índices de acidentes, que alçam o Brasil à quarta posição no ranking mundial de mortes no trânsito, é a falta de fiscalização efetiva, o aumento do crescimento da frota de veículos, a falta de educação e conscientização de nossos motoristas, entre outros. O caos instalado no trânsito brasileiro com o crescimento da frota de veículos e a falta de fiscalização são pontos importantes a serem considerados, entretanto, não são os principais motivos para o número de acidentes.

A falta de conhecimento e civilidade de

nossos condutores talvez seja ainda o ponto de maior importância para a redução do nú-mero de acidentes. Para mudar esta estatística teríamos que mudar alguns comportamentos começando pela educação, conforme o art. 76 do código de trânsito, a educação ocorreria ainda para crianças na pré-escola, e deveria ser básica na busca de condutores mais res-ponsáveis. A outra face deste contexto a ser considerada no que se refere à educação, é o fato de que os jovens representam uma par-cela considerável e responsável por inúmeros acidente, de trânsito principalmente, relacio-nado à ingestão de bebidas alcoólicas; mas há também aquela parcela de condutores, já em fase adulta, que contribuem para os números de acidentes, através de comportamentos ina-dequados no trânsito, como ultrapassagens, no uso do cinto de segurança e excesso de velocidade. Outro item a ser trabalhado é a educação de trânsito que esta relacionada às

o

EducAçÃO NO TrÂNsITO

o crescimentoassustador dos acidentes

de trânsito no brasil

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33Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

campanhas educativas dirigidas a públi-cos específicos, tais como caminhoneiros ou motociclistas.

No Brasil as campanha educativas sempre foram sutis e apenas insinuavam as consequências dos acidentes, com um forte apelo ao humor e à reflexão indireta através de mensagens leves para o tema. A resolução 314/09 do CONTRAN (con-selho estadual de trânsito ) determinava que as campanhas de educação de trân-sito vinculadas na grande mídia deviam ressaltar ações positivas.

Os aspectos negativos, como a apre-sentação de cenas violentas nas mídias, deviam ser tratados com conteúdos a fim de se evitar a anodinia, isto é, a banalização. Acerca do que está contido na resolução do CONTRAN, as campa-nhas educativas preferencialmente não devem ser carregadas de imagens fortes da violência recorrente dos acidentes de trânsito. São muitos os especialistas que desaprovam este tipo de método: o choque como reflexão. Diferente do que é defendido por especialistas no Brasil, países do primeiro mundo adotam campanhas educativas de trânsito com forte impacto visual, encenando cenas brutais que parecem reais de diferentes tipos de acidentes, ocorridos por diversos motivos, para cada tipo de público-alvo.

O país pioneiro em campanhas de choque foi a Austrália. Em 1986, o go-verno do estado de Victória criou uma comissão para desenvolver atividades educativas no trânsito. O TAC, sigla para Transport Accident Comission (Comissão de Acidentes no Transporte), iniciou estudos e pesquisas de opinião para encontrar formas mais contunden-tes de transmitir ao público mensagens educativas. Naquele ano os índices de mortes nas vias públicas australianas atingiam quase 3 mil vítimas, um escân-

dalo para os padrões daquele país (no Brasil as mortes ultrapassam 30 mil ao ano). Assim, foram lançadas campanhas educativas na grande mídia que mostra-vam como pequenos comportamentos errados no trânsito geravam violentos acidentes. As campanhas apresentavam gente comum em situações corriqueiras, famílias, pessoas acima de qualquer suspeita, junto aos seus círculos sociais, que se envolviam em sinistros que aca-bavam em morte ou mutilações. O apelo às pessoas comuns logo causou impacto na sociedade. O objetivo era identificar o público como os protagonistas dessas histórias mesclando imagens reais de pessoas que perderam familiares em acidentes de trânsito. A reciprocidade do público foi imediata e atualmente os ví-deos produzidos pela TAC estão entre os mais vistos na internet. Como resultado, em vinte anos de campanha, os índices de acidentes caíram em quase 50% .

O sucesso obtido pelas campanhas de trânsito australianas logo chamou a atenção de outros países. A Austrália ex-portou suas campanhas para países como Irlanda, África do Sul, Nova Zelândia e até o Vietnã. Outros países europeus copiaram o modelo australiano, como Republica Tcheca, Reino Unido e Itália. Além das campanhas em vídeo, estes países utilizaram-se de cartazes com imagens impactantes como instrumento de educação e sensibilização no trânsito.

A preocupação com a diminuição dos números de mortes no trânsito tornou-se um fenômeno mundial e atualmente mobiliza centenas de países, dos mais ricos aos mais pobres, em campanhas de educação que objetivam mobilizar os povos na busca de um trânsito mais seguro e racional. As formas que cada país conduz suas campanhas varia de acordo com a cultura de seu povo mas

as ferramentas utilizadas atualmente parecem acompanhar uma tendência mais realista, com imagens fortes e com forte apelo sentimental, principalmente entre os países desenvolvidos. No Brasil este fenômeno começa a tomar forma aos poucos. Alguns Detrans já iniciaram campanhas mais contundentes, como a campanha elaborada pelo estado de Per-nambuco. A resistência de especialistas sobre a exposição de violência como ins-trumento de educação ainda é relevante mas aos poucos começa a perder força entre os órgãos envolvidos no sistema nacional de trânsito. Uma campanha, aos moldes do publicado na Europa ou Austrália, depende de inúmeros fatores e uma cuidadosa pesquisa junto a opinião pública, para que possa ser adotado no país. Talvez, em um futuro próximo, vejamos veiculadas na grande mídia, em horário nobre, campanhas mais im-pactantes que causem atenção e temor em nossos motoristas sobre a prática da direção segura. Estamos engatinhando, mas a exemplo da campanha pernambu-cana, estamos no caminho certo.

Ivonei Clauer BoziGestor em Trânsito

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www.copadesc.com.br34 ESPAçO CIdAdãO Maio de 2014

QuAlIdAdE dE VIdA

meio ambiente e Qualidade de Vida

ão há duvidas de que o Meio Am-biente está diretamente relacionado à Qualidade de Vida. Quando pen-samos sobre as questões do impacto

ambiental, de ações provocadas pelo homem como desmatamentos, queima-das, descarte do lixo, poluição das águas, etc. e como suas consequências podem influenciar na vida das pessoas, devemos ficar atentos com as nossas escolhas.

Mas além de pensarmos nos aspectos negativos, podemos também refletir so-bre como relacionar o meio ambiente na busca por uma melhor Qualidade de Vida diariamente; assim, em pequenos deta-lhes podemos transformar esta relação em uma relação extremamente positiva.

Um praticante de atividade física, por exemplo, quando escolhe realizar suas atividades em um parque arborizado, opta em unir os benefícios do exercício físico a um local de ar puro, tornando sua atividade muito mais prazerosa e sau-dável. Uma pessoa quando realiza uma massagem e tem a oportunidade de ao fundo ouvir sons da natureza, consegue potencializar ainda mais seu relaxamento entre muitas outras relações. A qualidade de vida está estritamente relacionada à preservação e respeito ao meio ambiente. O termo qualidade de vida é utilizado para descrever a qualidade das condi-ções de vida, levando em consideração alguns fatores, tais como: alimentação, saúde, educação, moradia, liberdade de escolha, bem-estar, expectativa de vida etc. Ademais, há outros fatores que tam-bém influenciam a qualidade de vida das pessoas, como, por exemplo, os amigos, a família, o trabalho, o meio ambiente, dentre outros.

Percebe-se, assim, que é um termo muito amplo e que envolve muitas con-dições. E não basta apenas ter uma boa

saúde física e mental, mas sim, estar de bem com si mesmo, com a vida, ou seja, estar em equilíbrio. E hoje em dia se ouve muito falar em “qualidade de vida”. Essa é uma preocupação que tem se tornado crescente.

A qualidade de vida está relacionada com o “aqui e agora” e com o “planejar o futuro”, ou seja, temos que fazer as coisas boas da vida no hoje, e não no amanhã. E tudo que fizermos, tem que ser pensando, também, no futuro, em outras palavras, pensar se o que eu fizer vai ser algo bom para o meu futuro e para as demais pessoas, pois as atitudes de hoje, se refletirão no amanhã. No entanto, é completamente influenciada pelo ambiente, e este engloba relações sociais, culturais, biológicas, ecológicas etc., formando, assim, um contexto com o ser humano, o qual há a possibilidade de tanto o homem quanto o ambiente serem modificados ou transformados. E, assim, a qualidade de vida se relaciona, também, com o meio ambiente, pois não basta estar de bem com a vida e ter saúde física e mental se não tem um ambiente que favoreça ainda mais a melhoria da qualidade de vida.

Sobre o meio ambiente, se trata da própria sobrevivência do homem enquanto espécie, num determinado

espaço limitado pelas condicionantes da natureza. Um conceito mais apurado diz que é um conjunto de elementos biofí-sicos, socioeconômicos e culturais que integram criando um espaço específico no qual os homens constroem a dinâmica de sua vida.

Mas percebe-se que, hoje em dia, não é mais suficiente apenas educar no meio ou fornecer informações sobre o mesmo, mas se deve educar para o meio ambiente, ou seja, mostrar condutas corretas, buscando proteção e melhoria. Pois nosso planeta, cada vez mais, vem sofrendo agressões em seu meio ambien-te e nos ecossistemas e dia-a-dia vem nos dando mostras de que estamos no limite.

Hoje em dia, a situação do nosso meio ambiente nos obriga a preservar os recursos naturais e, também, temos que fazer com que haja um desenvolvimento social justo, para que assim, a sociedade consiga ter uma melhor qualidade de vida, em todos os sentidos. Precisamos buscar alternativas de utilização de recur-sos, que se oriente por uma racionalidade ambiental e por uma ética de solida-riedade, para que possamos consolidar um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

Mas para que consigamos isso, pre-cisamos reconhecer que, na sociedade em que vivemos, é essencial ter uma boa formação e, além disso, precisamos ter um conhecimento sólido de todos os problemas e potencialidades ambien-tais, desde os mais simples até os mais complexos. Para preservarmos o meio ambiente, precisamos de alguns meios. E o que temos disponível em nossa socie-dade, são as leis. Apesar de muitas vezes elas não serem respeitadas, precisamos recorrer a elas, para que consigamos manter nossos ambientes naturais.

n precisamos buscar alternativas de utilização de recursos,

que se oriente por uma racionalidade ambiental e por

uma ética de solidariedade, para que possamos consolidar

um novo modelo de desenvolvimento sustentável

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35Outubro de 2014 ESPAçO CIdAdãO www.copadesc.com.br

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