Revista EBD 2012 Parte 4: Adoração e Louvor

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1 4 Adoração e Louvor Autor: Pb. Nélio Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo- Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir. (Ap. 4: 8B)

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4 Adoração e

Louvor

Autor: Pb. Nélio

Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-

Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.

(Ap. 4: 8B)

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Texto áureo: Todo ser que respira

louve ao SENHOR. Aleluia! (Sl.

150: 6)

1. Introdução

Adoração e Louvor - Lição 1: Louvor e Adoração

muitos eventos de louvor e adoração na

vida do povo de Deus.

Ex. 15: 1-21 – O primeiro grande

destaque de louvor na nação de Israel. É

o cântico da libertação da salvação do

povo, de vitória (O cântico de Moisés).

O acontecimento que deu lugar a esse

cântico é um marco que será para sempre

comemorado e relembrado na história do

povo de Deus até os nossos dias.

Juízes 5 – Temos outro cântico, se-

melhante ao primeiro em alguns aspec-

tos, porque fala da salvação, sendo, con-

tudo, diferente, pois conta a vitória de

Deus, que, juntamente com seu povo,

luta pelo reino.

Nesses dois cânticos aprendemos a

lição de que o louvor não deve limitar-se

somente à nossa experiência inicial de

salvação, mas celebrar também a con-

quista do reino, da terra, da nova Canaã e

da derrota do maior inimigo que é sata-

nás.

2Sm. 6: 1-9: Outro ato de louvor.

Davi dança diante de Deus e da arca da

aliança. Neste texto, vemos a celebração

da conquista do reino. Ao levar a arca

para Jerusalém e ao dançar com todas as

suas forças diante do Senhor, Davi co-

memora a conquista definitiva da terra. É

a presença constante de Deus em seu

lugar de habitação.

O templo ainda não estava construí-

do, mas o louvor estava preparado para

Deus. Como consequência de sua visão

de louvor e adoração, Davi institui uma

ordem levítica para o cântico diante de

Deus, a qual se repetirá na história na

reconstrução do templo após o cativeiro

na Babilônia.

2Cr. 5 – O evento da dedicação do

templo. Deus desce no meio dos louvo-

O louvor está sendo objeto de críticas na

igreja. Os motivos são vários; alguns

bem fundamentados outros, não.

Houve época em que o período de

louvor parecia ser usado apenas para

preencher o tempo entre o início do culto

e aquilo que era considerado realmente

importante – a pregação da Palavra. Pro-

porcionava uma atividade para os pre-

sentes enquanto os retardatários iam che-

gando.

Depois, veio a fase em que o pastor,

atendendo aos interesses dos jovens, que

desejavam um culto mais animado, en-

tregava a eles a direção do louvor. Nessa

fase aprendemos a bater palmas, gesticu-

lar e cantar sobre as alegrias de conhecer

Jesus, mas sem muita profundidade.

Agora chegou a vez do louvor espetáculo

e da música de guerra. Cantamos em pé

até cansar, marchamos e até gritamos,

mas, apesar de tanta inspiração, poucos

entram na batalha.

Precisamos aprender a preparar o

coração para o verdadeiro louvor a Deus.

O louvor santo parte do coração de

um povo santo que deseja glorificar um

Deus santo.

2. Eventos de Louvor e Adoração

Texto áureo: O SENHOR é a minha

força e o meu cântico; ele me foi por

salvação (Ex. 15: 2A)

Nas escrituras sagradas encontramos

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res, confirmando o que Davi disse: Con-

tudo, tu és santo, entronizado entre os

louvores de Israel. (Sl. 22: 3).

Vitória sem armas. Josafá derrotou

com louvores os seus inimigos. Ao invés

de guerreiros irem à frente do exército,

são os levitas que compõem o primeiro

pelotão de guerra. Em suas mãos levam

harpas, címbalos, adufes e instrumentos

de louvor. Em seus lábios têm a expres-

são: Rendei graças ao SENHOR, porque

a sua misericórdia dura para sempre. (2

Cr. 20: 21). Esse registro, juntamente

com o salmo 149, mostra como Deus

obtém a vitória através do louvor de seu

povo. Um louvor ordenado por Deus e

dirigido com sinceridade à sua adoração

tem poder. Deus peleja por nós.

O último ato de louvor registrado no

Antigo testamento foi a festa da dedica-

ção dos muros de Jerusalém no tempo de

Neemias. Depois de anos de cativeiro, e

sem uma adoração congregacional em

nível de nação, o louvor ao Senhor é

restaurado como nos dias de Davi.

Todas essas narrativas são importan-

tes para a igreja e correspondem também

a alguns fatos de nossa vida e da vida da

igreja. Cantamos nos cultos congregacio-

nais e na vida diária, a nossa libertação

do Egito (mundo), agradecendo, tam-

bém, pelas vitórias alcançadas. Esse

evento do tempo de Esdras e Neemias

(no cativeiro na Babilônia) é muito im-

portante para nós, pois, à semelhança de

Israel, estamos reconstruindo nossa Jeru-

salém, a igreja. Assim como o Egito sim-

boliza servidão no pecado, a Babilônia

simboliza o cativeiro espiritual da igreja.

Adoração e Louvor - Lição 1: Louvor e Adoração

Anotações

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Os louvores são importantes para a edifi-

cação e libertação do povo de Deus.

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1. O templo do Espírito Santo

Israel acabara de passar 70 anos no cati-

veiro babilônico. Ciro é um rei levantado

por Deus. É o ungido do Senhor em ter-

ras da babilônia. Sob seu governo, o po-

vo tem autorização para voltar à terra.

Deus escolhe alguns líderes, dentre

eles, Zorobabel. Deus desperta o espírito

desse homem e o envia a Jerusalém (Ed.

2: 64) com cerca de quarenta mil pesso-

as. Vão reconstruir Jerusalém. Querem o

governo de Deus. Querem adorá-lo no

lugar da sua habitação.

Assim como Deus despertou o espíri-

to daqueles homens, hoje Deus está des-

pertando o espírito de muitos homens

para voltarem a ser Igreja, a Jerusalém, a

habitação do Senhor. O louvor faz parte

da restauração. O louvor é praticado não

porque é bonito e nos faz bem; nem por-

que ocupa um lugar no culto a Deus, ou

porque serve para atrair pessoas. O lou-

vor é fruto de vidas consagradas. É a

expressão viva do próprio Espírito de

Deus pelos lábios de seu povo.

Deus despertou o seu espírito? Retor-

ne à Jerusalém e reconstrua o lugar da

habitação de Deus! A Jerusalém espiritu-

al, a igreja, é o lugar que Deus quer para

Texto áureo: Então, disse Maria: A

minha alma engrandece ao Senhor, e

o meu espírito se alegrou em Deus,

meu Salvador, (Lc. 1: 46, 47)

Então, se levantaram os cabeças de

famílias de Judá e de Benjamim, e os

sacerdotes, e os levitas, com todos

aqueles cujo espírito Deus despertou,

para subirem a edificar a Casa do

SENHOR, a qual está em Jerusalém.

(Ed. 1: 5)

Adoração e Louvor - Lição 2: O lugar da Adoração

Levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e

seus irmãos, sacerdotes, e Zorobabel,

filho de Sealtiel, e seus irmãos e edifica-

ram o altar do Deus de Israel, para so-

bre ele oferecerem holocaustos, como

está escrito na Lei de Moisés, homem de

Deus. (Ed. 3: 2)

Esdras relata que os grupos que saí-

ram da Babilônia com Zorobabel,

“edificaram o altar do Deus de Israel”.

Nas escrituras, o altar é o símbolo da

nossa comunhão com Deus e, também,

com os irmãos.

Nenhum adorador pode louvar ao

Senhor se sua vida não passar primeiro

pelo altar. Especialmente os que são des-

tacados para o louvor na igreja, precisam

ter primeiramente um altar edificado em

suas vidas. O mundo tem muitos altares

que são edificados para ídolos, cantores,

líderes religiosos e até mesmo evangéli-

cos.

Mas o altar de Deus precisa ser resta-

belecido como lugar de consagração de

cada adorador. É necessário, pois, que

haja um compromisso entre o homem e

Jesus Cristo. Nenhum louvor é eficaz se

o altar da comunhão e do compromisso

com Deus não estiver erguido na vida da

igreja.

Quando se fala de reconstrução do

altar na vida do adorador, não se tem em

mente o “altar dos templos” dos evangé-

licos, nem tampouco o altar de pedras da

cultura judaica, mas sim uma posição de

consagração, em que nos entregamos

como oferta a Deus.

2. Vidas consagradas no altar de Deus

morar com o seu povo. Você é igreja do

Senhor, o lugar de adoração.

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Adoração e Louvor - Lição 3: A motivação para louvar e adorar

porque a sua misericórdia dura para

sempre. (1Cr. 16: 41B) Decorre do fato

de a arca do concerto ocupar o lugar san-

tíssimo do templo, confirmando a pre-

sença de Deus quando uma nuvem enche

a casa do Senhor. (...)porque a glória do

SENHOR encheu a Casa de Deus. (2Cr.

5: 13-14) Para esta ocasião, Davi esco-

lhera líderes de louvor e adoração para

uma adoração contínua ao Senhor.

Em acontecimentos posteriores, o

templo fora destruído e o povo passara

um grande período cativo, mas na volta

do cativeiro, tempo de Esdras e Neemias,

tendo o Senhor se lembrado e dado o

livramento profeticamente prometido, os

alicerces de um novo templo são lança-

dos e a motivação é lembrada, e o povo

canta e rende graças ao Senhor, com

estas palavras: Ele é bom, porque a sua

misericórdia dura para sempre sobre

Israel (2Cr. 5: 13).

Aqui temos um princípio a ser obser-

vado. O louvor a Deus, em primeiro lu-

gar, é por aquilo que ele é e, depois, por

aquilo que ele faz! É um princípio claro e

deve ser lembrado à igreja quando ensi-

nada sobre sua missão de cultuar e ado-

rar a Deus.

A motivação para louvar e adorar

deve ser “com alegria, louvores, canto,

címbalos, alaúdes e harpas” com ações

de graça ao Senhor e se devem fazer

ouvir “com alegria” (Ne. 12: 27; 1Cr. 15:

16).

O salmo 136 é um relato dos feitos de

Deus. Inicia dizendo: “rendei graças ao

Senhor, porque ele é bom, porque a sua

misericórdia dura para sempre”. Depois

faz uma descrição das maravilhas de

Deus, da criação, das vitórias concedidas

a Israel, das promessas futuras, e termina

conclamando: “Oh! Tributai louvores ao

Deus dos céus, porque a sua misericórdia

dura para sempre”.

Texto áureo: Rendei graças ao SE-

NHOR, porque ele é bom, porque a

sua misericórdia dura para sempre.

(Sl. 136: 1) O rei Davi, em 1Cr. 15: 16-24, estabele-

ce toda uma ordem de serviço para o

templo de Jerusalém, visando a adoração

ao Senhor, e que, também deve nos moti-

var em nossa vida de adoração baseada

em três razões: 1ª – Visão da misericór-

dia de Deus; 2ª – a revelação da imutabi-

lidade de Deus e, 3ª – a visão da sobera-

nia de Deus.

1. Quanto à primeira motivação

2. Quanto à segunda motivação

Ter uma revelação da imutabilidade de

Deus, a tônica da escritura é que Deus é

o mesmo, ele jamais muda.

Antes que os montes nascessem e se for-

massem a terra e o mundo, de eternidade

a eternidade, tu és Deus (Sl. 90: 2), pala-

vras de Moisés.

Davi declarou a respeito de Deus,

dizendo: tu, cujos anos se estendem por

todas as gerações. Em tempos remotos

lançaste os fundamentos da terra; e os

céus são obras das suas mãos. Eles pere-

cerão, mas tu permaneces, todos eles

envelhecerão como um vestido, como

roupa os mudarás e serão mudados. Tu,

porém, és sempre o mesmo e os teus

anos jamais terão fim. (Sl. 102: 24-27)

É necessário estabelecermos esse

fundamento da IMUTABILIDADE de

Deus em nossas vidas! Nosso louvor é

vazio e nossa adoração sem sentido, por-

que não vemos a Deus como ele real-

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mente é. Aqui na terra tudo se transfor-

ma: a montanha, a pedra, o mar, o ho-

mem. Nós envelhecemos, Deus não!

A Moisés, Deus se revela como o

“Eu sou o que sou” (Ex. 3: 14). Essa

declaração faz parte do próprio nome de

Deus. Javé quer dizer: Eu sou o que era,

o que é e o que será. A imutabilidade de

Deus é cantada continuamente diante do

Senhor pelos querubins que proclamam,

dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor

Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era,

que é e que há de vir. (Ap. 4: 8B).

Adoração e louvor - Lição 3: A motivação para louvar e adorar

3. Quanto à terceira motivação

A visão da SOBERANIA de Deus. De-

vemos encará-lo como legítimo governa-

dor da terra, como Senhor e soberano do

universo.

Ao estabelecer os termos de louvor e

adoração para os levitas, Davi tinha uma

visão de Deus em autoridade.

Ele disse: Reina o SENHOR. Reves-

tiu-se de majestade; de poder se revestiu

o SENHOR e se cingiu. Firmou o mundo,

que não vacila. Desde a antiguidade,

está firme o teu trono; tu és desde a eter-

nidade. (Sl. 93: 1-2)

Há uma tendência na igreja de ensi-

nar que o diabo reina e governa sobre

toda a terra. É certo que ele é o príncipe

deste mundo, como disse Jesus, mas o

diabo não governa toda a terra. Satanás é

limitado em sua autoridade, pois Deus é

quem reina absoluto. Deus detém todo o

poder em suas mãos! João viu armado

no céu um trono, e, no trono, alguém

sentado; (Ap. 4: 2). O trono está ocupa-

do! Deus está sentado soberanamente!

Ele próprio declarou Assim diz o SE-

NHOR: O céu é o meu trono, e a terra, o

estrado dos meus pés; (Is. 66: 1).

Uma visão clara da autoridade e so-

berania de Deus deve também funda-

mentar nossa vida de louvor e de adora-

ção.

Assim, de gênesis a apocalipse, en-

contramos essas três bases para a adora-

ção de forma clara e objetiva. Não são

três pontos separados, ou três fundamen-

tos isolados um do outro. É um só funda-

mento visto em três aspectos. A miseri-

córdia de Deus, sua imutabilidade e sua

soberania estão interligadas entre si e só

podem ser entendidas como uma coisa

só!

Todo o crente, para ter uma vida ple-

na de louvor e adoração, precisa entender

esses três aspectos.

4. Conclusão

Todos somos levitas, adoradores! Todo o

crente é chamado para o louvor e a ado-

ração, e não somente alguns irmãos. Po-

rém, jamais poderá haver louvor e adora-

ção completos, se não houver dedicação

de vidas e unidade na igreja. É necessá-

rio, também, a purificação de nossas

vidas para que o louvor seja plenamente

oferecido. Certamente as pessoas que

tocam instrumentos ou cantam em corais,

consideram-se levitas, separados por

Deus. Os demais fazem parte do povo.

Todavia, a igreja toda é uma nação de

levitas, de sacerdotes chamados para a

adoração. Por outro lado, é verdade que

há homens e mulheres especialmente

convocados para ministrar os louvores à

igreja. Não é uma elite que forma o coral

ou um grupo musical, cantando e louvan-

do enquanto a congregação ouve. São,

isto sim, irmãos e irmãs que conduzem a

igreja à presença de Deus em louvor e

adoração. São os primeiros a adorar e

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Adoração e louvor - Lição 3: A motivação para louvar e adorar

devem levar os demais à adoração. São

canais de bênção para a igreja e, apesar

da responsabilidade, é tarefa, entre ou-

tras, no serviço do Senhor, das mais gra-

tificantes.

Anotações

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1. Introdução

Nestas lições, baseadas no trabalho do

pr. João A. de Souza, “Com alegria e

louvor”, Editora Betânia, o referido autor

registra com muita propriedade, enrique-

cido de comentários edificantes, de tal

forma que nos conduz a uma reflexão

profunda sobre o louvor que oferecemos

a Deus, o último episódio de louvor no

Antigo Testamento, aqui apresentado em

forma de lição, que é a festa de dedica-

ção aos muros de Jerusalém feita por

Neemias.

Depois de anos de cativeiro e sem

uma adoração congregacional a nível de

nação, o louvor ao Senhor é restaurado

como nos dias de Davi; logo após a con-

clusão dos muros que representavam

unidade para a nação.

Verdades espirituais podem ser ex-

traídas deste texto de poucos, mas ex-

pressivos, versículos do capítulo 12 de

Neemias, que contém temas que, devida-

mente observados e estudados, acarreta-

riam enriquecimento à vida da igreja no

seu serviço a Deus, tais como: dedicação,

ajuntamento, purificação, unidade.

Na dedicação dos muros de Jerusalém,

procuraram aos levitas de todos os seus

lugares, para fazê-los vir a fim de que

fizessem a dedicação com alegria, louvo-

res, canto, címbalos, alaúdes e harpas.

Na dedicação dos muros de Jerusalém

(...) ajuntaram-se os filhos dos cantores

(...) purificaram-se os sacerdotes e (...)

então fiz subir os príncipes de Judá so-

Texto: Neemias 12: 24-43

Texto áureo: Bendirei o SENHOR em

todo o tempo, o seu louvor estará sempre

nos meus lábios. (Sl. 34: 1)

Adoração e Louvor - Lição 4

bre o muro, e formei dois grandes coros

em procissão (...) sobre a muralha para

a banda da Porta do Monturo (...) (Ne.

12: 27, 28, 30, 31)

Dedicação – Jamais poderá haver

louvor e adoração completos, se não

houver dedicação de vidas, de músicas

que falam da nossa unidade na igreja.

Purificação – É necessário, também,

a purificação de vidas para que o louvor

seja plenamente oferecido.

Ajuntamento – Todo o crente é cha-

mado para o louvor e adoração e não

somente alguns irmãos.

Unidade – A unidade da igreja, a

Jerusalém espiritual, está representada

pelos “muros” que a cercam. Há pontos

nestes muros que, assim como os muros

de Jerusalém, têm portas e torres alta-

mente significativos para a vida da igre-

ja.

2. Os muros de Jerusalém

Há realidades espirituais que são extraí-

das deste evento de dedicação

(consagração) dos muros restaurados por

Neemias e pelo povo sob a orientação de

Zorobabel, homem escolhido diretamen-

te por Deus (Ed. 2: 64). Nos muros há

pontos característicos que são portas e

torres cujos nomes têm um significado

espiritual para a vida da igreja. Alguns

destas portas são: 1. A porta do monturo;

2. A porta da Fonte; 3. A porta das

águas; 4. A torre dos fornos; 5. A porta

de Efraim; 6. A porta velha; 7. A porta

do peixe; 8. A torre de Hananel.

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Adoração e louvor - Lição 4

Ajuntaram-se os filhos dos cantores (...),

sobre a muralha para a banda da Porta

do Monturo (Ne. 12: 28, 31)

Monturo – um lugar onde se amonto-

ava o lixo da cidade. Uma casa, quando

feita no monturo, servia de latrina. Lugar

onde havia lixo e excremento humano.

Espiritualmente, este texto trata da

miséria do homem: pecador, sem valor

algum (não há bem nenhum em nós).

Tanto o rico quanto o pobre terá que se

humilhar no monturo, se quiser crescer

em santidade.

Para louvar a Deus e viver em unida-

de, temos que passar pelo monturo. Re-

conhecer que somos falhos e não passa-

mos de pó. Contemplarmos a brevidade

da vida e nossa triste condição.

Mas é do monturo que o Senhor nos

levanta, e nos eleva à posição espiritual

de membros do corpo de Cristo.

2.1. A Porta do Monturo

2.2. A Porta da Fonte

Nenhum adorador será eficaz no lou-

vor a Deus se não beber de Cristo, o ma-

nancial. É necessário, depois da humilha-

ção do monturo, ir à fonte e beber de

Cristo, o manancial.

Faz parte da restauração do louvor a

Deus na vida da igreja, que cada membro

do corpo beba de Jesus constantemente.

A água que vem da fonte – Jesus – refere

-se também ao Espírito Santo. Cada ado-

rador precisa estar cheio do Espírito San-

to, pois é através do Espírito que pode-

mos, de fato e de verdade, glorificar o

Senhor Jesus Cristo (Jo. 4: 23, 24).

Deixe o manancial fluir em você e a

adoração sobre os muros da unidade da

igreja fluirá de seus lábios num constante

jorrar para Deus e para o seu próximo!

À entrada da Porta da Fonte subiram

diretamente as escadas da Cidade de

Davi, onde se eleva o muro (...) (Ne. 12:

37)

Fonte é manancial que jorra. Em

Deus está o manancial da vida (Sl. 36:

9). Fonte é um lugar onde a água brota.

Esse marco, a Porta da Fonte, pode

muito bem falar do nosso nascimento, e,

por outro, do beber constante de Jesus, a

água viva. Todos que fazem parte da

igreja devem beber de Cristo e ter a fonte

jorrando em si mesmo. A água que eu

lhe dei será nele uma fonte a jorrar para

a vida eterna (Jo. 4: 11)

2.3. A Porta das Águas

À entrada da Porta da Fonte subiram

diretamente as escadas da Cidade de

Davi (...) até à Porta da Águas, da banda

do oriente (Ne. 12: 37)

Porta das águas – não é uma fonte

(onde brotam águas), mas um lugar de

águas correntes. Ao olhar a caminhada

na vida cristã e a vida da igreja como

povo adorador, não podemos ver outra

coisa que não as águas do batismo. Se,

por um lado, na experiência regenerado-

ra, o batismo é importante porque simbo-

liza a salvação e purificação de pecados,

por outro lado, essa corrente de águas na

Porta das Águas tem que ser com o esco-

amento constante do Espírito na vida do

cristão. É necessário passar pelas águas

do batismo para que o adorador dê teste-

munho de sua purificação, mas é também

Page 10: Revista EBD 2012 Parte 4: Adoração e Louvor

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de vital importância que todos os dias

nos banhemos nas águas que correm do

trono de Deus, antes de nos colocarmos

diante dele em adoração e serviço.

Nestes dias em que tanta ênfase é

dada sobre o louvor na igreja, este fato

precisa pender nossa atenção. As pessoas

que têm responsabilidade na igreja, diri-

gindo o louvor e a adoração, precisam de

santificação. Tudo o que é humano, natu-

ral, carnal e toda a motivação egoística

têm que passar pela Porta das Águas.

Adoração e louvor - Lição 4

O segundo coro ia em frente, e eu, após

ele; metade do povo ia por cima do mu-

ro, desde a Torre dos Fornos (...) (Ne.

12: 38)

Na Torre dos Fornos, a primeira im-

pressão que temos é a de sentir o cheiro

de coisas que queimam. Forno traz a

ideia de uma panela no fogo. Nessa torre

tudo é queimado. Para a restauração de

uma vida de louvor e adoração na igreja

é necessária a passagem pelo fogo. No

texto bíblico em muitos casos o fogo

representa a ação do Espírito Santo (At.

3: 2; Mt. 3: 11).

O fogo representa juízo, mas também

significa purificação. Ele é o agente puri-

ficador. Queima toda a impureza e per-

mite aproveitar-se o metal puro. Deus

quer conduzir cada músico, cantor e ado-

rador até a Torre dos Fornos para queimá

-lo e purifica-lo. Deus quer deixar sua

marca de fogo na vida de cada adorador,

assim como o pastor marca cada ovelha

que lhe pertence.

O crente que foi provado no fogo,

disciplinado pelo Senhor, tem um louvor

que não flui só de lábios, é refinado e

procede do mais íntimo do seu ser.

2.5. A Porta de Efraim

O segundo coro ia em frente, e eu após

ele; metade do povo ia por cima do muro

(...) e desde a Porta de Efraim (Ne. 12:

38, 39)

De acordo com Gênesis 41: 52,

Efraim quer dizer “duplamente frutífe-

ro”. Temos, então, por sobre os muros de

Jerusalém, na passagem dos homens que

consagram os muros, um marco que

mostra nossa dupla frutificação em Cris-

to. O louvor produz frutos na vida da

igreja. O povo de Deus precisa descobrir

que o louvor, a adoração e a ministração

ao Senhor são tão importantes no culto

quanto a Palavra.

Muitas congregações gastam com o

louvor um tempo muito longo, como se o

tempo de duração tivesse influência na

vida da igreja. Pouco louvor, pouca vida.

Mas não é bem assim, o louvor deve ser

resultado da vida frutífera da igreja. As

pessoas louvam e adoram porque têm

vida e não porque há um bloco de louvor

e outro de pregação. Pode ser que, às

vezes, o tempo muito longo de louvor

traga mais cansaço do que vida, enquan-

to um tempo menor tenha mais impacto

que uma hora inteira com o povo em pé!

Não podemos colocar o louvor e a

adoração no culto a Deus como forma de

negócio, isto é, louvamos e adoramos e

Ele nos dá a bênção. Deus não se deixa

enganar. Ele saberá dar a resposta de

acordo com o coração do povo. A con-

gregação, e igreja do Senhor, pratica a

adoração e louvor independente de Deus

2.4. A Torre dos Fornos

Page 11: Revista EBD 2012 Parte 4: Adoração e Louvor

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Adoração e louvor - Lição 4

abençoar ou não.

O povo adora e proclama o senhorio,

o governo de Cristo, seu domínio sobre a

igreja. Devemos servi-lo com ações de

graça sem a preocupação de recebermos

algo em troca. Esse é o verdadeiro servi-

ço a Deus. Você o serve sem esperar ser

recompensado.

2.6. A Porta Velha

E desde a Porta de Efraim, passaram

por cima da Porta Velha (...) (Ne. 12:

39)

O adjetivo usado na identificação da

porta – velha – não tem como significado

de algo velho, usado, gasto, mas sim, no

sentido de experiência e antiguidade.

A Porta Velha fala-nos, portanto, de

experiência; de antiguidade; uma porta

que teria presenciado lutas, vitórias, bem

como derrotas. Teria resistido ao poder e

à queda de reis. Gerações passaram, e a

Porta Velha adquiriu experiência e sabe-

doria. Foi destruída na queda de Jerusa-

lém e reconstruída nos dias de Neemias e

Esdras (Ne. 6: 3).

Essa porta pode significar muito a

respeito da experiência da restauração

dos hinos antigos na vida da igreja.

Quando somos renovados, temos a ten-

dência de nos apegar somente ao novo.

No decorrer dos dias, contudo, o Espírito

de Deus nos mostra que há elementos do

passado que não precisam ser lançados

fora e esquecidos, e que ele, restaura à

vida da igreja os que são necessários

para uma renovação contínua.

O Espírito de Deus está fluindo, ins-

pirando cânticos novos. Pessoas sem

muito conhecimento musical são inspira-

das a escrever lindas canções. Com isso,

há uma tendência de nos atermos aos

novos cânticos, esquecendo-nos de al-

guns antigos que o Espírito Santo inspi-

rou.

Deus inspirou muitos dos seus servos

com hinos que falam de sua santidade,

senhorio, majestade e glória, e o uso do

retroprojetor pode facilitar o tomar esses

cânticos antigos e torna-los novos para a

congregação, restaurando-os, assim, ao

louvor da igreja.

Nesta marcha dos louvores sobre os

muros de Jerusalém, a Porta Velha res-

taura o que de bom e melhor Deus pre-

servou no decorrer dos séculos. Por

exemplo, quando cantamos o hino

“Castelo forte”, escrito por Lutero, ou o

hino “Santo” (Salmos e Hinos/Cantor

cristão), eles adquirem outro vigor. São

cânticos antigos, experimentados pelo

amor, aprovados como parte integrante

de nossa hinologia, e cheios de vigor

espiritual.

Assim sucede com a Palavra de

Deus. Jamais envelhece. Cantamos tex-

tos bíblicos que são sempre novos para

nós.

Na Porta Velha, curvamo-nos ante a

experiência do “Ancião de dias” (Dn 7:

9); dobramo-nos ao Senhor da Igreja e

restauramos as verdades antigas.

Estejamos sempre abertos ao que é

novo, sem, contudo, abandonar a herança

de Deus para a Igreja.

2.7. A Porta do Peixe

O segundo coro ia em frente, e eu após

ele (...) e desde a Porta de Efraim, pas-

saram por cima da Porta Velha e da

Porta do Peixe (...) (Ne. 12: 38, 39)

Page 12: Revista EBD 2012 Parte 4: Adoração e Louvor

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Adoração e louvor - Lição 4

A Porta do Peixe era o local por onde

entrava a mercadoria e onde o comércio

era feito.

O peixe nas Escrituras fala de ali-

mento, e, no ministério de Jesus, ele apa-

rece muitas vezes. Não é o alimento que

nos chama a atenção nessa porta, mas a

nossa vocação. Duas vezes no novo tes-

tamento, o peixe aparece ligado ao cha-

mado dos discípulos. (Lc. 5: 1-11). Os

peixes estão ligados à vocação dos discí-

pulos: deixam de serem pescadores de

peixes para serem pescadores de homens.

A última pesca foi o teste que confirmou

a vocação. O peixe tem a capacidade de

alta reprodutividade. Ao chegarmos à

Porta do Peixe sabemos que temos ali-

mento. Somos convencidos pelo milagre

e chamados à reprodução de vidas.

O louvor, além de trazer a “bênção

dobrada” à igreja, como na Porta do

Efraim, leva a igreja ao crescimento nu-

mérico. A igreja que louva e adora cresce

rapidamente. O louvor cativa os homens,

traz os jovens para Deus. Atrai as pesso-

as para o Reino e as levas a uma con-

frontação com as exigências de Deus.

Muitos hoje estão comprometidos com o

Reino e foram trazidos para Deus como

resultado de louvor e adoração.

igreja, temos que confessar que somente

pela graça, e abundante graça que vem

de Deus é que somos capacitados a estar

juntos.

Muitas vezes somos tentados a desa-

nimar. Lutamos em favor da igreja e

vemo-la fragmentada. Sabemos que o

louvor é de importância vital para a res-

tauração da igreja e leva-la à unidade.

Contudo, ficamos desanimados ante os

constantes ataques de satanás contra ela.

Sabemos que o louvor e a adoração são

importantes no culto a Deus, mas fica-

mos envolvidos em pequenos detalhes

sobre o que serve ou não. Por isso, para

vencer todo e qualquer ataque, seja de

ordem satânica ou das investidas de nos-

sa carne, dependemos, dia a dia, da graça

que vem de Deus!

Aqui na Torre de Hananel, há um

lugar de parada. É um lugar de reflexão.

A graça torna-se o pensamento dominan-

te. A misericórdia de Deus ocupa a moti-

vação dos louvores. Nessa parada, rende-

mo-nos ante a soberania de Deus e Sua

graça salvadora.

Há um cântico que expressa essa

verdade: “Foi graça, graça, superabun-

dante graça, foi só pela graça de Jesus,

que venci e cheguei aqui”. O dia a dia

dos louvores e adoração está permeado

da misericórdia e da graça de Deus.

3. Conclusão

E desde a Porta de Efraim, passaram

por cima da Porta Velha e da Porta do

Peixe, e pela Torre de Hananel (...) (Ne.

12: 39)

A Torre de Hananel é a torre da gra-

ça de Deus! Na caminhada espiritual, na

restauração de louvores e adoração na

2.8. A Torre de Hananel

Alegrei-me quando me disseram: vamos

à casa do Senhor. (Sl. 122: 1)

O culto é para Deus!

Quando os irmãos se reúnem em um

só lugar, seja em uma casa, salão, templo

ou ginásio de esportes, o fazem com um

só propósito: servir a Deus.

Page 13: Revista EBD 2012 Parte 4: Adoração e Louvor

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Adoração e louvor - Lição 4

Na atualidade, os programas dos cultos

são feitos para pessoas. Preparamos a

música, os hinos, as cadeiras e a orna-

mentação para as pessoas. Não se diz que

não vamos cantar para as pessoas, mas a

prioridade deve ser Deus. Resumimo-nos

para Ele. O louvor, os cânticos, a música,

tudo é para Deus. Quando isto for restau-

rado na igreja, tanto individual como

coletivamente, ocuparemos, em escala

maior, a posição de adoradores que os

filhos de Hemã, Asafe e Jedutum toma-

ram diante de Deus nos tempos de Nee-

mias e Esdras.

Ao prestar culto, cada pessoa deve

ter como motivação a adoração e o servi-

ço a Deus. Vou ao culto porque amo a

Deus. Toda reunião, cuja motivação é

pessoal ou comunitária, não é culto: é um

encontro. Pode ser convenção, congres-

so, conferência, mas não é culto. Ir às

reuniões da igreja com o fim de “buscar”

alguma coisa, seja uma bênção, na forma

de cura, ou satisfação espiritual, ou na

forma de “encontro com Deus” não é a

motivação correta para o culto. A moti-

vação deve ser cultuar a Deus. Essa bus-

ca de satisfação nos cânticos, na mensa-

gem e na alegria do encontro com os

irmãos não caracteriza o verdadeiro cul-

to.

Essas coisas podem acontecer em

decorrência do culto a Deus, mas não

devem ser a preocupação principal de um

membro do corpo de Cristo. Davi podia

dizer “Alegrei-me quando me disseram,

vamos à casa do Senhor”, porque sua

motivação era o Senhor e não o que po-

deria lucrar com isso.

Ao Senhor toda a honra, toda a gló-

ria, todo o louvor e toda a adoração!

Amém!

deria lucrar com isso.

Ao Senhor toda a honra, toda a gló-

ria, todo o louvor e toda a adoração!

Amém!