Apostila Louvor e Adoração

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GREGÓRIO, Kênia Costa Louvor e Adoração Módulo de Louvor e Adoração – Curso Teológico Básico CASA DE ORAÇÃO CEHAB, 2012, 1. Louvor. 2. Adoração 3. Como surge o adorador, etc.

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ÍNDICE Introdução: ........................................................................ 4 I – LOUVOR ....................................................................... 4

� Definindo Louvor........................................................ 4

� Louvor direcionado a homens.................................... 5

� Louvor direcionado a Deus ................................ .... 5

II – ADORAÇÃO ............................................................... 6

� A reprovação à adoração a homens, ao diabo ou a anjos na Bíblia é muito clara ..................................6

� Como surge o adorador? ..........................................6

� Passos para que a adoração aconteça .............. .... .7

� O papel do Espírito Santo na adoração......................8

� Exemplos de adoradores ...........................................9

� O perfil de um verdadeiro adorador...........................10

� A adoração e o serviço .............................................10

� A adoração e a oferta ...............................................10

� Chega da oferta de Caim .........................................11

Conclusão:................................................................13

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LOUVOR E ADORAÇÃO

Introdução: Louvor e Adoração: Tema relevante e de extrema necessidade ser abordado na vida das igrejas locais. Através do louvor e da adoração, nos apresentamos diante do Trono de Deus e oferecemos o de melhor que temos: Todo o nosso Ser. Quando estamos adorando e louvando, o coração do Pai é tocado, pois nesse contexto o querer pleno de Deus para com o homem é ministrado. Fomos criados para o louvor e glória do Soberano Deus. Nesse módulo, estaremos avaliando, à luz da Palavra de Deus, as implicações desse tema tão relevante. Caminharemos de forma simples e bíblica, estudando e objetivando que sejamos despertados a uma intimidade maior com Deus e assim sermos encontrados louvando e adorando verdadeiramente ao Deus que, através de Cristo Jesus, nos deu a Salvação eterna. I - LOUVOR � Definindo Louvor: As palavras para louvor vêm do hebraico:

� halal- significa fazer ruído;

� yadhâ - está associada às ações e gestos corporais que acompanham o louvor;

� zamar, que é associada à música tocada e cantada. No Novo Testamento temos algumas palavras gregas que definem louvor:

� eucharistein significa agradecer;

� eulogein que se traduz por bendizer;

� Yadah (atirar, lançar, jogar); Salmo 138:1 "Eu te louvarei, Senhor, de todo o coração; diante dos deuses cantarei louvores a ti".

Em uma tradução mais fiel da expressão: “Eu te louvarei", leríamos: "Eu te

lançarei agradecimentos e grandes elogios; diante dos deuses cantarei louvores a Ti”

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Essa palavra expressa o verdadeiro significado de louvor, isto é: lançar, em testemunho público (diante dos seres humanos e de quaisquer outros deuses), agradecimentos e louvores ao Altíssimo.

O louvor pode ser direcionado tanto a Deus como a homens, e, não há nada de

errado nisso, pois louvor é elogio. Louvar é exteriorizar uma admiração.

Quando lemos a Palavra de Deus, vemos referências ao louvor direcionado a homens e a Deus. � Louvor direcionado a homens

� “A mulher que teme ao Senhor essa será louvada.” (Pv. 31.30) � “... e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus.” (I Co. 4.5)

� Louvor direcionado a Deus “Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder!” (Sl 150.1) Vejamos alguns pontos sobre o louvor a Deus:

� Salmos 148.2-4 nos mostra quem deve louvar- os anjos, o exército celestial, sol, lua, estrelas, montes, baleias, fogo, saraiva... enfim toda criatura deve render louvor a Ele.

� Salmos 149.3-6 e salmos 150.3-5 nos mostra como devemos louvar- com instrumentos, com a voz, com a espada de fios nas mãos, enfim, com tudo a que temos acesso e com tudo que há em nós.

� Salmo 150.1 nos mostra onde devemos louvar- “... no Seu santuário”. Na geração de Davi e até a geração de Cristo as pessoas precisavam se deslocar de suas cidades e se dirigirem ao santuário. Ali elas louvavam, levavam suas ofertas e rendiam adoração a Deus. Porém, com a vinda de Cristo, o local para a adoração e o louvor se torna bem mais abrangente. Onde é o santuário de Deus hoje? É uma determinada igreja situada em um determinado lugar? Não. Cristo, em conversa com a mulher samaritana, disse que “nem neste monte nem em Jerusalém adorareis ao Pai”. Onde fica, então, localizado o santuário? O santuário, o templo, é o nosso próprio ser.

� Paulo nos lembra que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, sendo assim, não precisamos deixar de adorar a Deus por estarmos neste ou naquele lugar, pois seja onde for que estivermos, ali é o lugar da adoração porque ali está o templo do Senhor.

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6 II - ADORAÇÃO

O louvor pode ser direcionado tanto a Deus como a homens, porém, a adoração

só deve ser direcionada a Deus.

� A reprovação à adoração a homens, ao diabo ou a anjos na Bíblia é muito clara.

� Adoração a satanás

“Portanto, se prostrado me adorares, tudo será teu. E Jesus respondendo disse-lhe: Vai-te satanás; porque está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a Ele servirás.” (Lc. 4.7- 8)

� Adoração a homens

“E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou dizendo: Levanta-te que eu também sou homem.” (At. 10.25-26)

� Adoração a anjos

“E eu João sou aquele que vi e ouvi essas coisas. E havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse-me: Não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas e os que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” (Ap.22.8-9) Pessoas no mundo inteiro procuram por Deus. Brasileiros procuram por Deus... Coreanos procuram por Deus... Americanos procuram por Deus... Africanos procuram por Deus... mas, há uma “classe” de pessoas que é Deus quem procura... é a “classe” dos verdadeiros adoradores. Deus está atrás dessas pessoas para que elas desenvolvam Seu projeto na Terra. � Como surge o adorador?

Adoradores já nascem adoradores ou se tornam adoradores?

Em Jo 4.23, a Palavra nos diz que o Pai procura pelos adoradores que O adorem em espírito e em verdade.

Valores apreendidos nesse texto sobre a adoração:

� Adoradores não nascem adoradores, mas, sim, tornam-se adoradores;

Se os adoradores já fossem concebidos assim, não haveria a necessidade da sua

procura. Vemos pela Palavra que Deus é, a todo o momento, adorado pelos anjos nos céus, e aí surge a pergunta: Será que Deus exigiu deles adoração ou Ele já os criou assim? Não, terminantemente creio que não. Creio que eles não adoram a

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Deus porque Ele lhes tenha pedido, mas sim, porque, na medida em que esses seres angelicais foram sendo criados, ao contemplarem a santidade e majestade do seu criador, ficaram tão maravilhados que não tiveram outra reação senão adorá-LO, e fazem isso o tempo todo e assim será pela eternidade afora. Reação essa que será também a nossa, ao nos depararmos com a plenitude da glória do nosso Senhor no céu.

João, em sua visão no apocalipse, disse que viu uma multidão, povos de todas as

línguas e nações adorando Àquele que vive para todo sempre. Nossa reação também será tal qual a dos anjos... adoraremos espontaneamente, maravilhados ante a Sua glória!.

Deus bem sabe que adoração não pode ser “forçada” nem “exigida”. Assim como não é possível “vender o amor”, pois ele só é amor se for doado, também não tem como ser forçado à adoração. Se ela não vier de dentro para fora, não será real. Não pode assim ser chamada de adoração. Adoração é um ato voluntário e individual de extrema gratidão.

� Apesar de Deus não ter criado adoradores, Ele os procura. Ele os procura

porque só eles possuem atributos necessárias à propagação do evangelho.

Esses atributos são:

• Desejo espontâneo em ofertar • Coração repleto de amor a Deus e à Sua obra • Desejo de obedecer, mesmo que essa obediência lhe custe renúncias

Todos esses pontos serão vistos adiante mais detalhadamente.

� Passos para que a adoração aconteça:

� Reconhecimento

“E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.” (Mt. 2.11) “E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram.” (Mt. 28.9)

Sempre que se fala em adoração na Bíblia, ela veio após um reconhecimento. Às vezes, após um milagre, ou após um reconhecimento de que se estava diante de alguém que excedia a tudo o que se esperava da esfera humana.

O adorador se torna adorador quando passa a reconhecer quem Deus

é, ou quem Jesus é.

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A adoração nunca deve partir como agradecimento por bênçãos ou cuidados, nunca pelo que Deus pode nos dar, mas sim, em reconhecimento ao que Ele é, e ao que Ele significa pra nós. Não há verdadeira adoração sem reconhecimento

� Fé

Quem não consegue crer, não consegue adorar. Para se adorar é preciso ter fé. Fé de que Deus existe. Fé de que Ele é benigno, misericordioso, enfim, digno de adoração. Fé de que Ele recebe com cheiro suave nossa adoração. Em Hebreus 11.6 a Palavra nos afirma: “Sem fé é impossível agradar a Deus.”

� Ser em espírito e em verdade

Em João 4.23, o verbo usado para adoração é Proskyneo = prostrar-se “...os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim O adorem”, é o que diz a Palavra.

Se fôssemos ler esse versículo com base no original, nós o leríamos assim: “... os verdadeiros prostradores se prostrarão diante do Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim se prostrem.”

Isso significa que não é a forma física de se prostrar que diz se eu

estou adorando ou não. O prostrar tem que ser em espírito e em verdade. Muitas vezes nos prostramos fisicamente, mas não em verdade. Jesus aqui quer dizer que, quando eu e você nos prostramos diante dEle fisicamente, na verdade todo o nosso ser, de antemão, já deve estar nessa posição, pois é dessa maneira que Ele quer ver os seus adoradores: prostrados em espírito e em verdade.

Muitas vezes estamos na rua ou no meio de pessoas, e não dá para

adorarmos a Deus nos prostrando fisicamente, mas podemos estar espiritualmente prostrados, e isso é o que importa.

� O papel do Espírito Santo na adoração

Na Bíblia vemos que Deus age sempre na concordância. A salvação da alma

só se dá se o homem concordar em abrir o coração para o cordeiro de Deus. Os milagres só aconteciam quando havia a concordância entre o querer de Deus e a fé de quem desejava o milagre. Certa vez Jesus disse que não foi possível realizar muitos milagres em determinado lugar porque as pessoas não tinham fé, ou seja, não havia a concordância por parte dos homens.

Na adoração não é diferente, ela só acontece quando o espírito do homem

entra em concordância com o Espírito Santo. Um dos papéis do Espírito Santo é levar toda glorificação “aos céus”, porém ele não força ninguém a render adoração a Deus; quando há um consentimento, uma concordância com o nosso espírito, aí, sim, a adoração acontece, pois Ele é quem leva o nosso espírito a glorificar a Cristo.

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Esse mesmo Espírito nos dá a liberdade de adorarmos ao Pai e ao Filho, de acordo com nossa personalidade.

Vou explicar melhor: Algumas pessoas são extremamente extrovertidas, “pra cima”, alegres,

gesticulam muito... O Espírito permite que essas pessoas adorem a Deus desse jeito, usando todo o seu jeito extrovertido de ser e Deus recebe essa adoração com cheiro suave; outras pessoas são totalmente retraídas, silenciosas, com limites em algumas situações... O Espírito Santo respeita a personalidade dessas pessoas também, e encaminha a adoração delas, da mesma forma, a Deus e assim se dá uma adoração mais silenciosa, mais de interior, sem muitas manifestações físicas, e Deus as recebe igualmente como cheiro suave.

Outro ponto importante e que merece reflexão é o de que: Cada pessoa adora a Deus com a habilidade específica, o recurso ou o dom dado pelo próprio Senhor.

Citaremos alguns homens mencionados na Bíblia que foram adoradores em potencial. � Exemplos de adoradores:

� Davi

Davi, por exemplo, revolucionou toda a liturgia de adoração na sua época,

através da música. Assim ele o fez porque Deus lhe deu uma habilidade nata na área da música e ele a usou como forma de adoração.

� Barnabé

Barnabé também foi um grande adorador em espírito e em verdade, mas ele

não atuou na área da música; sua adoração se fez na área da oferta. Ele usou o que Deus lhe deu, para adorar – usou toda a sua riqueza, repartindo-a entre seus irmãos. Ele também foi um adorador em potencial

� Paulo

Paulo não tinha bens terrenos, nem conhecimento em música, mas Paulo

adorava a Deus usando a habilidade da oratória, ele confrontava as pessoas com a palavra de ousadia que saía dos seus lábios. Ele também foi um adorador em potencial. Porém nosso maior exemplo de adorador foi Jesus. Vejamos aqui o perfil de um verdadeiro adorador observando as atitudes de Jesus, o qual deve ser sempre o exemplo a seguir:

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� O Perfil de um verdadeiro adorador

� É preocupado em zelar para que a adoração seja direcionada somente ao Pai e não para si próprio -“ Ao Senhor teu Deus adorarás, e Só a Ele servirás” Mt.4.10

� Faz o que o Pai determina que se faça até chegar ao fim – “Eu glorifiquei-Te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” Jo 17.4

� É “cúmplice” do Pai – “ Todas as minhas coisas são tuas e as Tuas coisas

são minhas” Jo 17.10

� Aceita a decisão do Pai – “Não beberei eu o cálice que o Pai me deu?” – (Jo 18.11b)

Para sermos adoradores como Jesus foi, precisamos apenas de uma coisa: amar a Deus sobre todas as coisas. Não existe um só adorador que seja que não tenha o coração inflamado por Deus e por Jesus. Não existe chance alguma de sermos adoradores se não amarmos a Deus, pois, para que se tenha verdadeira adoração, é necessário ter atitudes como as de Jesus e, para se ter essas atitudes, é também necessário renunciar a própria vida para viver os projetos e alvos do Pai. Não há como desvincular adoração do amor e da obediência.

� A adoração e o serviço

Toda adoração leva a uma ação. Quem adora serve; quem adora faz algo em

favor do seu alvo de adoração. Foi assim com a mulher com o vaso de alabastro (prestando um serviço - ungindo-O para a Sua morte – Mt.26:12), foi assim com Abraão (abrindo mão do seu próprio filho), foi assim com Davi (organizando todo o serviço no templo), foi assim com Pedro (renunciando a própria vida pelo projeto de Deus), com Paulo e com todos os outros adoradores. A adoração sempre leva ao serviço, por isso a Palavra diz que o Pai procura os adoradores. Ele os procura porque neles existe uma grande vontade de servir; um adorador não consegue ficar sem trabalhar... e Deus procura trabalhadores para a Sua seara.

Todo adorador traz dentro de si o desejo de ofertar e a vontade de sempre “fazer

mais pelo seu Senhor”. Quando Paulo pede aos cristãos para se oferecerem como sacrifício vivo, ele

estava, na verdade, pedindo que eles fossem adoradores.

� A adoração e a oferta

Como vimos anteriormente, a adoração nos leva a ofertar. Todo adorador tem o desejo de ofertar. Mas ofertar o quê? Ofertar o melhor!!!! Nada menos que o melhor.

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� Chega da oferta de Caim

Dizer que Caim não reconhecia que Deus fosse digno de toda adoração... Dizer que ele não foi um adorador... penso ser perigoso demais. Apesar de suas atitudes falarem por si só, deixo que você pense sobre o assunto. Porém posso afirmar com todas as letras que Abel era um adorador em potencial. E por que posso afirmar isso? Também pelas suas atitudes...

Vejamos o que a Bíblia nos mostra sobre a oferta de Caim e a de Abel. “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para sua oferta não atentou.” (Gn 4. 3-5) Não ousaria também dizer que Deus não tenha aceitado a oferta de Caim por ser esta feita com frutos da terra e não com ovelhas. Penso que Deus permitiu que ele se interessasse mais pela plantação e que, se ele tivesse ofertado com o mesmo “coração” que Abel o fez, com certeza, Deus teria se agradado dele.

Deus quer que o sirvamos com aquilo que temos... Ele aceita aquilo que temos para Lhe oferecer, desde que esse “oferecimento” seja colhido dentre o MELHOR que temos.

O que nos leva a crer nisso? Bem, a Palavra diz que Caim trouxe do fruto da

terra e Abel trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura. Creio que esse foi o diferencial da oferta de adoração de Caim para a de Abel – foi a gordura que estava na oferta de um e que não estava na oferta do outro. E o que vem a ser essa gordura?

Muitas vezes, na Bíblia, fala-se em gordura. Algumas vezes, essa gordura faz referência à parte gordurosa, mesmo, no real significado da palavra, mas em outras vezes, essa palavra gordura tem um sentido diferente, referindo–se à melhor parte, ao melhor pedaço, ao primeiro pedaço.

Vejamos, assim, o que você entende ao ler esses versículos:

“Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus e das gorduras da terra, e

abundância de trigo e de mosto.” (Gn. 27.28) “Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens

se abrigam à sombra das tuas asas. Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os

farás beber da corrente das tuas delícias.” (Sl. 36.7- 8) “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura” (Is. 55.2)

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A palavra gordura aqui se refere ao melhor, à melhor parte. Fato esse que também está relatado em Gênesis 4.3-5. “E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta

ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua

gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para

sua oferta não atentou.”

Sem dúvida, pela narração bíblica, podemos concluir que Abel, ao escolher a oferta para o Senhor, preocupou-se em escolher o melhor, a melhor parte; atitude essa que não foi observada em Caim, pois a Bíblia não diz que ele tenha oferecido da gordura do fruto da terra. Isso nos leva a pensar que Caim não se preocupou em dar o melhor para Deus, não perdeu tempo escolhendo os primeiros frutos, ou aqueles que não tivessem nenhum defeito ou os que fossem mais doces. Ele ofertou, sim, mas não ofertou da forma como Deus merece.

Ao contrário de Abel, muitas vezes, na Bíblia, vemos Deus rejeitando a oferta

feita na hora da adoração do Seu povo, pois essa estava sendo feita de forma “relaxada”.

Em Malaquias 1. 6-11 e 13-14 lemos: “O filho honra o pai, e o servo o seu

senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o

meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o

meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome?

Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado?

Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível. Porque, quando ofereceis

animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou

enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele

agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.

Agora, pois, eu suplico, peça a Deus, que ele seja misericordioso conosco; isto veio

das vossas mãos; aceitará ele a vossa pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.

Quem há também entre vós que feche as portas por nada, e não acenda debalde o

fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem

aceitarei oferta da vossa mão. Mas desde o nascente do sol até ao poente é grande

entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se oferecerá ao meu nome incenso,

e uma oferta pura; porque o meu nome é grande entre os gentios, diz o SENHOR

dos Exércitos. E dizeis ainda: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz

o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo;

assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o SENHOR. Pois seja

maldito o enganador que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao

Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o

meu nome é temível entre os gentios.”

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Se você observar no verso 14, Deus estava aqui dizendo que eles tinham condições de oferecer coisa melhor, porque eles tinham no pasto o animal, mas na hora de oferecer, eles escolhiam o pior. Creio que esse foi o mesmo motivo pelo qual Deus tenha rejeitado a oferta de Caim.

Conclusão:

Penso que isso basta para finalizarmos nosso estudo sobre adoração.

Adoração é feita quando ofertamos o melhor de nós, o melhor que temos. O melhor... sempre o melhor. “Mas desde o nascente do sol até ao poente é grande entre os gentios o meu nome;

e em todo o lugar se oferecerá ao meu nome incenso, e uma oferta pura”. (Ml. 1.11)

Deus, nesse verso, diz que o Seu nome é grande e que, em todo lugar se oferecerá uma oferta pura: isso quer dizer que Ele sempre, em todas as gerações, e em todos os lugares, seja na zona rural ou numa grande metrópole, sempre encontrará pessoas dispostas a oferecerem o melhor, o que é puro. Ele está dizendo que haverá, sim, os verdadeiros adoradores, aqueles pelos quais Ele sempre buscou. Que você seja um deles. Amém.

Kênia Costa Gregório

Professora CTB – Adoração e Louvor

Coordenadora do Ministério de Música Igreja Casa de Oração Cehab