Revista do Blog da OCDS - Província São José - agosto-2012

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Ordem dos Carmelit Ordem dos Carmelit Ordem dos Carmelit Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares as Descalços Seculares as Descalços Seculares as Descalços Seculares

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Revista virtual com as principais postagens do mês de agosto/2012 do Blog da OCDS - Província São José: http://ocdsprovinciasaojose.blogspot.com.br/

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TESTEMUNHO

Como Deus me chamou ao Carmelo

Rita de Cássia

Benin

"Quem começa a servir verdadeiramente o Senhor, o mínimo que pode oferecer é a

própria vida " (Santa Teresa de Jesus)

Meu nome é Rita de Cássia

Cardoso Banin (Rita Teresa de Jesus, ocds), tenho 57 anos e pertenço à Comunidade Nossa Senhora do Carmo, da OCDS de Avaré-SP. Mas para chegar até aqui, honrando cada dia de minha vocação, precisei aprender muito, principalmente sobre a entrega a Deus.

Nasci numa família católica que participava das missas, movimentos e catequese, e tudo isso ficou marcado na minha infância. Trago no coração a pequena imagem de Nossa Senhora do Carmo entronizada numa capelinha na área de casa. Com o passar do tempo meus pais dispersaram-se para outras religiões, deixando-me numa inquietude, razão pela qual procurei caminhos que não me trouxeram o verdadeiro sentido (ser Igreja - ser feliz - ser de Jesus). Esta inquietação fez-me conhecer várias seitas como budismo e Seicho-no-ie, mas graças ao Bom Deus encontrei Jesus dentro de mim através da nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Comecei a minha busca (ser feliz - ser Igreja - ser de Jesus) como diz o salmista: "Busquei o Senhor e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores" (Salmo 34).

Depois de cinco anos de caminhada na Renovação Carismática, Apostolado da Oração, Irmandade São José e PROPAMI (Projeto Paróquia Missionária), ficava feliz por tudo que Deus colocava no meu caminho, mas sentia no profundo de minha alma um chamado mais pessoal, mais íntimo. Desconhecia o que almejava meu coração. Minha inquietude tornou-se mais forte e dentro de mim uma sede inesgotável. Então fiquei em noite escura (depressão) e perguntava porque tanta inquietação.

Resolvi fazer um retiro espiritual em Sorocaba, mas a pessoa que morava em Sorocaba não encontrou nenhum retiro (naquele mês), então procurou outra pessoa da mesma cidade, a qual informou não ser em Sorocaba o retiro e sim em São Roque, e de imediato ela ligou e fez a inscrição do retiro que aconteceria no final de abril de 2003.

Chegando ao retiro (nem sabia onde ficava, "fui levada"), achei tudo diferente. Perguntava: que hora vai começar o louvor? Nossa, por que este silêncio? Mas tudo aquilo preenchia meu coração. Quando o frei Alzinir perguntou qual era a minha comunidade, (pois era o encontro para leigos consagrados), achei que iriam me mandar embora e comecei a chorar. Mas ao contrário, aquele anjo me acolheu, e a partir daquele momento senti que o que buscava estava ali. Saí do encontro sem depressão, com alegria interior.

Santa Teresa estava comigo desde que eu voltei para a Igreja numa simples oração que guardo até hoje. E hoje, como carmelita da OCDS, caminho junto com Santa Madre Teresa, Santo Padre João da Cruz e todos os santos carmelitas, pedindo a intercessão daquela que é santa por excelência: Nossa Senhora do Carmo, que sempre esteja ao meu lado me dando forças e fidelidade no chamado que o próprio Jesus fez para mim.

"Eis-me aqui Senhor" Paz e Alegria!

Rita de Cássia Banin

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ARTIG

OS

Vocação ou Vocações?

Frei Patrício Sciadini, o.c.d.

Parece-me mais do que é justo

que a Igreja dedique o mês de agosto às vocações, entendidas como os vários “ministérios” que o Senhor quer infundir para o serviço ao Cristo presente em todos os membros da humanidade.

Afinal quem encontra uma pérola preciosa vai, vende tudo o que tem e compra a pérola. Há vocações tão bonitas e especiais que o Senhor coloca nos corações de algumas pessoas que vale a pena serem apresentadas com todo o esplendor que merecem.

Você imagina como é bonito ver uma mulher que decide, por amor a Jesus Cristo, dedicar toda a sua vida aos pobres, aos marginalizados, no serviço de caridade. Eu na verdade não gosto de chamar a caridade de “serviço social”. Mas prefiro chamá-la de amor puro, desinteressado. O amor não pode ser um acontecimento social mas sim uma entrada do Deus-amor no coração do ser humano para que possa se dedicar à contemplação do rosto de Cristo nos corpos às vezes desfigurados pelo mal e pela doença. A vida religiosa e consagrada feminina e masculina é como uma flor que nasce e perfuma todos os que a ela se aproximam.

Nada de mais belo que um jovem, tocado pelo Espírito Santo, que decide ser Padre, procurando com puro amor a Jesus Cristo,

identificando-se com ele e tornando-se um sinal vivo de um mundo em constante transformação para o bem. O evangelho tem uma força transformadora que é capaz de mudar os corações mais endurecidos.

Toda vocação é um chamado por parte de alguém. Deus é fonte de todas as vocações. Muitas vocações fracassam porque o ser humano acha que ele pode determinar a sua vida como bem pensar, mas na verdade quem vai orientando a vida é o mesmo Espírito Santo.

O matrimônio, antes de ser uma necessidade biológica da propagação da espécie humana é uma vocação das mais belas e sublimes. Um homem e uma mulher que se decidem por puro amor partilhar a vida e a força geradora de outras vidas.

É importante re-devolver ao ser humano o sentido verdadeiro de “vocação” como chamado por parte de Deus. Não há dúvida que a vida é o grande, maior dom que Deus pode fazer a alguém. É chamá-lo do “nada” e inseri-lo no mundo para que ele seja um sinal vivo do seu amor. Ninguém dá a vida a si mesmo, mas uma vez que recebe a vida ele deve ser capaz de cultiva-la, de ama-la e de transmiti-la aos demais.

Parece-me que uma boa parte da confusão que se vê por aí deve-se ao fato que temos perdido de vista que somos enviados ao mundo não para dominar mas sim para amar, não para fazer dos outros “degraus” para subir, mas de mãos dadas construir um futuro que seja melhor e mais bonito. A cada pessoa cabe esta responsabilidade.

O mês vocacional é o momento de Deus que nos questiona e pergunta: que você está fazendo neste mundo? Será que vai deixa-lo um pouco melhor do que quando você veio habita-lo? Uma vocação não pode ser frustrada. A vida deve ser vivida com qualidade, com amor, com alegria. Deus, alegria infinita, nos quer felizes. Nenhum ser humano tem vocação para fazer o mal ou passar por aqui triste e abatido. Deus nos ama e o amor de Deus se espalha no mundo através do meu amor.

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A Ótima Matemática de Santa Teresinha

Teresinha quando era menina não era muito boa em matemática, mas quando decidiu ser santa melhorou imensamente na matemática de Deus, que é diferente da nossa.

Ela diz: eu sou “0” à esquerda, não valho nada. Nenhum número que possamos acrescentar à direita do

“0” vale alguma coisa, o resultado será sempre “0”.

Que ver? 019999999999999 = 0. Não é verdade? Mas Jesus diz: Teresinha, o meu numero é colocado diante do “0”, tudo muda, quer ver? 10000000000000000. Veja que numero bonito e grande!

Jesus recorda: “Sem mim nada podeis fazer”. Quer dizer que somos “0” mas com Ele podemos tudo.

Que possamos sempre nos considerar “0” à esquerda, mas não nos esqueçamos de colocar “Jesus numero 1” na frente e tudo será diferente na nossa vida. Abuna batrik

Teresa de Ávila continua a ser uma

estrela na Igreja

450 anos do Carmelo: Reflexão de Frei Patrício Sciadini, ocd, delegado geral no Egito *Frei Patrício Sciadini, ocd. ROMA, terça-feira, 28 de agosto de 2012(ZENIT.org) - O Papa não escreve carta todos os dias e nem para todos os 450 anos de um acontecimento histórico, mas existem acontecimentos que não podem passar silenciosamente porque possuem uma mensagem vital para a Igreja e a humanidade, que ultrapassam os limites restritos de uma Ordem religiosa, como é a celebração dos 450 anos da fundação do primeiro Carmelo que Santa Teresa fundou na cidade de Ávila, no dia 24 de agosto de 1562. Teresa, com aquele gesto profético, teve a coragem de romper com um

passado, de viver um presente de fidelidade mais autêntica no serviço exclusivo a Deus e aos irmãos, por um caminho novo da oração, de iniciar um novo apostolado sendo forte presença de “retaguarda” para todos os apóstolos com a força da oração e do silêncio contemplativo. Como pessoa e como carmelita descalço me senti muito honrado e feliz pela carta do Papa Bento XVI. Uma carta que, com sua capacidade de síntese, nos faz compreender como a obra iniciada por Teresa de Ávila e continuada no mundo por mais de 800 mosteiros de carmelitas Descalças e 400 conventos de frades Carmelitas descalços, está no caminho certo. É preciso escutar, através da voz forte e paterna do Papa, a voz de Teresa de Ávila. O Papa coloca 6 pontos na sua carta que quero somente relembrar para os leitores de Zenit e convidá-los a ler toda a carta, meditá-la e assumir uma postura de fé que na Igreja as obras, se não forem

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fecundadas pela força da oração, são uma mera ação social. 1. “Como uma estrela de vivíssimo esplendor.” São palavras de Santa Teresa no livro da Vida 32, onde ela se sente animada pelo mesmo Senhor a levar para frente o projeto de fundação deste primeiro Carmelo. E devemos reconhecer que ao longo dos séculos tantas pessoas têm encontrado na doutrina de Teresa de Ávila, mestra de oração, uma força para reconhecer a luz de Cristo que renova toda a nossa vida espiritual e nos ajuda a chegar a plena maturidade cristã. Belíssima definição de “Santo”, que o Santo Padre dá, a partir da experiência teresiana: “Santo é quem permite com humildade a Cristo de penetrar na sua alma... de ser ele o verdadeiro protagonista de todas as suas ações”. 2. A reforma teresiana nasce da oração e nos leva a oração. Assim foi para Teresa de Ávila e assim deve ser para cada um de nós. Sem a oração somos nada. Todas as grandes obras devem se fundamentar na oração. E todos nós devemos encontrar o tempo suficiente para estabelecer um diálogo de amor com Deus no nosso dia a dia. O Carmelo de São José surge para dar as suas filhas, as carmelitas, condições melhores para rezar. 3. Uma nova maneira de ser carmelitas. No tempo de Teresa eram tempos duros e difíceis para a Igreja, e hoje também. Teresa quer ser uma força orante dentro da mesma Igreja. Não é tempo, diz Teresa, de “tratar com Deus de coisas de pouca importância”. E Teresa se doa totalmente na Igreja para a salvação das almas. O fim do Carmelo na mente de Teresa é proteger a Igreja e os apóstolos, envolvendo-os na oração e na dedicação total de si mesma, vivendo com intensidade a própria vocação. 4. A oração confiante seja a alma do apostolado... Esta afirmação do Papa Bento XVI é fundamental. O exemplo

de Santa Teresa é estimulante para todos nós. Santa Teresa evangelizou sem meios terrenos e nem desanimou em sua vida de oferta a Deus e a Igreja, vivendo em obediência à nossa Santa Madre Igreja. 5. Pastoral vocacional. Bela a reflexão do Santo Padre neste número de sua carta: “Seguindo os passos de Teresa de Jesus, permiti-me que diga àqueles que têm o futuro pela frente: Aspirai também a ser totalmente de Jesus, só de Jesus e sempre de Jesus. Não temais dizer a Nosso Senhor, como ela: “Vossa sou, para vós nasci. Que mandais fazer de mim?” (Poesia 2). E peço a Ele que saibais também responder a seus chamados iluminados pela graça divina, com “determinada determinação”...(n. 5) 6. Uma forte devoção a Virgem Maria e São José como teve Teresa de Ávila, nos estimulem na vida. E Maria, estrela da evangelização, interceda para que aquela estrela, “o Carmelo de São José”, que Deus acendeu na Igreja, continue a brilhar. São os votos dos Santo Padre Papa Bento XVI pelos 450 anos da fundação do primeiro Carmelo Teresiano. É tempo que cada um de nós, diante do mundo de hoje, encontre novos caminhos para ser verdadeiramente um cristão evangelizador. E o caminho que todos podemos percorrer é sem dúvida o caminho da oração. Todos os dias devemos rezar por aqueles que em primeira linha anunciam o evangelho, colocando em risco a própria vida. Enquanto alguém estiver rezando pelos missionários a chama da missionaridade e da evangelização na Igreja não se apagará. Mensagem de Bento XVI ao bispo de Ávila: http://www.zenit.org/article-30829?l=portuguese Frei Patrício Sciadini, ocd, religioso, Carmelita Descalço; escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no exterior e atualmente é o delegado geral no Egito.

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O Carisma Teresiano no Carmelita Secular Palestra de Savério Cannistrà – Pe. Geral dos Carmelitas no IV

Congresso Ibérico de Carmelitas Seculares realizado em Ávila de 28 a 01 de maio de 2012

O CARISMA TERESIANO NO CARMELITA SECULAR

Os carmelitas seculares partilham com os religiosos o mesmo carisma, vivendo cada um conforme seu próprio estado de vida. Como se pode entender esta pertença comum à mesma Ordem?

Ainda continuamos buscando uma resposta: não podemos pensar que tudo se resolve tornando religiosos os leigos ou secularizando a vocação dos religiosos.

O único modo correto de compreender a relação é definir claramente ambas as condições e respeitar as diferenças.

O religioso: professa publicamente os votos (nas mãos do Superior legítimo), vive fraternalmente em comum e em desapego do mundo. Estes elementos não são próprios do estado laical, por isso não podemos confundir, por exemplo, votos e promessas ou vida em comum de um religioso e a pertença a uma fraternidade Secular ou, por último, o desapego do mundo de um religioso e o “não ser do mundo” do leigo.

O estado de vida laical quase sempre é definido de forma negativa: “os leigos não são religiosos”. Para darmos uma resposta correta é necessário revelar aspectos positivos.

Leigo: um termo que pertence à linguagem eclesiástica. Expressa participação e corresponsabilidade na única realidade do povo de Deus. Só depois, a partir do século IV ou V se vai insistir na diferença entre leigo e hierarquia e leigo passa a significar “não sacerdote”. No século XIX a noção de leigo assume outro significado: “tudo o que faz parte da esfera civil”, reconhecida como independente e neutra a respeito de qualquer religião ou culto. Agora já se faz necessário acrescentar ao leigo o adjetivo “cristãos”.

LG 31: “O caráter secular é próprio e peculiar dos leigos pela própria vocação. Tratar de obter o reino de Deus trabalhando os assuntos temporais e ordenando-os segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em todos e em cada um dos deveres e ocupações do mundo”. Contribuem à salvação do mundo nele inseridos, como fermento.

CL 15: Ainda existe uma certa resistência em pensar a secularidade, o mundo, como um lugar de presença do Espírito. Pensamos como realidade negativa, contrária ao cristianismo, e portanto é difícil definir o status do leigo cristão. Porém, para CL, como para o Concílio, o mundo em sua realidade concreta, com suas situações e trabalhos, é o instrumento do qual se serve a graça de Deus para a salvação dos fieis leigos.O mundo é parte da própria humanidade (LG 48 ).

Quem é o leigo carmelita?

CIC 303: As associações onde os membros levam uma vida apostólica e tendem à perfeição cristã participando no mundo do carisma de um Instituto sob a supervisão deste Instituto recebem o nome de Ordens Terceiras ou outro adequado...

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Uma Ordem secular se caracteriza, portanto: pela busca da perfeição cristã e a prática da vida apostólica participando do carisma específico de um Instituto.

O leigo carmelita é uma pessoa que busca a santidade (a plenitude de sua vocação batismal) e coloca toda sua vida ao serviço de Cristo e do Evangelho através do apostolado, sem modificar seu modo de estar no mundo. Está presente em todas as dimensões da existência e as vivem em profundidade evangelizando-as em sua própria pessoa, isto é, unido-as a Cristo, do qual é membro. O Batizado não se converte só em cristão, mas em Cristo mesmo (Santo Agostinho).

Isso significa uma grande riqueza não só para a pessoa, mas também para a Ordem, que pode assim mostrar a potência e capacidade de seu carisma. Que grande e maravilhosa é a missão do Carmelita Secular! Fazer que a realidade da vida de cada dia ( amizade, trabalho, ação política) se revele como espaço em que o Reino de Deus já vem, de fato chegou e está entre nós.

As Ordens Seculares não devem reduzir-se a modelos imitativos da vida religiosa. Por exemplo, as promessas ou votos não se contemplam no Direito como algo característico, essencial para definir o leigo cristão. É difícil expressar a consagração do leigo e por isso se toma o modelo religioso.

O compromisso definitivo é seguir a Cristo, viver em seu obséquio no meio do mundo e conforme o espírito do Carmelo teresiano. Ressalta dois aspetos:

O Carisma de Teresa nasce e se define como resposta ao descobrimento do amor de Deus feito homem, que a ama como ela é, sem condições nem reservas. Por isso seu nome será “de Jesus”.

No Carmelo todos nós estamos por Jesus. Ele nos tocou misteriosamente e nos faz saber, mesmo ainda não entendendo, que olhou para nós. Conhecida esta verdade, não há possibilidade de “livrar-nos de sua companhia” (cf. C 26 )

Tudo o que fizermos, sempre em companhia de Jesus, dando graças através dele ao Pai (cf. Col.) e isso não é uma atitude sentimental ou só sentimental ou afetiva, mas sim um exercício de fé, de vida teologal, que só é possível quando se nutre constantemente da oração como dialogo de amizade com o Senhor, e se alimenta com a escuta da Palavra de Deus.

O Carisma de Teresa nos coloca a serviço dos outros.

Para os amigos de Jesus não tem sentido viver se não é viver para os outros. A vida de oração não nos fecha em nós mesmos, mas nos joga aos outros com uma sensibilidade e uma generosidade novas. E isso se converte no único sinal visível de que nos encontramos com o Senhor e não com nós mesmos.

Estas características podem se reproduzir nos diversos modos de vida.

O Carisma é rico, mas também exigente, ocupa espaços de nossa vida e os integra. Quem se decide por esta vocação com determinada determinação vai descobrir que não se pertence, que não pode reservar-se para si e que, ao mesmo tempo, possui tudo. O essencial é viver uma vida no Espírito que se acende em nós e nos chama à luz, obrando e transformando nossa realidade.

A formação. O cuidado da vocação.

É algo inseparável da comunidade em que a vocação ao Carmelo nos insere. Por exemplo em V 7,22, Teresa nos chamará a “fazer-nos escudos uns aos outros para ir adiante; buscar companhia para defender-se; se não, vão se ver em muito aperto. A caridade aumenta ao ser transmitida”.

Nas Constituições da Ordem Secular parece que não se desenvolveu suficientemente este importante aspecto do Carisma, apesar do que foi dito no n° 40 das mesmas. O tema comunitário parecer reduzir-se a questões de administração ou de governo.

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As encomendas da 2ª edição revista e ampliada do livro DOCUMENTOS DA OCDS poderão ser efetuadas através deste e-mail: [email protected]. O preço da unidade do livro é R$20,00, no qual já está incluso o valor do frete. A conta para depósito é: CAIXA ECONOMICA FEDERAL AG. 2015 Conta 0637-7 op. 013 LUCIANO DÍDIMO CAMURÇA VIEIRA CPF 429.646.103-63 Envie o comprovante de depósito para o e-mail acima, que nós enviaremos os livros pelo correio para o endereço indicado.

Teresa quis formar comunidades orantes. O amor de umas para com as outras, por exemplo, será a primeira condição para poder começar um caminho de oração. Na solidão e sozinhos é fácil se equivocar, confundir o Deus vivo e verdadeiro com nossas imagens e ídolos ou a Espiritualidade com o espiritualismo. Somente confrontando-me com o outro, relacionando-me com ele, descubro minha verdade mais profunda, que não aparece simplesmente se me e olho no espelho. É aquela que se manifesta com evidência cristalina quando me relaciono com a irmã ou irmão que está a meu lado.

Não quero identificar a comunidade da Ordem Secular com uma comunidade religiosa. A comunidade da Ordem Secular tem características e finalidades diversas: o que a une não é uma interação constante entre seus membros, mas o fato de caminhar juntos ou, melhor, na mesma direção, compartilhando objetivos e finalidades cada um na sua situação concreta na qual se encontra.

Devemos fazer das Comunidades Seculares lugares de intercâmbio e de autêntica revisão de vida. Assim serão atraentes, porque hoje mais do que nunca se sente a necessidade de favorecer o encontro e o discernimento, em uma sociedade que tende à dispersão e à distração. Vai exigir um trabalho e um compromisso não isento de riscos.

Crescer na confiança e no conhecimento recíproco, criar um ambiente no qual possamos nos expressar sem medo de sermos mal interpretados ou traídos. É este o caminho de vossas comunidades? A leitura teresiana que estamos realizando nos permite perceber como Teresa nos convida a uma maior coragem diante de nossas dúvidas e temores. Convida-nos a percorrer até o final o caminho que ela mesma nos indica. Porém não temos nada que temer porque o que ama de verdade a Deus, com certeza vai por um caminho amplo e real, longe de precipícios, sem tropeços, pelo vale da humildade. O que tememos para não nos colocarmos no Caminho da Perfeição? A verdadeira segurança está em ir

adiantado no caminho de Deus: os olhos Nele e sem medo (Santa Teresa)

Estas palavras nascem de uma vida trabalhada e sofrida, mas também trabalhada e plenamente feliz. Estamos chamados a estar a sua altura, e para isso é preciso que não nos cansemos de examinar-nos. Para isso fomos chamados.

Tradução: Frei Xavier Yudego Marin, OCD

LIVRO DOCUMENTOS DA

OCDS

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Mensagem do Prepósito Geral por motivo dos 450 anos da Reforma Teresiana

Celebramos este ano um aniversário particularmente significativo: no dia 24 de agosto, cumprir-se-á 450 anos da fundação do mosteiro de São José de Ávila e, portanto, do início da reforma de Teresa. Também o Santo Padre quis expressar sua alegria e a de toda a Igreja por motivo desta ocasião, enviando no dia da festa da Virgem do Carmo, uma mensagem rica em espiritualidade e doutrina teresiana.

Ao pensar que nossa família religiosa cumpre 450 anos, o primeiro sentimento que enche nossos corações é o de gratidão ao Senhor pela fidelidade de seu amor, unido ao louvor pelas grandes coisas que fez em nós. Certamente Teresa se entregou a Jesus, porém, muito mais Jesus se deu a ela e continua entregando-se a toda sua família. Devemos exortar-nos mutuamente para não esquecer (Recorda, Israel!) quantas graças nos fez chamando-nos a formar parte desta história e considerando-nos capazes de poder testemunhá-la no presente e fazê-la crescer para o futuro, em um caminho fundacional incessante que – como Teresa nos ensinou – nunca podemos considerar concluído. Nenhum de nós teria podido estar aqui nem assumir esta responsabilidade, senão graças ao dom de Deus, à manifestação de seu amor misericordioso e sua iniciativa gratuita.

Obtemos outro ângulo de reflexão ao considerar outro trajeto mais recente de nossa história. Em

1962, a Ordem celebrou o quarto centenário da reforma, ao mesmo tempo que iniciava o Concílio Vaticano II, que assinalaria, em muitos aspectos, o começo de uma nova época da história da Igreja. Os 50 anos transcorridos desde então, são uma etapa de nosso caminho, suscetível de análise histórico e discernimento espiritual. Temos mudado muito nestes anos, porém, continua vibrando em nós a mesma vocação e a mesma paixão de filhos e filhas de Teresa de Jesus. Todos sabemos que nem todas as mudanças expressaram a criatividade do carisma, nem toda vontade de conservação foi manifestação de autêntica fidelidade. Porém, sobretudo, constatamos que esta nossa realidade complexa e, às vezes, contraditória, hoje está cheia de rostos novos, de novas gerações nascidas nestes cinquenta anos, com sensibilidades distintas e experiências diversas, provenientes de todas as partes do mundo. E, em nossa realidade, estas novas gerações querem expressar o que são e o que têm: fragilidade e força, pobreza e riqueza, intuições e obscuridades, entusiasmo da juventude e sabedoria da idade madura.

Teresa tinha 47 anos quando o sino de São José repicou pela primeira vez. Mais de dois terços de sua existência já se haviam passado. Com uma idade considerada avançada, naquele tempo muito mais que no nosso, ela começava uma aventura completamente nova, da qual pressagiava os riscos e as incógnitas. Sabemos que duas forças lhe ajudaram a superar qualquer humana e razoável resistência: a força da experiência de Deus e a força da paixão por uma Igreja e um mundo submetidos a uma turbulência histórica.

Estas são, também hoje, as forças que podem animar-nos e ajudar-nos a voltar a empreender o caminho ou, melhor, abrir-nos uma rota em meio de uma paisagem que, às vezes, nos parece como um deserto vazio e sem caminhos, no qual nos sentimos perdidos, e outras

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como uma selva impenetrável no qual é impossível encontrar uma senda pelo qual avançar.

Teresa não contou nem com amigos poderosos nem com grandes recursos econômicos. Sua mesma condição de mulher lhe foi causa de inumeráveis dificuldade e limitações. Houve momentos nos quais o projeto da nova fundação pareceu-lhe simplesmente irrealizável, e disso se lamentou ao Senhor, que lhe pedia coisas impossíveis (cf. Vida 33, 11). A história da primeira fundação é a de uma rede de fadigas, dúvidas, perseguições e obstáculos de todo tipo, porém, ao mesmo tempo, de consolos, encontros providenciais, ajudas inesperadas e, sobretudo, de certezas interiores continuamente reavivadas. Por isso, seu relato se transforma em uma história de salvação, cuja memória deve ser recordada de geração em geração, para continuar extraindo dela força e inspiração. Ao destinatário do Livro da Vida, o P. Garcia de Toledo, lhe deu a liberdade de destruí-lo por completo, com exceção do relato da primeira fundação:

“Assim, peço eu a vossa mercê, por amor de Deus, que se lhe parecer rasgar o demais que aqui vai escrito, o que toca a este mosteiro, vossa mercê o guarde e, morta eu, o dê às irmãs que aqui estiverem, que animará muito às que vierem, a servir a Deus, e a procurar que não caia o começado, mas que vá sempre adiante, quando veja o muito que Sua Majestade pôs em fazê-la por meio de coisa tão ruim e baixa como eu”. (Vida 36, 29).

É com este espírito que, também nós, depois de 450 anos, voltamos àquela experiência fundante, da qual nascemos. Se o Senhor pôs tanto para que aquela obra se cumprisse, continuará a fazê-lo para que não se arruíne, mas que, ao contrário, progrida sempre mais e mais. A Teresa lhe interessa muito salientar que se tudo se realizou, isso não dependeu do instrumento utilizado, uma mulher imperfeita e pobre, como ela, mas Daquele que dela quis se servir. Teresa não usa aqui de falsa humildade; diz –

como sempre – “coisas muito verdadeiras” (Vida 40, 3), de modo particular diante de um fato tão importante como a reforma do Carmelo. É a obra do Senhor, a cujo serviço ela se pôs, não sem dúvidas, angústias e resistências. Porém, ao fim, sua graça foi mais forte.

Esta obra querida por Deus, esta joia preciosa com a qual quis adornar a Teresa, e nela toda a Igreja (me refiro à famosa visão narrada em Vida 33, 14), foi agora colocada em nossa mãos. Que faremos com ela? Qual será nossa resposta ao chamado que nos reclama a partir das páginas autobiográficas da Santa Madre? Tantas vezes falamos hoje da crise da vida religiosa, de suas dificuldades, devidas – especialmente no Ocidente – à falta de vocações e ao envelhecimento das comunidades, porém, ainda mais, a uma perda geral de motivação e a uma crise de identidade. Não quero minimizar estes problemas, os quais experimentamos cotidianamente, sobretudo os que são chamados ao serviço da autoridade. Sem dúvida a crise que estamos vivendo é histórica e não poderá sair dela sem intuições novas e mudanças profundas.

A pergunta que me parece essencial é a seguinte: de onde poderão vir estas novas intuições? De onde tiraremos forças para as mudanças que os tempos pedem? Dei-me conta de que, neste período de crise econômica, está tendo muito eco um pensamento que Albert Einstein escreveu durante a grande crise de 1929. Pode-se achar citado em uma infinidade de páginas Web e blogs e, inclusive, o encontrei em uma carta que uma irmã me escreveu. Dizia Einstein em 1935:

“A crise é a maior bênção para as pessoas e as nações, porque a crise traz progressos.

A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise onde surge a inspiração, as descobertas e as grandes estratégias. Quem supera a crise, se

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supera a si mesmo sem ter sido superado.

Quem atribui à crise suas falhas e dificuldades, trai seu próprio talento e dá mais valor aos problemas que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência.

O inconveniente das pessoas e das nações é a inércia no buscar soluções e vias de saída. Sem crise não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não existe mérito. É na crise onde emerge o melhor de cada um, porque sem crise todos os ventos são somente leve brisas. Falar de crise significa incrementá-la, e calar na crise é exaltar o conformismo. Em lugar de tudo isso, trabalhemos duramente. Acabemos de uma vez com a única crise perigosa, que é a tragédia de nãor querer lutar para superá-la.”

São, sem dúvida, palavras de estímulo e de esperança, que convidam a levantar-se de novo e dar o melhor de nós mesmos, sem deixar-nos vencer pelo medo e pelo desalento. É possível que, para a economia e a política, estas palavras deem no branco e indiquem os caminhos adequados para sair da crise. Não obstante isto, não me parece que se possa dizer o mesmo a respeito da crise da vida religiosa e da vida espiritual. Acolher-se aos recursos da vontade e da inteligência do ser humano é justo; convidar a elaborar projetos eficazes e a desenvolver uma criatividade que nos faça capazes de enfrentar os desafios do presente, tem sentido e é indiscutivelmente razoável. No entanto, devemos ser conscientes de que não serão nossos projetos que nos salvarão. Necessitamos beber de uma fonte de água viva que brote de veios muito mais profundos nas quais o homem não faz, mas se deixa fazer, onde não escolhe, mas aceita ser escolhido, onde não experimenta sua sabedoria e sua força, mas sua insensatez e sua debilidade. O

caminho de saída não se encontra voltando para trás, à situação precedente, ou projetando-se para adiante, mas aprofundando na crise presente, descendo a suas raízes, àquela profundidade onde as coisas se veem de modo diferente, a agitação e o medo se acalmam e a oração do pobre começa a alçar-se mais pura, mais humilde e mais verdadeira. A partir dela podemos voltar a empreender o caminho.

Esta via que surge a partir de baixo e que Teresa percorreu até o último dia de sua vida, a vida do mistério pascal, se pode empreender só quando se experimentou que os outros caminhos são becos sem saída ou sendas que se perdem no nada. É um caminho que tem como bastão a oração e como alforje o perder-se a si mesmo, e por isso, se parece ao caminho dos discípulos de Jesus, chamados a deixar tudo para andar atrás daquele no qual creem e do qual esperam tudo. Um caminho no qual – como escrevia o beato Newman em sua magnífica poesia “A coluna de nuvem” – não se pretende ver na distância, mas só vislumbrar aquele pequeno passo que somos chamados a dar cada dia.

Talvez seja isto o pouco que está em nós, que Teresa escolheu cumprir no momento em que tomou consciência da gravidade da situação na qual a Igreja e o mundo se encontravam e da missão que o Senhor a estava confiando. Sei que pode parecer pouco, porém, é precisamente do pouco e do pequeno, por não dizer do nada, de onde Deus cria o tudo. E disto nós temos o dever de ser testemunhas, com Teresa e como Teresa o foi a partir daquele distante e, no entanto, tão próximo, 24 de agosto de 1562.

Frei Savério Canistrà, ocd

Prepósito Geral

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Decreto Inter Mirifica – Sobre os meios de comunicação

Frei Marcos Matsubara, odc

“O reto exercício da comunicação exige, todavia, que a comunicação, no seu conteúdo, seja sempre verdadeira e, resguardadas a justiça e a caridade, íntegra, “Evangelizar neste novo continente sem fronteiras geográficas significa estabelecer um profundo diálogo do Evangelho com a cultura midiática”

Todo ser humano é fruto da comunicação. Em primeiro lugar, da comunicação do amor de Deus que nos criou e nos comunicou (e continua comunicando) o seu amor de várias formas, a começar pelo fato de estarmos vivos e participarmos desta magnífica experiência da aventura humana... Só o fato de estarmos aqui já é, por si, expressão da comunicação de uma grande graça divina. Quem neste mundo escolheu nascer ou existir? Se vivemos é porque Deus, no seu desígnio misterioso, assim o quis. Contudo, o Senhor, que jamais impôs limites à sua comunicação de amor, nos deu muito mais e podemos dizer, sem sombra de dúvida, que a maior comunicação do amor de Deus se deu em seu Filho Jesus Cristo. É assombroso o amor que Deus nos comunicou em Jesus. Se Jesus não tivesse estado entre nós, nunca teríamos entendido a Deus... Como poderíamos nós, tão pequenos e frágeis entender a grandiosidade de Deus não fosse pelos gestos humanos carregados de amor divino, comunicados por Jesus? Em outras palavras, Deus,

na sua infinita benevolência, quis comunicar-se plenamente com a humanidade e sua maior expressão de comunicação do amor é seu próprio Filho Jesus. Um dia, “o Verbo se fez Carne e habitou entre nós”... Lembremos das palavras de São João da Cruz, um carmelita descalço apaixonado por Deus: “Deus nos deu o seu Filho, que é a sua Palavra única (e outra não há) , tudo nos falou de uma vez nessa Palavra, e nada mais tem para falar” (2S 22,3)

Mas para além desta divina comunicação do amor, cada um de nós é também fruto da comunicação do amor entre um homem e uma mulher; somos fruto igualmente da comunicação do amor de uma família, do grupo social em que vivemos, da nossa cultura... Pensemos bem: o ser humano é um ser comunicacional. Somos humanos porque nos comunicamos. Vejamos o exemplo de uma cadela que acabou de ter uma ninhada de filhotinhos. Se, por acaso, eu separar um dos filhotes do restante da ninhada e criá-lo isoladamente, ainda sim ele vai crescer um cachorro, talvez com algumas pequenas diferenças porque foi afastado do convívio dos demais... mas ainda será um cachorro. Com o ser humano isso não acontece. Se isolarmos uma criança recém-nascida do convívio dos demais seres humanos ela “deixará” de ser humana. Não vai aprender a falar, porque isso aprendemos com os outros; nem vai aprender a pensar ou raciocinar porque esta capacidade precisa ser desenvolvida ao longo dos anos no contato com as pessoas e talvez nem ande sobre duas pernas porque isso também aprendemos na nossa

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infância. Resumindo: sem comunicação não há vida plena e não poderia ser diferente, afinal de contas todos sabemos que o amor é comunicação. Deus é amor e nos comunica o seu amor... Dependemos da comunicação para sermos plenamente humanos.

Certa vez, eu estava pregando um retiro para as irmãs carmelitas descalças num mosteiro em Minas Gerais e dizia que o amor é comunicativo e se numa comunidade ou família não houver comunicação (e aqui podemos enumerar as várias expressões de comunicação relacional como diálogo, expressões de afeto, atenção, gestos de gentileza...) não haverá da mesma forma amor entre seus membros. Então podemos dizer que o termômetro do amor é a comunicação. Uma família que se ama também sabe se comunicar, como também numa comunidade religiosa em que não há comunicação entre os seus membros, não há verdadeiramente o amor.

Se, por um lado, sabemos que a comunicação é um elemento importante na vida das pessoas, devemos também atentar para o fato de que toda comunicação precisa ser realizada da maneira mais verdadeira possível. Toda comunicação precisa levar a verdade de modo que quem comunica precisa respeitar aquele que vai receber sua mensagem em seu direito legítimo de receber uma comunicação fidedigna.

Há praticamente cinquenta anos atrás, (quando eu acabava de nascer) a Igreja vivia um momento especial e estava celebrando o Concílio Vaticano II, que foi, por assim dizer, um novo Pentecostes vivido por todo o Povo de Deus. O Concílio Vaticano II foi responsável por mudanças

importantíssimas no seio da Igreja, atualizações urgentes, transformações necessárias. Os mais velhos devem lembrar da época em que as missas eram celebradas com o padre de costas para o povo numa língua (o latim) que quase ninguém mais entendia... E, durante o Concílio (realizado entre 1962 e 1965) foi elaborado um Documento muito importante sobre a relação da Igreja e os Meios de Comunicação Social é o chamado decreto “”Inter Mirífica”, objeto da nossa reflexão de hoje nesta novena . A expressão latina “Inter Mirífica” traduzida em português seria algo como “Entre as maravilhas”. Que maravilhas são estas? As maravilhas da tecnologia de nossos dias... A comunicação é realizada nos dias atuais por meios cada vez mais eficientes, poderosos, rápidos e criativos. Entre as maravilhas do mundo atual nós caminhamos tantas vezes, estupefatos, surpresos, atônitos porque novas possibilidades se nos apresentam e questionam... Cinquenta anos atrás a Igreja já estava atenta à necessidade urgente de sabermos usar estes novos recursos para evangelizar.

“O decreto Inter Mirifica é o segundo dos dezesseis documentos publicados pelo Vaticano II. Aprovado a 4 de dezembro de 1963, assinala a primeira vez que um concílio geral da Igreja se volta para a questão da comunicação.(...). Pela primeira vez , um documento universal da Igreja assegura a obrigação e o direito de ela utilizar os instrumentos de comunicação social. Além disso, o Inter Mirifica também apresenta a primeira orientação geral da Igreja para o clero e para os leigos sobre o emprego dos meios de comunicação social. Havia agora uma posição oficial da Igreja sobre o assunto: A Igreja Católica, tendo sido constituída por Cristo Nosso Senhor, a fim de levar a salvação a todos os homens e, por isso, impelida pela necessidade de evangelizar, considera como sua obrigação pregar a mensagem de salvação, também com o recurso dos instrumentos de comunicação social, e ensinar aos homens seu correto uso. Portanto, pertence à Igreja o direito natural de empregar e possuir toda sorte desses instrumentos, enquanto necessários e úteis à educação cristã e a toda a sua obra de salvação das almas.(IM 3). O documento refere-se aos instrumentos de comunicação, tais como imprensa, cinema, rádio, televisão e outros meios semelhantes, que também podem ser propriamente classificados como meios de comunicação social (IM 1). A maior contribuição do Inter Mirifica, no entanto, foi sua assertiva sobre o direito de informação: É intrínseco à sociedade humana o direito à informação sobre aqueles assuntos que interessam aos homens e às mulheres, quer tomados individualmente, quer reunidos em sociedade, conforme as condições de cada um (IM 5). Considerando provavelmente como a mais importante declaração do documento, este trecho demonstra que o direito à informação foi visto pela Igreja não como um objeto de interesses comerciais, mas como um bem social. Fonte:www.paulinas.org.br/sepac/.../intermirifica.aspx

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Passados 50 anos desde que o Documento InterMirífica foi publicado continua ainda a missão e o desafio para toda Igreja continuar no seu esforço de levar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo a todas as pessoas, a partir dos novos meios de comunicação, entre os quais não podemos esquecer da Internet que passou a ser um meio poderoso de veiculação de informações, particularmente entre as gerações mais jovens. Embora a internet seja reconhecidamente o modo mais moderno de comunicação, muitas vezes acaba sendo um meio de divulgação de idéias erradas, de pseudoverdades, distorções, ilusões e até mentiras perversas... Por isso devemos ver a internet como o mais novo areópago* (lugar em que São Paulo, teve a coragem de anunciar a Jesus Cristo entre os pensadores gregos em Atenas) onde cada cristão e a Igreja como um todo deve anunciar a Boa Nova da Salvação por meios criativos, usando uma nova linguagem, novos métodos e uma nova postura...

Terminando minha partilha, quero lembrar a canção de um artista muito conhecido em nosso país. Muitas coisas eu queria ter dito aqui para vocês, mas me deparo com a pobreza de minhas idéias e a insuficiência das palavras. Espero ter motivado o amor de cada um pela pessoa de Jesus Cristo, razão da nossa vida e de nossa fé: "Eu tenho tanto prá lhe falar, mas com palavras não sei dizer..."

UMA VIDA DEDICADA A DEUS

Jornal Gazeta do Oeste Divinópolis | Sábado, 25 de agosto de 2012

Por: Amilton Augusto

Esta reportagem foi ao mosteiro das Carmelitas Descalças, no bairro Niterói, Divinópolis - Minas Gerais para conhecer de perto a vida dessas mulheres que deixaram família, estudos e namoro para se dedicarem integralmente à vida religiosa.

De acordo com o Censo de 2010, o Brasil tem pouco mais de 64% de sua população adepta ao catolicismo, são mais de 120 milhões de pessoas que nem sempre conhecem os detalhes da vida religiosa. Em Divinópolis, essa demonstração de fé é levada com interessante zelo pelas irmãs Carmelitas. Atualmente são 17 freiras que convivem em espírito de comunidade e união pelo amor à Deus. Esta reportagem foi ao mosteiro das Carmelitas Descalças, no bairro Niterói, para conhecer de perto a vida dessas mulheres que deixaram família, estudos e namoro para se dedicarem integralmente à vida religiosa. As Carmelitas Descalças se consideram Esposas de Cristo e dedicam uma vida integral de oração e diálogo com Deus. A ordem foi fundada na Europa do século XVI, por Santa Teresa de Ávila. Os preceitos da vida religiosa de uma carmelita passam, inicialmente, por três votos: de pobreza, de castidade e de

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obediência. As freiras devem se desapegar de todos os bens materiais supérfluos e viver somente daquilo que for necessário, o luxo não pode mais fazer parte do cotidiano delas. Além dos bens materiais, não se deve ter apego pelos afetos, pelas pessoas e pelos bens espirituais. Torna-se, portanto, uma vida dedicada inteiramente à intimidade com Cristo. Uma das primeiras mudanças que se faz é trocar seu nome de batismo por outro nome à escolha da própria religiosa. A vida no mosteiro é de silêncio. Existem somente dois momentos de recreação durante o dia em que as freiras podem conversar umas com as outras. O dia começa às 4h30m e o primeiro momento de oração é às 5h. Até o final do dia, que termina às 21h30m, as freiras se revezam em atividades de administração e manutenção do mosteiro, fabricação de hóstias, orações e atividade física no pátio. O imóvel é totalmente mantido pelas Carmelitas, que arrecadam dinheiro através da venda de hóstias para as paróquias e de doações espontâneas dos devotos. A liderança das freiras é exercida pela Madre Maria Terezinha do Menino Jesus, 36 anos, que foi escolhida pelas próprias religiosas, perante o bispo diocesano. As irmãs vivem enclausuradas, ou seja, vivem restritas dentro do mosteiro, só saem de lá para resolverem situações que outras pessoas não podem fazer por elas, como, por exemplo, ir ao médico ou resolver problemas de documentos. Não vão, por exemplo, ao supermercado, à feira, etc. As visitas são recebidas em uma sala especial, onde as carmelitas ficam do outro lado da grade e não existe uma aproximação maior entre elas e o visitante. Dos seus corpos só é possível ver o rosto, nada mais. A vestimenta, conhecida como hábito, só deixa à mostra o rosto, todo o resto do corpo é coberto. Acontecem missas todos os dias no Carmelo, de segunda a sábado no horário de 7h e no domingo às 18h. Quem deseja pedir uma oração às freiras carmelitas

pode se dirigir ao próprio mosteiro que fica próxima do Hospital São João de Deus ou ligar para o telefone 37-3221-1650. VOCAÇÃO A vocação é o chamado de Deus para que essas pessoas se dediquem aos trabalhos religiosos. Cada manifestação acontece de forma diferente e em momentos diferentes. As freiras que foram ouvidas por esta reportagem contaram sobre a angústia e a inquietação que viviam antes de entrarem para a ordem religiosa. Todas já vinham de famílias com forte tradição religiosa e aos poucos foram descobrindo a vocação e atenderam o chamado de Deus. Para se tornar Carmelita Descalça a jovem deve ter no mínimo 18 anos e muita vontade de seguir esse novo caminho. “Primeiro a pessoa sente o chamado de Deus. Ela sente que Deus a chama para uma vida de maior intimidade com Ele, uma vida de total dedicação a Ele. A jovem nos procura e nós vamos dar uma orientação e formação”, relata a Madre Terezinha. Após fazer contato com a prioresa do mosteiro, a pessoa interessada passa por uma fase de preparação fora do mosteiro, que vai de seis meses a um ano. Depois deste primeiro momento há um período de experiência de 3 meses dentro do convento para um discernimento mais profundo. Após o período de experiência, se tudo ocorrer dentro das regras, a pessoa se torna uma moradora do mosteiro e inicia uma jornada de estudos e de afirmação dos votos. Somente depois de alguns anos de dedicação é que a irmã deixa o noviciado e se torna uma freira com votos definitivos. Os testemunhos são interessantes e comoventes. A própria madre Maria Terezinha nos contou como foi sua trajetória. “Eu descobri minha vocação religiosa aos 23 anos quando eu li a vida de “Santa Terezinha, História de Uma Alma”. Eu não pensava em ser religiosa antes, mas lendo este livro fui percebendo o grande amor que ela tinha a Deus. A partir disso eu senti muito forte

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no meu coração o desejo de servir a Deus na vida religiosa. Comecei a procurar onde tinha um Carmelo. Soube através de um amigo meu, que na época era seminarista e hoje já é sacerdote, o Pe. Ideci, que em Divinópolis tinha um Carmelo. Ele entrou em contato com a Madre da época e pediu para eu fazer um retiro aqui na portaria e eu sentia cada vez mais esse desejo de me entregar a Deus, de me tornar Esposa de Cristo”, relata a madre que veio de Itaúna.

Maria Letícia de Jesus, 28 anos, natural de Brasília, também deu seu testemunho, “entrei para o Carmelo com 22 anos, mas antes eu participava de encontros vocacionais em Brasília. E em um desses encontros eu senti que Deus me fazia um chamado. Mas eu sentia muito medo da vocação, porque eu sempre senti vontade de me casar e ter muitos filhos. Sempre me faltava alguma coisa, mas eu não sabia o que era. Tive uma experiência de namoro, e durante essa experiência eu vi que o namoro não me satisfazia. Algo me faltava. Eu fiz um encontro da Renovação Carismática na Canção Nova e durante esse encontro eu senti que Deus me chamava. No início eu fiquei com medo com a forma de funcionamento do Carmelo, as grandes, o silêncio... Mas eu me senti também muito encantada. A vida do jovem em Brasília é totalmente avessa à igreja. Eu fiquei totalmente desconcertada quando eu voltei do convento, colocar um hábito e viver atrás das grades para mim era algo totalmente novo. Mas eu comecei a participar, a conhecer mais de perto e fui descobrindo que aquilo era o que Deus queria para a minha vida. Depois de muita luta interior eu tive essa força de tomar a decisão, então eu falei com as freiras que eu queria fazer uma experiência no Carmelo, ainda em Brasília. Mas o Carmelo de Brasília tinham 22 irmãs e não tinha vaga. Ela me deu uma lista de nomes e eu escolhi pelo nome da cidade. Quando eu vi o nome Divinópolis eu achei interessante e perguntei: “onde fica Divinópolis?”. Daí eu vim para cá e comecei o processo para me tornar uma carmelita”. Maria José de Jesus, 31 anos, é de

Porto Velho, Rondônia e recebeu o chamado de Deus no Canadá. “Até chegar ao Carmelo foram 5 anos. Eu não acreditava muito que eu tinha vocação para a ordem, até por ser uma pessoa muito extrovertida. Para vir para o Carmelo tem que ter esse primeiro desejo de ser esposa de Deus. Eu participei de três peregrinações, e em 2002 ao acompanhar o Papa João Paulo II, no Canadá, decide mesmo procurar o Carmelo. Nessa época eu estava fazendo faculdade de Letras e tranquei a matrícula para me dedicar a vida religiosa. Procurei alguns endereços de mosteiros e enviei uma carta com o pedido. Vim para cá e conheci o Carmelo, quando cheguei aqui eu não tinha dúvida nenhuma de que era aqui que eu queria ficar até morrer. Fiz uma experiência de 20 dias, participei de encontros e comecei meu postulantado e já estou no meu último ano de formação no noviciado. Eu sou muito feliz aqui dentro!”.

A irmã Dalva Maria do Espírito Santo, 27 anos, natural de Itatiaiuçu. “Eu tinha sete anos quando me senti tocada para a vida religiosa, quando eu vi uma freira pela primeira vez, na escola. Uma irmã Clarissa foi à escola e passou em todas as salas falando da vida religiosa. Aquilo ficou dentro de mim e com o passar do tempo sempre me vinha esse desejo. Quando eu fiz a crisma com meus 15 anos esse desejo aumentou e com meus 17 anos eu procurei um convento das Clarissas. Com 18 anos eu entrei para outra congregação e fiz uma experiência de 3 anos e meio. Mas eu percebi que aquele ainda não era o meu lugar. Mesmo lá dentro eu recebi o chamado de Deus para ter uma vida mais recolhida e silenciosa e entrei em contato com o Carmelo de Divinópolis, em 2009 e esse caminhada é uma graça de Deus”.

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COMUNIDADES

Caratinga – MG - Comunidade Santa Teresinha

Nossa comunidade celebrou junto com Ir Rosane ( filha de nossa cidade-Caratinga) seus votos perpétuos, no Instituto das

Servas de Santa Teresinha, que possui casas em várias partes do Brasil e do mundo.

Momento de graça e fé.

A preparação foi com tríduo, encontro vocacional (misto), teatros nas escolas e muita oração com envolvimento do povo de Deus.

A celebração contou com mais de 300 pessoas, nosso bispo diocesano D. Emanuel, frades daqui, padres da diocese, religiosas diversas, sendo em grande número as Servas de Santa Teresinha vindas de diversas regiões e seminaristas diocesanos.

Uma celebração com

criatividade e profundidade, seguida de um jantar de confraternização para todos participantes.

A Deus louvamos pelo sim de

Ir Rosane que agora vai em missão a África.

Deus abençõe a todos

colaboradores tanto de nossa comunidade OCD , como todos envolvidos.

A nossos frades uma

gratidão especial por tanto empenho. Comunidade Santa Teresinha Caratinga-MG

Franca – SP Comunidade Santa Teresa e Beata Myriam

A Comunidade Santa Teresa e Beata Myriam, de Franca-SP, participou do retiro espiritual nos dias 30 de junho e 1º de julho no Sítio Moriá com o nosso delegado Frei Fabiano. No retiro refletimos sobre como promover a dignidade da pessoa baseado no documento Christi Fidelis Laici, Carta Apostólica Porta

Fidei e a espiritualidade dos leigos em ordem ao apostolado - Apostolicam Actuositatem. O Sítio “Moriá”, lugar propício para contemplar e louvar a Deus através das coisas criadas pelo Senhor; lugar silencioso e muito belo onde ao som dos pássaros e da brisa suave refletíamos após

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as conferências sobre a nossa caminhada de cristão carmelita. Todos nós precisamos deste tempo para nos abastecer e continuar a caminhada, sair de nós mesmos e colocar–se a serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo apoiados na Virgem Maria e nos nossos santos. A caminhada é longa, mas caminhemos com os olhos fixos em Jesus! Que Deus recompense o Frei Fabiano por sua disponibilidade e pelo carinho que recebemos nestes dias.

Divinópolis-MG - Comunidade Santa Edith

Stein Aniversário: 14 anos de fundação e 2 anos de Ereção Canônica da Comunidade Santa Edith Stein - Divinópolis - MG Celebração eucarística - Frei André da Cruz ocd

Confraternização na nova sala de reunião construída recentemente.

E-mail de envio de notícias para o Blog da OCDS - Província São José: [email protected]

Page 19: Revista do Blog da OCDS - Província São José - agosto-2012

Estavam presentes também o Frei Gregório da Mãe de

Deus e Frei Henrique de Jesus.

“O que conhecemos de nós

mesmos não é senão superfície. A profundidade permanece-nos em grande parte oculta. Só Deus a

conhece.”(Santa Edith Stein)

TRINDADE-GO - RETIRO ESPIRITUAL

Nos dias 18 e 19 de agosto de 2012, a Comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus e Santo Eliseu - Brasília, participou do retiro de Aprofundamento Espiritual, realizado pelo grupo Santíssima Trindade e Santa Teresinha do Menino, Trindade - Go e pela comunidade Nossa Senhora do Carmo, Goiânia – Go. O retiro ocorreu na cidade de Trindade – GO e foi dirigido por frei Fabiano-ocd, Delegado para a OCDS da Província São José, regiões Sudeste e Centro-Oeste, tendo como Tema: Promessas, e como Lema: Pobreza, Obediência e Castidade. Foram dois dias riquíssimos em formação espiritual e informações, no tocante de "como deve ser o Carmelita Secular"-

conhecimento e comprometimento – com a Ordem Carmelitana, com a Igreja e com os irmãos. Os Carmelitas de Brasília agradecem imensamente aos irmãos de Goiânia e Trindade pelo convite e acolhimento dispensados. Que Deus abençoe a todos. Obrigado!

As atividades do dia 14 tiveram inicio com um delicioso e farto café da manhã

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Dia 14 pela manhã - Promessa da Pobreza

Dia 14 à tarde - Promessa da Obediencia

Dia 14 - preparação para a oração das Vésperas

Dia à noite - momento de descontração

Dia 15 pela manhã - Celebração da Santa Missa e oração das Laudes

Dia 15 - café da manhã

Dia pela manhã - Promessa Castidade

Marcio e Maria - Goiania em momento de reflexão

Sousa e Amparo - Brasilia escrevem a própria história

Dia 15 pela manhã - breve partilha e avaliação das atividades

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Dia 15 - pausa para almoço

Pelas mãos delas passaram nossas apetitosas refeições

Irmãos de Brasília, frei Fabiano ao centro

Irmãos de Goiania e Trindade

Foto oficial

Conselho da comunidade de Brasília com frei Fabiano

"Tão logo Sua Majestade o quer, Deus e a alma se compreendem, como dois amigos que não precisam de palavras para

manifestar-se a grande afeição que os une" (Santa Teresa de Jesus)

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Delegado Provincial para a OCDS do Sudeste, Frei Fabiano Alcides, visita as

comunidades do Rio de Janeiro

Com grande alegria, recebemos a visita do delegado provincial, Frei Fabiano Alcides, ocd., recebido pelo assistente espiritual Frei Odair e pelas conselheiras provinciais Antônia Maria Silva Cantanhede e Iris Gomes da Costa, que organizaram o encontro do nosso delegado com as comunidades e o grupo do Rio de Janeiro.

Realizados na Basílica Santa Teresinha, na Tijuca, os encontros foram feitos na seguinte ordem:

14/08 - Comunidade Nossa Senhora do Carmo (Tijuca) e Comunidade Santa Teresa de Jesus (Campinho);

15/08 - Comunidade Santa Teresinha Doutora da Igreja (Niterói) e Grupo Santa Edith Stein (Jardim Botânico);

16/08 - Comunidade São José (Jardim Botânico).

Frei Fabiano ouviu as

questões colocadas, orientou com carinho e firmeza, dando luz para o discernimento nas situações difíceis e abençoando as soluções já encontradas.

Agradecemos o seu carinho conosco. Nosso muito obrigado!!!!

Com a benção especial de Nossa Senhora do Carmo e São José.

Antônia e Iris.

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