Revista De Passagem

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Responsabilidade socioambiental promove desenvolvimento na região Turismo e Sustentabilidade De Passagem Avaliação completa dos principais pontos turísticos segundo o ranking De Passagem Salvador Cidades SESC Pantanal A diversidade cultural e as belezas arquitetônicas de São Luis e Paranapiacaba Praias Praias paradisíacas e belezas naturais dentro do nosso grande Brasil Imagem Com mais de um milênio de existência, as mais impressionantes árvores da terra Abril de 2010

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Projeto realizado durante o módulo editorial, a revista foi idealizada e desenvolvida com foco no turismo aliado a consciência ambiental.

Transcript of Revista De Passagem

Responsabilidade socioambiental promove

desenvolvimento na região

Turismo e SustentabilidadeDe Passagem

Avaliação completa dos principais pontos turísticos segundo o ranking

De Passagem

Salvador

Cidades

SESC Pantanal

A diversidade cultural e as belezas arquitetônicas de São Luis e Paranapiacaba

PraiasPraias paradisíacas e belezas naturais dentro do nosso grande Brasil

ImagemCom mais de um milênio de existência, as mais impressionantes árvores da terra

Abril de 2010

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Índice

São LuísParanapiacaba

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Cidades

A diversidade cultural e as belezas arquitetônicas dessas famosas cidades históricas

Salvador

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Capa

Avaliamos seus pontos turísticos segundo o ranking De Passagem

Arvores Incriveis

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Imagem

Com mais de um milênio de existencia, as mais impressionantes árvores da terra

Fernando de NoronhaIlha Bela

22Praias paradisíacas e belezas naturais dentro do nosso grande Brasil

Praias

PreservaçãoSesc Pantanal

8Responsabilidade socioambiental promove desenvolvimento da região.

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RedaçãoPrimeira linha editorial, considerações e responsáveispela publicação

A revista De Passagem nasceu da urgente necessidade de preservação do meio ambiente e de harmonizaçnao do homem com a natureza. Vivemos um momento cru-cial que irá definir nosso futuro no planeta, a quantidade de água potável a que teremos acesso e as temperaturas que enfrentaremos.

O intuito da publicação é apresentar locais agradáveis de passeio, de contato direto com fauna e flora, onde possamos ter uma visão diferente sobre a natureza e a importância de preservá-la. Esperamos que fomentando este contato sejamos força motriz de incentivo por um mundo melhor, mais verde e mais consciente.

Os locais de passeio apresentados na revista são ava-liados de acordo com critérios pré-estabelecidos, tendo como premissas a preservação ambiental e o conforto dos turistas. Este material servirá para criarmos uma fonte de pesquisa segura a respeito dos locais que re-almente investem na preservação da natureza e aqueles que insistem em negligenciar a preservação de suas be-lezas naturais.

Contaremos com o auxílio das prefeituras locais e ONGs, apresentando de forma clara e cristalina os pon-tos levantados pelos turistas acerca da preservação dos pontos turísticos.

Permanecendo fiéis a nossa missão e valores, esta pu-blicação utiliza papel reciclável em sua confecção, carac-teres tipográficos especiais que economizam tinta e não fazemos uso de plástico para embalar a revista.

Contaremos com nossos leitores através de canal dire-to para comunicação, via e-mail e correio, para sugestões, dúvidas e opiniões acerca do material publicado.

EXPEDIENTE

Diagramação, pesquisa de materias e fotos, criação e

adaptação de anúncios:

Agnes [email protected]

Francesco [email protected]

Frederico [email protected]

Thiago Santos [email protected]

Tiago Silva

[email protected]

Revista desenvolvida na pri-meira turma do Curso Téc-nico em Comunicação Visual no Senac Scipião, durante o período de janeiro a abril de 2010 com intuito de testar os conhecimentos nas ferra-mentas Adobe Illustrator, In-Design e Photoshop.Orientadores: Sergio Nicode-mo e Lorenzo Baer

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anuncio

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Leitor viagens, fotos, depoimentospor aquiTecnologia

A atuação do Terceiro Setor, no Brasil, tem exemplos bem sucedidos e que mostram como é possível atuar com ênfase na respon-sabilidade social e ambiental, viabilizando ne-gócios e promovendo o desenvolvimento de regiões e de sua população.

O Turismo ecológico tem sido defendido como um viés positivo para a preservação de áreas, sem comprometer o crescimento eco-nômico de localidades ainda pouco urbaniza-das. Nessas regiões, existem alguns biomas e ecossistemas, cujo consenso mundial aponta para a necessidade de preservação. Um deles é o Pantanal Mato-grossense. Pois é exatamen-te lá que o Sesc (Serviço Social do Comér-cio) mantém a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do País – RPPN, SESC Pantanal, com 106.000 ha. O empreendimen-to surgiu em 1996, com a aquisição de cerca de 20 fazendas, que estavam economicamente decadentes e que foram transformadas numa estância, que tem por objetivos a educação ambiental, a preservação da biodiversidade, a pesquisa científica e o ecoturismo. Está si-tuada nos municípios de Poconé e Barão de Melgaço, na parte norte do Pantanal Mato-grossense, entre os Rios Cuiabá e São Lou-renço. O supervisor do Sesc Pantanal, Nivaldo Pereira relata que essa instalação exigiu uma mobilização singular e interação com nativos, com a comunidade indígena, com pesquisa-dores, universidades, institutos de pesquisas e organizações não governamentais.

Pois parece ser exatamente essa atuação conjunta com os demais segmentos da socie-dade organizada que tem garantido a tônica da sustentabilidade ambiental. Pereira, disse que todo o trabalho desenvolvido tem o com-prometimento com a melhoria da qualidade de vida dos que habitam ou trabalham no en-torno. Para ele, a presença do Sesc ali mudou a realidade dessa comunidade, a começar pelos empregos. Oitenta e cinco por cento do qua-dro de funcionários mantidos na Reserva são de moradores da região, cerca de 200 vagas. “Para isso, foi necessário um esforço e ações de qualificação e capacitação dessa mão-de-obra. A Reserva e o Hotel também geram cer-ca de 1000 empregos indiretos, incluindo-se ai os fornecedores” - disse.

Com a chegada do Sesc, a comunidade ga-nhou também uma escola, um cinema, qua-dras de esportes, odontologia e internet so-cial, além de cursos de informática e outros de geração de renda. Tudo aberto à comuni-dade dos municípios de Barão de Melgado e Poconé.

PESQUISA

A pesquisa foi o primeiro passo da implanta-ção desse grande projeto ambiental. É atra-vés dela que ainda hoje se obtém os conheci-mentos técnico-científicos necessários a uma gestão ecológica e sustentável. Para isto, foram estabelecidas parcerias com universidades fe-derais, com a Embrapa e com ONGs em di-

Preservação Sesc Pantanalresponsabilidade socioambiental

A Estância dispõe de um Hotel diferen-ciado, concebido pelo desejo de realizar e de-monstrar a viabilidade de empreendimentos ambientalmente cor-retos.

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Responsabilidade socioam-biental promove desenvolvi-mento da região.

versos estudos e pesquisas avançados sobre a fauna, flo-ra, recursos hídricos, solos, clima, turismo, organização social, meio ambiente e edu-cação

A Estância dispõe de um Hotel diferen-ciado, concebido pelo desejo de realizar e de-monstrar a viabilidade de empreendimentos ambientalmente corretos. Recebe majoritaria-mente os trabalhadores do comércio (associa-dos do Sesc), e também escolas, pesquisado-res e visitantes.

Um variado cardápio de atividades ecológi-cas que incluem passeios diurnos e noturnos de barco, caminhadas em trilhas, cavalgadas, visitas ao borboletário e ao formigueiro de saúvas em atividade, preenchem os olhos e os dias dos hóspedes. Os passeios variam con-forme a época de vazantes ou cheias, quando muitas áreas sofrem transformações e propor-cionam roteiros alternativos.

As atividades asseguram experiências de contemplação e observação da natureza em toda sua exuberância. Aves como araras, tuiuiú, pelicanos, garças brancas, cabeça-secas e colhereiros, além dos barulhentos bugios (macacos, que apresentam uma curiosidade, os machos têm pelagem escura e as fêmeas pêlos claros, são loiras como brincam o guias),

jacarés, capivaras, sapos podem ser vistos em seus habitats.

Uma dica de programação é o Alvorecer: o passeio começa antes do nascer do sol, com saída do hotel às 04h30min da manhã, ainda escuro. Os visitantes seguem por quase uma hora de barco pelo rio Cuiabá, ouvindo ape-nas os sons que vêm da mata com o despertar de seus habitantes, enquanto aguardam a des-lumbrante aurora pantaneira, um verdadeiro espetáculo.

Imperdível e inesquecível. Já no passeio noturno é possível observar os olhos dos jaca-rés brilhando no escuro e por vezes, passando bem próximo aos barcos. Famílias inteiras de capivaras nas praias ou nadando. Cardeais, maguaris, biguatingas, urupapás (aves mais avistadas). O passeio possibilita ainda conhe-cer as flores que só abrem e exalam perfume à noite, como a Viuviu e a Ninféia.

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PROJETO BORBOLETÁRIO Criado com o intuito de sensibilização

ambiental, o Borboletário é composto de um viveiro de visitação, um laboratório para cria-ção de larvas, um criadouro (ou berçário), um horto para a criação de plantas e um viveiro de visitação. Este último é a grande atração do complexo, uma estrutura em forma circular e hemisférica, com 300 metros quadrados e nove metros de altura, protegida por uma tela especial. Lá dentro, num jardim com cascata e bancos de praça, o visitante pode apreciar até 1500 borboletas de várias espécies. Esse projeto apresenta ainda uma dimensão social importante. O Sesc disseminou a técnica de criação de borboletas entre a população local, que se organizou em uma associação, a ACBP – Associação de Criadores de Borboletas de Poconé, formada por 27 famílias. O Sesc hoje compra dessa entidade as borboletas, que se transformaram em fonte adicional de renda para os moradores envolvidos. O fornecimen-to está se expandindo para outras instituições, inclusive fora do estado. Os ovos das borbole-tas continuam a ser fornecidos pelo próprio Sesc que os coleta nas folhas das plantas exis-tentes no Borboletário.

Alvorecer: o passeio começa antes do nascer do sol, com saída do hotel às 04h30min da manhã, ainda escuro.

Sesc Pantanal

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Cidades São Luís, Paranapiacaba lugares que deve conhecer

A Ilha de São Luís compõe o mais homogêneo conjunto arquitetônico colonial da América Latina, preservado no tempo pelo processo de estagnação econômica iniciado no final do século XIX. Por este motivo a UNESCO confe-riu o título de Patrimônio da Humanidade para a cidade. Visitar São Luís é como fazer uma viagem na máquina do tempo, conhecendo a mistura incrível de influências étnica, cultural e mística, com suas interessantes lendas. É fácil perceber que os habitantes da Ilha são natural-mente hospitaleiros, muito festeiros e adoram músicas regionais e um reggae.

A cidade de São José de Ribamar, localizada a apenas 32 km de São Luiz é separada da Ilha pela Baía São Marcos e possui um inestimável patrimônio histórico-cultural. Em períodos específicos, podem ser observadas algumas manifestações religiosas e populares. Outra região de grande importância é Alcântara, Patrimônio Histórico Nacional desde 1948. Além das importantes ruínas e casarões, exis-tem também praias desertas.

Além do turismo histórico e cultural nas proximidades de São Luís, existem diferentes pólos de ecoturismo no Maranhão, que po-

dem ser visitados a partir da Ilha. Próximo à divisa com o Pará, está a Floresta dos Guarás e Ilha dos Lençóis, porta de entrada do mar aberto e para a Amazônia, com suas belíssi-mas praias desertas que refugiam milhares de aves migratórias, principalmente os guarás. Ao sul do Estado, próximo à cidade de Ca-rolina, localiza-se a Chapada das Mesas, com suas formações rochosas, morros, gigantescas esculturas naturais, impressionantes cachoei-ras, entre outras atrações.

Ao nordeste do Estado, encontra-se a bele-za dos Lençóis Maranhenses, o único deserto do mundo que abriga milhares de lagoas de águas cristalinas. Na divisa do estado do Ma-ranhão com o Piauí, está localizado o Delta

Patrimônio histórico-cultural

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das Américas, o único delta em mar aberto das Américas, com uma grande diversidade biológica. Um labirinto formado por dezenas de ilhas na foz do Rio Parnaíba. Nesta região, destacam-se a Ilha das Canárias e a famo-sa Ilha do Caju, onde os cinco ecossistemas completos integram a ecologia da ilha. Por toda essa variedade, o local é considerado um verdadeiro paraíso do turismo ecológico.

Alcântara: localizada do outro lado da baía de São Marcos, de onde se tem uma visão privilegiada de São Luis. Construída no iní-cio do século XVII, Alcântara transformou-se em sede da aristocracia rural maranhense. Foi tombada pelo Patrimônio Nacional em 1948, como Cidade-Monumento. O visitante pode se deleitar com o esplendor do passado, re-presentado nas tradições seculares da cidade, e com o futuro, na mais moderna Base Aeroes-pacial da América Latina, instalada a 10km do centro da cidade. Cercada de rios, praias de-sertas, ilhas e manguezais, Alcântara preserva santuários ecológicos como a Ilha do Cajual, local de descoberta de fósseis pré-históricos e de repouso para aves migratórias.

Avenida Pedro II: antes denominada Ave-nida Maranhense, constitui um dos princi-pais locais históricos de São Luís. No local, os franceses pretenderam implantar, em 1612, o coração da França Equinocial. Na Avenida Pedro II estão situados o Palácio dos Leões, o Palácio La Ravardière, a Catedral Metropo-litana ou Igreja da Sé, e o Palácio Episcopal.

Cafuá das Mercês: pequeno sobrado de estilo colonial, com dois pavimentos, que se destinavam ao comércio de escravos. Sabe-se que este prédio ocupava área bem maior e, no interior, havia outros compartimentos, hoje extintos.

Centro Histórico: seu conjunto arquitetô-nico é formado por remanescentes dos sécu-los XVIII e XIX, cujo traçado caracteriza-se por vias estreitas, pequenas quadras e reduzi-da altura de seus imóveis. No centro histórico somam-se cerca de 4.000 construções civis, de valor patrimonial, com revestimento de facha-das e distribuição interna em azulejos colo-ridos.

Igreja da Sé: um dos monumentos histó-ricos mais antigos de São Luís. O início da construção foi motivado por uma peste que assolava a população na época. Foi quando, em 1619, o terceiro capitão-mor Diogo Ma-chado da Costa, com o intuito de reforçar a fé dos atingidos pela varíola, mandou, com seus próprios recursos, construir a igreja que daria origem à atual catedral metropolitana.

Palácio Cristo Rei: prédio colonial de dois pavimentos, datado do século XIX, adminis-trado pela Universidade Federal do Maranhão.

Palácio dos Leões: construído em 1761, como sede do Palácio dos Governadores do Estado, e passou por inúmeras reformas e am-pliações, desde então.

Palácio Episcopal: tem sua origem no co-légio e na capela Nossa Senhora da Luz, cons-truídos em 1627, pelo Padre Luís Figueira. Mais tarde, com a expulsão dos jesuítas, em ju-nho de 1761, esse antigo colégio passou a ser residência dos bispos, seminário e biblioteca.

Palácio La Ravadière: prédio datado de 1689. Sabe-se que nele funcionou a Casa da Câmara e Cadeia, no início da colonização da região. O palácio passou por várias reformas e, mais tarde, foi denominado Palácio La Ravar-dière, sede do Governo Municipal.

prédio datado de 1689. Sabe-se que nele funcionou a Casa da Câmara e Cadeia, no iní-cio da colonização da região. O palácio passou por várias reformas e, mais tarde, foi denomi-nado Palácio La Ravardière, sede do Governo Municipal.

Praias da Ilha de São Luis: possuem ca-racterísticas que as diferem das demais praias nordestinas. A água é mais escura por influ-ência dos rios que desembocam na baía de São Marcos. A cada seis horas, o nível das marés varia, podendo, atingir até 7 metros nas mudanças de lua. É a maior variação de flu-xo constatada do Brasil. Quando a maré está baixa, as praias se transformam numa extensa faixa de areia batida, permitindo a prática de esportes.

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São Luís - MA

Os principais pontos turísticos abertos a visitação da cidade de São Luís são:

Teatro Arthur Azevedo: Segundo teatro mais antigo do Brasil, foi fundado com o nome de Teatro da União por dois comer-ciantes portugueses em 1817. No projeto original, o teatro se estenderia até o Lar-go do Carmo, mas acabou reduzido por um veto da Igreja. Baseado no chamado teatro de platéia italiano, em formato fer-radura, apenas em 1922 ganhou o nome atual. Funcionou como cinema entre 1940 e 1966 e, abandonado, acabou em ruínas.

Em 1989, quando apenas a fachada original ainda resistia, foi demolido e reconstruído de acordo como o projeto original. Atualmente tem capacidade para 750 espectadores, distri-buídos por 4 andares. Os espetáculos são gra-vados por um circuito profissional de vídeo instalado no teatro e retransmitidos pela TV Senado. Visitas guiadas: quarta a domingo, às 15h.

Palácio dos Leões: Aqui foi erguida pe-los franceses uma fortificação em home-nagem ao rei Luis XIII em 1612. A es-trutura do atual prédio foi construída no final do sec. XVIII e passou por inúmeras

reformas, até assumir o estilo neoclássico. Hoje é a sede do Governo do Estado.

Museu de Artes Visuais: Seu acervo é composto por azulejos coloniais, murais, fotografias e obras de artistas maranhen-ses. Um de seus destaques é a coleção de gravuras do escritor Arthur Azevedo. Visi-tação: Terça a sábado, das 9h às 19h.

Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho: Sediado num sobrado colo-nial de 3 pavimentos, mantém um grande acervo com peças das diversas manifesta-ções culturais (bumba-meu-boi, tambor de crioula, carnaval, dança do coco etc) e religiosas (tambor de mina, Festa do Di-vino etc) do estado. Além disto, possui objetos da cultura indígena e artesanatos. Visitção: Terça a sábado, de 9h às 19h.

Museu Histórico e Artístico do Mara-nhão: Funcionando no Solar Gomes de Souza, o museu foi inaugurado em 1973 e se destaca pela reconstituição da deco-ração típica dos sobrados do século XIX com móveis, objetos e obras de arte. Visi-tação: Terça a domingo, das 9h às 18h30.

Igreja da Sé Nossa Senhora da Vitória: Erguida por ordem do terceiro capitão-mor Diogo Machado da Costa em 1629, quando a cidade passava por um surto de varíola. É uma homenagem à protetora dos portugueses na Batalha de Guaxen-duba (vitória sobre os franceses). Foi re-construída várias vezes até 1922, quando assumiu o aspecto neoclássico. No inte-rior destaca-se o altar-mor talhado em ouro.

Convento das Mercês - Fundação da Memória Republicana: Construído em 1654 e inaugurado pelo padre Antônio Vieira, aqui funcionava a sede do antigo Convento da Ordem dos Mercedários. Hoje é a Fundação da Memória Republi-cana (Fundação José Sarney), que reúne obras únicas da história do país, relíquias do tempo de presidência do maranhense José Sarney, presentes oferecidos por ou-tros presidentes, além de um museu que conta sua trajetória de vida.. Visitação:

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Segunda, de 14h às 18h. Terça a sexta, de 8h às 12h. Sábado, das 14h às 18h.

Fonte das Pedras: Serviu de base para a tropa de Jerônimo de Albuquerque du-rante a expulsão dos fundadores france-ses em 1615. É cercada de árvores e ban-cos.

Solar São Luís: Considerado o maior prédio em azulejos da país (tem três pa-vimentos), foi construído na segunda metade do século XIX. Teve seu interior destruído por um incêndio e ficou aban-donado até ser adquirido e restaurado pela Caixa Econômica Federal, que nele instalou uma agência.

Museu de Arte Sacra: Anexo ao Museu Histórico, funciona no Solar do Barão de Grajaú. Seu acervo, que pertence em parte à Arquidiocese de São Luís, é com-posto por peças dos século XVIII e século XIX nos estilos mareirista, rococó, barro-co e neoclássico. Visitação: Terça a sexta, das 9h às 18h. Sábado e domingo, de 14 às 18h.

Cafua das Mercês (Museu do Negro): Pequeno sobrado onde funcionava o mercado de escravos que chegavam a São Luís, hoje abriga um museu de referên-cia da cultura negra, com peças de arte de origem africana e instrumentos musicais. Visitação: Terça a sexta, de 9h às 18h.

Centro de Atividades Odylo Costa: An-tigo armazém reformado, abriga um espa-ço cultural com cinema, teatro, galeria de arte, cursos e outras atividades.

Palácio la Ravardiére: Construído em 1689, é a atual sede da prefeitura muni-cipal. No largo do palácio está um busto de Daniel de La Touche, ou senhor de La Ravardière, o fundador da cidade.

Fonte do Riberão: Construída em 1796 para abastecer a cidade, tem o pátio reves-tido com pedras de cantaria. Suas janelas gradeadas dão acesso às galerias subterrâ-neas (antigas redes de esgoto) que passam pelo centro histórico.

Parque Estadual do Bacanga: Formado por uma área de 3.075 hectares, um dos principais objetivos de sua construção foi preservar o pedaço da floresta Amazônica existente no local.

Lagoa da Jansen: Lago ou laguna mais famosa da cidade, destaca-se pela infra-estrutura adaptada à prática de esportes e pela noite agitada e animada, contendo uma grande quantidade de bares e res-taurantes para todos os tipos e gostos.

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Paranapiacaba é um distrito do município brasileiro de Santo André (estado de São Pau-lo). Surgiu como centro de controle operacio-nal e residência para os funcionários da com-panhia inglesa de trens São Paulo Railway - estrada de ferro que possibilitava o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos, e vice-versa.

A palavra paranapiacaba significa “de onde se avista o mar”, em tupi-guarani.

A São Paulo Railway inaugurou sua linha férrea em 1º de janeiro de 1867. Ela primei-ramente serviu como transporte de passagei-ros de Santos a São Paulo e Jundiaí (última estação); também serviu como escoamento da produção de café da província paulista para o porto de Santos. Em 1874, é inaugurada a Estação do Alto da Serra, que mais tarde seria denominada Paranapiacaba.

No ano de 1898, é erguida uma nova esta-ção com madeira, ferro e telhas francesas tra-zidos da Inglaterra. Esta estação tinha como característica principal o grande relógio fabri-cado pela Johnny Walker Benson, de Londres, que se destacava no meio da neblina - muito comum naquela região.

Pátio ferroviário de Paranapiacaba

Com o aumento do volume e peso da carga transportada, foi iniciada em 1896 a duplica-ção da linha férrea, paralela à primeira, a fim de atender à crescente demanda. Essa nova linha, também denominada de Serra Nova, era formada por 5 planos inclinados e 5 pa-tamares, criando um novo sistema funicular. Os assim chamados novos planos inclinados atravessavam 11 túneis em plena rocha, en-frentando o desnível de 796 metros que se iniciava no sopé da serra, em Piaçagüera, no município de Cubatão. O traçado da ferrovia foi retificado e suavizado e ampliaram-se os edifícios operacionais. A inauguração deu-se em 28 de dezembro de 1901.

A primeira estação foi desativada e reuti-lizada, posteriormente, como cooperativa dos planos inclinados. A 15 de julho de 1945, a Es-tação do Alto da Serra passa a se denominar Estação de Paranapiacaba. A 13 de outubro de

1946, a São Paulo Railway foi encampada pela União, criando-se a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Somente em 1950 a rede passa a unir-se à Rede Ferroviária Federal.

Paranapiacaba - SP

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Em 1974, é inaugurada o sistema de cre-malheira aderência. No ano de 1977 a segun da estação foi desativada dando lugar à atual estação. O relógio é transferido do alto da es-tação anterior para a base de tijolo de barro atual. A 14 de janeiro de 1981, ocorreu um in-cêndio na antiga estação, destruindo-a com-pletamente. O sistema funicular foi desativa-do em 1982.

Voltando a ativa na década seguinte com um sistema econômico voltado totalmente pro turismo. Paranapiacaba tornou-se uma cidade tombada, de grande escolha turística para muitas pessoas, sendo assim, um exem-plo de ecoturismo paulista.

O guia de atividades da cidade é bastante

abrangente. Museu da história da cidade, res-taurantes, pousadas e uma ecocaminhada de três níveis diferentes (fácil, médio e difícil).

A trilha da Cachoeira Escondida que rece-beu este nome não foi a toa. Depois de uma agradável caminhada, rodeada de belas árvo-res, bromélias, manacás, chegamos a uma re-frescante queda d’água, onde se pode recom-por as energias e descansar. Na volta paramos ainda num mirante, em que avistamos a Serra do Mar e a Baixada Santista, uma vista privi-legiada da escassa Mata Atlântica restante do estado de São Paulo, e um contato diferente com a natureza.

Uma trilha muito gostosa de fazer, é a Trilha para o Lago de Cristal. Um mergulho em

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águas cristalinas de uma belíssima piscina natural. Num ambiente confortável, em meio a Mata Atlântica, com clima quente e águas límpidas. Manacás, Samambaias fazem par-te do lindo visual desta caminhada, alem da agradável trilha sonora das diversas aves lo-cais.

Em julho começam as festas de inverno de Paranapiacaba. Com muita música, mostras de cinema, performances teatrais e exposições aquecem o inverno da cidade. Alem da pro-gramação cultural, o visitante poderá se de-dicar com a gastronomia oferecida pelos res-taurantes e casas da vila ferroviária. O festival ocorre no segundo, terceiro e quarto finais de semana do mês de julho.

Uma das atividades mais importante de Paranapiacaba é o chamado Turismo Peda-gógico, realizada por algumas empresas de serviço da própria cidade . Uma modalidade relativamente ma modalidade relativamente recente no Brasil, quando comprada as ou-tros tipos tradicionais de turismo. Sua preo-cupação básica centra-se na melhor maneira de conduzir a atividade educativa, de forma a alcançar finalidades pedagógicas, por meio da experiência turística. O estudo do meio se apresenta como uma possibilidade de tornar o conhecimento pertinente, contextualizado e real. A viagem é o elemento motivador para dar encanto à educação, os diversos saberes e realidades são articulados como necessidade de reconhecer e conhecer os problemas do mundo, em um ambiente natural, e de forma critica e divertida.

Trata-se de uma das atividades que mais se harmonizam ao conceito de turismo sustentá-vel, uma vez que sua motivação é puramente educativa, e a educação ambiental é praticada nas três dimensões: conceituais, procedimen-tais e atitudinais. Além do mais, conhecendo localidades da sua região ou do seu país, o alu-no-turista passa a desenvolver um sentimento de valorização e conservação dos patrimônios sociais, culturais e ambientais das comunida-des, o que torna possível o desenvolvimento do turismo sustentável.

A Vila de Paranapiacaba é a única vila fer-roviária do Brasil conservada desde sua fun-dação, cidade tombada pelo Patrimônio His-

tórico Cultural, repleto de belezas naturais do bioma Mata Atlântica, e um rico acervo his-tórico a céu aberto perfeita para o estudo em campo.

Baseando-se na monitoria cultural realiza-da com profissionais capacitados de maneira interativa. Os educadores presentes possuem um conhecimento completo do local, sendo assim, o objetivo da visita deve garantir aos turistas um estímulo a observação e praticas sensoriais; socialização das idéias e interação com todos os membros do grupo; conceitu-ação dos temas com linguagem adequada a

Paranapiacaba - SP

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compreensão dos turistas; desenvolver com-preensão crítica da realidade através do pas-sado, presente e futuro; valorizar as riquezas do Patrimônio Histórico e Cultural e sua identificação; reconhecer a responsabilidade de cada um no processo de preservação e ma-nutenção do patrimônio cultural; desenvolver atividades de iniciação cientifica de modo in-terdisciplinar e participativas.

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Seu parque industrial congrega unidades que atuam em vários setores da economia: bebidas, informática, comunicações, medica-mentos, cerâmica, metalurgia, avicultura, e também o lazer e turismo.

A estrutura hoteleira cresceu em número e qualidade. Restaurantes, supermercados, con-domínios de luxo, chácaras de lazer e grandes eventos passaram a oferecer à população e aos visitantes um grande número de opções cate-gorizadas.

Para completar este quadro que concilia o desenvolvimento com o lazer e o turismo soma-se a qualidade de vida que o município oferece: crescimento planejado, saneamento básico, hospital e atendimento público de saú-de dos melhores do Estado, ensino público e particular, inclusive a Faculdade de Jaguariú-na e o Cepep Centro Público de Educação Profissional; acesso fácil e amplas avenidas tornam Jaguariúna uma cidade diferenciada a somente 130 Km. de São Paulo.

Mesmo com o desenvolvimento, a cidade ainda preserva um significativo patrimônio histórico-ferroviário, fazendas centenárias, haras e antigos casarões. O passeio no Trem Turístico “Maria Fumaça” nos leva ao tempo

Lazer, turismo e esporte aquático com wakeboard

O passeio no Trem Turístico “Maria Fumaça” nos leva ao tempo dos Barões e dos grandes cafezais da epóca.

os Barões e dos grandes cafezais. A antiga Estação da Mogiana, hoje o Cen-

tro Cultural, é um dos principais pontos de encontro da cidade, com barzinhos e música ao vivo.

A Matriz Centenária de Santa Maria, total-mente preservada, nos faz lembrar a fé e a de-terminação dos imigrantes pioneiros. Como se não bastasse, vinculando o passado ao pre-sente e ao futuro, está instalada em Jaguariú-na a Embrapa Meio Ambiente, pioneira nas pesquisas da economia agrícola sustentável.

DADOS DA CIDADE

Fundador: Coronel Amâncio BuenoData de Aniversário: 12 de setembroRegião Administrativa: 5ª Região de Campi-nasPopulação: Estimada em 31.757 habitantes (2003/IBGE)Clima: Tropical de altitude, mesotérmico com verões quentes. A estação de seca ocorre de maio à setembro e a chuvosa de outubro a abril.Extensão territorial: 142 Km2Rodovias que servem o Município: SP-340 Rodovia Heitor Penteado, (liga Campinas-Mogi Mirim)

SP-95 (liga Jaguariúna-Am-paro e Circuito das Águas) e ainda 25 rodovias municipaisDistância da Capital: 130 KmPadroeira do Município: San-ta MariaFeriado Municipal: 12 de Se-tembro

[ INFORME PUBLICITÁRIO]

Hoje em dia Jaguariúna se destaca no cenário nacional e internacional.

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legend, Gene re nonsecuscium

NAGA PARK - A idéia nasceu quando Pedro Paulo Caldas visitou um Cable Park nos EUA, ele achou estranho um país tropical favorável a esportes aquáticos não ter nunhum parque do gênero. Assim nacseu o primeiro parque temático de esqui aquático e wakeboard da

O primeiro parque temático de esporte aquático da América latinaEsqui aquático e Wake board

Ámerica Latina.O Naga park esta localizado em Jagua-riúna no interior de São Paulo, em 2009 o parque que atraiu cerca de 200 mil tu-ristas.

O ingresso de um dia custa R$120,00, e a hora custa R$50,00.

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Encontramos o paraiso!

Fernando de Noronha é um dos lugares mais bonitos do planeta. É a maior, e única, ilha do arquipélago que é habitada e possui praias. Pertence ao Estado de Pernambuco e está a 345 km de Natal (RN) e a 545 km de Recife (PE).

Vista de cima, antes mesmo do pouso em terra firme - quando os comandantes fazem questão de sobrevoar a ilha, sua paisagem deslumbrante, com um mar transparente azul-esverdeado, é capaz de arrancar suspiros emocionados de visitantes do mundo inteiro. É a certeza de estar chegando à famosa “Es-meralda do Atlântico”.

Patrimônio Mundial Natural (UNESCO, 2001), Fernando de Noronha é um santuário ecológico formado por 21 ilhas e rochedos de origem vulcânica que abrigam fauna e flora protegidas sob o Parque Nacional Marinho (IBAMA, 1988).

Existem muitas maneiras de explorar as diversas atrações de Fernando de Noronha: de barco, de jipe ou até mesmo a pé. São 16 belíssimas praias onde golfinhos, tartarugas marinhas, tubarões, arraias e cardumes colori-dos são encontrados com freqüência, além de construções históricas, fortalezas e mirantes.

A ilha é cenário ideal para quem gosta de caminhar, fotografar, mergulhar, surfar ou simplesmente relaxar ao som das ondas do mar e apreciar seus aquários naturais e um fantástico pôr-do-sol.

Praias Fernando de Noronha, Ilha Bela, sol, mar e água de coco

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Taxa de Preservação Ambiental: todo visi-tante deve pagar a Taxa de Preservação Am-biental (TPA). Ela é calculada por dia e au-menta progressivamente de acordo com o tempo de permanência na ilha. A taxa deve ser paga no aeroporto no momento do de-sembarque, em dinheiro, cheque ou cartão de crédito, ou pela internet através do site: http://www.noronha.pe.gov.br

Os valores arrecadados são destinados a manutenção das condições ambientais e eco-

lógicas do Arquipélago.Importante: Os pacotes não incluem a taxa

de preservação.Mergulho: prepare-se com antecedência e

faça um curso de mergulho. Se você não ti-ver disponibilidade de tempo, existe a opção de batismo na Ilha . Se possível, leve seus equipamentos básicos de mergulho (máscara e snorkel; é possível alugar os outros equipa-mentos como: colete, regulador e roupa de neoprene). É cobrado pelo IBAMA, uma taxa

Fernando de Noronha - PE

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de R$ 10,00 para cada dia de mergulho den-tro do Parque.

Imperdível: não perca as palestras gratui-tas, educativas e informativas do IBAMA e Projeto TAMAR, realizadas todas as noites, a partir de 21h00, no auditório do TAMAR. Confira aprogramação: Fone: (81) 3619-1174 e através do site: www.tamar.org.br

Gastronomia: Não deixe de experimentar o petisco mais conhecido na ilha: o Tuba-lhau, feito de massa de macaxeira e carne de

tubarão. A região possui diversas opções de restaurantes. Algumas pousadas têm sistema self-service nos restaurantes.

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Fuso horário: 1 hora a mais em relação ao horário de Brasília, exceto durante o horário de verão.

Comunicação: apesar da distância do con-tinente, a ilha possui bons serviços de comuni-cação. Os telefones celular funcionam através da Banda A, o telefone convencional faz liga-ções DDI ou DDD, os principais emissores de TV têm seus sinais retransmitidos através de uma emissora local, e a rádio FM retransmite programação de uma rádio em rede nacional.

Abastecimento: é feito através de barcos cargueiros provenientes de Recife e Natal. O valor da carga é substancialmente alto e isso reflete nos preços praticados em vários itens. O tempo de travessia do continente até o ar-quipélago é de, aproximadamente, 40 horas em viagens feitas a cada 15 dias. Por este mo-tivo, não espere encontrar grande variedade de produtos nos supermercados.

Serviços bancários: existe apenas uma agência do Banco Real e um caixa eletrônico da Rede 24 horas. A agência não faz serviços de câmbio no continente, por isso recomen-da-se fazer o câmbio antes do embarque para a ilha. Cheques e cartões de crédito são acei-tos.

Recursos médicos: a ilha possui uma pequena farmácia e um hospital público que atende casos de primeiros socorros e pequenos cirurgias. Recomenda-se levar remédios que este-jam em uso.

Dica: para os mais independentes, uma boa alternativa é o aluguel de buggy e motos, desde que se tenha documentação regular para dirigir. Na maioria das vezes, os veículos alugados não são entregues com combustível.

Fernando de Noronha - PE

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O PARAÍSO MAIS QUE BELO, ECO SUSTENTÁVEL

SOBRE ILHA BELAO próprio nome Ilhabela já denomina e con-

firma que a cidade é bonita por natureza.

Não é por acaso que a ilha principal deste arquipélago(Ilha de São Sebastião) possua desde 1977 uma área de

27.025 ha. tombada como Parque Estadual. Esta área abriga mais de 80 % de Mata Atlântica, entremeada por cerca de 400 cursos d’água que formam belíssimas cachoeiras. Pela exce-lência de suas 36 principais praias, o município tornou-se também uma das 14 Estâncias Balneárias do Estado.

Ladeando a ilha, 129 km de costões abrigam uma diversifi-cada flora e fauna marinha, onde peixes, golfinhos, tartarugas e até baleias convivem em harmonia.

A vocação turística desta cidade do Litoral Norte também é marcada por sua história. Constituindo o arquipélago da Ilha de São Sebastião, estão incluídas outras doze ilhotas, das quais, além da principal, três são habitadas: Vitória, Búzios e Ilha das Cabras.

São inúmeros os pontos turísticos e as pos-sibilidades de se deliciar neste paraíso que também é a Capital da Vela no Brasil. Sua his-tória é marcada desde a presença de piratas e corsários até o naufrágio de transatlânticos que repousam no mar em redor de Ilhabela.

ONGSO Instituto Florestal aprovou nosso projeto

para recuperar a floresta em ·reas desmatadas no Parque Estadual de Ilhabela. … a primei-ra vez que uma ONG recebe autorizaÁ„o para executar um projeto desse tipo no interior de uma unidade de conservaÁ„o paulista. O trabalho foi desenvolvido pela biÛloga Janine Bergmann, diretora tÈcnica da ONG. Agora, nosso desafio È montar um viveiro para dar continuidade ao projeto.

CONSEMA - CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DE SP

Acabamos de ser eleitos para um manda-

Ilha Bela - SP

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to de dois anos no CONSEMA (Conselho Es-tadual do Meio Ambiente), org„o m·ximo para a discuss„o e aprovaÁ„o de licenciamentos am-bientais e polÌticas p˙blicas do setor no Estado.

CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE ILHABELA

Representamos a sociedade civil de Ilhabela no recÈm-criado Conselho Municipal do Meio Ambiente, que vai administrar a Taxa Ambiental cobrada de todos os turistas que visitam o mu-nicÌpio.

REALNORTE - COLEGIADO DAS ENTIDADES AMBIENTALISTAS DO LITORAL NORTE DO ESTA-DO DE SP

Com mais 16 ONGs ambientalistas da regi„o participamos do Colegiado das Entidades Am-bientalistas do Litoral Norte do Estado de S„o Paulo (Realnorte).

O PARAÍSO TURÍSTICO DO LITORAL NOR-TE DE SÂO PAULO SOBREVIVE GRAÇAS AO ESFORÇO CONJUNTO PARA PRESER-VAR SUAS CONDIÇÕES NATURAIS

A ilha concentra todas as qualidades naturais do privilegiado litoral norte do estado de São Paulo: beleza cênica, costa recortada que forma pequenas praias, rios, cachoeiras e exuberante Mata Atlântica que ainda persiste.

Para isso, o município vem buscando desen-volver suas qualidades turísticas a partir de fun-damentos e conceitos sustentáveis.

A prefeitura local, sua vez, investi em fiscaliza-ção para coibir aexpansão imobiliária em morros, encostas e costões, o que já foi bastante comum.

A sociedade se move a favor da sustentabili-dade com práticas ambiental e sociais, formando organizações não governamentais que se prolife-ram em IlhaBela, uma delas é a Instituto Ilhabe-la sustentável (IIS), formado por moradores da ilha, empresários, caiçaras, pessoas de todas as classes sociais juntos pelo mesmo ideal, o cuida-do e zelo pelo meio ambiente, turismo conscien-te, e preservação deste belo arquipélago.

Ilhabela conta com ONGs como Assosiação Sementes do Futuro que é a responsável pelo programa SOS Mangue aprovado pela Petro-bras, que visa a valorização da mata ciliar, edu-cação ambiental da comunidade e estimulo à responsabilidade ambiental dos comerciantes e empresários.

O resultado destes trabalhos, são vistos ao longo dos 27 mil hectares, com belas praias e lindas cachoeiras, onde podemos encontrar ani-mais como: o cururuá, o macaco prego, a capiva-ra, a cotia, caxinguelê e o tucano-de-bico-verde.

Macaco-Prego, Tucano-Bico-Verde, Caxinguelê, de cima para baixo, são encontrados no Parque Estadual de Ilha Bela

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Capa

Ilhas

Ilha de Bom Jesus: em meio a manguezais e floresta densa, entre as ilhas de Madre de Deus e dos Frades, a Ilha de Bom Jesus dese-nha um belo cenário tendo, ao fundo, a Igreja de Bom Jesus dos Passos. O mar, de um vasto azul e águas calmas, é ideal para pesca e para a prática de esportes náuticos. Pontinha e Ponte do Padre são as praias mais procuradas para banho. A Ilha também dispõe de uma ampla área, ótima para camping. Na vila, de casebres coloridos, o visitante encontra uma boa infra-estrutura turística.

Ilha de Maré: opções variadas de ecotu-rismo, com banhos de mar, trilha tropical e esportes. Opções também culturais, como as igrejas de Senhora Santana, datada do século XIX, e Nossa Senhora das Neves, do séc. XVI. Onde descendentes de escravos preservam a língua nativa e se comunicam em dialetos próprios. O artesanato é outro ponto forte. A Ilha de Maré é famosa pelas habilidosas ren-deiras de bilro que tecem, à mão, finíssimas e requintadas toalhas, em especial na Vila de

Santana. Destaque também para o artesanato de cestarias. Localizada a cerca de 30 minu-tos de Salvador. Embarcações partem diaria-mente do Terminal Marítimo de São Tomé de Paripe, de 20 em 20 minutos. Oferece boa infra-estrutura inclui hotéis e pousadas além das barracas à beira-mar, reduto dos quitutes locais. Não deixe de experimentar o doce de banana na palha.

Ilha dos Frades: paraíso do ecoturismo, a ilhota, de apenas 8 km de extensão, oferece opções variadas para todos os gostos, desde longas caminhadas e trilhas na mata, a ba-nhos de mar e mergulho contemplativo. Não bastasse a beleza natural, o lugar é palco da religiosidade, herança da ocupação jesuíta e que se evidencia nas suas duas igrejas - Nossa Senhora do Loreto e Nossa Senhora de Gua-dalupe – datadas do século XVII. Para quem gosta de mergulhar na história, o lugar abriga, ainda, as ruínas de um antigo armazém (co-nhecido como lazareto), onde os escravos fica-vam de quarentena, e de uma casa de farinha.

Na foto, pode-se ver dois famosos pontos de Salvador: o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo.

Salvador

Elevador Lacerda, uma das principais paisagens de Salvador, liga a Cidade Alta e a Cidade Baixa. O eleva-dor foi construído em 1873, pelo engenheiro Antônio Lacerda, com duas cabines movidas a força hidráulica. Em 1932, foi construída uma nova torre e foram acres-centadas mais duas cabines. O elevador demora 30 segundos para fazer a viagem, de 72 metros de altura, e transporta mais de 28 mil pessoas por dia.

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Igrejas

Igreja da Ordem Terceira de São Francis-co: vizinha a outra de São Francisco, data de 1702. Sua esplêndida fachada em pedra la-vrada é o único exemplar no Brasil e remete ao barroco espanhol. O desenho é de Gabriel Ribeiro, considerado um dos introdutores do barroco na Bahia. Por algum tempo, a fachada esteve encoberta com argamassa e, somente no início do século XX, durante serviços de implantação da rede elétrica na área, foi re-descoberto o seu desenho original. Nos tetos, existem belas pinturas criadas em 1831 por Franco Velasco. Localização - Terreiro de Je-sus - Centro Histórico de Salvador.

Igreja e Convento de São Francisco: uma das mais ricas e espetaculares igrejas do Bra-sil, possui o interior todo recoberto em ouro. Em 1587, chegaram a Salvador os primeiros franciscanos e o convento começou a ser construído um século depois. As obras da igreja foram iniciadas na primeira metade do século XVIII - a fachada barroca é, especifica-mente, de 1723. Barrocos também são os pai-néis de azulejos portugueses, que reproduzem o nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais. O interior é formado por talha de madeira com todos os símbolos do barroco; folhas de acanto, pelicanos, flores, anjinhos, sereias etc. A lenda versa que seus construtores utilizaram mil quilos de ouro em pó para moldar a talha. A nave central, cortada por outra menor, forma a cruz do Senhor. As pinturas do teto têm forma de estrelas, hexá-gonos e octógonos e exaltam Nossa Senhora. Na sacristia, estão reunidos 18 painéis a óleo sobre a vida de São Francisco. Os dois púlpi-tos laterais são talhados com folhas de videira, pássaros e frutos colhidos por meninos e re-cobertos de ouro. Podem ser vistas também esculturas do grande santeiro baiano Manuel Inácio da Costa. Localização - Terreiro de Je-sus - Centro Histórico de Salvador.

Igreja e Convento do Carmo: conjunto ar-quitetônico iniciado no século XVII, possui grande valor monumental, compreendendo. Convento, Igreja e Ordem Terceira. O conven-to foi palco de importantes acontecimentos da história da cidade relacionados com a in-

vasão holandesa e a Independência da Bahia. A principal atração do convento é a escultura Cristo Atado à coluna, de Francisco das Cha-gas, o Cabra, como foi danificada e recupera-da recentemente, ainda não está exposta ao público. No prédio funciona também um Mu-seus que encontra-se fechado para reforma. Localização - Rua do Carmo - Centro Históri-co de Salvador.

Igreja Nossa Senhora do Amparo: loca-lizada no alto da Colina Sagrada, na Cidade Baixa, a mais popular igreja baiana foi conclu-

ída em 1772. A fachada é parcialmente coberta por azulejos brancos portugueses, que chega-ram à igreja cem anos depois da construção. A fachada é rococó e o interior, neoclássico. Os anjos, homens e as nuvens cósmicas do teto foram pintados entre 1818 e 1820 por Franco Velasco. No altar-mor, está a imagem do Bon-fim - o que cura doenças e salva vidas. Tornou-se célebre a sala dos Milagres que reunia im-pressionantes ex-votos (como cabeças, pernas e braços de cera, madeira, ouro, prata e pedras preciosas), atualmente expostos no Museu de Ex-votos, em outra dependência da igreja, no pavimento superior. O painel do teto, de Fran-cisco Velasco, mostra um ex-voto, náufragos agradecendo a senhor do Bonfim, por terem

Igreja Nossa Senhora do Amparo, chega a receber centenas de visitantes por dia

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sobrevivido. Outra relíquia da Igreja é a bela coleção de quadros de José Tehófilo, um dos pintores baianos mais famosos do final do sé-culo XVIII, início do século XIX. Os quadros estão expostos na sacristia e no Museu dos Ex-votos.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia: a devoção à N. S. da Conceição coincide com a própria origem da cidade de Salvador, pois foi trazida pelo governador Tomé de Sou-za, que mandou construir a primeira capela de taipa em seu louvor. Em 1739, decidiu-se erguer uma igreja com pedras de cantaria por-tuguesa, que chegariam numeradas de Lisboa para evitar confusão. O mestre-de-obra come-çou a montar o quebra-cabeça, mas as peças custavam tanto a chegar que ele acabou mor-rendo. O filho do velho continuou a obra e também acabou falecendo. Em 1820, o neto do velho finalmente concluiu o trabalho. A igreja, elevada à categoria de basílica em 1946. A igreja tem o teto em perspectiva de José Jo-aquim da Rocha, fundador da escola baiana de Pintura e principal pintor sacro brasileiro. O teto foi pintado na segunda metade do sé-culo XVIII e é considerado por especialista o mais belo entre as igrejas brasileira. A técnica de Rocha baseada principalmente no pintor italiano Andréa Pozzo, era “alongar” as pa-redes da igreja até uma abertura pintada no forro, que mostra o céu, onde a corte celeste plena, voltada para os fiéis. Localização - Co-mércio- Cidade Baixa.

Igreja da Ordem Terceira de São Domin-gos: iniciada em 1731 e concluída seis anos depois, possui fachada em estilo rococó e talha atual neoclássica. A planta é típica das igrejas do início do século XVIII, com corre-dores laterais e tribunas superpostas. O teto da nave em concepção ilusionista e os painéis do Salão Nobre são atribuídos a José Joaquim da Rocha, sendo os azulejos da Capela-Mor retratos de São Domingos. Localização - Ter-reiro de Jesus - Centro Histórico de Salvador.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: iniciada nos primeiros anos do século XVIII pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho, precisou de quase um século para ser con-cluída e tingir de azul o coração do Centro

Histórico. A fachada, com frontão rococó, re-úne trabalhos delicados e belíssimas torres. Destacam-se em seu interior, os painéis de azulejos, os altares neo-clássicos e três ima-gens do século XVIII - de Nossa Senhora do Rosário, São Antônio de Cartegerona e São Benedito. Nos fundos, localiza-se um antigo cemitério de escravos.O painel do teto é de José Joaquim da Rocha. Localização - Pelou-rinho - Centro Histórico.

Mergulho: a Baía de Todos os Santos é um local que reúne características excelentes para a prática do mergulho. Além de ser uma das mais ricas áreas em registro de naufrágios do Brasil, possui ampla variedade de espécies marinhas em decorrência de suas águas tran-qüilas e mornas. Dentre as atrações mais visi-tadas, estão:

Banco da Panela: considerado um dos maiores sítios arqueológicos marinhos do Brasil, possui destroços de galeões do século XVII. Dentre eles, inúmeras embarcações que naufragaram numa só noite, durante a invasão holandesa. Área de preservação, localiza-se na entrada do porto de Salvador a uma profun-didade de 18 metros.

Salvador

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Galeão Sacramento: resultado de um nau-frágio ocorrido em 1668, após a colisão com o banco de Santo Antônio, o ponto de mergu-lho está localizado a 32 metros de profundida-de, próximo ao porto da Barra. Nos destroços, já foram encontradas preciosas peças de por-celana chinesa e instrumentos de época, além de canhões de bronze, que atualmente se en-contram nos museus hidrográficos do Rio de Janeiro e da Bahia.

Piaçava: ponto formado por destroços de navios do século XVIII, oferece, além dos ca-nhões que equipavam as embarcações, uma exuberante vida marinha à sua volta, pois a área é um imenso viveiro de lagostas e pol-vos. Localizado a 9 milhas da costa, oferece visibilidade superior a 20 metros e não possui correntes marinhas.

Utrech: galeão holandês naufragado no sé-culo XVIII, localizado a 10 milhas da costa. Em função da boa visibilidade, é possível ver, no local, alguns canhões da época a uma pro-fundidade de 22 metros.

Queen: navio inglês naufragado após um incêndio em 1º de junho de 1800, está loca-lizado a 13 metros de profundidade, próximo ao porto de Salvador.

Germânia: cargueiro alemão naufragado

no início deste século, encontra-se como um emaranhado de ferragens, com apenas algu-mas partes ainda definidas. Localizado próxi-mo ao Farol da Barra, está a 8 metros de pro-fundidade. Cardumes de quatinga, barbeiros, barrigudinhos e olhetes são freqüentes no local. Lagostas, caranguejos e moluscos pro-porcionam um belo visual, principalmente à noite. É recomendado para mergulhadores iniciantes.

Cabo Frio: naufragado há 80 anos, em fren-te ao Farol da Barra a 400 m da costa. A visita à embarcação, apreciada por suas famosas cal-deiras, impressiona os mais experientes mer-gulhadores quando realizada à noite, período em que são encontrados muitos cardumes e lagostas. Sua visibilidade gira em torno de 10 a 12 metros.

Cavo Artemidi: considerado o maior naufrágio do Brasil, é o que se mantém em melhor estado de conservação na costa bra-sileira. Afundado em 1980, o Cavo Artemidi transportava ferro para fundição e tinha 170 metros de comprimento, incluindo salões e casas de máquinas. A uma profundidade mí-nima de 9 metros e máxima de 30, o mar do local proporciona visibilidade em torno de 20 a 30 metros no verão, possibilitando belas fil-magens e fotografias.

Critérios de Avaliação De PassagemObservações gerais Nota

Conforto O serviço de quarto deixou muito a desejar durante nossa visita, o mesmo pode ser dito dos taxistas indicados pelo hotel, que em sua grande maioria não sabiam atender as solicitações dos turistas. Mesmo com estes problemas, o quarto era magnífico, a vista soberba e vale ressaltar a cordialidade dos moradores locais que fazem qualquer turista se sentir em casa.

Preservação O ponto alto da viagem sem sombra de duvida. As paisagens, a arquitetura local, suas reservas naturais são de tirar o fôlego. O cuidado dos moradores locais na preservação do seu patrimônio é louvável, alem das leis de preservação que permitem aos policiais multarem quem não recolhe o lixo que produz.

Vida noturna Com pouco dinheiro é possível se divertir bastante alem de aproveitar as delicias da cozinha local, regada a frutos do mar e bastante tempero. Um jantar romântico a dois ou uma festa para a galera, Salvador oferece aos turistas uma vida noturna bastante agitada e diversificada.

Segurança O policiamento é reforçado ao cair da noite nos pontos turísticos mas isso infelizmente não impede os assaltantes de abordarem turistas que se distanciam um pouco dos centros de maior movimentação. É necessário um maior investimento em policiamento nas regiões que cercam os pontos turísticos.

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Imagem As mais impressionantesárvores da terra

As árvores são alguns dos mais longos da vida de organismos no planeta. Pelo menos 50 árvores existem há mais de um milênio, mas pode haver inú-

meras outras árvores antigas que não foram descobertas ainda.

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