Revista 9º Ano B

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São Paulo, 29 de outubro de 2011 e-Revista do 9º ano B

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Revista elaborada pelos alunos.

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São Paulo, 29 de outubro de 2011 e-Revista do 9º ano B

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A Verdade dos Latinoamericanos Um Só Povo

Por: Antônio Caio Ramos e Carolina Nahas

Sua viagem começa na Argentina, e passa pelo Chile, Peru, terminando em Caracas, na Venezuela. Durante sua jornada, eles têm uma série de encontros com pessoas simples e humildes, que sofrem com a desigualdade social, e são exploradas pelos donos dos meios de produção. Alberto e Ernesto, que eram homens cujas vidas sempre foram relativamente boas, se impressionam com a realidade latinoamericana.

O filme “Diários de Motocicleta” conta a história da aventura de dois amigos, Alberto Granado e Ernesto Guevara, pela América Latina.

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Um dos encontros mais marcantes da viagem foi o com os trabalhadores chilenos, que após serem expulsos de sua terra, migram para o deserto do Atacama em busca de emprego nas minas. Esse encontro marca principalmente Ernesto, pois é seu primeiro contato com a vontade da luta pela igualdade e pelo fim da exclusão social, que está presente em toda a América Latina até os dias de hoje. A partir desse momento, em todos os encontros que se seguem, sua vontade pela busca da igualdade só é fortalecida, e ele se sente mal por não conseguir fazer grandes mudanças na vida das pessoas. No fim de sua viagem, Ernesto está certo de que as diferenças de nacionalidades na América Latina são totalmente fictícias, e de que formamos um só povo de “raça mestiça”. É importante ver este filme, pois ele nos permite ter um contato com a verdadeira realidade da América Latina, com as dificuldades que seu povo enfrenta, e nos permite refletir sobre medidas que precisam ser tomadas para erradicar a desigualdade social latinoamericana.

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A Busca Pela Verdade

Recentemente, o Brasil tem debatido a criação de uma “Comissão da verdade”. O que seria isto? A Comissão da Verdade seria a revelação dos documentos secretos da Ditadura Militar, para entendimento do que realmente aconteceu com os desaparecidos da ditadura, e não julgamentos dos militares “criminosos”. A Argentina, que anulou a Lei da Anistia, julgou e puniu todos os militares criminosos da época de sua ditadura, e “cobra” um posicionamento do Brasil. Mas ao contrario da Argentina, a Comissão brasileira não teria a função de julgar os criminosos, pois muitos deles estão hoje no poder. Assim, se debate a própria criação da comissão, porque a população exige a revelação sobre o que realmente aconteceu durante a ditadura, se houve tortura e o que aconteceu com os desaparecidos.

Por: Maria Marta Castro

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A comissão da verdade deveria existir, para revelar à população a verdade, mas sem julgar, pois traria problemas para o governo brasileiro.

A comissão da verdade foi aprovada na Câmara no dia 21 de setembro de 2011 e será levada ao Senado.

A comissão é polêmica. De um lado, a população tem o direito de saber a verdade sobre o passado, e de outro, os militares que cometeram crimes não querem revelar a verdade, pois iria causar uma polêmica maior ainda.

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Ditadura Adultar

—Silêncio, agora! Se você não ficar quieto eu vou te mandar pra fora da sala. Vou te dar uma advertência, também! Chega! — berra a professora, mandona. —Mas professora, eu estava falando sobre a sua matéria com o meu colega. — afirma o aluno, inocente. —Não importa! Por que não falava em voz alta, então? — conclui ela, em tom de superioridade. Se isso resgatar do fundo mais obscuro e indesejado de suas memórias algum momento desagradável em que algum professor lhes punia por algo que vocês não haviam feito, ah, meus amigos, vocês estão me entendendo, sem dúvidas! Não é irritante quando se está debatendo assuntos paralelamente com um colega e, de repente, uma voz adulta lhe ameaça?! Por mais que eu tente, não consigo entender os professores em algumas situações. Admito que deva ser desestimulante ver algum indivíduo conversando com outro durante a sua aula. Mas pense que esse indivíduo não é apenas um adolescente, mas sim hormônios a flor da pele! E, como vocês adultos já passaram por essas situações cotidianas constrangedoras algum dia, devem tentar compreender o nosso lado da história, a contracapa do livro da vida. Vocês com certeza sabem que para orientar um adolescente existem dois caminhos: o da educação e o da proibição. O da proibição e da censura é o mais tentador, não só por parecer simples, mas por realmente ser mais simples. Porém, deve-se ter em mente que o da educação é mais eficaz, mesmo sabendo que a grande maioria dos pais opta pela forma mais simples: controlar os filhos por meio de GPSs e chips implantados ao invés de estabelecer uma relação de confiança. Já está comprovado que os adolescentes tendem a fazer tudo o que é proibido.

Por: Antônio Caio Ramos

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Eu. Silencio. Por: Renata Cucchi

Eu. Silêncio. Nada mais, eu aqui parada, sentada em meu quarto olhando e refletindo sobre o mundo que vivemos hoje. Às vezes, o melhor a fazer é somente se calar, deixar com que o silêncio fale por você, como se o vento que sopra fosse sua alma sendo levada por todos os lugares desejados que você sempre quis ir e nunca pode, por medo, por medo de que as pessoas pudessem falar, gritar ou que pudessem se irritar com a sua presença, ou com seu silêncio ali. Difícil, eu sei. Ter que ficar calado em momentos nos quais você com certeza desejaria gritar, viver do seu jeito, falar o que você quer falar, dançar e cantar de um jeito maluco como se problemas não existissem, isso sim às vezes seria maravilhoso. Viver a vida sem julgamentos, ser feliz, e ter o prazer de poder se expressar para o mundo, fazer a diferença, criar novas ideias, não sei, mas tudo isso que nem eu mesmo sei, seria diferente, seria bom. Mas, hoje em dia é impossível. Sempre tem aquele alguém que pelo seu poder em mãos ou sua disciplina, parece ter o direito da autoridade, de poder dizer o que você pode e não pode fazer, esmagar-nos de um jeito que faz com você nunca se sinta seguro novamente como antes. Eu sei, conheço medo e outros sentimentos que passam não somente em sua mente, quando você está deitado na cama, tentando dormir e esquecer toda essa dor, conheço tudo que lhe aperta no coração por ter que viver uma vida às vezes tão miserável, sem liberdade, por medo e insegurança dos outros.

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Concepto de Identidad

Identidad es lo que te describe tanto individual como colectivamente, todo lo que forma la personalidad de alguien, o sea tus rasgos propios. Son momentos vividos, sentimientos, cómo me siento en el mundo. Características físicas y psicológicas, es el resumen de un grupo de conocimientos que aprendemos a lo largo de la vida y que demuestras con actitudes y comportamientos.

Identidad es lo que te destaca, lo que te diferencia del resto del mundo, de todas las personas. Es muy importante tener su propia identidad.

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Girl’s New Best Friend

Nowadays, girls have a new best friend: teen magazines! Magazines just like Capricho, TeenVogue, Bop, Seventeen and a lot of others have been very successful. And then comes the question: what is the reason for all this success? The answer is very easy: the magazines publish exactly what teens are interested in: gossips, news, fashions tips, boys and interviews. Some of then also have posters, stickers and small samples of cosmetics. And then comes another question: are the magazines influenced by teens or the teens influenced by magazines? Both! They depend on one another. Although the magazines are influenced by what teens like, the magazines have the power of changing a teen mind, and that can be dangerous, because the magazine sometimes doesn’t say the true.

Por: Maria Marta Castro

Teen magazines have been a good entertainment for girls, but at the same time teenagers have to be careful, because not everything they read is true and they can be easily influenced by what they are reading.

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Afinal, do nosso ponto de vista, tudo que é proibido é mais gostoso, ou seja, o desconhecido da vida deve ser explorado enquanto ainda é tempo de fazê-lo. O jovem não sabe administrar sua liberdade, afinal, é um jovem. Por isso, pais mandões e mães preocupadas, podem ter certeza de que se continuarem tão neuróticos, tratando seus “bebês”, ou melhor, adolescentes, como filhotes ingênuos, eles lhes trarão problemas, e dos grandes, entenderam? Então, não simplesmente nos proíbam de fazer as coisas, mas nos eduquem, nos expliquem as razões das regras; elas precisam fazer sentido, para que não queiramos infringi-las.

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O assunto é simples e eu vou tentar ser direto: adultos, nossos interesses são incomuns. Enquanto vocês querem devorar obras de Shakespeare, analisar minuciosamente estudos de Darwin, estudar durante toda a sua vida para descobrir uma fórmula matemática revolucionária e ter certeza de que os seus filhos estão em segurança 24 horas por dia, nós queremos simplesmente curtir a adolescência, fazer algumas das besteiras possíveis e, de preferência, estar com os nossos amigos e amigas sem interferência de olhos reprovadores. Além disso, pais preocupados e também despreocupados, devo lembrá-los de que seus filhos estão conhecendo o mundo onde vivem, ou seja, há certas coisas que se aprende sozinho. Ah, e lembrem-se: não nos deem apelidos bizarros, isso é chato e pega mal. Mais suave, pessoal. Caso contrário, haverá uma ditadura “adultar”. A vida assim com certeza não tem graça, olhar ao seu redor e somente ver olhares que te assustam, se deparar com aquele alguém que você detesta toda a vez que você está tentando se soltar, escorregar e cair na frente de muitas pessoas, são todos momentos que deveriam ser a melhor forma de você se levantar e enfrentá-los, mas como? Criando coragem e dizendo tudo o que vem em mente, e tudo e todos que te machucaram deveriam ouvir, porque viver em silêncio é a pior coisa que pode existir, seria viver sem liberdade.

Porém isso é realidade, então não é tão fácil como parece, melhor voltar a ser, somente eu e o meu silêncio.

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Natureza Dependente

Vivemos em um mundo controlado por nós, humanos, em que fazemos milhares de descobertas a cada segundo, mas por mais que saibamos muitas coisas há um longo caminho pela frente. As vezes temos que mudar nosso jeito de pensar, e invertê-lo, tornar hipóteses boas em ruins, e ruins em boas, porque podemos ter uma hipótese totalmente contrária da verdade. Alguma vez você chegou a pensar que estando exposto ao seus predadores você estivesse mais seguro? Pois é, agora podemos comprovar que o mundo está de cabeça para baixo, literalmente. Tudo começou quando um grupo de pesquisadores ficaram intrigados com uma questão: Porque as acácias que estavam cercadas há 15 anos ficaram fracas e grande parte morta, e as que estavam do lado de fora cercadas por herbívoros mais saudáveis e com mais abundancia? Como a ausência destes herbívoros faz com que o número de árvores diminua? Para descobrir foi preciso manter duas áreas de savana, uma cercada e outra não, após algum tempo foi feita a observação, como já disse, e foi concluído que nem sempre os predadores são prejudiciais.

Por: Cecília Galvão e Laura Klink

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Neste caso a presença das formigas fazia com que fosse produzida uma seiva, e elas utilizavam essa seiva para proteger o território de outras formigas que o invadiam e prejudicava a acácia, e as girafas usavam essa seiva para podar a árvore, mantendo-a em boas condições. Aqueles que estão supostamente contra nós podem acabar sendo os que mais nos apoiam, e acabam se tornando a razão de nossa vivência.

Natureza Dependente

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O Lado Negro da Modernidade

A vida moderna tem os seus prós e contras. Se por um lado a ciência e a tecnologia estão cada vez mais avançadas, por outro, nossa qualidade de vida vem diminuindo cada vez mais. A pressão para que se produza mais em menos tempo faz com que a agilidade esteja presente não só no trabalho, mas também nas nossas horas de lazer, se é que podemos chamá-las assim. Para economizar tempo, o fast-food acaba sendo uma escolha frequente por parte da sociedade moderna e, como consequência desse hábito, a obesidade se tornou uma característica da modernidade. Agora não é só na Disney que se vê pessoas horizontalmente gigantescas devorando pernis de peru. Diante dessas transformações radicais, medidas têm sido tomadas para o mundo se adequar a esse novo tamanho. Ambulâncias com macas maiores têm sido produzidas e o transporte público tem adaptado seus assentos. Imagine ter um ataque do coração e morrer por não conseguir passar pela porta da van. Pior ainda seria pegar um ônibus ou metrô lotado e passar o constrangimento de ter que pedir não só para um, mas para dois desconhecidos se levantarem para que você possa sentar.

Por: Antônio Caio Ramos, Gustavo Simone e Hugo

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Os Estados Unidos estão chegando, até, a cobrar impostos dos restaurantes fast-food. Será que isso levaria o tão grandioso McDonald’s à falência? E o que é mais impressionante é a Alemanha querer cobrar impostos dos gordos, devido ao maior gasto em saúde. Que humilhação! Essas pessoas são tratadas como se escolhessem o caminho da obesidade! Já se sabe que os gordos possuem um número maior de adipócitos que os magros. Quando engordamos ou emagrecemos após a adolescência, o número de células adiposas não se altera. O que se altera é o tamanho da gota de gordura dentro de cada uma delas. Mas por que raios estamos falando disso? Por muito tempo se acreditou que o emagrecimento poderia ser alcançado pela redução do número de células adiposas. Contrariando essa ideia, em 2008, um grupo de cientistas fez uma descoberta revolucionária: o total de adipócitos é substituído a cada dez anos, mas o corpo, criação divina, mantêm o número dessas células intacto. Isso só pode ser descoberto com estudos baseados na radioatividade liberada por meio de bombas atômicas durante a Guerra Fria, que atingiram os vegetais e, consequentemente, o corpo humano.

Por isso, meu caro, tire de sua cabeça que o regime ou a redução de estômago é a solução. Não é, definitivamente não! O único meio de se livrar de uma vez por todas dessas inúteis células gordurosas é a cirurgia plástica. Quem diria que graças à bomba atômica iríamos comer sem culpa nem vergonha?

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Caro Eduardo Galeano, Nosotros somos estudiantes de noveno grado de la escuela Lourenço Castanho, en São Paulo, Brasil. Escribimos para usted, porque relacionamos nuestro estudio de América Latina con su libro “Las venas abiertas de América Latina” y también a nuestro viaje a Ouro Preto, Minas Gerais. Este año, nuestro continente ha sido uno de los principales temas de estudio, trabajado por casi todos los profesores. Hemos visitado el Memorial de América Latina, donde hemos visto “La Mano” de Oscar Niemeyer, basada en su trabajo. Antes de viajar leímos una parte de su libro, llamado “Vila Rica de Ouro Preto: Potosí del oro”, y partiendo de este texto, tuvimos la impresión que Ouro Preto es una ciudad parada en el tiempo y también presenta muchas dicotomías. Como usted, hemos relacionado Ouro Preto a Potosí, debido a la exploración de los europeos, que acabaron con todas las riquezas de la región. Después del viaje, pudimos percibir que pasados 40 años de la escrita de su texto, Ouro Preto ha cambiado. Ahora, es una ciudad en movimiento, principalmente por causa del turismo, proporcionado por las construcciones coloniales, que muestran la historia de la ciudad. Las dicotomías siguen presentes, principalmente entre lo viejo y lo nuevo. Pudimos percibir en la visita una preservación y una degradación ambiental, que fueron observadas en la Vale, pues acaba con las montañas para retirar el hierro, y en Inhotin que es un nuevo museo de arte contemporáneo al aire libre existe una grande área de preservación ambiental. Con todos esos cambios sería interesante para usted volver a Ouro Preto. ¿Le gustaría volver?

São Paulo, 21 de septiembre de 2011.

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Al leer su texto, también percibimos que la historia no es

solo contada por los libros didácticos, sino también por las personas importantes de Ouro Preto, para aprender el otro todo de la historia. Nos gustaría agradecerle por su trabajo, que ha sido muy importante para nosotros este año. Acreditamos que América Latina está superándose, a pesar de toda la explotación que ha sufrido en el pasado. Aguardamos su respuesta. Atentamente,

Carolina Nahas, Maria Marta Castro y João Gait

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Estimado Eduardo Galeano, Nosotros somos estudiantes brasileños de la escuela Lourenço Castanho y acabamos de hacer un viaje a Ouro Preto. Este año estudiamos Latino América basados en parte de su texto “Las venas abiertas de América Latina”. Tuvimos clases sobre la minería y la relacionamos con su obra. Fuimos al memorial de Latino América y vimos la mano de Niemeyer, que fue inspirada en su libro. Todo este conjunto de materiales nos ha ayudado a comprender mejor la situación en que se quedaba Latino América durante los siglos XVII y XVIII y sus consecuencias en los días de hoy. Sobre el viaje, esperábamos presenciar una ciudad parada en el tiempo, tal como usted describió. Esperábamos también observar la gran cantidad de oro presente en las iglesias. Nuestra primera impresión fue muy parecida con su descripción, ya que es inevitable observar la riqueza de las iglesias y las características de una ciudad antigua que “se quedó parada” en el siglo XVII. Entonces pudimos concluir que la expectativa correspondió a la realidad. Todavía, hay cosas que han cambiado durante estos 40 años (desde que escribió su libro), como el comercio, el arte local y sobre todo el turismo, que actualmente es la fuente de lucro más grande.

São Paulo, 21 de septiembre de 2011.

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La escuela nos programó entrevistas con ciudadanos de Oro

Preto, con esto conocimos a Doña Celia Nazaré, que es una “contadora de historias” muy importante para la ciudad. La entrevistamos y descubrimos que ella empezó a contar historias dado a la gran influencia de su padre. Ella nos dijo también que su vida gira en torno de Ouro Preto; siendo que sus obras de arte y artistas favoritos son de su propia ciudad y añade que jamás quiere dejar Ouro Preto. Ella es sin duda un personaje muy raro, porque mezcla el pasado y el presente de la ciudad.

Nos gustaría agradecer por el mensaje que ha transmitido

para el mundo a través de su antología y decir que fue muy inspirador leer su texto. Con gran admiración, Alumnos de Lourenço Castanho. Pedro Caviglia, Gustavo Simone y Vitoria Fiore.

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Dunga ou Zangado? Por: Antônio Caio Ramos

Todos estavam ansiosos. Brasil X Holanda seria um jogão, sem a menor dúvida. Haveria disputa, muito toque de bola e, se Deus quisesse, o cabeça dura do Dunga teria uma boa estratégia. O bom mesmo seria ele se basear nas atitudes de seu homônimo, um dos anões do filme infantil “A Branca de Neve e os Sete Anões”: falar menos e fazer mais. O árbitro apitou. O jogo começou. O Brasil saiu na liderança. Lúcio fez um belíssimo gol no terceiro minuto do tempo. A torcida foi à loucura, já sentia o calor da brilhante e tão respeitada taça nas mãos. Porém, para a decepção de todos, o juiz marcou gol impedido. A animação foi retomada cinco minutos depois, com um maravilhoso gol. Inspirado e querendo alcançar a vitória, Kaká driblou um dos holandeses e fez um contagiante gol de cabeça, desta vez, válido. Gritos de alegria, abraços de amizade, sopros de vuvuzelas e olhos fixos no telão. A torcida já se sentia vitoriosa. Mas depois disso... Os holandeses viraram o jogo, para o nosso desgosto. Foi como tirar doce de uma criança. Todos sabemos: a esperança é a última que morre, e, por isso, continuamos a soprar nossas vuvuzelas, incentivando os nossos suados jogadores. O segundo tempo iniciou-se. A arbitragem péssima. Tudo o que o Brasil fazia dava em falta. A gritaria e o som das vuvuzelas começaram a nos dar dores de cabeça. Todo aquele barulho junto tornara-se atormentador. O que antes era divertido e agradável virara uma coisa assustadora e bizarra. Por que o Galvão Bueno não podia ficar quieto, ou melhor, parar de emitir a alta frequência de seus comentários irrelevantes e cansativos? O Brasil não podia perder mais uma Copa do Mundo! Será que as previsões do tão sábio polvo estavam corretas? Será?!

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Depois de um grande caos nos aeroportos de alguns países sul-

americanos, causados pelas cinzas de um vulcão no Chile, que resolveu entrar em erupção bem nesses dias, a seleção finalmente conseguiu embarcar. Achei até que alguém lá em cima não queria que o jogo acontecesse, mas nada impediu que Neymar chegasse no Uruguai, mesmo que fosse com o seu famoso moicano um pouco bagunçado e pudesse finalmente começar a tão esperada final da libertadores: Santos X Peñarol. No jogo, Neymar não teve grandes oportunidades de brilhar com suas Incríveis jogadas, por causa da pressão dos uruguaios, que fizeram questão de ofuscar a estrela. Teve destaque apenas quando driblou três jogadores, mas parou no terceiro, e quando finalizou pela primeira vez, porém com um chute fraco. Apesar de que para mim seu maior destaque foi quando levou seu injusto cartão amarelo, que deixou até Muricy revoltado. Resultado: o jogo acabou no zero a zero. Agora são os uruguaios que virão pra cá, jogarão no Pacaembu. Espero que a torcida brasileira ajude tanto quanto a uruguaia ajudou. E também que Neymar tenha sua chance de brilhar com o seu famoso penteado, que não é tão inovador assim. Para provar isso, ninguém menos que Pelé foi mostrar a seleção santista uma foto dele há muito tempo atrás com o moicano. Mas Neymar vai precisar de mais semelhanças com o Pelé para poder nos orgulhar. E a história não acabou. Se o Santos vencer, vai lá para o Japão confrontar o gigante Barcelona. A nós só resta rezar para que o vulcão Sakurajima entre em ação, pois assim, pelo menos perderíamos por W.O.

Há alguns dias ouvi uma piadinha provavelmente verídica, em que a filha contava que estava grávida e o pai ficava revoltado e perguntava quem era o desgraçado que havia feito isso com ela, ao que ela respondia que era o Neymar. Pai então dava um abraço nela, cheio de alegria. Essa felicidade toda por causa, lógico, do futebol. O menino de 19 anos está prestes a se tornar o melhor jogador da América Latina.

A BOLA DA VEZ Por: Maria Marta Castro

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Santos. Santos um time cujos rastros da história o torna diferente, tão diferente como ter um Pelé em campo jogando por um titulo. Vários títulos aliás. Mas enfim, hoje temos uma pequena versão de Pelé, o menino Neymar. Seus dribles, seus passes, fazem os torcedores pularem de alegria, por poder ter a esperança de conquistar o título da Libertadores de 2011. Bom, eles estavam certos, sua torcida tinha poder enorme, a esperança, e ela foi conquistada, na última quarta-feira, 22 de Junho de 2011. Santos ganhou a Libertadores, mas não somente por ter um menino espetacular em campo, mas por todo o conjunto. O Peixe é como o sistema solar, sabe? Ele dá voltas e voltas, até se alinhar como os planetas, com o Sol. Um time que demora para se ajustar, tem suas perdas e seus ganhos, escolhas certas e erradas, mas dessa vez o conjunto do time inteiro estava alinhado com o Sol, até que aconteceu o eclipse, a vitória da Libertadores.

Apesar dos pesares do Peixe Por: Renata Cucchi

Muricy comanda esse time como se tivesse protegendo seu time de uma guerra, tentando vencê-la. Após sua contratação, toda aquela desorganização em campo, iria mudar.

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Na verdade mudou, novas contratações, jogadores de base, ou seja, jogadores novos, tal como Neymar, se bem treinados, tornam-se estrelas do time. Mas tudo isso, somente aconteceu por causa da estrela maior, o Sol Muricy Ramalho. Orientando e criando novas táticas a cada momento certo do jogo, fez com que cada jogo aumentasse a excitação de tornar tricampeão. Santos, era um novo time, um novo futebol, Neymar, Ganso e Muricy. Cada jogo era como patinar na neve, simples e fácil vitória, um time que era difícil de superar, o esforço de outros times tinha que ser grande para combater o Peixe. E não é que ele estava certo?! O Brasil perdeu de um para a Holanda, que venceu com dois. Os jogadores brasileiros estavam arrasados, decepcionados consigo mesmos, enquanto aqueles holandeses infelizes festejavam sua vitória suja. E para melhorar a situação, um grupo de repórteres cercou Júlio Cesar para perguntar como ele se sentia. Os flashes eram a maça envenenada. Mas, desta vez, a Branca de Neve não caiu na tentação. Ficou em silêncio e entrou no vestiário. Postura admirável.

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