Revista 08

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Especial Adolescentes OUT, NOV | 2009 Ano 2 - 8ª Edição Entidade de Caráter Social e Filantrópico Por um futuro melhor

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Revista Visão Seleta

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Especial Adolescentes

OUT, NOV | 2009Ano 2 - 8ª Edição

Entidade de Caráter Social e Filantrópico

Por um futuro melhor

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Esta edição é sem dúvida muito especial, pois está repleta de matérias que retratam a situação dos adolescentes no contexto de educação e trabalho. Para a SSCH, a ligação entre a formação pro-fissional e o sistema educacional dos adolescentes é fundamental para a efetiva inserção desses menores na sociedade através da oportunidade do primeiro emprego.

Nossa equipe teve a preocupação de colocar em foco, o acolhimento dos adolescentes na entidade em todo o processo de qualificação e encaminhamento ao mercado de trabalho, não deixando de expor o desenvolvimento do educando no sentido da preparação para o exercício da cidadania, e a conseqüente melho-ra na qualidade de vida, o que alicerça os ideais da instituição e da sociedade de forma expressiva.

Evidenciamos diferentes perfis de alguns jovens que tiveram sua primeira experiência profissional através dos programas de-senvolvidos pela nossa instituição, e outros que se sobressaem na situação de adolescentes aprendizes. Destacamos a 1ª Exposição de Artes Plásticas da SSCH, e também a entrevista com Rodolfo Holsback, proprietário da empresa H2L – Equipamentos e Siste-mas, em que nos conta sua trajetória profissional, ressaltando, in-clusive, a importância da parceria de sua empresa com a Seleta.

Salientamos que a coroação de nossos esforços em prol do adolescente, não seria possível sem o fundamental apoio dos con-vênios com os governos federal, estadual e municipal, e com as empresas particulares de responsabilidade social no sentido de acolher e acreditar no jovem. Aproveitamos para agradecer aos adolescentes (alunos e ex- alunos da SSCH) que se disponibiliza-ram a fazer as fotos que ilustram essa edição e ao Estúdio Krugel onde foram realizados os ensaios fotográficos.

Concluímos com um trecho do texto do Papa Bento VXI aos jovens brasileiros: “Peço à Virgem Maria que obtenha para todos vocês a graça de ser sempre testemunhas da esperança”.

Presidente: Gabriel Moreira dos Santos 1º vice Presidente: Amilton Nantes Coelho 1º Secretário: Milton Rosa Sandim1º Tesoureiro: Alfredo José de ArrudaDiretor: Vilson de FreitasAssessor Jurídico: João Maciel Neto

Jornalistas responsáveis: Nádia Bronze /DRT 141 MSMirella Bernard /DRT 121 MSDesigner Gráfico: Alex Freitas Responsável Gráfico: Alexandre BelchiorProdução e comercial: Marcia RodriguesRevisão: Valéria Valli Seffrin

Tiragem: 2.000 exemplaresImpressão: Grafica Seleta Rua Pedro Celestino, 3283 Bairro São FranciscoCEP: 79002 -320 | Fone: 67 3356 -1525Fale Conosco: [email protected]

Revista Visão Seleta é uma publicação da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária

Vilson de FreitasDiretor da Revista

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Errata: Retificamos, com as devidas desculpas, a nota publicada na 7ª edição desta publicação, página 51, infor-mando que o asfalto que liga o Espaço à Rua João Pessoa ao Espaço de Entretenimento do Seletiano, foi conseguido de-vido a uma grande articulação da Seleta junto ao secretário de Estado de Obras Públicas e de Transportes, Edson Giroto.

08ARTE Formas e Cores

12TRABALHOSerralheria de Alumínio

28CAPAGeração.com

16CAPAFuturo é questão de oportunidade

18 CAPACasos de Sucesso

37CEDHU Empossados novos conselheiros

40RENADE Rede Nacional de Defesa do Adolescente

14AÇÃO SOCIALEsporte e Cidadania

índice

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Seleta comemora 83 anos

Visão Seleta Outubro, Novembro | 20094

Seleta

O governador André Puccinelli participou, no dia 26 de agosto, da confraternização dos 83 anos da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária. A ins-tituição tem como carro-chefe trabalhos sociais e fi-lantrópicos, e com adolescentes carentes da Capital. Para eles são ofertados cursos profissionalizantes visando a inserção de mão-de-obra qualificada no mercado de trabalho. A Seleta se ocupa ainda com projetos sociais, como as campanhas de doação de agasalho e de alimentos, auxiliando outras entida-des.

O presidente da Seleta, Gabriel Moreira dos Santos, disse que ficou feliz com a presença do governador e agradeceu a parceria com o governo do Estado. “É uma ótima parceria e tem nos ajuda-

do bastante. A Seleta traz o adolescente da rua, do bairro, da periferia, dá um curso de formação para ele e o coloca no mercado de trabalho em diversas secretarias. O governo nos ajuda pagando o salário destes adolescentes. E hoje nós temos no mercado de trabalho cerca de 400 jovens de 16 a 18 anos”, comemora.

Puccinelli lembrou o auxílio da Seleta quando foi prefeito de Campo Grande e ressaltou que a par-ceria continua. “Queremos atuar em conjunto nos diversos quadros da Seleta no Estado”. Na oportu-nidade Puccinelli e o presidente da Seleta descerra-ram uma placa que inaugura a climatização do salão social, representando as 15 obras entregues pela administração atual.

Henrique Theotônio

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Convidados pela diretoria da entidade, através do Seletiano Adir Paes, a deputada estadual, Dione Hashioka, o ex-prefeito de Nova Andradina Roberto Hashioka conheceram a grandiosidade das instala-ções e das obras humanitárias que começaram em Corumbá há 101 anos. Hoje já são 16 unidades, sen-do 14 no Centro-Oeste e duas no Paraguai (Capitan Bado e Coronel Sapucaia).

A deputada Dione Hashioka agradeceu pela oportunidade de poder conhecer o trabalho da Se-leta que além de pensar no bem estar da comuni-dade, dedica-se também à formação física, moral e social dos adolescentes. “Contem conosco e com o Parlamento estadual, como parceiros desse magní-

fico trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul. Parabéns pelos 101 anos no Estado e pelos 83 anos em Campo Grande”.

O presidente do Grande Quadro da Seleta, Ricardo Tadeu, falou da importância do trabalho voluntário e informou que já iniciou uma conversa com o governador, visando a instalação da Seleta em Nova Andradina e Várzea Grande-MT e mais duas unidades em São Paulo e Rio Grande do Sul. Parti-ciparam também da solenidade frei Damião, repre-sentando o Arcebispo Metropolitano, Dom Vitório Pavanello e o vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque, junto a centenas de seletianos, cola-boradores, parceiros e voluntários.

Henrique Theotônio Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

Henrique TheotônioHenrique Theotônio

Henrique Theotônio

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COMAD

Com o tema “Fatores de risco e proteção: uso de álcool e outras drogas”, os membros do Conselho Municipal Antidrogas realizaram no dia 02 de outu-bro, na Seleta, a 2ª Mesa de Conversação.

O evento, destinado aos alunos do curso de Au-xiliar Administrativo e de Escritório, teve a presença de palestrantes que atuam em diversos segmentos, como psicólogos, delegados de polícia, médicos, ad-vogados, professores, policiais militares, entre outros.

Conforme a conselheira Maria Ivete Floreste Sil-veira, que integra a comissão organizadora do evento, os profissionais entram em sala de aula e discutiram diversos temas. “Cada palestrante abordou um assun-to. Prevenção, o uso de drogas lícitas e ilícitas, repres-são, dependência química, fatores de proteção, ações

preventivas foram alguns assuntos trabalhados”.O COMAD, que tem como membro o presi-

dente da Seleta, Gabriel Moreira dos Santos e como suplente, Lucimeire Melo, setor de Convênios da Entidade realiza constantemente ações como essa. “Procuramos fazer sempre um trabalho de preven-ção, principalmente com os jovens e esse trabalho nos proporciona um grande retorno, pois os jovens se interessam, fazem perguntas, tiram dúvidas e com isso conseguimos que eles entrem nesse mundo”, afirma Maria Ivete.

Durante o evento, os alunos puderam con-ferir o trabalho do grupo de street dance do Centro de Referencia e Assistência Social Jardim Aeroporto.

COMAD realiza segunda mesa de conversação na Seleta

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Arte

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Formas & CoresMais de 90 obras puderam ser visitadas durante a 1ª Exposição de Artes Plásticas da Seleta. As telas aliavam esforço, dedicação, quebra de preconceitos e, sobretudo, beleza

Ana Cristina Gonçalves

Tela: Nú

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Sob orientação da artista plástica, Lúcia Maria Pereira, mais de 90 telas feitas por oito alunas fo-ram apresentadas durante a 1ª Exposição de Artes Plásticas da Seleta. A abertura do evento, intitulado “Formas e Cores”, aconteceu no dia 21 de agosto, no salão da sede social.

As obras foram produzidas por mulheres com idade de 10 a 75 anos, no período de um ano. De acor-do com Lúcia Pereira, as telas “tiveram temas bastante abrangentes, do clássico ao abstrato, o que contemplou ao público que também era bastante diversificado”.

Uma parte interessante desta experiência, se-gundo a artista, foi perceber que, apesar das dife-renças, o grupo de alunas era bastante unido. “Além da diferença de idade, duas delas são portadoras de

necessidades especiais. Acredito que nós quebramos barreiras e paradigmas, porque esse grupo conse-guiu conviver em harmonia, uma ajudando e dando força para a outra”.

Lucia explica que as alunas lutaram muito para concretizar a vontade de fazer uma exposição. “Duas alunas estavam enfrentando problemas de doença na família e deixavam seus afazeres para virem às aulas. A pintura serviu a elas como forma de terapia, para que elas pudessem relaxar e ter energias para cuidar devidamente de seus familiares”.

A instrutora afirma ainda que pode verificar mudanças no comportamento das alunas. “Algumas, no início, tinham as mãos pesadas, parecia que iam furar a tela com o pincel. Eram ansiosas e retraídas.

Zuleine Fernandes N. de Souz

Tela: Por-do-Sol

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

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Arte

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Clemilda S. Marques

Tela: “Strelissa”

Simone Fenner

Tela: Copos de Leite

Dina Maciel Delgado

Tela: Fogão à lenha

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

Henrique Theotônio

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Visão Seleta Outubro, Novembro | 2009 11

Mas elas progrediram e ficaram mais seguras. A auto-estima delas melhorou muito. Elas sabem que têm talento e podem fazer uma obra de arte. Acredi-to que a exposição é o resultado de um trabalho de superação e da harmonia do grupo”.

Ela garante que para ser um artista, antes de tudo, tem que haver vontade. “É claro que há pessoas que já nascem com um dom especial ou mais facili-dade, mas com a técnica é possível fazer uma obra”. Lucia é autodidata. Ela conta que desde criança tinha habilidade com desenhos e aos 18 anos começou a se aventurar nas artes. Pinta telas há 23 anos. “Com-prei umas telas, peguei instruções e depois fui me desenvolvendo sozinha”.

Atualmente ela faz faculdade de Artes Visuais. Tem trabalhos vendidos em vários estados do país, como Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Telas da artista também foram expostas em Portugal e levadas para Espanha, Itália e Estados Unidos.

Contente com o sucesso da exposição, Lucia pretende continuar como instrutora do curso de pin-tura em tela na Seleta e espera que surjam novas oportunidades de expor as produções das alunas. “Espero que esta exposição seja a primeira de muitas e aproveito para agradecer o apoio da Seleta para realizar este evento. Vou continuar trabalhando por-que amo o que faço”, finaliza.

Ana Cristina Gonçalves

Tela: Geométrico

Colorido

Henrique Theotônio

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Percebendo a demanda e o déficit de mão-de-obra na área, uma parceria formada pela Seleta e as empresas Alusul e Alumigon oferece a pessoas, a partir de 18 anos, o curso de Serralheria de Alumí-nio, com o objetivo de qualificar profissionais para um mercado que não para de crescer. Para a realiza-ção das aulas, a Seleta cedeu o espaço físico, ajuda de custo e vale transporte. As empresas entraram com o material, o maquinário e o apoio técnico.

Diretor da Alusul e representante da Alumigon, Etalívio Barros, explica que “o alumínio era muito di-recionado para o litoral devido à oxidação de outros materiais. Inicialmente utilizavam-se esquadrias de alumínio em prédios e edifícios já que o custo de manutenção era menor e não havia necessidade de pintura durante pelo menos 30 anos. Aos poucos o material foi sendo empregado na área residencial. Hoje ocupa praticamente todo o mercado substituin-do o ferro. Até mesmo as casas feitas em projetos governamentais como ‘Minha Casa, Minha Vida’ e as indústrias usam esquadrias de alumínio”.

Para ele, o curso abrirá as portas do mercado de trabalho. “O mercado está em plena expansão e as serralherias não têm condições de atender a deman-da. Em Campo Grande mesmo não param de surgir

empreendimentos imobiliários, por isso precisamos urgentemente de muita mão-de-obra qualificada. Há mais de 10 anos foram formados os últimos alunos de um curso de serralheria de alumínio na Capital. De lá para cá não foi promovido outro curso. Portan-to as serralherias sofrem muito pela falta de profis-sionais. O curso da Seleta é o único no Estado. Por isso, os alunos que sairão do curso, provavelmente, já estarão contratados”, justifica.

Durante o curso, os alunos tiveram até aula de matemática e geometria para fazer os cálculos de cortes precisos. Atualmente eles estão na fase de preparação, corte, montagem e instalação das esquadrias. De acordo com Etalívio Barros, no se-gundo semestre os alunos entrarão na fase de re-vestimentos e aprenderão sobre o sistema “Structu-ral Glazing”, que é um tipo de fachada transparente em que o vidro é colado com silicone nos perfis dos quadros de alumínio, ficando a estrutura oculta, que é a tendência na construção civil para prédios comerciais e residências.

Serviço: Informações sobre o curso podem ser obtidas pelo telefone: (67) 3356-1525 ou na sede da Seleta.

Serralheria de Alumínio

Etalívio Barros, diretor da Alusul e representante

da Alumigon, empresas parceiras da Seleta

Único no Estado, curso qualifica mão-de-obra para mercado em plena expansão

Trabalho

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Há mais de 15 anos no mercado, a H2L Soluções para documentos conquistou espaço, respeito e credi-bilidade em todo Estado. Dirigida pelo empresário Ro-dolfo Holsback, a empresa é hoje líder de mercado.

“Até chegar aqui foi um longo caminho. Traba-lhei muito, tive que vender imóveis, pegar carro em-prestado. Mas valeu a pena”, garante. O que levou o empresário a alcançar o sucesso é definido por ele mesmo “força de vontade, garra e determinação”.

A H2L tem hoje um quadro de cerca de 150 funcionários na Capital. É revendedora autorizada da Canon e Kyocera, além de vitrine quando se refere a tecnologia de informação. “Ser hoje referencia no mercado é uma grande responsabilidade. É preciso investir sempre em qualidade”, afirma.

A origem da empresa, fundada em outubro de 1993, veio de uma sociedade com amigos – Humber-to, Holsback e Lopes. “Foi devido as iniciais que colo-camos o nome na empresa”. Com o tempo a sociedade foi diminuindo. “Após 11 meses já estava sozinho na empresa. Ai comecei a correr atrás da clientela, foi quando loquei a primeira máquina, por meio de um convênio firmado com o governo do Estado”, explica.

A partir daí a H2L Soluções para documentos não parou mais. “Ao longo desses anos tivemos um grande salto de qualidade e quantidade. Acompanha-mos sempre as inovações do mercado com muito oti-

mismo e trabalho”. Atualmente a empresa é respon-sável pela impressão do IPVA, do Diogrande, entre outros documentos.

Mas não é só a H2L que enche os olhos do em-presário. Ele tem outro projeto, a TV Minuto. “É um projeto desenvolvido no metrô de São Paulo, onde em cada vagão são colocados oito monitores, que trans-mitem uma vasta programação”. Rodolfo tem 50% da sociedade e os outros 50% pertencem a TV Bandei-rantes. “Esse projeto veio depois de muito trabalho, por meio de um software, desenvolvido por um ami-go, que vem dando certo e que provavelmente será expandido para o metrô de Brasília”.

Sem esquecer o lado social, Rodolfo desenvolve também o projeto Tudo Por um Sorriso. “Nós vamos aos bairros, levamos cursos, treinamentos, esportes para aqueles que não têm acesso a esse tipo de ativi-dade”. Além do projeto, a H2L também já foi uma das parceiras da Seleta. “Durante o tempo que tivemos convênio com a Seleta, tivemos a chance de contribui-mos com a inserção desses jovens no mercado de tra-balho., que sem dúvida para nós é muito importante.

Em todas essas conquistas Rodolfo Holsback re-força o apoio da família. “Se cheguei até aqui foi com o apoio da minha família, esposa, dos meus filhos. Sou muito otimista e acredito que quando realizamos um trabalho com amor e determinação o sucesso chega”.

“Acompanhamos sempre as inovações

do mercado com muito otimismo e

trabalho”Rodolfo Holsback

H2L – Soluções para documentos

Empreendedorismo

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Rodrigo Oliveira de Paula, professor de educa-ção física, trabalha há 11 anos na Seleta e já presen-ciou a mudança na vida de centenas de adolescentes carentes através do esporte. Ele conta que tudo co-meçou com um projeto do também professor Luis Magalhães, que envolveu alunos da Escola 26 de Agosto e adolescentes da comunidade para treina-mento de futsal e, mais tarde também de basquete. De 1998 a 2003, o treino de basquete masculino foi extinto, restando treino para 60 meninas.

“Como nosso projeto visava tirar as meninas das ruas, através do basquete da Seleta, consegui-mos bolsas integrais para cinco meninas estudarem

no Colégio Dom Bosco. Nosso lema é estudar primei-ro e treinar depois. Mas elas não tinham condições financeiras, então conseguimos as bolsas devido ao destaque delas no esporte. Hoje, uma é formada em Educação Física, e duas estão terminando as facul-dades de Enfermagem e Direito. Outra teve a opor-tunidade de jogar em clubes do Rio de janeiro e São Paulo e está com o projeto de ir para os EUA”.

Entre 2004 e 2006, a Entidade ofereceu ape-nas os treinos de futsal. Já em 2007, devido à de-manda, foram retomadas as aulas de basquete. Des-de então, os jovens podem treinar no SESC Camillo Boni e na Seleta, representando também a Escola 26

Ação Social

Esporte e Cidadania Seleta oferece escolinhas de futebol e basquete para jovens carentes

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Equipe de basquete da Seleta

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de Agosto. Essa parceria já mostra resultados. “Neste ano, quatro jovens foram convocados para a seleção estadual, sendo que dois deles foram efetivamente disputar o Campeonato Brasileiro em Goiás”, destaca o treinador.

Rodrigo aponta, no entanto, que ainda há difi-culdades em fazer com que os jovens permaneçam vinculados ao esporte. “Tem um menino que vive a sete ou oito quilômetros do terminal Guaicurus e vem treinar aqui na Seleta. Então, os alunos vêm porque gostam do esporte, gostam do treino e do treinador. Mas o esporte está competindo hoje com muitas coisas como o computador, namoradas (os) e passeios. Os jovens estão esquecendo a atividade física. É nosso trabalho também combater isso”.

Segundo o professor, outra dificuldade é conse-guir meninas que queiram treinar basquete. “Neste ano só temos uma aluna. Até mesmo pelos resulta-dos que o basquete feminino vem tendo nos últimos anos. O basquete masculino ainda tem apelo, por causa da NBA e outras competições internacionais. A Seleção Brasileira Masculina conseguiu vencer re-centemente a Copa América e já tem vaga no Mun-dial de 2010. Então a tendência agora é aumentar a procura”, explica.

Além de incentivar a prática de esportes, a esco-linha de futsal e basquete acaba promovendo experi-ências inesquecíveis e importantes para fazer dos jo-vens cidadãos melhores. “Já tive a experiência de ver a primeira viagem de um menino para outra cidade. Já vi adolescente viajar brincando, chegar a outra cida-de e, à noite, começar a chorar. Nesse momento você tem que ser pai, amigo, psicólogo e chato. O bom das viagens é que nós trabalhamos muito com a noção de responsabilidade. O atleta tem que cuidar do unifor-me, tem horário para se alimentar e para treinar. Eles entram numa rotina diferente”, diz o treinador.

Conforme Rodrigo, “muitos jovens chegam aqui achando que não são nada, que são perdedores e fra-cassados. Eles percebem as dificuldades dos pais em conseguir as coisas e, muitas vezes, desanimam. Tem menino que precisa de tênis para treinar. Já cheguei a reformar tênis usado de alunos com melhores condições financeiras e doá-los para quem não tem. Tanto eles quanto eu temos aqui lições de solidarie-dade. Um ajuda o outro”.

SERVIÇO: Meninos e meninas, de 10 a 16 anos, interessados em ingressar na Escolinha de Futsal ou Basquete podem procurar a Seleta. O treino é gratui-to e acontece duas vezes por semana.

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Especial Adolescentes

Futuro é questão deAdolescentes

oportunidadeCada vez mais o jovem carente se vê diante

de um grave problema a ser solucionado: o de en-frentar uma série de dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Dentre elas, pode-se destacar o baixo grau de instrução; dificuldades com o custo do transporte para procurar emprego; vestuário im-próprio; linguagem inadequada durante a participa-ção em entrevistas; falta de conhecimento técnico em serviços. A disputa acirrada por uma vaga nas organizações obriga o candidato a se preparar ain-da mais a fim de obter sucesso. A oferta de cursos e palestras voltadas para a qualificação dos ado-lescentes carentes ainda é bastante reduzida. Daí a importância do trabalho realizado pela Seleta em relação ao desenvolvimento de habilidades deste público, que necessita de um impulso para a inser-ção no mercado de trabalho.

A Seleta oferece o curso de Auxiliar Adminis-trativo e de Escritório que prepara adolescentes para o mercado de trabalho. São jovens que buscam a oportunidade do primeiro emprego. Autorizado

pelo Conselho Municipal da Criança e do Adoles-cente só nos últimos dois anos já formou mais de 700 alunos. O curso possui uma carga horária de 368 horas/aula, sendo 80 dias letivos e 10 para pa-lestras educativas que abordam assuntos como dro-gas, sexualidade, DST´S, violência, entre outros. Durante os cinco meses de curso são ministradas aulas de Específico, Língua Portuguesa, Matemáti-ca, Temas Transversais e Meio Ambiente, além de Educação Digital e do projeto Placa Zero.

A vantagem do curso para o jovem é a entrada no mercado de trabalho de forma legal e qualifica-da, sem comprometimento dos estudos, diferente-mente do trabalho infantil. Já o empregador, além de poder contar com mão-de-obra qualificada, terá a dedução do INSS e FGTS da empresa. Ou seja, o benefício será de ambos os lados. Os parceiros da Seleta na contratação dos adolescentes são os ór-gãos municipal, estadual e federal, além de empre-sas privadas. A Direção da entidade também busca ampliar o número de parcerias.

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Fique de olhoA população jovem é o segmento que mais

sofre com o desemprego. De acordo com a pesqui-sa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em abril de 2009, a taxa de de-semprego para a faixa etária de 16 a 24 anos su-biu para 21,1% em março, a maior desde agosto de 2007. De acordo com o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, a taxa para essa faixa da população é geralmente mais alta por-que falta qualificação e experiência, dificultando a inserção no mercado de trabalho. “Com a chegada da crise e um número maior de pessoas procuran-do trabalho, a qualificação e a experiência vão falar ainda mais alto”.

Ter o ensino médio completo, boa fluência verbal e investir em cursos profissionalizantes que atendam às necessidades das empresas. Este é o perfil do jovem que os recrutadores buscam no

mercado de trabalho, de acordo com a pesquisa “O problema da contratação de jovens na visão do empregador”, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Tecnologia Gerencial Aplicada (IPGA).

Segundo o estudo, que ouviu 49 profissionais da área de recursos humanos de empresas dos seto-res industrial, comercial e de serviços, quanto a es-colaridade, 47% das empresas exigem que o jovem tenha, pelo menos, o ensino médio completo e cerca de 30% consideram que, além do ensino médio, deve apresentar também boa fluência verbal. As qualida-des comportamentais também são apontadas pela pesquisa como o grande mantenedor do jovem no mercado de trabalho. A atitude conta muito na hora da contratação. O estudo inédito e divulgado para o caderno Empregos&Negócios indica que os empre-sários não estão selecionando os candidatos apenas pelo conhecimento técnico.

Pesquisas mostram a situação dos jovens no mercado de trabalho e as necessidades dos empregadores

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Dos 14 aos 17 anos, Elcio Paes da Silva, partici-pou dos cursos da Seleta, quando foi lotado na Secre-taria Estadual de Administração, onde permaneceu por dois anos. Mais tarde trabalhou numa empresa de informática e depois assumiu um contrato de três meses na Intel Corporation, empresa multinacional fabricante, especialmente, de microprocessadores. Durante o contrato temporário buscou detectar-se e conseguiu ser efetivado. Aliás, para Elcio, dedicação aos estudos sempre foi palavra de ordem. Ele conta que fez cursos profissionalizantes da Microsoft, con-cluiu a faculdade de administração e está terminan-do o curso de Direito. Enquanto isso, ele trabalha na secretaria de Governo, dá consultorias de informáti-ca para empresas e residências em Campo Grande, e faz estágio. Foi preciso muito fôlego, coragem e força de vontade para alcançar seus desejos.

“Na época do curso na Seleta eu não tinha nenhu-ma condição financeira. Meus pais ajudavam no que dava. Mas, naquela época, minha perspectiva de vida era estudar. Sempre fui uma pessoa muito determinada e independente. Na primeira faculdade a mensalidade era de R$450,00. Meu salário era de R$420,00. Mas eu me esforçava e corria atrás dos meus ideais. Hoje sou totalmente independente, tenho uma vida estável, carro e casa própria como resultado do meu esforço”.

Para ele, participar dos cursos na Seleta fez toda a diferença no seu perfil como profissional. “Todo adolescente precisa de um pontapé inicial. Eu era uma pessoa muito tímida. Não é fácil para o jo-vem quando está numa situação que o obriga a falar em público, a conversar com muita gente. Mas aqui nós tínhamos treinamento até de postura, e tudo isso foi muito importante”.

Casos de sucessoO sonho de ter sucesso no mercado de trabalho ficou mais próximo

de ser realizado depois que eles ingressaram nos cursos da Seleta

Especial Adolescentes

“Eu me esforçava e corria atrás dos

meus ideais”

Elcio, 27 anos

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Roberto Calepes Junior, conhecido como Be-tinho, atualmente com 29 anos, participou dos cur-sos de datilografia, informática e de Office-Boy/Mini Secretaria (na época), a partir de 1994, na Seleta. Empregou-se na Secretaria de Fazenda como Menor Aprendiz, em novembro de 1995, onde foi contratado por mais um ano, depois de completar os 18 anos. Ele conta que, após servir ao exército, trabalhou em outras diversas áreas, até que o pai o incentivou a praticar vôlei. “Através do vôlei consegui bolsas de es-tudo para terminar o ensino médio e começar a fazer uma faculdade. Quando passei a jogar vôlei de praia, em 2001, a Seleta começou a me ajudar novamente, dessa vez como patrocinadora. E continuo jogando até hoje”.

A partir de então, Betinho encontrou sua apti-dão no esporte. “Tive a alegria de estar sempre entre os primeiros, no Estado. Em 2003, fui revelação do circuito, campeão mato-grossense, medalha de bron-ze no Campeonato Sul-Americano de Vôlei de Praia em 2008, medalha de prata neste ano. O Marcio

(atleta também patrocinado pela Seleta]), que joga comigo, fomos campeões também do Festival Náu-tico de Vôlei de Praia do Mato Grosso, que acontece em Alto Araguaia. Espero que venham cada vez mais títulos por aí”, orgulha-se.

Para o atleta, o incentivo da Seleta é “como combustível para a dupla. Cada vez que consegui-mos patrocínio obtemos resultados, já que temos mais segurança e tranquilidade para poder jogar. Assim vamos mais longe”. Mas não só a ajuda finan-ceira da Seleta foi importante para a vida de Betinho. Segundo ele, os cursos que fez na Instituição “com certeza, me ajudaram muito. Se hoje não fosse atleta, eu conseguiria sobreviver, porque aprendi aqui uma profissão, a conversar com as pessoas, fazer boas entrevistas e procurar um emprego. Os cursos me deram essa oportunidade. Cresci muito como pes-soa, como cidadão. Meus irmãos também passaram pela entidade e trabalharam através da Seleta. O que eles aprenderam aqui estão colocando em prática em outras empresas”.

“Os cursos me deram essa oportunidade. Cresci muito como pessoa, como cidadão”

Betinho, 29 anos

De olho no Pódio: Atletas

recebem patrocínio da Seleta

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Especial Adolescentes

Ela morava com a avó e outras três primas, sen-do uma delas deficiente, mas que, no entanto era a única a sustentar a casa. Passava por dificuldades e, aos 15 anos, chegava à Seleta de bicicleta. Khesia Serejo Martins, atualmente com 17 anos, secretária do vice-governador do Estado, Murilo Zauith, acredi-ta que valeu o esforço feito para participar do curso realizado pela Instituição. “Se não fosse o curso da Seleta não sei em que condições eu estaria hoje, em que estaria trabalhando. Um ano e sete meses depois do encaminhamento da Seleta, o período de traba-lho está acabando, mas fico muito grata, pois foi por essa oportunidade que fui contratada e que tenho a esperança de que não ficarei desempregada”.

Perguntada sobre sua situação atual, Khesia é enfática. “Se algo em minha vida mudou? Minha vida inteira mudou! Hoje moro sozinha, tenho con-

dições de me manter, minha vida melhorou muito”, conta entusiasmada. Segundo ela, para que o jovem consiga reconhecimento e sucesso no mercado de trabalho ele precisa ser dedicado ao trabalho. “Às vezes, fazemos coisas que pensamos que ninguém está vendo, mas alguém sempre está atento ao seu trabalho. Outro fator imprescindível é ser sempre, em todos os casos, educado”.

Khésia demonstra muita fé no futuro e diz que é “uma pessoa com muitas ambições. Tenho objetivos a alcançar e uma força de vontade que ninguém con-seguirá me tirar”. Ela está determinada a alçar novos vôos depois desta experiência gratificante e valiosa. “Só tenho a agradecer à Seleta por me oferecer uma oportunidade mais que especial, e aos meus chefes Dr. Murilo Zauith, Dr. Walter Carneiro Junior e a se-cretária Priscilla Queiróz. Muito obrigada a todos”.

“Se não fosse o curso da Seleta não sei em que

condições eu estaria hoje”

Khesia Serejo, 17 anos

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Assim que terminou o curso de Auxiliar Admi-nistrativo e de Escritório, em novembro de 2008, a adolescente Fabiane da Costa Oliveira tinha uma úni-ca preocupação: arrumar um emprego.

A vaga demorou um pouquinho, mas ela garan-te que valeu a pena. “Quando recebi o telefonema e me chamaram, chorei de felicidade”.

Aos 17 anos, cursando o 2º ano do Ensino Médio, Fabiane trabalha como Menor Aprendiz na Sanesul. Ao todo a empresa tem em seu quadro oito adolescentes. “Essa experiência que estamos tendo é muito importante para o nosso crescimento pessoal e profissional”, ressalta.

A relação com a família e os estudos também me-lhoraram. “Em casa minha relação com a minha mãe ficou melhor. Tenho mais responsabilidade e na esco-la também os resultados estão melhores”, garante.

Para o futuro, a futura estudante de enferma-gem, quer levar o que aprendeu. “Todo conhecimen-to é válido. Quero, quando sair daqui, levar toda essa experiência para o próximo trabalho”.

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“Quando recebi o telefonema e me

chamaram, chorei de felicidade”

Fabiane da Costa, 17 anos

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ParceirosSomos

Especial Adolescentes

“Oferecer ao jovem a oportunidade do primei-ro emprego é um beneficio de mão dupla”, afirma a secretária estadual de Saúde, Beatriz Figueiredo Dobashi.

A Secretaria Estadual de Saúde é uma das par-ceiras da Seleta e emprega atualmente, cerca de 54 adolescentes que foram capacitados no curso de Au-xiliar Administrativo e de Escritório.

Conforme a secretária, o convênio firmado des-de 2006, foi ampliado e hoje todos os setores da SES tem um adolescente. “Esse tipo de parceria é impor-tante para todos, pois quando firmamos convênios assim, com entidades sérias como a Seleta, estamos contribuindo com a inclusão social desses jovens”.

Aprender o funcionamento da secretaria, ativi-dades básicas como atender telefone, responder ofí-cios são algumas das atividades que os adolescentes aprendem. “Alguns desses jovens que aqui chegam, nunca tiveram contato com computadores e encon-tram a oportunidade de aprender”.

A Seleta possui hoje mais de 350 jovens quali-ficados e inseridos no mercado de trabalho. São 180 alunos no processo de treinamento e mais de 200 na fila de espera. Por isso a proposta de parceria entre a entidade e empresas públicas e particulares é de extrema importância.

Ampliar o atendimento aos adolescentes, au-mentar as vagas de trabalho e inserir esses jovens no mercado de trabalho é o principal objetivo da en-tidade. Parceiros como a Caixa Econômica Federal, Banco Real, Banco Bradesco, LBV, Tecnoeste, White Martins, Sanesul, Cartório Pedra, ESPRO, BMZ Cou-ros, Elevadores Atlas Schindler, SESC, Secretarias do Estado de Saúde, Governo e Fazenda, Imasul, Procu-radoria Geral do Estado, Fundação de Turismo, Tri-bunal de Contas do Estado, Secretarias Municipal de Assistência Social e de Governo, Tênis Clube, Pães Puma e Unimed Campo Grande são empresas que acreditam no trabalho da Seleta e ajudam a concreti-zar o sonho desses jovens.

Beatriz Dobashi

“Estamos contribuindo com

a inclusão social desses jovens”

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Antonio Amorim

“Para a empresa o trabalho que eles desenvolvem é excelente”

“Dar a oportunidade para que esses jovens se-jam inseridos no mercado de trabalho é muito grati-ficante”, ressalta Antonio Amorim, responsável pela Gerência de Administração de Pessoas da Sanesul, uma das parceiras da Seleta.

Com o convênio firmado, em abril deste ano, foram empregados oito adolescentes na empresa. “Para a empresa o trabalho que eles desenvolvem é excelente e acredito que o retorno que eles terão será maior ainda. Acredito que vão sair daqui com experiência, não só profissional, como também pes-soal”, ressalta Amorim.

O gerente lembra ainda que parcerias como essa devem ser expandidas. “Quando empregamos esses jovens estamos contribuindo para a inclusão social, por isso acredito que as empresas precisam incentivar a inserção desses jovens no mercado de trabalho”.

A oportunidade de crescimento também é lem-brada pelo gerente. “Com os conhecimentos aqui adquiridos, futuramente vão poder usar em outras empresas e assim trilhar um caminho de sucesso”.

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O ritmo é frenético. Olhar atento ao monitor e dedos rápidos no teclado. Na internet, é preciso sim-plificar para conversar com tanta gente ao mesmo tempo. De repente, 9+da+de é o mesmo que novidade. Mas como assim “vc”, “tb”? Que raios é “kkkk”, e por que tem um rosto amarelo mostrando a língua para mim? Que falta de educação! Esta linguagem, dialeto (ou como você preferir chamar) surgiu no meio online para acelerar a comunicação. Trata-se do “internetês” que, definitivamente, veio para ficar. É utilizado em salas de bate-papos e sites de relacionamento, e di-fundida em todas as idades mas, principalmente, en-tre os adolescentes.

Para alguns especialistas, o aprendizado é afeta-do pelo uso do “internetês”, uma vez que aprendemos a língua através da repetição. Com o uso frequente de palavras escritas de forma “errada”, o jovem irá aprender a escrever errado também. Já outros afir-mam que o internetês é uma evolução no uso da lin-

Axo q seria legal p ixcrever!*Vc qr tuitar?

Especial Adolescentes

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guagem, uma vez que não usamos mais muitas das expressões e construções gramaticais do século XVI, ou seja, o português muda e evolui. Portanto, a inter-net e a linguagem utilizada ali nada mais seriam do que um próximo passo nesta evolução.

E a novidade não para por aí. Além da possibili-dade de resumir informações através dos emoticons, que nada mais são do que rostos que demonstram as mais diversas expressões que sentimos, o “internetês” (pasmem) tem tipos diferentes! Exemplos como “axo” e “ixcrever” são classificados como “Miguxês”, uma forma de expressão que imita a fala de uma criança, considerada meiga ou divertida. No miguxês o normal é aumentar as palavras e conquistar toda uma parti-cularidade na escrita. AxXx PRIncIPAIxXx kArACteris-

tiCaxXx sAuM LeTraxXx maiUSCuLAxXx MIStURadA-xXx KUm miNuscULaxXx i a letrah xXx apARecENU VAriAxXx VEzexXx.

Em menor escala utilizamos também abreviações importadas da língua inglesa. Fica muito mais fácil es-crever “LOL” do que laughing out loud (ou rindo mui-to, rindo alto). Obviamente, escrever na internet com o estilo da “Ilíada” não funciona. Da mesma forma que não se deve “IxCrEveR aXiM” na prova de português ou no currículo, pois é nota baixa e desemprego na certa! Portanto, o uso do “internetês” tem hora e lugar e, se aproveitado de forma correta, facilita bastante a agilidade das conversas. É necessário que os jovens tenham uma educação também formal, e saibam es-crever de acordo com as normas.

*Tradução: Não entendeu muita coisa da frase? Pois bem, “Vc” é a abreviação da palavra “você”. Isso acontece com as letras “p”, que é a abreviação de “para” e “q”, abreviação de “que”. O “qr” quer dizer “quer”. “Tuitar” significa “escrever no Twitter”, o miniblog que é a sensação do momento. Para isso foi criado um verbo utilizando as regras da gramática (veja que tuitar já está no português e pode ser con-jugado, afinal :“Eu Tuito, tu tuitas, ele tuita e todos nós tuitamos juntos!”). O “acho” com “x” e o escrever com “ix” são mais uma forma da palavra ficar “meiga”.

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anda o seu “internetês”?A quantas

Especial Adolescentes

Com o avanço da internet e a difusão de sites de relacionamento e de mensagens instantâneas, as pessoas buscam novas formas de se comunicar que tenham a agilidade que o mundo virtual exige. É muito comum o uso de abreviaturas, palavras sem acentos e símbolos que fornecem informações sobre o estado de espírito de quem escreve. Confira algumas amostras:

Sorriso

Muito feliz

Triste ou indiferente

Sem expressão ou entediado

Surpreso ou de boca fechada

Boca fechada

Gritando

Chorando

Diabólico ou travesso

Piscando o olho

Beijo

De óculos

Mostrando a língua

Bobo

Bocejando

Assoviando

Abraço

Rosa

beleza

se

quando

também

tudo

blz

c

qd ou qdo

tb, tbm ou tbém

td

ABREVIAÇÕES

Riso

Pensando ou assimilando

Logo que der

Já volto

ACRÔNIMOSrs (risos) , kkkkkk,

huahuahua ou hehehe

hmmm ou huuum

asap (inciais de "as soon as possible", ou "assim que possível", em português)

bbs (inciais de "be back soon", ou "volto logo", em português)

assim

é

então

como

amigo

não

nunca

chegar

qual

quis

você

vocês

axim

eh

entaum

komo

miguxo

naum

nunk

xegar

Ql

Qz

voxê ou vc

v'6s ou vcs

soh

ABREVIAÇÕES

Fonte: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/linguagem-internet-celular/idioma-escrita-abreviada-jovens-adolescentes.shtml

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Karoline Mendez

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da JuventudeSemana Municipal

Aproximar o jovem do Poder Público. Foi com esse intuito, que o Conselho Municipal da Juventude realizou no mês de setembro, a I Semana Municipal da Juventude.

“Nossa meta não era promover discussões e sim mostrar a cara dos nossos jovens. Fazer com que eles conheçam o Conselho e venha participar dele”, afirma a presidente do CMJ, Karoline Mendez.

Comemorado no dia 22 de setembro, o Dia da Juventude traz muitas reflexões, entre elas a inser-ção no mercado de trabalho. “Inserir os jovens no mercado de trabalho é nossa preocupação, mas a emancipação desses jovens vai além do trabalho. É preciso educação, cultura, reconhecer o papel do jo-vem na sociedade”, destaca Karoline.

Durante a semana diversas atividades foram realizadas. “Tivemos apresentações culturais, deba-tes, atividades ligadas à saúde, enfim uma semana de muita ação, conhecimento e participação”, destaca a presidente.

Segundo a presidente, entre os projetos apre-sentados está o Cine Juventude, que leva cinema aos jovens carentes e os que estão nas Unidades Edu-cacionais de Internação (Uneis). “Queremos levar documentários, curtas, longas. Promover debates

dos filmes apresentados. É um projeto que ajuda na inserção desses jovens”. O projeto é desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual de Justiça e Segu-rança Pública (Sejusp) e foi realizado no Pontão da Cultura Guaicuru.

Atividades como lançamento Frente Parlamen-tar de Juventude na Frente Parlamentar e Encontro de Conselhos e Gestores de Juventude na Câmara Municipal de Vereadores, Encontro de Jovens Advo-gados na sede OAB/MS, Visita ao Centro Recome-çando e Construção da Bandeira da Juventude de Campo Grande, Encontro de Juventudes Partidárias integraram a programação.

O evento teve o apoio da Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS), Câmara Municipal de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Gros-so do Sul, Conselho Nacional de Juventude e Secre-taria Nacional de Juventude.

“Para o próximo ano queremos agregar entida-des, organizações, enfim todo segmento ligado à ju-ventude. E assim mostrar o nosso jovem, sua impor-tância na sociedade e aproximar ainda mais o poder público”, finaliza Karoline.

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Geração.comA nova geração de jovens cresceu em meio aos

avanços tecnológicos e constitui um público antenado,

ávido por inovações e agilidade

Especial Adolescentes

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Para os adolescentes, telefone celular, DVD, câmera digital, pendrive e computador sempre estiveram presentes, já que eles nasceram na era da Internet e da informação. Muitos foram alfabe-tizados digitando no teclado. No Brasil, de acordo com pesquisa divulgada pelo Ibope, jovens de 16 a 24 anos representam um quarto dos usuários da internet nas 11 maiores capitais do Brasil. Que es-ses meios digitais estão cada vez mais presentes em nossas vidas não há dúvidas, mas há que se destacar a velocidade com que isso acontece. Se por um lado a televisão levou treze anos para atingir 50 milhões de usuários, por outro a in-ternet levou apenas quatro.

O adolescente presencia em seu cotidiano o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais virtual, em que os meios de comunicação aproximam as pessoas de diversas partes do mundo. A internet é utilizada diariamente por boa parte dos jovens com a finalidade de consultar seu e-mail pessoal, sites de busca/pesquisa, salas de bate-papo (chats), grupos de discussão, redes sociais – como Orkut, Facebook e Twitter, blogs, flogs, videoblogs – como Youtube, Messenger, baixar MP3, ouvir PodCasts, enviar SMS e MMS, além de muitos outros produtos.

Estudos demonstram que para esses “nativos digitais”, jornais impressos são vistos como irre-levantes. Os adolescentes têm assistido cada vez

menos a televisão. Em contrapartida, cinemas, sho-ppings e shows ainda são populares. Músicas, víde-os, fotos são compartilhados pelos jovens em ipods (tocadores de áudio digital), câmeras, sites, celulares e similares. O fator preço é fundamental. Os jovens preferem aparelhos de custo médio para ouvirem música e mandarem mensagens de texto, que, ali-ás, são muito usadas entre eles. Vale destacar que, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, referentes a 2005, os jovens são os que mais usam telefones celulares, dis-positivo presente em quase 37% da população com

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dez anos ou mais. E eles vêm tentando conseguir es-ses aparelhos cada vez mais cedo.

No rádio, os jovens não fazem questão de ouvir programas específicos. O maior interesse mesmo são as músicas. Serviços online como o Last.fm permitem que sua própria programação seja montada, sendo a preferência entre eles. Games como o Play Station, Nintendo WII e Xbox 360 também são manias.

Na contramão - A disseminação do uso da rede de computadores deu vida ainda aos livros online (Virtual Books) – o que não deixa de ser fascinante, quando se sabe que o hábito de leitura é cada vez menos freqüen-te, principalmente entre os jovens. Mas na contramão da modernidade, a estudante Karina Hoffmeister dos Anjos, a Karina Colorida, como é chamada, 16 anos,

gosta de tomar tereré com os amigos, passear e brin-car com todo mundo. “Sou muito brincalhona!”, conta. Seria uma adolescente típica, não fosse o prazer que sente na leitura das publicações impressas. “Eu gosto de pegar no livro, ver a imagem, a capa. O que eu me entusiasma a ler, são livros em que a capa é colorida e sugere algo diferente do nome. Eu troco facilmente duas horas na internet por duas horas de leitura. Te-nho acesso a computador, celular, mas meu irmão fica no computador e eu vou ler. Gosto muito de ler e ver as imagens. Na internet, as palavras são escritas no nosso linguajar. No livro as expressões são antigas, não tão usadas hoje em dia, e acaba que você tem que procurar as palavras no dicionário. Também gosto disso. Sem-pre consulto o dicionário quando estou lendo”.

“Troco facilmente duas horas de internet por duas horas de leitura”

Karina, 16 anos

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Estudante da Escola Estadual Hércules Maymone, venceu a disputa com outros cinco alunos e fez parte do primeiro ano do Projeto Parlamento Jovem Sul-Mato-Grossense, que objetiva formar e promover a consciência política e a liderança entre jovens e adolescentes. No processo eleitoral, as propostas de plataforma do candidato são avaliadas por estudan-tes e Conselhos de Unidades Escolares (COUNE’s). Os deputados ou deputadas estudantes eleitos têm mandato de um ano, a partir de sua posse. Antes dis-so, são levados à Assembleia Legislativa, onde pas-sam por um período de capacitação realizado pela Escola do Legislativo/MS, aprendendo sobre o Poder Legislativo, suas normas e funções, sobre elaboração de anteprojetos de Lei, entre outras particularidades para o exercício da função.

Os jovens de hoje costumam ser vistos como uma geração alienada, que não se interessa ou não entende de política. Surgem as inevitáveis compara-ções com a juventude que foi às ruas para enfrentar a ditadura militar no Brasil. Apesar de, muitas vezes, ser mencionado como prioridade nas plataformas ad-ministrativas de candidatos, o jovem brasileiro ainda participa pouco da vida política. Seja como eleitor ou como agente, a participação política juvenil ain-da esbarra na carência de ações de conscientização para a cidadania e na descrença nas instituições go-vernamentais. Por outro lado, pouca gente sabe que, espalhados pelo país, uma série de jovens faz política e se preocupa com os rumos da sociedade.

Mayara Miranda Soares, 17 anos, mãe enfer-meira e pai caminhoneiro, é uma dessas pessoas.

“Falta espaço para o jovem falar o que pensa”A participação é uma oportunidade para a juventude

mostrar um jeito novo de fazer política

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“A gente tem o poder de fazer valer o que pensamos e falamos”

Mayara Miranda, 17anos

Para ela, os jovens são sim interessados em política, “só que, às vezes, falta espaço pra falar o que a gente pensa, pra mostrar que a gente se sente interessado. É um engano da sociedade achar que o jovem é um alienado. Nós temos a facilidade de enxergar melhor o futuro do que as pessoas mais vividas, que estão engessadas nos moldes de antiga-mente. A política visa muito o futuro e o jovem gosta muito de falar sobre isso. Quando nos juntamos pra conversar sai muita política, principalmente. Alguns realmente não se interessam por política até porque a sociedade insiste em dizer que o jovem não gosta, então ele resolve realmente não gostar”.

Mayara acredita que a dita ‘apatia’ da juventude em relação ao futuro da sociedade é um exagero e que o jovem atual não foi “ensinado” a gostar de política. “As pessoas, de modo geral, dizem que política não é legal, que não é atrativa. Daí vem o desinteresse em procurar saber mais sobre o assunto. Outros jovens acham que as discussões políticas não cabem a eles. Mas acontece que você tem que gostar e tem que sa-ber sobre política. Hoje o mundo é politizado. Não há o

que não envolva política. Muitos jovens acham as dis-cussões políticas interessantes, no entanto as decisões se concretizam antes de chegar até a gente”, critica.

Como cidadã, Mayara sempre se interessou pe-las questões do meio ambiente e da cultura. Por conta de suas ideias, o professor de sociologia a incentivou a participar do Projeto Parlamento Jovem. “Todos me deram o maior apoio, principalmente professores e a direção do colégio, que me ajudaram bastante na hora de formular minha plataforma”. A estudante afirma que a juventude pode exercer influência nas políticas públicas, mas, mesmo dentro do Parlamento Jovem, percebeu um espaço ainda muito restrito. “Fazíamos nossas reuniões mensais e depois procurávamos a assessoria de algum deputado que apoiasse nosso projeto. Às vezes também éramos procurados pelas assessorias, mas essas eram pouquíssimas. Há certa resistência da parte delas. A gente tem o poder de fa-zer valer o que pensamos e falamos. Mas para ter esse espaço e abertura para colocar um projeto em pauta é muito difícil. A partir do momento em que consegui-mos, os parlamentares debatem bastante, explicam se

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ele é constitucional ou não”.Mayara enfatiza que chegou a en-

viar uma proposta à Secretaria de Meio Ambiente, sobre a proteção da nascente do Córrego Vendas, em julho de 2008. “A secretaria sequer respondeu. Depois de al-guns meses houve a denúncia de descarte de lixo nessa mesma nascente. A gente percebeu essa realidade, mas as pessoas não nos de-ram credibilidade. Em relação ao meio am-biente, a sociedade deixa muito a desejar. Mes-mo que seja uma nascente, lá atrás de um colégio. Foi justamente por isso, que nós enviamos aquela monção. A resposta no meio político é bastante len-ta”, denuncia.

Para ela, é necessário que o adolescente sofra alguma influência dentro de casa para que possa ser mais crítico e se atraia pela política. A estudan-te acredita que as instituições de ensino e a mídia também têm papel imprescindível na formação da consciência política das crianças e dos adolescentes. “Acho que deveria haver o incentivo dos pais em pri-meiro lugar, porque tudo começa em casa. Mesmo com pouco tempo, meus pais e eu sempre conver-samos sobre política. No colégio também. Na minha opinião, poderia haver uma matéria que tratasse di-retamente do meio político. Em história, filosofia, so-

ciologia, estudamos política, mas de forma implícita. Se houvesse um tempo de estudo mais aprofundado sobre política, o jovem se interessaria mais. A mí-dia também poderia fazer mais pelo e para o jovem, com programas relacionados à política”, sugere.

Mayara se expressa com facilidade, é fiel às suas idéias e já pensou seguir a carreira política, mas desistiu. “Não me vejo num cargo político. Se fosse possível, seria ministra do Meio Ambiente! Não bata-lharia pela ideia de um partido. Eu tenho as minhas ideias, minhas convicções e sou fiel ao que acredito. Não vou me trair. Mas valeu a experiência. Passar pelo Parlamento Jovem abriu muito a minha mente, me ensinou bastante. Um dia vou repassar tudo que aprendi aos meus filhos”.

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Agradecimentos Ana Caroline de Oliveira, Brena Rodrigues dos Santos, Camilla Cáceres

Vieira, Fernando Henrique Tortelli, Hugo Verão, Isabella Fenner Rondon,

Lucas Eduardo Almeida, Luigy Anderson dos Santos e Priscila Bento de

Campos. Fotos: Estúdio Krügel Foto e Vídeo.

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CEDHU

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Os novos conselheiros do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana (CEDHU/MS) foram empossados, pela secretária de Trabalho e Assistên-cia Social do Estado, Tânia Mara Garib, no dia 2 de setembro, na Casa da Cidadania. Dentre os membros está o presidente da Seleta, Gabriel Moreira dos San-tos, como titular e o gerente de cursos, Vilson de Freitas, como suplente.

“O desafio de vocês é grande”, afirmou Tânia, dizendo que é preciso listar os problemas que afe-tam a área de direitos humanos em todas as políticas públicas. A dificuldade é maior porque áreas como Assistência Social e Saúde não tem garantia constitu-cional de recursos. “Só a Educação tem previsão de recursos garantida pela constituição”, frisou.

Em seu discurso a secretária disse que o Conse-lho de Direitos Humanos tem um peso maior que os outros conselhos porque envolve a discussão de vá-rias políticas setoriais. Lembrou ainda que o governo do Estado tem se empenhado em resolver questões ligadas a proteção dos direitos do cidadão e citou a construção de uma nova Unidade Educacional de In-ternação (Unei) em Ponta Porã, inaugurada em agos-to de 2008, e a viabilização para a construção de

mais duas unidades, sendo uma em Campo Grande e a outra em Três Lagoas.

Após a cerimônia de posse houve a eleição para a nova mesa diretora com a escolha da conselheira Neyla Ferreira Mendes, representante da Defensoria Pública do Estado, como presidente e José Roberto Camargo de Souza, do Instituto da Casa da Cultura Afro-brasileira (ICCAB) como vice-presidente.

Corpo consultivo - O Conselho é composto por representantes das secretarias de Estado de Educa-ção, Saúde, Trabalho e Assistência Social, Justiça e Segurança Pública; Meio Ambiente, Secretaria de Go-verno, Assembléia Legislativa, Defensoria Pública e Fundação de Turismo do Estado. Também participam representantes de instituições não governamentais como o Coletivo de Mulheres Negras Raimunda Lu-zia de Brito, Associação das Travestis e Transexuais do Estado, Associação Rede Criança, Centro de Defe-sa da Cidadania e dos Direitos Humanos Marçal de Souza, Instituto Brasileiro de Inovação Pró-sociedade Saudável (Ibiss), Instituto da Casa da Cultura Afro-brasileira (ICCAB), Conselho Regional de Psicologia e Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

CEDHU/MS tem novos conselheiros

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Visão Seleta Outubro, Novembro | 200938

Siufi recebe projeto do Orçamento Municipal para 2010

O presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi recebeu no dia 28 de setembro, o Or-çamento 2010. Entregue pelo secretário Municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Paulo Sérgio Nahas, o projeto será votado e analisado pelos parla-mentares da Casa de Leis.

Paulo Nahas entregou 25 volumes da peça or-çamentária, que possui uma previsão de incremen-to de 10,27% no orçamento para o ano que vem. O Orçamento Municipal passará dos atuais R$ 1,588 bilhão deste ano, para R$ 1,751 bilhão para o próxi-mo ano. De acordo com Nahas, este incremento con-templa principalmente investimentos nas áreas de Educação e Saúde, as quais estão sendo ampliadas de forma crescente, devido à sensível redução das despesas de custeio.

O projeto do Orçamento 2010 foi recebido pelo presidente Paulo Siufi, que encaminhará a proposta para análise nas comissões competentes. O chefe do legislativo, em até 48 horas, enviará o projeto às comis-sões pertinentes. Os vereadores Flávio César e Grazielle Machado – vice e membro da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento respectivamente – estiveram presentes à reunião no gabinete da presidência.

Grazielle afirmou que a proposta orçamentária tem prazo para ser votada em Plenário até o último dia de sessão legislativa no mês de dezembro. Para isso irão elaborar uma agenda positiva, para que os prazos sejam cumpridos e a peça orçamentária possa ser amplamente discutida, seguindo o rito necessá-rio para tramitação do projeto entregue pelo Poder Executivo. (Com Assessoria)

Política

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Visão Seleta Outubro, Novembro | 200940

Formada por profissionais que atuam na defesa de adolescentes acusados de ato infracional, entre elas Defensores Públicos, a Renade é uma articula-ção nacional, organizada pelo Instituto Latino-Ame-ricano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente.

“O principal objetivo da rede é proporcionar e fortalecer a defesa ampla e qualificada destes ado-lescentes, lutando pela aplicação irrestrita do Estatu-to da Criança e do Adolescente e combatendo viola-ções por meio do reconhecimento dos adolescentes enquanto sujeitos de direitos”, ressalta a defensora pública, Neyla Ferreira Mendes, que integra a rede em Mato Grosso do Sul.

A defensora lembra que hoje no país, um dos principais problemas é o recolhimento em locais ina-dequados. “Temos jovens que ficam em delegacias, em contato com bandidos perigosos. Infelizmente não temos Unidades Educacionais de Internação em todo o Estado e as que existem estão superlotadas”.

Ações - Para minimizar o problema, a Renade desenvolve uma série de ações conjuntas e articula-das entre seus membros, tais como: acompanhamen-to de matérias legislativas; apoio à atuação profis-sional por meio de compartilhamento de estratégias de defesa e de um banco de jurisprudência; troca de experiências e diálogo entre membros da rede; divul-gação de informações, notícias e eventos relativos à área; promoção de espaços de formação e capacita-ção de profissionais.

Em agosto os membros da Rede estiveram reu-nidos em Salvador/BA, para a II Oficina da Renade. “Tivemos a presença de mais de 170 pessoas, de 80 instituições e elaboramos a Carta de Salvador. Dessa carta tiramos novas diretrizes de atuação para todo país, entre elas a contrariedade à redução da maiori-dade penal e a internação compulsória em casos de drogadição e saúde mental”, destaca a defensora.

UNEIS - “A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul reconhece e considera elogiável os esforços,

Rede Nacional de Defesa do Adolescente em Conflito com a Lei desenvolve

ações e estratégias em todo país destinadas aos jovens infratores

Renade

Entidade

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Neyla Ferreira Mendes

Defensora Pública

Visão Seleta Outubro, Novembro | 2009 41

da equipe de medidas sócioeducativas do Estado, mas a situação das Uneis de Campo Grande é estru-tural e é o resultado de anos e anos de falta de inves-timentos de outros governos”, declara a defensora Neyla Ferreira Mendes.

Mato Grosso do Sul tem cerca de 300 adoles-centes nas 10 Unidades Educacionais de Internação (Uneis), distribuídas entre a capital e o interior. Dados da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Públi-ca (Sejusp) indicam que, no primeiro trimestre deste ano foram instaurados em Campo Grande 468 autos para apuração de atos infracionais e encaminhados ao Ministério Público. No interior do estado foram 1.137 autos enviados ao MPE no primeiro trimes-tre. De acordo com o superintendente de Assistência Socioeducativa, coronel Hilton Villassanti Romero, para atender esse crescimento, o Governo estadual pretende, a partir deste ano, promover a internação desses adolescentes de maneira regionalizada. Den-tro desse projeto está previsto, também, a constru-

ção de novas Unidades em Jardim, Paranaíba, Coxim e Nova Andradina para que esses municípios possam ser atendidos, assim como as cidades vizinhas.

Estatísticas – Pesquisa divulgada em 2006, pelo pesquisador Ignácio Cano, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e que integra o Programa de Redu-ção da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens mostra que 46% dos jovens, com idades ente 12 e 19 anos são mortos por homicídio. A pesquisa foi re-alizada em 267 municípios do país, no ano de 2006. Os outros índices foram 26% de mortes naturais, 22% acidentes, 3% suicídios, 3% mortes mal definidas.

“A grande maioria desses jovens usam como instrumento as armas de fogo. Por isso precisamos rever nossas políticas, dar condições a esses jovens de serem reintegrados a sociedade. Não é só recolher esses adolescentes, tira-los da família e deixa-los em situação pior. O Estado precisa cumprir seu papel e nós, enquanto defensores o nosso, que é levar até o judiciário a demanda”, finaliza a defensora.

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Visão Seleta Outubro, Novembro | 200942

Time da Seleta é campeão no 3º JIONG’s

Os adolescentes da Seleta foram campeões na categoria futsal masculino durante o 3º Jogos de In-tegração entre ONG’s - JIONG’s, promovido pela Ci-dade dos Meninos, nos dias 19 e 20 de setembro, no Ginásio do Colégio MACE. O evento anual tem como

objetivo a socialização e intercâmbio esportivo entre os jovens de 14 a 17 anos que participam de proje-tos sociais em Campo Grande. Outra novidade é que, pelo segundo ano consecutivo, a Seleta foi premiada com o título de Goleiro Menos Vazado.

De acordo com o professor da Seleta Wesklei Rosa Reis, técnico dos times, “a evolução foi gran-de do ano passado para este. A integração entre os participantes foi ótima e eles também se destacaram mais pela técnica. A organização do evento também está de parabéns. Foi disponibilizado aos jovens o almoço e frutas de sobremesa. Acredito que quan-to mais investimento, maior será a participação dos adolescentes no Jiong’s”, avalia.

No total, 15 equipes disputaram o título na modalidade de futsal masculino e feminino: Cidade dos Meninos; São João Batista; LBV; IDE; Salesianos Ampare; Projeto Florestinha; Delta; Cras Vida Nova; Cica; Casa da Criança Peniel; Instituto Mirim; Bom-beiros do Amanhã; e Ussiter.

Esporte

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Governador lança pacote de obras no valor de R$ 3 bilhões

MS Forte

O governador André Puccinelli lançou no dia 2 de outubro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, as Ações para o Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul “MS Forte”, que contempla os 78 municípios do Estado com investimento de R$ 3 bilhões em 1.511 novas obras e programas. Desse valor, 80% são recursos próprios do governo estadu-al que serão aplicados nas áreas de saúde, educação, habitação, assistência social, infraestrutura logística, promovendo a geração de emprego e renda e pro-porcionando melhoria significativa na qualidade de vida da população sul-mato-grossense.

As novas obras, somadas às 1.400 já executadas e em andamento, transformam Mato Grosso do Sul num canteiro de trabalho e empregos, sendo realiza-da uma média de 2,9 obras por dia útil no Estado. Os 1.511 empreendimentos contemplam todos os setores nas áreas de habitação, com 262 obras; pavimentação de rodovias (47); educação (306); saúde (62); seguran-

ça (42); saneamento (480); social (41); trabalho (27); pontes (90); cultura (09); esporte/lazer (06); Detran (57), além de pavimentação e obras urbanas (82).

Dentro do MS Forte, estão também incluídas Ações para o Desenvolvimento, divididas em sete tópicos: Gestão Pública, Pesquisa e Inovação; Viva a Vida MS; MS Sem Fronteiras; Pequenas Localidades; Pantanal Sustentável; Terra de Oportunidades; Segu-rança Integrada e Cidadã.

Os Projetos Estratégicos de Desenvolvimento vão garantir o crescimento econômico, geração de empregos e fortalecimento da economia para todas as regiões do Estado. São ferrovias e rodovias que vão interligar municípios e facilitar o escoamento da produção para outras regiões do País e portos, incre-mentando também as exportações. Bionergia, forne-cimento de energia e aerovias também fazem parte dos projetos estratégicos para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. (Com Assessoria)

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Iniciada no mês de maio último, a sincroniza-ção dos semáforos faz parte de um projeto que tem como objetivo eliminar congestionamentos na Capi-tal. Com a implantação do novo controle, uma parte dos semáforos foi substituída. “O novo sistema possi-bilita maior fluidez no trânsito e evita que o motoris-ta pegue somente sinais vermelhos pela frente, o que acaba fazendo com que ele avance o sinal e coloque a vida das pessoas em risco. Contribui, ainda, para a redução do consumo de combustível e emissão de poluentes”, argumenta o diretor presidente da Age-tran, Rudel Espíndola Trindade Júnior.

O projeto de sincronização semafórica passou

por várias etapas desde que teve início. Uma das questões estudadas foi referente à organização dos intervalos da “onda verde”, levando em conta os pe-ríodos de pico no trânsito e os de menor demanda. Este aspecto exigiu que o tempo entre uma “onda verde” e outra fosse regulado de acordo com o fluxo do trânsito. No caso da avenida Afonso Pena, em ho-rário de fluxo normal há três intervalos entre as ruas Paraíba e Vasconcelos Fernandes, trecho em que o sistema está implantado.

A rua Euclides da Cunha, no Jardim dos Esta-dos, é mais uma via de intenso fluxo de veículos que recebeu o sistema de sincronização de semáforos.

Graças à instalação do equipamento, o trânsito fluirá com mais rapidez no trecho entre as ruas Bahia e Paraíba. Até o momento, cerca de 100 cruzamentos das principais vias da cidade possuem o controle semafórico por meio de GPS (Sistema de Posiciona-mento Global), num total de 150 que devem receber o equipamento ao custo aproximado de R$ 270 mil.

Pelo acompanhamento dos técnicos e retor-nos que recebe, o diretor da Agetran afirma que a sincronização semafórica já deu um novo ritmo ao trânsito de Campo Grande. A “onda verde” está exi-gindo um novo comportamento do motorista campo-grandense que terá que aprender a trafegar a uma

velocidade média de 40 quilômetros por hora, nas vias onde o sistema está implantado. Numa etapa fu-tura, a agência implantará uma Central de Operação de Tráfego em Campo Grande.

Vias controladas – As principais ruas e aveni-das onde a “onda verde” foi implantada são: Afonso Pena, Fernando Corrêa da Costa, Padre João Crippa, Mato Grosso, Antonio Maria Coelho, José Antonio 14 de Julho, 13 de Maio, Rui Barbosa, Calógeras e, a partir desta semana, Euclides da Cunha.

(Com Assessoria)

Prefeitura instala Onda Verde em mais de 100 cruzamentos

Campo Grande

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Iniciada no mês de maio último, a sincroniza-ção dos semáforos faz parte de um projeto que tem como objetivo eliminar congestionamentos na Capi-tal. Com a implantação do novo controle, uma parte dos semáforos foi substituída. “O novo sistema possi-bilita maior fluidez no trânsito e evita que o motoris-ta pegue somente sinais vermelhos pela frente, o que acaba fazendo com que ele avance o sinal e coloque a vida das pessoas em risco. Contribui, ainda, para a redução do consumo de combustível e emissão de poluentes”, argumenta o diretor presidente da Age-tran, Rudel Espíndola Trindade Júnior.

O projeto de sincronização semafórica passou

por várias etapas desde que teve início. Uma das questões estudadas foi referente à organização dos intervalos da “onda verde”, levando em conta os pe-ríodos de pico no trânsito e os de menor demanda. Este aspecto exigiu que o tempo entre uma “onda verde” e outra fosse regulado de acordo com o fluxo do trânsito. No caso da avenida Afonso Pena, em ho-rário de fluxo normal há três intervalos entre as ruas Paraíba e Vasconcelos Fernandes, trecho em que o sistema está implantado.

A rua Euclides da Cunha, no Jardim dos Esta-dos, é mais uma via de intenso fluxo de veículos que recebeu o sistema de sincronização de semáforos.

Graças à instalação do equipamento, o trânsito fluirá com mais rapidez no trecho entre as ruas Bahia e Paraíba. Até o momento, cerca de 100 cruzamentos das principais vias da cidade possuem o controle semafórico por meio de GPS (Sistema de Posiciona-mento Global), num total de 150 que devem receber o equipamento ao custo aproximado de R$ 270 mil.

Pelo acompanhamento dos técnicos e retor-nos que recebe, o diretor da Agetran afirma que a sincronização semafórica já deu um novo ritmo ao trânsito de Campo Grande. A “onda verde” está exi-gindo um novo comportamento do motorista campo-grandense que terá que aprender a trafegar a uma

velocidade média de 40 quilômetros por hora, nas vias onde o sistema está implantado. Numa etapa fu-tura, a agência implantará uma Central de Operação de Tráfego em Campo Grande.

Vias controladas – As principais ruas e aveni-das onde a “onda verde” foi implantada são: Afonso Pena, Fernando Corrêa da Costa, Padre João Crippa, Mato Grosso, Antonio Maria Coelho, José Antonio 14 de Julho, 13 de Maio, Rui Barbosa, Calógeras e, a partir desta semana, Euclides da Cunha.

(Com Assessoria)

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Seleta

A Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária está entre as entidades contempladas com recursos do Fundo de Investimento Social (FIS). Os recursos repas-sados para a entidade são de R$ 29.500 e serão desti-nados a construção de uma nova sala de informática.

Provenientes de emenda parlamentar, do de-putado estadual Youssif Domingos, os recursos con-forme o presidente da Seleta, Gabriel Moreira dos Santos são importantes para a entidade. “Com esse valor poderemos equipar a nova sala de informática e com isso atender melhor nossos adolescentes, bem como a comunidade”.

Já o deputado ressalta “Acredito no trabalho

da Seleta, no compromisso dos seus dirigentes e quero reafirmar meu apoio para o próximo ano”.

O protocolo de intenções para a liberação das emendas parlamentares de 2009 foi assi-nado no mês de setembro, na Assembléia Le-gislativa, pelo governador André Puccinelli. São R$ 16,8 milhões provenientes do FIS, que serão aplicados nos 78 municípios do Estado. Cada de-putado estadual apontou a destinação de R$ 700 mil, sendo R$ 300 mil para a saúde, R$ 300 mil para a educação e R$ 100 mil para a assistência

social.Os convênios também foram assinados por

prefeitos, representantes de entidades e pelas secre-tárias Tânia Mara Garib (Trabalho e Assistência So-cial), Beatriz Dobashi (Saúde) e Maria Nilene Badeca da Costa (Educação).

O governador André Puccinelli informou que os recursos serão liberados imediatamente, desde que as prefeituras e entidades beneficiadas estejam com a documentação em dia. Puccinelli informou ainda que cerca de R$ 500 mil referentes às emendas par-lamentares de 2008 estão “travados” no Governo do Estado devido a problemas na documentação.

Seleta recebe recursos do FIS

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