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GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR
TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC
REUTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PARA A PRODUÇÃO DO
CONCRETO CONVENCIONAL
Gabriel Wagner Gregory1
Victor Antonio Cancian2
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo experimental com concretos
produzidos com agregados reciclados, avaliando a propriedade mecânica de resistência à compressão
axial. Foram utilizados agregados reciclados, em substituição de percentuais de 25, 50, 75 e 100%, e,
posteriormente os resultados foram comparados ao concreto de referência com 100% de agregados
naturais. Os ensaios de resistência mecânica foram realizados aos 07, 14 e 21 dias de idade, para os
diferentes percentuais de substituição dos agregados naturais pelos reciclados. Os resultados
encontrados foram que, a maneira que aumentava o percentual de substituição dos agregados naturais
pelos reciclados, menor foram os valores das resistências à compressão axial. Esse resultado pode ser
atribuído a alguns fatores, como a baixa resistência do agregado reciclado; a alta taxa de absorção de
umidade do material cerâmico e a presença de material com superfície polida. Com os resultados
obtidos na pesquisa, pôde-se concluir que o uso do agregado reciclado afeta significativamente a
resistência à compressão axial.
Palavras-chave: Concreto. Compressão Axial. Agregados Reciclados.
ABSTRACT: This study aims to realize an experimental study of concretes that are produces with
recycled aggregates, evaluating the mechanical property of resistance to axial compression. Recycled
aggregates were used, replacing percentages of 25, 50, 75 and 100%, and later the results were
compared to the reference concrete with 100% of natural aggregates. Mechanical strength tests were
performed at 7, 14 and 21 days old, for the different percentages of substitution of the natural
aggregates by the recycled ones. The results showed that, as the percentage of substitution of the
natural aggregates by the recycled ones increased, the values of the resistances to the axial
compression were lower. This result can be attributed to some factors, such as the low resistance of the
recycled aggregate; the high moisture absorption rate of the ceramic material present therein, and the
presence of material with a polished surface. With the results obtained in the research, it was possible
to conclude that the use of the recycled aggregate affects, in a significant way, the resistance to axial
compression.
keywords: Concrete. Axial Compression. Recycled Aggregates.
1 Acadêmico de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense (UNIPAR), campus Toledo. E-mail: [email protected] 2 Professor Orientador do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense (UNIPAR), campus Toledo. E-mail: [email protected]
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1 INTRODUÇÃO
Com o avanço da tecnologia pelo mundo, junto com o aprimoramento das técnicas
construtivas, o percentual de resíduos gerados e seu destino incorreto aumentaram. Devido à
grande geração de resíduos advindos da construção, seu gerenciamento se torna oneroso e
dificultoso, além do preenchimento de aterros de inerte ocorrer de forma rápida. No entanto,
vale salientar que a aglomeração de pessoas e a alta valorização do espaço físico dificulta uma
estratégia para a busca de locais para a implantação dos aterros, que estão cada vez mais
escassos, em virtude de eles necessitarem de grandes áreas para serem instalados.
Tradicionalmente, esses resíduos são descartados no meio ambiente ou depositados em
locais impróprios. Alguns municípios, no intuito de solucionar tal problema, vêm montando
usinas com a finalidade de reciclar restos de tijolos, blocos estruturais, cerâmica, dentre outros
resíduos. O gesso é uma exceção pois, além de ter sido introduzido novamente no mercado
como um material com grande potencial de uso, é transformado em argamassa, sub-base de
pavimentação, blocos de alvenaria, agregados artificiais para dosagem de concreto, que
contribuem para a preservação do meio ambiente, da qualidade de vida.
Portanto, é necessário o estudo da reutilização dos referidos resíduos, ante o vasto
desenvolvimento urbano e a decadência de locais próprios para descarte de entulhos da
construção civil, que resultam na contaminação do meio ambiente.
Assim, esta pesquisa estudou a viabilidade do uso de agregados reciclados na
fabricação do concreto convencional, com a proposta de reduzir os impactos ambientais
causados por ele e objetivou analisar a resistência mecânica dos concretos, produzidos com 0,
25, 50, 75 e 100% de substituição dos agregados naturais, tanto os graúdos, quanto os miúdos,
pelos agregados reciclados e comparar à viabilidade da utilização dos resíduos sólidos na
construção civil.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Do ponto de vista ambiental, o principal problema com os resíduos da construção civil
(RCC) está relacionado com a sua deposição irregular, que é muito comum no mundo todo.
No Brasil, com a publicação da resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), que estabeleceu referências para a gestão desses resíduos, motivou alguns
municípios a implementarem planos de gerenciamento do RCC.
3
De acordo com a Resolução n° 307, os resíduos da construção civil são
[...] Provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos,
tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas,
metais, resinas, colas, tintas, madeiras e comprensados, forros, argamassa,
gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidro, plásticos, tubulações, fiação
elétrica, etc. comumente chamados de entulhos de obras (CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 2002, p. 1).
O artigo 3, da mesma Resolução, estabelece que os RCC são classificados em quatro
classes diferentes, que são de suma importância no sentido de identificar e quantificar os
resíduos:
Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de
construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de
infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição,
reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de
revestimento, entre outros.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou
demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio, etc.) produzidas nos
canteiros de obras.
Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.
Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação.
Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como,
tintas, solventes, óleos e demais objetos e materiais que contenham amianto ou que são
contaminados e prejudiciais à saúde, oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas e instalações industriais.
Realizar o planejamento adequado, visando reutilizar, reciclar e destinar corretamente
os resíduos torna-se imprescindível. Estima-se que a geração de resíduos anual em todo o
mundo, atinge aproximadamente 2 a 3 bilhões de toneladas. Em países como Alemanha e
Europa Oriental, aproximadamente dois terços dos resíduos de construção gerados são
oriundos de obras de construção e demolição (LEITE, 2001).
No Brasil, não há uma estimativa precisa da geração de resíduos, variando de 200 a
670 quilogramas por habitante. Em um edifício, o resíduo gerado corresponde
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aproximadamente de 5% a 20% da massa total da edificação, resultando em uma significativa
parcela dos resíduos sólidos municipais (PINTO, 1999).
Segundo a Resolução nº 307 (CONAMA, 2002), todo município deverá criar um
Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGCC). Nele
deverá conter o cadastro das áreas públicas ou privadas aptas a receber o RCC de acordo com
a sua classificação. Da mesma forma, os transportadores, sendo parte dessa logística, seriam
responsáveis pela destinação dos entulhos coletados de terceiros, para os quais prestariam
serviço, em locais apropriados. Assim, via de regra, os geradores, transportadores e
receptores, estariam sujeitos ao licenciamento ambiental de instalação e operação para o
regular exercício de suas atividades.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da norma nº 10004
(2004) define os resíduos sólidos como
[...] Os resíduos no estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades
de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e
de varrição. Ficam incluídos nessa definição os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004).
De acordo a mesma norma, a classificação dos resíduos sólidos envolve a
identificação da atividade de origem e de seus constituintes. Para os efeitos desta, os resíduos
podem ser classificados em:
1) Resíduos Classe I – Perigosos;
2) Resíduos Classe II – Não Perigosos;
- Resíduos Classe II A – Não Inertes;
- Resíduos Classe II B – Inertes.
Lima (1999) propôs classes de resíduos que permitem a reciclagem e reutilização de
maior quantidade possível. Com isso, o mesmo afirma a possibilidade de diminuir o descarte
do resíduo, contribuindo com a diminuição do desperdício de matéria-prima, aumentando a
vida útil de aterros. Baseado nesses critérios, ele elaborou a proposta de resíduos de
construção apresentada a seguir:
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Classe 1: resíduo de construção composto por concreto estrutural (simples ou armado),
com teores limitados de argamassa e alvenaria, e teores limitados de impurezas como gesso,
terra, vegetação, vidro, papel, madeira, metais, plásticos e outros.
Classe 2: resíduo de construção composto de argamassas, alvenaria e concreto, com
presença de outros materiais minerais inertes. Areia, pedra britada, com teores limitados de
impurezas, como gesso, terra, vegetação, papel, madeira, plástico e outros, também, podem
compor essa classe.
Classe 3: resíduo de construção composto de argamassas, concreto e alvenaria de
componentes de concreto, com baixa presença de materiais cerâmicos. Pode conter outros
materiais inertes como areia, pedra britada, fibrocimento. Os teores de impurezas devem ser
limitados.
Classe 4: resíduo de construção composto pelos mesmos materiais da classe 2, que se
admite a presença de terra e vegetação até determinada porcentagem de volume, com
tolerância maior que nas classes acima.
Classe 5: resíduo de construção composto de terra e vegetação com uma tolerância na
presença de argamassas, alvenaria, concreto e outros materiais inertes. Admite-se um teor de
impurezas maior que nas classes citadas acima.
Classe 6: resíduo de construção com presença de material asfáltico, com tolerância
para outras impurezas, bem como, argamassas e restos de alvenaria, terra, vegetação, gesso,
vidros e outros.
De acordo com estudos realizados por Paula (2010), pôde-se chegar a valores da
composição média da fração de materiais pétreos dos resíduos coletados na cidade de
Petrolina – PE:
Tabela 1 – Composição média da fração pétrea do entulho (em %)
Tipo de entulho Composição
Média do Entulho (%)
Argamassas 37,40
Concreto 21,10
Material Cerâmico 23,30
Pedras 17,70
Outros 0,50
Fonte: Paula (2010).
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O resíduo de construção utilizado no desenvolvimento da pesquisa realizada por Leite
(2001) apresentou na sua composição grande quantidade de rocha natural (29,84%), seguida
por argamassa (28,26%) e material cerâmico (26,33%).
Zordan (1997) analisou as amostras de agregados reciclados obtidos em suas coletas e
verificou diferenças significativas que podem até ter influenciado na resistência dos concretos
produzidos com entulho:
Quadro 1 – Porcentagem dos materiais presentes no entulho em cada amostra
analisada.
Fonte: Zordan (1997).
Segundo estudos realizados por Vieira (2004), na cidade de Maceió (AL), a
composição dos resíduos de construção e demolição apresenta grande percentual de material
cerâmico em sua composição, seguido de resíduos de concreto endurecido e argamassa, além
de outros materiais com percentuais menores:
Figura 1 – Composição dos resíduos de construção e demolição.
Fonte: Vieira (2004).
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Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), de 2008, 99,96% dos
municípios brasileiros têm serviços de manejo de Resíduos Sólidos (RS), mas 50,75% deles
dispõem seus RS em vazadouros, 22,54% em aterros controlados, 27,68% em aterros
sanitários.
Um dos maiores problemas enfrentados pelos municípios brasileiros é o fato de que,
ao efetuarem uma construção nova, uma reforma ou demolição, ao fim da obra, chamam uma
caçamba para depositar todos os rejeitos. O descarte inadequado dos RS tem provocado sérios
danos à saúde pública e ao meio ambiente e associa-se a um triste quadro socioeconômico de
um grande número de famílias, excluídas socialmente, que vivem em “lixões”, de onde
retiram materiais recicláveis para comercialização.
Certamente, isso requererá mudanças social, econômica e cultural da sociedade. A
utilização de agregados reciclados em escala industrial, ainda não constitui prática difundida
entre os municípios brasileiros, ou seja, a implantação de usinas de reciclagem com padrões
de qualidade definidos, ainda não se transformou em rotina adotada pelas prefeituras, nem
pela iniciativa privada. Porém, alguns municípios estão procurando se organizar no sentido de
adotar uma política de gerenciamento de seus resíduos sólidos, afim de transformá-los em
agregados reciclados (LEVY,2001).
No Brasil, a análise de alguns relatórios realizados por estudiosos, nos últimos anos,
revela que ainda existe uma seria decadência de informações e valores sobre as completas
características dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), dentre elas, a mais nítida é justamente a
efetiva presença dos RCC, podendo comprometer as proposições realizadas (PINTO, 1999).
Levy (2001) afirmou que, se houver matéria prima em quantidade suficiente, a
iniciativa privada juntamente com o meio técnico, criarão condições para sua utilização dos
resíduos em forma de agregados. Contudo, a cultura vigente termina por se modificar, o que
possibilita a criação dos meios técnicos necessários à sua utilização.
A procedência dos resíduos deveria ser considerada fator relevante, uma vez que,
dependendo da sua origem, ao passarem por um determinado britador, estes resíduos dariam
origem a agregados com forma totalmente diferentes. Em determinadas condições poderiam
levar a um consumo de cimento extremamente elevado, tornado inviável a produção de
concretos com resistências superiores a 30 MPa (LEVY, 2001).
São várias as fontes de geração de resíduos na construção civil. Por exemplo, a falta de
qualidade e cuidados com os bens e serviços, na construção, tem dado origem às grandes
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perdas e desperdícios de materiais, que consequentemente acabam gerando grande acúmulo
de resíduos em canteiros de obras e aterros sanitários.
Helene (1992) afirma que a resistência mecânica à compressão axial é a mais utilizada
como parâmetro principal de dosagem e controle de qualidade do concreto, pelo fato de ser
um parâmetro sensível às alterações de composição da mistura do concreto e, também, pela
simplicidade do procedimento de moldagem dos corpos-de-prova e do ensaio à compressão
propriamente dita.
Segundo Leite (2001), existem as perdas de materiais que não saem da edificação,
podendo levar ao mau funcionamento da mesma e que acabam por acarretar a manifestação
de patologias. Do mesmo modo, há a redução da vida útil da estrutura que, consequentemente,
necessitarão de manutenção, vindo também a propiciar maior consumo de materiais e
aumentar a geração de resíduos.
A pesquisadora conclui que o aumento do teor de substituição do agregado graúdo
reciclado (AGR) tende a diminuir a resistência, enquanto o aumento do teor do agregado
miúdo reciclado (AMR) tende a aumentar a resistência à compressão, como mostra na figura
2.
Figura 2 – Resistência à compressão em função do efeito isolado do teor de
substituição do agregado.
Fonte: Leite (2001).
A redução da resistência devido à substituição dos agregados graúdos, conforme Leite
(2001), está relacionada ao grão do agregado ser mais frágil em relação ao restante do sistema
e a falha pode ocorrer no agregado. O aumento da resistência, devido à substituição do
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agregado miúdo, pode ser explicado por vários fatores, bem como, o agregado apresenta
maior rugosidade contribuindo para melhorar a aderência; granulometria mais contínua e
maior quantidade de finos, que diminuem a segregação e contribuem para o fechamento de
vazios.
Em suas pesquisas, Zordan (1997) concluiu que a parte graúda do entulho utilizado
como agregado revelou aspectos negativos para a resistência do concreto, devido à presença
de materiais cerâmicos polidos, que promoviam superfícies de ruptura nas suas faces lisas,
pela impossibilidade da pasta de cimento aderi-las. A resistência à compressão, obtida pelos
concretos produzidos com agregados reciclados, representou em média 49, 62 e 93% da
resistência do concreto de referência, aos 28 dias de idade, como mostra as Figura 3 e 4.
Figura 3 – Evolução da resistência à compressão do concreto aos 28 e 60 dias.
Fonte: Zordan (1997).
Figura 4 – Resistência à compressão do concreto aos 28 dias
Fonte: Zordan (1997).
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A reciclagem desses resíduos, ainda com pouca atividade no Brasil, pode ser uma boa
alternativa, unindo dois fatores positivos: diminuição dos impactos ambientais causados pela
deposição de entulhos as margens de rios, terrenos baldios e, também, introdução no mercado
de um material de construção mais barato e de boa qualidade.
Dessa forma, o objetivo de pesquisa deste trabalho foi desenvolver um estudo
relacionado à resistência mecânica, dos diferentes percentuais de substituição do agregado
natural pelo reciclado, quando submetidos à esforços de compressão axial.
3 METODOLOGIA
O procedimento experimental desse trabalho, foi realizado nos laboratórios de
Engenharia Civil da Universidade Paranaense (UNIPAR), campus de Toledo – Paraná e
constituído pelas etapas de obtenção do agregado reciclado, planejamento dos ensaios,
dosagem dos concretos e análise dos resultados obtidos da resistência à compressão axial.
Os agregados reciclados usados nesse trabalho foram provenientes de uma usina de
reciclagem na cidade de Cascavel, região Oeste do Paraná. Os resíduos coletados já haviam
passado pela etapa de seleção e retirada das impurezas, como materiais metálicos, gesso,
madeira, entre outros.
O cimento adotado para produção dos concretos foi o CP II-Z-32, da marca
Votorantim. Na produção dos concretos foi definida uma relação água/cimento (0,45) e três
percentuais de substituição dos agregados naturais pelos reciclados, tanto do AMR, quanto do
AGR. Esses percentuais foram definidos em 0, 25, 50, 75 e 100% de substituição. Para que
houvesse uma mistura com agregados naturais para servir como base de referência na análise
dos resultados, alguns concretos não foram substituídos seus agregados naturais.
A trabalhabilidade dos concretos produzidos foi avaliada de acordo com as prescrições
da norma NM 67 – Concreto: determinação da consistência pelo abatimento do tronco de
cone (ABNT, 1998). Foi fixado um abatimento de 18 ± 2 cm, com objetivo de adotar um
parâmetro qualitativo e, também, controlar a produção dos concretos (Figura 6).
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Figura 6 – Abatimento do tronco de cone/Slump Test (ST).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Os traços utilizados para dosagem dos concretos foram calculados pelo método do
Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON) em que foi obtido uma mistura de 1,0 Kg : 1,93
Kg : 2,82 Kg : 0,450 L. Para os ensaios à compressão foram produzidos 60 corpos-de-prova,
conforme as prescrições da norma 5738 – Concreto: procedimento para moldagem e cura de
corpos-de-prova (ABNT, 2003), sendo quatro corpos-de-prova para cada dia de rompimento,
com o objetivo de obter-se uma média entre os resultados (Figura 7).
Figura 7 – Corpos-de-prova.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Foram realizados ensaios mecânicos de resistência à compressão axial dos corpos-de-
prova aos 07, 14 e 21 dias de idade (Figura 8). Foi fixado um valor de 25,0 MPa para
resistência, dos diferentes traços de concreto, aos 21 dias de idade. Os ensaios da resistência à
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compressão axial foram realizados de acordo com as prescrições da norma 5739 – Concreto:
ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndrico (ABNT, 1994).
Figura 8 – Ensaio de resistência à compressão axial.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
4 RESULTADOS PRELIMINARES OU ESPERADOS
Foram analisados os ensaios de resistência à compressão axial aos 21 dias para as
diferentes substituições dos agregados naturais pelos agregados reciclados. A Figura 5 e 6
apresentam o efeito do percentual de substituição dos agregados, tanto graúdo, quanto miúdo,
para os concretos produzidos, em função da idade do corpo de prova.
Figura 5 – Percentual de substituição dos agregados em função da idade do CP.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
24
,0
26
,2 29
,6
17
,82
18
,98
17
,43
15
,44
16
,14
17
,30
11
,98
12
,87
13
,53
11
,25
9,9
6 13
,16
0
5
10
15
20
25
30
35
07 dias 14 dias 21 dias
Fc
(MP
a)
Idade
Referência. ST 18±2
25% de Subst. ST 18±2
50% de Subst. ST 18±2
75% de Subst. ST 18±2
100% de Subst. ST 18±2
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Figura 6 – Resistência à compressão aos 21 dias de idade.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Ao analisar os resultados obtidos pelos ensaios à compressão, pôde-se concluir que o
uso dos agregados reciclados na produção do concreto apresentou aspectos negativos para sua
resistência. A resistência à compressão, obtida pelos concretos produzidos com agregados
reciclados, representou em média 44, 46, 58 e 59% da resistência do concreto de referência,
aos 21 dias de idade, como mostram os Quadros 2 e 3.
Quadro 2 – Evolução das resistências a compressão do concreto aos 07,14 e 21 dias.
Resistência Média (MPa)
Traço 07 dias 14 dias 21 dias
0% 23,96 26,17 29,61
25% 17,82 18,98 17,43
50% 15,44 16,14 17,30
75% 11,98 12,87 13,53
100% 11,25 9,96 13,16
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
29,61
17,43 17,30
13,53 13,16
0
5
10
15
20
25
30
35
0% 25% 50% 75% 100%
Fc
(MP
a)
Substituição dos Agregados (AMR e AGR)
Resistência acompressão axial aos21 dias (MPa)
14
Quadro 3 – Percentual da resistência à compressão do concreto de referência aos 07,
14 e 21 dias.
Resistência Média (%)
Traço 07 dias 14 dias 21 dias
0% 100% 100% 100%
25% 74% 73% 59%
50% 64% 62% 58%
75% 50% 49% 46%
100% 47% 38% 44%
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Para os concretos ensaiados, quanto menor o percentual de substituição do agregado
natural pelo agregado reciclado, maior foram os valores das resistências. Esse resultado pode
ser atribuído à alguns fatores, como a baixa resistência do agregado reciclado; a alta taxa de
absorção de umidade do agregado e a grande presença de materiais cerâmicos polidos no
agregado.
Os materiais cerâmicos polidos apresentaram um grande problema para a resistência
dos concretos produzidos com resíduos. As faces polidas desses materiais impediram que
houvesse aderência entre eles e a pasta do concreto, propiciando assim, a existência, de uma
superfície de ruptura.
Devido ao fato dos agregados reciclados possuírem grande parte de material
cerâmico em sua composição, apresentou uma absorção de água superior à do agregado
natural, devido a sua grande porosidade e a maior quantidade de finos existentes nos resíduos.
Também, foi perceptível nos concretos produzidos, uma alteração em sua coloração
natural. A maneira com que se aumentava o percentual de substituição, dos agregados naturais
pelos agregados artificiais, pôde-se visualizar um aumento da tonalidade mais próxima a cor
da terra.
5 CONCLUSÃO
Concluímos que o uso do agregado reciclado no concreto afeta significativamente a
resistência à compressão axial. Os resultados obtidos mostraram que, quanto maior o
percentual de substituição dos agregados naturais, menor foi sua resistência à compressão.
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Dessa forma, supõem-se que, se houver um controle do entulho que chega nas
usinas, de forma que os materiais com qualidades inferiores, bem como, materiais polidos e
esmaltados, não sejam misturados antes de irem para os britadores, resultaria em um agregado
com um grande potencial de uso.
Ao comprovar a possibilidade de uso dos resíduos de construção e de demolição,
como agregado na produção do concreto convencional, abrem-se mercados para utilização do
material beneficiado pelas usinas de reciclagem o que, consequentemente, resulta no aumento
da produção das mesmas.
Entretanto, é de suma importância o tratamento dos resíduos de construção e de
demolição, afim de encontrar uma saída para diminuição dos depósitos clandestinos de
resíduos da construção civil, que degradam o meio ambiente. Muitos estudos, porém, ainda
precisam ser feitos para comprovar a viabilidade da utilização desses agregados reciclados
nos mais variados tipos de concreto.
REFERÊNCIAS
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ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR NM 67: Concreto:
determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5738: Concreto:
Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10004: Resíduos
sólidos: Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução 307: estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, 2002.
Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307. Acesso em:
19 de jul. de 2018.
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Nacional de Saneamento Básico, Rio de Janeiro, 2010.
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LEVY, S. M. Contribuição ao estudo da durabilidade de concretos, produzidos com
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reciclados provenientes de resíduos de construção e demolição. Artigo de Pós-Graduação
em Engenharia Civil. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
ZORDAN, S. E. A utilização do entulho como agregado, na confecção do concreto.
Dissertação do Mestrado em Engenharia Civil. Universidade Estadual de Campinas, São
Paulo, 1997.
17
ANEXOS/APÊNDICES
CÁLCULO DOS TRAÇOS:
A/C = 0,450 (relação água/cimento).
A% = 8,0% (teor de água/materiais secos).
K = 51,0 (teor de argamassa).
CIMENTO CPII Z-32.
AREIA FINA.
BRITA 01.
SLUMP TEST DE 18±2.
DETERMINAÇÃO DA MASSA TOTAL DA MISTURA:
Mt= (( A/C / A%) x 100) – 1,00
Mt= (( 0,450 / 8,00) x 100) -1,00
Mt= 4,75 kg
DETERMINAÇÃO DA MASSA DE AREIA DA MISTURA:
A= (( M + 1,00) x ( K / 100)) – 1,00
A= (( 4,75 + 1,00) x ( 51,0 / 100)) – 1,00
A= 1,933 kg
DETERMINAÇÃO DA MASSA DE BRITA DA MISTURA:
B= M – A
B= 4,75 – 1,933
B= 2,817 kg
18
Tabela 4 – Traço de referência para os concretos.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Tabela 5 – Traço com 25% de substituição.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Tabela 6 – Traço com 50% de substituição.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
MATERIAL
Cimento
Areia
Brita
Agua 0,45
PESO (Kg)
REFERÊNCIA
1,00
1,93
2,82
MATERIAL
Cimento
Areia
Areia Recicl.
Brita
Brita Recicl.
Agua
0,705
0,45
25% DE SUBSTITUIÇÃO
PESO (Kg)
1,00
1,45
0,48
2,12
MATERIAL
Cimento
Areia
Areia Recicl.
Brita
Brita Recicl.
Agua
0,97
1,41
1,41
0,45
50% DE SUBSTITUIÇÃO
PESO (Kg)
1,00
0,97
19
Tabela 7 – Traço com 75% de substituição.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Tabela 8 – Traço com 100% de substituição.
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 8 – Resistência à compressão do traço de referência aos 07 dias (CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
MATERIAL
Cimento
Areia
Areia Recicl.
Brita
Brita Recicl.
Agua
1,00
0,48
1,45
0,71
2,115
0,45
75% DE SUBSTITUIÇÃO
PESO (Kg)
MATERIAL
Cimento
Areia Recicl.
Brita Recicl.
Agua
100% DE SUBSTITUIÇÃO
PESO (Kg)
1,00
1,93
2,82
0,45
20
Imagem 9 – Resistência à compressão do traço de referência aos 07 dias (CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 10 – Resistência à compressão do traço de referência aos 07 dias (CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 11 – Resistência à compressão do traço de referência aos 07 dias (CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
21
Imagem 12 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 07 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 13 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 07 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 14 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 07 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
22
Imagem 15 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 07 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 16 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 07 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 17 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 07 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
23
Imagem 18 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 07 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 19 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 07 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 20 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 07 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
24
Imagem 21 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 07 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 22 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 07 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 23 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 07 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
25
Imagem 24 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 07 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 25 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 07 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 26 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 07 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
26
Imagem 27 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 07 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 28 – Resistência à compressão do traço de referência aos 14 dias (CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 29 – Resistência à compressão do traço de referência aos 14 dias (CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
27
Imagem 30 – Resistência à compressão do traço de referência aos 14 dias (CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 31 – Resistência à compressão do traço de referência aos 14 dias (CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 32 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 14 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
28
Imagem 33 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 14 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 34 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 14 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 35 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 14 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
29
Imagem 36 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 14 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 37 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 14 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 38 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 14 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
30
Imagem 39 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 14 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 40 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 14 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 41 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 14 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
31
Imagem 42 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 14 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 43 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 14 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 44 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 14 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
32
Imagem 45 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 14 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 46 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 14 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 47 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 14 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
33
Imagem 48 – Resistência à compressão do traço de referência aos 21 dias (CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 49 – Resistência à compressão do traço de referência aos 21 dias (CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 50 – Resistência à compressão do traço de referência aos 21 dias (CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
34
Imagem 51 – Resistência à compressão do traço de referência aos 21 dias (CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 52 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 21 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 53 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 21 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
35
Imagem 54 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 21 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 55 – Resistência à compressão do traço com 25% de substituição aos 21 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 56 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 21 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
36
Imagem 57 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 21 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 58 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 21 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 59 – Resistência à compressão do traço com 50% de substituição aos 21 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
37
Imagem 60 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 21 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 61 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 21 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 62 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 21 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
38
Imagem 63 – Resistência à compressão do traço com 75% de substituição aos 21 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 64 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 21 dias
(CP01).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 65 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 21 dias
(CP02).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
39
Imagem 66 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 21 dias
(CP03).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).
Imagem 67 – Resistência à compressão do traço com 100% de substituição aos 21 dias
(CP04).
Fonte: elaborado pelo pesquisador (2018).