Retórica 1

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Retórica Retórica Profa. Dra. Cibele Mara Dugaich Profa. Dra. Cibele Mara Dugaich [email protected] [email protected]

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Aula da Prof.Dra.Cibele Mara Dugaich - Retórica I

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RetóricaRetórica

Profa. Dra. Cibele Mara DugaichProfa. Dra. Cibele Mara [email protected]@gmail.com

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ConceitoConceito

RetóricaRetórica

É a arte de persuadir.É a arte de persuadir.

Nas relações com outros indivíduos, o homem usa Nas relações com outros indivíduos, o homem usa a linguagem como um mecanismo de ação a linguagem como um mecanismo de ação

carregado de carregado de intencionalidade.intencionalidade.

Entende-se então por persuasão como o ato de Entende-se então por persuasão como o ato de influenciar e convencer uma pessoa.influenciar e convencer uma pessoa.

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Histórico

A retórica é considerada um raciocínio discursivo. A retórica é considerada um raciocínio discursivo. Iniciou-se na época clássica, na Grécia, por volta do anoIniciou-se na época clássica, na Grécia, por volta do ano

IV a.C. IV a.C. Quem ensinava a arte de persuadir eram os sofistas por Quem ensinava a arte de persuadir eram os sofistas por

meio da retórica.meio da retórica.

Aristóteles também utilizava a retórica, porém, a colocava Aristóteles também utilizava a retórica, porém, a colocava a serviço do justo e verdadeiro, diferentemente dos a serviço do justo e verdadeiro, diferentemente dos

sofistas que serviam à classe dominante, auxiliando-os sofistas que serviam à classe dominante, auxiliando-os nos negócios (publicidade) e nas questões políticas nos negócios (publicidade) e nas questões políticas

(discursos) sempre em troca de alguma recompensa.(discursos) sempre em troca de alguma recompensa.

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Nova Retórica

Chaim Perelman (lógico e filósofo do direito Chaim Perelman (lógico e filósofo do direito belga) foi o precursor da nova retórica. belga) foi o precursor da nova retórica. Recuperou a formulação do pensamento Recuperou a formulação do pensamento

aristotélico para situar o raciocínio jurídico aristotélico para situar o raciocínio jurídico ressaltando a sua natureza ressaltando a sua natureza argumentativaargumentativa..

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Atos da ArgumentaçãoAtos da ArgumentaçãoAto de Promover (Akira Osakabe, 1979Ato de Promover (Akira Osakabe, 1979)

O ato de promover consiste em elevar o O ato de promover consiste em elevar o interlocutor à instância máxima do poder para interlocutor à instância máxima do poder para que este, movido pelos ícones de poder, possa que este, movido pelos ícones de poder, possa atender ao que lhe submetido como uma forma atender ao que lhe submetido como uma forma de reconhecimento pelo ato do sujeito que lhe de reconhecimento pelo ato do sujeito que lhe fez o elogio.fez o elogio.

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Atos da ArgumentaçãoAto de Promover (Akira Osakabe, 1979)

É fundamental que se entenda que ao fazer É fundamental que se entenda que ao fazer uso do ato de promover, o sujeito não uso do ato de promover, o sujeito não

confere poder algum ao interlocutor. Se o confere poder algum ao interlocutor. Se o interlocutor, de fato, tem poder.ele fica interlocutor, de fato, tem poder.ele fica grato pelo reconhecimento, mas, se ao grato pelo reconhecimento, mas, se ao

contrário, o interlocutor não tem poder, ele contrário, o interlocutor não tem poder, ele age movido pela fantasia que o efeito de age movido pela fantasia que o efeito de

poder instaura.poder instaura.

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Atos da ArgumentaçãoAtos da ArgumentaçãoAto de Envolver (Akira Osakabe, 1979)Ato de Envolver (Akira Osakabe, 1979)

Consiste em refutação antecipada.Consiste em refutação antecipada.

O sujeito prevê pelas formações imaginárias, O sujeito prevê pelas formações imaginárias, ou seja, por saber o que o interlocutor pode ou seja, por saber o que o interlocutor pode pensar dos argumentos que lhes apresenta, pensar dos argumentos que lhes apresenta, os possíveis contra-argumentos que o os possíveis contra-argumentos que o interlocutor poderá lhe apresentar. interlocutor poderá lhe apresentar.

O sucesso deste ato depende sobremaneira da O sucesso deste ato depende sobremaneira da capacidade de o sujeito destruir os capacidade de o sujeito destruir os argumentos antes que o interlocutor lance argumentos antes que o interlocutor lance mão deles.mão deles.

Vendo-se sem argumentos, o interlocutor Vendo-se sem argumentos, o interlocutor tende a aceitar a tese que lhe é submetidatende a aceitar a tese que lhe é submetida..

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Atos da ArgumentaçãoAtos da ArgumentaçãoAto de Engajar (Akira Osakabe, 1979)Ato de Engajar (Akira Osakabe, 1979)

Consiste em transformar o interlocutor em Consiste em transformar o interlocutor em coenunciador do sujeito. coenunciador do sujeito.

Dizendo de outro modo, o interlcoutor para a Dizendo de outro modo, o interlcoutor para a ser cúmplice do sujeito quando poderia ser ser cúmplice do sujeito quando poderia ser seu oponente.seu oponente.

O sujeito tem a capacidade de fazer do O sujeito tem a capacidade de fazer do interlocutor um aliado.interlocutor um aliado.

A força da persuasão do discurso enunciado A força da persuasão do discurso enunciado de outro lugar é maior porque ele não de outro lugar é maior porque ele não parecer ter interesse direito na causa.parecer ter interesse direito na causa.

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Nova RetóricaNova Retórica

““A linguagem deficiente recebe punição A linguagem deficiente recebe punição rigorosa em juízo : pode-se perder o rigorosa em juízo : pode-se perder o

processo, obter apenas parte do que se processo, obter apenas parte do que se pretendia, alcançar resultado diferente pretendia, alcançar resultado diferente do que se esperava ou nem sequer ser do que se esperava ou nem sequer ser

compreendido. Na guerra judicial, o compreendido. Na guerra judicial, o campo de batalha é o processo e as campo de batalha é o processo e as

armas é a linguagem com seus inúmeros armas é a linguagem com seus inúmeros recursos. recursos.