Resumo Hematologia básica

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1 SANGUE Hematopoiese (também conhecida por hematopoese, hemopoese e hemopoiese), é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas). Nas primeiras semanas de gestação (aproximadamente 19° dia), o saco vitelino é o principal local de hematopoiese. De seis semanas até seis a sete meses de vida fetal, o fígado e o baço são os rincipais órgãos envolvidos e continuam a produzir os elementos figurados do sangue até cerca de duas semanas após o nascimento. A medula óssea dos ossos chatos, é o local mais importante a partir de seis a sete meses de vida fetal e, durante a infância e a vida adulta, é a única fonte de novos elementos figurados. As células em desenvolvimento estão situadas fora dos seios da medula óssea, enquanto as maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e, a partir daí, na circulação geral. Mielopoiese Se denomina assim ao processo de formação de células granulocíticas: (Eosinófilos, Basófilos e Neutrófilos)a partir de uma célula única (UFC-G) ou unidade de colônias granulocíticas. Monopoiese Por monopoiese se conhece a formação dos monócitos. Trombopoiese Este é o processo mediante o qual se geram as plaquetas que promovem a coagulação para impedir a perda de sangue em caso de uma lesão vascular. Partes do citoplasma do megacariócito dão origem às plaquetas, responsáveis pela coagulação sanguínea. Eritropoiese A eritropoiese é o processo que se corresponde a geração dos eritrócitos (ou hemácias também chamados de glóbulos vermelhos). Este processo nos seres humanos ocorre em diferentes lugares dependendo da idade da pessoa. Na vida fetal este processo acontece pricipalmente no fígado e no baço e na vida extrauterina, este processo ocorre na medula óssea e também no interior do músculo serratil anterior.

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Um pequeno resumo sobre hematologia básica

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SANGUE

Hematopoiese (também conhecida por hematopoese, hemopoese e hemopoiese), é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas).Nas primeiras semanas de gestação (aproximadamente 19° dia), o saco vitelino é o principal local de hematopoiese. De seis semanas até seis a sete meses de vida fetal, o fígado e o baço são os rincipais órgãos envolvidos e continuam a produzir os elementos figurados do sangue até cerca de duas semanas após o nascimento.A medula óssea dos ossos chatos, é o local mais importante a partir de seis a sete meses de vida fetal e, durante a infância e a vida adulta, é a única fonte de novos elementos figurados. As células em desenvolvimento estão situadas fora dos seios da medula óssea, enquanto as maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e, a partir daí, na circulação geral.

MielopoieseSe denomina assim ao processo de formação de células granulocíticas: (Eosinófilos, Basófilos e Neutrófilos)a partir de uma célula única (UFC-G) ou unidade de colônias granulocíticas.

MonopoiesePor monopoiese se conhece a formação dos monócitos.

TrombopoieseEste é o processo mediante o qual se geram as plaquetas que promovem a coagulação para impedir a perda de sangue em caso de uma lesão vascular. Partes do citoplasma do megacariócito dão origem às plaquetas, responsáveis pela coagulação sanguínea.

EritropoieseA eritropoiese é o processo que se corresponde a geração dos eritrócitos (ou hemácias também chamados de glóbulos vermelhos). Este processo nos seres humanos ocorre em diferentes lugares dependendo da idade da pessoa.Na vida fetal este processo acontece pricipalmente no fígado e no baço e na vida extrauterina, este processo ocorre na medula óssea e também no interior do músculo serratil anterior.O processo se inicia com uma célula mãe que gera, por bipartição dupla, 4 células diferenciadas para produzir eritrócitos que mediante diferentes mecanismos enzimáticos chega a formação de reticulócitos e três dias depois se transformam em hemácias maduras anucleadas. A vida média de um eritrócito é de 120 dias.

LinfopoieseÉ o processo mediante o qual se formam os linfócitos.Engloba os linfócitos T e B. Os linfócitos B saem maduros da medula óssea enquanto os linfócitos T precisam migrar para o Timo onde irão sofrer o processo de maturação.

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Composição do sangueO sangue é composto basicamente por:

34% de elementos figurados (células): Hemácias, leucócitos e plaquetas.66% de plasma (substância intercelular).

Hemácia→ função: realizar a respiração celular, ao transportar oxigênio e parte de gás carbônico pela hemoglobina. São estocadas no baço, que por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias (por ex., ao se fazer esforço físico) e destruir hemácias velhas, reciclando a hemoglobina.→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.

Leucócitos→ os leucócitos formam verdadeiros exércitos contra os micro-organismos causadores de doenças e qualquer partícula estranha que penetre no organismo: vírus, bactérias, parasitas ou proteínas diferentes das do corpo. Eles também "limpam" o corpo destruindo células mortas e restos de tecidos. → função: imunológica ou de defesa do organismo.→ São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos, linfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)

Neutrófilos São leucócitos polimorfonucleados, têm um tempo de vida médio de 6h no sangue e 1-2dias nos tecidos e são os primeiros a chegar às áreas de inflamação, tendo uma grande capacidade de fagocitose. Estão envolvidos na defesa contra bactérias e fungos. Os neutrófilos possuem receptores na sua superfície como os

receptores de proteínas do complemento, receptores do fragmento Fc das imunoglobulinas e moléculas de adesão.

Monócitos Os monócitos desenvolvem-se a partir da medula óssea (como tal são encontrados somente em esfregaçõs sanguíneos da medula óssea), circula depois na corrente sanguínea por poucos dias e finalmente deslocam-se para os tecidos onde, por razões históricas, são denominados macrófagos (ou outros nomes).

Os monócitos que migram do sangue para os tecidos são denominados macrófagos. Os macrófagos são os responsáveis pela protecção dos tecidos. Mantêm os tecidos livres de corpos estranhos. São também as células predominantes na arteriosclerose.

Basófilos Possui forma esférica e núcleo irregular em forma de trevo. Célula envolvida nas reações de hipersensibilidade imediata, acredita-se que também participam de processos alérgicos; produzem histamina e heparina.

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Eosinófilos Geralmente chamados de eosinófilos (ou, menos comumente, acidófilos), são células do sistema imune responsáveis pela ação contra parasitas multicelulares e certas infecções nos vertebrados. Junto com os mastócitos, também controlam mecanismos associados com a alergia e asma. Desenvolvem-se na medula óssea (hematopoiese) antes de migrar para o sangue periférico.

Linfócitos É um tipo de leucócito (glóbulo branco) presente no sangue. São produzidos pela medula óssea vermelha. Os linfócitos têm um papel importante na defesa do corpo. Os linfócitos T são o principal responsável pela chamada imunidade celular, agindo ora de forma a estimular ou atenuar a produção de anticorpos pelos

linfócitos B, ora diretamente sobre os antígenos ou células corporais infectados por esses, destruindo-os. Os linfócitos B dão origem aos plasmócitos e celulas B de memória que geram os anticorpos. São o principal responsável pela chamada imunidade humoral, que dá-se via produção e diluição de anticorpos nos fluidos teciduais ou corporais.

Plaquetas (ou trombócitos)→ São fragmentos de células da medula óssea chamadas megacariócitos.Sem núcleo→ função: realizar a coagulação sanguínea.

Plasma→ função: transporte de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias dissolvidas, como proteínas (albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; anticorpos; fibrinogênio); nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos úricos, amônia); hormônas (testosterona, adrenalina); imunoglobulinas (ou anticorpos); sais/íons (sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H2CO3). O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células receber nutrientes e excretar e/ou secretar substâncias geradas no metabolismo.→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias

SEROLOGIA ou SOROLOGIAÉ o estudo científico do soro sanguíneo. Na prática, o termo se refere ao diagnóstico e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro.

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ANTICORPOS OU IMUNOGLOBULINASAnticorpos (Ac), imunoglobulinas (Ig) ou gamaglobulinas, são glicoproteínas sintetizadas e excretadas por células plasmáticas derivadas dos linfócitos B, os plasmócitos, presentes no plasma, tecidos e secreções que atacam proteínas estranhas ao corpo, chamadas de antígenos, realizando assim a defesa do organismo (imunidade humoral). Depois que o sistema imunológico entra em contato com um antígeno (proveniente de bactérias, fungos, etc.), são produzidos anticorpos específicos contra ele.

O anticorpo possui uma função importante de se combinar especificamente com o epítopo que ele reconhece, provocando o aparecimento de sinais químicos indicando aos outros componentes do sistema imunitário, que há um invasor no organismo. Alguns anticorpos possuem a capacidade de aglutinar células e precipitar antígenos solúveis. Esta aglutinação facilita a fagocitose do micro-organismo e a precipitação de moléculas estranhas que são agressivas, podem torná-las inócuas.

Há cinco classes de imunoglobulina com função de anticorpo: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. Os diferentes tipos se diferenciam pela suas propriedades biológicas, localizações funcionais e habilidade para lidar com diferentes antígenos.

As principais ações dos anticorpos são a neutralização de toxinas, opsonização (recobrimento) de antígenos, destruição celular e fagocitose auxiliada pelo sistema complemento.

COLHEITA DE SANGUEO sangue do indíviduo é colhido com anticoagulante (EDTA) ou mistura de Paul-Heller para se evitar a coagulação do mesmo.É feito com uma pequena gota de sangue posta sobre uma lâmina de vidro onde o técnico fará um esfregaço, arrastando a gota de sangue com outra lâmina para formar uma película. O sangue tem que ser homogeneizado antes de se fazer o esfregaço para que as células estejam bem distribuídas. O esfregaço é corado com Leishman ou Giemsa e observado em microscópio.

Tubos para coleta de sangue

Do ponto de vista da sua constituição, o sangue é considerado como um sistema complexo e relativamente constante, constituído de elementos sólidos (células sanguíneas), substância líquida (soro ou plasma) e elementos gasosos (oxigênio e gás carbônico). Embora não seja necessário conhecer todos os detalhes sobre os procedimentos analíticos dos testes, é essencial conhecer o tipo de amostra necessária para cada tipo de análise.

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Tipo de Análise - Tipo de Amostra

Bioquímica e Sorológica - Soro ou plasmaHematológica - Sangue total com EDTAGlicémica - Plasma com fluoreto de sódioCoagulação - Plasma com citrato de sódio

Tubos para coleta

Cada tipo de amostra deve ser coletada em um tubo específico para cada tipo de análise, sendo de extrema importância conhecê-los para a realização de uma coleta de material biológico. O material colhido em recipiente inadequado será rejeitado e descartado pelo laboratório pois não terá validade para a realização da análise. Todos os tubos deverão ser homogeneizados imediatamente após a coleta. Deve-se invertê-los de 5 a 8 vezes, suavemente. Tubos homogeneizados inadequadamente poderão conter pequenos coágulos sanguíneos que diminuirão a utilidade do tubo.

DEVE-SE RESPEITAR RIGOROSAMENTE O VOLUME CRÍTICO DE AMOSTRA INDICADO PARA CADA TIPO DE RECIPIENTE

Quando o paciente possui mais de um exame solicitado e estes exames necessitam de materiais diferentes que devem ser coletados em recipientes diferentes, deve-se obedecer uma sequência para coleta dos materiais para que não haja contaminação dos aditivos de um tubo para outro, o que ocasiona grandes alterações em alguns parâmetros analíticos. A sequência de coleta para tubos plásticos de coleta de sangue é tubo com citrato de sódio (tampa azul), tubo sem anticoagulante (tampa vermelha ou tampa amarela), tubo com heparina (tampa verde), tubo com EDTA (tampa roxa) e tubo com fluoreto de sódio (tampa cinza).

Quando o paciente tiver apenas exames de coagulação, deverá ser coletado primeiro um tubo de descarte. Isso é devido ao fato de o primeiro fluxo de sangue coletado conter os fatores de coagulação, principalmente a protrombina, o que altera os resultados.

Análises de Coagulação

Quando se pretende fazer análise de coagulação, deverá ser colhida uma amostra de plasma (CITRATO DE SÓDIO). Esta será obtida através da coleta em tubo de citrato de tampa azul. Este tubo contém Citrato de Sódio, o sangue colhido com anticoagulante deve

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ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Deve-se colher um volume máximo de 1,8ml de sangue neste tubo.

Análises Bioquímicas e Sorológicas

Quando se pretende fazer análise bioquímica ou sorológica, deverá ser colhida uma amostra de soro. Esta será obtida através da coleta em tubo sem anticoagulante para que ocorra o processo de coagulação. Portanto, a coleta deve ser feita no tubo de tampa vermelha sem gel ou no tubo de tampa amarela com gel. Estes tubos contêm ativador de coágulo e deve-se, imediatamente após a coleta, homogeneizá-los por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise, manter em repouso na posição vertical por 30 minutos para retrair o coágulo e seguir a centrifugação a 3.000 rpm durante 10

minutos. Deve-se colher um volume máximo de 7ml de soro nestes tubos.

Análises Bioquímicas

Quando se pretende fazer análise bioquímica, gasometria ou outros exames, deverá ser colhida uma amostra de plasma (HEPARINA). Está será obtida através da coleta em tubo de heparina de tampa verde. Este tubo contém Heparina, o sangue colhido com anticoagulante deve ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 8 a 10 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Deve-se colher um volume máximo de 4ml de sangue neste tubo.

Análises Hematológicas

Quando se pretende fazer análise hematológica, deverá ser colhida uma amostra de sangue total (EDTA). Esta será obtida através da coleta em tubo de EDTA de tampa roxa. Este tubo contém anticoagulante específico para evitar a coagulação. O sangue colhido com anticoagulante deve ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Deve-se colher um volume máximo de 2ml de sangue neste tubo.

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Análises Glicémicas

Quando se pretende fazer análise de glicemia, deverá ser colhida uma amostra de plasma (FLUORETO DE SÓDIO). Esta será obtida através da coleta em tubo de tampa cinza. Este tubo contém fluoreto de sódio com EDTA, o sangue colhido com anticoagulante deve ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Deve-se colher um volume máximo de 2,5ml de sangue neste tubo.

ANEMIA

O que é?É uma doença em que a capacidade do sangue em transportar oxigênio para os tecidos está reduzida, seja pela redução de eritrócitos (hemácias) seja pela redução de hemoglobina.

SintomasOs sintomas mais comuns em casos mais leves são:

Cansaço, fraqueza e indisposição; Dificuldade de concentração e falta de memória; Problemas respiratórios; Batimentos cardíacos acelerados; Pele pálida; Problemas menstruais; Distúrbios de apetite; Mal estar, tontura e naúsea.

Principais causasAs causas de anemia são variadas. Podemos citar:

Causas genéticas: Defeitos na hemoglobina: anemia falciforme hemoglobinopatias – SC, CA. ES, DR Síndromes talassêmicas Defeitos na membrana do eritrócito eliptocitose esferocitose Defeitos enzimáticos deficiência em glucose-6-fosfato desidrogenase

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Causas nutricionais: Deficiência de ferro (Anemia ferropriva) Deficiência de vitamina B12 (Anemia perniciosa, vegetarianismo, difilobotríase) Causas hemorrágicas: Agudas: Hemorragias maciças por acidentes, cirurgias, parto

Crônicas: Sangramentos crônicos, sendo o sangramento menstrual excessivo, doença hemorroidária, úlceras pépticas e neoplasias intestinais as principais causas, dentre muitas outras.

Classificação fisiopatológica das anemias3 Categorias Fisopatológicas:

Perda sanguínea Produção de eritrócitos deficiente Destruição acelerada de eritrócitos (hemólise)

Diagnóstico em laboratório

1. TestesHemogramaÉ um exame que avalia as células sanguíneas de um paciente. É constituído pela contagem das células brancas (leucócitos), células vermelhas (hemácias), hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht), índices das células vermelhas, e contagem de plaquetas. Hemograma Completo consiste do hemograma mais a contagem diferencial dos leucócitos.

HematócritoHematócrito (ou Ht ou Htc) é a percentagem ocupada pelos glóbulos vermelhos ou hemácias no volume total de sangue.

Os valores médios são diferentes segundo o sexo e idade, e variam entre 0,42-0,52 (42%-52%) nos homens e 0,36-0,48 (36%-48%) nas mulheres. Caso o valor seja inferior à média significa que existe pouca quantidade de glóbulos vermelhos e se for superior existe uma maior quantidade de glóbulos vermelhos para o volume de sangue. Esta é uma medida cada vez mais importante para efeitos clínicos.

Volume plaquetário médioA avaliação de tamanho e morfologia das plaquetas é de grande utilidade na diferenciação de patologias que as acometem, principalmente as trombocitopenias e trombocitoses também evidenciando outras que não demonstram alterações numéricas, mas somente, morfológicas.

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ReticulócitosO reticulócito é uma célula jovem que representa uma fase intermediária entre os eritroblastos da medula óssea e os eritrócitos maduros, anucleados e já totalmente hemoglobinizados. Por ainda não estarem totalmente maduros, os reticulócitos apresentam-se na periferia como células um pouco maiores que os eritrócitos e com uma coloração azul-acinzentada que se deve à existência de material nuclear residual de cor azulada associada à cor avermelhada da hemoglobina.

Sua avaliação é importante, pois serve como indicador da produção de eritrócitos pela medula óssea. As causas mais comuns de reticulocitose são as hemorragias agudas, as anemias hemolíticas agudas e crónicas e a resposta ao tratamento de reposição de ferro, ácido fólico e vitamina B12. Uma contagem diminuída de reticulócitos pode ocorrer nas anemias aplásticas, na invasão medular e nas anemias carenciais antes do tratamento.

Indíces hematiméricos

VGM (Volume Globular Médio)É o índice que ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia: se pequenas são consideradas microcíticas (< 80fl, para adultos), se grandes consideradas macrocíticas(> 96fl, para adultos) e se são normais, normocíticas (80 - 96fl). Anisocitose: é denominação que se dá quando há alteração no tamanho das hemácias. As anemais microcíticas mais comuns são a ferropriva e as síndromes talassêmicas. As anemias macrocíticas mais comuns são as anemia megaloblástica e perniciosa. O resultado do VCM é dado em fentolitro.

HGM (Hemoglobina Globular Média)É o peso da hemoglobina na hémácia.

CHGM (Concentração Hemoglobina Globular Média)É a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia.

Red Cell Distribution Width (RDW)É um índice que indica a anisocitose (variação de tamanho), sendo o normal de 11 a 14%, representando a percentagem de variação dos volumes obtidos.

Métodos de coloração das células do sangue

http://www.icb.usp.br/mol/10-1-sangue1.html