Resumo Gramática Português
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6PERCURSOS GRAMATICAISOUTROS PERCURSOS 11
CLASSES DE PALAVRAS
AdjetivoPalavra pertencente a
uma classe aberta, quevaria em gnero, nmeroe grau. Constitui o ncleo
do grupo adjetival,admitindo a precedncia
de advrbios. Podeselecionar
complementosExemplos:
- A atitude dos colonos muito grave.
- Estou ansioso porencontrar mais justia.
- O orador ficoudececionado com os
homens.
Numeral
Expressa uma ordem ou sucesso; Situa-se, geralmente, antes do nome; Pode ser antecedido por determinantes; No varia em grau; Designava-se, tradicionalmente, como
numeral ordinal.
A ltima comemorao do anovieirino ocorreu em 2008.
No quarto captulo do sermosurgem as repreenses.
Qualificativo
Atribui uma qualidade ao nome a que sereporta;
Funciona como modificador oucomplemento de grupo nominal;
Ocorre, normalmente, depois do nome,embora alguns possam ser colocados esquerda e direita, adquirindo sentidosdistintos.
O pobre orador sofreu com aInquisio. (O orador pobreperdeu a f nos homens.)
O bom colono distribua esmolas.(O colono bom pavoneava-se portodo o lado).
Relacional
Deriva de um nome; Pode ser agente ou indicar posse; No admite, frequentemente, variao
em grau;- Coloca-se depois do nome.
O poder clerical foi questionado. Em territrio brasileiro grassava a
injustia.
AdvrbioPalavra invarivel que
apresenta caractersticasdiversas. Constitui o
ncleo do grupoadverbial, pode
substituir-se por umadvrbio com terminao
em -mente, exceto o advrbio de
negao no.Pode desempenhar afuno sinttica de
modificador de frase oudo grupo verbal, de
complemento oblquo oude predicativo do sujeito.Alguns podem tambm
modificar grupospreposicionais, adjetivais
ou nominais.
Conectivo
utilizado para estabelecer conexesentre frases1 ou seus constituintes2,dando conta de uma determinadaordem1, uma consequncia3, umcontraste4;
No so afetados pela negao nempela interrogao, semelhana do queacontece com os advrbios de frase;
Distinguem-se das conjunes comvalor idntico por poderem ocorrer entreo sujeito e o predicado.
1 Cesrio Verde chegou a Lisboapara trabalhar na loja de ferragensdo pai. Seguidamente mudou-separa o campo e depois criticou oscitadinos.
2 Cesrio tece vrias crticas,concretamente aos exploradorescitadinos.
3 Os homens no ouviam; Vieiravoltou-se, portanto, para os peixes.
4 Vieira esforou-se; a vaidade doshomens, contudo, falou mais alto.
De frase
Apresenta diferentes valoressemnticos;
Caracteriza-se pela impossibilidade deser negado ou interrogado.
Certamente, Vieira no erradicouo mal. (valor de afirmao)
Provavelmente algumprosseguiu a pregao de Vieira.(valor modal dvida)
De predicado
Tem trs valores semnticos: tempo,modo e lugar;
Ocorre dentro do grupo verbal; Pode desempenhar a funo de
complemento oblquo, modificador dogrupo verbal (e, mais raramente, depredicativo do sujeito);
H a possibilidade de ser negado ouinterrogado.
Vieira pregava semanalmente emS. Lus do Maranho. (valortemporal)
Os ndios reagiramestranhamente pregao.(valor modal)
O plpito era ali, na praia. (valorlocativo)
Quantidade egrau
Fornece informao relativa ao grau ouquantidade;
Ocorre dentro do predicado1 ou modificagrupos adjetivais2 ou adverbiais3;
Pode (em certos casos) ser utilizado naformao do grau de adjetivos e deadvrbios.
1 Cesrio escreveu pouco.2 Sentiu-se muito desolado.3 Cesrio foi reconhecido muito
tardiamente.
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CLASSE SUBCLASSE EXPLICITAO/DEFINIO EXEMPLOS
Negao Pode ser modificador do grupo verbal ou
de um dos seus constituintes; "No" o nico advrbio de negao.
Cesrio no queria viver nacidade.
Afirmao
utilizado em respostas a frasesinterrogativas totais1;
Pode ser usado como modificador de umconstituinte2, certificando ou reforandoo valor afirmativo da frase.
1 Praticas o bem? Sim.2 Cesrio descreveu a cidade, sim,
mas tambm retratou o campo.
Incluso/excluso
usado para realar o constituinte quemodifica, dando informaes sobre oseu carter exclusivo1 ou a participaoou no num dado conjunto2;
Pode ser interno ao predicado3 oumodificador de grupos adjetivais4,adverbiais5, nominais6 oupreposicionais7.
1 Vieira s fez um sermo aos peixes.2 Todos os habitantes do Maranho
o ouviam, inclusive os colonos,que costumavam critic-lo.
3 Os colonos criticaram-no mesmo.4 Vieira ficou apenas desiludido.5 Os alunos entregaram s hoje o
trabalho sobre P.e Antnio Vieira.6 Fizeram s a primeira parte do
trabalho.7 Assistiu-se at a simulaes do
sermo vieirano.
Interrogativoonde,
quando eporqu
Serve para identificar o constituinteinterrogado numa frase interrogativa,podendo substituir-se por um grupoadverbial ou preposicional.
- Estuda-se o sermo porqu?
Relativo
usado para identificar o constituinterelativizado numa orao relativa;
substituvel por um grupo adverbial oupreposicional.
- A quinta onde Cesrio nasceusofreu um incndio.
ConjunoPalavra invarivel,
pertencente a umaclasse fechada, que liga
palavras (ascoordenativas), oraes
coordenadas esubordinadas
(completivas eadverbiais).
Coordenativa
Liga grupos nominais1, preposicionais2,adverbiais3, adjetivais4 e oraescoordenadas5;
Apresenta como subclasses tradicionaisas conjunes coordenativascopulativas, disjuntivas, conclusivas,adversativas e explicativas.
1 Vieira e Cesrio produziram obrasmarcantes.
2 Os autores ficaram emsobressalto ou em pnico peranteas injustias sociais.
3 Vieira falava lenta e pausadamentepara ser entendido.
4 Os sermes vieirianos eram durose incisivos.
5 Vieira foi para Itlia; portantomudou de auditrio.
Subordinativa
Introduz oraes subordinadas(completivas ou adverbial);
Apresenta tradicionalmente comosubclasses as conjunes subordinativascompletivas1, causais2, finais3,temporais4, concessivas5, condicionais6,comparativas7 e consecutivas8. Note-se que algumas oraessubordinadas adverbiais podem tambmser introduzidas por locues9.
1 Bem sabeis que Telmo Paisprotegia a jovem Maria. D. Madalena perguntou se erapossvel. Telmo disse-lhe para no duvidar.
2 Como D. Madalena duvidava,Telmo demonstrou a sua lealdade.
3 Ele no desvendou o mistrio dosretratos para no desobedecer aD. Madalena.
4 O Romeiro chegou quando Manuelde Sousa se ausentou.
5 [Apesar de] estar doente, Mariaquis acompanhar o pai.
6 Manuel lev-la-ia se D. Madalenaautorizasse.
7 Maria verbalizava tanto quantopensava.
8 Ela questionava tanto quepreocupava a me.
9 Ainda que, desde que, a fim de,uma vez que...
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CLASSE SUBCLASSE EXPLICITAO/DEFINIO EXEMPLOS
DeterminantePalavra pertencente a
uma classe fechada queocorre antes do nome,
com o qual concorda emgnero e nmero,especificando-o.
| DefinidoArtigo |
| Indefinido
o, a, os, as
um, uma, uns, umas
Nunca antecede determinantesdemonstrativos, mas pode anteceder ospossessivos.
- A minha personagem preferida o Romeiro.
- Um aluno que se preze, lintegralmente as obras de leituraobrigatria.
Possessivomeu, minha,
meus, minhasteu, tua; seu,sua; nosso,
nossa; vosso,vossa
Varia em gnero e nmero; Concorda com o nome que especifica; Tem valor detico ou anafrico; Estabelece uma relao de posse; Usa-se, geralmente, em posio pr -
-nominal; precedido pelo artigo definido ou pelo
demonstrativo1 (salvo quando vocativo2 ou modificador apositivo3);
Pode ser precedido por algunsquantificadores4;
Ocorre em posio ps-nominal5 emdeterminados contextos.
1 Esta minha mania de ler fica-mecara.
2 Minha Maria, chega aqui.3 O servial, seu criado, era Telmo
Pais.4 [Todos os] meus alunos leram Frei
Lus de Sousa.5 Alguns alunos meus no leram Os
Maias.
Demonstrativoeste, esta,esse, essa,
aquele,aquela
- Varia em gnero e nmero; - Tem valor detico ou anafrico; - Concorda com o nome que precede;- Estabelece uma relao de proximidade
ou distncia, tendo em conta osinterlocutores;
- No coocorre com o artigo1 e, em casode coocorrncia com o determinantepossessivo, precede-o obrigatoriamente2;
- Pode ser precedido por algunsquantificadores3.
Esta jovem sabia o que fazia./1 A esta jovem
Esta minha turma l pouco./ 2 Minha esta turma3 Toda esta tragdia familiar
comove.
Indefinidocerto(s),certa(s),outro(s),outra(s)
Varia em gnero e nmero; utilizado em contextos em que no h
informao especfica ou identificada1; Distingue-se do artigo indefinido porque
ambos podem comparecer2.
1 Certos jovens assumemcomportamentos incorretos.
2 Umas certas meninas fizeramdisparates.
Relativocujo, cuja,
cujos, cujas
Antecede um nome no incio dasoraes relativas.
Os textos cujos autores foramsugeridos so muito bons.
Interrogativoque, qual,
quais
Precede o nome em frasesinterrogativas.
Que livro escolheste paraapresentar?
InterjeioPalavra invarivel que
pertence a uma classeaberta e que no
desempenha nenhumafuno sinttica, servindo
apenas para expressaremoes de
1 alegria;2 animao/
incitamento;3 aplauso;4 desejo;5 dor6 espanto ou
surpresa;7 impacincia/
irritao8 invocao/
chamamento9 silncio10 suspenso11 terror
Classifica-se de acordo com o seu valorsemntico;
Interpreta-se de acordo com o contexto,o tom de voz e a atitude do locutor;
Enuncia-se com uma entoaoexclamativa na oralidade;
Assinala-se com um ponto deexclamao na escrita.
1 ah!, oh!, ...2 fora! coragem! eia!, vamos!, ...3 bis! bravo!, viva!, ...4 oh!, oxal!, 5 ai!, ui!, ai Jesus, ...6 credo!, chia!, ah!, hi!, e locues
interjetivas como Meu Deus,Essa agora,
7 irra!, hem!, mau!, hum!, ... 8 !, ei! ol!, pst!, eh!, ...9 caluda!, pouco pio! psiu!, silncio!, ... 10 alto!, basta!, ...11 ui!, uh!, ...
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CLASSE SUBCLASSE EXPLICITAO/DEFINIO EXEMPLOS
LocuoSequncia de duas ou
mais palavras que,sinttica e
semanticamente, seconstituem como uma
s.
Adverbial Tem o advrbio como classedominante.com rapidez, longe de, comcerteza
Prepositiva Tem a preposio como dominante. ao lado de, por cima de, atrs de,sobre a
Conjuncional Tem a conjuno como dominante. assim que, logo que, ainda que.
NomePalavra que permite
variao em gnero, emnmero e em grau
(aumentativo ediminutivo). Constitui o
ncleo do grupo nominal,podendo ser antecedido
por determinantes ouquantificadores, que o
antecedem. Algunsnomes podem selecionar
complementos.
ColetivoNome quedesigna nosingular umconjunto deobjetos ou
entidades domesmo tipo e
que admitevariao em
nmero.
H nomes coletivos contveis e nocontveis, como os exemplificadosem1 e 2, respetivamente, sendo queem 2 no admitem plural;
Indica, em algumas situaes,quantidades concretas3.
1 frota, alcateia, multido, enxame2 fauna, flora3 A alcateia do Parque Natural do
Alvo est em fase de reproduo.
ComumNome que se
refere aentidades ouseres, e que
pode ou no sercompletamente
determinado.Admite
complementosou
modificadoresrestritos e
plurais.
Contvel designa entidades ou seres passveis
de diviso ou enumerao1; pode ocorrer em construes de
enumerao2 e a forma de pluralmarca uma oposio quantitativa3.
No-contvel designa algo indivisvel (ver exemplos 1
e 2); no ocorre com quantificadores
numerais mas com indefinidos euniversais3.
* Os nomes no contveis que denotamentidades que podem ser medidas tambm sodesignados como "nomes massivos".
1 De entre os poemas de Cesrio, o poema Nsmereceu melhoraceitao dos alunos.
2 Um [aluno] gostou muito deNoite Fechada, dois [alunos]preferiram o De Tarde e amaioria no apreciou a poesiacesariana.
3 Um poema/dois poemas
1 O arroz faz parte da alimentaodos portugueses.
2 A memria [do elefante] umaqualidade.
3 H [bastante] arroz no mercado. (= existem vrias qualidades dearroz no mercado).
Prprio
Designa uma nica entidade numdeterminado contexto discursivo;
completamente determinado 1-2; No admite complementos ou
modificadores restritivos3-4 nem variaem nmero5.
Em determinadas situaes, os nomes prpriospodem ser utilizados em construes tpicas dosnomes comuns:
A Espanha que visitmos h 10 anos no existe.
1 Telmo d sinais de grandeagitao (Frei Lus de Sousa).
2 O Pedro no leu a obra.3 *Portugal que visitmos bonito.4 *O Pedro fantstico leu tudo.5 *As Espanhas so enormes.
PreposioPalavra invarivel que
estabelece uma relaosinttica e semnticaentre grupo nominal,
oraes ou elementosfrsicos.
a, ante, aps,at, com,
contra, de,desde, em,entre, para,
perante, por,segundo, sem,
sob, sobre, trs.
ncleo do grupo preposicional; Pode introduzir grupos nominais,
adverbiais e frases; Possui uma funo relacional e o seu
significado atualiza-se em funo docontexto em que ocorre.
Parou perante o obstculo. O Romeiro regressou aps 21
anos de ausncia.
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CLASSE SUBCLASSE EXPLICITAO/DEFINIO EXEMPLOS
PronomePalavra pertencente a
uma classe fechada que,em alguns casos, varia
em gnero e nmero, empessoa e caso.
Normalmente, no podeanteceder um nome maspode substituir um grupo
nominal.
Demonstrativoa) Formas tnicas
este(s), esta(s), istoesse(s), essa(s), issoaquele(s), aquela(s),
aquilob) Formas tonas
o(s)/a(s)
Admite variao em gnero e nmero; Tem um valor detico ou anafrico; Estabelece referncias de proximidade
ou distncia tendo como referncia osinterlocutores;
No pode ser antecedido dedeterminantes.
Isso preocupa-o. Telmo referiu-o (= Telmo
referiu isso/Telmo referiu que...)
Esta obra de Garrett maisinteressante do que a queescreveu em prosa.
Indefinido
Varia em gnero e nmero; Corresponde ao uso pronominal de um
quantificador ou de um determinanteindefinido.
- Algum visitou D. Madalena naausncia de Manuel de Sousa./O Romeiro fez tudo parachegar no dia previsto./Ningum se lembrava j de D. Joo de Portugal.
- Todas chegaram a tempo daapresentao.
Elas leram todas as obras,mas os rapazes leram apenasalgumas.
Interrogativoo que, o qu, quem,
que, quanto
Ocorre em frases parciais 1-3; Identifica o constituinte interrogado.
1 Quem s tu?2 Onde estiveste, Romeiro? 3 O que pretendeis?
Pessoaltnicos: eu, tu,
voc, ele/ela, ns,vs, vocs, eles/elas; mim, ti, si.
tonos: me, te, o, a,lhe, nos, vos, os, as,
lhes, se. 1. Formas de
contrao do pronomepessoal tnico com a
preposio "com:comigo, contigo,
connosco, convosco,consigo.
2. Formas decontrao de dois
pronomes pessoais:"mo(s)"/ma(s)" =
me + o(s) ou a(s);"to(s)"/"ta(s)" =
"te" + "o(s)"/"a(s)";"lho(s)"/"lha(s)" =
"lhe" + "o(s)"/"a(s)")
Varia em caso, pessoa, gnero enmero;
Indica, geralmente, os participantes dodiscurso, possuindo uma funodetica;
Tem formas tnicas e tonas: astonas ocorrem junto ao verbo,separando-se por hfen quandocolocadas depois do verbo. As formastnicas so antecedidas de preposioou contrao desta com o pronome;
Verifica-se com a variante tona dopronome pessoal cuja terceira pessoa "se" os seguintes valores:
reflexividade1; reciprocidade2; indefinio do sujeito (valor impessoal
ocorrendo s na terceira pessoa)3; passivizao (valor passivo
ocorrendo apenas na terceirapessoa)4;
fazendo parte do verbo com que secombina (valor inerente)5.
1 Telmo atrapalhou-se.2 Telmo e o Romeiro
abraaram-se.3 Fala-se muito de Ea de
Queirs. 4 Fazem-se leituras diversas
das obras integrais. 5 Maria riu-se muito.
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CLASSE SUBCLASSE EXPLICITAO/DEFINIO EXEMPLOS
PossessivoUm possuidor:
meu, minha, meus,minhas
teu, tua, teus, tuasseu, sua, seus, suas
Vrios possuidores:nosso, nossa,
nossos, nossasvosso, vossa, vossos,
vossasseu, sua, seus, suas
Varia em pessoa, gnero e nmero; Tem um valor detico ou anafrico; geralmente precedido de artigo
definido; Indica o(s) possuidor(es) do que
designado pelo grupo nominal quesubstitui.
O Romeiro teve conscincia dasua situao. E D. Madalenateve da sua?
RelativoVariveis:
o qual, os quais, aqual, as quais
Invariveis:que, quem
Introduz as oraes relativas; Tem funo de conector/articulador.
Escuta o homem de que tefalei.
Mostro-te quem te poderajudar a perceber melhor aobra.
QuantificadorPalavra ou locuo que
ocorre em situaessemelhantes s dos
determinantes, dandoinformaes sobre
quantidade ounmero1.
Concorda em gnero enmero com os nomes
que especifica.1 Todos os alunos leram
Os Maias. - Todos leram um dos
livros recomendados.
Existencialalgum(ns)/bastante(s)
pouco(s)/tanto(s)/vrios(as)
Expressa uma parte de um todo cujonmero no possvel precisar.
Vrios alunos no leem Os Maias.
Interrogativoquanto(s) quanta(s)
que
Antecede um nome; Introduz uma frase interrogativa.
Quantas personagens intervmem Frei Lus de Sousa?
R: Seis na totalidade.
Numeralcardinal
multiplicativofracionrio
Expressa uma quantidade numricaprecisa, multiplicativa ou fracionria.
Intervieram dois personagens. Apresentaram o triplo dos
trabalhos previstos. Um tero dos alunos no gosta
de visitas de estudo.
Relativoquanto(s)/quanta(s)
cujo(s)/cuja(s)
Identifica o constituinte relativizado; Tem como antecedente um grupo
nominal; Inicia uma orao relativa.
Maria uma personagem cujaviso supersticiosa espoleta odramatismo.
Foram feitas tantas visitas deestudo quantas forampossveis.
Universaltodo(s), toda(s),
ambos, cada,qualquer/quaisquer,
nenhum(a)/nenhuns(mas)
Vem antes do nome e especifica-o; Refere-se totalidade do conjunto
que designa.
Ambas as protagonistas de Os Maias se chamam Maria.
Qualquer vontade de MariaMonforte era satisfeita porPedro.
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PERCURSOS GRAMATICAISOUTROS PERCURSOS 11
CLASSE SUBCLASSE EXPLICITAO/DEFINIO EXEMPLOS
Verbo ncleo do grupo verbal
e flexiona em tempo,modo, pessoa e nmero.
Auxiliarser (da passiva)/
ter/haver/estar/ir/vir
e verbos de valoraspetual modal(dever/poder)
Antecede um verbo principal; usado na formao de tempos
compostos (ter, haver), na passiva, ed informaes relativas ao tempo,aspeto e modo.
Carlos tinha visitado vrias vezesMaria Eduarda na Toca.
A Toca foi cedida por um amigode Carlos.
Carlos iria saber a verdade pelo Sr. Guimares.
Principal
ncleo do grupo verbal; Determina ou no a presena do
sujeito e de um ou maiscomplementos;
Apresenta vrias subclasses emfuno da natureza doscomplementos que seleciona;
Pode integrar-se em diferentessubclasses, de acordo com o contextoem que surge.
Pedro da Maia amava MariaMonforte. (CD transitivo direto)
Pedro da Maia gostava de MariaMonforte. (COblq. - transitivoindireto)
CopulativoConsideram-se
verboscopulativos os
seguintes: estar,ser, ficar,parecer,
permanecer,continuar,
tornar-se erevelar-se
Ocorre numa frase em que existe umgrupo com a funo sinttica desujeito e outro com a funo sintticade predicativo do sujeito.
Os alunos esto satisfeitos. A professora espetacular. O rapaz fica silencioso. A minha irm continua em
Frana. A Sofia parece contente. Os meninos permaneceram em
silncio. Os alunos continuam confusos. Aquele jovem tornou-se violento. O chefe revela-se incongruente.
Intransitivo No seleciona complementos. Quando viu pela primeira vezMaria Monforte, Pedro sorriu.
Transitivo direto Seleciona um segmento que
desempenha a funo sinttica decomplemento direto.
Aps a morte de Pedro, Afonsoabandonou o Ramalhete.
Transitivo direto e indireto
- Seleciona dois segmentos que vodesempenhar as funes sintticas decomplemento direto, de complementoindireto ou de complemento oblquo.
O Sr. Guimares entregou o cofrea Ega.
Carlos colocou o piano naantecmara do seu consultrio.
Transitivoindireto
Seleciona um segmento quedesempenha a funo sinttica decomplemento indireto ou decomplemento oblquo.
Carlos escreveu a Maria Eduarda. Para encontrar Maria Eduarda,
Carlos vai a Sintra.
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PERCURSOS GRAMATICAISOUTROS PERCURSOS 11
CLASSE SUBCLASSE EXPLICITAO/DEFINIO EXEMPLOS
Transitivo --predicativo
Seleciona um segmento quedesempenha a funo sinttica decomplemento direto e outro com afuno de predicativo docomplemento direto.
Dmaso considera Carlos da Maiaum modelo a seguir.
Carlos e Ega acharam as corridasuma sensaboria.
FLEXO VERBALOs verbos flexionam em tempo, modo, pessoa e nmero
Modo
indicativo,conjuntivo,imperativo,condicional,
infinitivo
Permite distinguir a flexo verbal nasformas apresentadas na coluna daesquerda.
Em 1875, Carlos regressou da suaviagem de fim de curso.
(modo indicativo; tempo pretrito perfeito; pessoa terceira; nmero singular)
Tempos
pretrito mais --que-perfeito,
pretrito perfeito,pretrito
imperfeito,presente,
futuro
Indica o momento temporal em quedecorre a ao expressa pelo verbo;
Pode ser um tempo composto,quando formado com os auxiliarester e haver.
Algumas personagens de Os Maias reuniam-se ao seroem casa de Afonso da Maia.
Maria Eduarda tinha sofrido muitoantes de encontrar Carlos.
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PERCURSOS GRAMATICAISOUTROS PERCURSOS 11
PROCESSOS IRREGULARES DE FORMAO DE PALAVRAS
DESIGNAO DEFINIO EXEMPLO
Amlgama Processo de formao de palavras que consiste nasobreposio de partes de duas ou mais palavras.Telemvel -> telefone + mvel
informtica -> informao + automtica
AcrnimoProcesso de formao de palavras que consiste najuno de letras ou slabas iniciais de palavras diferentes,que se pronuncia como um todo.
Confederao das Associaes de Pais ->CONFAPFederao Nacional de Professores -> FENPROF
Emprstimo Processo de apropriao de uma palavra de outra lngua. Sandwich
Extensosemntica
Processo atravs do qual uma palavra existente adquireoutro sentido.
discorato
Onomatopeia Palavra que resulta da imitao de um som natural. miaauuu!! -> gato
SiglaProcesso atravs do qual se cria uma palavra a partir dasiniciais das palavras que constituem um sintagma,pronunciando-se cada uma das letras.
Rdio Televiso Portuguesa -> RTP Compact Disc -> CD
Truncao Processo que resulta na criao de uma palavra a partirda eliminao de uma parte da palavra de que deriva.negativa -> negafotografia -> foto
Frase simples frase constituda por uma orao que integra um s ncleo verbal (verbo principalou copulativo, que pode ser acompanhado ou no de verbos auxiliares).
Frase complexa frase constituda por duas ou mais oraes, articuladas por coordenao e/ousubordinao.
A orao coordenada est contida numa frase complexa, no mantendo uma relao de subordi-nao sinttica com a(s) frase(s) ou orao(es) com que se combina. Assim, distingue-se, tipica-mente, das oraes subordinadas por no poder ser anteposta.
FRASE SIMPLES/FRASE COMPLEXA
COORDENAO
DESIGNAO DA ORAO
COORDENADA
CONJUNES/LOCUES COORDENATIVAS SENTIDO EXEMPLIFICAO
Copulativa/Aditiva e, nem, nem nem, no s mas tambm,no s como (tambm), tanto comoAdio (positivaou negativa)
Acabei de ler o livro e agora vou fazeruma ficha de leitura.
Adversativa mas, contudo, todavia, porm, no entanto Oposio,contrasteGostei do Sermo de Santo Antnio,mas prefiro Os Maias.
Conclusiva pois, portanto, logo, assim, porconseguinte, por consequncia, por isso ConclusoEstou atento nas aulas, logo noreceio os momentos de avaliao.
Disjuntiva ou, ou ou, quer quer, seja seja, ora ora Alternativa, outrapossibilidadeFazemos o trabalho logo tarde ouencontramo-nos no fim de semana.
Explicativa pois Justificao,explicao
Carlos da Maia sentia pudor pelaconscincia do incesto, pois evitava oav nos corredores do Ramalhete.
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PERCURSOS GRAMATICAISOUTROS PERCURSOS 11
Subordinante corresponde palavra, constituinte ou frase de que depende a subordinada.
Subordinada orao que desempenha uma funo sinttica na frase em que se encontra. Deacordo com a funo sinttica que desempenha, ela pode ser: adverbial, substantiva e adjetiva.
SUBORDINAO
ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
DESIGNAO DA ORAOSUBORDINADA ADVERBIAL
CONJUNES/LOCUESSUBORDINATIVAS SENTIDO EXEMPLIFICAO
Causal(pode ser finita ou no finita)
porque, que, como, dado, dado que, uma vez que, visto que, pois, j que
Causa, motivo, razo
Como no definimos as horas,desencontrmo-nos.Desencontrmo-nos, porqueno definimos as horas.
Temporal(pode ser finita ou no finita)
quando, enquanto, apenas, mal,logo que, depois de/que, antes de/que, at que, sempre que,todas as vezes que, agora que,cada vez que, assim que
Tempo Assim que terminar o trabalhode Fsica e Qumica, voudedicar-me ao de Portugus.
Final(pode ser finita ou no finita)
para, para que, que, com a finalidade/o objetivo de, de modo a/que, de forma a que, a fim de (que), de maneira a (que)
Finalidade, objetivo,propsito
A professora assinalou-me oserros, para, futuramente, noos cometer.
Condicional(pode ser finita ou no finita)
se, caso, desde que, contanto que,salvo se, a menos que, a no serque
Condio, hipteseDesde que cumpras o queprometeste, eu aceito aproposta.
Concessiva(pode ser finita ou no finita)
embora, conquanto, que, aindaque, mesmo que/se, posto que, se bem que, por mais que, por menos que
ContrasteEmbora no concorde com oteu ponto de vista, aceito a tuaopinio.
Consecutiva(pode ser finita ou no finita)
to/tanto que, a ponto de, de tal modo que Consequncia
Foste de tal modo convincenteque ele acabou por aceitar atua proposta.
Comparativa(as subordinadas
comparativas podemcorresponder a construes
elpticas, ou seja, algo elidido, como, por exemplo, o
grupo verbal da oraosubordinada.)
mais/menos do que, qual (depois de tal), quanto (depois detanto), tanto/to como, bem como, como se, que nem
Comparao Aqueles alunos tm tantafacilidade a escrever comoa fazer uma exposio oral.
Funcionam como modificador da frase ou do grupo verbal.
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PERCURSOS GRAMATICAISOUTROS PERCURSOS 11
ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
DESIGNAO DA ORAOSUBORDINADA SUBSTANTIVA ELEMENTOS DE LIGAO SENTIDO EXEMPLIFICAO
Completiva(finita ou no finita)
Funciona como sujeito,complemento de um verbo,
nome ou adjetivo.
que, se, para Completa o sentidode outra orao.
Creio que j conheo esse filme.Perguntei-lhe se j tinha lido otexto que vamos analisar.Espero para ver o sucesso nasprovas de avaliao.
Relativa sem antecedente(finita ou no finita)
Funciona como sujeito,complemento direto,
complemento indireto,complemento oblquo e
modificador do grupo verbal.
Pronomes relativos: quem, onde, o que, quanto,
introduzida por umpronome relativo que
no retoma umantecedente.
Quem luta pelos direitoshumanos merece todo orespeito.
Vou onde me apetece.
Podem desempenhar a funo sinttica de sujeito, complemento de um verbo, nome ou adjetivo.
ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS
DESIGNAO DA ORAOSUBORDINADA ADJETIVA ELEMENTOS DE LIGAO SENTIDO EXEMPLIFICAO
Relativa explicativa comantecedente
Pronomes relativos: que, quem, o qual (+ variao em gnero enmero), cujo (+ variao em
gnero e nmero),quanto (+ variao em gnero e
nmero), onde
(Nota: estas frases vm sempre entrevrgulas ou travesses)
introduzida por umpronome relativo queretoma um referente
antecedente.
Fornecem informaoadicional.
Ricardo Arajo, que tambm um humorista, escrevecrnicas para a Viso.
Relativa restritiva comantecedente
que, quem, o qual (+ variao emgnero e nmero), cujo (+ variao
em gnero e nmero),quanto (+ variao em gnero e
nmero), onde
introduzida por umpronome relativo queretoma um referente
antecedente
Limita, restringe ainformao.
Guardo todos os artigos deopinio que fazem referncia minha banda musical preferida.
Desempenham a funo sinttica de modificador do nome restritivo e apositivo.
NOTA: As conjunes e locues coordenativas e subordinativas transcritas so utilizadas no spara unir frases simples mas tambm elementos frsicos (grupos nominais, preposicionais,adjetivais, etc. e sequncias textuais, designando-se de articuladores/conectores).
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FUNES SINTTICAS
As funes sintticas nucleares (ou essenciais) so, maioritariamente, determinadas pelo grupoverbal, isto , pelo ncleo do predicado da frase e so as seguintes:
Sujeito/Predicado/Complemento direto/indireto/oblquo/agente da passiva;
Predicativo do sujeito e predicativo do complemento direto.
Alm destas funes, devemos considerar, tambm, uma funo no central, a do Vocativo.
SUJEITO
o elemento da frase sobre o qual opredicado diz alguma coisa; encontra-se, normalmente, em
posio pr-verbal;- constitudo por um grupo nominal
ou frsico; - , habitualmente, responsvel pela
concordncia verbal;- pode ser substitudo por um
pronome pessoal na forma de sujeito(Eu, Tu, Ele/Ela, Ns, Vs, Eles/Elas).
EXPRESSO
Simples constitudo por um nico grupo nominal
Ex.: Os livros esto esgotados.
uma fraseEx.: Quem presta ateno no ter dificuldade no preenchimento da ficha.
Composto constitudo por uma coordenao de grupos nominais
Ex.: Pais e alunos concentraram-se na escola para a apresentao dostrabalhos.
uma coordenao de oraesEx.: Quem planicou o trabalho e quem pesquisou s poder obter bons
resultados.
NULO
SubentendidoEx.: Samos de casa s oito horas da manh.
IndeterminadoEx.: Promete-se muito, mas cumpre-se pouco.
Expletivo (inexistente)Ex.: Chove torrencialmente.
PREDICADO
o elemento nuclear da frase,configurando o que referido acercado sujeito;
- constitudo pelo grupo verbal,contendo um grupo verbal simples(um s verbo) ou um complexoverbal (uma sequncia de verboauxiliar + verbo principal);
- constitudo peloscomplementos/predicativosrequeridos pelo ncleo do grupoverbal;
- constitudo pelos modificadores dogrupo verbal.
a) Verbo (s)Exs.: No momento da vacina, a criana chorou.
Este ano, nevou.
b) Verbo + complementos: direto - Ex.: A Diana comeu uma ma. indireto- Ex.: J respondi tua mensagem. oblquo Ex.: Gosto de seguir esta srie. agente da passiva - Ex.: Os alunos foram aplaudidos pelo professor.
c) Verbo + predicativo do sujeito
Ex.: Todos caram admirados.
complemento direto + predicativo do complemento diretoEx.: Acho o livro extremamente entusiasmante.
d) Verbo + complementos + modificadores do grupo verbalEx.: A Lusa colocou devagar o saco no armrio.
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COMPLEMENTOS DO VERBO
So obrigatrios e integram o predicado. Sem eles a(s) frase(s) ficaria(m) sem sentido.
a) Complemento direto- selecionado pelo verbo transitivo direto;- pronominalizvel por um pronome pessoal.
Ex.: O orador repreendeu os peixes.Ex.: O orador repreendeu-os.
b) Complemento indireto- selecionado pelo verbo transitivo indireto;- inicia-se, regularmente, pela preposio a;- pronominalizvel por lhe(s), na 3. pessoa.
Ex.: Os peixes obedeceram ao pregador.Ex.: Os peixes obedeceram-lhe.
c) Complemento oblquo- necessrio ao significado de verbos
transitivos indiretos regidos por preposio fixa1.- requerido por verbo transitivo indireto,
assumindo a forma de advrbios2.
Ex.: 1 Carlos regressou da viagem de nal de curso.Ex.: 2 A semana correu bem.
d) Complemento agente da passiva - ocorre numa frase passiva;- uma expresso iniciada pela preposio por
simples ou contrada.
Ex.: Os vcios dos homens foram repreendidos pelopregador.
PREDICATIVOS
Predicativo do sujeito- funo desempenhada pelo constituinte exigido
por verbos copulativos (ser, estar, permanecer,ficar, parecer, continuar) e predica algo sobre osujeito.
Ex.: O livro est rasgado.
Predicativo do complemento direto- funo desempenhada pelo constituinte
selecionado por um verbo transitivo do tipoachar, considerar, julgar, nomear, chamar. Este pode ser:
a) um grupo nominal;
b) um grupo adjetival.
a) Ex.: O professor nomeou o Joo delegado.
b) Ex.: O aluno considerou o teste acessvel.
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FUNES SINTTICAS INTERNAS A:
A - GRUPOS NOMINAIS
Complemento do nome
selecionado por um nome e surge sua direita. de preenchimento opcional. Entre outros, selecionamcomplementos do nome:
- nomes que indicam graus de parentesco (me, av,primo);
- nomes (profisses) que derivam de outros nomes(maquinista; rececionista);
- nomes que provm de verbos (pesquisa; leitura; falta;dana; canto; apresentao);
- nomes icnicos (fotografia, gravura);- nomes epistmicos (ideia, hiptese); - numerais fracionrios ou multiplicativos (o dobro,
um tero, )
O complemento do nome pode ter a forma de um grupopreposicional (frsico ou oracional, no fsico ou nooracional) ou de um grupo adjetival.
1. grupo preposicional
1.1. frsico ou oracional
Exemplos:
a) A dana de que me falaste muito interessante.b) A ideia de que todos os jovens so felizes absurda. c) A apresentao de que no foram feitos registos foi
a mais agradvel. d) A rececionista de que te queixaste minha prima.
1.2. no frsico ou no oracional
Exemplos:a) A me de Maria de Noronha Madalena de Vilhena.b) A falta do dicionrio impede o tradutor de trabalhar. c) As pesquisas na internet permitem recolher
informao muito diversificada. d) A leitura deste livro fundamental para o trabalho
de Portugus. e) Um tero dos alunos no leu Frei Lus de Sousa. f) O maquinista do comboio era muito simptico.
2. grupo adjetival
Exemplos:
a) O canto alentejano agrada-me muito.b) A caa barros das mais saborosas do Nordeste
Transmontano.
B GRUPO ADJETIVAL
Complemento do adjetivo
um complemento selecionado por um adjetivo. selecionado por um adjetivo predicativo (seguido depreposio).
Pode ser:
1. frsico
Exemplos:
a) O Pedro ficou responsvel por encenar a dramatizaoda entrevista.
b) A professora parece entusiasmada por ter captado aateno dos alunos.
2. no frsico
Exemplos:
a) A Joana est nervosa com a chegada do noivo.
b) Os alunos continuam interessados nas aulas desubstituio.
C GRUPO ADVERBIAL
Complemento do advrbio
um complemento selecionado por alguns advrbios delugar/tempo.
Exemplos:
a) A biblioteca fica defronte da casa do Joo Pedro.
b) Os alunos partiram depois da festa.
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VOCATIVO
MODIFICADORES
Funo sinttica que identifica o interlocutor e que frequente em frases imperativas, interrogativas ouexplicativas. Pode surgir em diferentes posies, no incio, no meio ou fim da frase e isolado por vrgulas.
Ex.: Joo, vens jogar s cartas?Ex.: No se distraiam, meninos!
Funo sinttica desempenhada por elemento(s) que no soselecionados por nenhum grupo sinttico de que fazem partee, por isso, a sua omisso geralmente no afeta agramaticalidade da frase.
Os modificadores podem relacionar-se com: a) frases ou oraes; b) grupos verbais; c) grupos nominais.d) podem ter diferentes formas (GPrep./GAdv./GFrsico)
com ou sem o mesmo valor semntico.
Exemplos:a) Infelizmente, o resultado no foi o que esperava.b) Todos trabalharam bem.c) Revelaste uma grande coragem.d)GPrep A Ana saiu com o Joo.GAdv As crianas almoaram muito bem.GFrsico A aula comeou logo que o professor entrou na
sala.
Modificador restritivo e apositivo1. O modificador restritivo limita ou restringe a referncia do
nome que modifica.
Os modificadores restritivos do nome podem ser:a) grupos adjetivais;b) grupos preposicionais;c) oraes subordinadas adjetivas.
2. O modificador apositivo no limita ou no restringe areferncia do nome que modifica.
Pode funcionar como:a) modificador apositivo de grupos nominais; b) orao relativa explicativa.
Exemplos:1.a) Fiz uma nova composio.b) A menina de cabelo loiro minha irm.c) As histrias que cativam so mais interessantes.
2.a) Santo Antnio, pregador exemplar, serviu de modelo ao
padre Antnio Vieira.
b) O peixe de Tobias, que possua virtudes nas suas entranhas,foi elogiado.
Limita/restringe oreferente histrias.
Fornece uma informaoadicional sobre oantecedente.
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GRUPOS FRSICOS
IDENTIFICAO CARACTERIZAO EXEMPLOS
GRUPO NOMINAL(GN)
Tem como constituinte principal um nome ou umpronome, formando uma unidade sinttica. Pode serconstitudo:
a) exclusivamente s por um nome ou por um pronome;
b) por um nome com diferentes configuraes(coocorrncia de complemento(s), modificadores,determinantes e/ou quantificadores).
a) A Turma C vai ao teatro./Ela vai aoteatro.
b) O pai do Joo tem uma reunio naescola.
GRUPO ADJETIVAL(GAdj.)
Tem como constituinte principal um adjetivo, formandouma unidade sinttica. Pode ser constitudo:
a) s por um adjetivo;
b) por um adjetivo com diferentes configuraes(coocorrncia de complemento);
c) advrbios de quantidade e grau.
a) O amor incestuoso foi interrompido.
b) Carlos foi capaz de abandonar MariaEduarda.
c) Todos consideraram a atividade sobreOs Maias muito interessante.
GRUPO VERBAL(GV)
Tem como constituinte principal um verbo, formandouma unidade sinttica. Pode ser constitudo:
a) apenas pelo verbo ou complexo verbal;
b) por um verbo e seus complementos;
c) modificadores.
a) Afonso da Maia morreu./Maria Monfortej tinha morrido.
b) Os alunos leram o livro.
c) A Ana corre devagar.
GRUPOPREPOSICIONAL
Tem como constituinte principal uma preposio oulocuo prepositiva, formando uma unidade sinttica.Pode expandir-se atravs de grupos:
a) nominais;
b) adverbiais;
c) oracionais.
a) Gosto destas aulas sobre Os Maias.
b) Deixa isso para amanh.
c) Gosto de estudar antes dos testes.
GRUPO ADVERBIAL
Tem como constituinte principal um advrbio,funcionando como uma unidade sinttica. Podeapresentar diferentes configuraes:
a) ser constitudo apenas por um advrbio;
b) ser expandido por um complemento;
c) por outro(s) advrbio(s) que o preceda(m).
a) Carlos e Maria Eduarda amaram-seimenso.
b) Independentemente do erro cometido,os dois irmos tomaram a decisocerta.
c) A separao dos dois irmos deu-semuito rapidamente.
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MODALIDADE
Categoria gramatical que serve para exprimir a atitude do falante relativamente quilo que diz e aquem o diz. Atravs da modalidade expressam-se apreciaes sobre o contedo de um enunciado,representam-se valores de probabilidade ou de certeza - modalidade epistmica, de permisso ouobrigao - valor dentico.
DESIGNAO VALOR EXPRESSO EXEMPLOS
Apreciativa
Expressa apreciaes, isto , exprime um juzode valor sobre uma situao, utilizando-seconstrues exclamativas e verbos comolamentar, gostar, apreciar, admirar
lamentvel que o Padre Antnio Vieira notenha sido compreendido.
Gosto imenso do sermo vieiriano.
EpistmicaA atitude do locutor
baseia-se no grau deconhecimento quedetm sobre o juzo
emitido.
CertezaQuando o locutor assume uma posio decerteza relativamente verdade ou falsidade doenunciado.
Os homens no ouviam as palavras do oradorseiscentista.
Cesrio Verde criticou a burguesia.
ProbabilidadeQuando o locutor no assume a verdade oufalsidade do enunciado, baseando-se, por isso,em hiptese ou inferncias.
Talvez Ea de Queirs desconhecesse oambiente rural.
Provavelmente a imprensa no estavahabituada inovao potica cesariana.
Duvido que os escritores sejam reconhecidos.
DenticaO locutor procura agirsobre o interlocutor,
impondo, proibindo ouautorizando a situao
expressa.
PermissoQuando o locutor coloca a possibilidade deescolha, sem quaisquer restries.
Podes apresentar o trabalho sobre um dosautores estudados.1
Esto autorizados a entrar depois doprofessor.
ObrigaoQuando o locutor procura impor ou proibir arealizao daquilo que o enunciado expressa.
Devem prestar ateno aos contedostemticos.2
Tens de acabar o exerccio at amanh. No podem deixar de ouvir os conselhos do
pregador Vieira.
1 O verbo auxiliar modal poder transmite frequentemente o valor epistmico de probabilidade. Todavia, tambmpode ter valor de certeza, quando significa capacidade (Este pode acumular funes).
2 O verbo auxiliar modal dever pode tambm transmitir o valor epistmico de probabilidade (Devem ter percebido ocontedo do sermo vieiriano) e ainda o dentico de obrigao (Devem estudar antes do teste).
Para alm das formas anteriormente descritas, a modalidade pode ainda ser expressa de outros modos: atravsda entoao, da variao no modo verbal, atravs de advrbios, de verbos modais (auxiliares como dever,poder ou principais com valor modal como crer, pensar, obrigar,), etc.
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RELATO DO DISCURSO: DISCURSOS DIRETO, INDIRETO, INDIRETO LIVRE
Os modos de relato do discurso so formas de representar o discurso, estratgias de citao dosdiscursos no texto.O narrador ou um locutor podem reproduzir, de modo direto e no seu discurso, o de outroslocutores, ocorrido em situaes enunciativas anteriores e mantendo o que foi dito ou pensado.Num texto ficcional, o narrador coloca diretamente as personagens a apresentarem as suas pr-prias palavras.A este modo direto contrape-se, tradicionalmente, o modo indireto, quando um locutor ounarrador se apropria de um discurso anteriormente proferido.Pode ainda acontecer que o narrador integre no seu prprio discurso (discurso indireto) asmanifestaes verbais ou os pensamentos de outras personagens sem recorrer aos verbos decla-rativos introdutores nem orao subordinada completiva, originando um discurso com carac-tersticas formais e expressivas que o distinguem dos anteriores. Este modo de relato designa-sepor discurso indireto livre.
Assim, o discurso direto aparece, normalmente, marcado graficamente de variadas formas,nomeadamente, por:
verbos de tipo declarativo - afirmar, perguntar, responder, sugerir, concordar, declarar, explicar,podendo estes ser eliminados para conferir mais vivacidade, naturalidade e fluidez ao discurso;
aspas; dois pontos pargrafo - travesso; itlicos.
Neste tipo de discurso, chega-se a reproduzir, por escrito, caractersticas prprias da oralidade(realizaes fonticas, hesitaes, repeties, pausas, interjeies, etc.), numa espcie de simu-lao ou reproduo do discurso testemunhado, mostrando as caractersticas contextuais vividaspor quem citado.
Exemplo:
Se algum amigo vinha porta do caf perguntar por Pedro da Maia, os criados j respondiam muito natu-ralmente:
- O Sr. D. Pedro? Est a escrever menina.in Os Maias, Ea de Queirs
Exemplo:
Dias depois o Vilaa apareceu em Benfica, muito preocupado: na vspera Pedro visitara-o no cartrio,pedira-lhe informaes sobre as suas propriedades, sobre o meio de levantar dinheiro. Ele l lhe disseraque em setembro, chegando sua maioridade, tinha a legtima da mam
in Os Maias, Ea de Queirs
O discurso indireto apresenta, normalmente: verbos declarativos dizer, afirmar, responder, pedir, perguntar; oraes subordinadas substantivas completivas ou infinitivas; utilizao da terceira pessoa gramatical, que implica tambm alteraes de natureza detica (pes-
soal, espacial e temporal) bem como de tempos e modos verbais.
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Exemplo:
Deus lhe perdoe, ele, Teixeira, chegara a pens-lo Mas no, parece que era sistema ingls! Deixava-ocorrer, cair, trepar s rvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o rigorcom as comidas! S a certas horas e de certas coisas E s vezes a criancinha, com os olhos abertos, aaguar! Muita, muita dureza.
in Os Maias, Ea de Queirs
No discurso indireto livre h uma identificao entre relator/narrador e locutor primeiro/perso-nagem. Este modo de relato do discurso frequente no texto ficcional e permite ao narrador inte-grar no seu discurso as manifestaes verbais das personagens, sem recorrer aos verbosintrodutrios declarativos. Mantm-se as marcas do discurso indireto ao nvel de pessoa, tempoe modos verbais, mas recorre-se a marcas do discurso oral, tambm presentes no discurso direto,como: interjeies, exclamaes, expresses modalizadoras, marcadores discursivos (ora, pois bem,sendo assim)
RELAES LEXICAIS
CLASSIFICAO DAS PROPRIEDADES SEMNTICAS DAS PALAVRAS AO NVEL FONTICO E/OU GRFICO
DESIGNAO DEFINIO EXEMPLIFICAO
HOMONMIARelao entre palavras que partilham a mesmagrafia e so pronunciadas da mesma forma, mascom significados distintos.
Canto (v. cantar)/Canto (nome)
So (v. ser)/So (adjetivo)
HOMOFONIARelao entre palavras que so pronunciadas deforma idntica, apesar de terem, normalmente,grafias distintas.
Asso (v. assar)/Ao (material)
Passo (marcha)/Pao (palcio)
HOMOGRAFIARelao entre palavras que tm a mesma grafia,apesar de serem, normalmente, pronunciadas deforma distinta.
Colher (v. colher)/Colher (utenslio)
Sede (vontade de beber)/Sede (local)
PARONMIARelao entre palavras que tm grafia e foniasemelhantes, mas possuem significadosdiferentes.
Perfeito/Prefeito
Comprimento/Cumprimento
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RELAES DE HIERARQUIA E DE INCLUSO
DESIGNAO DEFINIO EXEMPLIFICAO
HIPERONMIA
HIPONMIA
Relao hierrquica de incluso de significadoentre duas unidades lexicais, que parte do geral(hipernimo) para o especfico (hipnimo)e vice-versa. O hipernimo partilha dos traossemnticos dos hipnimos e estes, para alm deinclurem os traos do hipernimo, tambm tmpropriedades semnticas especficas.
Animal
SER
Gato, co, leo, tigre
HOLONMIA
MERONMIA
Relao de incluso semntica entre duasunidades lexicais, onde existe uma relao dedependncia entre a parte (mernimo) e o todo(holnimo), confirmada por marcadores como uma parte de/faz parte.
Barco
So parte de
Proa, convs, leme
RELAES SEMNTICAS ENTRE PALAVRAS
DESIGNAO DEFINIO EXEMPLIFICAO
CAMPO LEXICALConjunto de palavras associadas, pelo seusignificado, a um determinado domnioconceptual.
Escola: salas, quadros, livros, professores,alunos, ()
CAMPO SEMNTICO Conjunto dos significados que uma palavra podeter nos diferentes contextos em que se encontra. mar: mar de gente, mar de rosas, ()
POLISSEMIAPropriedade semntica caracterstica das palavrasou dos constituintes morfolgicos que possuemmais do que um significado.
Cabea (parte do corpo/lder)
Pescada (tipo de peixe/particpio passado do v. pescar)
Partir (ir-se embora/quebrar)
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TEMPOS E MODOS VERBAIS
TEMPOS COMPOSTOS
MODOS VERBAIS TEMPOS VERBAIS SIMPLES EXEMPLOS
INDICATIVO
Presente L em casa, jantamos sempre tarde.
Pretrito
Perfeito Ontem, jantei s oito horas.
Imperfeito Antigamente jantvamos mais tarde.
Mais-que-perfeito Ele jantara rapidamente antes de sair.
Futuro Amanh jantaremos s nove horas.
CONJUNTIVO
Presente Quero que venhas visitar-me.
Pretrito imperfeito Se jantssemos s dez seria pior.
Futuro Se tiveres dvidas, pergunta.
CONDICIONAL Gostaria que viesses a minha casa.
IMPERATIVO Vem j a minha casa; Vinde ver o novo filme.
INFINITIVOPessoal
Formas no finitas
Jantar/jantares/jantar/jantarmos/jantardes/jantarem
Impessoal Jantar
GERNDIO Jantando
PARTICPIO Jantado
MODOS VERBAIS TEMPOS VERBAIS COMPOSTOS EXEMPLOS
INDICATIVOPretrito
Perfeito Tenho jantado mais cedo.
Mais-que-perfeito Tinha jantado mais cedo, se pudesse.
Futuro Ter jantado mais cedo?
CONJUNTIVOPretrito
Perfeito Talvez tenha jantado mais cedo.
Mais-que-perfeito Talvez tivesse jantado mais cedo.
Futuro Se tiveres jantado mais cedo.
CONDICIONAL Teria jantado mais cedo?
INFINITIVO Ter jantado mais cedo foi timo.
GERNDIO Tendo jantado mais cedo, saiu.