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CRISE E NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR

QUESTÕES E PROVIDÊNCIAS PARA O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA

=> OBJETIVOS:

• Prover o agente de segurança de conhecimento técnico básico para identificar e saber como lidar com uma

crise com tomada de reféns.

• Conscientizar cada agente quanto à importância da sua correta atuação.

• Estabelecer padrões para a ação nestas condições.

CONCEITOS

• CRISE: “Evento crucial que exige uma resposta especial da polícia, a fim de assegurar uma solução aceitável.”

FBI

Evento de qualquer natureza que seja capaz de impedir as atividades normais da Administração.

- Requer uma postura não rotineira para sua prevenção, antecipação e resolução.

Características da Crise:

1 – IMPREVISIBILIDADE 2- COMPRESSÃO DE TEMPO 3- AMEAÇA DE VIDA

GERENCIAMENTO DE CRISES: Processo racional e analítico de resolver problemas baseando-se em

probabilidades.

C I C:

• CERCO: bloquear as possíveis vias de fuga;

• ISOLAMENTO: retirar quem não for autorizado (repórteres, políticos, curiosos, policiais, etc.);

• CONTENÇÃO: confinamento dos meliantes e reféns ao menor espaço possível.

CRISE EM ANDAMENTO! O QUE FAZER?

• Entrar em contato com o 190;

• Promover o CIC;

• Estabelecer comunicação com o TR;

• Obter o máximo de informação possível.

MÉTODOS APLICADOS MUNDIALMENTE PARA O GERENCIAMENTO DE CRISES

1- Negociação: Técnica + Arte (São alternativas táticas aplicadas mundialmente no gerenciamento de crise.)

2- Agentes não letais

3- Tiro de comprometimento

4- Assalto tático

=> QUEM PODE SER O NEGOCIADOR INICIAL?

• Qualquer um dotado das seguintes características:

• Bom ouvinte

• Tranqüilo

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• Capaz de concatenar idéias

=> OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- IDENTIFICAÇÃO DOS TR;

- DIMINUIR A TENSÃO DO AMBIENTE;

- ABRANDAR EXIGÊNCIAS;

- FAZER O TEMPO PASSAR;

- BUSCAR INFORMAÇÕES.

=> SÍNDROME DE ESTOCOLMO

A Síndrome de Estocolmo foi originalmente desenvolvida é descrita como o fenômeno de ligação entre os reféns

e seus captores.

Os sequestradores e os reféns passam a ter um relacionamento amistoso e com o tempo criam um campo de

amizade, dificultando a ação policial, porém diminui o risco dos sequestradores matarem os reféns.

Pesquisas posteriores encontraram que a mesma reação ocorria em todos grupos de reféns estudados,

incluindo membros de seitas religiosas, mulheres espancadas, vítimas de incesto e crianças maltratadas.

É um fenômeno universal que pode ser instintivo e ter uma função de sobrevivência da vítima.

A Síndrome de Estocolmo caracteriza-se por três sintomas principais, manifestados pelas pessoas que se

envolvem num evento crítico (e não apenas pelos reféns, como muitos pensam).

- Sentimentos positivos do refém ou vítima em relação ao captor.

- Sentimentos positivos do captor em relação ao refém ou vítima.

- Sentimentos negativos do refém ou vítima em relação às autoridades que gerenciam a crise.

=> PRIMEIRO CONTATO

• Apresente-se de forma tranqüila e sincera:

• “Amigo, eu me chamo Denis Lima... , faço parte do ...”

• Demonstre preocupação por todos:

• “Está tudo bem com vocês aí dentro? Tem alguém ferido? Você está bem?”

• Evacuar pessoas em situação de risco;

• Escolha um local coberto (seguro);

• Não coloque ninguém em risco;

• Nunca ignore as comunicações recebidas do local do crime;

• Esteja preparado para uma fuga;

• Sempre esteja pronto para receber os reféns;

• Comunique-se por telefone com os perpetradores e vítimas;

• Sempre receba todas as mensagens;

• Mantenha um registro de suas ações;

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• Nunca desafie o criminoso a concretizar suas ameaças.

=> ERROS MAIS FREQÜENTES

• Não pergunte por demandas/exigências: “ O que você quer?”

• Não se apresente como tomador de decisões;

• Não faça promessas, diga: “vou ver o que posso fazer”;

• Não estabeleça limites de tempo para você mesmo;

• Não aceite os limites de tempo estabelecidos, coloque dúvidas “... será muito difícil ...”;

• Não permita que outra pessoa fale com o cativeiro;

• Intermediários podem piorar a situação.

CONCLUSÃO

• Uma crise, seja qual for a sua natureza, expõe todo o grau de adestramento de uma equipe;

• Nela, serão observadas questões como tempo de resposta, habilidade, conhecimento técnico, etc.

• Na Negociação Preliminar deve-se perceber que o primeiro comportamento a ser controlado não deve ser o do

causador da crise e, sim, o do negociador;

• Tente atenuar o clima de confronto, a fim de reduzir o nível de tensão.

CASOS REAIS DE CRISES CONHECIDAS NO ÂMBITO LOCAL

→ Sequestro do ônibus 174

→ Caso Eloá

→ Tomada de refém na Pereira Nunes

→ Manifestação ocorrida na Alerj

→ Retomada do museu do Índio

ATENÇÃO! Os procedimentos utilizados para o gerenciamento de crises no âmbito da PMERJ são regulados

pela N.I. 002/2012.

“A grande vitória é aquela que se conquista sem desembainhar a espada.” Sun Tzu

* Esse resumo não abrange todo o conteúdo, é apenas uma compilação de dois arquivos PDF que o Major

disponibilizou, tem mais um de 90 páginas.