resumo 12º ano economia c 1º período

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Crescimento Económico → Corresponde a aumentos regulares do produto, do rendimento, do investimento e do trabalho – é uma visão quantitativa na medida em que se baseia apenas em números Desenvolvimento verifica-se quando o crescimento económico tem efeitos de arrastamento sobre outros domínios (social, demográfico, cultural…), sendo uma visão qualitativa. Há desenvolvimento quando a riqueza é bem distribuída pela população havendo equidade) e posta ao serviço da mesma, garantindo o seu bem-estar, saúde, segurança, educação, qualidade de vida e igualdade de oportunidades, promovendo, desta forma, qualidade de vida e riqueza da população. Para haver desenvolvimento tem de haver alterações em alguns domínios, nomeadamente: . Demográfico: aumento da população, aumento da população jovem. . Económico: aumento da produção, diversificação dos bens e serviços, aumento do comércio, maior circulação de capitais, mais investimento. . Técnico: industrialização de regiões predominantemente rurais. . Social: construção de escolas, hospitais e outros serviços públicos. . Cultural: dinamização cultural (mais cinemas, bibliotecas…), sociedade informada. . Político: desenvolvimento e dinamização do poder local. Indicadores Simples 1. Económicos: . PIB per capita . Repartição sectorial da população ativa . Estrutura do produto . Consumo de aço e energia/habitante . Indicador do comércio externo 2. Demográficos . Taxa de natalidade . Taxa de mortalidade

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Crescimento Económico → Corresponde   a   aumentos   regulares   do   produto,   do   rendimento,   do 

investimento e do trabalho – é uma visão quantitativa na medida em que se baseia apenas em 

números

Desenvolvimento → verifica-se   quando   o   crescimento   económico   tem   efeitos   de   arrastamento 

sobre   outros   domínios   (social,   demográfico,   cultural…),   sendo   uma   visão   qualitativa.   Há 

desenvolvimento quando a riqueza é bem distribuída pela população havendo equidade) e posta ao 

serviço da mesma, garantindo o seu bem-estar, saúde, segurança, educação, qualidade de vida e 

igualdade de oportunidades, promovendo, desta forma, qualidade de vida e riqueza da população.

Para haver desenvolvimento tem de haver alterações em alguns domínios, nomeadamente:

. Demográfico: aumento da população, aumento da população jovem.

.  Económico:  aumento da produção,  diversificação dos bens  e  serviços,  aumento do comércio, 

maior circulação de capitais, mais investimento.

. Técnico: industrialização de regiões predominantemente rurais.

. Social: construção de escolas, hospitais e outros serviços públicos.

. Cultural: dinamização cultural (mais cinemas, bibliotecas…), sociedade informada.

. Político: desenvolvimento e dinamização do poder local.

Indicadores Simples

1. Económicos:

. PIB per capita

. Repartição sectorial da população ativa

. Estrutura do produto

. Consumo de aço e energia/habitante

. Indicador do comércio externo

2. Demográficos

. Taxa de natalidade

. Taxa de mortalidade

. Taxa de mortalidade infantil

.   Taxa   de   mortalidade   de   menores   de   5 

anos

. EMV à nascença

. Taxa de emigração

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3. Socioculturais

. Taxa de alfabetização

. Nº alunos/professor

. Nº anos de escolaridade obrigatória

. Nº médicos/habitante

. Nº televisores/habitante

. Nº automóveis/habitante

. Vitaminas/habitante

. Nº utilizadores de internet/habitante

4. Político-sociais

. Estabilidade das instituições

. Descentralização

. Democracia política

. Cumprimento dos DH

. Equidade do género

Indicadores compostos → são indicadores que nos dão uma noção mais concreta e completa do 

desenvolvimento de um país. Surgiram da necessidade de compreender melhor a situação de cada 

país e abarcam informações não só de natureza económica como também de outras naturezas.

Os indicadores simples, por si só, podem distorcer a realidade, pelo que deveremos recorrer a um 

conjunto alargado de indicadores para podermos, de facto, ter uma perspetiva mais completa da 

situação económica e social dos diferentes países.

IDH → é o Índice de Desenvolvimento Humano e, este indicador, dá-nos uma ideia mais precisa da 

situação económica, social e cultural de um país. O IDH inclui os seguintes indicadores:

. PIB per capita em d. P.P.C.: estabelece-se um cabaz e vê-se, em cada país, o que se pode comprar 

com essa quantidade de dinheiro.

. EMV à nascença

. Escolaridade combinada:

- Taxa de alfabetização

- Escolaridade combinada

Limitações do IDH→ o IDH apresenta limitações na medida em que, por se tratar de um valor médio, 

pode ocultar grandes disparidades existentes no país. As disparidades do IDH por rendimento entre 

pobres   e   ricos,   nos   países   de   rendimento   mais   elevado,   são   menores,   em   parte   porque   os 

diferenciais de rendimento se traduzem de forma menos enfática em diferenças na esperança de 

vida e nos resultados do ensino básico.

Limitações   do   PIB   per   capita  →  O   PIB   per   capita,   por   se   tratar   de   um   valor   médio,   oculta   as 

desigualdades existentes na repartição da riqueza pela população e pelas regiões. O aumento do 

Produto de um país pode não traduzir, de facto, mais desenvolvimento, pois esse aumento pode 

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apenas beneficiar algumas classes sociais mais altas,  agravando o desnível entre os rendimentos 

mais elevados e os mais baixos e, ao mesmo tempo, aumentando o PIB per capita de um país.

Também, o PIB per capita não contabiliza a economia paralela que, em Portugal, representa 20%, 

deste modo, 20% da economia portuguesa não é contabilizada no PIB.

O PIB não tem em conta as externalidades, isto é, os efeitos decorrentes dos feitos económicos que 

tem consequências negativas ou positivas para uma população.  Assim, não revela situações que 

possam indicar desenvolvimento ou mau desenvolvimento.

IDG → o IDG é como o IDH, mas ajustado ao género, permitindo, dentro dos valores do IDH, saber se 

há diferenças entre o homem e a mulher. Assim, o IDG corrige o IDH de acordo com desigual posição 

e participação da mulher na vida política, cultural, social e económica do seu país. Tem os seguintes 

indicadores:

. EMV à nascença (H/M)

. Rendimentos (H/M)

. Nível de conhecimentos:

- Taxa de escolarização (H/M)

- Taxa de alfabetização (H/M)

IPH → Existem dois tipos de IPH na medida em que se ajustam ao tipo de desenvolvimento de um 

país.   Quanto   mais   desenvolvido   for   um   país,   mais   diferente   a   noção   de   pobreza   vai   ser, 

relativamente a um país subdesenvolvido. Assim, se para um país subdesenvolvido, viver até aos 40 

anos significa ter uma vida longa e saudável, para um país desenvolvido isso pode significar ter uma 

vida curta e pouco saudável.

IPH 1:

. Vida Longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 40 anos

. Nível de conhecimento: taxa de alfabetização dos adultos

. Nível de vida digno: percentagem sem acesso à água melhorada e percentagem de crianças de 

baixo peso.

IPH 2:

. Vida longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 60 anos

. Nível de conhecimentos: taxa de analfabetismo funcional

. Nível de vida digno: percentagem de população a viver abaixo do limiar da pobreza

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. Exclusão social: taxa de desemprego de longa duração.

IEG:

. Participação da mulher na vida política: rácio de assentos parlamentares (F/M)

. Participação da mulher na vida económica: rácio de cargos superiores de gestão (F/M)

. Diferença entre os rendimentos dos homens e das mulheres.

Curva de Lorenz → Diagrama que representa, por classes percentuais,  o rendimento que cabe a 

cada grupo da população, permitindo avaliar a desigualdade existente entre as diferentes categorias 

de indivíduos.

Índice de Gini → Varia entre 1 e 0, em que 0 indica a igualdade total.

Indicadores culturais → Conseguimos saber o grau de desenvolvimento de um povo através dos 

indicadores culturais.  Um povo culto,   informado,  civilizado e educado vai   levar  a que haja bons 

políticos   (boas   decisões   politicas),   o   que   vai   levar   a   que   haja   boas   decisões   e   consequente 

desenvolvimento económico,  pessoal  e cultural,   fazendo melhorar  o nível  de vida da sociedade. 

Utiliza os seguintes indicadores:

. Emprego cultural em relação ao total de empregos

. Número de entradas anuais no cinema/habitante

. Despesas culturais em relação ao total de despesas das famílias.

IRT→ O IRT é composto por vários indicadores compostos que, por sua vez, são constituídos por 

indicadores simples que nos dão uma panorâmica muito completa do nível de tecnologia do país. 

Assim, permite-nos avaliar o desempenho dos países na criação e difusão tecnológica através desses 

indicadores simples, como o número de patentes concedidas e os royalties, número de utilizadores 

de internet e telemóvel, a exportação de bens de média e alta tecnologia, consumo de eletricidade 

por habitante, anos médios de escolaridade…

Fatores do crescimento económico

1. Aumento dos mercados → O crescimento económico baseia-se no aumento da produção. Para 

haver aumento da produção é necessário um aumento do consumo de bens produzidos (aumento 

do mercado).  Antigamente,  produzia-se para autoconsumo ou para vender no mercado  local,  o 

essencial era consumir localmente e haviam poucas trocas. Ao longo do tempo, com a Revolução 

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Industrial e com a Revolução dos Transportes, os mercados começaram a expandir, com os produtos 

a circular muito mais facilmente, aumentando o comércio entre países.

Fatores que permitiram a revolução industrial:

-Aumento do mercado através do comércio externo → com o aumento da capacidade de carga dos 

transportes, aumentaram as trocas. Deste modo, as empresas começaram a fabricar não só para o 

mercado interno como também para o mercado externo, aumentando a produção.

- Aumento dos transportes → a   introdução da máquina a vapor  levou ao aumento do uso dos 

transportes e da produção (exportações).

- Inovações aplicadas à indústria → O  melhoramento das  máquinas   fez  com que houvesse um 

desenvolvimento na indústria que, por sua vez, influenciou os mercados.

- Aumento da atividade bancária → a  atividade bancária,  antigamente,  não podia ser  praticada 

cobrando juros, devido à imposição por parte da igreja católica, então, quem exercia esta prática 

eram os judeus. Esta atividade bancária, mais tarde, alastrou-se para os protestantes e, finalmente, 

para   os   católicos.   Quando   começaram   a   exercer   a   atividade   bancária,   começou-se   a   investir, 

promovendo o investimento na indústria.

-Novos valores, liberdade de iniciativa e juros → apareceram novos valores, novas formas de ver a 

vida: desenvolveu-se o espírito capitalista. Os grandes industriais surgiram nesta altura, pois a modo 

era   muito   barata,   o   que   permitia   muito   lucro.   Não   havia   muita   concorrência   e   eram   eles   que 

controlavam   preços   e   qualidade,   fazendo   surgir   grandes   monopólios   e   poderosas   organizações 

financeiras. Apareceu, também, a liberdade de iniciativa: nos países capitalistas, qualquer pessoa 

podia montar qualquer negócio, não havia quase restrições nenhumas.

Crise nos EUA:

Começou a haver um excesso de produção nos EUA, o que gerou uma crise de produção, uma vez 

que as empresas não conseguiam escoar os produtos, pelo que viam-se obrigadas a baixar os preços, 

perdendo muito dinheiro e fazendo com que muitas fábricas tivessem de fechar.   Isto gerou um 

grande   desemprego,   pelo   que   as   possas   não   podiam   comprar,   fazendo   com   que   as   empresas 

fechassem.

Page 6: resumo 12º ano economia c 1º período

Na 2ªGGM os EUA produziam para os aliados, enriquecendo. Porém, a UE perdeu dinheiro e já não 

podia comprar, pelo que os EUA ejectaram o plano Marshall, ajudando a Europa e ganhando com 

isso ao salvar a indústria.

BOOM da economia do pós-guerra: 

O petróleo é muito maleável, leve e de grande poder e, na altura, era muito barato, ao passo que o carvão   era   muito   pesado.   Esta   substituição   permitiu   a   utilização   e   fabrico   de   máquinas   mais pequenas, sofisticadas e modernas.

Crescente liberalização das trocas no comércio, originando a especialização e a consequente DIT.

Um organismo mundial passou a controlar o valor da moeda, ao invés de ser o Estado, estabilizando 

a moeda.

Nos países onde a indústria foi não foi destruída devido à guerra, continuaram a utilizar as velhas 

máquinas. Nos países onde a indústria foi destruída devido à guerra, tiveram de “partir do zero”, 

com máquinas mais sofisticadas, produzindo mais, compensado os gastos.

A guerra trouxe muitos armamentos novos (bomba atómica,  aviões a  jacto…).  Assim, houve um 

grande progresso que veio a desenvolver a indústria do pós-guerra.

Integração económica → é o processo que leva à aproximação económica entre países, em que se 

vão eliminando as barreiras à livre circulação e se vão estabelecendo relações de cooperação entre 

os países que constam nesse processo.

NPI → são os países que se industrializaram recentemente, tendo-se industrializado com tecnologia 

moderna e eficaz, ao passo que os outros países tendem a manter as máquinas velhas. O Japão 

expandiu a sua indústria para Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul (NPI da 1ª geração). Estes, por sua 

vez, expandiram para os países à sua volta, como a China, a Índia e a Tailândia (NPI da 2ª geração).

BRIC → países em grande ascensão, devido ao grande crescimento económico e à grande dimensão 

populacional (estes 4 países concentram 40% da população). Estes aumentam o seu PIB, mais ou 

menos, 8% por ano, vendo, passados 10 anos, a sua produção aumentada. É constituído pelo Brasil, 

Índia, China e Rússia.

Page 7: resumo 12º ano economia c 1º período

Globalização → tem-se intensificado através da crescente abertura dos mercados ao exterior (como 

estratégia do desenvolvimento económico), estabelecendo-se ligações entre empresas e mercados. 

Estas empresas que contribuem para a globalização (as transnacionais) fomentam a deslocalização 

de muitas das suas indústrias para outros países onde a modo é mais barata, criando desemprego no 

seu país de origem. A globalização é inevitável, porém, devemos é tentar corrigir algumas coisas 

através nos nossos comportamentos, promovendo:

. Maior regulação dos mercados

. Respeito pelos direitos da população

. Apoios institucionais.

Investimento de capital físico e humano

Investimento em capital físico → é   feito   através   da   aquisição   ou   melhoramento   de   bens   de 

equipamento e matérias-primas. Este investimento vai permitir manter ou melhorar a eficácia e a 

produtividade, pelo que é preciso ir-se sempre investindo, caso contrário os produtos deixam de ser 

competitivos e a produção diminui. Deste modo, o investimento promove o crescimento económico 

e, consequentemente, o desenvolvimento.

Podemos avaliar a importância de um certo investimento através do multiplicador de investimento, 

que nos permite verificar se vamos ter um aumento dos lucros derivado das vendas/produção.

É também de salientar que os  investimentos devem ser feitos pelos privados, uma vez que é o 

dinheiro deles que é posto em causa no caso de alguma coisa correr mal, pelo que gerem melhor a 

empresa. Se for o Estado a investir, são os contribuintes que pagam os prejuízos, pelo que não há 

tanta preocupação com a boa gestão.

Investimento em capital humano → Porém, não interessa apenas haver boas máquinas, é também 

necessário   haver   pessoas   competentes   a   trabalhar   com   elas,   pois,   por   exemplo,   um   médico 

incompetente só vai prejudicar as pessoas. Deste modo, é também fundamental um investimento 

em capital humano: as empresas precisam de pessoas cultas, capazes de se adaptar, competentes e 

com bom nível de conhecimento, para exercerem bem a sua profissão, se adaptarem a diferentes 

empregos, aumentarem a produtividade e para poderem aplicar o seu conhecimento na inovação 

empresarial.

Inovação na gestão → Um   bom   investimento   em   capital   humano   poderá   traduzir-se   num 

investimento   físico   derivado   da   pesquisa/investigação   e   consequentes   inovações.   Deste 

investimento   físico   se   seguirá   um   aumento   da   produtividade   e   crescimento   da   produção   e 

consequente   crescimento   económico.   Tudo   isto,   por   sua   vez,   tem   origem   na   inovação   na 

gestão/capacidade empresarial.

Page 8: resumo 12º ano economia c 1º período

Quando um investimento em capital humano é feito através da educação/formação do mesmo, esse 

investimento, poderá traduzir-se no aparecimento de novas formas de gestão e em investigação e 

desenvolvimento (I&D, que, por sua vez, poderá ser teórico ou seguido por uma aplicação prática), 

promovendo, deste modo, mais uma vez, o crescimento económico.

Velha economia:

. Mercados estáveis e nacionais

. A produção baseava-se no capital e no trabalho

. Adquiriam-se vantagens comparativas através dos baixos custos e das economias de escala.

. Tirava-se a formação num curso e depois entrava-se numa empresa para passar lá a vida, tendo 

esta uma organização hierarquizada.

Nova economia:

. Os mercados são instáveis e globalizados

. A empresa valoriza mais o conhecimento e a inovação

. Adquirem-se vantagens comparativas através das inovações, melhor qualidade e baixo preço.

. As pessoas vão-se formando ao longo da vida, sendo o seu emprego muito precário.

. As empresas organizam-se em rede.

Países que aplicam o conhecimento: UE, EUA e Canadá, Oceânia e Japão

Page 9: resumo 12º ano economia c 1º período

As economias dos países desenvolvidos apresentam um conjunto de características comuns:1. Alteração da estrutura da atividade económica, relativamente a períodos anteriores

a. Crescimento industrialb. Terciarização da economia

2. Inovação tecnológicaa. As economias avançadas:

i. Populações com níveis elevados de escolaridade e competência cientifica e técnica

ii. Dão grande importância à investigaçãoiii. Ou seja, dominam o conhecimento

b. As economias intermédias:i. Recorrem a tecnologia moderna importada

ii. Estão mais ligados à produçãoiii. Estão menos ligados ao domínio imaterialiv. Conceção de estratégias de distribuição e investigaçãov. Ou seja, não tem o conhecimento

3. Aumento da produção e da produtividadea. É o objetivo de qualquer economia (produção e produtividade)b. Procuram-se   novas   formas   de   conseguir   mais   bens   com   menos   dispêndio   (Os 

engenheiros e economistas a conceber novas: técnicas de produção; materiais; formas de organizar o trabalho. Sendo o principal objetivo das organizações o aumento da produtividade).

Teorias: Sobre os recursos humanos

o Mais qualificação do trabalho Sobre o equipamento

o Mais tecnologia moderna Sobre a organização do trabalho

o Condições físicas/ psicológicas de trabalhoo Trabalho em equipao Motivaçãoo Envolvimento na tomada de decisões

Outras articulando todas as anteriores

A inovação empresarial e o aumento da produtividade Adam Smith (1723-1790)

o Divisão técnica do trabalho Frederick Taylor (1856-1915)

o Produção assente na redução do tempo de trabalho e na especializaçãoo Com base nas novas máquinas e da nova organização do trabalho

Henry Ford (1864-1947)o Faz   a   aplicação   do   taylorismo   à   industria   americana   de   automóveis, 

introduzindo as linhas de montagemo Permitiu lucros elevados e aumentos salariaiso Produziu  limitações dadas às frustrações nos trabalhadores pela rotina das 

tarefas e cristalização profissional Elton Mayo (1880-1049)

o A produtividade poderá aumentar com base nas boas relações humanas que se criam no ato social de produzir.

O século XX – estudos e propostas de gestão empresarial: Modelo burocrata – que assenta na estandardização das funções e preparação dos 

trabalhadores para as mesmas Teorias sobre modos de liderança – com defesa do estilo democrático de gestão

Page 10: resumo 12º ano economia c 1º período

Atualmente: Aumento da escolaridade e preparação académica e profissional dos trabalhadores Motivação e empenho dos trabalhadores Fusão e concentração empresariais Internacionalização e as novas formas de relacionamento global

4. Diversificação da produção Novos bens

Características dos produtos de “ontem” Características dos produtos de “hoje”- Longa duração, servindo geralmente várias gerações

- Duração cada vez mais curta (inferior a 10 anos) e dificuldade de reparação

- Pouco numerosas - Numerosos e variados quanto à marca e qualidade

-   Técnicas   de   fabrico   simples   e   evoluindo pouco

-   Técnicas   de   fabrico   cada   vez   mais sofisticadas e evoluindo rapidamente

-   Proximidade   entre   o   artesão   e   o consumidor

-  O   fabricante  cada  vez  mais   afastado  do consumidor,   devido   aos   numerosos intermediários

- Decisão de compra sempre racional -Decisão   de   compra   cada   vez   mais irracional,   motivada,   sobretudo,   pelo matraquear publicitário

A diversidade física dos bem é reforçada com as marcas. Novos serviços A diversificação da produção e a sociedade de consumo

5. Modificação do modo de organização económica Fases do processo de concentração empresarial (quadro da página 65) Concentração Empresarial

o Fusão ou Trust – nova empresa/direção única Utiliza meios de produção e trabalhadores de várias empresas Constituição de monopólio Racionalização das empresas Redução de custos

o Aquisições/total ou parcial/Bolsa (OPA e OPV) Processo de sobrevivência Diversificação de interesses Dominação de mercado Entrada noutros mercados

o O papel do Estado Estado liberal – defendido pelos adeptos de mercado puro intervém:

Enquadramento legal da atividade económica Construção de infraestruturas Fornecimento de serviços coletivos que não oferecem lucro 

ao privado Estado Intervencionista – defendido pelos adeptos da vertente social 

e da imperfeição do mercado, intervém: Em situação de crise Para estimular o emprego e o investimento Como orientador da economia privada Como mediador nas questões laborais

Estado Moderno – criado para: Um melhor funcionamento da atividade económica Favorecer determinada estratégia de crescimento Apoiar empresas na procura de novos mercados Incentivar as empresas à inovação e globalização económica

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Fiscalizar a concorrência, etc.

6. Melhoria do nível de vida da população

Ciclos de crescimento económico

Ciclo económico – composto por um conjunto de flutuações do produto, rendimento e emprego com reflexos na expansão e contração da atividade económica. Um ciclo completo tem uma fase ascendente e outra descendente ou sucessão de momentos ou fases de crescimento e de contração da atividade económica. 

Fases dos ciclos económicos:

Expansão   –   os   valores   das   principais   variáveis   económicas   acompanham   essa   evolução   positiva. Produto, rendimento, emprego, investimento, comercio, consumo refletem favoravelmente o clima de confiança   que   a   economia   vive,   atingindo   um   ponto   máximo   de   confiança   que   a   economia   vive, atingindo um ponto máximo a que se dá o nome de pico ou teto de expansão. 

Quando uma economia se encontra em expansão, verificam-se as seguintes características: O consumo aumenta A produção aumenta O investimento aumenta O emprego aumenta A inflação pode aumentar As ações sobem

Crise económica – período especifico de um ciclo económico em que há uma inversão da conjuntura económica geralmente grave e brutal, correspondendo à face descendente do ciclo.

Depressão – é uma recessão prolongada e grave. Corresponde a um prolongamento de um período de crise.

Recessão – verifica-se quando o PIB real se reduz, em menos, dois trimestres ou período de declínio da taxa de crescimento do produto (abrandamento do crescimento), do rendimento e do emprego de um país, que dura, em média, entre seis meses e um ano, atualmente, e caracteriza-se pela contração da atividade económica de grande parte dos setores da economia. Quando uma economia se encontra em recessão, verificam-se as seguintes características típicas:

- o consumo diminui- a produção cai- o investimento cai- o emprego diminui- a inflação diminui- as ações caem

Recessão técnica – quando uma economia se encontra em recessão por dois trimestres consecutivos.

Deflação   –   caracteriza-se   por   uma  quebra   geral   dos   preços   dos   bens   e   serviços,   associada   a   uma restrição da procura, da produção e do emprego.

O inicio da fase descendente de um ciclo económico corresponde ao inicio de um período de crise económica. Na dinâmica do sistema capitalista interagem vários sistemas:

Um   conjunto   de   inovações   com   a   estandardização   dos   novos   produtos   e   aumentos   de produtividade. 

Uma “nova” população ativa com mais qualificações. Uma forma especifica de intervenção de estado estimulando a procura, através de políticas 

conjunturais e estruturais. 

Page 12: resumo 12º ano economia c 1º período

Quando é interrompida esta dinâmica/ equilíbrio, por esgotamento do modelo que originou o novo ciclo de crescimento, a economia entra em crise.

Causas das crises: Economias pré capitalistas:

Penúria Escassez de bens Subprodução

Economias Da Era-Industrial: Excesso de produção (situação que o mercado só resolve após o desequilíbrio instalado)

As causas para este fenómeno prendem-se com fatores diversos, tendo-se produzido diferentes teorias.   Instrumentos   como:   dados   estatísticos;   modelos   econométricos;   informática;   estudos económicos, permitem aos agentes económicos e governos prevenir os desequilíbrios.

Políticas Anticiclo

Estratégias que contrariem a fase do ciclo em que a economia se encontra. Uma crise muito prolongada pode originar uma depressão com taxas de desemprego muito 

elevadas, superiores a 10%, por um período superior a dois anos.

Tipos de ciclos

Ciclos de Kondratiev Observou três ciclos longos, de 40 a 60 anos, desde o arranque da revolução industrial 

até aos finais dos anos 30 do século XX. Para   o   economista,   a   atividade   económica   processa-se   segundo   um   percurso 

ascendente (fase a) e descendente (fase b), que dura cerca de 50 anos (ciclo longo).