Resultados Provas de Aferição 2011

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RESULTADOS DAS PROVAS DE AFERIÇÃO – 2011 Os resultados das provas de aferição de Língua Portuguesa e de Matemática, realizadas pelos alunos dos 4.º e 6.º anos, foram divulgados ontem, dia 17 de Junho. Resultado de uma avaliação continuada do processo nacional de aferição das aprendizagens, para a qual também contribuiu o trabalho desenvolvido com as Associações de Professores e as Sociedades Científicas, as provas de aferição do 1.º e 2.º ciclos de Língua Portuguesa e de Matemática, apresentaram, em 2011, um grau de exigência acrescido, quando comparadas com as dos anos anteriores. O grau de exigência destas provas resulta da maior complexidade de algumas questões e da definição de critérios de classificação mais rigorosos, o que também poderá explicar, em parte, uma maior dispersão dos resultados pelos cinco níveis de desempenho considerados. Na prova de Língua Portuguesa do 1.º ciclo, o valor médio foi 68,8%, menos 1% que no ano passado. A percentagem de alunos com resultados que traduzem um nível de desempenho insuficiente (níveis D e E) aumentou 3,9% em relação a 2010. Já no que se refere à distribuição dos resultados dos alunos com desempenhos de nível bom e muito bom (níveis A e B), observa-se um aumento do valor percentual de 10,7%. Na prova de Língua Portuguesa do 2.º ciclo, não se regista alteração do valor médio, que se mantém nos 64,6%. Relativamente a 2010, verifica-se um aumento de 4,1% na percentagem de alunos com resultados considerados insuficientes, mas também uma valorização do peso dos alunos com níveis A e B, cujo valor aumenta 14,1%. Na prova de Matemática do 1.º ciclo, por comparação a 2010, há uma redução do valor médio dos 70,8% para os 67,8%. No que se refere à variação do peso relativo dos níveis de desempenho, observa-se um aumento da percentagem de alunos com níveis D e E de 8,6% e um aumento da percentagem de alunos com resultados considerados bons e muito bons (níveis A e B) de 5,5%. Na prova de Matemática do 2.º ciclo, o efeito da variação do nível de exigência teve um impacto mais significativo, quer ao nível da redução do valor médio, que baixa de 61,7% para 58,0%, quer ao nível do peso relativo dos alunos com desempenho insuficiente: a percentagem de alunos com níveis D e E aumenta 12,2%. Já em relação aos níveis A e B, observa-se um aumento da percentagem em 4,1%, quando comparada aos valores de 2010. Em síntese, pode referir-se que, em termos globais, as provas de 2011 geraram variações de resultados médios que oscilaram entre 0,0% e 3,7%, valores previsíveis perante a situação inicialmente descrita, ou seja, em que os alunos foram expostos a provas externas com um nível de exigência superior ao dos anos anteriores. Mostraram também um aumento generalizado da dispersão dos resultados pelos diferentes níveis de desempenho considerados, com aumentos quer nos níveis de desempenho insuficientes, quer nos que traduzem bons ou muito bons desempenhos. Como nota final, vale a pena reiterar a ideia de que o caminho traçado, no sentido do incremento dos níveis de exigência, feito de forma gradual mas segura, só se poderá traduzir

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RESULTADOS DAS PROVAS DE AFERIÇÃO – 2011

Os resultados das provas de aferição de Língua Portuguesa e de Matemática, realizadas pelos

alunos dos 4.º e 6.º anos, foram divulgados ontem, dia 17 de Junho.

Resultado de uma avaliação continuada do processo nacional de aferição das aprendizagens,

para a qual também contribuiu o trabalho desenvolvido com as Associações de Professores e

as Sociedades Científicas, as provas de aferição do 1.º e 2.º ciclos de Língua Portuguesa e de

Matemática, apresentaram, em 2011, um grau de exigência acrescido, quando comparadas

com as dos anos anteriores.

O grau de exigência destas provas resulta da maior complexidade de algumas questões e da

definição de critérios de classificação mais rigorosos, o que também poderá explicar, em parte,

uma maior dispersão dos resultados pelos cinco níveis de desempenho considerados.

Na prova de Língua Portuguesa do 1.º ciclo, o valor médio foi 68,8%, menos 1% que no ano

passado. A percentagem de alunos com resultados que traduzem um nível de desempenho

insuficiente (níveis D e E) aumentou 3,9% em relação a 2010. Já no que se refere à distribuição

dos resultados dos alunos com desempenhos de nível bom e muito bom (níveis A e B),

observa-se um aumento do valor percentual de 10,7%.

Na prova de Língua Portuguesa do 2.º ciclo, não se regista alteração do valor médio, que se

mantém nos 64,6%. Relativamente a 2010, verifica-se um aumento de 4,1% na percentagem

de alunos com resultados considerados insuficientes, mas também uma valorização do peso

dos alunos com níveis A e B, cujo valor aumenta 14,1%.

Na prova de Matemática do 1.º ciclo, por comparação a 2010, há uma redução do valor médio

dos 70,8% para os 67,8%. No que se refere à variação do peso relativo dos níveis de

desempenho, observa-se um aumento da percentagem de alunos com níveis D e E de 8,6% e

um aumento da percentagem de alunos com resultados considerados bons e muito bons

(níveis A e B) de 5,5%.

Na prova de Matemática do 2.º ciclo, o efeito da variação do nível de exigência teve um

impacto mais significativo, quer ao nível da redução do valor médio, que baixa de 61,7% para

58,0%, quer ao nível do peso relativo dos alunos com desempenho insuficiente: a percentagem

de alunos com níveis D e E aumenta 12,2%. Já em relação aos níveis A e B, observa-se um

aumento da percentagem em 4,1%, quando comparada aos valores de 2010.

Em síntese, pode referir-se que, em termos globais, as provas de 2011 geraram variações de

resultados médios que oscilaram entre 0,0% e 3,7%, valores previsíveis perante a situação

inicialmente descrita, ou seja, em que os alunos foram expostos a provas externas com um

nível de exigência superior ao dos anos anteriores. Mostraram também um aumento

generalizado da dispersão dos resultados pelos diferentes níveis de desempenho

considerados, com aumentos quer nos níveis de desempenho insuficientes, quer nos que

traduzem bons ou muito bons desempenhos.

Como nota final, vale a pena reiterar a ideia de que o caminho traçado, no sentido do

incremento dos níveis de exigência, feito de forma gradual mas segura, só se poderá traduzir

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num verdadeiro aumento da qualidade das aprendizagens se houver uma sólida apropriação,

pelos professores e pelas famílias, da informação que os resultados traduzem. É, portanto,

essencial que uma leitura contextualizada destes resultados permita desencadear a promoção

de estratégias de ensino e de aprendizagem capazes de assegurar uma sustentada melhoria

dos desempenhos dos alunos que evidenciam maiores dificuldades de aprendizagem, não

esquecendo o apoio e o incentivo àqueles que, já hoje, revelam desempenhos de boa e de

elevada qualidade.

Resultados Nacionais

Média nacional (em %)

Disciplina / Ciclo 2010 2011

Língua Portuguesa - 1.º Ciclo 69,8 68,8

Matemática - 1.º Ciclo 70,8 67,8

Língua Portuguesa - 2.º Ciclo 64,6 64,6

Matemática - 2.º Ciclo 61,7 58,0

Resultados por níveis - 2011 (em %)

Disciplina / Ciclo A B C D E

Língua Portuguesa - 1.º Ciclo 8,4 46,4 32,8 11,9 0,4

Matemática - 1.º Ciclo 16,1 36,9 27,3 18,4 1,3

Língua Portuguesa - 2.º Ciclo 5,8 38,5 40,0 15,4 0,3

Matemática - 2.º Ciclo 7,2 26,2 31,3 32,5 2,7