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A IMPORTÂNCIA DO DESIGN PARA A INDÚSTRIA CALÇADISTA

RESPOSTATÉCNICA

MODA

Em um cenário cada vez mais competitivo, o design vem sendo uma das estratégias mais utili-zadas por empresas que buscam inovação em seus produtos e também diferenciação na forma de lidar com os seus clientes. A Copa do Mundo da FIFA 2014 é uma boa oportunidade para empreendedores do segmento calçadista investirem em design. Os resultados pós-Mundial podem ser compensadores. Alguns exemplos são a proteção contra imitações, oportunidades de inovação, valorização da marca e conquista de novos mercados.

Investir em design

é essencial

Bernd Lobach, professor e autor do livro Design indus-trial: Base para a configuração dos produtos industriais, propõe explicar a relação entre os usuários e os produ-tos industriais por meio das funções dos produtos:

/ Função prática

Quando a relação entre o produto e o usuário se dá a nível fisiológico e de segurança, que corres-pondem ao nível das necessidades, o produto assume predominantemente a função prática. Neste caso, podem ser explorados os requisitos ligados aos aspectos antropométricos e biomecânicos, bem como àqueles ligados à resistência e durabilidade dos materiais utilizados, entre outros.

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/ Função estética e simbólica

Quando a relação entre o produto e o usuário se dá no nível de necessidades sociais, estima e auto realização, que correspondem ao nível dos desejos, o produto assume predominantemente as funções estética e simbólica. No caso dos sapatos de salto alto, por exemplo, podem ser levados em consideração todo o simbolismo associado ao uso do produto, boa aparência, fetiche, obrigação social, entre outros.

Design é o equacionamento simultâneo de requisitos ergonômicos, perceptivos, antropológicos, tecnológicos, econômicos e ecológicos, no projeto dos produtos necessários ao bem-estar das pessoas.

EDWARD J. REDIG, 2005

De fato, constata-se que existem produtos no mercado que consideram pouco as limitações humanas e os princípios ergonômicos. É comum nos depararmos com constrangimentos pro-vocados por produtos pouco intuitivos, inconsistentes e que facilmente colocam o usuário no centro da causa de uma falha que muito provavelmente tem raízes no projeto do produto. Ao empregar a metodologia de design ao processo de desenvolvimento dos produtos, o empreen-dedor adquire maior segurança em relação aos aspectos fundamentais que um produto deve ter para preservar a saúde e o bem-estar dos consumidores. Investir em design é essencial!

Nos calçados femininos os valores estéticos e simbólicos são predominantes e seguem as tendên-cias de cada estação. Júlio Carlos de Souza van der Linden (2004), autor da pesquisa Um modelo descritivo da percepção de conforto e de risco em calçados femininos, por exemplo, cita que:

Calçados devem agregar estas funções, que podem ocorrer em

maior ou menor grau, depen-dendo do público a que se

destina.

Os ciclos de moda não refletem um processo contínuo de evolução do design em busca da melhor solução técnica, mas sim a preocupação com o estímulo aos sentidos, por vezes implicando em retornos a soluções do passado, sem compromisso com preocupações ergonômicas.

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Posteriormente, ele deve reunir estes requisitos em algumas propostas que são modeladas e testadas, visando a escolha da melhor solução. Este processo é complexo, porém, quando as empresas adotam metodologias de design bem estruturadas com uma equipe especializada e capacitada, os riscos de erros são menores.

Cabe ao designerCONHECER AS CARACTERÍSTICAS DO PÚBLICO-ALVO: COSTUMES, PREFERÊNCIAS, PERFIL DECONSUMO, LIMITAÇÕES FÍSICAS, VALORES E RENDA.

CONHECER AS CONDIÇÕES DE USO DO PRODUTO: CLIMA, LOCAL DE USO, DURAÇÃO DO USO, ENTRE OUTROS; E CONSIDERAR O IMPACTO AMBIENTAL E ECONÔMICO ASSOCIADO AOS PRODUTOS.

FONTE: ÉPOCA. DISPONÍVEL EM: HTTP://GLO.BO/1DVB1ZI. ACESSO EM: 25/02/2014

FONTE: ELLOSTYLE. DISPONÍVEL EM: HTTP://BIT.LY/OZBONB. ACESSO EM: 25/02/2014

O scarpin inspirado na bandeira brasileira e comer-cializado pela Fashion of Brazil não tem o conforto como um requisito fundamental. De fato pesquisas revelam que o aumento da altura do salto tem cor-relação com o aumenta da força de impacto e da percepção de desconforto durante a caminhada (Yung-Hui e Wei-Hsien, 2004; Valente, 2007). O sapato valoriza os aspectos estéticos e simbólicos, já que esta pautado em conceitos como beleza, re-quinte, nacionalismo e exclusividade.

/ Veja o exemplo de dois calçados projetados para o Mundial

A partir da análise de algumas tendências e parâmetros importantes para o design de calçados foi possível identificar algumas oportunidades para os empreendedores do segmento:

Tendências

Em contrapartida outras empresas têm

como requisito fundamental o conforto e desenvolvem,

em parceria com institutos de pesquisa, estudos para a

melhoria contínua dos aspectos técnicos dos

produtos.

Apesar do desconforto percebido, a mulher pode sentir

satisfação ao utilizar o scarpin, pois tende a se sentir mais atraente e

elegante.

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Adequação à forma e às dimensões dos pés da população a que se destina, proteção, segurança ao andar e bom calce são requisitos ergonômicos importantes para o calçado. Quando o calçado não é adequado aos pés do usuário em algum destes requisitos podem ocorrer desconfortos e patologias, como, problemas posturais, torção nos tornozelos, deformação nos dedos, bolhas e calosidades são alguns exemplos. Pesqui-sas vêm sendo realizadas a fim de compreender quais os tipos de calçados causam maior desconforto aos usuários, bem como quais são as regiões dos pés mais afetadas.

/ Ergonomia

Desconforto com os calçados

Pesquisa realizada com 76 voluntários adultos, 36 obesos e 40 não obesos, de ambos os gêneros, demons-trou que todos os sujeitos encontram desconforto no uso de calçados. O tipo de calçado que maior desconforto apresenta para:

NÃO OBESOS DO GÊNERO FEMININO

1. SAPATO DE SALTO ALTO2. SANDÁLIAS DE TIRAS3. SAPATOS COM BICO FINO4. RASTEIRINHA

NÃO OBESOS DO GÊNERO MASCULINO

1. SAPATO SOCIAL 2. SAPATO FECHADO 3. TÊNIS4. SAPATO DE COURO

OBESOS DO GÊNEROFEMININO E MASCULINO

1. CALÇADOS FECHADOS (PROVAVELMENTE DEVIDO AO FATO DESTAS PESSOAS APRESENTAREM PÉS ROBUSTOS E CHATOS)

ACESSE A PESQUISA PARA MAIS INFORMAÇÕES.

/ Pesquisa realizada com 224 mulheres universitárias procurou compreender como se dá a per-cepção de uso de calçados por este público e analisou ainda as cacarterísticas antropométri-cas dos pés destas usuárias. A pesquisa revelou desconforto nos pés, para as mulheres que utilizam calçados de salto alto, nas partes:

NO ANTEPÉ (NA REGIÃO METATARSIANA E FALANGES)

NO MEDIOPÉ, EM UMA CONCENTRAÇÃO MENOR

E NO RETROPÉ E NA REGIÃO DO CALCÂNEO

VISTA PLANTAR VISTA DORSAL

NO ANTEPÉ

NA REGIÃO DA EXTREMIDADE DAS FALANGES

NA REGIÃO METATARSIANA

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A pesquisa observou ainda que para 1/3 das usuárias há diferença de tamanho en-tre os calçados para o pé direito e esquer-do, fator observado principalmente em cal-çados fechados. Acesse a pesquisa para mais informações.

48,36%SANDÁLIAS DE SALTO ALTO

44,67%BOTA DE SALTO ALTO E BICO FINO

36,89%SCARPIM

85,25%TÊNIS

40,16%SANDÁLIA RASTEIRINHA

36,07%BOTA PLATAFORMA

Os calçados que mais expres-sam sensação de aborrecimento,

desprazer ou desconforto são:

/ Percepção de desconforto nas regiões do corpo humano indicadas pelas usuárias de salto alto:

42%REGIÃO LOMBAR

44%NA PERNA DIREITA

42%NA PERNA ESQUERDA

REGIÃO ABAIXO DOS JOELHOS

Empresas já vêm agregando tecnologias ao calçado, o que garantem maior conforto aos pés do usuário, como sis-temas antiderrapantes que permitem alta aderência ao solo; palmilhas massageadoras desenvolvidas com couro natural que absorvem a umidade dos pés; saltos com angulação que proporciona maior estabilidade e segurança aos pés; além de sistemas que permitem maior circulação de ar para a parte interna do calçado.

¡ Inadequação física na acomodação dos pés dentro do calçado;

¡ Materiais prejudiciais à saúde e bem-estar do usuário;

¡ Incompatibilidade do calçado à função para o qual ele é destinado, a exemplo dos modelos de calçados femininos de saltos exagerados, os de bico fino e as sandálias de poucas tiras superiores que compro-metem a sustentação causando incômodos;

¡ Numeração quebrada é quase inexistente no mercado brasileiro, por exemplo, 37,5. Neste caso, a alternativa do consumidor é escolher um número maior ou usar uma palmilha, o que nem sempre é uma boa opção;

¡ Há pouca disponibilidade de calçados de tamanho superior ao número 42.

/ Analise e compare os calçados existentes no mercado. É possível perceber problemas ergonômicos ainda não solucionados em boa parte dos produtos:

Foram considerados calçados que expressam sensação de alívio e relaxamento:

AÇÕES

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A Copa do Mundo da FIFA 2014 é uma oportunidade para explorar a riqueza de detalhes do universo brasileiro. Sugere-se a utilização de matérias-primas originárias das diversas regiões do país, a combinação de cores vibrantes, a busca de inspiração na música, gastronomia, flora, fauna e nas peculiaridades das diversas regiões do país. Fazer com que o turista lembre da boa experiência que teve em nosso país e buscar inspiração em sentimentos como alegria, simpatia, sensualidade e espontaneidade é essencial.

O Sebrae, em parceria com algumas instituições, vem lançando um conjunto de ícones que retratam os valores culturais do país e que podem ser utilizados gratuitamente por pequenos negócios. Conheça a recente cole-tânea “Iconografia do Tocantins”. São 55 ícones propostos após 1 ano de pesquisa e desenvolvimento e que remetem à história das várias regiões do estado. O Sebrae já desenvolveu este mesmo trabalho em Goiás, Rio Grande do Norte, entre outros estados. Confira também no Plano Aquarela 2020 um conjunto de conceitos e sentimentos que representam o Brasil e é utilizado para promoção turística internacional.

/ Caso tenha interesse de aproveitar esse nicho mercado, busque parceria com institutos de pesquisa.

¡ O Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), por exemplo, disponibiliza trei-namentos que abrangem desde a área laboratorial até estudos para a melhoria do processo produtivo ou projetos de layout, além de atendimentos pontuais de acordo com as necessidades dos pequenos negócios.

¡ A Unidade de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais realiza mais de 12 mil ensaios por ano para cerca de 1,5 mil empresas do setor.

¡ O Laboratório de Biomecânica realiza pesquisas e mensura atributos como conforto, performance, saúde e segurança.

¡ A Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo) também pode auxiliá-lo a obter informações sobre como desenvolver parcerias.

Brasilidade

AÇÕES

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O planejamento e a otimização do ciclo de vida dos produtos se estabelece como função importante para muitas pes-soas que deixam de adquirir produtos originários de processos nocivos ao meio ambiente e aos próprios consumidores.

Reduzir o uso de materiais e de energia;

Evitar materiais tóxicos e danosos;

Selecionar os materiais, os processos e as fontes energéticas de maior ecocompatibilidade;

Projetar artefatos que perdurem;

Projetar em função da valorização (reaplicação) dos materiais descartados;

Projetar em função da facilidade de separação das partes e dos materiais.

As principais estratégias utilizadas para reduzir o impacto

negativo causado pelos produtos

são:

¡ Busque fornecedores de insumos mais eficientes, visando a melhoria do controle de parâmetros ambientais.

¡ Informe-se sobre a certificação Origem Sustentável. O selo garante o alinhamento da indústria de componentes e de calçados brasileiros com iniciativas internacionais de sustentabilidade como SAC, Biocalce, Dow Jones Sustainability Index, ISE-Bovespa entre outras. Para mais informações consulte o Portal Origem Sustantável.

¡ O laboratório de Análise de Substâncias Restritivas do IBTeC disponibiliza infraestrutura de apoio às empre-sas inovadoras que visam adequar seus produtos às exigências internacionais do Regulamento Reach - Re-gistration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals – aprovado pela União Europeia em 2007 e estabelece prazos para o registro de substâncias químicas fabricadas na União Europeia. Empresas brasilei-ras já se adaptam ao regulamento e realizam testes para detectar substâncias nocivas em palmilhas, tecidos, couro, etc. Para mais informações entre em contato pelo telefone (51) 3553-1010 ou acesse o Portal IBTEC.

¡ Fique atento ao documento Ideias de Negócios Sustentáveis – Fábrica de Calçados Ecológicos que possui orientações para fábricas de calçados ecológicos.

Sustentabilidade

AÇÕES

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O consumidor, cada vez mais exigente, quer ser protagonista dos produtos que adquire. Dessa forma, o produto personalizado e exclusivo vem sendo cada vez mais valorizado. Como estratégia para adotar o con-ceito de personalização muitas empresas envolvem o usuário no processo de desenvolvimento do produto através da cocriação. Esta técnica visa atender as necessidades e interesses, tanto das marcas, que tem a possibilidade de criar coleções mais focadas no seu público-alvo, quanto dos consumidores, que podem adquirir produtos mais voltados às suas reais necessidades, desejos e limitações.

¡ Algumas empresas já investem na técnica de cocriação. Logo na fase de planejamento, designers e estilistas chamam alguns clientes para uma conversa descontraída onde ideias são esboçadas e con-vertidas em painéis imagéticos de tendências. Técnicas como cadernos de sensilibização, cenários e termômetro de emoções também podem ser utilizadas entre outras técnicas participativas.

¡ Outra dica é estreitar parcerias com o setor varejista para a aplicação destas técnicas no ponto de ven-da. Ao escolher as técnicas que serão utilizadas lembre-se que quanto menor o grau de interferência do designer sobre as ações dos consumidores, melhores serão os resultados.

¡ Mais informações sobre estas técnicas para análise de perfil dos usuários podem ser encontradas no livro Design Thinking: Inovação em Negócios.

Calçados de lona

Principais requisitos de design: reutilização de materiais previamente descartados. A lona ain-da torna o calçado mais leve e se molda facil-mente aos diferentes tipos de pés.

/ Conheça os produtos de

empresas que já investem em

design

Personalização

AÇÕES

FONTE: CAPPUCCI. DIS-PONÍVEL EM: HTTP://BIT.LY/1BJNCXO. ACESSO EM: 25/02/2014

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Sapatinhos para bebês que ainda não andam

Principais requisitos de design: explorar a flexibilidade e valorizar a experi-ência de uso. O calçado é reversível, ao ser virado torna-se um calçado de outra cor. Além disso, acompanha um diário do bebê que permite às mães colocarem informações sobre o pé da criança.

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Sandálias com identidade regional

Principais requisitos de design: identidade da cultura do cangaço, por exemplo. A coleção foi apresentada em deslife na São Paulo Fashion Week e exportado para vários países. 

Sapatos personalizados

Principal requisito de design: o cliente pode criar o seu modelo. As peças podem ser arquivadas na galeria para consulta. Se um cliente gostar de um modelo que outro cliente projetou, parte do lucro da venda é revertida em bônus para o criador na próxima compra.

Linha joanete

Principais requisitos de design: coleção especial para pessoas com joanete. A região do calçado correspondente ao foco da dor foi desenvolvida com tecido elástico que se adapta confortavelmente ao pé. O material, denominado Favo, foi desenvolvido e patenteado pela empresa.

Chinelos exclusivos com identidade regional

Principais requisitos de design: exclusividade e identidade regional. Há modelos ins-pirados nos azulejos maranhenses. Neste modelo é nítida a valorização de elementos artesanais e dos aspectos simbólicos aplicados ao produto industrial.

Modelos exclusivos com mistura de materiais

Principais requisitos de design: exclusividade e mistura de materiais. Alguns modelos misturam madeiras texturizadas, pedras, couro e materiais com brilho.

Sapatos colecionáveis

Principais requisitos de design: reutilização de materiais provenientes de excedente de produção de outras marcas.

FONTE: 1. GUIA DO BEBÊ: HTTP://BIT.LY/OZKLG7, 25/02/2014. 2. IG: HTTP://BIT.LY/OZKZ75, 25/02/2014. 3. VIONNE: HTTP://BIT.LY/1FO9YJD, 25/02/2014. 4. BPX DESIGN: HTTP://BIT.LY/1FRZPDK, 25/02/2014. 5. MELEKLERMEKANI: HTTP://BIT.LY/1BJPEXN, 25/02/2014. 6. MARCOS SLAVIERO: HTTP://BIT.LY/OZMU57, 25/02/2014. 7. LANÇAMENTOS: HTTP://BIT.LY/1LJOGEJ, 25/02/2014

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A metodologia para o desenvolvimento de calçados geralmente parte do modelo de calçado já definido, de-cisão que cabe ao diretor da empresa, designer responsável. Posteriormente, o cronograma é desenvolvido e as tarefas envolvidas nas 3 fases do processo, informacional, conceitual e detalhada, são organizadas para facilitar a tomada de decisão.

/ Fase informacional

São levantados os dados necessários para a especificação dos requisitos e restrições do produto, o resultado destas análises cria condições para a geração de conceitos. Principais ferramentas:

¡ Painéis imagéticos: coleta de informações e elementos de inspiração baseados nas características do público-alvo e auxilia na identificação das tendências. Podem ser construídos 3 painéis diferentes.

Uma ideia pode explorar

imagens de produtos que foram bem-

sucedidos no passado.

É preciso analisar produtos

com as mesmas funções e também com funções

semelhantes para identificar oportunidades

de inovação.

O PAINEL DE ESTILO DE VIDA DO USUÁRIO CONTEMPLA VALORES PESSOAIS E SOCIAIS ATRAVÉS DE IMA-GENS DE ATIVIDADES DE LAZER, ROTINA DE TRABALHO, ENTRO OUTROS.

O PAINEL DA EXPRESSÃO DO PRODUTO REPRESENTA A EMOÇÃO QUE O PRODUTO DEVE TRANSMITIR AO PRIMEIRO OLHAR. SE O CALÇADO DEVE TRANSMITIR OUSADIA PODE SER INTERESSANTE INSERIR IMA-GENS DE PESSOAS PRATICANDO ESPORTES RADICAIS, OU ALGUMA OUTRA ATIVIDADE DESAFIADORA.

O PAINEL DO TEMA VISUAL DEVE AGREGAR PRODUTOS QUE TENHAM A MESMA EXPRESSÃO DA COLE-ÇÃO QUE SERÁ CRIADA. UMA IDEIA PODE SER EXPLORAR IMAGENS DE PRODUTOS QUE FORAM BEM-SUCEDIDOS NO PASSADO. CONFIRA ARTIGO PUBLICADO NA ABC DESIGN.

¡ Análise de produtos concorrentes e similares: visa descrever como os produtos existentes concorrem com o novo produto a ser lançado. Comparam-se aspectos positivos e negativos dos modelos concorrentes. É preciso analisar produtos com as mesmas funções e também com fun-ções semelhantes para identificar oportunidades de inovação.

Aperfeiçoamento metodológicogarante diferencial competitivo

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/ Fase conceitual

São produzidos princípios de projeto para o novo produto, elementos fundamentais para que se possa en-tender como o novo produto vai atingir os requisitos básicos com base na compreensão das necessidades do consumidor e dos anseios do mercado. Principais ferramentas:

¡ Análise da tarefa: visa compreender melhor a interação entre o usuário e o produto. São coletados dados a partir da observação de produtos já existentes e registrados os comportamentos associados à marcha, posicionamento dos pés, postura assumida, entre outros, de forma a aplicar os resultados no projeto de novos produtos. Podem ser utilizadas técnicas de verbalização da tarefa com os usuários e medições com o auxílio de especialistas

¡ Análise do ciclo de vida do produto: a partir desta análise é possível conceber o produtos de modo que em todas as fases de projeto de um produto, extração da matéria-prima, geração de idéias, prototipação, produção, distribuição, uso, manutenção e descarte, sejam consideradas as possíveis implicações ambientais ligadas às fases do ciclo de vida do produto.

¡ Geração de conceitos: etapa em que, a partir da internalização dos requisitos que o produto deve contemplar, o designer gera alternativas de como será o novo produto. O que, de acordo com Mike Baxter (1998), exige intuição, imaginação e raciocínio lógico. Pode-se elaborar esboços coloridos, utilizar imagens recortadas, modelos físicos, entre outros.

/ Fase detalhada

Inicia-se com o conceito escolhido e termina com o protótipo desenvolvido e testado, que pode ser aprovado ou rejeitado. Principais ferramentas:

¡ Arquitetura do produto: é o estudo da interação dos arranjos dos produtos: peças, componentes e subcomponentes.

¡ Construção e teste do protótipo: elaborado para verificar se a solução atende aos objetivos propostos. Muito utilizado para co-municar ao cliente a proposta fundamental para encontrar falhas e prevenir riscos ao usuário. Geralmente parte-se das falhas dos pequenos componentes do produto e procura-se extrapolar as suas consequências para o produto como um todo.

¡ Análise das falhas: identificam-se as falhas potenciais a partir da análise das funções do produto, estima-se a ocorrência e a gravida-de dessas falhas, para descobrir assim como evitá-las.

Nesta fase as características dos

produtos podem ser arranjadas em diversas

permutas para se chegar à melhor solução.

Podem ser utilizadas técnicas de

verbalização da tarefa com os usuários e medições

com o auxílio de especialistas

¡ Planeje contratar designers para a sua empresa, mesmo como consultor. Este profissional será capaz de aplicar técnicas para equacionar, comparar e selecionar os melhores requisitos para o produto em função do público-alvo e das limitações do projeto.

¡ O empreendedor pode buscar orientação no sentido de propor produtos em parceria com estilistas e designers. Entre em contato com a Associação Brasileira de Estilistas (Abest) e converse com Cláudia Pereira pelo telefone (11) 3255-9053 ou pelo e-mail claudia@abest.com.br. Você também pode entrar em contato com a Associação Brasileira de Estilistas de Calçados e Afins (Abeca) ou optar pelo contato com universidades brasileiras que desenvolvem pesquisas na área: Unesp, Udesc, USP e UFRGS, entre outras.

¡ Os empreendedores podem participar da consultoria do programa Sebraetec, que oferece consultoria em temas como design e inovação de produtos e processos. O empreendedor pode ter apoio de até 80% do custo total do atendimento, limitados a 100h de consultoria por atendimento. Para contratar a consultoria Sebraetec entre em contato com a nossa Central de Relacionamento através do 0800 570 0800 ou visite o Portal Inovação e Tecnologia.

Lembre-se que as desvantagens para pequenos negócios quanto a aplicação das técnicas, estão sempre associadas a custo. É bom lembrar que há programas de incentivo à inovação nas empresas.

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto SimõesDiretor-Presidente: Luiz Barretto | Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos SantosDiretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos | Fotos: banco de imagens

UAMSF – Unidade de Acesso a Mercados e Serviços FinanceirosUACIN – Unidade de Atendimento Coletivo – IndústriaConteúdo: Eveline Januário Ferreira SEBRAE SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

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Por isso o Projeto de Inteligência Competitiva do Programa Sebrae 2014 quer saber mais sobre suas expectativas e satisfação. Responda a breve pesquisa que elaboramos especialmente para você e seu negócio!

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