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ISSN 2317-661X Vol 01 – Num 02 – Julho 2013 www.revistascire.com.br 1 RESISTÊNCIA E DIFICULDADE DOS ALUNOS À LEITURA EM LÍNGUA INGLESA NAS TURMAS DO 9º ANO DE ESCOLAS DE ENSINO PÚBLICO E PRIVADO DA CIDADE AREIA/PB. PEREIRA, Érika Maria Elias 1 RESUMO Ultimamente a prática da leitura tem causado muita preocupação nos professores de língua inglesa, seja do Ensino público ou privado, pois ainda hoje encontramos no alunado certa resistência à leitura principalmente em língua inglesa. Neste contexto, tal trabalho objetiva identificar os motivos que levam os alunos a resistência da leitura mesmo ao término do Ensino Fundamental, como também mostrar a importância da leitura no meio familiar, além de descobrir quais as dificuldades enfrentadas pelos alunos na leitura em língua inglesa. A pesquisa ação foi realizada nas turmas do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Álvaro Machado e na Escolinha Educacional Risco e Rabisco, sendo respectivamente Ensino Público e Privado, situadas na cidade de Areia PB. Para coleta de dados foi utilizado um questionário contendo 10 questões relacionadas aos principais motivos intra e extra-escolares que possam estar associados à resistência ou desinteresse pela leitura. Segundo os alunos, verificou-se como motivo extra-escolar do desinteresse pela leitura, a ausência da leitura de textos pelos pais na infância dos mesmos, tanto no ensino público, quanto no ensino privado, e entre os motivos intra- escolares do desinteresse pela leitura em língua inglesa destaca-se a falta de bons livros no ensino privado; e a falta do gosto pela leitura no ensino público. PALAVRAS-CHAVE: Resistência à leitura. Língua Inglesa. Desinteresse. Ensino público. Ensino privado. ABSTRACT Lately reading practice has caused much concern in the English language teachers, whether public or private high school because the pupils still find some resistance to reading primarily in English. In this context, this paper aims to identify the reasons that lead students to read the same resistance at the end of elementary school, but also show the importance of reading in the family, and find out what the difficulties faced by students in reading in English. The action research was carried out in the 9th grade classes of Elementary Education of the State School for elementary and high School Álvaro Machado and the Reality Educational Risk and Scribble, and Public and Private Education respectively, located in the city of Areia PB. For data collection we used a questionnaire containing 10 questions related to the main reasons within and outside the school that may be associated with resistance or disinterest in reading. According to students, it was found out of school as a reason to the lack of interest in reading, the absence of the reading of texts by the same parents in childhood, both in public education, and in private education, and among the reasons for intra-school's lack of interest reading in English highlights the lack of good books in the private sector, and the lack of taste for reading in public schools. KEYWORDS: Resistance to reading. English Language. Disinterest. Public education. Private education. 1 Aluna do curso Licenciatura Específica em Inglês da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA-PB. E-mail: [email protected]

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RESISTÊNCIA E DIFICULDADE DOS ALUNOS À LEITURA EM LÍNGUA

INGLESA NAS TURMAS DO 9º ANO DE ESCOLAS DE ENSINO PÚBLICO E

PRIVADO DA CIDADE AREIA/PB.

PEREIRA, Érika Maria Elias1

RESUMO

Ultimamente a prática da leitura tem causado muita preocupação nos professores de língua inglesa, seja

do Ensino público ou privado, pois ainda hoje encontramos no alunado certa resistência à leitura

principalmente em língua inglesa. Neste contexto, tal trabalho objetiva identificar os motivos que levam os alunos a resistência da leitura mesmo ao término do Ensino Fundamental, como também mostrar a

importância da leitura no meio familiar, além de descobrir quais as dificuldades enfrentadas pelos alunos

na leitura em língua inglesa. A pesquisa ação foi realizada nas turmas do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Álvaro Machado e na Escolinha Educacional Risco e

Rabisco, sendo respectivamente Ensino Público e Privado, situadas na cidade de Areia – PB. Para coleta

de dados foi utilizado um questionário contendo 10 questões relacionadas aos principais motivos intra e

extra-escolares que possam estar associados à resistência ou desinteresse pela leitura. Segundo os alunos, verificou-se como motivo extra-escolar do desinteresse pela leitura, a ausência da leitura de textos pelos

pais na infância dos mesmos, tanto no ensino público, quanto no ensino privado, e entre os motivos intra-

escolares do desinteresse pela leitura em língua inglesa destaca-se a falta de bons livros no ensino

privado; e a falta do gosto pela leitura no ensino público.

PALAVRAS-CHAVE: Resistência à leitura. Língua Inglesa. Desinteresse. Ensino público. Ensino

privado.

ABSTRACT

Lately reading practice has caused much concern in the English language teachers, whether public or

private high school because the pupils still find some resistance to reading primarily in English. In this

context, this paper aims to identify the reasons that lead students to read the same resistance at the end of

elementary school, but also show the importance of reading in the family, and find out what the difficulties faced by students in reading in English. The action research was carried out in the 9th grade

classes of Elementary Education of the State School for elementary and high School Álvaro Machado and

the Reality Educational Risk and Scribble, and Public and Private Education respectively, located in the

city of Areia – PB. For data collection we used a questionnaire containing 10 questions related to the main reasons within and outside the school that may be associated with resistance or disinterest in

reading. According to students, it was found out of school as a reason to the lack of interest in reading, the

absence of the reading of texts by the same parents in childhood, both in public education, and in private

education, and among the reasons for intra-school's lack of interest reading in English highlights the lack of good books in the private sector, and the lack of taste for reading in public schools.

KEYWORDS: Resistance to reading. English Language. Disinterest. Public education. Private education.

1 Aluna do curso Licenciatura Específica em Inglês da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA-PB.

E-mail:[email protected]

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INTRODUÇÃO

Atualmente, encontramos o cenário educacional um tanto quanto defasado, no

que diz respeito à leitura. Segundo Infante (2000, p.57), “leitura é o meio de que

dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade”.

A leitura e compreensão de textos estão diretamente relacionadas com a formação de

cidadãos críticos. Permitindo assim, não só o exercício do poder individual de análise,

como também da tomada de decisão, além de possibilitar um entendimento mais amplo

da realidade, quanto mais se lê e se compreende, maior será o entendimento dos fatos e

a compreensão do mundo (Oliveira et al, 2007).

No entanto, professores e educadores encontram ainda hoje, mesmo ao término

do ensino fundamental, grandes dificuldades e resistências por parte dos alunos à

leitura, seja ela na Língua Estrangeira (Inglês) e/ou até mesmo na sua própria Língua

Materna (Português – brasileiro). Dentre essas dificuldades podemos citar vários fatores

ligados ao ambiente escolar ou aqueles relacionados ao próprio aluno e aos seus

familiares. Estudo realizado por Fini & Calsa (2006) atribuem a culpa pelo baixo

rendimento a características do próprio aluno e de seu ambiente.

No ambiente escolar uma das variáveis causativas é um ensino de língua pautado

nas concepções: língua como representação do pensamento e língua como código onde

o texto pressupõe um leitor passivo, limitando a leitura a um processo de decifração de

códigos linguísticos como processo de compreensão (VIEIRA E MOTTER, 2008).

Já entre os fatores extra-escolares, um dos que mais interfere no interesse pela

leitura são as relações familiares, como o hábito frequente de leitura pelos pais e

parentes, que inconscientemente acabam incentivando seus filhos. Além disso, o grau

de alfabetização dos pais influencia diretamente nos hábitos dos filhos, e segundo

Santos e Maciel (2008) “muitos dos alunos têm na escola a única fonte de incentivo

para ler e escrever, sendo necessário, sobretudo que estas sejam práticas atraentes e

dinâmicas”.

O incentivo à leitura desempenha um dos fundamentais e essenciais meios de

acesso ao conhecimento, ajudando assim a formar cidadãos críticos. Porém, esse

conhecimento tem que ser transmitido de forma que o aluno interaja com o conteúdo e

faça suas inferências com o meio em que vive, ou melhor, que sinta o prazer de viajar,

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de adquirir novos conhecimentos, novas culturas, costumes ou simplesmente pelo fato

de viajar no mundo imaginário, fictício, verídico. Para que não haja uma aversão a

leitura, mas sim o prazer pela mesma.

Embora as disciplinas de Língua Portuguesa (Língua Materna) e de Língua

Estrangeira (Inglês), sejam as disciplinas mais cobradas no contexto escolar, a leitura

também se faz presente em todas as outras disciplinas e principalmente no convívio

social, como afirma Bakhtin: “o homem não nasce só como organismo biológico

abstrato, precisando também de um nascimento social” (BAKHTIN, 1998 apud

OLIVEIRA et al., 2002, p.16).

Então, devemos incentivar os nossos alunos a leitura desde os primeiros anos da

sua vida escolar, partindo de temas que lhes favoreça a imaginação e que contribuam

para o acesso aos temas que lhe tragam conhecimentos culturais. O grau de dificuldades

do texto deve avançar gradativamente e o aluno deve procurar fazer da leitura um hábito

freqüente e permanente, (SCHÜTZ, 2003, p.3), para que eles não se frustrem

posteriormente quando houver a necessidade de ler, seja para uma avaliação do Exame

Nacional do Ensino Médio (ENEM), do vestibular ou até mesmo para concursos.

O estudo da língua inglesa no âmbito escolar, anteriormente, era apenas como

mais uma disciplina onde se estudava gramática sem contextualização, ou seja, o

método da gramática-tradução, isso contribuía para o desinteresse pela leitura. Aliado a

isso, o tema e o tamanho dos textos utilizados em sala de aula intensificam essa falta de

interesse. Conforme Schültz (2006), o exercício da leitura em inglês deve-se iniciar a

partir de textos com vocabulário reduzido, de preferência com uso moderado de

expressões idiomáticas, regionalismos e palavras difíceis. Posteriormente,

gradativamente o grau de complexidade dos textos será aumentando até que eles

consigam por si só ler e compreender o conteúdo abordado.

Neste contexto, tal trabalho objetiva identificar os motivos que levam os alunos

a resistência a leitura mesmo ao término do Ensino Fundamental das Escolas de Ensino

Público e Privado da cidade de Areia – PB, como também mostrar a importância da

leitura no convívio familiar, além de descobrir quais as dificuldades enfrentadas pelos

alunos na leitura em língua inglesa.

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1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Para formação de cidadãos críticos, a leitura desempenha função essencial, partindo

inicialmente da vivência familiar, passando pela escola, chegando até a vida social.

Assim, o primeiro estímulo para a leitura seria o convívio familiar, que pode ser

iniciada com uma simples narração de contos infantis. Como afirma Silva (1983, p.57):

Esse potencial de leitura desponta em termos de conhecimento e ação a partir

do momento em que a criança recebe estímulos socioambientais dentro de

relações familiares e sociais específicas [...], ler X não ler depende,

fundamentalmente, das incitações do meio sociocultural.

Não podemos desconsiderar o ambiente de convívio dos alunos, pois a

aprendizagem sempre acontece no relacionamento entre pessoas, pois “não há como

aprender e apreender o mundo se não existir o outro” (Vygotsky, 1991 apud BOCK et

al., 1999, p.124). Como já dizia Freire (1984, p.11): “a leitura do mundo precede à

leitura da palavra. Para Yunes (2003, p. 37), ler significa:

Uma descoberta, mudar de horizontes, interagir com o real, interpretá-lo,

compreendê-lo e decidir sobre ele. Ler é, pois interrogar as palavras, duvidar

delas; ampliá-las. Deste contato, desta troca nasce o prazer de conhecer, de imaginar, de inventar a vida. O ato de ler é um ato de sensibilidade e da

inteligência, da compreensão e da comunhão com o mundo: expandimos o

estar no mundo, alcançamos esferas de conhecimento antes não

experimentadas e, no dizer de Aristóteles, nos comovemos ampliamos a condição humana.

Segundo Suassuna (1995) apud Gomes & Souza (2010, p. 4), quando o aluno ler

sem prazer sem o exercício da crítica, sem imaginação, quando não faz da leitura uma

descoberta, um ato de conhecimento, quando somente reproduz, nos exercícios a

palavra lida do outro, consequentemente não poderá intervir sobre aquilo que

historicamente está posto. Portanto, devem-se formar leitores capazes de ler

criticamente, aptos para interferir na realidade em que estão inseridos.

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2.1 Dificuldades de Leitura no Ensino Fundamental

A leitura é considerada como uma habilidade complexa, na qual intervém uma

série de processos cognitivos – lingüísticos de distintos níveis, cujo inicio é um estímulo

visual e cujo final deve ser a decodificação do mesmo e sua compreensão (Mendonça,

2007).

Entre os alunos do ensino fundamental é notório que grande parte costuma ler o

que os interessa, dificultando o processo de aprendizagem. Aliado a isso, ainda existe

um número considerável de professores utilizando uma metodologia de ensino

ultrapassada, como se nada tivesse mudado no sistema educacional atual, ou seja, são

puramente “gramatiqueiros”, não considerando as mudanças ocorridas, sustentados

pelos avanços dos estudos linguísticos e didáticos. Segundo Brisa Teixeira (2007), esses

não “são” considerados professores, esses “estão” professores.

2.2 Dificuldades de Leitura em Língua Inglesa

A língua inglesa é a principal língua usada para comunicação internacional e,

por isso, é o idioma estudado por um maior número de brasileiros. Nas escolas, está

inserida como disciplina obrigatória da grade curricular.

Uma das maiores dificuldades dos alunos na leitura em Língua Inglesa é a

tradução literal – ao pé da letra, feita por muitas vezes pelo uso contínuo do dicionário,

devemos instigá-los a imaginação. Além disso, muitos professores utilizam métodos

inadequados na prática de ensino, interferindo negativamente no aprendizado dessa

língua tão importante na atualidade, desta forma o processo de aprendizagem do aluno,

no tocante a um melhor desenvolvimento acerca das habilidades

linguísticas/comunicativas do idioma inglês.

Em contrapartida, outros professores utilizam metodologias mais satisfatórias

ao ensino/aprendizagem da língua inglesa, pautadas principalmente na contextualização

do tema abordado na aula aumentando o interesse dos alunos. No entanto, mesmo com

as novas abordagens de ensino, os alunos do ensino fundamental de escolas públicas

apresentam maiores dificuldades na leitura de língua inglesa quando comparado ao

ensino privado. Conforme Dias (2006), após uma entrevista a um dos pais “na escola

pública, a língua inglesa é ensinada apenas para enganar.”

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A escola pública passa por um processo de descrédito. Depoimentos de pessoas

que participaram da pesquisa de Santos (2006: 127) caracterizam o educador de língua

inglesa como sendo um profissional que se torna “invisível”, cuja ausência é pouco

notada, pois, apenas se enquadra no já desalentador ensino-aprendizagem de inglês em

escolas públicas.

Neste cenário de precariedade, professores e alunos sentem-se isolados,

abandonados na função de repassar conhecimento como também de aprender inglês,

sem que os órgãos competentes contribuam para a mudança de visão que muitos têm do

ensino público. Por essa razão, o ensino de língua inglesa vem com o passar do tempo

procurando reformular sua estrutura, com o objetivo de propiciar um conteúdo mais

quantitativo, como também dar maior ênfase ao qualitativo, que por muito tempo ficou

esquecido em todo o sistema educacional.

As novas orientações curriculares propostas para a língua estrangeira poderiam

estar pautadas na retomada do debate sobre a função educacional do ensino de língua

inglesa no ensino fundamental, descrevendo sua importância, possibilitando a formação

de uma sociedade crítica.

Assim, a importância da aquisição de uma língua estrangeira, vai muito além

de apenas capacitar o educando a utilizar uma língua que não é a sua para se comunicar.

O ensino/aprendizagem está envolto a outras questões como inclusão, exclusão,

construção de identidade e conceito de cidadania.

2.3 Importância e Resistência da Leitura para Aprendizagem do Estudante

A leitura na atualidade é uma ferramenta de fundamental importância para que

possamos compreender os fatos, como também possibilitar uma visão de mundo ainda

maior. A partir da leitura é que desenvolvemos a escrita e também nosso modo de falar,

pois, a observância das letras transcritas é disponibilizada em nosso inconsciente e que

pode ser posteriormente utilizada quando exigida.

Neste aspecto, quanto mais lemos melhoramos nosso linguajar como também

nosso modo de escrever contribuindo para a melhora de nossa dicção e compreensão de

textos.

A leitura em língua inglesa se faz necessária, pois contribui para aquisição de

novos conhecimentos, em vários âmbitos, seja científico ou cultural isso se justifica

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pelo predomínio da língua inglesa em se tocando do idioma mais estudado em um

mundo globalizado o qual estamos inseridos.

Nesse processo de aquisição da leitura em língua inglesa é de suma

importância numa sociedade cada vez mais competitiva que exige cada vez mais do

cidadão qualificação profissional para o desempenho de certas atividades.

Ai se insere o aprendizado da língua inglesa no tocante a leitura para que

possamos ser considerado uma sociedade bilíngue, ou seja, que possamos além da nossa

língua materna aprender outra língua e que possa nos propiciar a comunicação em outra

língua que no caso a maioria sempre determina para a aprendizagem o inglês.

Contudo em muitos dos casos ainda encontramos certas resistência a leitura em

língua inglesa por ser considerada de difícil entendimento para alguns como também

desnecessária já que a sua maioria a considera não importante para a sua vida social.

Além disso, encontramos vários fatores como: a falta de incentivo em âmbito

familiar e escolar para a sua aprendizagem como também metodologias não eficientes

muitas vezes utilizadas pelos próprios professores para a aprendizagem dos alunos.

Outro problema constatado para a aprendizagem refere-se aos livros didáticos

utilizados que não propiciam um aumento tanto do interesse como o gosto da leitura do

inglês ficando a sua compreensão digo a leitura apenas direcionada apenas para se

passar de ano.

Todo o processo de leitura neste caso direcionado a leitura da língua inglesa

deve ser revisto para que se possa a partir dai propiciar ao aluno um maior interesse pela

leitura como também diminuir gradativamente a resistência a leitura da mesma.

Neste processo é necessária a participação não só da escola mais em um

contexto geral de pais e professores no tocante a incentivar o aluno a prática da leitura

da língua inglesa.

METODOLOGIA

É um procedimento sistemático e formal cujo objetivo é encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas científicas que permitam descobrir

novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer campo do conhecimento. É uma explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método

(caminho) do trabalho de pesquisa.

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Tipo de Pesquisa

A pesquisa é caracterizada como pesquisa ação, a qual Thiollent (1996) define

como sendo:

[...] um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e

realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um

problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo

cooperativo ou participativo.

Características do Local da Pesquisa

A pesquisa foi realizada em duas instituições de Ensino: Escola Estadual de

Ensino Fundamental e Médio Álvaro Machado e Escolinha Educacional Risco e

Rabisco, sendo respectivamente Ensino Público e Privado, situadas na cidade de Areia -

PB, localizada a 130 km da capital João Pessoa/PB.

A turma da Instituição Pública é formada por 12 alunos com faixa etária entre

14 e 17 anos de idade. Já na Instituição Privada possui 14 alunos com faixa etária entre

13 e 16 anos.

Coleta e Análise dos Dados

A leitura proporciona-nos a capacidade de interpretação, por isso, ela deve ser

estimulada desde a infância, no convívio familiar e nas escolas sejam públicas ou

privadas, pois, através dela é que teremos uma população bem informada e crítica.

Certamente, se você não tem hábito de ler na sua própria língua materna, também não

terá na língua inglesa ou em outro idioma. No entanto, se você foi acostumado e

incentivado a leitura desde a infância, você terá curiosidade de ler em outros idiomas,

principalmente em língua inglesa, por ser tida como língua universal.

Na coleta dos dados foi utilizado um questionário contendo 10 questões, sendo

3 abertas e 7 fechadas, contendo perguntas relacionadas aos principais motivos intra e

extra-escolares mais comuns que possam estar associados à resistência ou desinteresse

pela leitura. Participaram da presente pesquisa 10 alunos do Ensino Público e 13 alunos

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do Ensino Privado, pois na data prevista faltaram 2 alunos do Ensino Público e 1 aluno

do Ensino Privado por motivos particulares.

A aplicação ocorreu de forma coletiva, em cada sala de aula, em horário

previamente agendado em cada instituição de ensino no mês de Abril de 2012. Os

alunos (participantes) foram informados acerca dos objetivos da pesquisa, bem como o

fato da atividade não ser considerada para a nota da disciplina. De uma forma geral, a

aplicação durou aproximadamente 15 minutos em cada sala de aula.

RESULTADOS

Após a análise do questionário, foi possível identificar vários motivos extra e

intra-escolares que podem influenciar diretamente no desinteresse pela leitura e

compreensão de textos em língua inglesa. Esses resultados são descritos a seguir.

Motivos Extra-Escolares do Desinteresse pela Leitura

Ao analisar cada questão abordada no questionário foi possível observar que o

grau de escolaridade dos pais (Figura 1) pode influenciar o interesse e motivação pela

leitura, quer seja na língua materna ou na inglesa.

No ensino público foi possível observar a baixa escolaridade dos pais dos alunos

entrevistados. Sendo constatado que 70% das mães e 40% dos pais não completaram o

ensino fundamental, além disso, 40% dos pais são analfabetos.

Em relação ao ensino privado, foi constatado como nível mais baixo de

escolaridade, o ensino fundamental incompleto (6º ao 9º ano). Além disso, 46% das

mães e dos pais possuem o ensino superior.

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Figura 1 - Grau de Escolaridade dos pais dos alunos (participantes) da pesquisa.

Ao analisar as questões 3 e 4 do questionário (Figura 2), foi possível observar

que quando os pais gostam de ler, estimulam seus filhos através da leitura na infância.

No ensino público, é possível observar que apenas 10% dos pais dos alunos

(participantes) gostam de ler, do restante 40% não gosta e 50% não são alfabetizados.

Esse resultado corrobora com o outro quesito abordado aos entrevistados (alunos), que

disseram que 90% dos pais não liam para eles na infância. No entanto, 46% dos filhos

adquiriram o gosto pela leitura em sala de aula. Assim, um hábito tão simples como o

de ler para os filhos na infância, pode estimular ou não o desenvolvimento desse hábito

nos mesmos.

No ensino privado, os pais possuem um grau de escolaridade mais elevado

quando comparado aos pais dos alunos da escola de ensino público, pois foi constatado

que 78% dos pais gostam de ler. Consequentemente, 78% desses pais liam para seus

filhos na infância e 70% desses filhos, adquiriram o hábito pela leitura, portanto, gostam

de ler.

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Figura 2 - Gosto pela leitura apresentado pelos pais e seus filhos e incentivo à Leitura na Infância dos alunos (participantes) da pesquisa.

4.2 Motivos Intra-Escolares do Desinteresse pela Leitura

No Ensino Público, 90% dos alunos disseram que gostam da disciplina de

Inglês, porém como não foram instigados à leitura quando crianças, 50% dos mesmos

citam como principal motivo de desinteresse pela leitura em Inglês a própria falta do

gosto pela mesma e 30% dos alunos relatam que não foram acostumados a ler, (Figura –

3).

No Ensino privado 85% dos alunos gostam da disciplina de Inglês, no entanto,

39% relacionam o desinteresse pela leitura em inglês à falta de bons livros, outros 23%

atribuem à falta de dinamismo; e os outros 15% dos alunos afirmam que não gostam da

disciplina de Inglês, porque não gostam de ler.

Alguns dos motivos mais relevantes no desinteresse pela leitura em língua

inglesa é o simples fato dos próprios alunos não gostarem de ler ou não terem livros que

despertem seu interesse (Figura – 3), refletindo nas causas que interferem na disposição

dos alunos quanto à leitura em língua inglesa. Para a grande maioria, a falta de gosto

pela leitura é preponderante, já que os mesmos não têm o hábito de ler desde a infância.

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Figura 3 - Gosto pela disciplina de Inglês; Motivos do desinteresse pela leitura em Inglês.

DISCUSSÃO

A leitura é importante para o desenvolvimento humano. Sendo necessária por ter

o poder de transformar desde a concepção intrínseca do indivíduo, até mesmo a

sociedade e o ambiente o qual convivemos. Sabemos que a relação de desigualdade

quanto ao grau de escolaridade dos pais dos alunos de Ensino Público em comparação

aos do Ensino Privado, vem desde a estrutura familiar. Pois, muitos dos pais dos alunos

do ensino público não foram incentivados a ler por seus pais e muitos nem sequer são

alfabetizados, uma vez que, a maioria tinha como obrigação ajudar seus pais em

trabalhos para o sustento familiar.

A leitura é a base fundamental para formação de cidadãos críticos capazes de

perceber e saber diferenciar o que lhe é bom ou não. Muitos são os motivos que afastam

os alunos do hábito de leitura, porém esses alunos precisão ser alertados quanto à

importância da leitura. Segundo Freire (1998), “eles precisam ser conscientizados da

sua condição de vida e trabalho em que estão inseridos, pois este ato é um dos meios

pelos quais lhes será possibilitado à participação na luta pela melhoria de vida”.

De acordo com os relatórios de pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2008),

“em pleno século XXI a maioria da população que é capaz de ler (2/3) assume que não

lê com frequência, prefere assistir televisão, ouvir música; se comunicar pela oralidade.

O restante (1/3) lê jornais e revistas e deixa de lado os livros”.

Precisamos incentivar os alunos a leitura e esse incentivo deve iniciar no meio

familiar, passando pela escola, nesta o incentivo deve ser feito por meio de leituras

atrativas através de gibis, textos da internet, ou seja, uma diversidade de gêneros

textuais.

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Para muitos alunos, a leitura é algo muito difícil porque, para eles, ela não faz

sentido, notamos que os alunos associam as dificuldades de compreensão ao

desconhecimento de palavras do texto e que a atividade de leitura em Língua

Estrangeira está associada à atividade de tradução. Conforme Kleiman (2000), “a leitura

em sala de aula tem sido uma atividade árida e tortuosa de decifração e nada tem a ver

com uma atividade prazerosa”.

No entanto, através da leitura aprimoramos o nosso vocabulário e saberemos

utilizá-lo com clareza e objetividade, conhecemos ou simplesmente viajamos por meio

de outras culturas, costumes. Aprender e/ou ensinar é segundo Jordão (2007), “ter

consciência da própria cultura e da do outro”.

A aprendizagem da língua Inglesa é fundamental, principalmente por ser a

língua “universal”, essencial ao mundo globalizado. Consequentemente, uma disciplina

fundamental ao ensino público e/ou privado. Ler é garantir a liberdade e direito de

expressão obtendo igualdade diante da sociedade.

Sandroni (1986 apud BORTOLOM et al. p. 11) afirma que “para ler é preciso

gostar de ler.” E gostando de ler você vai querer ler em qualquer outro idioma.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer da pesquisa, verificamos dois grupos principais de motivos pela

falta de interesse pela leitura em língua inglesa: os motivos extra e os intra-escolares.

Entre os motivos extra-escolares do desinteresse pela leitura, destaca-se a falta da leitura

de textos na infância dos filhos, tanto no ensino público, quanto no ensino privado. Dos

motivos intra-escolares do desinteresse pela falta de leitura em língua inglesa destaca-se

a falta de bons livros no ensino privado; e a falta de gosto pela leitura no ensino público.

A ausência do hábito familiar pela leitura nos alunos do ensino público influenciou na

obtenção do gosto pela leitura dos filhos (alunos participantes).

No entanto, percebemos quanto á leitura é importante por ter o poder de nos

informar e tornar-nos cidadãos críticos. Porém, ela é mais eficaz quando iniciada no

meio familiar, ainda na infância, pois nesta fase as crianças são mais vulneráveis às

influências por gostarem de imitar os adultos, então ela torna-se hábito. Independente

de qualquer outro motivo para o aluno gostar de ler em língua inglesa, ele precisa ter o

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hábito de ler e ser motivado á tal prática tendo consciência de que essa atitude pode

fornecer-lhes conhecimento e transformá-lo em uma pessoa consciente e crítica.

Para termos uma geração de futuros leitores precisamos incentivar o contato com

a leitura o quanto antes. Devemos iniciar em casa mesmo, ainda com as crianças,

passando pelas escolas (públicas ou privadas), com crianças e adolescentes para

formarmos futuros adultos leitores que, por terem adquirido esse hábito saudável, o

transmitirão a seus filhos. Com isto, além de melhorarmos o desempenho escolar dos

alunos, teremos uma população com um melhor nível cultural.

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