Resgate 2012 - Carta de Apresentação
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8/4/2019 Resgate 2012 - Carta de Apresentao
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OMOviMentO estudantil uma fora de mu-
dana. Fora que parte do senso crtico dos
estudantes - cujas crticas, posicionamentos e
anseios abrigam o potencial de agir e, por meio da ao,transformar. Mas esse potencial, para se concretizar, preci-
sa ser motivado. E, para crescer, precisa de fora. papel
do XI de Agosto propiciar tais fatores. papel do XI con-
gregar alunos para descobrir projetos, somar aes para
juntar fora, usar sua mquina para romper obstculos e,
assim, operar mudanas.
A expresso do senso crtico, porm, no deve ser s
dos poucos envolvidos na poltica acadmica. No deveser exclusiva dos poucos partidos. No deve ficar silencia-
da no ntimo de cada franciscano.
Ele deve vir de todos e de cada um.
Cada ideia, anseio ou projeto de
cada estudante das Arcadas deve
ser germinado. Por corriqueira e pe-
quena que possa parecer, por dife-
rente e inusitada que possa ser, cada
centelha de transformao deve ser
instigada. A fora dos estudantes nasce de sua participao.
No entanto, aps um ano aptico, as Arcadas vivem
uma situao bastante diferente. Picuinha a palavra do
dia. A falta de dilogo, fruto do atual modelo, torna a dis-
puta partidria desagregadora. Qualquer anseio de partici-
pao prontamente jogado terra. E, sem a participao
dos alunos, a fora do Centro Acadmico se esvaiu. Os
eventos rarearam e ficaram vazios. Os projetos no ganha-
ram respaldo. Suas aes no encontraram destino. O mais
nobre anseio por transformao no reuniu foras para se
viabilizar. Destruir essa barreira o fim ao qual nos volta-
mos. O XI de Agosto no composto por seus diretores,
mas por todos os alunos.
Para que os alunos voltem a participar da poltica aca-dmica, necessrio um ambiente propcio e uma postu-
ra humilde, fomentadora e aberta do XI de Agosto cujo
pressuposto bsico seja a institucionalidade. Isto significa,
sobretudo, saber dar mais valor ao XI que ao partido. Muito
alm de no vestir uma camiseta ou uma cor, ser institucio-
nal deixar de usar o Centro Acadmico para consolidar
interesses puramente eleitorais. Relegar pautas importantes
para as vsperas das eleies ou utilizar o Centro AcademioXI de Agosto como veculo de propaganda partidria so
atitudes inadmissveis: no apenas
afastam os estudantes, mas detur-
pam e enfraquecem o XI.
Esse ambiente propcio tam-
bm , necessariamente, um am-
biente plural. Vale destacar que
pluralismo no neutralidade,
tampouco enseja falta de opinio.
Significa t-la, mas saber que no a nica, e talvez no
a melhor. H de se respeitar e, mais do que isso, ceder um
espao no debate para posicionamentos divergentes. S as-
sim possvel enriquecer a discusso, tornando-a relevan-
te para a construo de projetos, posicionamentos e aes.
O respeito a opinies alheias gesto decorren-
te tambm da qualidade representativa do XI. Ser repre-
sentativo entender que as opinies emitidas pela gesto
vinculam todos os associados e, portanto, no podem ser
decididas sem sua consulta. A representatividade, porm,
Carta de Apresentao
A poltica deve ser plu-
ral, institucional e re-
presentativa. Deve ser de
quem verdadeiramente
pertence: dos alunos.
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8/4/2019 Resgate 2012 - Carta de Apresentao
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no se encerra na consulta aos estudantes. Urnas no p-
tio ou reunies abertas so complementares, mas no su-
ficientes. Suficiente e adequado envolver os alunos no
debate, instig-los ativamente a participar em um processo
em que tenham espao, independentemente de orientaes
ideolgicas.Evolumos e aprofundamos cada um dos trs pilares
clssicos do Resgate. Mas tambm descobrimos que os trs
pilares se confundem, sendo, na verdade, trs facetas de
uma base nica, slida e indivisvel. Pluralismo, institucio-
nalidade e representatividade: trs conceitos complemen-
tares que apontam todos para aquilo que descobrimos ser
o fim principal de nossa ideologia. Fim
esse que mais uma vez se repete nessacarta de apresentao: a participao no
XI de Agosto dos seus associados.
Partindo dessa premissa, ser
possvel tornar as Arcadas novamen-
te vivas, ativas. Com o fomento par-
ticipao, os alunos contribuem para
o enriquecimento do ambiente, trazendo So Francisco
acontecimentos polticos, culturais e acadmicos. Alm
disso, o pluralismo como postura de gesto essencial para
as aes promovidas pelo XI. O ano de 2012 ser marca-
do pelas eleies municipais, o que abre a possibilidade de
trazermos de volta o debate poltico de qualidade para o
ambiente da Faculdade. Temos frente a oportunidade de
pautar a disputa eleitoral por grandes temas que considera-
mos prioritrios, tanto por nosso carter de estudantes de
Direito quanto por nossa condio geogrfica na cidade:
o ano de se discutir centro.
O poder pblico h muito fecha os olhos para o centro
de So Paulo. A regio, que j foi o corao da cidade,
tornou-se apenas um ponto de passagem com o qual as
pessoas no criam vnculos e em que afloram as mazelas
da desigualdade brasileira.
Tambm os debates acerca da Universidade e, especi-
ficamente, do ensino jurdico, so prioridade para o ano de
2012, assim como a o processo de reforma das bibliotecas.De um lado, importante debatermos e formarmos con-
cepes sobre o ensino, pesquisa e extenso nas Arcadas.
De outro, importante extravasar esse debate para as ou-
tras Faculdades de Direito e para a sociedade. Com isso
o debate ganharia em riqueza e a sociedade, em oportuni-
dade. Oportunidade de discutir o Direito que influencia di-
retamente na sua organizao. Oportunidade de discutir a
aplicao dos tributos investidos na Universidade Pblica.E a Faculdade, em sua tradio de excelncia acadmica,
teria mais uma vez a chance de sair na frente, repensando
e liderando um processo de mudana no ensino que no
deixe a excelncia s na tradio.
Finalmente, o Clube das Arcadas, um dos maiores pro-
jetos do Centro Acadmico da atualidade, dever voltar a
ser tratado como prioridade da gesto.
A possibilidade de consolidao noapenas de um espao esportivo, social e
cultural, mas tambm de uma fonte de
receitas permanentes para as entidades,
permitir a continuidade e o aumento da
atuao dos alunos junto sociedade.
Alunos e participao: duas ex-
presses que permearam o nosso texto e nortearam nosso
projeto. Mais uma vez repetindo-as, conclumos nossa apre-
sentao e iniciamos nossa campanha. Pretendemos uma
gesto plural, representativa, institucional e que reaproxime
os alunos. O vcuo de participao abre espao para a pi-
cuinha, para a discusso de baixa qualidade. A participao,
ao contrrio, abre espao para os interesses dos alunos, para
suas pautas e para as discusses que lhes dizem respeito. O
Resgate orientar sua campanha neste sentido e espera que
os outros partidos faam o mesmo. O XI uma grande fer-
ramenta de transformao. Que essa ferramenta se faa til.
Se nossa gesto pretende atrair, que a campanha no afaste
desde j. Que os partidos faam uma campanha limpa, com
discusso de projetos e no ataques pessoais. Que os alunos
participem ativamente do processo eleitoral. Que a poltica
seja plural, institucional e representativa. Seja de quem ver-
dadeiramente pertence: dos alunos.
A falta de dilo-go, fruto do atual
modelo, torna a
disputa partidria
desagregadora.
2012