Resenha - Fordismo/Toyotismo: Princípios da Produção em Massa e Flexível

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ETEC GUARACY SILVEIRA PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO EM MASSA RÍGIDA E DA FLEXÍVEL FABIANY YUMI MORIOKA, Nº 7, 1º ETZ SÃO PAULO 2012

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ETEC GUARACY SILVEIRA

PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO EM MASSA RÍGIDA

E DA FLEXÍVEL

FABIANY YUMI MORIOKA, Nº 7, 1º ETZ

SÃO PAULO

2012

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RESENHA

A PRODUÇÃO EM MASSA RÍGIDA E A FLEXÍVEL

Sobre o Livro: “Introdução à Administração” de Peter F. Drucker

Cada modelo de produção tem suas regras, exigências e características. Se a

direção da empresa não atender às exigências do sistema de produção, não haverá

eficácia, ou produtividade no processo. Ou, caso a empresa utilize o sistema errado,

terá de atender às exigências que fariam de sua direção, o sistema adequado mais

complexo. Contudo, é importante saber qual sistema e princípios aplicar.

Quando se fala em “produção em massa”, a maioria das pessoas pensa na

linha de montagem, o que é um engano, pois apenas uma pequena parte do

processo da produção é através dela. Por exemplo, na montagem de aparelhos

eletrônicos, está presente a produção em massa, mas não em uma linha de

montagem. Contudo, ela é bastante rara, mesmo na produção manufatureira, até na

indústria automobilística.

A origem da produção em massa dá-se antes de Henry Ford, na Guerra de

1812, com a fabricação de rifles para a infantaria norte-americana, onde os métodos

de produção em massa “rígida” já eram aplicados. Quando se fabricam armamentos

para soldados, é importante que o produto final seja padronizado, pois todos devem

ser iguais: usar a mesma munição, ter a mesma limpeza e poderem ser consertados

a partir de peças de outros. Assim como, utilizar as mesmas ferramentas, materiais e

peças na produção.

Historicamente, a produção em massa “flexível” surgiu antes da produção em

massa “rígida”, e mesmo, antes da industrialização. Acredita-se que os Templos

Gregos e Romanos tenham sido construídos a partir da produção em massa flexível,

porque os blocos de construção, telhados e outras peças básicas eram

padronizados, entretanto, sua montagem variava com o projeto do arquiteto. Assim,

pode-se concluir que, tanto na produção em massa rígida como na flexível, o

produto final é montado por peças padronizadas, que são feitas a partir de outras

menores peças padronizadas, ou seja, a produção em massa não fabrica, e sim,

monta.

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A General Motors diz que, seus clientes podem escolher entre diversas

combinações diferentes dos seus veículos (cores, estilos de carroceria, tecidos dos

assentos, acessórios, ...). Isso porque quase todas as suas marcas (Chevrolet,

Pontiac, Oldsmobile e Buick) são montadas pelas mesmas peças: têm as mesmas

carrocerias, praticamente mesmos motores, breques, e sistema de iluminação.

Embora tenham aparência diferente, terminam na mesma linha de montagem, e são

portanto, o produto final de uma produção em massa rígida. “A produção em massa

rígida só poderá, como disse Ford, despejar um produto padronizado”.

A produção em massa, deve combinar a mecanização com a produção em

massa flexível, o que era difícil. Todavia, recentemente o computador está mudando

essa situação. Na tradicional produção em massa, se houvesse alguma alteração no

produto, todo o processo era interrompido, pois exigia a mudança na posição das

máquinas, do trabalho, dos materiais, limpeza de ferramentas... E tudo

manualmente, o que gastava muito tempo. Já com o uso do computador, as

alterações eram feitas instantaneamente, o que eram horas, tornam-se minutos, ou

segundos. Porém, exige o replanejamento do produto e do processo, o que é caro,

difícil, trabalhoso e demorado. A produção em massa flexível, apesar de apresentar

um processo padronizado, resulta em produtos diferentes. E é por isso que está se

tornando o sistema de produção do futuro.

Os princípios de produção diferentes podem funcionar bem dentro de uma

organização, mas não podem se misturar dentro da mesma fase num mesmo

processo. Portanto, a direção precisa compreender também os princípios básicos da

produção, suas características, suas limitações e suas exigências através de

análises do seu próprio trabalho e seus próprios processos de produção. E se

acharem que precisam de princípios diferentes, é preciso separá-los para que não

haja interferências com qualquer outros.

Peter Ferdinand Drucker nasceu em 19 de Novembro de 1909 na Áustria, e

faleceu em Novembro de 2005. Era filósofo e economista, e é considerado como o

Pai da Gestão Moderna. Ele considerava a eficiência do trabalhador uma peça-

chave na gestão, no livro “The Effetive Executive” ele teve como foco transformar

pessoas em líderes eficazes. Dizem que ele não era rigoroso o suficiente por seus

ideais humanistas. As melhores obras deste autor publicadas em português são O

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Diário de Drucker, O Futuro do Homem Industrial, O Homem que Inventou a

Administração, e Introdução a Administração.

“Este livro procura equipar o administrador com o entendimento, o raciocínio,

o saber e as especializações do trabalho de hoje e de amanhã. É uma obra que

procura abranger aquilo que o administrador precisa saber – mas de forma acessível

às pessoas que não tenham ainda trabalhado como administradoras ou mesmo

como funcionárias de organizações administradas” – Peter F. Drucker

Fabiany Yumi Morioka

Acadêmica do Curso Técnico de Administração da ETEC Guaracy Silveira