Resenha Do Monge e o Executivo (1)
-
Upload
sabrinaglamorous -
Category
Documents
-
view
17 -
download
5
description
Transcript of Resenha Do Monge e o Executivo (1)
HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a
essência da liderança. 15ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2004.
CRÍTICA DESCRITIVA
O livro em si possuiu vários pontos que me chamaram a atenção. O título, por
exemplo, não foi muito coerente com o texto, apesar de haver um monge e um
executivo, não passa a imagem do assunto do livro falar sobre liderança.
O uso de ilustração foi bom para auxiliar os exemplos citados pelo
personagem, sendo mais clara para a interpretação do leitor.
O personagem me chamou bastante a atenção pela diferença de perfil e
personalidade, nos mostrando que em nosso cotidiano podemos encontrar pessoas
de difícil ou de fácil relacionamento e devemos saber como lhe dar com a situação.
Uma das características que mais me chamou foi à forma de como o autor
distribui perfeitamente os capítulos, dando uma continuidade aos assuntos
discutidos pelos personagens. A forma usada pelo autor (narrativo-descritivo), que
nos mantém cada vez mais interessado pela leitura (denotativa) faz com que o leitor
nunca perca o foco da leitura e de continuidade a leitura.
A forma de como o autor distribui perfeitamente os capítulos, dando uma
continuidade aos assuntos discutidos pelos personagens.
Antônio Arilson
Aurora Barroso
Edézio Carvalho
Ewerton Alves
Marcelo Júnio
Mário Rodrigues
Rodrigo Paulino1
O livro narra com riquezas de detalhes à história de um empresário bem-
sucedido, um superocupado gerente-geral de uma grande indústria de vidro plano.
John Daily que descobre em determinado momento de sua carreira que
está naufragando no oceano gigantesco que envolve basicamente seu trabalho
(como chefe), seu casamento (como marido) e sua família (como pai). Por ser
1 Alunos do curso da Engenharia Civil na Faculdade Pitágoras, Ipatinga-MG-2009.
1
orgulhoso e por achar humilhante compartilhar suas necessidades com outras
pessoas, decide camuflar seus problemas e vivê-los como se nada tivesse
acontecendo. Ele tinha também uma linda mulher, Rachel, com quem era casado há
dezoito anos. Sua mulher sofria de infertilidade e como eles queriam muito ter um
filho, adotaram um menino assim que ele nasceu e deram-lhe o nome de John Jr.
Dois anos depois, Rachel inesperadamente ficou grávida e eles tiveram uma
menina, Sara.
"Simeão" era um nome que perseguia John desde que ele nasceu, por
exemplo:
Quando criança foi batizada na Igreja Luterana local. A certidão de batismo
mostrava que o versículo da Bíblia escolhido para a cerimônia pertencia ao segundo
capítulo de Lucas, a respeito de um homem chamado Simeão. De acordo com
Lucas, Simeão foi "um homem muito correto e devoto, possuído pelo Espírito Santo".
Quando foi crismado ao final da oitava série, o pastor escolheu um verso da Bíblia
para cada candidato e quando chegou a sua vez, o mesmo trecho de Lucas sobre
Simeão. "Coincidência", ele pensou na época.
Logo depois - e durante os vinte e cinco anos seguintes - John teve sempre o
mesmo sonho. No sonho é tarde da noite e ele está completamente perdido,
correndo num cemitério. De repente, um homem vestido com um manto negro
aparece. Quando esse homem esbarra nele, o homem agarra-o pelos ombros, olha-
o nos olhos e grita: "Ache Simeão - ache Simeão e ouça-o!" Ele sempre acordava
nessa hora, suando frio. Para completar no dia seu casamento o pastor se referiu a
essa figura bíblica durante sua breve homilia. Na realidade, John nunca soube ao
certo se havia algum significado para todas essas "coincidências" envolvendo o
nome de Simeão. Sua mulher sempre esteve convencida de que havia.
A vida para John parecia equilibrada em todos os sentidos, até que de repente, sua
família começou a se desestruturar. Os negócios não estavam indo bem, o
relacionamento com os filhos também não e sua mulher estava infeliz no casamento
e que suas "necessidades" não estavam sendo satisfeitas. John estava fracassando
como chefe, pai e marido. Influenciado por sua esposa Rachel, este homem após
tentar desesperadamente sem êxito solucionar suas crises, decide conversar com o
pastor de sua igreja que o convence a participar de um retiro num pequeno mosteiro
cristão chamado João da Cruz, localizado perto do lago Michigan onde o tema seria
– A Essência da Liderança. O propósito do pastor era mandá-lo para um lugar onde
2
ele pudesse refletir e colocar em ordem as coisas que estavam desajustadas em sua
vida e explicou a John que o mosteiro abrigava de trinta a quarenta frades da Ordem
de São Bento e que eles tinham três premissas: oração, trabalho e silêncio. O pastor
também disse que um dos frades era Leonard Hoffman, um ex-executivo de uma
das maiores empresas dos Estados Unidos que abandonou tudo em busca de um
novo sentido para a sua vida. Isto chamou a atenção de John, pois ele sempre
quisera saber o que tinha acontecido com o lendário Len Hoffman.
Quando John chegou em casa, contou a Rachel o que o pastor havia lhe sugerido e
ela sorriu dizendo que era isso que ela também iria sugerir para ele.
John resistiu o quanto pôde, mas no fundo ele temia que Rachel o
deixasse caso ele nada fizesse. Rachel dirigiu durante seis horas até o mosteiro e
John se manteve quieto por quase toda a viagem, demonstrando que não estava
feliz com a perspectiva de passar uma semana num mosteiro sombrio. Eles
chegaram à entrada de João da Cruz ao anoitecer. John achou o cenário lindo, mas
não disse nada a Rachel, querendo que ela tomasse contato com o seu sofrimento.
John pegou sua bagagem e dirigiu-se até a recepção. Chegando lá, foi recebido por
um senhor de meia-idade, o padre Peter.
Peter informou a John que os hóspedes daquela semana eram três
homens e três mulheres e que como havia somente três quartos, as mulheres
ficariam com o quarto de número um, o maior de todos, que o hóspede do exército
ficaria com o quarto dois só para ele e que ele dividiria o quarto de número três com
Lee Buhr.
Explicou também que além das cinco cerimônias religiosas diárias, eles
teriam aula durante sete dias, das nove às onze da manhã e das duas às quatro da
tarde e que nas horas vagas eles poderiam passear ler, estudar, conversar com os
guias espirituais, descansar... E que a única área interditada é a clausura, onde os
frades comem e dormem. John perguntou a Peter por que ele se referia a alguns
frades como "irmãos" e a outros como "padres". Peter disse que os chamados de
"padre" são sacerdotes ordenados e que os chamados "irmãos" são leigos de
diferentes setores, e que todos eles fizeram votos de trabalhar juntos e compartilhar
suas vidas. Disse também que os nomes deles são escolhidos pelo reitor quando
eles fazem esses votos. John comentou com Peter que gostaria de conhecer Len
Hoffman e conversar sobre alguns assuntos com ele. Peter buscou na memória o
nome Len Hoffman, tentando lembrar o seu novo nome. Ele disse que iria
3
encaminhar o seu pedido e que o curso de liderança iria ser dado por Len Hoffman.
Quando John estava começando a subir a escada para ir para o seu quarto Peter
acrescentou: a propósito John, há dez anos o reitor deu a Len Hoffman o nome de
irmão Simeão.
Sentindo-se um pouco atordoado, John teve a sensação de já ter vivido um
momento semelhante. "Irmão Simeão? Ele pensou. "Que coisa esquisita".
Na manhã seguinte, John acordou às cinco horas e arrumou-se
rapidamente e foi para a cerimônia das cinco e meia. Depois de aproximadamente
vinte minutos, a cerimônia terminou e John ficou olhando para os rostos, tentando
distinguir Len Hoffman. John caminhou em direção a biblioteca, onde foi pesquisar
na internet artigos sobre Leonard Hoffman, ficando fascinado com as informações
que encontrou.
Após a missa das sete e meia John resolveu ir até o seu quarto buscar
um agasalho, quando ao ouvir um barulho vindo do banheiro deu de cara com Len
Hoffman, o irmão Simeão, tentando consertar um vazamento no vaso sanitário. John
ao mesmo tempo em que ficou surpreso ao ver Simeão tentando consertar o vaso
sanitário, também ficou muito feliz. Na manhã seguinte o grupo teve a primeira das
sete aulas iriam ter. Simeão apresentou-se dizendo também que para ele seria um
privilégio estar compartilhando com o grupo alguns princípios de liderança que
mudaram a sua vida e depois pediu que cada um dos seis participantes se
apresentasse brevemente.
John encontrou outras cinco pessoas participantes do retiro vindo de
diferentes localidades, entretanto, tinham como denominador comum a posição de
liderança em suas organizações, sendo eles: Pr. Lee, o sargento Greg, Teresa,
diretora de uma escola pública, Cris, treinadora do time de basquete e Kim. Que
também foram buscar o mesmo refúgio que John.
O primeiro a apresentar-se foi Lee Buhr, ministro batista de Pewaukee, no
Wisconsin, seguido por Greg, um jovem sargento do exército bastante vaidoso,
Teresa, de origem hispânica, diretora de uma escola pública falou a seguir, depois
Chris, uma mulher negra, alta e atraente, treinadora do time de basquete da
Universidade Estadual de Michigan, depois Kim, uma enfermeira-chefe do Centro
Neonatal do Hospital Providence no sul do Estado e por último, John.
A princípio, Daily e os outros cinco que participam do seminário reagem
com certo ceticismo aos conceitos apresentados pelo frade que lidera o encontro,
4
vindo posteriormente aceitá-los quando percebem a vasta experiência de Hoffman
sobre o tema discutido. Afinal, Hoffman conquistou fama no meio empresarial por
sua excelente habilidade de levantar empresas em crises, transformando-as em
referencial de sucesso no mercado competitivo. O livro registra que a última
realização dele no mundo dos negócios foi à restauração da empresa, a Southeast
Air. Hoffman conseguiu equilibrar as contas da Southeast em período que não
ultrapassou a três anos. Seu objetivo estava voltado na excelência de serviço e
também na pontualidade dos vôos da companhia, tirando desta forma a empresa
aérea falida do caos financeiro, levando-a para uma posição de respeito.
No seminário, o monge que é conhecido como Simeão, ensina que a
liderança em sua base não é o poder (explicando que poder é o exercício de forçar
alguém a realizar sua vontade), e sim a autoridade (que é a capacitação de levar as
pessoas a realizarem de bom grado o que você apresenta), que deve ser uma meta
de conquista motivada pelo amor, dedicação e sacrifício e que a autoridade é
edificada sobre o alicerce identificado como serviço e sacrifício. Defende ainda que
consideração e cuidado com os liderados são imprescindíveis na conduta de um
líder de sucesso. Ou seja, para ser um grande líder é necessário desenvolver o
hábito de servir as pessoas, conforme modelo apresentado pelo maior Líder - Quem
quiser ser líder deve ser primeiro servidor. Se você quiser liderar, deve servir. -
Jesus Cristo. Além de Jesus Cristo, Simeão cita alguns exemplos mais recentes de
liderança, lembrando aos participantes sobre o “pequeno” Gandhi de 1.60m, indiano,
que obteria a independência de seu país da Inglaterra sem uso da violência, outra
pessoa citada foi Madre Teresa de Calcutá, sem poder, porém, com muita
autoridade conseguiu impressionar e influenciar o mundo com seu jeito de lidar com
as pessoas necessitadas.
Nestes sete dias que passaram juntos discutindo sobre liderança, irmão
Simeão defendeu que a base da liderança não é o poder e sim a autoridade,
conquistada com amor, dedicação e sacrifício. Defendeu também que o respeito, a
responsabilidade e o cuidado com as pessoas são virtudes indispensáveis a um
grande líder. Disse que ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder
pode escolher para desenvolver e que acima de tudo que para liderar é preciso estar
disposto a servir e acima de tudo os participantes neste seminário, eles recebem e
discutem sobre conceitos fundamentais e indispensáveis para aperfeiçoar a
capacidade de liderança e os relacionamentos entre as pessoas. Descobrem a
5
relevância de identificar e satisfazer as necessidades, dos liderados. Para melhor
compreensão do assunto é colocado uma hierarquia das necessidades humanas:
De cima pra baixo, (1) auto-realização, (2) auto-estima, (3) pertencimento e amor,
(4) segurança e proteção.
Simeão também disse que todos do grupo têm cargos de liderança e
pessoas confiadas aos seus cuidados e que por isso ele iria desafiá-los a refletir
sobre a terrível responsabilidade que eles assumiram quando optaram por serem
líderes. Disse que o papel do líder é extremamente exigente e que havia uma
diferença muito grande em liderar e gerenciar como, por exemplo: o líder é aquele
que lidera pessoas e o gerente organiza coisas e objetos. Dados estes dados à
definição de liderança dada por irmão Simeão é que a liderança é a habilidade de
influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos
identificados como sendo para o bem comum. Liderar fica sendo então algo como
prover um significado ao trabalho que valha a pena o engajamento das pessoas, que
esse significado ajuda a sensação de pertencer, mas, sobretudo, conceda a chance
de participar com o seu próprio trabalho e esforço na construção de algo que valha a
pena engajar a sua vida. Neste caso, liderar é dar um significado ao trabalho, que
propicie o engajamento voluntário dos empregados.
Juntos discutiram o conceito de liderança, poder, autoridade, paciência,
bondade, humildade, respeito, abnegação, perdão, honestidade, compromisso.
Discutiram sobre paradigmas, que eles tanto podem salvar vidas quando usados
adequadamente como podem se tornar perigosos se os tomarmos como verdades
absolutas, pois eles são padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para
navegar na vida.
Falaram sobre também sobre a práxis, tomando-a como exemplo na cura
de casamentos. Que se o casal em crise passar a se tratar como no tempo em que
estavam "apaixonados", fazendo tudo o que o outro gostava, apesar de ser uma
tarefa difícil, muitos casais conseguem retomar os antigos sentimentos, ou seja, os
sentimentos virão em conseqüência do comportamento, outro ponto que merece
destaque abordado no seminário diz respeito a mudanças de comportamento. Foi
usado como referência um ditado usado pelos Alcoólicos Anônimos: "A única pessoa
que você pode mudar é você mesmo". O líder por conta da sua posição de liderança
pode e deve fornecer ao necessitado todas as possíveis condições para solucionar o
problema, mas é ele que deve optar pela melhor escolha.
6
Para se atingir o nível de sucesso em liderança (explica o Monge), há de
se querer desenvolver um tratamento nas qualidades construtoras do caráter que
são identificadas como: Paciência, bondade, abnegação, respeito, generosidade,
honestidade e compromisso. Assim sendo é citado uma frase para exemplificar o
processo: "Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos
tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino".
Próximo do término do seminário um dos participantes apresenta uma
frase que é apreciada por todos: "Quando você nasceu você chorou e o mundo se
regozijou. Viva sua vida de tal maneira que, quando você morrer, o mundo chore e
você se regozije”.
Simeão também cita o Dr. Albert Schweitzer. Ele disse: "Eu não sei qual
será seu destino, mas uma coisa eu sei. Os únicos que serão realmente felizes são
os que buscaram e descobriram o que é servir."
No fim do sétimo encontro, Simeão fez uma oração para cada um do
grupo, pedindo que todos tenham avançado alguns passos em sua jornada como
resultados do tempo em que passaram juntos. Disse que pequenos passos podem
não fazer muita diferença numa jornada curta, mas que para a longa jornada da vida
são capazes de colocá-los num lugar completamente diferente. Aí os seis
participantes almoçaram juntos antes de se despedir. As lágrimas rolaram livremente
e combinaram de se encontrar dali a seis meses.
John Daily olha para Simeão e gaguejando consegue dizer algumas
palavras: Aprendi coisas tão valiosas. Só espero que consiga colocar em prática
quando voltar pra casa. Simeão responde com muita mansidão: Há muito tempo, um
homem chamado Syrus disse que de nada vale aprender bem se você deixar de
fazer bem. Você fará bem, John, estou certo disso. Naquele lugar Daily com
lágrimas nos olhos, olhando para o lago Michigan, toma uma decisão de iniciar uma
nova jornada em sua vida.
John despediu-se de Simeão e foi esperar sua mulher Rachel, lágrimas
brotaram em seus olhos enquanto ele olhava o lago Michigan pela última vez.
Quando Rachel chegou, eles se abraçaram longamente, ela brincou, dizendo não se
lembrar da última vez em que o soltou primeiro e ele disse: apenas um primeiro
passa em uma nova jornada.
7
8