Resenha Do Monge e o Executivo (1)

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HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. 15ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2004. CRÍTICA DESCRITIVA O livro em si possuiu vários pontos que me chamaram a atenção. O título, por exemplo, não foi muito coerente com o texto, apesar de haver um monge e um executivo, não passa a imagem do assunto do livro falar sobre liderança. O uso de ilustração foi bom para auxiliar os exemplos citados pelo personagem, sendo mais clara para a interpretação do leitor. O personagem me chamou bastante a atenção pela diferença de perfil e personalidade, nos mostrando que em nosso cotidiano podemos encontrar pessoas de difícil ou de fácil relacionamento e devemos saber como lhe dar com a situação. Uma das características que mais me chamou foi à forma de como o autor distribui perfeitamente os capítulos, dando uma continuidade aos assuntos discutidos pelos personagens. A forma usada pelo autor (narrativo-descritivo), que nos mantém cada vez mais interessado pela leitura (denotativa) faz com que o leitor nunca perca o foco da leitura e de continuidade a leitura. A forma de como o autor distribui perfeitamente os capítulos, dando uma continuidade aos assuntos discutidos pelos personagens. Antônio Arilson 1

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HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a

essência da liderança. 15ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2004.

CRÍTICA DESCRITIVA

O livro em si possuiu vários pontos que me chamaram a atenção. O título, por

exemplo, não foi muito coerente com o texto, apesar de haver um monge e um

executivo, não passa a imagem do assunto do livro falar sobre liderança.

O uso de ilustração foi bom para auxiliar os exemplos citados pelo

personagem, sendo mais clara para a interpretação do leitor.

O personagem me chamou bastante a atenção pela diferença de perfil e

personalidade, nos mostrando que em nosso cotidiano podemos encontrar pessoas

de difícil ou de fácil relacionamento e devemos saber como lhe dar com a situação.

Uma das características que mais me chamou foi à forma de como o autor

distribui perfeitamente os capítulos, dando uma continuidade aos assuntos

discutidos pelos personagens. A forma usada pelo autor (narrativo-descritivo), que

nos mantém cada vez mais interessado pela leitura (denotativa) faz com que o leitor

nunca perca o foco da leitura e de continuidade a leitura.

A forma de como o autor distribui perfeitamente os capítulos, dando uma

continuidade aos assuntos discutidos pelos personagens.

Antônio Arilson

Aurora Barroso

Edézio Carvalho

Ewerton Alves

Marcelo Júnio

Mário Rodrigues

Rodrigo Paulino1

O livro narra com riquezas de detalhes à história de um empresário bem-

sucedido, um superocupado gerente-geral de uma grande indústria de vidro plano.

John Daily que descobre em determinado momento de sua carreira que

está naufragando no oceano gigantesco que envolve basicamente seu trabalho

(como chefe), seu casamento (como marido) e sua família (como pai). Por ser

1 Alunos do curso da Engenharia Civil na Faculdade Pitágoras, Ipatinga-MG-2009.

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orgulhoso e por achar humilhante compartilhar suas necessidades com outras

pessoas, decide camuflar seus problemas e vivê-los como se nada tivesse

acontecendo. Ele tinha também uma linda mulher, Rachel, com quem era casado há

dezoito anos. Sua mulher sofria de infertilidade e como eles queriam muito ter um

filho, adotaram um menino assim que ele nasceu e deram-lhe o nome de John Jr.

Dois anos depois, Rachel inesperadamente ficou grávida e eles tiveram uma

menina, Sara.

"Simeão" era um nome que perseguia John desde que ele nasceu, por

exemplo:

Quando criança foi batizada na Igreja Luterana local. A certidão de batismo

mostrava que o versículo da Bíblia escolhido para a cerimônia pertencia ao segundo

capítulo de Lucas, a respeito de um homem chamado Simeão. De acordo com

Lucas, Simeão foi "um homem muito correto e devoto, possuído pelo Espírito Santo".

Quando foi crismado ao final da oitava série, o pastor escolheu um verso da Bíblia

para cada candidato e quando chegou a sua vez, o mesmo trecho de Lucas sobre

Simeão. "Coincidência", ele pensou na época.

Logo depois - e durante os vinte e cinco anos seguintes - John teve sempre o

mesmo sonho. No sonho é tarde da noite e ele está completamente perdido,

correndo num cemitério. De repente, um homem vestido com um manto negro

aparece. Quando esse homem esbarra nele, o homem agarra-o pelos ombros, olha-

o nos olhos e grita: "Ache Simeão - ache Simeão e ouça-o!" Ele sempre acordava

nessa hora, suando frio. Para completar no dia seu casamento o pastor se referiu a

essa figura bíblica durante sua breve homilia. Na realidade, John nunca soube ao

certo se havia algum significado para todas essas "coincidências" envolvendo o

nome de Simeão. Sua mulher sempre esteve convencida de que havia.

A vida para John parecia equilibrada em todos os sentidos, até que de repente, sua

família começou a se desestruturar. Os negócios não estavam indo bem, o

relacionamento com os filhos também não e sua mulher estava infeliz no casamento

e que suas "necessidades" não estavam sendo satisfeitas. John estava fracassando

como chefe, pai e marido. Influenciado por sua esposa Rachel, este homem após

tentar desesperadamente sem êxito solucionar suas crises, decide conversar com o

pastor de sua igreja que o convence a participar de um retiro num pequeno mosteiro

cristão chamado João da Cruz, localizado perto do lago Michigan onde o tema seria

– A Essência da Liderança. O propósito do pastor era mandá-lo para um lugar onde

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ele pudesse refletir e colocar em ordem as coisas que estavam desajustadas em sua

vida e explicou a John que o mosteiro abrigava de trinta a quarenta frades da Ordem

de São Bento e que eles tinham três premissas: oração, trabalho e silêncio. O pastor

também disse que um dos frades era Leonard Hoffman, um ex-executivo de uma

das maiores empresas dos Estados Unidos que abandonou tudo em busca de um

novo sentido para a sua vida. Isto chamou a atenção de John, pois ele sempre

quisera saber o que tinha acontecido com o lendário Len Hoffman.

Quando John chegou em casa, contou a Rachel o que o pastor havia lhe sugerido e

ela sorriu dizendo que era isso que ela também iria sugerir para ele.

John resistiu o quanto pôde, mas no fundo ele temia que Rachel o

deixasse caso ele nada fizesse. Rachel dirigiu durante seis horas até o mosteiro e

John se manteve quieto por quase toda a viagem, demonstrando que não estava

feliz com a perspectiva de passar uma semana num mosteiro sombrio. Eles

chegaram à entrada de João da Cruz ao anoitecer. John achou o cenário lindo, mas

não disse nada a Rachel, querendo que ela tomasse contato com o seu sofrimento.

John pegou sua bagagem e dirigiu-se até a recepção. Chegando lá, foi recebido por

um senhor de meia-idade, o padre Peter.

Peter informou a John que os hóspedes daquela semana eram três

homens e três mulheres e que como havia somente três quartos, as mulheres

ficariam com o quarto de número um, o maior de todos, que o hóspede do exército

ficaria com o quarto dois só para ele e que ele dividiria o quarto de número três com

Lee Buhr.

Explicou também que além das cinco cerimônias religiosas diárias, eles

teriam aula durante sete dias, das nove às onze da manhã e das duas às quatro da

tarde e que nas horas vagas eles poderiam passear ler, estudar, conversar com os

guias espirituais, descansar... E que a única área interditada é a clausura, onde os

frades comem e dormem. John perguntou a Peter por que ele se referia a alguns

frades como "irmãos" e a outros como "padres". Peter disse que os chamados de

"padre" são sacerdotes ordenados e que os chamados "irmãos" são leigos de

diferentes setores, e que todos eles fizeram votos de trabalhar juntos e compartilhar

suas vidas. Disse também que os nomes deles são escolhidos pelo reitor quando

eles fazem esses votos. John comentou com Peter que gostaria de conhecer Len

Hoffman e conversar sobre alguns assuntos com ele. Peter buscou na memória o

nome Len Hoffman, tentando lembrar o seu novo nome. Ele disse que iria

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encaminhar o seu pedido e que o curso de liderança iria ser dado por Len Hoffman.

Quando John estava começando a subir a escada para ir para o seu quarto Peter

acrescentou: a propósito John, há dez anos o reitor deu a Len Hoffman o nome de

irmão Simeão.

Sentindo-se um pouco atordoado, John teve a sensação de já ter vivido um

momento semelhante. "Irmão Simeão? Ele pensou. "Que coisa esquisita".

Na manhã seguinte, John acordou às cinco horas e arrumou-se

rapidamente e foi para a cerimônia das cinco e meia. Depois de aproximadamente

vinte minutos, a cerimônia terminou e John ficou olhando para os rostos, tentando

distinguir Len Hoffman. John caminhou em direção a biblioteca, onde foi pesquisar

na internet artigos sobre Leonard Hoffman, ficando fascinado com as informações

que encontrou.

Após a missa das sete e meia John resolveu ir até o seu quarto buscar

um agasalho, quando ao ouvir um barulho vindo do banheiro deu de cara com Len

Hoffman, o irmão Simeão, tentando consertar um vazamento no vaso sanitário. John

ao mesmo tempo em que ficou surpreso ao ver Simeão tentando consertar o vaso

sanitário, também ficou muito feliz. Na manhã seguinte o grupo teve a primeira das

sete aulas iriam ter. Simeão apresentou-se dizendo também que para ele seria um

privilégio estar compartilhando com o grupo alguns princípios de liderança que

mudaram a sua vida e depois pediu que cada um dos seis participantes se

apresentasse brevemente.

John encontrou outras cinco pessoas participantes do retiro vindo de

diferentes localidades, entretanto, tinham como denominador comum a posição de

liderança em suas organizações, sendo eles: Pr. Lee, o sargento Greg, Teresa,

diretora de uma escola pública, Cris, treinadora do time de basquete e Kim. Que

também foram buscar o mesmo refúgio que John.

O primeiro a apresentar-se foi Lee Buhr, ministro batista de Pewaukee, no

Wisconsin, seguido por Greg, um jovem sargento do exército bastante vaidoso,

Teresa, de origem hispânica, diretora de uma escola pública falou a seguir, depois

Chris, uma mulher negra, alta e atraente, treinadora do time de basquete da

Universidade Estadual de Michigan, depois Kim, uma enfermeira-chefe do Centro

Neonatal do Hospital Providence no sul do Estado e por último, John.

A princípio, Daily e os outros cinco que participam do seminário reagem

com certo ceticismo aos conceitos apresentados pelo frade que lidera o encontro,

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vindo posteriormente aceitá-los quando percebem a vasta experiência de Hoffman

sobre o tema discutido. Afinal, Hoffman conquistou fama no meio empresarial por

sua excelente habilidade de levantar empresas em crises, transformando-as em

referencial de sucesso no mercado competitivo. O livro registra que a última

realização dele no mundo dos negócios foi à restauração da empresa, a Southeast

Air. Hoffman conseguiu equilibrar as contas da Southeast em período que não

ultrapassou a três anos. Seu objetivo estava voltado na excelência de serviço e

também na pontualidade dos vôos da companhia, tirando desta forma a empresa

aérea falida do caos financeiro, levando-a para uma posição de respeito.

No seminário, o monge que é conhecido como Simeão, ensina que a

liderança em sua base não é o poder (explicando que poder é o exercício de forçar

alguém a realizar sua vontade), e sim a autoridade (que é a capacitação de levar as

pessoas a realizarem de bom grado o que você apresenta), que deve ser uma meta

de conquista motivada pelo amor, dedicação e sacrifício e que a autoridade é

edificada sobre o alicerce identificado como serviço e sacrifício. Defende ainda que

consideração e cuidado com os liderados são imprescindíveis na conduta de um

líder de sucesso. Ou seja, para ser um grande líder é necessário desenvolver o

hábito de servir as pessoas, conforme modelo apresentado pelo maior Líder - Quem

quiser ser líder deve ser primeiro servidor. Se você quiser liderar, deve servir. -

Jesus Cristo. Além de Jesus Cristo, Simeão cita alguns exemplos mais recentes de

liderança, lembrando aos participantes sobre o “pequeno” Gandhi de 1.60m, indiano,

que obteria a independência de seu país da Inglaterra sem uso da violência, outra

pessoa citada foi Madre Teresa de Calcutá, sem poder, porém, com muita

autoridade conseguiu impressionar e influenciar o mundo com seu jeito de lidar com

as pessoas necessitadas.

Nestes sete dias que passaram juntos discutindo sobre liderança, irmão

Simeão defendeu que a base da liderança não é o poder e sim a autoridade,

conquistada com amor, dedicação e sacrifício. Defendeu também que o respeito, a

responsabilidade e o cuidado com as pessoas são virtudes indispensáveis a um

grande líder. Disse que ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder

pode escolher para desenvolver e que acima de tudo que para liderar é preciso estar

disposto a servir e acima de tudo os participantes neste seminário, eles recebem e

discutem sobre conceitos fundamentais e indispensáveis para aperfeiçoar a

capacidade de liderança e os relacionamentos entre as pessoas. Descobrem a

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relevância de identificar e satisfazer as necessidades, dos liderados. Para melhor

compreensão do assunto é colocado uma hierarquia das necessidades humanas:

De cima pra baixo, (1) auto-realização, (2) auto-estima, (3) pertencimento e amor,

(4) segurança e proteção.

Simeão também disse que todos do grupo têm cargos de liderança e

pessoas confiadas aos seus cuidados e que por isso ele iria desafiá-los a refletir

sobre a terrível responsabilidade que eles assumiram quando optaram por serem

líderes. Disse que o papel do líder é extremamente exigente e que havia uma

diferença muito grande em liderar e gerenciar como, por exemplo: o líder é aquele

que lidera pessoas e o gerente organiza coisas e objetos. Dados estes dados à

definição de liderança dada por irmão Simeão é que a liderança é a habilidade de

influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos

identificados como sendo para o bem comum. Liderar fica sendo então algo como

prover um significado ao trabalho que valha a pena o engajamento das pessoas, que

esse significado ajuda a sensação de pertencer, mas, sobretudo, conceda a chance

de participar com o seu próprio trabalho e esforço na construção de algo que valha a

pena engajar a sua vida. Neste caso, liderar é dar um significado ao trabalho, que

propicie o engajamento voluntário dos empregados.

Juntos discutiram o conceito de liderança, poder, autoridade, paciência,

bondade, humildade, respeito, abnegação, perdão, honestidade, compromisso.

Discutiram sobre paradigmas, que eles tanto podem salvar vidas quando usados

adequadamente como podem se tornar perigosos se os tomarmos como verdades

absolutas, pois eles são padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para

navegar na vida.

Falaram sobre também sobre a práxis, tomando-a como exemplo na cura

de casamentos. Que se o casal em crise passar a se tratar como no tempo em que

estavam "apaixonados", fazendo tudo o que o outro gostava, apesar de ser uma

tarefa difícil, muitos casais conseguem retomar os antigos sentimentos, ou seja, os

sentimentos virão em conseqüência do comportamento, outro ponto que merece

destaque abordado no seminário diz respeito a mudanças de comportamento. Foi

usado como referência um ditado usado pelos Alcoólicos Anônimos: "A única pessoa

que você pode mudar é você mesmo". O líder por conta da sua posição de liderança

pode e deve fornecer ao necessitado todas as possíveis condições para solucionar o

problema, mas é ele que deve optar pela melhor escolha.

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Para se atingir o nível de sucesso em liderança (explica o Monge), há de

se querer desenvolver um tratamento nas qualidades construtoras do caráter que

são identificadas como: Paciência, bondade, abnegação, respeito, generosidade,

honestidade e compromisso. Assim sendo é citado uma frase para exemplificar o

processo: "Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos

tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino".

Próximo do término do seminário um dos participantes apresenta uma

frase que é apreciada por todos: "Quando você nasceu você chorou e o mundo se

regozijou. Viva sua vida de tal maneira que, quando você morrer, o mundo chore e

você se regozije”.

Simeão também cita o Dr. Albert Schweitzer. Ele disse: "Eu não sei qual

será seu destino, mas uma coisa eu sei. Os únicos que serão realmente felizes são

os que buscaram e descobriram o que é servir."

No fim do sétimo encontro, Simeão fez uma oração para cada um do

grupo, pedindo que todos tenham avançado alguns passos em sua jornada como

resultados do tempo em que passaram juntos. Disse que pequenos passos podem

não fazer muita diferença numa jornada curta, mas que para a longa jornada da vida

são capazes de colocá-los num lugar completamente diferente. Aí os seis

participantes almoçaram juntos antes de se despedir. As lágrimas rolaram livremente

e combinaram de se encontrar dali a seis meses.

John Daily olha para Simeão e gaguejando consegue dizer algumas

palavras: Aprendi coisas tão valiosas. Só espero que consiga colocar em prática

quando voltar pra casa. Simeão responde com muita mansidão: Há muito tempo, um

homem chamado Syrus disse que de nada vale aprender bem se você deixar de

fazer bem. Você fará bem, John, estou certo disso. Naquele lugar Daily com

lágrimas nos olhos, olhando para o lago Michigan, toma uma decisão de iniciar uma

nova jornada em sua vida.

John despediu-se de Simeão e foi esperar sua mulher Rachel, lágrimas

brotaram em seus olhos enquanto ele olhava o lago Michigan pela última vez.

Quando Rachel chegou, eles se abraçaram longamente, ela brincou, dizendo não se

lembrar da última vez em que o soltou primeiro e ele disse: apenas um primeiro

passa em uma nova jornada.

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