Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologias e Ciências

Instituto de Geografia

Curso: Geografia

Departamento de Geografia Humana

Disciplina: Geografia da População

Professor: Dr. Ulisses Fernandes

Resenha critica sobre o documentário: “Migrantes”.

Jorge da Paixão Marques Filho.

Rio de Janeiro.

2013

Documentário: Migrantes, Beto Novaes, 2007.

O documentário “Migrantes” retrata a complexidade da realidade dos trabalhadores rurais que buscam uma melhoria na sua qualidade de vida, estes normalmente de origem nordestina, demostrando a precariedade de tal população nesta região.

Os relatos desta população agrícola no contexto da sua realidade se encontram a pessoas de origem simplista, com pouca qualificação, sem acesso a seus direitos como cidadãos, está entregues a margem de nossa sociedade e para sobreviver aceitam qualquer tipo de trabalho e encaram de certa maneira esta situação com um quê de normalidade, como uma naturalidade, nós levando a ver ainda as enormes desigualdades existentes nesses diversos Brasis.

No decorrer entramos em choque com tal fenômeno depreciador em relação aos trabalhadores que chegam á estar em regime de semiescravidão, pois além de gerar uma elevada “Mais-valia” para o seu contratante, este não suporta tal condições e por fim termina falecendo, o que não chega a ser um grande problema, devido que ainda existe uma grande massa pertencente a um exercito de reserva, que pode ser substituída a qualquer momento, ou seja, o ciclo se perdura.

O grande problema de tal situação e por mais que a problemática se agrave e tenda a chegar a níveis extremos no sentido de exploração, tais contingentes populacionais sem escolha alguma á não ser migrar rumo as grandes metrópoles como a cidade de São Paulo utilizada como exemplo no decorrer do documentário, isto se deve basicamente que está população de origem rural, teve a posse de suas terras retiradas pelos grandes latifundiários e para tal maioria, para conseguir subsistência necessária só lhe resta à opção de migrar.

Portanto nota-se que com cada trabalhador em regime de exploração, existe alguém que irá se beneficiar com tais condições, pois primeiramente estes são uma mão de obra barata, porém desqualificado, que para a nossa atual sociedade só serventia para as funções mais pesadas, nos quais para a sua sobrevivência necessitam aceitar tal situação e conviver em tal estado.