Resenha - Antes Que Eu Vá

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Antes que eu vá Lauren Oliver E se você tivesse a chance de retornar e fazer diferente? Quais seriam as mudanças? Samantha Kingstom tem 17 anos e muito para fazer. Depois de uma vida de popularidade, pequenas mentiras e desconhecimento de fatos, ela se vê presa a um momento que parece ser eterno: o momento de sua morte. Mas, como qualquer ser humano, ela não sabe o porquê de morrer, como é morrer ou o que deve ser feito para que o tempo volte a correr novamente e, claro, ela tenha sua vida de volta. Tudo o que ela queria era poder voltar a ser a bela adolescente que ela sempre fora. Mas todo dia de manhã é o mesmo dia. E Sam sabe a sensação que terá ao adormecer. Não esperava muito do livro, embora o tema me agradasse. Comovo-me com a agonia de se sentir presa no tempo, de não saber o que o destino espera que você faça. E o próprio leitor fica desesperado em busca da solução para o problema de Samantha. Ninguém quer morrer todo dia. Ninguém quer dormir e saber que terá de viver as mesmas experiências. Ficamos ansiosos para saber qual será o passo dado pela protagonista no próximo dia de sua vida. E nos surpreendemos com as escolhas que ela toma e a revelação da realidade. Apesar de ter alguns erros de edição, o livro me ganhou por seu final, que quase me fez chorar. Tive que ler novamente a última página até que pudesse dizer: É, é isso mesmo. O elemento surpresa é imprescindível em um livro, e esse conseguiu me surpreender. Vale a pena ler para repensar a nossa existência, a rede de relações que construímos, a consequência que cada palavra pode ter na nossa vida e na vida de outros A questão é: você não tem como saber. Você não acorda com uma sensação estranha no estômago. Não vê sombras que não existem. Não se lembra de dizer a seus pais que os ama ou no meu caso nem mesmo se despede deles.”

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Resenha do livro Antes Que Eu Vá, da autora Lauren Oliver

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Antes que eu vá – Lauren Oliver

E se você tivesse a chance de retornar e fazer diferente? Quais

seriam as mudanças?

Samantha Kingstom tem 17 anos e muito para fazer. Depois de

uma vida de popularidade, pequenas mentiras e

desconhecimento de fatos, ela se vê presa a um momento que

parece ser eterno: o momento de sua morte. Mas, como qualquer ser humano, ela não

sabe o porquê de morrer, como é morrer ou o que deve ser feito para que o tempo volte

a correr novamente e, claro, ela tenha sua vida de volta. Tudo o que ela queria era poder

voltar a ser a bela adolescente que ela sempre fora. Mas todo dia de manhã é o mesmo

dia. E Sam sabe a sensação que terá ao adormecer.

Não esperava muito do livro, embora o tema me agradasse. Comovo-me com a agonia

de se sentir presa no tempo, de não saber o que o destino espera que você faça. E o

próprio leitor fica desesperado em busca da solução para o problema de Samantha.

Ninguém quer morrer todo dia. Ninguém quer dormir e saber que terá de viver as

mesmas experiências. Ficamos ansiosos para saber qual será o passo dado pela

protagonista no próximo dia de sua vida. E nos surpreendemos com as escolhas que ela

toma e a revelação da realidade. Apesar de ter alguns erros de edição, o livro me ganhou

por seu final, que quase me fez chorar. Tive que ler novamente a última página até que

pudesse dizer: É, é isso mesmo. O elemento surpresa é imprescindível em um livro, e

esse conseguiu me surpreender.

Vale a pena ler para repensar a nossa existência, a rede de relações que construímos, a

consequência que cada palavra pode ter na nossa vida e na vida de outros

“A questão é: você não tem como saber. Você não acorda com uma sensação estranha

no estômago. Não vê sombras que não existem. Não se lembra de dizer a seus pais que

os ama ou – no meu caso – nem mesmo se despede deles.”