RESENHA
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ETAPA 1: Aula-tema 02: Paradigmas contemporâneos sobre o desenvolvimento humano.
RESENHA CRÍTICA
SIFUENTES, Thirza Reis; DESSEN, Maria Auxiliadora and OLIVEIRA, Maria Cláudia
Santos Lopes de. Desenvolvimento humano: desafios para a compreensão das trajetórias
probabilísticas. Psic.: Teor. e Pesq.. 2007, vol.23, n.4, pp. 379-385.
APRESENTAÇÃO DA OBRA
Este artigo apresenta a "Ciência do Desenvolvimento", a qual tem por exigência a
interdisciplinaridade, ou seja, contempla diversas áreas do saber, sendo a área biológica,
social e cultural em relação ao tempo e suas pertinentes alterações, tendo por fundamento a
para a compreensão das trajetórias probabilísticas.
DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA
O artigo é constituído de introdução, cinco tópicos, finalizando em considerações e
apresentando por fim as fontes consultadas. Cada tópico é descrito sob a responsabilidade dos
autores indicados, traduzindo sua fundamentação sobre a “Ciência do Desenvolvimento” e
suas trajetórias probabilísticas, as quais abordam o desenvolvimento humano.
RESUMO DA OBRA
Na introdução evidencia-se que a abordagem do desenvolvimento humano atual “exige
uma perspectiva interdisciplinar”, que considera tal como “um processo de construção
contínua que se estende ao longo da vida dos indivíduos”. (SIFUENTES; DESSEN;
OLIVEIRA, 2007) Assim obtêm-se a “noção epigenética e probabilística” (GOTLIEB, 1996;
apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007). Na teoria, do desenvolvimento humano, o
homem exerce “a função primordial de agente de mudança e de transformação da sua própria
história” (BRANCO, 2003; ELDER, 1996; MAGNUSSON & CAIRNS, 1996 apud
SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007), o qual está sujeito às “inúmeras possibilidades
vinculadas ao tempo, ao contexto e ao processo”. (ELDER, 1996; HINDE, 1992 apud
SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007)
Tópico 1: “A Compreensão Contemporânea do Desenvolvimento Humano”,
No primeiro parágrafo compreende-se que se é considerado para o estudo o momento de
vida de cada indivíduo, como suas escolhas frente a tais situações. Sabe-se que o indivíduo
vivencia ao longo de sua trajetória de vida “mudanças e continuidades”, as quais “são
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interdependentes não apenas em relação a um dado momento de vida, mas também às
mudanças que ocorrem na sociedade da qual ele é participante” (ELDER, 1996; VALSINER,
1989 apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007). O homem a todo instante este está
reestruturando “suas relações com o mundo”, gerando assim “novas possibilidades para o
curso do seu desenvolvimento” (HINDE, 1992 apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA,
2007).
No segundo parágrafo se têm que o indivíduo sendo um agente ativo em suas relações
passa a ter a funcionalidade de exercer “sua vontade, e considerando o ambiente sócio-
histórico, a escolha de que direção tomar” (BRANCO & VALSINER, 1997 apud
SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007). É de suma ressaltar que o homem depende do
aspecto cultural em que este está inserido, o qual é caracterizado por “certos padrões e limites,
condicionadas pelos processos de construção sócio-históricos”. Portando, nesta perspectiva,
os estágios da vida do homem “são vistos como representações e como fatos sociais e
psicológicos, cujas características dependem do contexto ao qual se referem” (OZELLA, 2003
apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Já no último parágrafo deste tópico vê-se que na atualidade se têm o desafio para se
compreender o indivíduo em todas suas esferas, considerando que “até meados do século
XX”, se havia “parâmetros e critérios para estudar o desenvolvimento humano”, entretanto
“não havia articulação entre estes saberes, resultando em pesquisas antagônicas e contraditó-
rias” (van Geert, 2003 apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007). Emerge-se a
"Ciência do Desenvolvimento" (DESSEN & COSTA JUNIOR, 2005 apud SIFUENTES;
DESSEN; OLIVEIRA, 2007), a qual possui um “conjunto de estudos interdisciplinares que se
dedicam a entender os fenômenos complexos relacionados ao desenvolvimento humano no
curso de vida” (MAGNUSSON & CAIRNS, 1996 apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA,
2007). Esta tem por objetivo analisar “sistemas complexos e integrados em diferentes níveis:
genético, neural, comportamental e ambiental (físico, social e cultural), que interagem ao
longo do tempo, traçando trajetórias probabilísticas de desenvolvimento” (GOTLIEB, 1996
apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Tópico 2: “Caos e Ordem: Construindo a Trajetória Probabilística do Desenvolvimento
Humano”
Encontra-se nos dois primeiros parágrafos que há leis obedecidas pelos organismos em
geral, assim gerando os sistemas. Na “perspectiva sistêmica do desenvolvimento” se visa “o
equilíbrio dinâmico”, sendo decorrente das forças que necessitam “atuar em
complementaridade, visando à manutenção e a harmonia no sistema”. van Geert (2003) apud
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Sifuentes, T. R.; Dessen, M. A.; Oliveira, M. C. S. L. (2007) ressalta o modelo de Lorenz, no
qual os organismos passam por três estágios: o padrão dinâmico – que acontece repetições
com regularidade; as modificações – que ocorrem por vezes sem motivo aparente e alguns
processos "caóticos" – que se apresentam com irregularidades, entretanto se é possível
encontrar um “alto padrão de regularidade interna". (SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA,
2007)
Nos próximos três seguintes parágrafos vemos que o indivíduo pode apresentar mudanças
de comportamentos, sem motivos aparentes, apresentando assim “comportamentos diferentes
do padrão esperado” (Branco; Valsiner, 1997 & van Geert, 2003 apud SIFUENTES;
DESSEN; OLIVEIRA, 2007). O “caos” pode ser visto na trasição entre os “estágios do
desenvolvimento [...] em que se busca nova estabilidade dinâmica”. Assim além das pré-
disposições biológicas “as experiências e condutas regulam e direcionam o desenvolvimento
humano para certas trajetórias probabilísticas” (VALSINER, 1994 apud SIFUENTES;
DESSEN; OLIVEIRA, 2007). Sendo “um ciclo dinâmico que se repete inúmeras vezes, em
um processo contínuo que só se finda com a morte”. Cada indivíduo se comporta de forma
diferente a cada estágio de seu desenvolvimento, mesmo apresentando características
semelhantes, “à medida que o organismo interage com o ambiente, ao longo do tempo, ele se
constrói e, ao mesmo tempo, torna-se cada vez mais complexo” (van GEERT, 2003 apud
SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007)
Nos três últimos parágrafos compreende-se o que se “epigênese”, sendo esta importante no
desenvolvimento humano, por ser referente “ao estudo das mudanças hereditárias na função
do gene [...] aplica-se também ao estudo dos processos envolvidos no desenvolvimento de um
organismo”. O interesse na temática se deve ao enfoque da compreensão de “como as
informações genéticas são transmitidas, mantidas ou transformadas na linha do tempo”. Esta
visão se caracteriza “como prospectiva, a ciência do desenvolvimento concebe o
desenvolvimento como um processo aberto, probabilístico e epigenético, em que as trajetórias
de vida são traçadas pelo indivíduo em interação com o seu ambiente” (GOTLIEB, 1996,
2003 apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Tópico 3: “Compreendendo o processo de desenvolvimento no curso de vida”
Nos três primeiros parágrafos elucida-se que esta perspectiva integra “distinções
temporais, contextuais e processuais”, para a compreensão do desenvolvimento do indivíduo,
considera para melhor compreensão o estudo “de acordo com a faixa etária do indivíduo e
com a estrutura sócio-cultural da qual faz parte”. Considera-se o estudo dos “componentes
que atuam na construção de trajetórias e as forças que determinam as relações entre eles”. Há
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uma necessidade de se analisar como componente do desenvolvimento “as células, o
organismo e o ambiente”. Com relação as forças se tem a “coação, a experiência, as trajetórias
de desenvolvimento e a relação continuidade-descontinuidade nas transições
comportamentais”. (SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Analisando os três seguintes parágrafos encontra-se a relação de uma “diádica”, na qual
“a ação das forças e sua importância estão [...] na relação e não nos componentes
propriamente ditos”. Neste contexto se têm as forças de coerção, na quais “a experiência tem
papel fundamental no desenvolvimento”. A experiência de vida se destaca nesta perspectiva,
sendo que esta “atua de forma conjugada e suas funções são fundamentais na interligação dos
diferentes fatores que compõem as trajetórias de desenvolvimento, ao longo do curso de
vida“. (SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Nos últimos dois parágrafos destaca-se a trajetória, a qual refere-se a “seqüência de
eventos que acontecem no decorrer do desenvolvimento, bem como à forma como as
experiências se organizam, desde o nascimento até a morte”. Nesta trajetória encontram-se
mudanças e estabilidades, sendo pontos centrais, os quais “devem ser consideradas em uma
relação dialética e de equilíbrio dinâmico”. Entretanto é apresentado que “é sempre
necessário que algumas estruturas se mantenham”. No desenvolvimento humano encontram-
se os estágios, o qual “é definido como um conjunto de padrões comportamentais e
habilidades características de uma determinada idade ou fase do desenvolvimento”. Já a
transição desses estágios se caracteriza “como como o período de passagem entre um estágio
e outro no curso de vida”. Por fim, é apresentado que na perspectiva de curso de vida a
“dinâmica entre continuidade e descontinuidade” elucida o desenvolvimento humano.
(SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Tópico 4: “Continuidade e descontinuidade: a dialética necessária ao desenvolvimento”
Nos três primeiros parágrafos encontramos que é possível se observar algumas
“mudanças abruptas também ocorrem, como, a própria puberdade (mudança fisiológica) e a
inserção escolar na infância (mudança ambiental)”. Resultando assim “um novo padrão que é
reconhecido como qualitativamente superior ao anterior”. Mudanças que podem ser
classificadas como uma “mudança de nível”, “mudança de estrutura”, ou, ainda, “mudança de
centralidade”, sendo classificadas como um processo de descontinuidade no desenvolvimento
(Keller, 1991 apud SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007). A noção de plasticidade pode
ser associada à descontinuidade (GARIÉPY, 1996 & KELLER, 1991 apud SIFUENTES;
DESSEN; OLIVEIRA, 2007). Assim “a continuidade considera as características que se
mantém estáveis no decorrer dos estágios e transições”. Este processo possibilita “a
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emergência de diferentes padrões comportamentais, ao longo do curso de vida”.
(SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Por fim nos dois últimos parágrafos elucidam-se que “no transcorrer do desenvolvimento
humano, à medida que as mudanças acontecem e, com elas as descontinuidades, o organismo
se reorganiza para promover um novo padrão de estabilidade”. Portanto, as trajetórias
probabilísticas são associadas “à compreensão de que a relação entre continuidade e
descontinuidade”, resultantes “da relação entre sistemas complexos e integrados em diferentes
níveis [...] que, por serem dinâmicos, afetam-se e se transformam mutuamente no decorrer do
tempo”. (SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Tópico 5: “Enfrentando os Desafios na Pesquisa em Desenvolvimento Humano: A
Proposta de Urie Bronfenbrenner”
Nos quatro parágrafos iniciais temos o modelo científico/epistemológico de
“Bronfenbrenner (1977, 1992, 1994)”, o qual que depois “foi batizado de Modelo
Bioecológico”. Modelo que por premissa “criar uma alternativa para o estudo do
desenvolvimento humano, considerando a importância de observarmos o indivíduo e suas
interações nos diferentes contextos e sistemas”. (SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Tal modelo era de “orientação bioecológica”, opondo-se ao modelo tradicional. Sendo
requerido “o exame dos sistemas de interação social [...] e a consideração dos aspectos
ambientais para além da situação imediata na qual o indivíduo se encontra”, assim o
considerando o “papel ativo e protagônico do indivíduo como agente de seu próprio processo
de desenvolvimento”. (SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Nos três seguintes parágrafos se têm que “os aspectos genéticos e os ambientais não são
vistos como em oposição, mas como complementares”. O ambiente ecológico engloba cinco
“subsistemas socialmente organizados, que apoiam e orientam o desenvolvimento humano e
estão circunscritos ao ambiente ecológico”. Sendo eles: o microssistema – “referente aos
padrões de atividades, papéis sociais e relações interpessoais vivenciados pelo indivíduo, em
um dado ambiente, a partir de interações face-a-face”; o mesossistema – “que compreende a
relação entre os microssistemas”; o exossistema – “é composto por ambientes nos quais o
indivíduo não participa diretamente, mas que o influenciam de forma indireta”; e o
macrossistema – sendo o maior dos subsistemas e “diz respeito ao conjunto de valores e
crenças que sustentam as diferenças culturais e que geram, no indivíduo, o sentimento de
pertença a determinado grupo”. Este "Modelo Bioecológico do Desenvolvimento" se integra
com cronossistema – “o sistema do tempo [...] visto como mais um nível do contexto de
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desenvolvimento e refere-se, não somente à idade cronológica do indivíduo, mas também ao
tempo social e histórico”. (SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Nos últimos quatro parágrafos são descritos os processos proximais – que abrangem as
“formas particulares de interação entre o organismo e o ambiente”, os quais permeiam toda a
trajetória de vida de um indivíduo, sob influencia “das forças de coação”. Os impactos desses
processos proximais dependerão “das características da ‘Pessoa’ [...] suas pré-disposições
genéticas e do ‘Contexto’ ambiental imediato e remoto, bem como da dimensão do ‘Tempo’”.
Sendo que “o desenvolvimento está intrinsecamente ligado às estabilidades e mudanças que
ocorrem com o indivíduo”. Tal desenvolvimento dependerá, “principalmente, do equilíbrio
entre o indivíduo e seus contextos ambientais, facilitadores e/ou limitadores das mudanças”.
(SIFUENTES; DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
Considerações Finais: “Do Determinismo Biológico à Plasticidade Cultural”
Os três parágrafos das considerações finais englobam que o indivíduo é “complexo e
multidimensional”, e que ao estudar seu o processo de desenvolvimento, deve “ser analisado
como produto, dirigindo-se o foco para seus efeitos, e como processo, caracterizando-se suas
propriedades e mecanismos intrínsecos”. Portanto tal desenvolvimento é definido “pela
relação complementar entre esses dois aspectos – produto e processo”. Considera-se nesta
teoria os fatores culturais e as influências “entre os fatores biológicos, psicológicos,
ambientais, históricos e sociais, nos diferentes sistemas que envolvem o indivíduo”. Por fim,
tal abordagem é vista como um desafio, ao se considerar que esta “ainda não dispõe de
ferramentas apropriadas para captar a sua complexidade e dinâmica”. (SIFUENTES;
DESSEN; OLIVEIRA, 2007).
CONCLUSÃO
De aspecto geral, os autores apoiam seu artigo em diversos estudiosos para emitir o
conteúdo proposto pelo título. Conclui-se que os mesmos fazem a emissão de suas próprias
ideias poucas vezes, e por fim salientam a necessidade de compreensão do homem a partir do
conceito produto e processos.
Há um leque de autores e difusões da Ciência do Desenvolvimento, e ressaltam que nesta
teoria ainda não se há ferramentas científicas apropriadas para abranger toda sua
complexidade e dinâmica estudada, considerando que tal abrange o estudo desde o orgânico
do indivíduo até suas relações sociais estabelecidas no tempo, dando origens às suas inúmeras
trajetórias probabilísticas.
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Os autores apresentam o desenvolvimento humano no curso de vida, assim como o que
configura os processos de continuidade e descontinuidade, e trazem a proposta de Urie
Bronfenbrenner.
Por fim, concluí-se que o homem é ativo no seu desenvolvimento, entretanto este não deixa
de sofrer influências de seu contexto sócio-histórico e suas pré-disposições genéticas. Tal
processo de desenvolvimento se estende a sua toda trajetória de vida. O indivíduo, portanto
está sujeito às inúmeras possibilidades probabilísticas relacionadas ao tempo e ao seu
contexto, cabendo a este escolher qual direção tomar frente suas alternativas.
No que diz repeito aos processos de continuidade e descontinuidade, compreende-se que
ao manter um padrão no desenvolvimento, o indivíduo está em um processo de continuidade,
entretanto, o mesmo sofre mudanças drásticas ao longo sua vida – como a puberdade,
causando comportamentos diferentes de seu repertório, porém este depois de um período
alcança sua estabilidade.
Assim tal abordagem aborda a plasticidade do indivíduo no seu processo de
desenvolvimento, o qual está inserido em um contexto, provindo de regras e padrões, cabendo
ao mesmo tomar frente as suas decisões, e não se esquecendo de toda sua bagagem
fisiológica.
ANALISE CRÍTICA
A obra fornece subsídios à formação acadêmica do psicólogo, sendo um excelente
complemento para a disciplina, à medida que trata dos principais aspectos da Ciência do
Desenvolvimento. Esta leitura não exige conhecimentos prévios para ser compreendida, pois
o autor faz uma apresentação prévia dos conceitos abordados pela mesma. O artigo
apresentou exatidão, o autor esclareceu sucintamente sobre tema proposto pelo título.
Ao afinal, após a leitura desta obra é possível compreender de forma mais clara a linha
de pensamento do Desenvolvimento humano e seus desafios para a compreensão das
trajetórias probabilísticas, ressaltando que a leitura de outras obras na temática se faz
necessária para exploração e conhecimento ampliado.
O artigo mostra que para se estudar o processo de desenvolvimento humano, deve-se
analisar o homem como produto, e dirigir o foco para os seus efeitos. O mesmo indica que os
fatores culturais exercem papel fundamental neste desenvolvimento, o qual possibilita a
compreensão da influência entre os fatores biológicos, psicológicos, ambientais, históricos e
sociais, nos diferentes sistemas que envolvem o indivíduo.
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Por fim, ao se compreender que a trajetória de vida do indivíduo é desde seu nascimento
até sua morte, e que o homem é ativo e age a partir das suas experiências de vida, e que
recebe influências do biológico, social, ambiental e histórico. Portanto indicando que tal
ciência é complexa e dinâmica, resultante da dificuldade apresentada pelos autores, de que
faltam ferramentas apropriadas para tal estudo.
INDICAÇOES DOS RESENHISTAS
A obra tem por objetivo apresentar o que engloba a Ciência do Desenvolvimento.
Destaca-se como grande auxilio, principalmente, àqueles que desenvolvem trabalhos
acadêmicos no campo da ciência do desenvolvimento humano.
CREDENCIAL DOS AUTORES
Thirza Reis Sifuentes trabalha para o Laboratório de Microgênese das Relações Sociais,
LABMIS, Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Campus Darcy Ribeiro,
Brasília, DF, Brasil 70910-900.
Maria Auxiliadora da Silva Campos Dessen é bolsista de Produtividade em Pesquisa do
CNPq - Nível 2. Possui graduação em Bacharel e Licenciatura em Psicologia, Psicologo pela
Universidade de São Paulo (1978), mestrado em Psicologia pela Universidade de Brasília
(1984) e doutorado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo
(1992). Sua formação acadêmica inclui três pós-doutoramentos realizados na Universidade de
Lancaster, Ingalterra (1998) e no Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano e
Educação-MPI, Alemanha (2003, 2009). No exterior, atuou também como Professora
Visitante, na Universidade de Lancaster (1998) e na Universidade de Murcia, Espanha (2010),
e como pesquisadora convidada do Max Planck Institute (2003). Atualmente, é Professora
Associada II da Universidade de Brasília, vinculada ao Programa de Pós-graduação em
Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde e Coordenadora do Laboratório de
Desenvolvimento Familiar. Desde 1981, realiza pesquisas na área de Psicologia do
Desenvolvimento Humano e Processos Familiares, com ênfase nas relações parentais e
conjugais e suas implicações para o desenvolvimento de crianças pré-escolares e escolares.
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/3357570366856017
Maria Cláudia Santos Lopes de Oliveira possui graduação em Psicologia pela
Universidade Federal Fluminense (1986), Mestrado em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (1992) e Doutorado em Educação pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (2000). Concluiu em 2009 Estágio Pos-doutoral em
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Psicologia, na Universidade Autônoma e Madri, Espanha, tendo antes concluído pós-
doutorado em Desenvolvimento Humano na Clark University, Worcester (MA), E.U.A
(2005). É professora adjunta da Universidade de Brasília, onde desenvolve projetos de
pesquisa na área de Psicologia do Desenvolvimento da Adolescência, com ênfase no
desenvolvimento social no contexto urbano, das escolas e instituições do sistema de medidas
sócio-educativas. É co-autora das obras "Adolescentes e Drogas no Contexto da Justiça"
(2003), "Aprendizagem e Formação do Professor" (2005), "Curso de Prevenção do Uso de
Drogas para Educadores de Escolas Públicas" (2010, 2ª edição) e Matriz de Formação do
Sistema Nacional Sócio-educativo (2012, em fase final de revisão). É também co-autora de
trabalhos publicados nas obras "Women lives in cultures in transition (2011) e Cultural
Psychology of Human Values (2012). Coordenadora do Programa de Pós-graduação em
Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde (mestrado e doutorado), da Universidade de
Brasília, em 2008, cargo ao qual retornou em 2010, até 2013.Foi presidente da Associação
Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento (ABPD), gestão 2010-2012, e antes, a vice-
presidente da mesma Associação na gestão 2008-2010. Membro do GT Psicologia Dialógica,
da ANPEPP, o qual passou a coordenar, a partir de 2012. Endereço para acessar este CV:
http://lattes.cnpq.br/6281151757179145
IDENTIFICAÇÃO DOS AUTORES DA RESENHA
A equipe responsável pela Resenha são os alunos do segundo ano de Psicologia da
Faculdade Anhanguera. A seguir segue os respectivos nomes dos integrantes do grupo: