Resenha 44º CBEEF

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RENATA PONTES ARAÚJO

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Resenha do 44º Congresso Brasileiro dos Estudantes de Engenharia Florestal.

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RENATA PONTES ARAÚJO

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Seropédica, 29 de Agosto de 2014.

Meu nome é Renata Pontes Araújo e eu sou do 7º período do curso de Engenharia Florestal da

UFRRJ. Nestas férias, eu participei 44º CBEEF (Congresso Brasileiro dos Estudantes de Engenharia

Florestal) na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), no Rio de Grande do Sul. O evento ocorreu

de 1º a 8 de Agosto de 2014. Este foi o meu primeiro CBEEF.

Saímos da UFRRJ às 5h40min da manhã do dia 31/07 e chegamos à UFSM por volta das 11h do

dia 01/08. Lá, fomos muito bem recebidos. Fizemos o credenciamento e logo fomos divididos em

“tribos”. Eu fiquei na tribo “Lanceiros Negros”. A cada dia tínhamos uma tarefa diferente: servir as

refeições, limpeza dos banheiros, alvorada, etc. A tarefa que eu mais gostei de executar foi a “alvorada”.

Eu e minha tribo criamos uma paródia da música “Beijinho no Ombro” (Valesca) para acordar os nossos

colegas das outras tribos. Pelos corredores da UFSM, ouvimos diversos comentários e elogios sobre a

nossa alvorada naquele dia.

O evento deste ano teve como tema “O Papel da Formação Profissional e da Organização

Estudantil na Transformação Social”. A abertura do evento foi na sexta-feira (01/08) à noite. Foi bem

legal, interagimos todos juntos, dançando e cantando. Ao decorrer do evento, tivemos grupos de

debates, oficinas, mini-cursos, vivências, painéis, ato público e muitas plenárias e culturais regionais.

Nas plenárias aprendi mais um pouco sobre a profissão de Engenheiro Florestal, vimos às áreas

que estão crescendo e as oportunidades que há no mercado para a gente. Também tivemos a plenária

de gênero, onde debatemos bastante sobre as questões do movimento feminista no Brasil. E a Reforma

Agrária também foi um dos diversos assuntos abordados nas plenárias. Nem sempre ha tempo ou

oportunidade de abordar esses assuntos sociais dentro de uma universidade. Acredito que as plenárias

são uma extensão das salas de aulas. Nelas (plenárias) aprendemos muito mais, pois o foco é

justamente esse. Por isso, é importante que participemos dos Congressos.

Eu participei da Oficina de Clown. Gostei muito, pois pude me soltar bastante, pôr as emoções e

sentimentos para fora. Tive a oportunidade de expressar-me de um modo diferente; de uma maneira

que nunca havia feito antes. Gostei bastante. Acredito que os outros colegas que estavam comigo na

oficina também tenham gostado. Alguns inclusive se emocionaram visivelmente.

Quanto aos mini-cursos e vivências, foram todas no mesmo dia. Tivemos que escolher apenas

uma, e essa escolha foi bem difícil de ser feita! Eram todas muito boas, difícil de escolher apenas uma!

Pra mim, este foi o “ponto fraco” do evento. Acho que poderia ser um dia para oficina e outro para

vivência. Assim, teríamos oportunidade de escolher mais de um. Como só poderia escolher um, optei

pela oficina de “Perícia Ambiental”. O palestrante era Perito Ambiental jurídico ali da região Sul mesmo

e ele deu diversas dicas sobre essa carreira para a gente. Explicou até como cobrar por esses serviços,

acrescentando as taxas de impostos no valor. No final, ele deu o cartãozinho dele para cada um dos

ouvintes e prometeu nos enviar as apostilas de perícia ambiental por e-mail. Gostei muito, pois adoro

área de legislação ambiental.

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Quanto as Culturais Regionais, tivemos Rock’n’Roll todos os dias. Gosto muito de rock, mas sei

que não é um ritmo que dá para “agitar” tanto na “pista de dança”. Acredito que por isso, eu tenha

gostado muito da cultural das Regionais Amazônia e Caatinga. A Amazônia por seu “techno brega”,

super “requebrante”, digamos assim. E a Caatinga pela quadrilha. Sim, houve uma “big quadrilha” na

Cultural da Regional Caatinga. Lembro-me que naquela noite estava super frio e eu saí da quadrilha

suando, de tanto que dancei (e me diverti!).

Eu estava animada para o ato público, mas no dia acabou chovendo e este teve que ser

executado dentro da própria UFSM. Não participei, pois estava passando mal neste dia. Com os altos e

baixos da temperatura ambiente local, acabei ficando resfriada. Entretanto, mesmo com a garganta

doendo, frequentei às reuniões da Região Mata Atlântica e as reuniões da UFRRJ. Embora eu não

pudesse falar muito (por conta das minhas condições de saúde), achei que as reuniões foram bastante

produtivas. Nela pude entender melhor sobre as questões agrárias e sociais do nosso país, além de

conhecer mais sobre o Plebiscito Popular que teremos em Setembro/2014. Acho de suma importância

que todos entendam o que é o plebiscito popular, assim como suas vantagens e desvantagens. Quanto

mais divulgado isto for, melhor.

No CBEEF, eu troquei experiências acadêmicas e profissionais. Vi as diferenças que há entre a

minha universidade e as demais universidades. Também vi que na Engenharia Florestal há um leque

imenso de oportunidades de carreiras, mas infelizmente, nem sempre a nossa grade curricular nos

prepara para elas. Por exemplo, na faculdade eu nunca ouvi falar que o Engenheiro Florestal pode

trabalhar com paisagismo. Na grade da Rural não há uma disciplina que nos prepare para tal. Acredito

que a disciplina que mais se aproxime disso é “Arborização Urbana”, que é optativa.

Em relação à cidade, achei Santa Maria uma cidade bem calma. No Centro há bastantes lojas

legais e diversos artesanatos interessantes para levar de lembrança aos amigos e familiares. E não se

engane: um prédio histórico pode ser um super mercado, como é o caso do Carrefour! A praça central é

bem grande, dá para fazer umas fotos bem legais. Foi mesmo um pena não termos feito o ato público lá.

O último dia foi o pior para mim. Não gosto nem um pouco de despedidas! Foi difícil dizer adeus

para as novas amizades que eu havia feito ali. Ok, confesso que chorei. Mas guardarei cada lembrança

com muito carinho. Quase um mês já se passou e até hoje mantemos o nosso grupo no Whatsapp ativo.

Nós nos falamos diariamente, compartilhamos fotos, apostilas, listas de exercícios e até fazemos “mini-

vídeo-aulas” para ajudar o outro! Acredito que esta seja uma forma de “estender” o objetivo do CBEEF,

que é a troca de experiências e integração. Mal posso esperar pelo próximo CBEEF!

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RENATA PONTES ARAÚJO

7º Período de Engenharia Florestal (UFRRJ)

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Paródia: Beijinho no Ombro

Autoria: Tribo Lanceiros Negros – 44º CBEEF - Caio Rodrigo Alves Soares (UFRA – Parauapebas, PA);

- Claudia Domingos Torres (UFRRJ – Seropédica, RJ);

- Renata Paschoal da Silva Sousa (UFRA – Parauapebas, PA);

- Renata Pontes Araújo (UFRRJ – Seropédica, RJ).

Desejo a todos congressistas vida longa

Pra que protejam a cada dia mais nossas florestas

Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba

Quem não “de-bah-tchê” não se cria e nem faz história

Acredito em “Tchê”, faço dele de escudo

“Bah tchê!” Mais alto que daqui eu não te escuto

Lá na plenária quase não dá pra te ver

Tá enchendo a cara, ta faltando aparecer

Não sou covarde, já estou pronto pro “De-Bah-Tchê”

Keep calm e não acorde tarde

O meu sensor de preguiçoso explodiu

Leve a tua ideia pra plenária e partiu!

Beijinho no ombro pra preguiça passar longe

Beijinho no ombro pros floresteiros de plantão

Beijinho no ombro pra quem veio de tão longe

Pois floresteiro tem que ter disposição!

Santa Maria, 5 de Agosto de 2014.

44º Congresso Brasileiro dos Estudantes de Engenharia Florestal (CBEEF).

Tribo Lanceiros Negros - Monitores: Moisés Furbino (UFLA) e Luana Moretto (UFSC).