Reposta Imune Contra as Infecções
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Resposta Imune contra as Infecções
Alguns patógenos causadores de doenças na especíe humana
Resposta imune contra as infecções
• Mecanismos imunes inatos atuam imediatamente.• Algumas horas mais tarde, são acompanhados por
respostas induzidas precocemente.• Vários dias são requeridos para a expansão clonal
e a diferenciação dos linfócitos naive em células efetoras T e B.
• Durante este período, memória imunológica é também estabelecida, assegurando uma rápida re-indução de anticorpos e cels. T específicas nos encontros subseqüentes com o mesmo patógeno.
A resposta à infecção inicial ocorre em três fases
Compartimentos onde os patógenos podem ser encontrados
Mecanismos de dano tecidual causados pelos patógenos
Superfície epitelial-Barreira natural à infecção
• Pele e a superfície das estruturas tubulares, como tratos gastrointestinal, respiratório e genitourinário.
• Patógenos normalmente cruzam a barreira epitelial, aderindo-se às moléculas presentes nas células epiteliais da mucosa.
• Superfície epitelial tb produz substâncias que são microbicidas ou inibem o crescimento microbiano, por ex, o pH ácido do estômago e as enzimas digestivas do trato gastrointestinal superior constituem uma barreira química à infecção.
Superfície epitelial-Barreira natural à infecção
• Criptidinas, produzidas pelas células de Paneth, residentes na base das criptas no intestino delgado, são peptídeos anti-bacterianos.
• Epitélio está associado à flora normal de bactérias não-patogênicas que competem com os microorganismos patogênicos por nutrientes e por ligação às células.
• Flora normal-produção de substs. anti-microbianas que evitam a colonização por outras bactérias.
Mecanismos imunes contra a infecção
Mecanismos de imunidade Inata contra micróbios
A via alternativa do complemento
Mecanismos de imunidade Inata contra micróbios
• Fagócitos iniciam a imunidade celular inata e iniciam as repostas imunes de defesa do hospedeiro.
• Uma série de receptores que reconhecem componentes microbianos, induzindo fagocitose e liberação de citocinas.
• Quando os patógenos atravessam a barreira epitelial, são imediatamente reconhecidos pelos fagócitos no tecido conjuntivo.
• Resposta inata celular imediata: fagocitose, destruição do patógeno e migração de neutrófilos, processo pode evitar o estabelecimento da infecção.
• Secreção de citocinas pelos fagocitos. Importantes na próxima fase de defesa
TNF-alfa e quimiocinas
• TNF-alfa- liberado pelo macrófago, possui efeitos locais protetores, mas pode causar choque quando liberado sistemicamente.
• Quimiocinas – responsável pelo recrutamento de novos leucócitos para o sítio inflamatório. Sintetizado por fagócitos, cels endoteliais, queratinócitos, fibroblastos e cels da musculatura lisa do tecido conectivo.
Resposta inflamatória• Efeitos locais combinados destes mediadores resultam na resposta
inflamatória- reação local imediata da infecção
• Aumento do diâmetro vascular, com um aumento do fluxo sanguíneo local
• Diminuição do fluxo sanguíneo, especialmente ao longo das superfícies dos vasos sanguíneos locais.
• Nos sítios inflamatórios, os leucócitos saem do centro dos vasos e interagem com o endotélio vascular.
• Aumento na permebilidade vascular, acúmulo de fluido, Igs, C e outras proteinas sanguineas.
• Mediadores induzem no endotélio expressão de moléculas de adesão, aumentando a taxa de de células fagocíticas nos tecidos.
Neutrófilos são as primeiras células que chegam nos sítios inflamatórios
• Papel de fagocitose de patógenos recobertos de Ac ou C.
• Fagocitose de bactérias, mesmo na ausencia de Ac.
• Produzem vários produtos tóxicos e bacteriostáticos
• Combinacao de metabolitos toxicos de O, NO, proteases, fosfolipases e proteinas anti-bacterianas, eficazes contra bacts Gram – e +, fungos e mesmo vírus encapsulados.
NK-primeira defesa contra infecções virais e algumas bactérias intracelulares
• NK ativadas por IL-12 e TNF-alfa- produção de grandes quantidades de IFN-gama, importante no controle da infecção antes da ativação das cels T
Interferons-Inibição viral
• Infecção de cels. com virus induzem interferons, que interferem com a replicação viral
• Bloqueiam a disseminação para cels. não infectadas.
• interferon alfa e beta sintetizados por muitos tipos celulares diferentes.
InterferonsInibição
viral
Resposta imune contra as infecções
• Uma infecção inicial, uma vez estabelecida, geralmente leva a uma doença perceptível seguida por resposta imune adaptativa eficiente.
• Cura envolve a remoção das partículas extracelulares infecciosas e dos resíduos intracelulares da infecção.
• Em alguns casos, a infecção ou, raramente, a resposta a ela é causa de dano tecidual significante.
• Além da remoção dos agentes infecciosos, a resposta imune adaptativa pode evitar a re-infecção.
Imunidade adaptativa a infeccoes
• A imunidade adaptativa ocorre quando agentes infecciosos conseguem “escapar” dos mecanismos inatos de defesa, levando à indução da Resposta Imune.
• Torna-se efetiva somente após vários dias, tempo requerido para que linf. B e T proliferem e se diferenciem em cels. efetoras.
Imunidade adaptativa a infeccoes
• O primeiro passo na imunidade adaptativa é a ativação das cels T nos órgãos linfóides drenantes.
• Antígenos nos tecidos são levados para os órgãos linfóides regionais, onde ocorre apresentação aos Linf.T presentes, enquanto aqueles Ags que estão na corrente circulatória são capturadas pelas APC no baço e a sensibilização das cels. linfóides ocorre na sua polpa branca.
Imunidade adaptativa a infecções
A diferenciação dos linf. TCD4+
em cels efetoras é
influenciada pelas citocinas elicitadas pelos
patógenos
Mecanismo de defesa contra protozoários intracelulares
Th1 ativa os macrófagos, tornando-os altamente microbicidas
Os mecanismos efetores usados para eliminação do patógeno dependem do agente infeccioso
• Uma resposta adaptativa primária à infecção serve para eliminação da infecção primária e prover proteção contra re-infecção com o mesmo patógeno.
• Entretanto, alguns patógenos persistem por muito tempo, tais como Toxoplasma, Leishmania e herpes vírus.
Memória Imunológica
• Capacidade do organismo em responder, de forma mais rápida e efetiva, a patógenos encontrados previamente.
• Reflete a pré-existência de populações antígeno-específicas que apresentaram expansão clonal.
• A manutenção da memória imunológica, ainda não é completamente compreendida
Mecanismos de Escape dos Parasitas
Mecanismos de Evasão Imune
*Variação antigênica “Camuflagem” : Ags do hospedeiro
Imunossupressão Bloqueio da fusão do lisossoma
Latência Resistência aos Acs e complemento (clivagem
Liberação de antígenos de superfície
Inibição de Moléculas MHC classe I
Mecanismos de escape dos patógenos
• Variação antigênica- importante para patógenos extracelulares
1-Grande variabilidade de tipos antigênicos , por ex., 84 tipos de S. pneumoniae- diferem quanto à estrutura dos polissacarídeos de sua cápsula.
Mecanismos de escape dos patógenos
• Variação antigênica-
2- Influenza vírus-
Antigenic drift- mutações pontuais-escapam da neutralização dos Acs, .
Antigenic shift- troca de material genético entre virus diferentes ou relacionados, levando ao não reconhecimento dos anticorpos
Mecanismos de escape dos patógenos
• Variação antigênica-
3-Rearranjo no DNA do patógeno induzindo mudanças nos antígenos principais de superfície (VSG)
- Plasmodium
-Trypanosoma
Alguns vírus persistem in vivo, cessando a sua
replicação até o desaparecimento da RI
• Virus entram no estado de latência- não há replicação.
• Não causa doença, mas tampouco não há proteínas virais a serem detectadas pelos componentes da RI.
• Tais infecções latentes podem ser re-ativadas, resultando em doença recorrente.
Alguns patógenos resistem à destruição por mecanismos de defesa ou se utilizam destes para a
sua sobrevivênica
• Mycobacterium tuberculosis: Vive no macrófago, evitando a fusão dos fagossomos com os lisossomos, protegendo-se do efeito do conteúdo lisossomal.
• Listeria monocytogenes: escapa do fagossomo para o citoplasma, multiplica-se rapidamente, e espalha-se para cels. adjacentes, sem alcançar o meio extracelular.
• Toxoplasma gondii: geração de vesícula própria, isola-se da célula, não se funde com nenhuma outra vesícula. Permanece como invisível.
* Treponema pallidum: evita o reconhecimento dos Acs por se recobrir com proteínas próprias do hospedeiro.
Imunossupressão ou respostas imunes inapropriadas podem contribuir para a persistência
da doença
• Estafilococos produzem toxinas, que podem causar supressão da RI.
• Outros patógenos levam a uma imunossupressão transitória durante a fase aguda.
• Infecções oportunísticas - HIV
Hanseníase-imunossupressão da imunidade celular ou humoral, levando as duas formas da doença.
Hanseníase lepromatosa
Hanseníase tuberculoide
Respostas Imunes podem contribuir diretamente para a patogênese
• Hanseníase – Formação de granulomas• RSV (respiratory syncytial virus)- Indução de
broncoespasmo e aumento da secreção de muco.• Esquistossomose- Ativação excessiva de Th2 - RI
exacerbada levando à inflamação crônica, fibrose hepática e, eventualmente, a dano hepático e cirrose.