REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL · 2020. 9. 2. · para serem usadas indevidamente em equipamentos...
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INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIALMINISTÉRIO DA ECONOMIA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
INPI
CARTA PATENTE Nº BR 102016015635-1
O INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL concede a presente PATENTEDE INVENÇÃO, que outorga ao seu titular a propriedade da invenção caracterizada neste título, em todo oterritório nacional, garantindo os direitos dela decorrentes, previstos na legislação em vigor.
(21) Número do Depósito: BR 102016015635-1
(22) Data do Depósito: 04/07/2016
(43) Data da Publicação Nacional: 01/03/2017
(51) Classificação Internacional: G12B 9/02; G12B 17/08; H01M 2/02; E05G 1/00.
(54) Título: MÓDULO PARA ACOPLAMENTO E BLINDAGEM DE BATERIAS ESTACIONÁRIAS
(73) Titular: ANDRÉ LUIZ LIMA AMORIM, Outras ocupações não especificadas anteriormente. CGC/CPF:65565738172. Endereço: RUA JOSÉ GUILHERME NEFFA, Nº 110 - APT 307, JARDIM CAMBURI,VITÓRIA, ES, BRASIL(BR), 29092-070, Brasileira; ENIO CARLOS PRUDENTE, Outras ocupações nãoespecificadas anteriormente. CGC/CPF: 00038051745. Endereço: AV. VICKINGS, Nº 14, CIDADECONTINENTAL - SETOR EUROPA, SERRA, ES, BRASIL(BR), 29163-516, Brasileira
(72) Inventor: ANDRÉ LUIZ LIMA AMORIM; ENIO CARLOS PRUDENTE.
Prazo de Validade: 20 (vinte) anos contados a partir de 04/07/2016, observadas as condições legais
Expedida em: 16/06/2020
Assinado digitalmente por:Liane Elizabeth Caldeira Lage
Diretora de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados
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“MÓDULO PARA ACOPLAMENTO E BLINDAGEM DE BATERIAS ESTACIONÁRIAS”
[1] A presente invenção refere-se a um módulo para acoplamento e blindagem
de baterias estacionárias, além do processo de instalação e descarte do mesmo. Mais
especificamente, trata-se da transformação de quatro baterias em um módulo único
blindado (transformando em bloco sólido único de divisão impossível sem dano às
mesmas) antifurto para baterias estacionárias instaladas em estações remotas de
telefonia móvel e fixa centrais de controle de ferrovias, estações de iluminação pública
com sistemas de geração fotovoltaico, centrais de telecomandos e outros fins possíveis
de aplicação.
[2] A bateria estacionária, também conhecida como bateria de ciclo profundo,
é uma bateria construída de forma semelhante à bateria automotiva, mas com maior
capacidade de descarga. Quase sempre são do tipo chumbo-ácido, onde o chumbo tem
um maior nível de pureza (até 95%) e suas placas de cobre e zinco são maiores. São
comumente utilizadas em estações de empresas de telecomunicação, alarmes, energia
solar, centrais de comandos de ferrovias e iluminação de rodovias. Possui filtros e dutos
do tipo suspiros para encaminhamento de gases a evitar emissão de vapor da solução
ácida dentro dos compartimentos onde foram aplicados, sendo mais segura para o uso
em ambientes internos.
[3] As baterias estacionárias são normalmente utilizadas por operadoras de
telefonia celular, estações de controle de ferrovias, estações de iluminação pública com
sistemas de geração fotovoltaico, centrais de telecomandos e outros fins possíveis de
aplicação, para alimentarem torres de transmissão de dados e internet, a fim de mantê-
las sempre em funcionamento, principalmente durante eventuais quedas de energia na
região onde se encontram, o que permite manter os serviços de comunicação.
[4] Entretanto, é cada vez mais comum a ocorrência de roubos dessas baterias
para serem usadas indevidamente em equipamentos de som automotivo, no intuito de
aumentar a autonomia dos mesmos, e também como armazenadores de carga em
equipamentos geradores de energia alternativa, tais como energia solar ou eólica.
[5] Na tentativa de resolverem tal problema, diversas empresas de telefonia
têm instalado muros de contenção ou utilizado cadeados, fechaduras eletrônicas, grades,
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cofres, mas sem sucesso, já que as baterias continuam sendo furtadas, comprometendo,
assim, os sinais de celular e de internet e telecomandos, e causando prejuízos aos
consumidores e às próprias operadoras.
[6] A presente invenção, portanto, foi concebida para evitar as ocorrências de
roubos e furtos dessas baterias estacionárias. O objetivo do módulo é a transformação
de quatro baterias em um módulo único blindado antifurto, onde todas são cobertas e
unidas por material polimérico apropriado, fazendo com que seja inviável transportar o
módulo inteiro devido ao seu elevado peso, ou então separar as baterias sem danificá-las
e inutiliza-las permanentemente, inibindo, dessa forma, futuras tentativas de roubo.
[7] Também é intuito do presente invento conferir identidade e alterar as
características que tornam as baterias atrativas ao furto, além de minimizar o risco de
vazamento do gel, liquido ou gás ácido no local ou habitáculos onde forem instaladas.
Adicionalmente, o módulo possibilita a instalação de um rastreador ao seu corpo, a fim
de localizá-lo em caso de improvável sucesso no caso de subtração do mesmo.
[8] Para melhor compreensão do presente invento, faz-se referência às
seguintes figuras anexas:
FIGURA 01: vista em perspectiva frontal do módulo.
FIGURA 02: vista em perspectiva posterior do módulo.
FIGURA 03: vista superior do módulo.
FIGURA 04: vista frontal do módulo.
FIGURA 05: vista posterior do módulo.
FIGURA 06: vista lateral direita do módulo.
FIGURA 07: vista lateral esquerda do módulo.
FIGURA 08: vista em perspectiva e em transparência do módulo, para fins de
demonstração da configuração espacial de seus componentes internos.
FIGURA 09: vista superior em transparência do módulo, para fins de demonstração da
configuração espacial de seus componentes internos.
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FIGURA 10: vista frontal em transparência do módulo, para fins de demonstração da
configuração espacial de seus componentes internos.
[9] De acordo com as figuras apresentadas, o “MÓDULO PARA ACOPLAMENTO
E BLINDAGEM DE BATERIAS ESTACIONÁRIAS” é compreendido basicamente por:
invólucro externo/agente de contenção (1); material polimérico (2); e, baterias
estacionárias (3).
[10] O invólucro externo/agente de contenção (1) é compreendido por porção
sobressalente localizada em sua parte frontal superior (1.1) e dois recortes retangulares
(1.2) localizados ao longo da aresta posterior e superior do módulo. É fabricado em
plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV), constituído em manta, tecido ou fio; e
laminado com resina de poliéster dos tipos ortoftálica, isoftálica, éster vinílica,
bisfenólica.
[11] O módulo pode ser confeccionado em diferentes tamanhos e/ou formatos,
a fim de contemplar a necessidade de blindar diferentes quantidades de baterias ou
modelos (3). Tais baterias (3) podem ser dispostas lado a lado no interior do módulo,
bem como sobrepostas, dependendo do tipo de baterias a serem utilizadas, e podendo,
ainda apresentarem ligação serial ou paralela, dependendo da aplicação final desejada.
[12] O material polimérico (2) preenche todo o espaço interno do módulo em
torno das baterias (3), sendo sua composição resultante da mistura de 2/3 de resina
ortoftálica 4060 e 1/3 de polímero adesivo epóxi bi-componente colorido, que, por sua
vez, é composto por 98,15% de aditivo polimérico SW3716, 1,5% de catalisador (MCP),
0,1% de dióxido de titânio e 0,25% de corante industrial em pó; sendo o tempo de cura
ou secagem do material polimérico (2) entre uma e quatro horas.
[13] A função do material polimérico (2) é unificar todo o sistema do módulo e
impossibilitar a identificação das baterias (3), bem como a separação das mesmas. Ou
seja, após a secagem do material polimérico (2) as baterias (3) passam a ficar
completamente blindadas e associadas de forma definitiva ao módulo, resultando, assim,
em um conjunto unitário indivisível e irreversível tecnicamente, já que a tentativa de
separação causaria a completa e definitiva inutilização das baterias (3).
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[14] O material polimérico (2) também contribui para o aumento do peso final
do módulo, que possuirá uma média de 140 (cento e quarenta) quilogramas,
dependendo do tipo e quantidade de baterias utilizadas. Portanto, o presente invento
deverá ser utilizado em locais onde a vulnerabilidade de furto for iminente, a fim de
dificultar a ação e promover o desinteresse do furto, seja pela aparência e danos
causados às baterias (3) na tentativa de desfazer o módulo, ou pela dificuldade de
transporte do mesmo devido ao seu peso elevado.
[15] O procedimento de acoplamento, blindagem e envasamento dos módulos
deve ser realizado por empresa especializada e licenciada para o serviço, que também
deverá ser responsável por transportar e instalar os módulos nas estações de telefonia
por meio de equipamentos adequados e profissionais devidamente treinados e
capacitados.
[16] A empresa responsável pela instalação dos módulos também deverá
realizar a manutenção e o controle de validade dos mesmos. Assim, ao final da vida útil
de cada módulo em logística reversa, este deverá ser recolhido e desmontado, a fim de
promover o correto descarte dos diversos materiais e componentes utilizados, dando-
lhes uma destinação final adequada e ecologicamente correta.
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REIVINDICAÇÃO
1 - MÓDULO PARA ACOPLAMENTO E BLINDAGEM DE BATERIAS ESTACIONÁRIAS,
caracterizado por compreender: invólucro externo/agente de contenção de material
polimérico (1), material polimérico (2) e baterias estacionárias (3); dito invólucro
externo/agente de contenção (1) apresentando porção sobressalente localizada em sua
parte frontal superior (1.1) e dois recortes retangulares (1.2) localizados ao longo da
aresta posterior, sendo fabricado em plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV),
constituído em manta, tecido ou fio, e laminado com resina de poliéster dos tipos
ortoftálica, isoftálica, éster vinílica, bisfenólica ou epóxi; ditas baterias (3) dispostas lado
a lado ou sobrepostas no interior do módulo, e conectadas entre si por meio de ligação
serial ou paralela; dito material polimérico (2) preenchendo todo o espaço interno do
módulo em torno das baterias (3), sendo sua composição resultante da mistura de 2/3
de resina ortoftálica 4060 e 1/3 de polímero adesivo epóxi bi-componente colorido, que
por sua vez é composto por 98,15% de aditivo polimérico SW3716, 1,5% de catalisador
(MCP), 0,1% de dióxido de titânio e 0,25% de corante industrial em pó; sendo o tempo
de cura ou secagem do material polimérico (2) entre uma e quatro horas.
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FIG. 01
FIG. 02
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1.2
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FIG. 03
FIG. 04 FIG. 05
FIG. 06 FIG. 07
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1.21.2
1
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1
1
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FIG. 08
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FIG. 09
FIG. 10
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1
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3
3
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