Renascimento

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Virgem em majestade

Painel Central do Retábulo de Colonna, Rafael, cerca de

1504, Florença.

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Mona Lisa,

Leonardo da Vinci,

1502, Florença.

monalisa

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Estudo anatômico de Leonardo da Vinci, 1510.

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RENASCIMENTO OU

CLASSICISMO

(séc. XVI)

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-universalismo (ex.: não o amor, mas

o Amor)

-clareza, racionalismo

-equilíbrio, contenção lírica

-valorização da cultura clássica

-antropocentrismo

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1527- 1580

− mescla da medida velha com a medida nova (o

“dolce still nuovo”)

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1. Medieval (medida velha)

-versos redondilhos

2. Clássica (medida nova):

a) versos decassílabos

b) novos tipos de composição:

-soneto

-oitava: estrofe de Os Lusíadas

Medieval

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Poesia

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Soneto

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Luís Vaz de CAMÕES

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LUÍS VAZ DE CAMÕES (biografia incerta)

a) RIMAS (1595, poesia lírica)

-3 fases:

1ª) redondilhas; mulher mais próxima

concepção platônica2ª) sonetos clássicos;

Luiz Vaz de Camões

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Transforma-se o amador na coisa amada,

Por virtude do muito imaginar;

Não tenho logo mais que desejar,

Pois em mim tenho a parte desejada.

Se nela está minha alma transformada,

Que mais deseja o corpo de alcançar?

Em si somente pode descansar,

Pois consigo tal alma está liada.

Mas esta linda e pura semideia,

Que, como o acidente em seu sujeito,

Assim como a alma minha se conforma,

Está no pensamento como ideia;

O vivo e puro amor de que sou feito,

Como a matéria simples busca a forma.

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3ª) sonetos de antecipação barroca;

Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos

A diversas vontades! Quando lerdes

Num breve livro casos tão diversos

Verdades puras são, e não defeitos.

E sabei que, segundo o amor tiverdes,

Tereis o entendimento de meus versos!

pessimismo, conflito manifesto com antíteses

(expressa oposição), paradoxos (expressa

contradição) e oxímoros (contradições sintéticas) –

Maneirismo

-temas: Amor, religiosidade, mulher, reflexões

filosóficas, transitoriedade, amargura...

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Tanto de meu estado me acho incerto,

Que em vivo ardor tremendo estou de frio;

Sem causa, juntamente choro e rio,

O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;

Da alma um fogo me sai, da vista um rio;

Agora espero, agora desconfio,

Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando,

Numa hora acho mil anos, e é de jeito

Que em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém porque assi ando,

Respondo que não sei; porém suspeito

Que só porque vos vi, minha Senhora.

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Macaurafabebum.blogspot.com

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Busque Amor novas artes, novo engenho,

Para matar-me, e novas esquivanças;

Que não pode tirar-me as esperanças,

Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!

Vede que perigosas seguranças!

Que não temo contrastes nem mudanças,

Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto

Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como, e dói não sei por quê.

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b) OS LUSÍADAS (1572, poesia épica)

-5 Partes (Modelo de A Eneida)

Os Lusíadas

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(Modelo de

A Eneida) -Proposição (cheia de ufanismo, nacionalismo)

5 partes

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Luís Vaz de Camões

imortal

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(Modelo de

A Eneida) -Proposição (cheia de ufanismo, nacionalismo)

-Invocação às Tágides (musas do rio Tejo)

5 partes

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(Modelo de

A Eneida) -Proposição (cheia de ufanismo, nacionalismo)

-Invocação às Tágides (musas do rio Tejo)

-Dedicatória a D. Sebastião

5 partes

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Em 1578 invadiu

Alcácer-Quibir

com 17.000

soldados

X

40.000 árabes

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D. Sebastião

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Sem herdeiros ao

trono, Portugal foi

anexado à

Espanha.

Mito do

sebastianismo:

D. Sebastião estaria

vivo e voltaria para

resgatar a glória

lusitana.

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-Narração: a história de Portugal e a viagem às

Índias (feita por Vasco da Gama ao rei de

Melinde)

(Modelo de

A Eneida) -Proposição (cheia de ufanismo, nacionalismo)

-Invocação às Tágides (musas do rio Tejo)

-Dedicatória a D. Sebastião

5 partes

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Vasco da Gama sobre Calicute

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-Narração: a história de Portugal e a viagem às

Índias

(Modelo de

A Eneida) -Proposição (cheia de ufanismo, nacionalismo)

-Invocação às Tágides (musas do rio Tejo)

-Dedicatória a D. Sebastião

-Epílogo (cheio de desencanto, pessimismo)

5 partes

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b) OS LUSÍADAS (1572, poesia épica)

-5 Partes (Modelo de A Eneida)

Os Lusíadas

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-Narração: a história de Portugal e a viagem às

Índias

(Modelo de

A Eneida) -Proposição (cheia de ufanismo, nacionalismo)

-Invocação às Tágides (musas do rio Tejo)

-Dedicatória a D. Sebastião

-Epílogo (cheio de desencanto, pessimismo)

5 partes

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"Concílio dos deuses"

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"Concílio dos deuses"

"Inês de Castro"

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1345: rei D. Afonso IV; príncipe D. Pedro casado

com Constança.

Amante de Pedro: Inês;

Constança falece.

1355: Pedro casa-se às escondidas

D. Afonso manda executar Inês

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1357: rei D. Pedro I

1361: D. Pedro exuma Inês

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Estátua de Camões,

em ViseuEstátua de Camões na

Biblioteca Municipal Mário

de Andrade, São Paulo

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Fonte dos amores de Inês - Coimbra

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Rio Mondego, Coimbra

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Relicário no Mosteiro de Alcobaça

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"Concílio dos deuses"

"Inês de Castro"

"Velho do Restelo"

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O Velho do Restelo

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Cabo das Tormentasrafabebum.blogspot.com

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"Concílio dos deuses"

"Inês de Castro"

"Velho do Restelo"

"Gigante Adamastor"

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Eu sou aquele oculto e grande Cabo

A quem chamais vós outros Tormentório,

Que nunca a Ptolomeu, Pompônio, Estrabo,

Plínio e quantos passaram fui notório.

Aqui toda a africana costa acabo

Neste meu nunca visto promontório,

Que pera o Polo Antártico se estende,

A quem vossa ousadia tanto ofende.

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Adamastor,

filho da Terra,

titã que se opôs

a Júpiter, era

apaixonado por

Tétis, ninfa

Adamastor horrendo

X

Tétis belíssima Adamastor foi castigado e

transformado no Cabo das

Tormentas

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"Concílio dos deuses"

"Inês de Castro"

"Velho do Restelo"

"Gigante Adamastor"

"Ilha dos Amores"

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Ninfas para premiar o

feito glorioso dos

marinheiros

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Monumento aos descobrimentos, Lisboa

Monumento Lisboa

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−divisão em 10 cantos*

* canto (na epopeia) = capítulo (no romance)

−estrofação em oitava-rima (1.102 estrofes);

−mitologia: VÊNUS (+ Marte) X Baco (+ Netuno)

No mar tanta tormenta e tanto dano, A

Tantas vezes a morte apercebida: B

Na terra, tanta guerra e tanto engano, A

Tanta necessidade aborrecida! B

Onde pode acolher-se o fraco humano, A

Onde terá segura a curta vida, B

Que não se arme e se indigne o céu sereno C

Contra um bicho da terra tão pequeno? C

versos decassílabos (8.816)

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Túmulo de Camõesrafabebum.blogspot.com

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Mosteiro dos Jerônimos, Lisboa

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Túmulo de

Fernando Pessoa,

no mesmo

Mosteiro dos

Jerônimos, Lisboa

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b) OS LUSÍADAS (1572, poesia épica)

-5 Partes (Modelo de A Eneida)

-caráter de modernidade da viagem de Vasco da Gama:

o ser humano vencendo seus limites

-heróis: povo português (principal) e Vasco da Gama

-fontes históricas: crônicas humanísticas

Os Lusíadas

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"Concílio dos deuses"

"Inês de Castro"

"Velho do Restelo"

"Gigante Adamastor"

"Ilha dos Amores"

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