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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL DEPARTAMENTO DE SOLOS
RELATÓRIO TÉCNICO DO PROJETO
Caracterização e Testes de Combustão de Carvões Brasileiros Aplicados à Geração Termelétrica
ÁREA TEMÁTICA - Meio Ambiente aplicado ao carvão
SUBPROJETO -GRUPO 21 – Programa de Pós-Graduação em
Agronomia - UFPEL
Recuperação da qualidade de solos construídos da área de
mineração de carvão de Candiota – RS, da Companhia Riograndense
de Mineração – CRM, através de plantas de cobertura
COORDENADOR
Prof. Eloy Antonio Pauletto Dr., DS/ FAEM - UFPel.
Pelotas, dezembro de 2009
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EQUIPE Coordenador: Prof. Eloy Antonio Pauletto Colaboradores: Docentes Prof. Luiz Fernando Spinelli Pinto Dr., DS/ FAEM-UFPel Profa Flavia Fontana Fernandes, Dra., DS/ FAEM-UFPel Prof. Danilo Dufech Castilhos, Dr., DS/ FAEM - UFPel Profa Claudia Liane Rodrigues de Lima, Dra., DS/ FAEM-UFPel Prof. Ledemar Carlos Vahl, Dr., DS/ FAEM-UFPel Profa Rosa Maria Vargas Castilhos, Dr., DS/ FAEM - UFPel Prof. Luis Eduardo Akiyoshi Sanches Suzuki, Dr., DS/ FAEM - UFPel Profa. Ana Claudia Rodrigues de Lima, Dra., DS/ FAEM-UFPel Prof. Luiz Carlos Timm, Dr., DER/ FAEM - UFPel Alunos de Pós-Graduação: Otávio dos Anjos Leal – PPGA-UFPel Lizete Stumpf - PPGA-UFPel Manoel Ribeiro Holanda Neto - PPGA-UFPel Ezequiel Cesar Carvalho Miola - PPGA-UFPel Alunos de Graduação: Thiago Rech da Silva - Agronomia – BIC-FAPERGS Letiane Helwig Penning – BIC-FAPERGS Wildon Panziera - Agronomia - PIBIC-CNpq Márcio Renato Nunes - Agronomia - PIBIC-CNPq Elisa Souza Lemes - PIBIC-CNPq Gabriela Gerhardt da Rosa – Agronomia Douglas Bergmann da Rosa – Agronomia
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1. INTRODUÇÃO
A demanda pelo uso do carvão mineral como fonte de energia no Brasil é
uma das principais preocupações da sociedade, já que corresponde a
aproximadamente cerca de 2/3 dos recursos energéticos não renováveis do país
(Sánchez & Formoso, 1990). Entretanto, o consumo de carvão para gerar energia
elétrica tem um custo ambiental relacionado a alterações da paisagem, da
cobertura vegetal e fauna, limitação das funções do solo construído no
ecossistema modificado (novo ecossistema), bem como da qualidade dos
mananciais hídricos associados, e mesmo do ar.
A produção anual da jazida de Candiota – RS oscila ao redor de 1,7 milhões
de toneladas de carvão, utilizadas quase que integralmente para abastecer a
Usina Termelétrica Presidente Médici. Após a implantação da Fase C da referida
usina, esta produção deverá ser duplicada (CRM, 2009).
O aumento da demanda de matéria prima resultará imperiosamente na
ampliação da área minerada, o que pode representar impactos ambientais mais
intensos, intensificando a preocupação com o tema, apesar da recuperação
destas áreas ser invariavelmente realizada em conformidade com a legislação
ambiental.
O melhor caminho para a reversão desse quadro deve passar, em
primeiro lugar, por medidas preventivas durante o processo de lavra e de
recomposição da paisagem, tentando minimizar ao máximo possível a
compactação do solo e a mistura de material pirítico. Após a recomposição da
topografia e construção do solo, pelo: (a) controle imediato da erosão através de
práticas mecânicas e vegetativas; (b) correção química do solo via adubação e
calagem; (c) aporte de biomassa vegetal e/ou de resíduos orgânicos.
Para tanto, o rápido estabelecimento da vegetação e a manutenção da
cobertura do solo ao longo do tempo são essenciais neste processo. Essas
medidas têm como principal objetivo proporcionar condições para o pleno
desenvolvimento da vegetação, cujo papel está relacionado com o controle do
processo erosivo, que diminuiria os problemas de oxidação da pirita, por um lado;
4
e pelo aporte de biomassa, importante para a recuperação da qualidade estrutural
do solo e o restabelecimento do ecossistema.
2. RESUMO DO PROJETO
O Sistema Solo deve ser capaz de exercer suas funções na natureza,
caracterizadas pela habilidade em funcionar como um meio para o crescimento
das plantas, regular e compartimentalizar o fluxo de água no ambiente, estocar e
promover a ciclagem de elementos na biosfera e servir como um tampão
ambiental na formação, atenuação e degradação de compostos prejudiciais ao
ambiente (Larson & Pierce, 1994; Karlen et al., 1997). Quando se desorganiza, este
desempenho fica comprometido, dizendo-se que o ambiente se degradou.
A recuperação da área minerada depende do retorno da organização do
sistema. Para o estabelecimento, crescimento e a manutenção da vegetação é
necessário reduzir as limitações físicas e químicas a níveis aceitáveis. Se não
houver vegetação suficiente, o processo de degradação se intensifica e dificulta o
estabelecimento da cobertura vegetal, retroalimentando o processo de
degradação.
A reorganização e a reestruturação dos solos construídos nas áreas de
mineração de carvão depende do restabelecimento do ciclo da matéria orgânica,
que só irá ocorrer após a sucessão de vários ciclos de crescimento das plantas ao
longo do tempo. Assim como o solo original teve sua gênese resultante da ação
de agentes e fatores de formação, inicia-se um novo processo genético do solo
construído, base para a reorganização do ecossistema.
A partir de 2003/2004 foi instalado um conjunto de experimentos de
campo e laboratório fundamentados na correção da fertilidade química do solo
(calagem e adubação) e no uso de práticas vegetativas para controle da erosão e
para adição de matéria orgânica ao solo. No campo foram utilizadas espécies
anuais consorciadas com gramíneas perenes de hábito rasteiro caracterizadas
por um alto potencial de produção de fitomassa e cobertura do solo. Para o
controle da acidificação devido à pirita, instalaram-se um experimento a campo
com doses, fracionamento e modo de aplicação de calcário; e outro em
5
laboratório, de lixiviação em colunas com diferentes proporções de solo / estéril
contaminado e doses de calcário. Estes estão sendo monitorados em relação à
evolução dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo.
3. OBJETIVOS
Objetivo Geral
Avaliar o efeito de diferentes sistemas de vegetação sobre a recuperação das
funções no ecossistema de um solo construído em área de mineração de
carvão ao longo do tempo.
Objetivos Específicos
• Avaliar a evolução de atributos químicos, físicos e biológicos de um solo
construído em função das espécies de cobertura utilizadas;
• Determinar as espécies ou sucessão de espécies mais adequadas para a
vegetação das áreas de solos construídos;
• Determinar a dose e a forma de aplicação de calcário mais adequada para
a situação dos solos construídos, levando em conta o potencial de
acidificação devido à pirita.
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4. MATERIAL E MÉTODOS
Os experimentos de campo estão localizados na Mina de Carvão de
Candiota (Figura 1), da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), município
de Candiota, a 130km de Pelotas. O solo construído na área é composto por uma
camada superficial proveniente dos horizontes do solo original, com 15 a 80cm de
espessura, e outra subsuperficial constituída por uma mistura de saprolito e
rochas que recobrem as camadas aproveitáveis de carvão.
SN
SC2
242 244
6506
6504
Malha IVMalha VII
Malha II
240
Sede CRM Vila Candiota(CRM)
ÁreaRegeneradaantes 1999
A REA CETEM
Á REACETEM
EXPERIMENTOFAEM/UFPel-CNPq
Área em lavra
SC1
Acácia
Eucalipto
Gramineas
Gramineas
Gramineas
I
II
III
IV
V
VI
VII VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
0 1 2 km
236 246
6498
6506
Arroio Candiota
Arr oio Candiot a
Arroi o Poac á
BR293
Pelotas
Bagé
Aeroporto
Barragem
Usinas
Fábrica de cimento
Vila Candiota (CEEE)
Vila Candiota (CRM)
Sede CRM Termelétricas
Áreaminerada
Gramine
as
SC1: solo construído 1; SC2: solo construído 2; SN: solo natural da frente de mineração
Figura 1. Localização da área experimental na Mina de Carvão de Candiota.
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4.1. EXPERIMENTO 1 – Avaliação de sistemas de plantas de cobertura em solos construídos iniciado em 2003/2004
O experimento foi concebido segundo um delineamento experimental em
blocos ao acaso com parcelas subdivididas, com tratamentos adicionais (T7, T8,
T9 e T10) e quatro repetições (Figura 2). Nas parcelas de 20 m2 (4m x 5m) foram
definidos os seguintes tratamentos: T1 - Hemártria (Hemartria altíssima), T2 -
Tifton (Cynodon dactilum), T3 - Pensacola (Paspalum lourai), T4 - Hemártria +
Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi), T5 – Tifton + Amendoim Forrageiro, T6 -
Pensacola + Amendoim Forrageiro, T7 – Brachiaria brizantha; T9 - Pensacola
solteira; T10 - Amendoim Forrageiro solteiro. Nas subparcelas foram colocadas
Festuca, Maku (lótus) e a outra subparcela sem perene de inverno. Como estas
espécies não se estabeleceram satisfatoriamente, foi decidida uma substituição
destes tratamentos por alternativas de manejo da cobertura do solo, a saber: sem
manejo da cobertura, com roçada e com roçada e retirada da fitomassa. Como o
Amendoim Forrageiro não se perenizou, o tratamento T10 passou a representar
revegetação espontânea. Para efeitos de comparação existe o tratamento T8 -
Solo Natural, coletado em um local na frente de mineração (SN - Figura 1).
Embora o solo original não seja comparável ao solo construído, é mantido como
um tratamento adicional para fins de referência ou “testemunha”.
8
Hemartria
Hemartria +Amendoimforrageiro
Tifton
Tifton +Amendoimforrageiro
Pensacola
Pensacola +Amendoimforrageiro
0 5 20m10 15Pensacola
Revegetaçãoespontânea
Obs.: Na implantação, no verão em todos os tratamentos foi semeado capim sudão e Lab-lab e no inverno aveia preta
Braquiaria brizanta
Sem roçada
Roçada eretiradaSUBPARCELA
PAR
CELA
Terraço
ANTIGO 2003/2004
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R/R S/R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
Bb EsP
Bb
Bb
Es P
Es P
Bb EsP
EXPERIMENTO DE CALAGEM
BLOCO I BLOCO II
BLOCO III
BLOCO IV
ANTIGO 2003/2004
S/R R/R RoçadaR
Bb
Es
P
Figura 2. Localização da área experimental e delineamento do Experimento 1.
Figura 3. Operações de condução do experimento 1 durante o ano de 2009: (a)
roçada em subparcela em 28/agosto; Adubação de manutenção em 19/setembro.
(a) (b)
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4.2. EXPERIMENTO 2 – Doses de calcário em solos construídos na área de mineração de carvão de Candiota - RS
No experimento de campo, o delineamento empregado foi em blocos ao acaso
com arranjo fatorial de quatro doses de calcário equivalentes a 0,0 - 1,0 - 2,0 - 4,0 vezes a
dose recomendada, calculada pela acidez potencial, e três tipos de parcelamento de
aplicação: dose única, duas e três aplicações (na implantação e após, conforme a evolução
do pH), com reaplicação na superfície e incorporado, com três repetições, em um total de 16
tratamentos, em parcelas com 3 por 3 m (Figura 4 e Figura 5a).
A cobertura do solo foi feita com gramíneas perenes (Pensacola e Festuca), com
anuais de verão (Capim-sudão e Lab-lab) e de inverno (Aveia Preta) no primeiro ano, para
cobertura do solo e aporte inicial de matéria orgânica. Devido ao desenvolvimento
insatisfatório da Pensacola, foi semeado Capim de Rhodes em novembro de 2004. Como
nos experimentos de adaptação de espécies vegetais, a área está sendo periodicamente
roçada.
Para acompanhar a dinâmica da reação do calcário no solo, foram
realizadas análises e avaliações dos atributos químicos do solo, como pH em
água, cátions trocáveis (Ca, Mg, Na e K), acidez potencial e fósforo disponível ao
longo do tempo, conforme Embrapa (1997) e Tedesco (1995). Para tais análises
foram efetuadas coletas de solo antes e após a efetuação da calagem nas
seguintes datas: 10 de dezembro de 2003 (antes); 18 de março de 2004 (0 dia);
24 de agosto de 2004 (72 dias); 13 de janeiro de 2005 (231 dias); 30 de junho de
2005 (373 dias); 04 de janeiro de 2006 (729 dias); 10 de janeiro de 2007 (1122
dias); 12 de janeiro de 2008 (1467 dias) e 15 de janeiro de 2009 (1836 dias).
Com a finalidade de determinar o Potencial de Acidificação e o Potencial
de Neutralização do solo construído, efetuou-se analise de PA e PN do solo,
conforme O`SHAY, T. et. al.(1990) adaptado por PINTO (1997). A realização da
análise objetivou determinar o equivalente de CaCO3 remanescente no solo e
verificar a necessidade de reaplicação do calcário no mesmo. O PN foi
determinado aos 2, 4 e 5 anos após a aplicação do calcário. O PA foi realizado
10
antes da aplicação, na área como um todo, e após cinco anos de decorrência do
experimento, nas parcelas do mesmo.
1
5
9
13
T6
T1
T8
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 32 3 4 17 18 19 20 33 34 35 36
6 7 8 21 22 23 24 37 38 39 40
10 11 12 25 26 27 28 41 42 43 44
14 15 16 29 30 31 32 45 46 47 48
T4 T11 T2 T4 T7 T1 T15 T9 T12 T8 T14
T9 T16 T5 T12 T6 T2 T11 T15 T13 T3 T16
T12 T14 T7 T3 T16 T13 T14 T1 T6 T10 T5
T15 T13 T3 T10 T8 T10 T5 T9 T4 T2 T7 T11
T1 - Testemunha (0 t ha )-1
T2 - Uma aplicação (7,5 t ha )-1
T3 - Uma aplicação (15 t )ha-1
T4 - Uma aplicação (30 t )ha-1
T5 - Duas aplicações (3,75 + 3,75 t ) reaplicação superfícieha-1
T6 - Duas aplicações (3,75 + 3,75 t ) reaplicação incorporadoha-1
T7 - Duas aplicações (7,50 + 7,50 t ) reaplicação superfícieha-1
T8 - Duas aplicações (7,50 + 7,50 t ) reaplicação incorporadoha-1
T9 - Duas aplicações (15,0 + 15,0 t ) reaplicação superfícieha-1
T10 - Duas aplicações (15,0 + 15,0 t ) reaplicação incorporadoha-1
T11 - Três aplicações (2,5 + 2,5 + 2,5 t ) reaplicação superfícieha-1
T12 - Três aplicações (2,5 + 2,5 + 2,5 t ) reaplicação incorporadoha-1
T13 - Três aplicações (5,0 + 5,0 + 5,0 t ) reaplicação superfícieha-1
T14 - Três aplicações (5,0 + 5,0 + 5,0 t ) reaplicação incorporadoha-1
T15 - Três aplicações (10,0 + 10,0 + 10,0 t ) reaplicação superfícieha-1
T16 - Três aplicações (10,0 + 10, ha-10 + 10,0 t ) reaplicação incorporado
Figura 4. Delineamento do experimento de calagem.
Para o experimento de lixiviação em laboratório foram coletados o solo
construído e o material de estéril em áreas imediatamente adjacentes a área
experimental. As quantidades de calcário aplicadas foram equivalentes a 5730 e
15870 kg ha-1, respectivamente, admitindo 3000 Mg de solo/estéril por ha. Foram
utilizadas quatro diferentes proporções de solo/estéril, 0/100, 50/50, 75/25 e
100/0, com 4 doses de calcário, 0, ½, 1, 2 vezes a dose indicada pelo método
H+Al, totalizando 16 tratamentos; cada tratamento com 3 repetições, o que
resultou em 48 colunas de lixiviação. Adicionalmente, foram testados tratamentos
com proporções de 6,25 e 12,5% de estéril, também com 4 doses de calcário (0,
½, 1 e 2 doses), completando um total de 56 colunas de lixiviação (Figura 5b).
A lixiviação foi realizada em tubos de PVC de 100mm de diâmetro e 25cm de
altura. Nestas foi sendo periodicamente adicionado um volume de 333mL (45mm
de altura) de água destilada, adicionando-se um novo volume somente após a
passagem completa. As lixiviações iniciaram em 06 de janeiro de 2005 e
continuam sendo realizadas até o presente, com um intervalo médio de 9,4 dias,
em um total de 196 lixiviações até o momento. Em todos os lixiviados foram feitas
leituras de pH e condutividade elétrica.
11
Em todos os lixiviados foram medidos o pH e a condutividade elétrica e nos
lixiviados da 3ª, 6ª, 30ª, 44ª 56ª e 79ª, 100a, 140a e 162a lixiviações foram
realizadas análise de sulfato, Ca, Mg, Na, K, Si, Fe, Al, Mn, Zn, Cr e Ni.
Figura 5. (a) Vista geral do experimento 2 em setembro de 2009; (b) Colunas de
lixiviação em laboratório.
4.3. EXPERIMENTO 3 – Avaliação de sistemas de plantas de cobertura em solos construídos iniciado em 20073/2004 Com delineamento experimental semelhante ao experimento 1 (blocos ao
acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições, em parcelas de 20 m2)
foram definidos os tratamentos mostrados na Tabela 1, sendo 6 tratamentos de
gramíneas perenes multiplicadas por semente, combinados ou não com tifton e
hemártria em arranjo fatorial. Adicionalmente há três tratamentos compreendidos
por hemártria, tifton e revegetação espontânea (Figura 6).
Tabela 1. Tratamentos utilizados no experimento 3, com início no verão
2007/2008. Candiota – RS. Tratamento 4.3.1. Parcela Subparcela - consórcio
1 Cynodon dactylon cv Vaquero Tifton 85 Hemartria solteira 2 Braquiária brizanta Tifton 85 Hemartria solteira 3 Panicum maximum cv Tanzânia Tifton 85 Hemartria solteira 4 Braquiária humidícola comum Tifton 85 Hemartria solteira 5 Capim de Rhodes Tifton 85 Hemartria solteira 6 Paspalum notatum cv Gramas Batatais Tifton 85 Hemartria solteira 7a Controle Hemártria 7b Controle Tifton 85 7c Controle Revegetação espontânea
Anual associada a todas as parcelas e subparcelas: Aveia preta
(a) (b)
12
Braquiáriahumidícola Rhodes Tanzânia
A
0 5 20m10 15
Obs.: No inverno 2007 foi semeado aveia preta e ervilhaca
EXPERIMENTO DE CALAGEM
Ctr
T HTifton HemártriaSUBPARCELA
PAR
CEL
A
TerraçoBatataisVaquero
H
H
H
T
T
T
T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H T
H
Braquiáriabrizanta
BLOCO I BLOCO II
BLOCO III
BLOCO IV
Figura 6. Localização das áreas experimentais e croqui do Experimento 3.
Figura 7. Operações de condução do experimento 2 no ano de 2009. (a)
amostragem de solo para análise química, (b) Amostragem para análises físicas.
13
4.4. Determinações Analíticas - Solo
A amostragem de solo para fins de determinações físicas, químicas e
microbiológicas é descrita a seguir. Estas análises privilegiaram os experimentos
1 e 3 e foram realizadas principalmente no segundo semestre de 2009. Para o
experimento 2, as amostragens foram apenas e tão somente para determinação
de atributos químicos.
4.4.1. Avaliações Físicas do Solo
A coleta das amostras foi realizada nas parcelas que constituem os
tratamentos, em duas camadas (0,0 - 0,10 m e 0,10 - 0,20 m), com três
repetições. Para a determinação dos atributos físicos: umidade, densidade de
partículas, argila dispersa, distribuição das partículas por tamanho, estabilidade
de agregados em água, diâmetro médio ponderado e teor de carbono orgânico,
foram coletadas amostras deformadas com auxílio de enxada e pá de corte, e
para a determinação dos atributos físicos: densidade do solo, porosidade total,
macro/microporosidade, curva de retenção de água e água disponível do solo
foram coletadas amostras indeformadas.
As amostras deformadas de solo foram colocadas em sacos plásticos,
que foram fechados e devidamente identificados. As amostras indeformadas
foram coletadas pelo Método do Macaco Hidráulico com o uso de cilindros de inox
(Pauletto, 1997).
Em seguida, as amostras foram levadas para Laboratório de Análises
Físicas do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel –
FAEM e armazenadas em locais adequados para posterior uso.
Para as determinações da distribuição de agregados estáveis em água
em diferentes classes de tamanho e do diâmetro médio ponderado (DMP) e
diâmetro médio geométrico foram utilizadas as amostras de solo que foram
passadas em peneiras de malha de 9,52 mm, com base no peneiramento úmido,
seguindo o princípio do método descrito por Kemper & Rosenau (1986), que
utiliza o aparelho de oscilação vertical de Yoder (1936), conforme descrito por
Palmeira et al. (1999).
14
As que foram passadas na peneira de malha de 2,00 mm foram usadas
para as determinações de: umidade gravimétrica, densidade de partículas,
distribuição das partículas de solo por tamanho, argila dispersa em água e
carbono orgânico.
Para a determinação da distribuição das partículas do solo por tamanho e
argila dispersa em água (sem dispersante) foram determinadas pelo método da
pipeta descrito por Gee et Bauder (1986).
O método do anel volumétrico segundo Embrapa (1997) foi empregado
para a determinação da densidade do solo (Ds), bem como a tomografia
computadorizada, utilizando-se um minitomógrafo instalado no Laboratório de
Tomografia de Solos da FAEM / UFPEL. Já para a determinação da porosidade
total (Pt), macroporosidade (Ma) e microporosidade (Mi) pelo método da mesa de
tensão (Embrapa, 1997) foram utilizadas as mesmas amostras coletadas nos
anéis volumétricos e usadas para a determinação da densidade do solo. A
microporosidade (Mi) foi calculada através da diferença entre os valores da
porosidade total (Pt) emacroporosidade (Ma). Para a avaliação da resistência à
penetração do solo foi utilizado o penetrômetro de impacto modelo
IAA/Planalsucar – Stolf, segundo método descrito por Stolf et al. (1983).
A determinação da curva de retenção de água e da água disponível foi
baseada as câmaras de pressão de Richards para altas tensões (0,033; 0,1; 0,3 e
1,5 MPa) e a mesa de tensão para as tensões menores (0,001 e 0,006 MPa),
segundo metodologia descrita por Pauletto (1997). Os dados da relação umidade
volumétrica e potencial mátrico foram ajustados pelo programa computacional Soil
Water Retention Curve – SWRC ou CURVARET de Dourado Neto et al. (1995),
que utiliza o modelo de Genuchten (1980). A determinação da água disponível
relativa, considerando como limites de umidade a quantidade de água retida nas
tensões de 0,1 MPa (CC) e 1,5 MPa (PMP) após o ajuste das curvas ao modelo
de Genutchen (1980). A determinação da velocidade de infiltração de água no
solo foi baseada no método dos cilindros concêntricos, descrito por BROWER
(1986).
15
4.4.2. Avaliações Químicas e microbiológicas do Solo
A coleta de amostras de solo para fins de avaliação da fertilidade e
estudos da matéria orgânica foi realizada entre setembro e outubro de 2009. Para
a determinação química usou-se um trado calador, nas profundidades de 0-15 cm
e composta de 5 sub-amostras por parcela, seco em estufa a 60 ºC e utilizado
para as análises químicas.
Parte das amostras coletadas em setembro de 2009 pra fins de estudos
de matéria orgânica e microbiologia foram passadas em peneira de 2 mm,
acondicionadas em sacos de polietileno e congeladas a -18ºC. Outra porção (0-3
cm) foi mantida sob refrigeração (± 4ºC) para avaliação em lupa e o restante foi
seco ao ar para as determinações químicas previstas para 2010 e, portanto, não
descritas neste relatório. Estas amostras estão sendo preparadas para que as
análises relacionadas a projetos de dissertação e doutorado a serem concluídas
nos próximos anos.
4.4.3. Análises químicas do solo
As análises foram conduzidas nos Laboratórios do Departamento de
Solos da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de
Pelotas localizado no município de Capão do Leão - RS.
Para as determinações de pH em água (1:1), potássio, fósforo, sódio,
cálcio e magnésio utilizaram-se métodos descritos para análise de rotina em
Tedesco et al. (1995). Os teores de carbono orgânico total foram determinados
pelo método Walkley – Black e o nitrogênio total, pelo método Semi-micro-
Kjeldahl, ambos modificados e descritos em Tedesco et al. (1995), contudo, para
o carbono orgânico total, o aquecimento com Bico de Bunsen foi substituído por
uso de estufa a 100ºC.
4.4.4. Avaliações Microbiológicas do Solo
A biomassa microbiana do solo foi determinada pelo método descrito por
Vance, Brookes, e Jenkinson (1987), porém usando-se forno de microondas
(2.450 MHz, Panasonic®, Modelo EM 9003B) por quatro minutos para eliminar os
16
microrganismos. Este procedimento (irradiação - extração) foi sugerido em um
estudo preliminar realizado por Ferreira, Camargo e Vidor (1999). Amostras
equivalentes a 40g de solo seco foram retiradas de cada tratamento, em
duplicata. Um grupo destas amostras, sem tratamento de irradiação foi colocado
em frascos "snap-cap" de 100 mL contendo 50mL de solução K2SO4 0,5mol L-1. O
outro grupo, destinado a irradiação da microbiota, foi colocado em placas de Petri
esterilizadas e irradiadas por quatro minutos (2 x 2 min). Após, estas amostras
foram transferidas para frascos "snap-cap" contendo a mesma solução K2SO4 0,5mol L-1 anterior. Todas as amostras foram agitadas por trinta minutos em
agitador horizontal com 60 oscilações por minuto. Após a decantação, pipetou-se
o sobrenadante para outro frasco. Da solução pipetada foi retirada uma alíquota
de 25mL para a determinação do carbono microbiano e outra de 5mL para a
determinação de nitrogênio microbiano.
O carbono presente na biomassa microbiana (CM) foi determinado pelo
método Walkley - Black e o nitrogênio (NM), pelo método semimicro-Kjeldahl,
conforme Tedesco et al. (1995).
A respiração basal do solo foi determinada pela quantificação do dióxido
de carbono (CO2) liberado no processo de respiração microbiana, durante um
período de incubação de 63 dias, conforme método proposto por Stotzky (1965).
Amostras de solo equivalentes a 100g em base de solo seco foram retiradas de
cada tratamento e acondicionados em frascos de vidro com capacidade de 0,8L
hermeticamente fechados. Cada frasco recebeu um copo de polietileno de 50mL
contendo 20mL de NaOH 1mol L-1 para captar o CO2 liberado pela microbiota do
solo. O CO2 foi determinado aos 13, 41 e 63 dias. Para isso adicionou-se 5mL de
uma solução de BaCl2 (25%) e 3 gotas de fenolftaleína (1%) em cada copo,
titulou-se o excesso de NaOH com uma solução de HCl 1mol L-1 padronizada.
Após cada determinação, a solução de NaOH foi trocada por solução
recém preparada. Como prova em branco, necessária a esta análise, foram
instalados dois frascos contendo apenas a solução de NaOH.
O quociente metabólico (qCO2) foi calculado pela razão entre a respiração
basal e o carbono da biomassa microbiana (PIRT, 1975; ANDERSON; DOMSCH,
17
1978). A relação CM/COT expressa em porcentagem, foi obtida pela razão entre
o carbono da biomassa microbiana e o carbono orgânico total do solo.
A relação NM/NT expressa em porcentagem, foi obtida pela razão entre o
nitrogênio da biomassa microbiana e o nitrogênio total do solo.
A relação CM/NM foi obtida pela razão entre o carbono da biomassa
microbiana e o nitrogênio da biomassa microbiana. Segundo a equação:
solokgNmicmgsolokgCmicmg
NMCM 1
1
/−
−
= (1)
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as
médias comparadas pelo teste Duncan a 5% de significância, utilizando o
programa Winstat - Sistema de Análise Estatística para Windows, desenvolvido
pelo Núcleo de Informática da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Esta
análise ainda não foi concluída, haja visto que algumas determinações ainda
estão em processo de determinação.
4.5. Determinações Analíticas - Plantas
A avaliação de matéria seca produzida pelas espécies vegetais é
realizada duas vezes por ano, no período da floração. Coletam-se a parte aérea
das plantas, com duas replicatas por parcela, usando um quadro de 0,25 m de
lado, extrapolando para um hectare. As amostras foram secas na estufa a 60oC
até peso constante.
18
5. RESULTADOS 5.1. EXPERIMENTO 1 – AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE PLANTAS DE
COBERTURA EM SOLOS CONSTRUÍDOS NA ÁREA DE MINERAÇÃO DE CARVÃO DE CANDIOTA – RS
Os dados parciais referentes à dissertação de Ezequiel Miola constam nas tabelas a seguir. Tabela 2. Granulometria, teores de carbono orgânico (CO) e densidade de
partículas (Dp) de um solo construído em área de mineração de carvão, cultivado com diferentes plantas de cobertura.
Tratamentos Argila Areia Silte MOS Dp g Kg-1 Mg m-3
T1 - Hemartria altissima 463.67 298.08 238.3 7.6 2.603T2 - Pensacola 474.21 291.88 233.9 7.69 2.631T3 – Tifton 469.65 283.81 246.8 8.16 2.611T4 - Brachiaria brizantha 452.55 289.66 257.7 7.78 2.604T6 - Solo natural** 227.2 483.6 289.1 19.57 2.58Média 417.46 329.41 253.16 10.16 2.6058CV (%) 0.2555 0.2621 0.0871 0.5182 0.007
T1- Hemártria; T2- Pensacola; T3- Grama tifton; T4- Braquiária brizantha e T5- Solo natural: Solo original sem ter sofrido o processo de construção. Tabela 3. Pressão de preconsolidação (σp), índice de compressibilidade (IC),
densidade crítica na pressão de preconsolidação (Dsσp) e umidade gravimétrica (Ug) de um solo construído em área de mineração de carvão cultivado com diferentes plantas de cobertura.
Tratamentos σp IC Dsσp Ug Kpa Mg m-3 Kg Kg-1
T1 - Hemartria altissima 83.86 0.31 1.4185 0.224T2 - Pensacola 119.75 0.31 1.515 0.226T3 – Tifton 130.5 0.33 1.4775 0.243T4 - Brachiaria brizantha 99.88 0.32 1.4275 0.23T6 - Solo natural** 180.29 0.32 1.5371 0.209Média 122.86 0.318 1.4751 0.2264CV (%) 0.2995 0.0263 0.0354 0.054
T1- Hemártria; T2- Pensacola; T3- Grama tifton; T4- Braquiária brizantha e T5- Solo natural: Solo original sem ter sofrido o processo de construção.
19
Tabela 4. Densidade do solo (Ds), porosidade total (Pt), macroporosidade (Ma) e microporosidade (Mi) de um solo construído em área de mineração de carvão cultivado com diferentes plantas de cobertura.
Tratamentos Ds Pt Ma Mi Mg m-3 m3 m-3
T1 - Hemartria altissima 1.375 0.4668 0.1393 0.3275T2 - Pensacola 1.459 0.4502 0.111 0.3392T3 – Tifton 1.44 0.4688 0.099 0.3698T4 - Brachiaria brizantha 1.386 0.4627 0.1223 0.3404T5 - Solo natural** 1.479 0.4173 0.0808 0.3365Média 1.4278 0.4532 0.1105 0.3427CV (%) 0.0319 0.047 0.2015 0.0466
T1- Hemártria; T2- Pensacola; T3- Grama tifton; T4- Braquiária brizantha e T5- Solo natural: Solo original sem ter sofrido o processo de construção.
20
Tabela 5. Potencial matricial (Ψ), Conteúdo de água volumétrico (θ) e Resistência mecânica do solo a compactação (RP) de um solo construído em área de mineração de carvão cultivado com diferentes plantas de cobertura.
Tratamentos Ψ (Mpa) θ (cm3 cm-3) RP (Mpa)
T1 - Hemartria altissima
0.001 0.4458 0.4827 0.003 0.3740 0.8796 0.006 0.3348 1.0477 0.01 0.3146 1.3849 0.033 0.2688 1.4959 0.1 0.2257 3.5495 1.5 0.2075 4.2082
T2 - Pensacola
0.001 0.4467 0.6781 0.003 0.3697 1.1931 0.006 0.3411 1.3939 0.01 0.3189 1.3560 0.033 0.2861 2.6133 0.1 0.2368 3.7613 1.5 0.2219 4.8914
T3 - Grama Tifton
0.001 0.4621 0.6237 0.003 0.4081 0.7977 0.006 0.3607 1.1193 0.01 0.3322 1.5798 0.033 0.2943 2.4417 0.1 0.2349 3.8115 1.5 0.2284 5.4004
T4 - Braquiária
0.001 0.4591 0.4416 0.003 0.3700 0.8772 0.006 0.3307 0.9679 0.01 0.3130 1.1022 0.033 0.2651 2.0128 0.1 0.2202 3.1426 1.5 0.1999 4.3847
T5 - Solo Natural
0.001 0.4165 1.0950 0.003 0.3682 1.2277 0.006 0.3140 1.9369 0.01 0.2973 1.8017 0.033 0.2531 2.2924 0.1 0.1934 3.0197 1.5 0.1609 3.6341
T1- Hemártria; T2- Pensacola; T3- Grama tifton; T4- Braquiária brizantha e T5- Solo natural: Solo original sem ter sofrido o processo de construção.
21
Tabela 6. Conteúdo de água volumétrico (θ), Umidade gravimétrica (Ug), Densidade do solo (Ds), e Resistência mecânica do solo a compactação (RP) de um solo construído em área de mineração de carvão cultivado com diferentes plantas de cobertura equilibrado a um potencial matricial de 0.001 MPa.
Tratamentos � (g.cm-3) Ug (g.g-1) DS (g.cm-3) RP (MPa) T1B1 0.4035 0.2935 1.3761 0.4485 T1B2 0.4381 0.3230 1.3569 0.5361 T1B3 0.4674 0.3713 1.2589 0.4386 T1B4 0.4742 0.3407 1.3916 0.5075 T2B1 0.4146 0.2787 1.4877 0.8362 T2B2 0.4494 0.3083 1.4576 0.6974 T2B3 0.4627 0.3541 1.3136 0.7162 T2B4 0.4602 0.3524 1.3057 0.4627 T3B1 0.4392 0.3230 1.3598 0.4183 T3B2 0.4709 0.3443 1.3757 0.9424 T3B3 0.4666 0.3384 1.3785 0.7949 T3B4 0.4716 0.3573 1.3214 0.3392 T4B1 0.4728 0.3991 1.1971 0.2985 T4B2 0.4754 0.3510 1.3695 0.6980 T4B3 0.4461 0.3562 1.2561 0.4180 T4B4 0.4421 0.3370 1.3176 0.3518
T5 0.4369 0.3229 1.3721 0.8685 T5 0.4236 0.2866 1.4785 1.0251 T5 0.3904 0.2766 1.4343 0.9162 T5 0.4149 0.2797 1.4877 1.5703
T1- Hemártria; T2- Pensacola; T3- Grama tifton; T4- Braquiária brizantha e T5- Solo natural: Solo original sem ter sofrido o processo de construção. B1, B2, B3 e B4 são os blocos do experimento.
22
5.2. EXPERIMENTO 2 – Doses de calcário em solos construídos na área de
mineração de carvão de Candiota – RS
5.2.1. Experimento de campo
Dos 4 para os 5 anos apenas o tratamento com 30 Mg ha-1 manteve o pH
acima de 7,0 e os tratamentos com 15 e 10 Mg ha-1 mantiveram-se próximos a 7,0
(Figura 8). Os demais tratamentos encontram-se com pH entre 6,26 e 6,61. A
testemunha continuou baixando seu pH atingindo 5,44. Dessa forma, a rigor, pelo
pH medido, não haveria necessidade de reaplicação de calcário em nenhum
tratamento após cinco anos da aplicação do mesmo.
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900
Dias após calagem
pH
0
2,5
3,75
5
7,5
10
15
30
Figura 8. Evolução do pH ao longo do tempo em função das doses de calcário.
O aumento da acidez potencial (H++Al3+)
(
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900
dias após calagem
H+A
l (cm
ol c kg
-1 )
0
2,5
3,755
7,5
10
15
30
Figura 9) ao longo dos anos é visível, pois há um aumento da concentração dos
cátions ácidos, Hidrogênio e Alumínio para todos os tratamentos. Este fato se
23
deve ao processo de acidificação natural do solo em função da lixiviação dos
cátions básicos, como pode ser visto nos dados da análise de Magnésio e Cálcio
trocável (Figura 10 e 11), e do aumento da matéria orgânica do solo e da
atividade biológica. Outra possibilidade é a acidificação em função da oxidação da
pirita presente nas áreas reconstruídas após a mineração de carvão, o que não
parece ocorrer de forma mais intensa.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900
dias após calagem
H+A
l (cm
ol c kg
-1 )
0
2,5
3,755
7,5
10
15
30
Figura 9. Evolução do H+Al ao longo do tempo em função das doses de calcário.
0,001,002,003,004,005,006,007,008,009,00
10,00
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900
Dias após calagem
Ca
(cm
ol c kg
-1)
0
2,5
3,755
7,510
15
30
Figura 10. Variação do Ca trocável ao longo do tempo em função das doses de
calcário.
24
0,000,501,001,502,002,503,003,504,004,505,00
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900
Dias após calagem
Mg
(cm
olc k
g-1)
0
2,5
3,75
5
7,5
10
15
30
Figura 11. Variação do Mg trocável ao longo do tempo em função das doses de
calcário.
Os teores de Potássio e Na trocável são mostrados na Figura 12 e Figura
13. O potássio mostrou um leve acréscimo, com pouca distinção entre as doses,
ao passo que o sódio, que vinha mostrando uma tendência de aumento,
apresentou um decréscimo para alguns dos tratamentos.
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
dias após calagem
K tr
ocáv
el (m
g kg
-1)
0
2,5
3,755
7,5
1015
30
Figura 12. Variação do K trocável ao longo do tempo em função das doses de calcário.
25
0102030405060708090
100
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
dias após calagem
Na
trocá
vel (
mg
kg-1
) 02,53,7557,5101530
Figura 13. Variação do Na trocável ao longo do tempo em função das doses de calcário.
O fósforo disponível (Figura 14), dos quatro para os cinco anos, apresentou
aumento para todos os tratamentos, com valores distribuídos entre 9,77 e 16,73
mg kg-1 para os tratamentos com 30 e 5 Mg ha-1 de calcário, respectivamente. É
possível perceber que a disponibilidade de fósforo é inversamente relativa a dose
de calcário aplicada, indicando que as altas doses afetam a disponibilidade de
outros elementos essenciais as plantas como por exemplo o fósforo.
0,005,00
10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
dias após calagem
P (m
g kg
-1)
02,53,7557,5101530
Figura 14. Variação do P disponível ao longo do tempo em função das doses de calcário.
Para verificar a situação da contaminação por calcário e a quantidade de
calcário que teria remanescido nas parcelas foi feita a análise do PN aos 24, 48 e
60 meses, ou seja 2, 4 e 5 anos após a realização da calagem. O PN fornece o
26
resultado em kg de CaCO3 por Mg de material. O resultado convertido para Mg
ha-1 é apresentado na Figura 15.
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
0 2,5 3,75 5 7,5 10 15 30
Dose aplicada CaCO3 ha-1
Rem
anec
ente
CaC
O3
ha-1
02 anos4anos5 anos
Figura 15. Estimativa da quantidade de calcário (em Mg ha-1) remanescente
nas parcelas aos 0, 2, 4 e 5 anos após a aplicação do calcário.
As estimativas mostradas na figura 11, calculadas com base em amostras
compostas (10 sub-amostras por parcela) coletadas na camada de 0-10cm,
indicam que a incorporação foi bastante superficial e que a maioria do calcário
após cinco anos ainda não reagiu, remanescendo no solo praticamente metade
da dose aplicada.
5.2.2. Experimento de lixiviação em colunas
As Figuras. 16 e 17 mostram a evolução do pH ao longo das lixiviações
para diferentes proporções de solo/estéril (0, 50, 75, 86,5, 93,75 e 100% de solo)
conforme as doses de calcário (0, ½, 1 e 2 doses). Observa-se para o material
com 100% de estéril Figura 16a) que apenas 2 vezes a dose estimada pela
acidez potencial (H+Al) conseguiu manter o pH acima de 6 até a 70a e acima de 5
até a lixiviação de número 117, porém, a partir de então o pH caiu para valores
abaixo de 5, mostrando ainda tendência de continuar decrescendo, indicando
então a necessidade de reaplicação de CaCO3 nos materiais que encontram-se
nestas condições. É possível observar também que a partir da 110a lixiviação, os
valores de pH, para as doses 0, 1/2 dose e 1 dose, se aproximaram muito,
praticamente se uniram, mostrando que o CaCO3 esgotou a partir de tal lixiviação.
27
No material com proporção de 50% de estéril (Figura 16b) apenas a dose
dupla manteve o pH com valores entre 5-6, com tendência de declínio dos
valores. Na proporção de 25% de estéril (Figura 16c), apenas a dose dupla
manteve o pH acima de 5, porém os pHs com a dose 1, ½ e 0 mantiveram-se
acima de 4, enquanto que nos materiais com maior proporção de estéril os
valores foram abaixo.
Nas proporções com menores quantidades de estéril (12,5% e 6,25%, Figura
17a e b) observou-se que as doses duplas tenderam a manter o pH acima de 7,
ao passo que os tratamentos com uma e meia dose mantiveram o pH em torno de
6, no entanto, com uma tendência de decréscimo na proporção de 12,5% de
estéril com meia dose. Os tratamentos sem calcário iniciaram com pH acima de 5
até a 29a e 41a lixiviações para as proporções de 12,5% e 6,25% de estéril,
respectivamente, caindo para menos do que 5 após.
28
(a) 0% solo / 100% estéril
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
pH
0/100-0 0/100-1/2 0/100-1 0/100-2
(b) 50% solo / 50% estéril
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
pH
50/50-0 50/50-1/2 50/50-1 50/50-2
(c) 75% solo / 25% estéril
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
pH
75/25-0 75/25-1/2 75/25-1 75/25-2
Figura 16. Evolução do pH no efluente do experimento de lixiviação para as
proporções de 0/100, 50/50 e 75/25% solo/estéril e 0, ½, 1 e 2 doses de calcário.
29
(a) 87,5% solo / 12,5% estéril
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
Lixiviações
pH
87,5/12,5-0 87,5/12,5-1/2 87,5/12,5-1 87,5/12,5-2
(b) 93,75% solo / 6,25% estéril
0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
pH
93,75/6,25-0 93,75/6,25-1/2 93,75/6,25-1 93,75/6,25-2
(c) 100% solo / 0% estéril
0,01,02,0
3,04,05,06,0
7,08,09,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
pH
100/0-0 100/0-1/2 100/0-1 100/0-2
Figura 17. Evolução do pH no efluente do experimento de lixiviação para as
proporções de 87,5/12,5, 93,75/6,25 e 100/0% solo/estéril e 0, ½, 1 e 2 doses de calcário.
30
A condutividade elétrica das diversas proporções de solo/estéril em cada
dose é apresentada na Figura 18. De modo geral, observando a CE a partir dos
pontos de estabilização se nota que essas foram proporcionais as quantidades de
estéril e que somente a dose dupla de calcário conseguiu manter a CE do
tratamento com 100% estéril próxima ou abaixo de 500 µS cm-1.
Os teores de sulfato nos lixiviados conforme as diversas proporções de
solo/estéril em cada dose são apresentados na Figura 19. Nesta figura se observa
que as quantidades de sulfato mantiveram-se estáveis após a 100ª lixiviação
indicando que o processo de sulfurização permanece ativo.
Os teores de cálcio e magnésio nos lixiviados em função das diferentes
proporções de solo/estéril em cada dose são apresentados na Figura 20 e Figura
21. Estes se mostram a partir da lixiviação de número 100 com valores baixos
quando comparados aos teores iniciais, indicando o consumo significativo da
maior parte do calcário reativo.
31
Dose 0
0
500
1000
1500
2000
2500
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
CE
( µS
cm-1
)0/100-0 50/50-075/25-0 87,5/12,5-093,75/6,25-0 100/0-0
Dose 0,5
0
500
1000
1500
2000
2500
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
CE
( µS
cm-1
)
0/100-1/2 50/50-1/275/25-1/2 87,5/12,5-1/293,75/6,25-1/2 100/0-1/2
Dose 1
0
500
1000
1500
2000
2500
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
lixiviações
CE
( ΞS
cm-1
)
0/100-1 50/50-175/25-1 87,5/12,5-193,75/6,25-1 100/0-1
Dose 2
0
500
1000
1500
2000
2500
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
lixiviações
CE
( µS
cm-1
)
0/100-2 50/50-275/25-2 87,5/12,5-293,75/6,25-2 100/0-2
Figura 18. Evolução da CE no efluente do experimento de lixiviação para 0, ½,
1 e 2 doses de calcário e diferentes proporções de solo/estéril.
32
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
lixiviações
sulfa
to (m
mol
dm-3 )
0/100-0 50/50-0 75/25-087,5/12,5-0 93,25-6,25-0 100/0-0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
sulfa
to (m
mol
dm-3 )
0/100-1/2 50/50-1/2 75/25-1/287,5/12,5-1/2 93,25-6,25-1/2 100/0-1/2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
sulfa
to (m
mol
dm-3 )
0/100-1 50/50-1 75/25-1
87,5/12,5-1 93,25-6,25-1 100/0-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
lixiviações
sulfa
to (m
mol
dm-3 )
0/100-2 50/50-2 75/25-287,5/12,5-2 93,25-6,25-2 100/0-2
Figura 19. Teores de sulfato no efluente do experimento de lixiviação para 0, ½,
1 e 2 doses de calcário e diferentes proporções de solo/estéril.
33
0123456789
10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200lixiviações
Ca (m
ol d
m-3)
0/100-0 50/50-0 75/25-087,5/12,5-0 93,25-6,25-0 100/0-0
0123456789
10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200lixiviações
Ca (m
mol
dm-3)
0/100-1/2 50/50-1/2 75/25-1/287,5/12,5-1/2 93,25-6,25-1/2 100/0-1/2
0123456789
10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200lixiviações
Ca
(mm
ol d
m-3)
0/100-1 50/50-1 75/25-187,5/12,5-1 93,25-6,25-1 100/0-1
0123456789
10
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200lixiviações
Ca
(mm
ol d
m-3)
0/100-2 50/50-2 75/25-287,5/12,5-2 93,25-6,25-2 100/0-2
Figura 20. Teores de cálcio no efluente do experimento de lixiviação para 0, ½,
1 e 2 doses de calcário e diferentes proporções de solo/estéril.
34
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200lixiviações
Mg
(mm
ol d
m-3 )0/100-0 50/50-0 75/25-087,5/12,5-0 93,25-6,25-0 100/0-0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200lixiviações
Mg
(mm
ol d
m-3 )
0/100-1/2 50/50-1/2 75/25-1/287,5/12,5-1/2 93,25-6,25-1/2 100/0-1/2
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200lixiviações
Mg
(mm
ol d
m-3 )
0/100-1 50/50-1 75/25-187,5/12,5-1 93,25-6,25-1 100/0-1
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200lixiviações
Mg
(mm
ol d
m-3 )
0/100-2 50/50-2 75/25-287,5/12,5-2 93,25-6,25-2 100/0-2
Figura 21. Teores de magnésio no efluente do experimento de lixiviação para 0,
½, 1 e 2 doses de calcário e diferentes proporções de solo/estéril.
35
5.3. EXPERIMENTO 3 – Avaliação de sistemas de plantas de cobertura em solos construídos iniciado em 20073/2004
As amostras de solo referentes ao trabalho da estudante de Mestrado
Lizete Stumpf, que versa sobre a caracterização das alterações de atributos
físicos do solo, foram coletadas em setembro de 2009. Atualmente está em fase
de preparo de amostras e análises preliminares, de modo que não serão
apresentados resultados.
As determinações microbiológicas a partir destas amostragens já
realizadas estarão a cargo do estudante de mestrado Manoel Ribeiro Holanda
Neto, cujo trabalho está em andamento.
6. CONSIDERAÇÔES GERAIS
O trabalho realizado até o presente momento e para as condições do solo
construído em questão, e do clima local, permite formular as seguintes
considerações:
a) O uso das gramíneas Tifton e Hemártria na área de mineração é
recomendável, por sua rusticidade e alta capacidade de produção de
fitomassa e cobertura de solo, embora sejam implantadas por muda, o que
exige maior mão-de-obra para implantação;
b) Dentre as espécies estudadas, o amendoim forrageiro e as perenes de
inverno não se estabeleceram na área, sugerindo que devam ser
empregadas com cautela. A primeira, pela lentidão no estabelecimento, e
os outros, por não suportarem os períodos mais longos de seca;
c) O uso de espécies anuais de verão e de inverno nos primeiros anos
mostraram-se altamente vantajosos para garantir a cobertura inicial do solo
e o melhor aproveitamento da adubação, bem como para incrementar a
atividade biológica através da adição de biomassa;
d) A questão da calagem na área deve ser melhor observada, a colocação de
doses maiores que a recomendada e a incorporação muito superficial do
calcário levam a problemas de sobrecalagem, com o pH muito alto
36
trazendo problemas de indisponibilização de elementos essenciais para as
plantas, principalmente o fósforo;
e) O conjunto dos dados dos experimentos acumulados nestes cinco anos
sugerem que o processo de regeneração dos atributos biológicos e
químicos do solo da área minerada está em curso, mas que o dos atributos
físicos ainda vai ser muito lento. Portanto, os experimentos implantados
mostram um potencial de evolução positiva ao longo do tempo.
7. TRABALHOS PUBLICADOS
NUNES, Márcio Renato ; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; PAULETTO, E. A. ; FERNANDES, Flávia Fontana ; BAMBERG, Adilson Luís ; SILVA, Thiago Rech da; PANZIERA, Wildon . Estimativa da Reação do Calcário Após Cinco Anos de Aplicação em um Solo Construído na Área de Mineração de Candiota RS. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza-CE. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo - CDROM. Viçosa-MG : SBCS, 2009. v. 1. p. 1-4. STUMPF, L. ; MIOLA, Esequiel Cesar Carvalho ; PAULETTO, E. A. ; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; FERNANDES, Flávia Fontana ; PANZIERA, Wildon; NUNES, Márcio Renato; SILVA, Thiago Rech da; BAMBERG, Adilson Luís. Velocidade de infiltração básica de um solo construído de mineração cultivado com diferentes plantas de cobertura ao longo do tempo. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza-CE. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo - CDROM - 02 a 07/08/2009. Viçosa-MG : SBCS, 2009. v. 1. p. 1-4. Panziera, Wildon ; PAULETTO, E. A.; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; FERNANDES, Flávia Fontana ; BAMBERG, Adilson Luís ; MIOLA, Esequiel Cesar Carvalho ; PRESTES, Rodrigo Bubolz ; NUNES, Márcio Renato ; SILVA, Thiago Rech da. Densidade e Porosidade de um Solo Construído em Área de Mineração de Carvão Cultivado com Diferentes Plantas de Cobertura ao Longo do Tempo. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza_CE. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo - CDROM - 02 a 07/08/2009. Viçosa-MG : SBCS, 2009. v. 1. p. 1-4. MIOLA, Esequiel Cesar Carvalho ; PAULETTO, E. A. ; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; FERNANDES, Flávia Fontana ; PANZIERA, Wildon ; NUNES, Márcio Renato ; SILVA, Thiago Rech da; BAMBERG, Adilson Luís . Variação temporal da resistência mecânica à penetração de um solo construído de mineração cultivado com diferentes plantas de cobertura. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do
37
Solo, 2009, Fortaleza-CE. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo - CDROM - 02 a 07/08/2009. Viçosa-MG : SBCS, 2009. v. 1. p. 1-4. HOLANDA NETO, M. R. ; MIOLA, Esequiel Cesar Carvalho ; PAULETTO, E. A. ; FERNANDES, Flávia Fontana ; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; CASTILHOS, Danilo Dufech ; CASTILHOS, Rosa Maria Margas . Caracterização química de solo construído após mineração de carvão e sob diferentes coberturas vegetais. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza-CE. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo - CDROM - 02 a 07/08/2009. Viçosa-MG : SBCS, 2009. v. 1. p. 1-4. FRANCO, Ândrea Machado Pereira ; CASSOL, Elemar Antonino ; GENESI, F. ; FRANCESQUETT, D. V. ; PAULETTO, E. A. Caracterização hidráulica do escoamento e erodibilidade do solo em entressulcos em um solo construído de 12 anos de idade da área de mineração de carvão de Candiota-RS.. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza - CE. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, CDrom - 02 a 07 de agosto de 2009.. Viçosa - MG : SBCS, 2009. v. 1. p. 1-4. NUNES, Márcio Renato ; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; PAULETTO, E. A. ; SILVA, Thiago Rech da; PANZIERA, Wildon ; MIOLA, Esequiel Cesar Carvalho ; FERNANDES, Flávia Fontana ; CASTILHOS, Danilo Dufech . Lixiviação de solo e estéril da área de mineração de carvão de Candiota-RS- tratados com diferentes doses de calcário.. In: XVIII Congresso de Iniciação Científica e XI Encontro da Pós-Graduação(19 a 22 out. 2009), 2009, Pelotas. CDRom XVIII Congresso de Iniciação Científica e XI Encontro da Pós-Graduação(19 a 22 out. 2009). Pelotas RS : UFPEL, 2009. v. 1. p. 1-4. SILVA, Thiago Rech da; PAULETTO, E. A.; GONÇALVES, Fernanda Coelho; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; BAMBERG, Adilsom Luís ; MIOLA, Esequiel Cesar Carvalho ; CASTILHOS, Danilo Dufech ; FERNANDES, Flávia Fontana ; TIMM, Luis Carlos ; NUNES, Márcio Renato ; PANZIERA, Wildon . Comparação entre diferentes modelos de ajuste de dados para determinação da curva de retenção de água e obtenção da capacidade de água disponível (CAD) em um solo construído na área de mineração de carvão de Candiota-RS-. In: XVIII Congresso de Iniciação Científica e XI Encontro da Pós-Graduação(19 a 22 out. 2009), 2009, Pelotas RS. CDRom XVIII Congresso de Iniciação Científica e XI Encontro da Pós-Graduação(19 a 22 out. 2009). Pelotas RS : UFPEL, 2009. v. 1. p. 1-5. PANZIERA, Wildon; PAULETTO, E. A.; MIOLA, Esequiel Cesar Carvalho ; BAMBERG, Adilsom Luís; FERNANDES, Flávia Fontana; PINTO, Luiz Fernando Spinelli ; CASTILHOS, Danilo Dufech ; TIMM, Luis Carlos ; NUNES, Márcio Renato. Resistência mecânica à penetração de um solo construído na área de mineração de carvão de Candiota-RS, cultivado com plantas de cobertura.. In: XVIII Congresso de Iniciação Científica e XI Encontro da Pós-Graduação(19 a 22 out. 2009), 2009, Pelotas RS. CDRom XVIII Congresso de Iniciação Científica e XI Encontro da Pós-Graduação(19 a 22 out. 2009). Pelotas RS : UFPEL, 2009. v. 1. p. 1-5.
38
8. ORIENTAÇÕES EM ANDAMENTO Mestrado Otávio dos Anjos Leal. Estudo da matéria orgânica do solo, em área construída após a mineração de carvão, no município de Candiota/RS. Orientador: Rosa Maria Vargas Castilhos. Lizete Stumpf. Atributos físicos de um solo construído em área de mineração de Candiota – RS. Orientador: Eloy Antonio Pauletto. Manoel Ribeiro Holanda Neto. Atributos químicos e microbiológicos de solo construído na área de mineração de carvão em Candiota/RS. Orientador: Rosa Maria Vargas Castilhos Ezequiel Cesar Carvalho Miola. Qualidade física de um solo construído e cultivado com diferentes plantas de cobertura na área de mineração de Candiota-RS. Orientador: Eloy Antonio Pauletto. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, J. P. E.; DOMSCH, K. H. The metabolic quocient (qCO2) as a specific activity
parameter to assess the effects of environmental condictions, suvh as pH, on the microbial biomass of forest soils. Soil Biology and Biochemistry, v.25, p.393-395, 1993.
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COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO - RS/SC. Manual de adubação e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10ed. Porto Alegre, 2004. p.394.
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CRM - Companhia Riograndense de Mineração, Capturado na Internet em outubro de 2005, Disponível em: http://www.crm.rs.gov.br/
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