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Relatório de Gestão de Riscos e Capital
3ºTri2019
1
Sumário
A. Introdução ................................................................................................................................................................... 3
B. Escopo de Consolidação e Comparação dos Balanços ................................................................................................... 4
C. Governança Interna ..................................................................................................................................................... 7
1. Comitês ...............................................................................................................................................................................7
2. Estrutura Organizacional ................................................................................................................................................. 10
3. Políticas, Normas, Procedimentos e Manuais .................................................................................................................. 10
4. Fluxo Estruturado de Informações ................................................................................................................................... 11 D. Gerenciamento de Capital.......................................................................................................................................... 11
1. Suficiência de Capital (visão Regulatória) ........................................................................................................................ 12 1.1 Basileia III ................................................................................................................................................................. 12
1.2 Capital Disponível (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital Principal) .................................................. 13
1.3 Ativos Ponderados pelo Risco ................................................................................................................................. 14
1.3.1 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWACPAD) ............................................................................................. 15
1.3.2 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWAMPAD) .......................................................................................... 15
1.3.3 Ativos Ponderados de Risco Operacional (RWAOPAD) .......................................................................................... 16
1.4 Análise da Suficiência de Capital (Visão Regulatória) .............................................................................................. 16
2. Razão de Alavancagem .................................................................................................................................................... 19
3. Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital – ICAAP ................................................................................... 19 E. Gerenciamento de Riscos ........................................................................................................................................... 19
1. Risco de Crédito ................................................................................................................................................................ 20 1.1. Definição ................................................................................................................................................................. 20
1.2. Princípios Básicos .................................................................................................................................................... 20
1.3. Áreas Envolvidas ...................................................................................................................................................... 21
1.4. Gestão do Risco de Crédito ..................................................................................................................................... 22
1.4.1. Exposição Total e Média no Trimestre ........................................................................................................... 22
1.4.2. Exposição por Países e Região Geográfica ...................................................................................................... 23
1.4.3. Exposição por Setor Econômico ..................................................................................................................... 23
1.4.4. Concentração de Crédito ................................................................................................................................ 24
1.4.5. Prazo a decorrer das operações ..................................................................................................................... 25
1.4.6. Operações em Atraso ..................................................................................................................................... 25
1.4.7. Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa .............................................................................................. 26
1.5. Mitigação de Risco de Crédito ................................................................................................................................. 26
1.6. Risco de Crédito da Contraparte ............................................................................................................................. 27
1.6.1. Gestão do Risco de Crédito da Contraparte ................................................................................................... 28
1.6.2. Derivativos de Crédito .................................................................................................................................... 29
1.7. Aquisição, venda e transferência de ativos financeiros .......................................................................................... 29
1.7.1. Exposições Cedidas ......................................................................................................................................... 29
1.7.2 Exposições Adquiridas ................................................................................................................................................. 30
1.7.3 Securitização ................................................................................................................................................................ 30
2. Risco de Mercado ............................................................................................................................................................. 31 2.1 Definição ................................................................................................................................................................. 31
2.2 Princípios Básicos .................................................................................................................................................... 31
2.3 Áreas Envolvidas ...................................................................................................................................................... 32
2.4 Gestão do Risco de Mercado ................................................................................................................................... 32
2.4.1 Segregação das Carteiras .................................................................................................................................... 32
2.4.2 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle ........................................................................................... 32
2
2.4.3 Metodologia de Mensuração de Risco ................................................................................................................ 33
2.4.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação....................................................................................... 36
2.4.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Desenquadramento de Operações ............................................... 37
2.4.6 Perfil da Carteira de Instrumentos Derivativos ................................................................................................... 37
2.4.7 Análises de Sensibilidade .................................................................................................................................... 38
3. Risco de Liquidez .............................................................................................................................................................. 40 3.1 Definição ................................................................................................................................................................. 41
3.2 Princípios Básicos .................................................................................................................................................... 41
3.3 Governança e Controle ............................................................................................................................................ 41
3.4 Áreas Envolvidas ...................................................................................................................................................... 41
3.5 Gestão do Risco de Liquidez .................................................................................................................................... 43
3.5.1 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle ........................................................................................... 43
3.5.2 Limite Referencial de Liquidez e Caixa Operacional Mínimo .............................................................................. 43
3.5.3 Indicador de Liquidez de Curto Prazo LCR (Liquidity Coverage Ratio) ................................................................ 43
3.5.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação....................................................................................... 43
3.5.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Plano de Contingência ................................................................... 43
4. Risco Operacional ............................................................................................................................................................. 43 4.1. Definição ................................................................................................................................................................. 43
4.2. Princípios Básicos .................................................................................................................................................... 44
4.3. Áreas Envolvidas ...................................................................................................................................................... 44
4.4. Gestão do Risco Operacional................................................................................................................................... 45
4.4.1. Sistema de Mensuração e Processo de Comunicação .................................................................................... 45
4.4.2. Perdas Operacionais por Categoria de Risco .................................................................................................. 45
4.5 Gerenciamento de Continuidade de Negócios........................................................................................................ 45
5. Risco Socioambiental ....................................................................................................................................................... 46
6. Risco de Contágio ............................................................................................................................................................. 47 6.1. Participação Societária ............................................................................................................................................ 47
7. Outros Riscos .................................................................................................................................................................... 48 7.1 Risco de Reputação ................................................................................................................................................. 48
7.2 Risco de Estratégia .................................................................................................................................................. 49
7.3 Risco de Underwriting ............................................................................................................................................. 49
7.4 Risco de Modelos .................................................................................................................................................... 49
7.5 Risco de Conformidade ........................................................................................................................................... 49
F. Anexos ...................................................................................................................................................................... 50
1. Composição do Patrimônio de Referência (PR) – Anexo 1 ............................................................................................... 50
2. Principais Características dos Instrumentos do PR – Anexo 2 .......................................................................................... 52
3. Modelo Comum de Divulgação de informações sobre a Razão de Alavancagem – Anexo 3 ........................................... 55
4. Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR) – Anexo 4 ........................................................................ 56 G. Glossário ................................................................................................................................................................... 57
3
A. Introdução
Este documento apresenta informações referentes à gestão de riscos, à apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA 1 ) e à adequação do Patrimônio de Referência (PR) do Consolidado Prudencial do Banco Votorantim, em consonância com as exigências do Banco Central do Brasil (Bacen), por meio das Circulares nº 3.678 e nº 3.716, e em linha com o Pilar 3 das regras do Acordo de Basiléia.
Conforme Resolução nº 4.557 do Conselho Monetário Nacional (CMN), a Instituição dispõe de estruturas e políticas institucionais para o gerenciamento do risco operacional, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e gestão de capital aprovados pelo Conselho de Administração. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos de acordo com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme detalhado nos capítulos específicos sobre cada um destes temas apresentados no presente relatório.
A Instituição também dispõe de política formal de divulgação de informações sobre a gestão de riscos e capital aprovada pelo Conselho de Administração, conforme disposto no Art. 12 da Resolução nº 4.193 do CMN. Adicionalmente, conforme a Circular nº 3.678 do Bacen, as informações contidas neste relatório são de responsabilidade do Diretor indicado nos termos do art. 14 da Resolução nº 4.193.
O Banco Votorantim dispõe de portfólio de produtos e serviços, internamente classificados em Atacado e Varejo. No Atacado o Banco tem por objetivo crescer em empresas com faturamento anual entre R$ 300 milhões e R$ 1,5 bilhão, e para empresas com faturamento acima deste valor, o foco é rentabilizar o capital. No Varejo, o Banco é um dos líderes de mercado no financiamento ao consumo, com foco no negócio de veículos, além de relevantes posições em outros negócios complementares como cartões de crédito, corretagem de seguros e empréstimos consignados.
A seguir é apresentado um resumo dos principais indicadores de suficiência de capital na Visão Regulatória para data‐base setembro de 2019.
1 Risk weighted assets
A Instituição encerrou set‐19 com um Patrimônio de Referência (PR) de R$ 10,4 bilhões, apresentando um aumento de R$ 574,9 milhões (+5,9%) em relação ao trimestre anterior. O total do Capital de Nível I encerrou set‐19 em R$ 9,3 bilhões (que representa 89,8% do total do PR).
O total de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) encerrou o período com aproximadamente R$ 66,3 bilhões, aumento de R$ 4,4 bilhões em relação ao trimestre anterior (7,2%), impactado principalmente pelo aumento no Risco de Crédito (RWACPAD).
Patrimônio de Referência (PR) (a) 10.383
Capi ta l Nível I (b) 9.322
Capital Principal (c) 8.040
Capital Complementar 1.281
Capi ta l Nível I I 1.062
Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) (d) 66.319
Risco de Crédito (RWACPAD) 55.841
Ri sco de Mercado (RWAMPAD) 4.174
Ri sco Operacional (RWAOPAD) 6.304
Capital Exigido (e) 5.305
Margem do PR em relação ao Capital Exigido (a ‐ e) 5.078
RBAN (f) 222
Margem do PR em relação ao Capital Exigido c/
RBAN (a ‐ e ‐ f)4.856
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Análise da Suficiência de Capital na Visão
Regulatóriaset‐19
O Índice de Basileia encerrou set‐19 em 15,7%, apresentando uma margem de capital de R$ 4,8 bilhões, calculada pela diferença entre o Patrimônio de Referência (PR) e o Capital Exigido (incluindo RBAN). Já a Razão de Alavancagem encerrou o período em 7,9%.
IB ‐ Índice de Bas i léia (a / d) 15,7%
IN1 ‐ Índice de Capi ta l Nível I (b / d) 14,1%
ICP ‐ Índice de Capi ta l Principa l (c / d) 12,1%
RA ‐ Razão de Alavancagem 7,9%
Consolidado Prudencial
Índices set‐19
As informações detalhadas estão descritas no relatório, nos anexos e nas planilhas de apoio às tabelas disponíveis no site de Relações com Investidores em: www.bancovotorantim.com.br/ri
4
B. Escopo de Consolidação e Comparação dos Balanços
A gestão de riscos e de capital é realizada para o consolidado prudencial seguindo as recomendações publicadas pelo Bacen.
Neste contexto, a tabela abaixo apresenta as empresas que integram o Balanço Patrimonial Consolidado (publicado no relatório “Demonstrações Contábeis Completas” disponível no site de Relações com Investidores) e o Balanço Regulatório (Conglomerado Prudencial – documento 4060 do Bacen), utilizado na apuração do Índice de Basileia.
Ativo TotalPatrimônio
Líquido
Banco Votorantim S/A. Banco Múltiplo. 91.956 10.114
BV Financei ra S.A. – Crédi to,
Financiamento e Investimento.
Sociedade de crédi to,
financiamento e investimento.45.008 699
BV Leas ing – Arrendamento
Mercanti l S/A.
Sociedade de arrendamento
mercanti l .2.555 981
Votorantim Asset Management
Dis tribuidora de Títulos e
Va lores Mobi l iários LTDA.
Sociedade dis tribuidora de TVM. 270 146
Votorantim Expertise
Fundo de Investimentos
Multimercado Crédito Privado
Investimento no Exterior
1.285 163
BV ‐ Multiestratégia
Investimento no Exterior
Fundo de Investimentos
Multimercado 18 18
Empresa Segmento de Atuação
Balanço
Patrimonial
Consolidado
Balanço
Regulatório
set‐19
Nota: O Banco Votorantim Securities Inc. foi extinto em 28 de dezembro de 2017, a Votorantim Securities (UK) Limited teve suas
atividades encerradas em 31 de dezembro de 2017, a incorporaração da Votorantim –Corretora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA
pela VAM DTVM ocorreu em 31 Janeiro de 2018 e o BVIA Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia foi extinto em
outubro de 2018 e seus ativos passaram a ser controlados diretamente pelo Banco Votorantim S.A..
A seguir apresenta‐se o comparativo entre o Balanço Patrimonial Consolidado e o Balanço Regulatório, cujo principal objetivo
é destacar os elementos patrimoniais que compõe a apuração do Patrimônio de Referência (PR), conforme as regras
estabelecidas pela Resolução nº 4.192 do Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo que o capítulo F (Anexo 1) divulga a
composição do PR por meio de modelo padronizado disponibilizado pela Circular nº 3.678 do Bacen.
5
Ativo – Comparativo entre Balanço Patrimonial Consolidado Publicado (Documento 4040) e Balanço Regulatório da data‐
base em referência.
Ativo
Balanço
Patrimonial
Consolidado
Balanço
Regulatório 1 Diferenças Justificativa
Ref.
Anexo 1
1. Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 98.828 98.643 (185)
1.1.Disponibilidades 129 129 (0)
1.2. Aplicações interfinanceiras de liquidez 7.946 7.330 (616) Eliminação operações entre ligadas
1.3. TVM e Derivativos 30.586 31.124 538 Eliminação operações entre ligadas
1.4. Relações Interfinanceiras 1.959 1.959 (0)
1.5. Relações Interdependências ‐ ‐ ‐
1.6. Operações de Crédito 45.412 45.412 0
1.7. Operações de Arrendamento Mercantil 103 (3) (106) Reclassificação de imobilizado de
arrendamento
1.8. Outros créditos 12.510 12.509 (1)
1.8.1. Créditos por Avais e Fianças ‐ ‐ ‐
1.8.2.Carteira de Câmbio 1.336 1.336 (0)
1.8.3. Rendas a Receber 20 20 0
1.8.4. Negociação e Intermediação de Valores 99 99 (0)
1.8.5. Outros Créditos ‐ Diversos 11.974 11.974 ‐
1.8.5.1. Diversos 5.698 5.698 ‐
1.8.5.2. Crédito Tributário de Prejuízo Fiscal e
Base Negativa1.285 1.285 ‐ d
1.8.5.3. Crédito Tributário de Diferenças
Temporárias (exceto PCLD)1.614 1.614 ‐ f
1.8.5.4. Crédito Tributário de Diferenças
Temporárias de PCLD3.377 3.377 ‐
1.8.6. Outros Créditos ‐ PCLD (920) (920) ‐
1.9. Outros Valores e Bens 183 183 ‐
2. Permanente 2.181 2.301 120
2.1. Investimentos 1.731 1.745 14
2.1.1. Participações em Controladas 1.696 1.710 14 Investimento Portal Solar
2.1.2. Outros Investimentos 35 35 ‐
2.2. Imobilizado de Uso 96 96 ‐
2.3. Imobilizado de Arrendamento ‐ 106 106 Reclassificação de imobilizado de
arrendamento
2.4. Intangível 354 354 ‐
2.4.1. Ativos Intangíveis antes de out/13 ‐ ‐ ‐ l
2.4.2. Ativos Intangíveis após out/13 354 354 ‐ h
2.5. Diferido ‐ ‐ ‐ g
Total 101.009 100.944 (65)
1 - Refere-se ao Consolidado Prudencial (Documento 4060 do Banco Central do Brasil).
Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.
6
Passivo – Comparativo entre Balanço Patrimonial Consolidado Publicado (Documento 4040) e Balanço Regulatório da data‐
base em referência.
Passivo
Balanço
Patrimonial
Consolidado
Balanço
Regulatório 1 Diferenças Justificativa
Ref.
Anexo 1
1. Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo 90.767 90.703 (64)
1.1. Depósitos 17.527 17.527 ‐
1.2. Captações no Mercado Aberto 12.773 12.773 ‐
1.3. Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 32.808 32.808 ‐
1.4. Relações Interfinanceiras 1.496 1.496 ‐
1.5. Relações Interdependências 109 109 ‐
1.6. Obrigações por Empréstimos 1.576 1.576 ‐
1.7. Obrigações por Repasses 1.567 1.567 ‐
1.8. Derivativos 6.848 6.784 (64) Eliminação operações entre ligadas
1.9. Outras obrigações 16.063 16.063 ‐
1.9.1. Cobrança e Arrecadação de Tributos e
Assemelhados23 23 ‐
1.9.2. Carteira de Câmbio 697 697 ‐
1.9.3. Sociais e Estatutárias 546 546 ‐
1.9.4. Outras Obrigações ‐ Fiscais e
Previdenciárias294 294 ‐
1.9.4.1. Fiscais e Previdenciárias 242 242 ‐
1.9.4.2. Obrigações Fiscais Diferidas 52 52 ‐ e
1.9.5. Outras Obrigações ‐ Negociação e
Intermediação de Valores224 224 ‐
1.9.6. Outras Obrigações ‐ Dívidas Subordinadas 3.168 3.168 ‐
1.9.6.1. Instr. Eleg. ao Nível II emitidos antes da
Resolução 4.19218 18 ‐ k
1.9.6.2. Outras Dívidas Subordinadas 3.150 3.150 ‐
1.9.7. Instrumentos de dívidas elegíveis a capital 3.506 3.506 ‐ j
1.9.8. Outras Obrigações ‐ Diversas 7.604 7.604 ‐
1.9.9. Credores por antecipação de VRG 1 1 ‐
2. Resultados de Exercícios Futuros 96 96 ‐
3. Patrimônio líquido 10.146 10.145 (1)
3.1. Participação Acionária de Não Controladores
(Minoritários)‐ ‐ ‐ i
3.2. Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal 8.130 8.130 ‐ a
3.3. Reservas de lucros 1.084 1.084 ‐ b, i
3.4. Outras receitas e outras reservas 932 931 (1) c
Total 101.009 100.944 (65)
1 - Refere-se ao Consolidado Prudencial (Documento 4060 do Banco Central do Brasil).
Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.
7
C. Governança Interna
A estrutura de governança da Instituição é composta por fóruns colegiados, formalmente organizados e com delegação de alçadas. Cada órgão de governança tem papel, escopo e composição definido em norma, que especifica todas as responsabilidades de gestão, de monitoramento e acompanhamento de riscos.
1. Comitês
A Instituição conta com comitês deliberativos de forma a garantir a adequada gestão dos riscos e do seu capital. Destacam‐se o Comitê de Controles e Riscos (CCR) como o principal fórum de gerenciamento de riscos, e em um nível superior, o Comitê Executivo (ComEx), que também realiza o acompanhamento do desempenho geral dos demais fóruns e, em um nível mais estratégico, o Conselho de Administração. O corpo diretivo é responsável pela aprovação da criação, composição e atribuições de cada Comitê. Adicionalmente, nos termos da Resolução CMN 4.557/17, em janeiro de 2018 foi instituído por deliberação do Conselho de Administração, o Comitê de Riscos e Capital (CRC). Conforme determinada pela resolução, este comitê presta assessoramento ao Conselho de Administração, a quem se reporta, no desempenho das atividades relativas à gestão de riscos e capital. A primeira reunião ocorreu em fevereiro de 2018 e, em virtude da sua constituição o Comitê de Riscos e Controles, que atua no nível da administração, passou a ser denominado Comitê de Controles e Riscos (CCR).
A figura abaixo descreve a estrutura de governança vigente desde fevereiro/2018.
DiretoriaComitê Executivo
Comitê de CréditoComitê de
Controles e RiscosComitê de ALM e
TributosComitê de Gestão
de PessoasComitê de Produtos
e Tecnologia
Conselho de Administração
Comitê de Riscos e Capital
Comitê de Auditoria
A estrutura de governança interna garante que todas as partes interessadas contribuam efetivamente no processo interno de gestão e mitigação de riscos e de avaliação da adequação de capital. Conforme detalhado abaixo, todos os órgãos têm uma atuação relevante na gestão dos riscos e do capital da Instituição.
Conselho de Administração
Principais atribuições: fixar as diretrizes fundamentais da política geral da Sociedade, verificar e acompanhar a sua execução. Aprovar o planejamento orçamentário, os níveis de risco e a declaração do Apetite de Riscos do Conglomerado, monitorando as decisões relacionadas a risco e capital. Aprovar e alterar o plano de negócios e políticas de crédito e de risco de tesouraria, abrangendo também contratos futuros, de opções e derivativos, além de estipular a competência do Tesoureiro, do Comitê de Crédito e do próprio Conselho de Administração para aprovar operações, de acordo com o tipo de operação e valor financeiro envolvido. Aprovar as políticas, estratégias e limites de gerenciamento de riscos e de capital, os programas de testes de estresse, as políticas para a gestão de continuidade de negócios e os planos de capital, de contingência de capital e contingência de liquidez.
Periodicidade: mensal.
Reporte: Assembleia Geral de Acionistas
8
Comitê de Riscos e Capital – CRC
Principais atribuições: Manter o Conselho de Administração (CA) informado e atualizado sobre os riscos que podem impactar o capital e a liquidez do Banco Votorantim e a legislação emitida pelos órgãos reguladores relacionadas à gestão de risco e alocação de capital. Avaliar os níveis de apetite por riscos e respectivas propostas de revisão, as políticas, estratégias e limites de gerenciamento de riscos e de capital, os programas de testes de estresse, as políticas para a gestão de continuidade de negócios e os planos de contingência de liquidez, de capital e de contingência de capital e recomendar ao CA a deliberação das propostas submetidas pela Diretoria Executiva. Avaliar os níveis de apetite por risco fixados na Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, as estratégias para o seu gerenciamento e o grau de aderência dos processos da estrutura de gerenciamento de riscos às políticas estabelecidas. Supervisionar a atuação e o desempenho do Diretor responsável pela área de Riscos e a observância dos termos da declaração de apetite a risco pela Diretoria e pelo Banco Votorantim como um todo. Atuar de forma coordenada junto ao Comitê de Auditoria, de modo a facilitar a troca de informação, os ajustes necessários à estrutura de governança de riscos e o efetivo tratamento dos riscos.
Periodicidade: mínimo bimestralmente.
Reporte: Conselho de Administração.
Comitê de Auditoria
Principais atribuições: Relativamente a temas de risco operacional, avaliar a efetividade dos sistemas de controles internos, das auditorias independente e interna. Estabelecer e divulgar procedimentos para recepção e tratamento de informações acerca do descumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis ao Banco, além de regulamentos e códigos internos, inclusive com previsão de procedimentos específicos para proteção do prestador, como anonimato e garantia da confidencialidade da informação. Recomendar à Diretoria e ao Conselho de Administração correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições.
Periodicidade: mensal.
Reporte: Conselho de Administração.
Comitê Executivo – ComEx
Principais atribuições: monitorar o desempenho do banco, o contexto de mercado e as projeções de resultados futuros, assim como acompanhar os temas críticos em aberto, decidir sobre temas urgentes ou que necessitam da validação da alta gestão, discutir e acompanhar periodicamente os temas abordados nos comitês de governança interna, arbitrando eventuais conflitos, assegurar o alinhamento da diretoria sobre decisões tomadas pela alta gestão e garantir preparação adequada dos assuntos a serem apresentados no Conselho de Administração.
Periodicidade: mínimo duas vezes por mês.
Reporte: Conselho de Administração.
Comitê de Controles e Riscos (CCR)
Principais atribuições: recomendar ao Conselho de Administração a proposta de apetite de riscos e monitorar os indicadores de riscos relevantes, tanto financeiros quanto não financeiros; avaliar e aprovar as operações que possam impactar no consumo ou base de capital; acompanhar a evolução dos índices de capital e o planejamento de capital para três anos; monitorar reservas de liquidez e caixa; deliberar sobre políticas e indicadores de Riscos, Compliance, Controles Internos e PLD; ratificar e acompanhar o teste de estresse integrado de capital; avaliar, monitorar e controlar atividades desempenhadas por Controles Internos, Compliance, Segurança da Informação, Plano de Continuidade de Negócios e Prevenção à Lavagem de Dinheiro; monitorar e controlar ações de correção para deficiências identificadas pelas auditorias Interna e Externa, órgãos reguladores e entidades de autorregulação, deliberar e acompanhar assunções de risco; aprovar relatórios de demandas regulamentares; e encaminhar propostas ao Comitê Executivo e ao Conselho de Administração no que se refere a ações para gerenciamento e controle de riscos, capital e controles, quando necessário.
Periodicidade: quinzenal.
Reporte: Comitê Executivo.
Comitê de ALM e Tributos
Principais atribuições: avaliar e propor iniciativas visando proteger e maximizar o balanço estrutural do Banco sob o ponto de vista econômico‐financeiro, contábil e fiscal; avaliar descasamentos (“gaps”) dos resultados contábeis e fiscais dos veículos legais, bem como as assimetrias; realizar o acompanhamento mensal dos resultados não reconhecidos (RNR), contábeis e fiscais; acompanhar a efetividade dos programas de hedge accounting, propor e revisar periodicamente
9
estratégias de gestão de ativos e passivos, orientar e solicitar estudos ao Grupo de Trabalho de ALM e aprovar iniciativas ou alterações relevantes nas políticas de hedge propostas por ele; analisar cenários e indicadores macroeconômicos; propor estratégias de otimização de capital do Banco; avaliar e aprovar propostas para maximizar a eficiência fiscal do Conglomerado Financeiro Votorantim, assim como reorganizações societárias; avaliar riscos fiscais que possam impactar o balanço das empresas do Conglomerado Financeiro; dentre outros.
Periodicidade: quinzenal.
Reporte: Comitê Executivo.
Comitê de Gestão de Pessoas
Principais atribuições: analisar, aprovar e se necessário transmitir ao Comitê Executivo as estratégias e ações no que diz respeito a práticas de Recursos Humanos com impacto institucional em atração, desenvolvimento e retenção de talentos; estrutura organizacional que envolva mudanças nas diretorias e promoções para níveis executivos; planejamento sucessório; gestão de performance e cultura organizacional; validar as estratégias da Área de Recursos Humanos por meio do acompanhamento dos seus resultados; apoiar os processos de gestão de mudanças e fortalecimento da cultura da Organização; zelar pelo cumprimento do código de conduta da Organização; dentre outros.
Periodicidade: bimestral.
Reporte: Comitê Executivo. Comitê de Produtos e Tecnologia
Principais atribuições: aprovar novos negócios, novos produtos ou serviços e soluções digitais; revisar periodicamente o catálogo de produtos e serviços; acompanhar o desempenho operacional de produtos e serviços; aprovar portfólio e roadmap dos projetos de TI; acompanhar indicadores da carteira de projetos, com avaliação de plano de ação para indicadores com status “em atraso” e “em atenção”; deliberar sobre repactuações, segregações e replanejamento de projetos; dentre outros.
Periodicidade: mensal.
Reporte: Comitê Executivo.
Comitê de Crédito
Principais atribuições: avaliar a viabilidade de aprovação de limites e/ou operações de crédito encaminhadas pelas áreas comerciais, avaliar as negociações ou acordos para regularização de créditos problemáticos e baixa das restrições de crédito (temporárias ou definitivas) a pessoas, grupos e setores da economia.
Periodicidade: semanal.
Reporte: Comitê Executivo.
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2. Estrutura Organizacional
Para a execução das atividades de gestão de riscos e capital, o Banco conta com áreas dedicadas que são responsáveis pelos controles consolidados de riscos e de capital. Os principais processos referentes à gestão de risco e capital estão sob responsabilidade da Diretoria Executiva de Riscos, Diretoria Executiva de Controles e Governança, e Diretoria Executiva de Processamento de Operações, Finanças e Relações com Investidores. A seguir, é apresentada a estrutura destas diretorias:
Diretoria Executiva de Riscos
Conselho de Administração
Diretoria Executiva de Finanças e Relações com Investidores
Diretoria Executiva de Controles e Governança
Auditoria Interna
Presidência
Diretoria de Concessão de Crédito
O Conselho de Administração (CA), na forma do disposto no art. 56, §1º, da Resolução nº 4.557 do Conselho Monetário Nacional (CMN), é responsável pelas informações referentes à estrutura de gerenciamento de risco e de capital do Banco Votorantim, refletidas neste documento.
Cabe destacar que a Instituição realiza o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), conforme Circular nº 3.911 e Carta‐Circular nº 3.907 do BACEN, e que seu respectivo relatório é aprovado pelo Conselho de Administração e, também, abrange a descrição da estrutura de gerenciamento de riscos e gerenciamento de capital. As atribuições das estruturas especializadas para o gerenciamento de riscos e gerenciamento do capital são detalhadas nos capítulos subsequentes.
Adicionalmente destaca‐se a atuação da Auditoria Interna e também das áreas de Controles Internos, Compliance e Validação Independente de Modelos que tem por atribuição garantir a avaliação ampla e independente da adequação das metodologias adotadas para gestão integrada de riscos, contemplando a avaliação da governança, dos processos internos, do entorno tecnológico, do cumprimento regulatório e da modelagem.
3. Políticas, Normas, Procedimentos e Manuais
O processo de gerenciamento de riscos e capital conta com um conjunto de documentos que estabelece as principais diretrizes que devem ser observadas nas atividades de gerenciamento de riscos. O nível de detalhamento destes normativos está estruturado em função do objetivo de cada documento e organizado conforme a hierarquia apresentada a seguir:
Políticas Corporativas: Princípios e diretrizes fundamentais estabelecidas pelo nível máximo da hierarquia e aplicadas para toda a organização e que norteiam as demais normas, procedimentos e manuais de produtos e serviços.
Normas: Regras estabelecidas para definir as atividades e a forma como os procedimentos são organizados, aprofundando os aspectos abordados nas políticas corporativas.
Procedimentos:
Regras operacionais estabelecidas para descrever as atividades e as etapas de sua execução, detalhando os aspectos abordados nas normas.
Manuais de Produtos, Serviços, Sistemas e de Modelagens de Cálculo: Conjunto de documentos que compilam as principais características sobre a estruturação dos produtos, serviços, sistemas e metodologias de cálculos utilizados.
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Estes normativos estão publicados para consulta interna no Portal Corporativo (intranet) e são revistos e atualizados em periodicidades específicas para cada tipo de documento, ou quando há mudanças significativas nos objetivos e estratégias do negócio ou no enfoque e na metodologia de gestão do risco.
4. Fluxo Estruturado de Informações
A Instituição tem como prática a comunicação de informações sobre riscos e capital por meio de reportes com periodicidades específicas aos envolvidos nos processos e Alta Administração, o que reforça o monitoramento tempestivo das informações que subsidiam as decisões corporativas.
Conselho de Administração
Comitês
Gestores de Risco, Controles e Unidades de
Negócio
.
.
.
.
.
A Instituição adota uma abordagem integrada para gestão de riscos e capital, que tem por objetivo organizar o processo
decisório e definir os mecanismos de controle dos níveis de risco aceitáveis e compatíveis com o volume de capital disponível,
em linha com a estratégia de negócio adotada. A consolidação dos riscos abrange as exposições relevantes inerentes às linhas
de negócio da Instituição, agrupados principalmente nas seguintes categorias de riscos: de mercado, de liquidez, de crédito e
operacional. Isto é feito por meio de processo estruturado que compreende o mapeamento, a apuração e a consolidação dos
valores em risco.
Os níveis de exposição a riscos e disponibilidade de capital são monitorados por meio de uma estrutura de limites, que são
incorporados nas atividades da Instituição por um processo organizado de gestão e de controle, que atribui responsabilidades
funcionais às áreas envolvidas. Adicionalmente aos processos de gestão e mitigação de riscos descritos neste documento, a
Instituição dispõe de um framework de gestão de apetite a riscos, que consiste na declaração do nível de risco que a
Instituição está disposta a aceitar para atingir os seus objetivos, sendo monitorado por meio de indicadores e seus respectivos
limites e reportado mensalmente à Diretoria Executiva de Riscos, Comitê de Controles e Riscos (CCR) e ao Conselho de
Administração.
Destaca‐se a atuação da área de Risco Integrado, que é responsável pela coordenação (processual e metodológica) do
Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), atualização do Dashboard de apetite de riscos, matriz de
riscos materiais, acompanhamento de planos de ação e atualização de normas, coordenação do Comitê de Controles e Riscos
(CCR), e a atualização do presente documento. O envolvimento da Alta Administração se dá no acompanhamento e na
execução das ações necessárias à gestão dos riscos materiais aos quais está exposta a Instituição.
D. Gerenciamento de Capital
Seguindo as regulamentações do Bacen e em consonância com as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, o Banco adota as diretrizes prudenciais de gestão de capital visando uma administração eficiente e sustentável de seus recursos e colaborando para a promoção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional.
Em linha com a Resolução nº 4.557 do Conselho Monetário Nacional (CMN), e Circular nº 3.911 do Bacen, a Instituição dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do capital, aprovado pelo Conselho de Administração, em consonância com o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), contemplando os seguintes itens:
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Gestão de capital por meio de processo contínuo de planejamento, avaliação, controle e monitoramento do capital necessário para fazer frente aos riscos relevantes;
Políticas e estratégias documentadas;
Fóruns específicos para compor estratégias e efetuar a gestão do uso do capital;
Plano de capital para três anos, abrangendo metas e projeções de capital, principais fontes de captação e plano de contingência de capital;
Testes de estresse e seus impactos no capital;
Relatórios gerenciais para a Alta Administração (diretoria e Conselho de Administração);
Avaliação de Suficiência de Capital na Visão Regulatória e Econômica; e
Reporte ao regulador relativos à gestão de capital, por meio do Demonstrativo de Limites Operacionais e Relatório Anual do Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP).
As funções de gerenciamento de capital são desempenhadas por unidades formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas. Abaixo estão relacionadas as principais áreas envolvidas no processo de gerenciamento do capital:
ALM – Gestão de Balanços e Gestão de Capital.
P&C – Varejo.
P&C – Atacado.
P&C – Tesouraria.
Planejamento Estratégico e Gestão de Custos.
Capital Regulatório.
Política de Risco de Crédito do Atacado.
Risco Integrado.
1. Suficiência de Capital (visão Regulatória)
A gestão do capital na Instituição é realizada com o objetivo de garantir a adequação aos limites regulatórios e o estabelecimento de uma base sólida de capital que viabilize o desenvolvimento dos negócios e operações de acordo com o plano estratégico do Banco.
Visando à avaliação da suficiência de capital para fazer frente aos riscos associados e ao cumprimento dos limites operacionais regulatórios, o Banco elabora anualmente um plano de capital considerando projeções de crescimento da carteira de empréstimos e demais operações e ativos. Mensalmente após a apuração do Patrimônio de Referência (PR) e do Capital Exigido, são divulgados relatórios gerenciais de acompanhamento do capital alocado para riscos e os índices de capitais (Basileia, Nível I e Principal) para as áreas envolvidas.
1.1 Basileia III
As regras de requerimento de capital de Basileia III passaram a vigorar no Brasil em outubro de 2013, e estabelecem as novas definições e os novos requerimentos mínimos de capital, assim como definem quais empresas devem compor o Balanço Consolidado Prudencial a ser utilizado para apuração da base de capital e do capital exigido.
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O cronograma abaixo, definido pelo Bacen, apresenta a adequação necessária para implementação, no Brasil, dos requisitos definidos em Basileia III:
Cronograma de Implementação de Basileia III 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Capital Principal 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5%
Capital Nível I 5,5% 5,5% 6% 6% 6% 6% 6%
Capital Total (PR) 11% 11% 11% 9,875% 9,25% 8,625% 8%
Adicional de Capital ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Limite Inferior ‐ ‐ ‐ 0,625% 1,25% 1,875% 2,5%
Limite Superior ‐ ‐ ‐ 1,25% 2,5% 3,75% 5%
Capital Principal com Adicional (Limite Inferior) 4,5% 4,5% 4,5% 5,125% 5,75% 6,375% 7%
Capital Principal com Adicional (Limite Superior) 4,5% 4,5% 4,5% 5,75% 7% 8,25% 9,5%
Capital Nível I com Adicional (Limite Inferior) 5,5% 5,5% 6% 6,625% 7,25% 7,875% 8,5%
Capital Nível I com Adicional (Limite Superior) 5,5% 5,5% 6% 7,25% 8,5% 9,75% 11%
Capital Total com Adicional (Limite Inferior) 11% 11% 11% 10,5% 10,5% 10,5% 10,5%
Capital Total com Adicional (Limite Superior) 11% 11% 11% 11,125% 11,75% 12,375% 13%
Deduções dos Ajustes Prudenciais ‐ 20% 40% 60% 80% 100% 100%
Nas próximas seções será apresentada a composição do Patrimônio de Referência (PR) e a composição dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), sob a ótica do Balanço Consolidado Prudencial e os indicadores de capital.
1.2 Capital Disponível (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital Principal)
O Capital Disponível, classificado como Patrimônio de Referência (PR), Capital Nível I e Capital Principal é o patrimônio utilizado como base para verificação do cumprimento dos limites operacionais das instituições financeiras. O Patrimônio de Referência (PR) é obtido pela soma do Capital Nível 2 e Capital Nível 1, sendo este último obtido pela soma do Capital Principal e Capital Complementar, conforme definidos na Resolução nº 4.192 e nº 4.193 do CMN. O Capital Principal é composto pelo Patrimônio Líquido e deduções específicas.
A Instituição encerrou set‐19 com um Patrimônio de Referência de R$ 10,3 bilhões, apresentando aumento de R$ 574,9 milhões (+5,9%) em relação ao PR do trimestre anterior, sendo que 89,8% do valor do PR é composto por Capital de Nível I. O Capital Nível I encerrou o período em R$ 9,3 bilhões, apresentando aumento de R$ 626,3 milhões em relação ao trimestre anterior, devido principalmente, ao resultado apresentado no período.
Apresentamos a baixo o detalhamento da composição do patrimônio de referência do Banco:
Tri Ano
Patrimônio Líquido Consolidado 10.339 9.913 9.250 4,3% 11,8%
Deduções do Capita l Principal (2.299) (2.369) (2.680) ‐3,0% ‐14,2%
Capital Principal 8.040 7.544 6.570 6,6% 22,4%
Instrumentos elegíveis a compor o Capita l Complementar 1.281 1.151 1.230 11,3% 4,2%
Deduções do Capita l Complementar ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Capital Complementar 1.281 1.151 1.230 11,3% 4,2%
Nível I (Capital Principal+Capital Complementar) 9.322 8.695 7.801 7,2% 19,5%
Instrumentos elegíveis para compor Nível I I 1.062 1.113 1.930 ‐4,6% ‐45,0%
Nível II 1.062 1.113 1.930 ‐4,6% ‐45,0%
Patrimônio de Referência (Nível I+Nível II) 10.383 9.808 9.730 5,9% 6,7%
Composição do Patrimônio de Referência (PR) set‐19 jun‐19 set‐18Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Informações adicionais sobre os instrumentos que compõe o PR estão disponíveis no capítulo F (Anexo 1 e Anexo 2) do presente relatório.
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1.3 Ativos Ponderados pelo Risco
O RWA, conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN, é composto pela soma dos ativos ponderados pelo risco referentes aos riscos de crédito, mercado e operacional:
Sendo que:
RWACPAD: é parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada (Circular nº 3.644 do Bacen);
RWACAM: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial (Circular nº 3.641 do Bacen);
RWAJUR: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação de taxas de juros classificadas na carteira de negociação (Circulares nº 3.634, nº 3.635, nº 3.636 e nº 3.637 do Bacen);
RWACOM: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias – commodities (Circular nº 3.639 do Bacen);
RWAACS: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação do preço de ações classificadas na carteira de negociação (Circular nº 3.638 do Bacen);
RWAOPAD: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada (Circular nº 3.640 do Bacen).
O Capital Exigido é obtido a partir das parcelas dos Ativos Ponderados pelo Risco, sendo apurado da seguinte maneira:
Capital Exigido = Fator F x RWA
Onde Fator F é igual:
2015 2016 2017 2018 2019
11% 9,875% 9,25% 8,625% 8%
A evolução da composição do RWA é apresentada de forma consolidada por meio da tabela abaixo:
Trimestre Ano
Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) 66.319 61.879 59.362 7,2% 11,7%
Risco de Crédi to (RWACPAD) 55.841 53.414 51.840 4,5% 7,7%
Risco de Mercado (RWAMPAD) 4.174 2.063 1.926 102,3% 116,8%
Risco Operacional (RWAOPAD) 6.304 6.401 5.597 ‐1,5% 12,6%
Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Composição dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) set‐19 jun‐19 set‐18
A seguir, é apresentada em detalhes a composição do RWA pelos Riscos de Crédito, Mercado e Operacional.
Risco de Crédito Risco de Mercado
RWACAM + RWAJUR + RWACOM + RWAACSRWACPAD RWAOPADRWA = + +
Risco Operacional
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1.3.1 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWACPAD)
A Instituição utiliza a Abordagem Padronizada, definida pela Circular nº 3.644 do Bacen, para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital (RWACPAD). O valor apurado para o RWACPAD é reportado mensalmente para a Alta Administração, juntamente com o quadro do Índice de Basileia.
Trimestre Ano
Risco de Crédito (RWACPAD) 55.841 53.414 51.840 4,5% 7,7%
FPR de 2% 48 47 41 1,0% 16,0%
FPR de 20% 93 148 247 ‐37,6% ‐62,6%
FPR de 50% 1.484 853 1.300 74,0% 14,1%
FPR de 75% 30.320 29.124 25.906 4,1% 17,0%
FPR de 85% 10.662 10.276 8.441 3,8% 26,3%
FPR de 100% 10.054 10.242 13.404 ‐1,8% ‐25,0%
FPR de 150% ‐ ‐ ‐ N/A N/A
FPR de 250% 2.132 2.022 1.936 5,4% 10,1%
FPR de 300% 283 283 ‐ 0,0% N/A
FPR de 1250%1 ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Sem Fator de Ponderação de Risco Especificado 766 418 564 83,1% 35,8%
(1) Refere‐se ao RWA dos ativos deduzidos da apuração do Capital Principal, conforme resolução vigente.
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Composição do RWACPAD por FPR set‐19 jun‐19 set‐18Variação
1.3.2 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWAMPAD)
A Instituição utiliza a abordagem padronizada para o cálculo da parcela dos ativos ponderados de risco (RWA), relativa ao cálculo de capital requerido para risco de mercado (RWAMPAD). Conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN, a parcela RWAMPAD consiste no somatório dos seguintes componentes: RWACAM, RWAJURS, RWACOM e RWAACS. A tabela abaixo apresenta os valores dos ativos ponderados de risco de mercado (RWAMPAD):
Trimestre Ano
Risco de Mercado (RWAMPAD) 4.174 2.063 1.926 102,3% 116,8%
RWACAM 2.037 230 660 784,9% 208,7%
RWAJURS 2.088 1.767 1.264 18,2% 65,2%
RWAJUR [1] 502 487 444 3,1% 13,2%
RWAJUR [2] 1.293 1.178 716 9,8% 80,6%
RWAJUR [3] 292 102 104 186,5% 181,4%
RWAJUR [4] ‐ ‐ ‐ N/A N/A
RWACOM ‐ ‐ ‐ N/A N/A
RWAACS 49 66 2 ‐25,6% 2451,8%
Composição do RWAMPAD set‐19 jun‐19 set‐18Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
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A tabela a seguir apresenta o valor das operações sujeitas ao risco de variação das taxas de juros da carteira bancária (RBAN):
Trimestre Ano
RBAN 222 487 412 ‐54,4% ‐46,1%
1 ‐ Operação não classificada na carteira de negociação. A partir de Mar/18 RBAN apurado pelas metodologias Delta EVE e Delta NII.
Valor do PR requerido para cobertura da RBAN(1) set‐19 jun‐19 set‐18
Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN:
RWACAM: Operações sujeitas às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial; RWAJURS: Operações sujeitas à variação de taxas de juros, sendo: RWAJUR [1]: Variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real; RWAJUR [2]: Variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras; RWAJUR [3]: Variação de taxas dos cupons de índices de preços; RWAJUR [4]: Variação de taxas dos cupons de taxas de juros.
RWACOM: Operações sujeitas à variação dos preços de mercadorias (commodities); RWAACS: Operações sujeitas à variação do preço de ações; RBAN: Operações sujeitas à variação taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação.
1.3.3 Ativos Ponderados de Risco Operacional (RWAOPAD)
A Instituição utiliza a Abordagem Padronizada Alternativa (ASA) definida pela Circular nº 3.640 do Bacen para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA), relativa ao cálculo de capital requerido para risco operacional (RWAOPAD). A tabela a seguir apresenta a abertura dos ativos ponderados de risco operacional:
Trimestre Ano
Risco Operacional (RWAOPAD)1 6.304 6.401 5.597 ‐1,5% 12,6%
1 ‐ Parcela de Risco Operacional para as empresas financeiras.
Composição do RWAOPAD set‐19 jun‐19 set‐18Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
1.4 Análise da Suficiência de Capital (Visão Regulatória)
A análise da suficiência de capital na visão regulatória tem como objetivo avaliar se a Instituição possui Patrimônio de Referência (capital disponível) em nível superior ao capital exigido para cobertura dos riscos de Pilar I, acrescido da exigência adicional para cobertura do risco de variação das taxas de juros da carteira bancária (RBAN) conforme a Circular nº 3.3652 do Bacen.
2 A partir de janeiro de 2019 entra em vigor, para as instituições enquadradas no segmento S2, a Circular nº 3.876 de 31 de janeiro de 2018 que dispõe sobre
novas orientações para avaliação do risco de variação das taxas de juros em instrumentos classificados na carteira bancária.
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Tri Ano
Patrimônio de Referência (PR) (a) 10,383 9,808 9,730 5.9% 6.7%
Capita l Nível I (b) 9,322 8,695 7,801 7.2% 19.5%
Capital Principal (c) 8,040 7,544 6,570 6.6% 22.4%
Capital Complementar 1,281 1,151 1,230 11.3% 4.2%
Capita l Nível I I 1,062 1,113 1,930 ‐4.6% ‐45.0%
Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) (d) 66,319 61,879 59,362 7.2% 11.7%
Risco de Crédi to (RWACPAD) 55,841 53,414 51,840 4.5% 7.7%
Risco de Mercado (RWAMPAD) 4,174 2,063 1,926 102.3% 116.8%
Risco Operacional (RWAOPAD) 6,304 6,401 5,597 ‐1.5% 12.6%
Capital Exigido (e) 5,305 4,953 5,120 7.1% 3.6%
Margem do PR em relação ao Capital Exigido (a ‐ e) 5,078 4,855 4,610 4.6% 10.1%
RBAN (f) 222 487 412 ‐54.4% ‐46.1%
Margem do PR em relação ao Capital Exigido c/ RBAN (a ‐ e ‐ f) 4,856 4,368 4,198 11.2% 15.7%
Adicional de Capital Principal 1,658 1,547 1,113 7.2% 49.0%
Análise da Suficiência de Capital na Visão Regulatória set‐19 jun‐19 set‐18Variação
Em 2016 entrou em vigor a exigência de Adicional de Capital Principal (ACP), que é composto pelas parcelas de ACPConservação, ACPContracíclico e ACPSistêmico, definidas pela Resolução nº 4.193 do CMN, em conjunto com os Requerimentos Mínimos de Capital.
Tri Ano
ACPConservação 1.658 1.547 1.113 7,2% 39,0%
ACPContracícl ico ‐ ‐ ‐ N/A N/A
ACPSis têmico ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Total de Adicional de Capital Principal 1.658 1.547 1.113 7,2% 39,0%
(1) Conforme Comunicado BACEN 32.139/18 o ACPcontracíclico manteve‐se em 0% do montante de RWA. O RWArelativo às exposições
ao risco de crédito ao setor privado não bancário (RWACPrNB) foi de R$ 49,6bilhões no Brasil em dez/18.
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Adicional de Capital Principal set‐19 jun‐19 set‐18Variação
A Instituição encerrou set‐19 com um Índice de Basiléia em 15,7%, com uma margem de capital, calculada pela diferença entre o PR e o Capital Exigido, de aproximadamente R$ 4,8 bilhões (incluindo RBAN). O índice de Capital Nível I se manteve em 14,1%, e está 806 bps acima do limite regulamentar (6%), e também com Capital Principal suficiente para cobrir o ACP de conservação (2,5% limite inferior).
Tri Ano
IB ‐ Índice de Bas i léia (a / d) 15,7% 15,9% 16,4% ‐19 bps ‐73 bps
IN1 ‐ Índice de Capita l Nível I (b / d) 14,1% 14,1% 13,1% 0 bps 92 bps
ICP ‐ Índice de Capita l Principal (c / d) 12,1% 12,2% 11,1% ‐7 bps 106 bps
RA ‐ Razão de Alavancagem 7,9% 7,7% 6,7% 21 bps 123 bps
Variação
Consolidado Prudencial
Índices set‐19 jun‐19 set‐18
18
Abaixo a evolução anual do Índice de Basileia e Capital de Nível I sob a ótica regulatória:
9.7309.358
9.903 9.80810.383
5.120 5.128 4.941 4.953 5.305
4.198 3.9134.570 4.368 4.856
0
2 .0 00
4 .0 00
6 .0 00
8 .0 00
1 0. 00 0
1 2. 00 0
1 4. 00 0
1 6. 00 0
1 8. 00 0
set‐18 dez‐18 mar‐19 jun‐19 set‐19
Suficiência de Capital
Patrimônio de Referência (PR) Capital Exigido Margem(1)
Margem apurada considerando o Capital Exigido para cobertura dos riscos Pilar I considerando RBAN.
13,1% 13,6% 14,0% 14,0% 14,1%
6,0%
set/18 dez/18 mar/19 jun/19 set/19
Índice de Capital Nível I
Índice de Capital Nível I Limite Regulatório de Capital de Nível I
16,4% 15,7% 16,0% 15,8% 15,7%
8,63% 8,00%
set/18 dez/18 mar/19 jun/19 set/19
Índice de Basileia
Índice de Basileia Limite Regulatório do Índice de Basiléia
19
2. Razão de Alavancagem
A partir de 1º de outubro de 2015, entrou em vigor a Circular nº 3.748, que dispõe sobre a metodologia para a apuração da
Razão de Alavancagem (RA). Esta circular está alinhada com as recomendações contidas nos documentos de Basileia III,
divulgadas com o objetivo de aperfeiçoar a capacidade de as instituições financeiras absorverem choques provenientes do
próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, propiciando a manutenção da estabilidade financeira.
A Razão de Alavancagem (RA), conforme estabelecido na circular, é definida pela razão do Nível I sobre a Exposição Total da
Instituição:
Sendo que:
Nível I: corresponde ao somatório do Capital Principal e do Capital Complementar, conforme definido na Resolução nº
4.192;
Exposição Total: é apurada mediante a utilização de informações contábeis líquidas de provisões, adiantamentos recebidos,
rendas a apropriar e sem a dedução de nenhum tipo de mitigador, conforme definido pela Circular nº 3.748.
O limite mínimo da Razão de Alavancagem (RA) é de 3%, conforme Resolução nº 4.615 do Conselho Monetário Nacional.
Em Set‐19, o indicador de Razão de Alavancagem encerrou em 7,9%. As informações detalhadas sobre o RA estão disponíveis
no Anexo 3.
Trimestre Ano
Razão de Alavancagem 7,9% 7,7% 6,7% 21 bps 123 bps
Nível I 9.322 8.695 7.801 7,2% 19,5%
Expos ição Tota l 117.558 112.704 116.435 4,3% 1,0%
Composição RA set‐19 jun‐19 set‐18Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
3. Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital – ICAAP3
Em linha com a Resolução CMN nº 4.557, Circular Bacen nº 3.911 e Carta‐Circular Bacen nº 3.907, a Instituição realiza o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP) e seu respectivo relatório é disponibilizado ao Bacen anualmente, abrangendo o plano de capital, teste de estresse, plano de contingência de capital e gestão e avaliação da necessidade de capital frente aos riscos relevantes a que a Instituição está exposta, entre outros temas.
Conforme o relatório ICAAP da data‐base 31 de dezembro de 2018, a Instituição considera estar em níveis adequados de capitalização, uma vez que tanto o capital regulatório atual, quanto as projeções de capital alinhadas às estratégias para os próximos três anos, estão aderentes aos limites regulatórios e as métricas internas.
E. Gerenciamento de Riscos
O gerenciamento de riscos na Instituição é realizado para os riscos considerados relevantes pela Alta Administração (Riscos Materiais), os quais são tratados e monitorados por meio de processos específicos.
A identificação dos riscos materiais é realizada de maneira recorrente, a partir de metodologia interna específica e com a participação da área de riscos nos comitês relacionados à gestão dos negócios, tais como o Comitê Executivo e Comitê de Produtos e Tecnologia.
3 Internal Capital Adequacy Assessment Process.
20
1. Risco de Crédito
O objetivo da gestão do risco de crédito é apoiar a Alta Administração no processo decisório, definindo estratégias e políticas, estabelecendo limites operacionais, mecanismos de mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito em níveis considerados aceitáveis pela administração da Instituição.
1.1. Definição
O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas a:
a. Não cumprimento pela contraparte (o tomador de recursos, o garantidor ou o emissor de títulos ou valor mobiliário adquirido), de suas obrigações nos termos pactuados;
b. Desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em instrumentos financeiros decorrentes da deterioração da qualidade creditícia da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador;
c. Reestruturação de instrumentos financeiros; ou d. Custos de recuperação de exposições de ativos problemáticos.
1.2. Princípios Básicos
Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de crédito aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de crédito contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:
Manuais e documentos contendo a estrutura organizacional, produtos relevantes, políticas corporativas, normas e procedimentos contendo fluxos e regras relacionados aos processos de governança, negócios e suporte de crédito;
Ambiente tecnológico englobando o ciclo de crédito com abrangência desde a admissão do risco, seu acompanhamento e monitoramento, até a reestruturação quando aplicável;
Processo de validação cobrindo os riscos envolvidos em sistemas, acurácia dos modelos para cálculo e qualidade dos dados processados, bem como, a abrangência dos documentos;
Estrutura de comitês e alçadas de aprovação de crédito;
Critérios e procedimentos de seleção de clientes e prevenção à lavagem de dinheiro;
Normas de análise, concessão e gestão de crédito;
Procedimentos de análise, aprovação e liberação de novos produtos com risco de crédito;
Procedimentos documentos de exceções à política de crédito;
Classificação da carteira em níveis de risco, ponderando o rating dos clientes, as garantias envolvidas e atrasos das operações;
Acompanhamento de concentrações setoriais e de grupos econômicos, bem como, monitoramento dos limites internos e regulatórios definidos dentro das políticas e normas;
Gestão de limites e risco de crédito de contraparte de instrumentos derivativos financeiros;
Avaliação do risco em operações de venda ou transferência de ativos;
Procedimentos formalizados contemplando o fluxo de recuperação de créditos;
Estabelecimento de limites para a realização de operações sujeitas ao risco de crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado (grupo com interesse econômico comum) e de tomadores ou contrapartes com características semelhantes;
Controle de garantias e instrumentos de mitigação de risco de crédito;
Monitoramento da carteira ativa de crédito por meio de indicadores com o objetivo de minimizar o risco de perdas;
Realização de testes de estresse, mensurando o efeito combinado de movimentos adversos em indicadores macroeconômicos, estimando impactos financeiros afetando a inadimplência, provisões e consequentemente, o capital disponível e exigido; e
Emissão de relatórios gerenciais periódicos para a Alta Administração, com indicadores do desempenho do gerenciamento do risco em decorrência das políticas e estratégias adotadas.
Adicionalmente, as atividades de gerenciamento de risco de crédito são realizadas por unidades específicas de controle, fortalecendo a atuação das mesmas com independências em relação às suas unidades de negociação.
21
1.3. Áreas Envolvidas
As funções de gerenciamento de risco de crédito compreendem um conjunto de atividades estratégicas, táticas e operacionais que permeiam toda a ‘cadeia de negócio’, desde o desenvolvimento de produtos, a concessão de limites, gestão da carteira, informações gerenciais, cobrança e recuperação de crédito, bem como o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados. Abaixo estão relacionadas as principais áreas envolvidas no processo de gerenciamento do risco de crédito.
Gestão de Risco de Crédito Varejo, Gestão de Risco de Fraudes e Gestão de Ciência de Dados
Tem como missão direcionar e monitorar continuamente o risco de crédito dos produtos de varejo, visando mitigar os riscos associados por meio de análises e estudos técnicos que podem resultar em políticas e monitorando indicadores de deterioração de risco de forma tempestiva. É composta por três estruturas, a saber:
Gestão de Risco de Crédito Varejo.
Gestão de Risco de Fraudes.
Gestão e Ciência de Dados.
Gestão de Risco de Crédito Atacado, Risco Integrado, Capital Regulatório e Risco Socioambiental
Tem como missão direcionar e monitorar continuamente o risco de crédito do segmento de Atacado, visando mitigar os riscos associados, apuração e análise da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) de risco de crédito e avaliação de aspectos socioambientais e parecer para subsídio à área de Concessão de Crédito. É composta por quatro estruturas, a saber:
Políticas de Crédito do Atacado e MIS e PDD Atacado.
Risco Integrado.
Capital Regulatório e Infraestrutura Atacado.
Risco Socioambiental.
Concessão de Crédito
Responsável pelo processo de análise e aprovação de crédito dos segmentos Corporate e Varejo e monitoramento recorrente das carteiras. É composta por quatro estruturas, a saber:
Crédito CIB ‐ Corporate & Investment Banking
Concessão de Crédito Varejo
Monitoramento de Crédito
Planejamento e Controle
Reestruturação de Crédito & Ativos Especiais/Gestão de Portfólio de Riscos (GPR)
A área de Reestruturação de Crédito & Ativos Especiais / Gestão de Portfólio de Riscos (GPR) é responsável pela definição da estratégia, gestão e negociação de casos problemáticos do segmento Corporate do Banco Votorantim.
Cobrança Varejo
A área de Cobrança Varejo, inserida na estrutura da Diretoria de Varejo, é responsável principalmente pela gestão de crédito inadimplentes do segmento Varejo. É composta por três estruturas, a saber:
Recuperação de Crédito Varejo.
Planejamento de Cobrança Varejo.
Gestão BNDU – Bens não de Uso.
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1.4. Gestão do Risco de Crédito
A Instituição realiza a gestão do risco de crédito por intermédio da adoção de instrumentos e ferramentas que permitem a identificação, mensuração, avaliação, mensuração, monitoramento, reporte e controle do risco incorrido em suas atividades nas principais etapas do risco de crédito, sendo elas a concessão de crédito, monitoramento de crédito e recuperação de crédito.
Concessão de Crédito: O processo de concessão de crédito do segmento de Atacado é pautado por avaliações detalhadas
dos clientes que desejam renovar ou solicitar créditos ou limites para os seus negócios. No processo de admissão, a Instituição conta com sistema para cadastro de clientes (conheça seu cliente ‐ Know Your Client “KYC”), concessão e aprovação de propostas de limites de crédito. Na avaliação de determinada oportunidade de concessão de crédito são considerados aspectos relativos ao controle acionário e à gestão da empresa, informações econômico‐financeiras, ambiente competitivo, aspectos de mercado e setor econômico, entre outros. Adicionalmente, deve ser atribuída uma classificação de risco de crédito (rating) aos clientes, cuja validade máxima é de 12 (doze) meses, conforme Resolução nº 2682/99 do CMN. Após a avaliação é elaborada uma apresentação de crédito, que compila os principais pontos de riscos e seus mitigantes, incluindo o risco socioambiental, que devem ser analisados pelos Comitês de Crédito. Já no segmento de Varejo, as propostas de crédito tramitam por sistema automatizado e parametrizado, suportado por modelos estatísticos, que propiciam maior agilidade e confiabilidade na tomada de decisão sobre a concessão do crédito. Para casos onde os modelos estatísticos não decidem automaticamente, a mesa de crédito realiza uma verificação mais detalhada de todos os aspectos que envolvem o contrato, com intuito de decidir o crédito.
Monitoramento de crédito: O objetivo é realizar o monitoramento recorrente das carteiras do segmento de Atacado, capturando sinais de alerta que identifiquem, com propriedade, antecedência e de forma tempestiva, a deterioração de crédito em nível individual e agregado visando assegurar a boa qualidade do portfólio. No Varejo, a Instituição realiza o monitoramento do risco de crédito por meio de indicadores de desempenho e relatórios gerenciais da carteira de crédito.
Cobrança: A área de cobrança compõe a Diretoria de Varejo e atua a partir da identificação de inadimplência em operações de crédito. É responsabilidade da área implementar estratégias, políticas e processos voltados à maximização da recuperação dos créditos inadimplentes.
A seguir as exposições ao risco de crédito de operações com características de concessão de crédito, conforme Circ. nº 3.644:
1.4.1. Exposição Total e Média no Trimestre
Tri Ano
Pessoa Física 40.586 39.091 35.894 3,8% 13,1%
Cons ignado 1.402 1.555 2.077 ‐9,9% ‐32,5%
Veículos e Arrendamento Mercanti l 35.747 34.220 31.015 4,5% 15,3%
Cartão de Crédi to(1) 2.674 2.602 2.261 2,8% 18,3%
Outros 763 713 541 6,9% 41,0%
Pessoa Jurídica 9.275 10.015 10.898 ‐7,4% ‐14,9%
Investimento 1.254 1.355 2.112 ‐7,5% ‐40,6%
Importação e Exportação 3.226 3.632 3.391 ‐11,2% ‐4,9%
Capita l de Giro, Desconto de Títulos , Conta
Garantida e Cheque Empresaria l2.049 2.027 2.066 1,1% ‐0,8%
Crédito Rural 492 157 224 213,7% 119,9%
Outros 2.254 2.844 3.104 ‐20,7% ‐27,4%
Avais e Fianças 4.523 3.951 3.352 14,5% 34,9%
Total da Exposição 54.384 53.056 50.144 2,5% 8,5%
Valor Médio no Trimestre 53.720 52.359 49.878 2,6% 7,7%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Exposição Total e Média no Trimestre set‐19 jun‐19 set‐18Variação
23
1.4.2. Exposição por Países e Região Geográfica
C entro -Oeste
N o rte N o rdeste Sudeste SulT o tal B rasil
Pessoa Física 3.504 1.329 4.738 22.919 8.095 40.586 ‐ 40.586 39.091 35.894 3,8% 13,1%
Cons ignado ‐ ‐ ‐ 1.402 ‐ 1.402 ‐ 1.402 1.555 2.077 ‐9,9% ‐32,5%
Veículos e Arrendamento
Mercanti l3.334 1.317 4.485 18.803 7.807 35.747 ‐ 35.747 34.220 31.015 4,5% 15,3%
Cartão de Crédi to1 99 ‐ 180 2.250 146 2.674 ‐ 2.674 2.602 2.261 2,8% 18,3%
Outros 70 12 73 464 143 763 ‐ 763 713 541 6,9% 41,0%
Pessoa Jurídica 453 71 350 5.985 1.418 8.277 998 9.275 10.015 10.898 ‐7,4% ‐14,9%
Investimento 39 39 63 918 194 1.254 ‐ 1.254 1.355 2.112 ‐7,5% ‐40,6%
Importação e Exportação 306 11 129 1.672 556 2.675 551 3.226 3.632 3.391 ‐11,2% ‐4,9%
Capita l de Giro, Desconto
Títulos , Conta Garantida
e Cheque Empresaria l
60 21 131 1.518 319 2.049 ‐ 2.049 2.027 2.066 1,1% ‐0,8%
Crédito Rura l 10 ‐ 13 214 254 492 ‐ 492 157 224 213,7% 119,9%
Outros 38 ‐ 14 1.662 94 1.808 447 2.254 2.844 3.104 ‐20,7% ‐27,4%
Avais e Fiança 94 206 91 3.681 248 4.320 203 4.523 3.951 3.352 14,5% 34,9%
Total da Exposição 4.051 1.607 5.180 32.585 9.761 53.183 1.201 54.384 53.056 50.144 2,5% 8,5%
1 ‐ Inclui limites
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Exposição por países e
regiões geográficas
set‐19
jun‐19 set‐18
Variação
Brasil
T o tal Exterio r
T o tal B rasil + Exterio r
Tri Ano
1.4.3. Exposição por Setor Econômico
Pessoa Física
Consignado
Veículos e
Arrendamento
Mercantil
Cartões de
crédito1
Outros
Produtos PFTotal Tri Ano
Total 1.402 35.747 2.674 763 40.586 39.091 35.894 3,8% 13,1%
1 ‐ Inclui limites
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Exposição Pessoa
Física
set‐19
jun‐19 set‐18
Variação
24
Pessoa Jurídica e Avais e Fiança
Invest .Impo rt .
e Expo rt .
C ap. de Giro , C o nta Garant ida, T it . D esc e
C heque Emp.
C rédito R ural
Outro s P ro duto
s P J
A vais e F ianças
T o tal Tri Ano
INSTITUICOES FINANCEIRAS 0 ‐ 60 ‐ 204 1.399 1.663 928 2.008 79,3% ‐17,1%
VAREJO 7 10 493 ‐ 521 326 1.358 1.040 943 30,6% 44,0%
ACUCAR E ALCOOL 217 1.019 19 7 ‐ 60 1.322 1.342 1.559 ‐1,5% ‐15,2%
INDUSTRIA ALIMENT. / BEBIDAS 36 75 257 25 222 115 729 553 457 31,8% 59,5%
COOPERATIVAS 22 293 ‐ 341 ‐ ‐ 655 401 256 63,2% 155,7%
OIL & GAS PRODUCAO 153 ‐ ‐ ‐ ‐ 424 577 590 419 ‐2,2% 37,6%
INDUSTRIA 0 152 56 ‐ 29 285 523 519 375 0,6% 39,3%
TELECOMUNICACOES ‐ ‐ 103 ‐ 128 272 503 770 819 ‐34,6% ‐38,5%
LOCADORAS 31 ‐ 100 ‐ 351 ‐ 482 663 268 ‐27,4% 79,6%
FERROVIAS 337 ‐ ‐ ‐ 8 112 457 483 575 ‐5,5% ‐20,5%
PROJECT FINANCE 9 ‐ 4 ‐ ‐ 440 454 440 144 3,1% 214,6%
MONTADORAS/AUTO‐PECAS/CONCESSIONARIAS 3 112 26 ‐ 141 86 367 881 849 ‐58,3% ‐56,7%
AGROQUIMICA / IMPL. 6 198 84 45 ‐ 10 343 298 346 15,0% ‐1,0%
MINERACAO ‐ 150 ‐ ‐ 0 179 329 311 389 5,9% ‐15,4%
FRIGORIFICO BOVINOS ‐ 140 ‐ ‐ 167 ‐ 306 314 322 ‐2,4% ‐4,9%
CONSTRUCAO CIVIL ‐ INCORPORACAO ‐ ‐ 91 ‐ ‐ 183 274 247 136 10,9% 101,8%
SERVICOS 6 12 158 ‐ 6 78 259 317 341 ‐18,4% ‐24,1%
LOGISTICA 67 129 29 ‐ 24 ‐ 248 240 211 3,3% 17,8%
FARMACEUTICO ‐ 20 137 ‐ 38 50 246 191 141 28,6% 74,0%
TRADING AGRO 4 110 ‐ 30 ‐ 100 243 266 379 ‐8,5% ‐35,8%
OUTROS 357 808 432 44 416 403 2.460 3.171 3.313 ‐22,4% ‐25,7%
TOTAL Geral 1.254 3.226 2.049 492 2.254 4.523 13.798 13.965 14.250 ‐1,2% ‐3,2%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Exposição por setor econômico
Pessoa Jurídica e Avais e Fianças
set‐19
jun‐19 set‐18
Variação
1.4.4. Concentração de Crédito
O risco de concentração de crédito é definido como a possibilidade de perdas devido a exposições significativas a uma contraparte, a um grupo de contrapartes e a setores econômicos.
A Instituição dispõe de processos de avaliação do risco de concentração de crédito para as carteiras de atacado e varejo, principalmente por meio de monitoramento das carteiras por diferentes dimensões e segmentos internos, divulgados em diversos relatórios. Além disso, o Banco dispõe de normas que limitam a exposição às contrapartes e setores econômicos, e monitora mensalmente alguns destes indicadores de risco de concentração de credito por meio do Dashboard de Apetite de Riscos.
O quadro a seguir apresenta a evolução das exposições de crédito segregadas por faixa de maiores tomadores de operações com características de concessão de crédito, em valores e percentual da exposição total, conforme definições estabelecidas pela Circular n 3.644:
Dez maiores Expos ições 3.364 6,2% 3.475 6,5% 3.518 7,0% ‐3,2% ‐36 bps ‐4,4% ‐83 bps
Cinquenta maiores Expos ições 7.725 14,2% 8.300 15,6% 8.591 17,1% ‐6,9% ‐144 bps ‐10,1% ‐293 bps
Cem maiores Expos ições 10.227 18,8% 10.764 20,3% 11.175 22,3% ‐5,0% ‐148 bps ‐8,5% ‐348 bps
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Concentração das Exposições set‐19 jun‐19 set‐18Variação
Tri Ano
25
1.4.5. Prazo a decorrer das operações
Pessoa Física
Consignado
Veículos e
Arrendamento
Mercantil
Cartões de
crédito1
Outros
Produtos PFTotal Tri Ano
Até 6 meses ; 18 424 2.674 21 3.138 3.118 2.778 0,6% 13,0%
Acima de 6 meses até 1 ano; 66 1.196 ‐ 71 1.334 1.285 1.365 3,8% ‐2,3%
Acima de 1 ano até 5 anos ; 1.159 33.972 ‐ 626 40.586 34.325 31.215 18,2% 30,0%
Acima de 5 anos . 159 155 ‐ 44 357 363 537 ‐1,6% ‐33,5%
Total 1.402 35.747 2.674 763 40.586 39.091 35.894 3,8% 13,1%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Prazo a decorrer
Pessoa Física
set‐19
jun‐19 set‐18
Variação
1 ‐ Inclui limites
Pessoa Jurídica e Avais e Fianças
Invest.
Importação
e
Exportação
Cap. de
Giro, Conta
Garantida,
Tit. Desc e
Cheque
Emp.
Crédito
Rural
Outros
Produto
s PJ
Avais e
FiançasTotal Tri Ano
Até 6 meses ; 41 1.029 134 66 1.564 931 3.138 4.138 4.625 ‐24,2% ‐32,2%
Acima de 6 meses até 1 ano; 20 504 202 385 248 647 2.006 1.838 1.453 9,2% 38,0%
Acima de 1 ano até 5 anos ; 550 1.614 1.458 41 424 1.060 5.147 5.579 5.267 ‐7,7% ‐2,3%
Acima de 5 anos . 643 79 255 ‐ 18 1.885 2.881 2.411 2.905 19,5% ‐0,8%
Total 1.254 3.226 2.049 492 2.254 4.523 13.798 13.965 14.250 ‐1,2% ‐3,2%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Prazo a decorrer
Pessoa Jurídica e Avais e
Fianças
set‐19
jun‐19 set‐18
Variação
1.4.6. Operações em Atraso
A seguir é demonstrado o montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações já baixadas para prejuízo, segmentado por:
Países e regiões geográficas do Brasil
Entre 15
e 60 dias
Entre 61
e 90 dias
Entre 91 e
180 dias
Entre 181
e 360 dias
Acima
de 360Total Tri Ano
Brasil 2.555 660 1.653 1.102 186 6.155 6.281 5.114 ‐2,0% 20,4%
Centro‐Oeste 230 56 142 82 6 515 523 428 ‐1,4% 20,3%
Norte 102 24 51 26 2 205 202 152 1,8% 34,7%
Nordeste 319 88 234 145 10 797 815 704 ‐2,3% 13,2%
Sudeste 1.433 377 949 551 157 3.468 3.489 2.981 ‐0,6% 16,3%
Sul 471 114 277 297 11 1.170 1.252 849 ‐6,5% 37,8%
Exterior ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Total 2.555 660 1.653 1.102 186 6.155 6.281 5.114 ‐2,0% 20,4%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Montante em atraso por
países
e região geográfica
set‐19
jun‐19 set‐18
Variação
26
Setor econômico
Entre 15
e 60 dias
Entre 61
e 90 dias
Entre 91 e
180 dias
Entre 181
e 360 dias
Acima
de 360Total Tri Ano
AÇUCAR E ALCOOL ‐ ‐ 18 156 118 292 275 223 6,0% 30,6%
TRADING AGRO ‐ ‐ 53 ‐ ‐ 53 53 ‐ 0,0% N/A
PRODUTOR RURAL PJ 4 0 ‐ 7 ‐ 11 7 ‐ 56,0% N/A
AGROINDUSTRIA ‐ ‐ 8 ‐ ‐ 8 8 ‐ 0,0% N/A
CERAMICAS 1 4 ‐ ‐ ‐ 5 ‐ ‐ N/A N/A
MONTADORAS/AUTO‐PECAS/CONCESSIONARIAS ‐ 4 0 ‐ ‐ 4 5 8 ‐21,0% ‐52,0%
SERVICOS ‐ ‐ 3 ‐ ‐ 3 2 ‐ 96,3% N/A
LOCADORAS ‐ ‐ 3 ‐ ‐ 3 22 6 ‐85,5% ‐41,7%
INDUSTRIA ‐ ‐ 2 ‐ ‐ 2 2 5 0,0% ‐66,4%
VAREJO 2 ‐ 0 ‐ ‐ 2 ‐ 0 N/A 3722,6%
CONSTRUCAO CIVIL ‐ PESADA 1 ‐ ‐ ‐ ‐ 1 ‐ ‐ N/A N/A
OUTROS ‐ ‐ 0 ‐ ‐ 0 39 80 ‐99,3% ‐99,6%
Total PJ 8 8 87 163 118 383 412 323 ‐7,0% 18,6%
Varejo PF 2.547 652 1.566 939 68 5.772 5.869 4.791 ‐1,6% 20,5%
Total 2.555 660 1.653 1.102 186 6.155 6.281 5.114 ‐2,0% N/A
Montante em atraso por setor econômico
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
set‐19
jun‐19 set‐18
Variação
1.4.7. Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
O quadro a seguir apresenta a movimentação das provisões para crédito de liquidação duvidosa e operações baixadas para prejuízo, segregadas por varejo e atacado:
Variação
Varejo Atacado Total Trimestre
Saldo inicial 2.506 1.401 3.907 3.631 7,6%
Consti tuições / Reversões 582 46 628 1.246 ‐49,6%
Baixas para prejuízo (446) (8) (454) (970) ‐53,2%
Saldo Final 2.642 1.439 4.081 3.907 4,5%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Provisões para Crédito de
Liquidação Duvidosa
3º Tri 20193º Tri 2018
1.5. Mitigação de Risco de Crédito
O risco de collateral (garantias), este é definido como a possibilidade de perdas em função da deterioração do valor, da impossibilidade de execução, da falha na formalização e da falta de liquidez da garantia concedida em determinada obrigação financeira pactuada com o Conglomerado.
As funções relacionadas ao processo de mitigação compreendem um conjunto de atividades funcionais distribuídas em diversas áreas da Instituição e está intrinsecamente relacionado ao ciclo de risco de crédito no que tange ao processo de concessão, controle, gestão e monitoramento do crédito e recuperação de crédito.
O Banco Votorantim dispõe de uma estrutura de governança para o gerencialmente do risco de crédito disposto em Comitês formados por executivos que periodicamente acompanham o apetite de risco de crédito, concentrações setoriais e por grupos econômicos, limites de exposição da carteira, contingências relacionadas à gestão do risco de crédito, entre outros. Além das estratégias e regras de crédito, a Instituição dispõe de políticas relacionadas à exigibilidade, formalização e monitoramento das garantias para suportar as operações de concessão e crédito, as quais também são avaliadas por esses fóruns que são incumbidos por avaliar as metodologias de mensuração e mitigação de riscos de crédito.
Para a carteira de varejo, o escopo contempla essencialmente as operações de financiamento de veículo, dada sua peculiaridade e relevância sobre a carteira total, e neste contexto, as garantias representam um importante mitigador de risco da operação (veículos). No processo de concessão de crédito, as garantias são avaliadas em conjunto com as demais informações necessárias à aprovação das propostas de crédito e tramitam por um processo automático de verificação e controle (formalização das garantias). Para o atacado, as garantias são avaliadas e classificadas em conjunto com as demais
27
informações necessárias à aprovação do limite de crédito, e considera alguns fatores relevantes em sua definição, tais como: o risco representado pelo cliente/operação, a praticidade e os custos incorridos em sua constituição, liquidez, valor da garantia em relação ao valor da dívida e controle do credor sobre sua própria garantia. A tabela a seguir apresenta o valor total mitigado pelos instrumentos definidos no §3º do art. 36 da Circular nº 3.644, segmentado por tipo de mitigador e por seu respectivo FPR, conforme os Arts. 37 a 39 da Circular nº 3.644.
Tri Ano
Depós i to à vis ta e depós i to a prazo; depós ito de poupança, em ouro ou em
títulos públ icos federa is ; letras financei ras de emissão própria ; garantia do
tesouro nacional e outras garantias .
0,0% 20.335 23.350 30.483 ‐12,9% ‐33,3%
Títulos Públ icos Federa is , conforme art. 37‐A da Ci rc. 3.644/13, garantidores de
expos ições compromissadas , que não atendam ao requis i to definido no inc. I
do paragrafo 6o do art. 37 da circular 3644/13.
10,0% ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Garantias dos pa íses e bancos centra is ; garantias prestadas por empresas
públ icas , outras garantias . 20,0% ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Garantias de ins ti tuições financeiras ; garantias prestadas por fundos ; depós ito
de títulos ; derivativos de crédito em que a ins ti tuição atue como contraparte
transferidora do ri sco e repasses de descontos em folha de pagamento de que
trata o art. 36, § 3º, inciso VIII , vinculados a operações de crédi to cons ignado.
Inciso VI, do art. 39 da Circ. 3.644/13, com redação dada pela Ci rc. 3.714/14.
50,0% 619 745 1.200 ‐16,9% ‐48,4%
1 ‐ Estão contempladas na tabela acima as seguintes garantias: títulos públicos federais utilizados como mitigador de operações compromissadas; Cash Colateral
utilizados em operações de crédito/ avais e fiança; e garantia do Tesouro Nacional para operação com o Estado do Mato Grosso.
Tipo de Mitigador1 FPR do
Mitigadorset‐19 jun‐19 set‐18
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Variação
Em complemento aos mitigadores utilizados para a apuração do capital necessário de risco de crédito apresentados acima, a tabela abaixo dispõe de outras garantias consideradas nas operações do atacado:
Tri Ano
Garantias Fidejussórias 8.080 7.948 8.250 1,7% ‐2,1%
Al ienação de Ações 1.217 1.233 1.431 ‐1,3% ‐15,0%
Al ienação Agro / Rural 464 338 315 37,4% 47,3%
Al ienação Bem Financiado 2.011 2.148 2.306 ‐6,4% ‐12,8%
Al ienação de Estoques de Mercadorias 505 521 484 ‐3,0% 4,4%
Al ienação de Imóveis 709 650 658 9,1% 7,8%
Al ienação de Máquinas e Equipamentos 562 562 614 ‐0,1% ‐8,5%
Al ienação de Veículos 55 66 56 ‐17,3% ‐2,1%
Al ienação Embarcações 7 7 7 0,0% 1,1%
Al ienação Aeronaves 103 103 103 0,0% ‐0,3%
Apl icações de Renda Fixa 867 851 929 1,9% ‐6,7%
Apl icações de Renda Variável 472 328 425 43,6% 11,0%
Cessão de Dupl icatas 362 282 163 28,3% 121,8%
Hipoteca de Imóveis 1.156 1.105 1.311 4,6% ‐11,8%
Hipoteca de Embarcações 0 0 0 0,0% 10,6%
Penhor Agro / Rura l 230 201 267 14,4% ‐13,8%
Penhor Mercanti l 189 168 193 12,3% ‐2,3%
Total de Garantias 16.988 16.512 17.512 2,9% ‐3,0%
1 ‐ Operações do atacado
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Garantias1 set‐19 jun‐19 set‐18
Variação
1.6. Risco de Crédito da Contraparte
O risco de crédito da contraparte é definido como a possibilidade de perdas decorrentes do não cumprimento de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam fluxos bilaterais, incluindo a negociação de ativos financeiros ou de derivativos.
As funções de gerenciamento do risco de crédito da contraparte são desempenhadas por unidades específicas, com atribuições definidas, conforme apresentado a seguir:
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Produtos Derivativos
Concessão de Crédito Atacado
Risco de Mercado e Liquidez
Capital Regulatório
Política de Risco de Crédito Atacado 1.6.1. Gestão do Risco de Crédito da Contraparte
A Instituição considera que o risco de crédito da contraparte está presente, principalmente, nas operações com instrumentos financeiros derivativos, operações a liquidar, operações compromissadas e empréstimos de ativos. Para as operações de derivativos, são realizados classificações e tratamentos específicos quanto a existência de contraparte central.
Operações sem contraparte central: o processo de gestão e controle para operações de derivativos sem contraparte central é feito definindo para cada cliente limites de crédito específicos para estas operações. As políticas e normas de crédito adotadas pela Instituição são empregadas tanto na definição quanto no acompanhamento periódico desses limites.
Operações com contraparte central: operações com contraparte central possuem cláusulas contratuais (chamadas de margens, etc.) que mitigam o risco de crédito de contraparte.
A Instituição dispõe de estruturas dedicadas à gestão de limites, com o objetivo de acompanhar o comportamento da carteira e comunicar a Alta Administração, por meio de relatórios periódicos, o nível de exposição e eventuais extrapolações de limites. O quadro a seguir apresenta os valores referentes à exposição dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação nos quais a câmara atue como contraparte central, com garantia ou sem garantia, conforme definições da Circular nº 3.644:
Trimestre Ano
Câmara Atue como Contraparte Centra l (Bolsa) 617 466 409 32,5% 51,0%
Câmara Não Atue como Contraparte Centra l (Balcão) 19.407 21.648 29.838 ‐10,4% ‐35,0%
Com Garantia 17.963 20.832 27.713 ‐13,8% ‐35,2%
Sem Garantia 1.444 816 2.125 77,0% ‐32,1%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Valores das exposições sujeitas ao
Risco de Crédito da Contraparteset‐19 jun‐19 set‐18
Variação
O quadro a seguir apresenta o valor positivo bruto das exposições sujeitas ao risco de crédito da contraparte:
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Trimestre Ano
(+) Valor Positivo Bruto Total 26.030 24.037 33.349 8,3% ‐21,9%
Câmara Atue como Contraparte Centra l (Bolsa) 1.786 1.912 1.007 ‐6,6% 77,4%
Câmara Não Atue como Contraparte Centra l (Ba lcão) 24.244 22.125 32.343 9,6% ‐25,0%
Derivativos 5.341 861 2.912 520,4% 83,4%
Operações a Liquidar 52 5 99 958,4% ‐47,3%
Empréstimos de Ativos (Aluguel de ações) ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Operações Compromissadas 18.851 21.259 29.331 ‐11,3% ‐35,7%
(‐) Garantias 18.477 21.300 28.462 ‐13,3% ‐35,1%
Garantias em condições específicas1 17.963 20.832 27.713 ‐13,8% ‐35,2%
Demais Garantias2 514 468 749 9,8% ‐31,4%
(‐) Acordos de Compensação e Liquidação de Operações 413 318 331 29,7% 24,5%
(=) Exposição Global Líquida 7.140 2.419 4.556 195,2% 56,7%
2 ‐ Garantias Reais
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
1 ‐ a) sejam mantidas ou custodiadas na própria instituição; b) tenham por finalidade exclusiva a constituição de garantia para as
operações a que se vinculem; c) estejam sujeitas à movimentação, exclusivamente, por ordem da instituição depositária; e d) estejam
imediatamente disponíveis para a instituição depositária no caso de inadimplência do devedor ou de necessidade de sua realização;
Valor positivo bruto das exposições sujeitas
ao Risco de Crédito da Contraparteset‐19 jun‐19 set‐18
Variação
A partir da data‐base jun‐14 as informações sobre risco de crédito da contraparte são apuradas conforme base de
informações utilizadas no atendimento da Circular nº 3.644. 1.6.2. Derivativos de Crédito O quadro a seguir apresenta o valor nocional dos derivativos de crédito mantidos na carteira da Instituição, segregados por exposições de risco transferido e de risco recebido:
Trimestre Ano
Posição Ativa – Risco Recebido 419 519 242 ‐19% 73%
Swap´s de Crédi to 419 519 242 ‐19% 73%
Posição Passiva – Risco Transferido 292 345 11 ‐15% 2555%
Swap´s de Crédi to 292 345 11 ‐15% 2555%
Derivativos de Crédito Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
set‐19 jun‐19 set‐18
1.7. Aquisição, venda e transferência de ativos financeiros
O Banco pode vir a realizar operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros para carteiras do Atacado e do Varejo, orientado pela estratégia de crédito definida pela Instituição ou a partir da identificação de oportunidade de negócio. Estas operações, em sua natureza, podem ser realizadas com retenção ou transferência substancial dos riscos e benefícios. Sob este aspecto, o Banco dispõe de políticas que visam estabelecer critérios adequados para uma correta avaliação quanto à retenção ou transferência de riscos e benefícios em operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros e por meio destas políticas, define as condições gerais como restrições, critérios para a seleção da Instituição compradora, documentações necessárias da carteira, forma de pagamento dos contratos, dentre outros.
1.7.1. Exposições Cedidas
Em geral as operações de venda ou transferência de ativos financeiros realizados pelo Banco estão relacionadas principalmente às cessões de recebíveis de contratos de empréstimos consignados e financiamentos de veículos (adimplentes ou inadimplentes) e ativos da carteira do Atacado. Tais cessões estão alinhadas as estratégias de captação de recursos para novas operações e gestão de portfólio e são normalmente negociadas com outras instituições financeiras, securitizadoras ou fundos de investimento.
30
Para a data‐base set‐19 não há saldo das operações cedidas com coobrigação antes da Resolução nº 3.533. O quadro a seguir apresenta o saldo das operações cedidas, segregadas conforme o tipo de coobrigação e cessionário (pós Resolução nº 3.533):
Trimestre Ano
Com retenção substancia l dos ri scos e benefícios
(com coobrigação)4.744 4.846 5.875 ‐2,1% ‐19,3%
Insti tuições financei ras 4.744 4.846 5.875 ‐2,1% ‐19,3%
1 ‐ Para o período apresentado não há exposições nas classificações : Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC);
Securitizadoras; Sociedade de Propósito Específico (SPE); Ajuste a mercado; e Outros.
Saldo das exposições cedidas
com retenção de riscos1 set‐19 jun‐19 set‐18
Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
A tabela a seguir apresenta as exposições cedidas nos últimos 12 meses, que tenham sido honradas, recompradas ou baixadas para prejuízo:
Honradas e/ou Recompradas 1.334 1.285 1.211 1.391
Ba ixadas para Prejuízo 122 56 21 51
Exposições cedidas que tenham sido honradas,
recompradas, ou baixadas para prejuízo3º Tri 2019 2º Tri 2019 1º Tri 2018 4º Tri 2018
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
No ano de 2018 e até a data‐base set‐19 não foram realizadas vendas de operações baixadas em prejuízo.
1.7.2 Exposições Adquiridas
O Banco esporadicamente adquire carteiras de créditos, a depender da oportunidade de negócio. A seguir, estão demonstrados os saldos das exposições adquiridas no período, segregadas por tipo e cedente:
Cedente Tipo de exposição Riscos e Benefícios Tri Ano
Cl ientes PJ Recebíveis Com transferência 1.686 1.849 2.178 ‐8,85% ‐22,60%
Cl ientes PJ Recebíveis Com retenção 2 2 2 0,00% ‐0,50%
Saldo das Exposições Adquiridas
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Variaçãoset‐19 jun‐19 set‐18
1.7.3 Securitização
Conforme a Circular nº 3.648 do BACEN, o processo de securitização define‐se como a utilização de um fluxo de recebimentos associado a um conjunto de ativos subjacentes para remuneração de títulos de securitização estruturados, podendo ter diferentes classes, que refletem categorias de priorização de pagamento. Sob este aspecto, o Banco atua no processo de securitização no papel de contraparte originadora de títulos de securitização, ou no assessoramento e coordenação da emissão dos títulos de securitização.
O Banco dispõe de normas internas que amparam o processo de avaliação e distribuição dos títulos e valores mobiliários advindos de processos de securitização, sendo as propostas das operações aprovadas nas alçadas competentes e Comitê de Crédito.
No 3º trimestre de 2019, a Instituição não finalizou nenhum processo de distribuição de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (“CRA”). Foram finalizadas duas operações de Certificados de Recebíveis Imobiliários (“CRI”), sendo a primeira no valor de R$ 601,8 milhões, tendo sido distribuído o valor total da emissão, e a segunda no valor de R$ 34 milhões, tendo sido distribuído o valor de R$ 30,6 milhões. A carteira de títulos de securitização é composta conforme abaixo:
31
Tradicional ou
SintéticaTipo do Título Tipo de ativo subjacente Classe Título Tri Ano
Tradiciona l CRI CCB2 N/A 11 4 9 201% 21%
Tradiciona l CRIDebêntures dest.
imobi l iáriaN/A 25 11 13 126% 88%
Tradiciona l CRA CDCA3 N/A 1 1 0 86% N/A
Tradiciona l CRACessão de recebíveis
com coobrigaçãoN/A 0 38 0 ‐100% N/A
Tradiciona l CRA NCE N/A 30 0 0 N/A 53855%
1 ‐ Conceito valor mtm com ajuste prudencial
2 ‐ CCB ‐ Cédula de Crédito Bancário
3 ‐ CDCA ‐ Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
VariaçãoSaldo das Exposições de Securitização1
set‐19 jun‐19 set‐18
Na data‐base Set‐19 a parcela de RWACPAD atribuída às exposições de securitização resultou em percentual inferior a 5% do valor total da parcela de RWACPAD na mesma data base.
2. Risco de Mercado
O controle de risco de mercado tem como objetivo apoiar a gestão do negócio, estabelecer os processos e implementar as ferramentas necessárias para avaliação e controle dos riscos de mercado, possibilitando a mensuração e acompanhamento dos níveis de apetite a risco definidos pela Alta Administração.
2.1 Definição
O risco de mercado é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes da flutuação nos valores de mercado de exposições detidas por uma Instituição Financeira. Estas perdas financeiras podem ser incorridas em função do impacto produzido pela variação de fatores de riscos, tais como taxas de juros, paridades cambiais, preços de ações e de commodities, entre outros.
2.2 Princípios Básicos
Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de mercado aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de mercado contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:
Envolvimento da Alta Administração: os comitês existentes estão estruturados com o objetivo de envolver a Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos;
Segregação de carteiras: para efeito da gestão e do controle consolidado do risco de mercado das exposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras, conforme a sua estratégia de negócio: carteira trading (negociação) ou carteira banking (não‐negociação);
Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução de operações e a definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização, pelo controle de riscos, compliance e controles internos e auditoria;
Definição de metodologias de precificação e cálculo de riscos: para efeito do controle de riscos são adotadas metodologias estruturadas, de utilização corporativa mandatória, baseadas em práticas de mercado e demais fatores que podem ser utilizados na marcação a modelo, de acordo com critérios prudenciais estabelecidos pelo regulador, que incluem custo de liquidação das posições, spread de risco de crédito, entre outros;
Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base nas medidas de riscos. Esta definição está estruturada com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis de apetite de risco definidos pela Instituição;
32
Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilização dos limites autorizados.
2.3 Áreas Envolvidas
As funções de gerenciamento de risco de mercado compreendem um conjunto de atividades funcionais que permeiam toda a ‘cadeia de negócio’, desde o desenvolvimento de produtos, a negociação de operações, a modelagem e o controle de risco de mercado e de resultado e a formalização, contabilização e liquidação de operações, bem como o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados. Tais funções são desempenhadas por unidades funcionais formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:
Risco de Mercado e Liquidez.
Tesouraria.
Operações.
Finanças.
2.4 Gestão do Risco de Mercado
2.4.1 Segregação das Carteiras
Para fins da gestão e do controle consolidado do risco de mercado das exposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras, de acordo com a sua estratégia de negócio: carteira trading (negociação) ou carteira banking (não‐negociação).
A carteira trading abrange todas as operações, instrumentos financeiros, mercadorias ou derivativos, detidos com a intenção de negociação, giro ou destinadas a hedging de outras operações integrantes da carteira trading, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. A carteira banking abrange todas as operações não classificadas como trading.
Os principais mecanismos que são adotados pelo Banco para a segregação de carteiras são:
A segregação de operações é feita com base na intenção das estratégias de negócio, capturadas no momento da negociação, refletindo a gestão proativa da tesouraria, podendo estas ser classificadas como trading ou banking;
Condições para classificação trading: intenção de negociação no curto prazo (noventa dias), não ter limitação à sua negociabilidade, serem marcadas a mercado diariamente e observar enquadramento aos prazos de giro e de carregamento definidos; e
Composição da carteira banking: inclui demais operações, instrumentos financeiros, mercadorias ou derivativos, que, por exclusão, não são detidas com a intenção exclusiva de negociação no curto prazo.
2.4.2 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle
O Banco adota um conjunto de medidas objetivas para gestão e controle de riscos de mercado.
VaR4 (Valor em Risco): busca determinar o risco decorrente de exposições de mercado, por meio da determinação da maior perda esperada dentro de um intervalo de confiança e de um horizonte de tempo;
Teste de estresse: utilizado para estimar as oscilações potenciais de valor nos instrumentos financeiros, que ocorrem em função de movimentos extremos das variáveis de mercado (ou fatores de risco);
Capital Regulatório de Risco de Mercado: compreende o capital regulatório apurado em decorrência das exposições das carteiras de negociação e não‐negociação;
Análises de Sensibilidade: é utilizada para estimar as oscilações potenciais de valor nos instrumentos financeiros, que ocorrem em função de choques predeterminados nos fatores de risco; e
Análise de GAP: consiste na mensuração dos descasamentos de fluxos de caixa por fator de risco.
sVaR (VaR estressado): O sVaR consiste numa medida complementar ao VaR Histórico, com o objetivo de simular, para a carteira atual da Instituição o impacto de períodos históricos de estresse não considerados na janela histórica de retornos do VaR.
4 Value‐at‐risk
33
As medidas de risco são utilizadas em conjunto com limites para a gestão do risco de mercado. Estes limites compreendem a definição dos valores máximos autorizados, em aderência às estratégias adotadas, ao leque de operações e produtos com negociação autorizada e consistentemente às premissas e metas orçamentárias. Existem três tipos de limites, conforme alçada de decisão:
Limites Superiores: apetite a risco do Conselho de Administração, limites máximos autorizados;
Limites Operacionais ‐ CCR: limites internos autorizados na alçada do Comitê de Controles e Riscos (CCR) sempre observando os Limites Superiores.
Limites Operacionais ‐ CRO: limites internos autorizados na alçada do Diretor de Riscos (CRO ‐ Chief Risk Officer), sempre observando os Limites Superiores e Operacionais ‐ CCR.
O estabelecimento de limites tem por base o apetite de risco e é definido de tal forma a possibilitar, de forma pragmática, o cumprimento das metas de performance financeira pretendidas. Os limites e as metas são compatibilizados por ocasião da programação orçamentária. Os valores estabelecidos nos limites são atualizados e revistos, com periodicidade mínima anual, juntamente com programação orçamentária.
2.4.3 Metodologia de Mensuração de Risco
Carteira Trading
A carteira trading é composta pelas operações que o Banco possui e que estão disponíveis para negociação. Para a mensuração do risco da carteira, o Banco adota metodologia de VaR por Simulação Histórica. O quadro a seguir apresenta a exposição da carteira trading, com abertura por fator de risco, segmentando as posições compradas e vendidas:
Tri Ano
72 (458) (3.648) 115,7% ‐102,0%
43.159 10.075 10.592 328,4% 307,5%
(43.087) (10.533) (14.240) ‐309,1% 202,6%
(27) (1.596) (595) 98,3% ‐95,5%
Comprado 5.919 3.459 1.984 71,1% 198,3%
Vendido (5.946) (5.055) (2.579) ‐17,6% 130,6%
(406) 44 142 ‐1022,7% ‐385,4%
Comprado 56.915 50.097 53.386 13,6% 6,6%
Vendido (57.321) (50.053) (53.244) ‐14,5% 7,7%
(73) 193 171 ‐137,8% ‐142,7%
Comprado 168 272 613 ‐38,2% ‐72,6%
Vendido (241) (79) (442) ‐205,1% ‐45,4%
22 29 1 ‐24,1% 2221,1%
Comprado 371 183 22 102,7% 1559,7%
Vendido (349) (154) (21) ‐126,6% 1530,4%
Mercadorias ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Comprado ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Vendido ‐ ‐ ‐ N/A N/A
TJLP / TR / TBF ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Comprado ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Vendido ‐ ‐ ‐ N/A N/A
Renda Variável
Comprado
Vendido
Cupom Moeda Estrangeira
Moeda Estrangeira
Inflação
Prefixado
Exposição da Carteira Trading set‐19 jun‐19 set‐18Variação
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Carteira Banking
34
A carteira banking é composta pelas exposições estruturais, decorrentes da concessão e manutenção das operações de
crédito, e das captações, que provêm funding para estas operações de crédito, independentemente dos prazos e moedas das
operações ou de suas segmentações comerciais (varejo, middle ou corporate). Também são consideradas na carteira banking
as operações destinadas a hedging do Patrimônio ou das operações de crédito ou de captação integrantes da carteira
banking. Esta carteira é também conhecida como a carteira estrutural, por compreender a gestão estrutural dos
descasamentos entre ativos e passivos.
Para a mensuração do risco da carteira banking, o Banco utiliza as metodologias de EVE (Change in Economic Value of Equity)
e NII (Change in Net Interest Income), adotando o máximo entre as duas. A seguir, a evolução do risco da carteira banking:
Tri Ano
222 487 412 ‐54,4% ‐46,1%
(*) A partir de Mar/18 RBAN apurado pelas metodologias Delta EVE e Delta NII.
Risco de Taxa de Juros da Cartei ra Banking
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking set‐19 jun‐19 set‐18Variação
O risco de variação de taxa de juros para instrumentos classificados na carteira bancária (IRRBB) é definido como o impacto,
atual ou prospectivo, de movimentos adversos das taxas de juros no capital e nos resultados da instituição financeira, para os
instrumentos classificados na carteira bancária, utilizando as seguintes métricas:
ΔEVE (Change in Economic Value of Equity): A abordagem de Valor Econômico calcula o efeito da variação da taxa de
juros a partir da remarcação econômica dos ativos e passivos da Instituição. Esta métrica avalia o impacto no capital
da instituição decorrente da venda ou liquidação hipotética de suas posições (ativos e passivos) em condições
diferentes das vigentes no mercado;
ΔNII (Change in Net Interest Income): A abordagem de Variação de Margem de Juros tem por objetivo capturar os
efeitos das variações nas receitas de intermediação da Instituição decorrentes de variações das taxas de juros.
Adicionalmente, o Banco Votorantim calcula as métricas citadas acima utilizando as premissas do modelo padronizado,
conforme a Circular 3.876/2018. Em atendimento ao artigo 39 desta circular, segue a descrição dos objetivos e políticas de
gerenciamento de risco relativo ao IRRBB.
São estimadas diariamente para a toda a carteira de ativos e passivos da Instituição análises de sensibilidade por vértice, por
fator de risco e testes de estresse, que utilizam cenários prospectivos e históricos. Os cálculos são realizados no nível de
operação pelo sistema de risco de mercado e os resultados são consolidados em diversas visões gerenciais, por tipo de risco
ou visão regulatória. Os resultados por fator de risco são consolidados para cada cenário analisado.
As métricas definidas acima são reportadas no Comitê de ALM e Tributos e estão incluídas no Apetite a Risco da Instituição,
aprovado pelo Conselho de Administração.
O acompanhamento das atividades de gerenciamento do risco da carteira bancária é parte integrante das atribuições dos
principais fóruns colegiados da Instituição, como o Conselho de Administração, o Comitê de Riscos e Capital, o Comitê
Executivo, o Comitê de ALM e Tributos e o Comitê de Controles e Riscos.
As áreas de gestão de riscos, validação de modelos e auditoria interna mantêm a segregação de estruturas e funções entre as
áreas envolvidas na execução e controle dos negócios, garantindo a independência das áreas e governança dos processos
relacionados às métricas de IRRBB.
A atuação da gestão e do controle do IRRBB envolve a definição de estratégias de hedges estruturais aprovados no Comitê de
ALM e Tributos, com o objetivo de proteger a margem de intermediação financeira da Instituição de variações adversas das
taxas de juros de mercado.
35
As métricas ΔNII e ΔEVE são calculadas em periodicidade mensal e diária, respectivamente, para todos os ativos e passivos
que constituem o escopo de exposições para o risco de variação de taxa de juros classificados na carteira bancária.
Para determinação dos choques de taxas de juros nas métricas de ΔNII e ΔEVE, foram adotados os cenários padronizados de
Basileia para o Brasil.
Não há utilização de premissas diferentes das exigidas para fins de divulgação das métricas de IRRBB.
As políticas de hedge estrutural têm por objetivo proteger a margem de intermediação financeira da Instituição de variações
adversas das taxas de mercado e permitir a gestão do risco estrutural do balanço. Os programas de Hedge Accounting
registram os ganhos ou perdas decorrentes dos instrumentos financeiros derivativos nos mesmos períodos contábeis do
objeto de hedge, reduzindo a volatilidade do resultado contábil.
A efetividade e os impactos decorrentes das políticas de hedge são aprovados e acompanhados no Comitê de ALM e Tributos,
conforme governança interna estabelecida e atendimento aos requisitos regulatórios e contábeis inerentes ao processo.
Dentre as premissas adotadas pela Instituição para o cálculo das métricas de ΔEVE e ΔNII, as mais relevantes são:
As opcionalidades comportamentais consideram o risco da antecipação de fluxos futuros dada a curva de pré‐
pagamento dos contratos da carteira, com base nos dados históricos e portfolios com características homogêneas;
Para a métrica de ΔNII, os instrumentos vincendos na carteira bancária são renovados com mesmo valor, período de
reapreçamento e componentes de spread;
Para a métrica de ΔEVE, com relação à carteira de crédito da BV Financeira, não são consideradas as margens
comerciais e outros componentes de spread no fluxo de reapreçamento.
1 Premissa de prazo médio de reprecificação atribuída aos depósitos sem vencimento contratual definido.
Não há posições relevantes (sensíveis a taxas de juros) de depósitos sem vencimento.
2 Premissa de prazo máximo de reprecificação atribuída aos depósitos sem vencimento contratual definido.
Não há posições relevantes (sensíveis a taxas de juros) de depósitos sem vencimento.
Informações quantitativas
36
Valores em milhões R$ ΔEVE a, b
ΔNII a, b
Data‐base março/2019 março/2019
Cenário paralelo de alta 387 18
Cenário paralelo de baixa ‐425 77
Cenário de aumento das taxas de
juros de curto prazo229 0
Cenário de redução das taxas de
juros de curto prazo‐245 0
Cenário steepener 3 0
Cenário flattener 89 0
Variação máxima 387 77
Data‐base março/2019 março/2019
Capital Nível I 11.074 11.074
(a) Modelo Padronizado.
(b) Os ganhos são representados por valores negativos e as perdas são representadas por valores positivos.
Divulgação de medidas de IRRBB
A tabela acima segue determinação da Circular 3.876/18, Anexo II, de divulgação com periodicidade anual.
2.4.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação A Instituição adota sistemas corporativos para mensuração e controle de riscos de mercado, combinando aplicativos desenvolvidos internamente com soluções de mercado, de atestada robustez. Estes sistemas compreendem o tratamento integrado de informações, de forma sequenciada:
A captura de preços e curvas de fontes independentes de mercado, refletindo parâmetros das condições efetivamente praticadas para negociação;
A captura do registro das operações negociadas e de seus dados cadastrais;
A atualização e o arquivamento contínuo destas informações em bases de dados estruturadas, com monitoramento de sua integridade e consistência contábil;
A apuração dos valores a mercado de posições, para fins contábeis, do acompanhamento gerencial de posições e de performance financeira realizada; e
O cálculo dos valores em risco, seguindo metodologias vigentes.
Complementarmente, a Instituição adota processo estruturado para a comunicação dos assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos de mercado. Este processo de comunicação compreende:
A emissão periódica de relatórios objetivos, nos quais são apresentadas as exposições e demonstrados os níveis de utilização de limites autorizados;
37
A realização periódica dos fóruns colegiados de acompanhamento, em observância às alçadas decisórias e nos quais são debatidos de forma participativa os assuntos em pauta; e
A emissão de mensagens eletrônicas específicas para reporte e monitoramento de ocorrências de extrapolação de limites ou de desenquadramento de operações, nas quais são identificadas posições e os gestores responsáveis.
2.4.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Desenquadramento de Operações
O procedimento adotado para o monitoramento da utilização de limites ou do desenquadramento de operações compreende duas etapas: (i) de comunicação e (ii) de re‐enquadramento.
Comunicação: Para comunicação são utilizadas mensagens padrão de ‘Alerta de Utilização’, indicando níveis pré‐estabelecidos de gatilho na utilização de limites, e de ‘Extrapolação de Limite’, indicando ocorrência de exposições superiores ao risco autorizado, são encaminhadas por meio eletrônico.
Re‐enquadramento: Eventual extrapolação de limites ou desenquadramento de operações implica obrigatoriamente na execução de estratégias de negociação para re‐enquadramento aos limites autorizados e redução dos valores utilizados. Estas estratégias são de responsabilidade dos gestores de negócio, considerando as condições do mercado, e acompanhadas no Comitê de Riscos e Controles subsequente.
2.4.6 Perfil da Carteira de Instrumentos Derivativos
O quadro a seguir apresenta a composição da carteira de instrumentos derivativos, com abertura por fator de risco, segmentando as posições por tipo de contraparte, local e se são compradas ou vendidas:
Contraparte Local C/V1 Tri Ano
C 73.020 30.449 41.233 139,8% 77,1%
V (104.162) (64.018) (71.299) 62,7% 46,1%
C ‐ ‐ 79 N/A ‐100,0%
V (2.984) (3.708) (3.733) ‐19,5% ‐20,1%
C 26.084 23.027 26.720 13,3% ‐2,4%
V (27.682) (24.092) (29.900) 14,9% ‐7,4%
C 2.945 2.307 98 27,7% 2912,8%
V (3.089) (2.795) (144) 10,5% 2047,0%
‐ (38.607) (36.947) ‐100,0% ‐100,0%
1 ‐ C ‐ Comprado e V ‐ Vendido
Contraparte Local C/V1 Tri Ano
C 30.007 27.841 27.382 7,8% 9,6%
V (28.766) (28.616) (27.877) 0,5% 3,2%
C ‐ ‐ ‐ N/A N/A
V ‐ ‐ ‐ N/A N/A
C 16.510 12.580 15.811 31,2% 4,4%
V (12.401) (9.746) (12.507) 27,2% ‐0,8%
C 135 131 95 3,1% 42,2%
V (254) (242) (144) 5,0% 76,9%
5.231 1.948 2.760 168,5% 89,5%
1 ‐ C ‐ Comprado e V ‐ Vendido
Líquido
Sem
Contraparte
Centra l
Bras i l
Exterior
Com
Contraparte
Centra l
Bras i l
Exterior
Líquido
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Fator de Risco: CÂMBIOset‐19 jun‐19 set‐18
Variação
Sem
Contraparte
Centra l
Bras i l
Exterior
Com
Contraparte
Centra l
Bras i l
Exterior
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Fator de Risco: JUROSset‐19 jun‐19 set‐18
Variação
38
Contraparte Local C/V1 Tri Ano
C 360 183 22 96,7% 1517,6%
V (342) (154) (75) 122,1% 355,5%
C 10 ‐ ‐ N/A N/A
V (7) ‐ ‐ N/A N/A
C ‐ ‐ ‐ N/A N/A
V ‐ ‐ ‐ N/A N/A
C ‐ ‐ ‐ N/A N/A
V ‐ ‐ ‐ N/A N/A
21 29 (53) ‐27,6% ‐139,7%
1 ‐ C ‐ Comprado e V ‐ Vendido
Líquido
Sem
Contraparte
Centra l
Bras i l
Exterior
Com
Contraparte
Centra l
Bras i l
Exterior
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Fator de Risco: AÇÕESset‐19 jun‐19 set‐18
Variação
Para as datas‐bases de referência a Instituição não possui exposição ao fator de risco Commodities em Derivativos.
A utilização de instrumentos derivativos é feita de forma dinâmica e em consonância com os limites autorizados e o retorno financeiro pretendido. Do perfil da carteira de derivativos, destacamos as exposições em derivativos de juros, com operações negociadas com contrapartes centrais, isto é, no mercado organizado de bolsas, no Brasil. Estas exposições são decorrentes da estratégia adotada pelo Banco para o hedge do risco de taxa de juros das carteiras estruturais.
2.4.7 Análises de Sensibilidade
O Banco Votorantim utiliza duas metodologias de análise de sensibilidade das suas exposições.
Análise 1 – Inicialmente, utiliza como método a aplicação de choques paralelos nas curvas dos fatores de risco mais
relevantes. Tal método tem como objetivo simular os efeitos no resultado da Instituição diante de cenários eventuais, os quais
consideram possíveis oscilações nas taxas de juros praticadas no mercado. Para efeito de simulação, são considerados dois
cenários eventuais, nos quais o fator de risco analisado sofreria um aumento ou uma redução da ordem de 10 pontos base.
Analise 1 ‐ Análise de sensibilidade para a carteira de não negociação:
+10 bps ‐10 bps +10 bps ‐10 bps
(16) 16 (11) 10
‐ ‐ 1 (1)
(1) 1 (1) 1
13 (13) (1) 1
(4) 4 (13) 11 Total
Cupons de índices de preços Cupons de índices de preços
Cupons de moedas estrangeiras Cupons de moedas estrangeiras
Taxa pré‐fixada Taxas pré‐fixadas de juros
Cupons de taxas de juros Cupons de taxas de juros
Valores em R$ milhões.
Fatores de risco Exposiçãoset‐19 set‐18
Análise 2 – São realizadas simulações que medem o efeito dos movimentos das curvas de mercado e dos preços sobre as
exposições mantidas pela Instituição, tendo como objetivo estimar os efeitos no resultado diante de três cenários específicos,
conforme apresentado a seguir:
• Cenário 1 ‐ Na construção desse cenário, as moedas e o índice IBOVESPA sofrem choques de 1,00% sobre o valor de fechamento em 30 de setembro de 2019. As curvas de juros pré‐fixado, de cupons de índice de preços, de cupons de moeda estrangeira e demais cupons de taxa de juros sofrem choques paralelos de 10 pontos base, ou seja, todos os valores, independente do prazo, aumentam em 0,10%.
• Cenário 2 ‐ Cenário com choque de 25% sobre as cotações de fechamento de 30 de setembro de 2019, conforme norma interna de precificação de ativos e análise econômica, consistente com as melhores práticas de mercado. As curvas de juros sofrem choques paralelos de magnitude de 25% das respectivas taxas para operações de 1 ano de 30 de setembro de 2019.
39
• Cenário 3 ‐ Cenário com choque de 50% sobre as cotações de fechamento de 30 de setembro de 2019, conforme norma interna de precificação de ativos e análise econômica, consistente com as melhores práticas de mercado. As curvas de juros sofrem choques paralelos de magnitude de 50% das respectivas taxas para operações de 1 ano de 30 de setembro de 2019.
Na análise feita para as operações classificadas na carteira banking, tem‐se que a valorização ou a desvalorização em
decorrência de mudanças em taxa de juros e preços praticados no mercado, não representam impacto financeiro e contábil
significativo sobre o resultado da Instituição. Isto porque esta carteira é composta, majoritariamente, por operações de
créditos, captações de varejo e títulos e valores mobiliários, cujo registro contábil é realizado, principalmente, pelas taxas
pactuadas na contratação das operações. Adicionalmente, destaca‐se o fato dessas carteiras apresentarem como principal
característica a classificação contábil disponível para venda e, portanto, os efeitos das oscilações em taxa de juros ou preços
são refletidos no Patrimônio Líquido e não no resultado. Há também operações atreladas naturalmente a outros instrumentos
(hedge natural), minimizando dessa forma os impactos em um cenário de estresse.
Nos quadros a seguir, encontram‐se sintetizados os resultados para a Carteira de Não Negociação (Banking), composta por títulos públicos e privados e instrumentos financeiros derivativos, apresentando os valores observados no último dia útil da data‐base em referência:
Choque Exposição Resultado
Aumento 8.169 (17)
Aumento (4.235) ‐
Aumento 206 2
Aumento 36 ‐
Aumento (207) ‐
Choque Exposição Resultado
Aumento 8.169 (202)
Redução (4.235) (81)
Aumento 206 (7)
Manutenção 36 ‐
Redução (207) ‐
Choque Exposição Resultado
Aumento 8.169 (395)
Redução (4.235) (164)
Aumento 206 (14)
Manutenção 36 ‐
Redução (207) ‐ TJLP Risco de variação de cupom de TJLP
Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços
TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF
Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros
Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial
Cenário III
Fator de Risco Conceito
set‐19
TJLP Risco de variação de cupom de TJLP
Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.
Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços
TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF
Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros
Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial
Cenário II
Fator de Risco Conceito
set‐19
TJLP Risco de variação de cupom de TJLP
Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.
Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços
TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF
Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros
Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial
Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.
Cenário I
Fator de Risco Conceito
set‐19
40
3. Risco de Liquidez
A gestão do risco de liquidez visa organizar, avaliar e monitorar o risco de liquidez da Instituição, estabelecendo os processos, ferramentas e limites necessários para a geração e análise de cenários prospectivos de liquidez e o acompanhamento dos níveis de apetite aos riscos estabelecidos pela Alta Administração.
3.1 Definição
O Risco de Liquidez é definido como:
a) A possibilidade de a Instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e
b) A possibilidade de a Instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.
3.2 Princípios Básicos
Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de liquidez aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de liquidez contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:
Envolvimento da Alta Administração: os comitês existentes estão estruturados com o objetivo de envolver a Alta
Administração na supervisão global da tomada de riscos;
Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução de operações e pela
definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização, pelo controle de riscos, pelo
compliance e controles internos e pela auditoria. Esta segregação está estruturada com o objetivo de garantir
independência e autonomia na condução das atribuições inerentes a cada função;
Definição de atribuições: definição clara dos processos e do leque de atividades de cada função envolvida na gestão e
controle de riscos de liquidez. Esta definição está estruturada com o objetivo de possibilitar uma gestão operacional
organizada e eficiente;
Definição de metodologias para construção de cenários: são adotadas metodologias estruturadas, de utilização
corporativa mandatória, baseadas em práticas de mercado, que visam incorporar a dinâmica da contratação de novas
operações e da liquidação das carteiras existentes;
Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base em métricas de riscos,
estruturadas com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis de apetite de riscos definidos pelo Conselho de
Administração;
Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilização dos limites
autorizados;
Plano de contingência de liquidez: definição e revisão periódica de plano estruturado para recomposição dos níveis pré‐estabelecidos de caixa, com a atribuição de responsáveis e instrumentos.
3.3 Governança e Controle
O acompanhamento das atividades de gerenciamento do risco de liquidez é parte integrante das atribuições dos seguintes órgãos colegiados, com definição clara de atribuições, composição e periodicidade:
Conselho de Administração
Responsável por fixar as diretrizes fundamentais da política geral de Liquidez da Instituição, verificar e acompanhar a sua execução.
Responsável por definir o Apetite a Riscos da Instituição;
Responsável por aprovar os Limites de Risco de Liquidez e o Plano de Contingência de Liquidez.
41
Comitê de Controles e Riscos
Responsável por ratificar e acompanhar o apetite a risco de liquidez, monitorar o nível de caixa e deliberar estratégias para gestão, controle e contingências de liquidez.
Comitê de ALM e Tributos
Responsável por avaliar e propor iniciativas visando proteger e maximizar o balanço estrutural do banco sob o ponto de vista econômico‐financeiro, contábil e fiscal.
3.4 Áreas Envolvidas
As funções de gerenciamento de risco de liquidez compreendem um conjunto de atividades que permeiam toda a ”cadeia de negócio”, desenvolvimento de produtos, negociação e desembolso de operações, modelagem e controle do risco de liquidez e o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados. As funções de gerenciamento de risco de liquidez são desempenhadas por unidades formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:
Risco de Mercado e Liquidez.
Tesouraria e Área de Captação.
Finanças.
3.5 Gestão do Risco de Liquidez
3.5.1 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle
A Instituição adota um conjunto de medidas objetivas para a gestão e controle do risco de liquidez. Os limites de liquidez são estabelecidos pelo Limite Referencial de Liquidez, o Caixa Operacional Mínimo e o Apetite a Risco para o LCR. Estes limites compreendem a definição dos valores máximos autorizados, por meio do estabelecimento de níveis mínimos de caixa e de ações contingenciais. A área de Risco de Mercado e Liquidez é responsável por monitorar diariamente o risco de liquidez e acionar os fóruns competentes em caso de aumento do risco.
Os valores estabelecidos nos limites de liquidez e no plano de contingência são atualizados e revistos periodicamente, em função da alteração significativa das condições de mercado ou da dinâmica e composição das carteiras.
3.5.2 Limite Referencial de Liquidez e Caixa Operacional Mínimo
O Limite Referencial de Liquidez e o Caixa Mínimo Operacional compreendem o estabelecimento de intervalos e patamares mínimos aceitáveis, configurando limites prospectivos para cenários adversos de liquidez;
Cenários de vencimento: compreendem a apuração do perfil futuro de liquidez, tendo por base a premissa geral de vencimento das carteiras atuais e todos os fluxos de caixa;
Cenários orçamentários: compreendem a apuração do perfil futuro de liquidez, com premissas consistentes com o planejamento orçamentário, tendo por base a premissa geral de rolagem das carteiras atuais;
Cenários de estresse: compreendem simulações do impacto nas carteiras decorrente de condições extremas de mercado e/ou da dinâmica e da composição das carteiras, que possam alterar de forma significativa os cenários projetados de liquidez do Banco;
Análises de Sensibilidade: compreendem simulações de sensibilidade no perfil futuro de liquidez em função de pequenas oscilações nas condições de mercado e/ou na dinâmica e composição das carteiras; e
Perfil de Concentração de Captação: compreende o acompanhamento do perfil de concentração das carteiras, em termos de volumes, prazos, instrumentos, segmentos e contrapartes.
42
3.5.3 Indicador de Liquidez de Curto Prazo LCR (Liquidity Coverage Ratio)
A Circular BACEN nº 3.749 estabelece a metodologia de cálculo do indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR). Esta circular está alinhada com as recomendações contidas nos documentos de Basileia III, divulgadas com o objetivo de evidenciar que as grandes instituições financeiras possuem recursos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo padronizado com duração de um mês, mediante critérios pré‐estabelecidos na regulamentação.
O LCR, conforme definido pela circular, é a razão entre os estoques de ativos de alta liquidez (HQLA) e o total de saídas líquidas de caixa previstas para um período de 30 dias.
Estoque de Ativos de Alta Liquidez ou HQLA: Podem ser considerados HQLA os ativos que se mantêm líquidos nos mercados durantes períodos de estresse e que atendam requisitos mínimos definidos pela legislação, como:
Sejam fácil e imediatamente convertidos em espécie, mediante nenhuma ou pouca perda em seu valor de mercado; Estejam livres de qualquer impedimento ou restrição legal, regulatória, estatutária ou contratual para sua
negociação; Apresentem baixo risco e tenham seu apreçamento fácil e certo, entre outras exigências.
Saídas Líquidas de Caixa: São consideradas as potenciais saídas de caixa em 30 dias, sob um severo cenário estresse, e subtraídas as entradas de caixa para o mesmo período.
O cenário de estresse padronizado considera choques idiossincráticos e de mercado definidos pela norma regulamentar como: Perda parcial das captações de varejo; Perda parcial da capacidade de captação de atacado sem colateral; Perda parcial da capacidade de captar recursos no curto prazo; Saídas adicionais de recursos, devido ao rebaixamento da classificação de risco de crédito; Aumento das volatilidades de preços, taxas ou índices que impacte a qualidade do colateral ou a exposição futura de
derivativos; Saques superiores aos esperados de linhas de crédito e liquidez concedidas; A necessidade potencial de o banco recomprar dívida ou honrar obrigações não contratuais, visando mitigar seu risco
reputacional. A Resolução CMN nº 4.401, estabelece um cronograma de implantação do índice, a partir de outubro de 2015:
Out ‐ 2015 2016 2017 2018 2019
LCR Mínimo 60% 70% 80% 90% 100%
No 3º trimestre de 2019, o LCR ficou em 171%, acima no mínimo regulamentar de 100% para o período, o índice reflete uma gestão conversadora da liquidez e do funding da Instituição. Informações detalhadas encontram‐se disponíveis no anexo 4.
Tri Ano
171% 172% 156% ‐0,6% 9,6%
13.638 11.172 12.361 22,1% 10,3%
7.967 6.496 7.937 22,7% 0,4%
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Indicador Liquidez de Curto Prazo
LCR1
Total HQLA2
Total sa ídas l íquidas de ca ixa
3º Tri 2019 2º Tri 2019 3º Tri 2018Variação
1‐Não considera linha de crédito com o Banco do Brasil.
2‐Principalmente títulos públicos federais e reservas bancárias.
Foi considerada a média simples das datas de fechamento dos meses de julho, agosto e setembro/2019 (3 observações). A tabela detalhada do LCR encontra‐se disponível no anexo 4.
43
Em conformidade com a Carta Circular 3.905 de Junho/18, a partir de outubro de 2018, o Banco Votorantim passou a enviar ao Banco Central o cálculo do LCR referente ao último dia útil de cada mês, no layout específico para as instituições do segmento S2. Vale destacar, que nos controles gerenciais, a Instituição manteve internamente o cálculo diário do índice, utilizando os mesmos ponderadores utilizados pelas instituições do segmento S1.
O Banco Votorantim estabeleceu o apetite a risco para o LCR, que consiste na comparação do LCR atual e da projeção do índice para os próximos 6 meses com um índice mínimo pré‐estabelecido. Além disso, é importante ressaltar que o Banco possui uma linha de crédito junto ao BB desde 2009, que representa significativa reserva de liquidez e que nunca foi utilizada.
3.5.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação
A Instituição adota sistemas corporativos para mensuração e controle de riscos de liquidez, combinando aplicativos desenvolvidos internamente com soluções de mercado, de atestada robustez. Estes sistemas operacionalizam o tratamento integrado de informações, de forma sequenciada:
A captura do registro das operações negociadas e de seus dados cadastrais;
A atualização e o arquivamento contínuo destas informações em bases de dados estruturadas, com monitoramento de sua integridade e consistência contábil;
A apuração do perfil de liquidez, pelo cálculo da rolagem e do vencimento de operações, conforme as premissas dos diversos cenários em pauta.
Adicionalmente, o Banco adota processo estruturado para a comunicação dos assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos de liquidez. Este processo de comunicação compreende:
A emissão periódica de relatórios objetivos, nos quais são apresentados os cenários de liquidez e a evolução do perfil das carteiras de captação, bem como demonstrados os níveis de utilização de limites autorizados;
A realização periódica dos fóruns colegiados de acompanhamento, em observância às alçadas decisórias e nos quais são debatidos de forma participativa os assuntos em pauta.
3.5.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Plano de Contingência
O procedimento adotado para o monitoramento dos níveis de caixa e do plano de contingência compreende duas etapas: comunicação e monitoramento.
Comunicação: Para comunicação são apresentados os cenários e métricas de liquidez no Comitê de Controles e Riscos, onde são analisadas as variações e considerados os níveis pré‐estabelecidos de acionamento do plano de contingência em caso de potencial extrapolação dos limites estabelecidos.
Monitoramento: Eventual extrapolação de limites implica obrigatoriamente a implementação de estratégias combinadas de negócio, de gestão das carteiras de aplicação e captação, para a recomposição dos níveis de liquidez, incluindo, caso necessário, o lançamento e a adoção das ações estabelecidas previamente no plano de contingência. Estas estratégias são de responsabilidade dos gestores de negócio, considerando as condições do mercado, e acompanhadas no Comitê de Controles e Riscos.
4. Risco Operacional
4.1. Definição
O risco operacional é definido como a possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas. Esta definição inclui o Risco Legal associado a inadequações ou deficiências em contratos firmados pelo Conglomerado, às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pelo Conglomerado. Entre os eventos de risco operacional, incluem‐se:
44
a. Fraudes internas e externas;
b. Demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho;
c. Práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços;
d. Danos a ativos físicos próprios ou em uso pelo Conglomerado;
e. Situações que acarretem a interrupção das atividades do Conglomerado;
f. Falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação (TI);
g. Falhas na execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das atividades pelo Conglomerado.
4.2. Princípios Básicos
Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco operacional aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco operacional contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:
Envolvimento da Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos por intermédio dos comitês estabelecidos;
Aculturamento do Conglomerado nos conceitos de gestão de Risco Operacional por meio de treinamento corporativo e por meio de discussões promovidas em fóruns de governança específicos;
Elaboração e avaliação de indicadores de perdas operacionais;
Mapeamento dos processos operacionais e sistêmicos, mapeamento de controles existentes e análise dos riscos inerentes e residuais;
Avaliação do impacto potencial e da vulnerabilidade do ambiente de controle para os riscos mapeados através de Control Risk Self Assessment. A partir dessa avaliação, define‐se o nível de risco operacional, de acordo com a matriz de risco padronizada para toda a Instituição;
Captura de perdas operacionais e manutenção de base de dados estruturada com informações referentes aos eventos;
Cálculo de capital alocado para risco operacional a partir de metodologias estruturadas e adequadas às exigências regulatórias;
Análise, comunicação e implantação de planos de ação para melhoria de processos e controles para mitigação dos riscos incorridos.
4.3. Áreas Envolvidas
As funções de gerenciamento de risco operacional compreendem um conjunto de atividades que permeiam toda a “cadeia de negócio”, desenvolvimento de produtos, negociação e desembolso de operações, modelagem e controle do risco operacional e o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados.
As funções de gerenciamento de risco operacional são desempenhadas por unidades funcionais segregadas, formalmente constituídas, formadas por equipes capacitadas e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:
Risco Operacional.
Controles Internos.
Compliance.
Prevenção à Lavagem de Dinheiro.
Conciliação Contábil e Contas a Pagar.
Inspetoria (Gestão de Fraudes e Investigação de Ocorrências Especiais)
Segurança da Informação e Continuidade de Negócios.
Ouvidoria.
Recursos Corporativos.
Governança Corporativa e Societário.
Gestão de Risco de Fraudes.
Validação de Modelos.
Basileia, Capital Regulatório e RSA.
45
4.4. Gestão do Risco Operacional
4.4.1. Sistema de Mensuração e Processo de Comunicação
A avaliação dos riscos operacionais existentes nos processos da organização considera os fatores “impacto” e “vulnerabilidade”, definidos na Régua de Riscos corporativa, que os categoriza em Baixos, Médios, Altos ou Extremos.
Os riscos mapeados e classificados são submetidos à validação dos gestores dos processos, para definição do tratamento adequado: aceitar ou reduzir o risco. Caso o tratamento do risco seja reduzir, os gestores do processo são responsáveis por propor ações de mitigação.
A área de Risco Operacional elabora e divulga à Alta Administração o Relatório Anual de Risco Operacional descrevendo a estrutura de gerenciamento do risco operacional, bem como as ações realizadas no ano corrente e as planejadas para o ano seguinte visando o aprimoramento da gestão do risco operacional no Banco.
4.4.2. Perdas Operacionais por Categoria de Risco
O gráfico abaixo apresenta a distribuição das perdas operacionais desembolsadas e despesas de provisão nos anos de 2016 ao 3º trimestre de 2019, classificadas por categoria de risco.
42%
23% 21%
13%
1%
44%
21%18% 17%
0%
41%
17%
23%19%
0%
43%
15%
22% 21%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
3. Relações Trabalhistas 4. Clientes, Produtos,
Práticas de Negócios
2. Fraude Externa 9. Execução e
Gerenciamento de
Processos
Outros
Perdas Operacionais por Categoria de Risco
2017 2018 2º Tri 19 3º Tri 19
4.5 Gerenciamento de Continuidade de Negócios
O Banco conta com um ambiente de tecnologia de alta disponibilidade e alta capacidade de recuperação, composto pelos seguintes elementos:
Dois datacenters hotsites, construídos pelo conceito de sala cofre pela Aceco, onde as infraestruturas para suportar os sistemas críticos são replicadas – um deles no edifício Rochaverá no Morumbi e outro no edifício BFC na Avenida Paulista;
Sistema de armazenamento de dados em ambos os datacenters onde as bases de dados críticas são espelhadas de forma síncrona;
Pool de servidores de aplicação e cluster de servidores de arquivos para os processos e sistemas críticos;
Unidades de fitas em ambos os datacenters e armazenamento externo de backup;
Acesso remoto às aplicações críticas;
Ferramenta de acesso aos planos de contingência acessível pela Internet;
46
A área de Continuidade de Negócios utiliza o sistema RPX (Recovery Planner) para gestão das ocorrências de interrupção, definição dos planos de continuidade e documentação de suporte das evidências dos testes e exercícios realizados.
Para as empresas do segmento de varejo, o plano de continuidade compreende os sites de Terceiros, como processamento de Cartões (EDS) e atendimento ao cliente (Tivit e Contax). As diretrizes corporativas de Gestão de Continuidade de Negócios contemplam políticas, normas, procedimentos, papeis e responsabilidades visando à implementação de uma Gestão de Continuidade de Negócios e Crises efetiva na Organização, assegurando uma maior resiliência ante situações adversas.
A partir dos conceitos, princípios e diretrizes estabelecidos, o Consolidado fortalece sua estrutura de gerenciamento de riscos e sua governança corporativa, oferece maior segurança aos seus clientes e acionistas diante de imprevistos a eventuais crises e durante a recuperação até o retorno à normalidade.
A área de Segurança da Informação e Continuidade de Negócios é a estrutura responsável por coordenar as atividades de segurança da informação e continuidade de negócios no Consolidado junto às áreas de Negócio e Suporte e é, por princípio, independente no exercício de suas funções.
A aplicação da metodologia de Análise de Impacto nos Negócios (BIA – Business Impact Analysis) possibilita identificar e classificar o impacto dos processos críticos de negócios, quanto à perda financeira, riscos de imagem, reputação e legal, caso sofram algum evento que os impossibilitem a serem executados da maneira habitual. A classificação de impacto nos processos de negócios é mensurada através das análises qualitativa, que avalia risco de imagem perante os clientes, mercado e reguladores e/ou quantitativa, que avalia potenciais impactos financeiros decorrentes de indisponibilidades. Esta disciplina da continuidade de negócios viabiliza o planejamento estratégico dos planos de contingência do Consolidado Econômico‐Financeiro Votorantim e a priorização dos projetos para atender às novas necessidades e/ou a adequação dos planos existentes.
5. Risco Socioambiental O risco socioambiental é definido como a possibilidade de perdas (financeiras ou de reputação) em função de danos
socioambientais.
Para nortear o posicionamento da Instituição quanto ao risco socioambiental, o Banco Votorantim adota Política Corporativa
de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental que trata das diretrizes de risco socioambiental nas cadeias de
negócio da Instituição. Adicionalmente, a Instituição mantém Norma de Risco Socioambiental que define as regras para as
análises de risco socioambiental nas atividades e operações do Banco Votorantim, em consonância com as normas do Banco
Central do Brasil.
Além das Políticas e Normas, a Instituição possui uma estrutura de governança para o tratamento do tema, tendo o Comitê de
Controles e Riscos (CCR) o fórum principal para acompanhamento e deliberação sobre o risco socioambiental.
A Instituição possui ainda uma estrutura de gerenciamento de risco socioambiental para a adequada identificação,
classificação, avaliação, monitoramento, mitigação e controle do risco socioambiental em suas atividades e operações,
principalmente através dos processos de análise e monitoramento socioambiental de clientes e projetos, avaliações de
garantias imobiliárias, análise socioambiental de novos produtos e avaliação de fornecedores. Os processos são realizados por
equipe especializada no tema e consiste em avaliar os aspectos socioambientais com os quais os clientes estejam envolvidos
quanto ao atendimento à legislação socioambiental, condições de trabalho, uso dos recursos naturais, gestão de resíduos,
estabelecendo seu nível de risco socioambiental para subsidiar a tomada de decisão da Instituição.
Em linha com a Política de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Instituição, o Banco Votorantim tornou‐se
signatário dos Princípios do Equador no ano de 2016, sendo o 5º banco brasileiro a assinar o compromisso voluntário,
completando mundialmente 94 instituições.
Com base nas Políticas e Padrões de Desempenho da IFC (International Finance Corporation) sobre Sustentabilidade
Socioambiental e nas Diretrizes do Banco Mundial sobre Meio Ambiente, Saúde e Segurança, os Princípios do Equador foi
47
desenvolvido como um compromisso voluntário para ajudar os bancos a identificar e gerenciar riscos socioambientais
associados com o financiamento direto de grandes projetos de infraestrutura, como barragens, minas e oleodutos. Esses
princípios estabeleceram o benchmark para o financiamento responsável.
Como signatários dos Princípios do Equador, a Instituição se comprometeu a implementá‐los em políticas, procedimentos e
padrões socioambientais internos, sendo que não fornece financiamento de projetos ou empréstimos corporativos
relacionados a projetos em que o cliente não se comprometa a cumprir os Princípios do Equador. Desde a adoção dos
princípios até sua implantação foram realizadas reuniões e treinamentos entre as áreas que atuam com o tema para o
alinhamento do gerenciamento de risco socioambiental em projetos.
A análise dos projetos é realizada pela equipe de risco socioambiental alocada na Diretoria de Riscos da Instituição. Essa
análise consiste em submeter cada transação a um processo de due diligence socioambiental que se inicia com a atribuição de
uma categoria (A, B ou C) que reflete o nível de risco do projeto.
Alto Risco (Categoria A) – Projetos com potencial de risco e/ou impactos socioambientais negativos significativos e que sejam
múltiplos, irreversíveis ou sem precedentes.
Médio Risco (Categoria B) – Projetos com potencial de riscos e/ou impactos socioambientais negativos limitados, em número
reduzido, geralmente localizado, amplamente reversível e prontamente controlado por meio de medidas mitigatórias.
Baixo Risco (Categoria C) – Projetos sem riscos e/ou impactos socioambientais negativos ou com riscos mínimos, reversíveis e
mitigáveis. A revisão da documentação fornecida pelo cliente e pelos consultores independentes permite avaliar o
cumprimento dos requisitos estabelecidos nos Princípios do Equador de acordo com a categoria do projeto. Entre os
requisitos avaliados na documentação estão as condições de trabalho, os impactos à comunidade e ao meio ambiente dos
projetos financiados pela Instituição.
A Instituição incorpora as obrigações socioambientais nos contratos de financiamento bem como realiza o monitoramento de
projetos que apresentem riscos significativos que se enquadrem em tais princípios.
No 1º e 2º trimestre de 2019 não houve contratação de Serviço de Assessoria e Financiamento a Project Finance, bem como
de Empréstimo Corporativo a Projetos enquadrados sob os critérios de Princípios do Equador III.
6. Risco de Contágio O risco de contágio é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas para as entidades integrantes do Conglomerado Prudencial, incluindo a instituição financeira líder, decorrentes de seus relacionamentos, contratuais ou não, com entidades não consolidadas. A partir desses relacionamentos, pode ser gerado o risco de que as entidades do Conglomerado Prudencial, mesmo que não contratualmente obrigadas, assumam o ônus de prover auxílio financeiro às entidades com as quais foram estabelecidos os relacionamentos. O risco de contágio contempla o risco de participações societárias, que é definido como a possibilidade de perdas decorrentes de participações societárias (advindas de negócios estratégicos ou eventos de crédito) não classificadas na carteira de negociação em empresas que não fazem parte do escopo de consolidação e que, por motivos diversos (eventos de mercado, crédito, operacional, liquidez, gestão entre outros), podem afetar negativamente o resultado consolidado do Conglomerado.
6.1. Participação Societária
O risco de participação societária é oriundo do fato de que o banco possui investimentos em empresas que (i) não possuem
participação majoritária e consequentemente, não possui predominação no controle de sua gestão ou (ii) não fazem parte do
escopo de consolidação e consequentemente, não fazem parte de atividades típicas de empresas financeiras, e que por
motivos diversos (mercado, crédito, operacional, liquidez, gestão entre outros), essa empresa pode afetar o resultado do
consolidado financeiro.
Referente à política de contabilização para os investimentos em sociedades a Instituição adere às regras estabelecidas pelo Bacen, descritas nas Normas Básicas COSIF (Capítulo 11, Ativo Permanente itens 1 e 2), que possuem em seu conteúdo as
48
regras ou métodos de avaliação dos investimentos e as metodologias aplicadas a cada situação, como por exemplo, a equivalência patrimonial e as premissas a serem adotadas aos processos contábeis. Para os demais investimentos permanentes, a Instituição utiliza o método de custo de aquisição, aplicando a regra contábil do CPC 01 “redução ao Valor Recuperável de Ativos” aprovado pelo Bacen pela Resolução nº 3.566. Este procedimento visa assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior ao que possa ser recuperado no tempo ou em uma eventual venda. Segue abaixo, o valor das participações societárias controladas não financeiras e não consolidadas, representado pela conta de investimentos registrada no ativo da Instituição:
set‐19 jun‐19 set‐18 Tri Anual
BVIP ‐ BV Inv. E Partic S.AHoldings de instituições não‐
financeiras
Capi ta l
Fechado66 60 44 10,5% 50,8%
BVIA ‐ BV Inv. E Gestão S.AHoldings de instituições não‐
financeiras
Capi ta l
Fechado153 147 154 4,4% ‐0,3%
Votorantim Corretora de
Seguros S.A
Corretores e agentes de
seguros, de planos de
previdência complementar e
Capi ta l
Fechado596 541 654 10,2% ‐8,9%
BVEP ‐ BV Empreendimentos
e Participações Ltda
Participação em
empreendimentos ou
incorporações imobiliárias,
serviços de consultoria e
planejamento e assessoria
Capi ta l
Fechado624 939 903 ‐33,5% ‐30,9%
Atenas SP 02
Empreendimentos
Imobi l iários Ltda (2)
Empreendimentos
imobiliários
Capita l
Fechado256 240 271 6,7% ‐5,5%
Demais investimentos ‐ ‐ 14 2 ‐ 603,5% N/A
3 ‐A partir de fevereiro de 2019, o Banco Votorantim, por meio do FIP BV Multiestratégia, adquiriu participação na empresa Portal Solar S.A..
Inclui ágio a amortizar de R$ 1.663.
1 – As empresas relacionadas são classificadas como de capital fechado e o valor contábil é igual ao valor justo. Para o período analisado não
ocorreram vendas ou liquidações, sem realização ou reconhecimento de ganhos e perdas.
2 ‐ No semestre findo em 30 de junho de 2018 o Banco Votorantim recebeu por dação em pagamento, quotas da Atenas SP 02 Empreendimentos
Imobiliários. Inclui ágio na aquisição no valor de R$ 108.951.
Consolidado Prudencial ‐ Valores em R$ milhões.
Participações Societárias /
InvestimentosSegmentaçãoNatureza da Atividade
Valor Contábil1 Variação
A Instituição possui outros investimentos caracterizados por incentivos fiscais (FINOR5), títulos patrimoniais (CETIP6 e CIP7), e ações e cotas (ANBIMA8). Mais detalhes sobre o tema podem ser observados conforme nota explicativa nº 13 do Relatório de Demonstrações Contábeis Consolidadas, disponível no site de Relações com Investidores (www.bancovotorantim.com.br/ri). Para o período analisado, o valor do requerimento de capital relativo às participações societárias não classificadas na carteira de negociação, conforme critérios apresentados acima totalizaram R$ 135,9 milhões em set‐19. Dada a baixa relevância das participações societárias não classificadas na carteira de negociação em relação ao total de ativos, o Banco não realiza a categorização de suas participações.
7. Outros Riscos
Além dos riscos materiais acima descritos, a Instituição considera relevante e possui tratamento e monitoramento específico, fazendo parte do escopo do Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), os seguintes riscos:
7.1 Risco de Reputação
5 Fundos de Investimentos do Nordeste: são benefícios fiscais concedidos pelo governo federal e tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico da região Nordeste do Brasil 6 Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos 7 Câmara Interbancária de Pagamentos 8 Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro
49
O risco de reputação é definido como a ocorrência ou possibilidade de dano à reputação do Conglomerado decorrente da percepção negativa dos clientes, acionistas, investidores, agências de rating, sociedade civil, colaboradores, sindicatos e órgãos reguladores, em relação às práticas de negócio, conduta ou condição financeira da Instituição.
A gestão do risco de reputação é realizada a partir de processos específicos contidos em diversas áreas da Instituição, os quais têm como objetivo mitigar a ocorrência de eventos que afetem a reputação, bem como atuar na contenção da disseminação desses impactos, quando da ocorrência desses eventos. Adicionalmente, a Diretoria Executiva de Riscos realiza o gerenciamento integrado do risco de reputação, por meio de avaliações e monitoramentos consolidados das ações e reportes (entre outras atividades) das áreas individuais envolvidas no processo de mitigação do risco de reputação.
7.2 Risco de Estratégia
O risco de estratégia é definido como a possibilidade de perda decorrente da utilização de uma estratégia, premissas ou política de negócios inadequada ou de falta desta, incluindo a ausência de resposta a alterações de mercado e a fatores externos ao Conglomerado e à falta de capacidade de execução da estratégia.
O objetivo do planejamento estratégico é definir as estratégias e as ambições do Consolidado Banco Votorantim para o médio e longo prazo, assegurando uma avaliação de riscos e benefícios potenciais na Instituição e baseia‐se principalmente nas tendências de mercado, no ambiente competitivo, na visão regulatória e nos anseios da alta direção e acionistas do banco.
O acompanhamento dos objetivos é realizado mensalmente, e a avaliação do risco de estratégia acontece para o consolidado
através da utilização de indicadores, que buscam demonstrar se os objetivos estratégicos podem ser afetados por algum
evento relacionado ao risco de estratégia, acionando, caso necessário, as alçadas competentes para tomada de decisão.
7.3 Risco de Underwriting
O risco de underwriting é definido como a possibilidade de perdas oriundas da emissão de dívidas de terceiros em que o Conglomerado é obrigado a adquirir papéis para colocar em sua carteira ativa devido à execução de cláusulas de garantia firme. Seu processo de gestão e controle é realizado por meio de avaliações individuais de cada operação de underwriting e do monitoramento das exposições consolidadas.
7.4 Risco de Modelos
O risco de modelos é definido como o conjunto de possíveis consequências adversas decorrentes de resultados incorretos de modelos, ou de seu uso inadequado.
O controle e mitigação do risco de modelos na Instituição é realizado, principalmente, por meio de análises quanto ao poder preditivo, discriminação e estabilidade de seus modelos, processo interno de validação, independente dos processos de desenvolvimento e implantação, manutenção adequada do controle de versões dos documentos de modelagem e acompanhamento da performance dos modelos.
7.5 Risco de Conformidade
O Risco de Conformidade é definido como a possibilidade de aplicação de sanções legais ou regulamentares, perdas financeiras, reputacionais ou outras que afetem negativamente a realização dos objetivos do Conglomerado, em decorrência do descumprimento ou inobservância de regras.
O gerenciamento do Risco de Conformidade é realizado de forma estruturada pela área de Compliance, que reporta à Diretoria de Controles e Governança, e tem como objetivo garantir a aplicação dos itens mencionados anteriormente, inclusive prestando suporte ao Conselho de Administração sobre as atualizações relevantes em relação a tais itens. Esta atuação é apoiada em normas corporativas específicas, produzidas conforme exigência do regulador.
50
F. Anexos
1. Composição do Patrimônio de Referência (PR) – Anexo 1
A seguir, tabela com a composição do Patrimônio de Referência e informações sobre a adequação do PR, conforme previsto
pela Circular nº 3.716 para a data‐base de referência.
Número
da linha
Capital Principal:
instrumentos e reservasValor(R$mil)
Valor sujeito a
tratamento
transitório (R$ mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
1 Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal 8.130.372 a
2 Reservas de lucros 608.485 b, c
3 Outras receitas e outras reservas 1.600.284 b, c
4Instrumentos autorizados a compor o Capital Principal antes da entrada
em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013
5Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do
conglomerado, não dedutível do Capital Principal 10 i
6 Capital Principal antes dos ajustes prudenciais 10.339.141 ‐
Número
da linhaCapital Principal: ajustes prudenciais Valor(R$mil)
Valor sujeito a
tratamento
transitório (R$ mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
7 Ajustes prudenciais relativos a apreçamento de instrumentos financeiros 352 ‐ ‐
8Ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em
expectativa de rentabilidade futura44.931 ‐ ‐
9 Ativos intangíveis 353.821 353.821 h
10
Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e os originados dessa
contribuição relativos a períodos de apuração encerrados até 31 de
dezembro de 1998
1.410.726 1.410.726 d‐e 2
11
Ajustes relativos ao valor de mercado dos instrumentos financeiros
derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa de itens protegidos que
não tenham seus ajustes de marcação a mercado registrados
contabilmente
‐ ‐
12Diferença a menor entre o valor provisionado e a perda esperada para
instituições que usam IRB‐ ‐
13 Ganhos resultantes de operações de securitização
14Ganhos ou perdas advindos do impacto de mudanças no risco de crédito
da instituição na avaliação a valor justo de itens do passivo
15 Ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido ‐ ‐
16
Ações ou outros instrumentos de emissão própria autorizados a compor o
Capital Principal, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma
sintética
‐ ‐
17 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao Capital Principal
18
Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de
instituições financeiras no exterior não consolidadas, de empresas
assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades
seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de
previdência complementar, que exceda 10% do valor do Capital Principal,
desconsiderando deduções específicas
‐ ‐
19
Participações superiores a 10% do capital social de instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições
financeiras no exterior não consolidadas, de empresas assemelhadas a
instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras,
resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência
complementar
‐ ‐
51
20 Mortgage servicing rights
21
Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que
dependam de geração de lucros ou receitas tributáveis futuras para sua
realização, acima do limite de 10% do Capital Principal, desconsiderando
deduções específicas
488.982 f‐e 3
22 Valor que excede a 15% do Capital Principal ‐ ‐
23
do qual: oriundo de participações no capital social de instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições
financeiras no exterior não consolidadas, no capital de empresas
assemelhadas a instituições financeiras que não sejam consolidadas, de
sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades
abertas de previdência complementar
‐ ‐
24 do qual: oriundo de direitos por serviços de hipoteca
25
do qual: oriundo de créditos tributários decorrentes de diferenças
temporárias que dependam de geração de lucros ou receitas tributáveis
futuras para sua realização
‐ ‐
26 Ajustes regulatórios nacionais 0,3 ‐
26.a Ativos permanentes diferidos ‐ ‐
26.b
Investimento em dependência, instituição financeira controlada no
exterior ou entidade não financeira que componha o conglomerado, em
relação às quais o Banco Central do Brasil não tenha acesso a
informações, dados e documentos
‐ ‐
26.c
Instrumentos de captação elegíveis ao Capital Principal emitidos por
instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por
instituição financeira no exterior, que não componha o conglomerado
‐ ‐
26.d Aumento de capital social não autorizado ‐ ‐
26.e Excedente ao valor ajustado de Capital Principal ‐ ‐
26.f Depósito para suprir deficiência de capital ‐ ‐
26.gMontante dos ativos intangíveis constituídos antes da entrada em vigor
da Resolução nº 4.192, de 2013‐ ‐
26.h Excesso dos recursos aplicados no Ativo Permanente ‐
26.i Destaque do PR ‐
26.jOutras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do
Capital Principal para fins regulatórios 0,3
27Ajustes regulatórios aplicados ao Capital Principal em função de
insuficiência do Capital Complementar e de Nível II para cobrir deduções‐ ‐
28 Total de deduções regulatórias ao Capital Principal 2.298.812 ‐
29 Capital Principal 8.040.329 ‐
Número
da linhaCapital Complementar: Instrumentos Valor(R$mil)
Valor sujeito a
tratamento
transitório (R$ mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
30 Instrumentos elegíveis ao Capital Complementar 1.281.268 ‐
31 dos quais: classificados como capital social conforme as regras contábeis ‐ ‐
32 dos quais: classificados como passivo conforme as regras contábeis 1.281.268 ‐
33Instrumentos autorizados a compor o Capital Complementar antes da
entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013‐ ‐
34Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do
conglomerado, não dedutível do Capital Complementar‐ ‐
35dos quais: instrumentos emitidos por subsidiárias antes da entrada em
vigor da esolução nº 4.192, de 2013‐ ‐
36 Capital Complementar antes das deduções regulatórias 1.281.267,64 ‐
52
Número
da linhaCapital Complementar: Deduções Regulatórias Valor(R$mil)
Valor sujeito a
tratamento
transitório (R$ mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
37
Ações ou outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor o
Capital Complementar, adquiridos diretamente, indiretamente ou de
forma sintética
‐ ‐
38Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao capital
complementar
39
Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de
instituição financeira no exterior que não componha o conglomerado e
que exceda 10% do valor do Capital Complementar
‐
40
Investimentos superiores a 10% do capital social de instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição
financeira no exterior, que não componha o conglomerado
‐
41 Ajustes regulatórios nacionais ‐ ‐
41.a
Instrumentos de captação elegíveis ao Capital Complementar emitidos
por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou
por instituições financeiras no exterior que não componham o
conglomerado, considerando o montante inferior a 10% do valor do
Capital Complementar
‐ ‐
41.b Participação de não controladores no Capital Complementar
41.c Outras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do
Capital Complementar para fins regulatórios ‐
42Ajustes regulatórios aplicados ao Capital Complementar em função de
insuficiência do Nível II para cobrir deduções‐ ‐
43 Total de deduções regulatórias ao Capital Complementar ‐ ‐
44 Capital Complementar 1.281.268 ‐
45 Nível I 9.321.597 ‐
Número
da linhaNível II: Instrumentos Valor(R$mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
46 Instrumentos elegíveis ao Nível II 1.058.136 m
47Instrumentos autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da
Resolução nº 4.192, de 20133.523 k
48Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do
conglomerado, não dedutível do Nível II‐ ‐
49dos quais: instrumentos emitidos por subsidiárias antes da entrada em
vigor da Resolução nº 4.192, de 2013‐ ‐
50 Excesso de provisões em relação à perda esperada no IRB ‐ ‐
51 Nível II antes das deduções regulatórias 1.061.659 ‐
Número
da linhaNível II: Deduções Regulatórias Valor(R$mil)
Valor sujeito a
tratamento
transitório (R$ mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
52Ações ou outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor o
Nível II, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética‐ ‐
53 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao Nível II
54
Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de
instituições financeiras no exterior que não componham o conglomerado,
que exceda 10% do valor do Nível II
‐
55
Investimentos superiores a 10% do capital social de instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição
financeira no exterior, que não componha o conglomerado
‐
56 Ajustes regulatórios nacionais ‐ ‐
56.a
Instrumentos de captação elegíveis ao Nivel II emitidos por instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituições
financeiras no exterior, que não componham o conglomerado
‐ ‐
56.b Participação de não controladores no Nível II ‐
53
56.cOutras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do Nível
II para fins regulatórios ‐
57 Total de deduções regulatórias ao Nível II ‐ ‐
58 Nível II 1.061.659 ‐
59 Patrimônio de Referência (Nível I + Nível II) 10.383.256 ‐
60 Total de ativos ponderados pelo risco 66.318.549 ‐
Número
da linhaÍndices de Basileia e Adicional de Capital Principal %
61 Índice de Capital Principal (ICP) 12,1%
62 Índice de Nível I (IN1) 14,1%
63 Índice de Basileia (IB) 15,7%
64Valor do total de Capital Principal demandado especificamente para a
instituição (% dos RWA)6,00%
65 do qual: adicional para conservação de capital 2,500%
66 do qual: adicional contracíclico 0,000%
67do qual: adicional para instituições sistemicamente importantes em nível
global (G‐SIB)
68Montande de Capital Principal alocado para suprir os valores
demandados de Adicional de Capital Principal (% dos RWA)3.315.927
Número
da linhaMínimos Nacionais %
69Índice de Capital Principal (ICP), se diferente do estabelecido em Basileia
III
70 Índice de Nível I (IN1), se diferente do estabelecido em Basileia III 6,00%
71 Índice de Basileia (IB), se diferente do estabelecido em Basileia III 8,000%
Número
da linhaValores abaixo do limite para dedução (não ponderados pelo risco) Valor(R$mil)
Valor sujeito a
tratamento
transitório (R$ mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
72
Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de
empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de
sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades
abertas de previdência complementar
‐ ‐
73
Participações superiores a 10% do capital social de empresas
assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades
seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de
previdência complementar
‐ ‐
74 Mortgage servicing rights
75Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias, não
deduzidos do Capital Principal852.931 f‐e 3
Número
da linhaLimites à inclusão de provisões no Nível II Valor(R$mil)
76
Provisões genéricas elegíveis à inclusão no Nível II relativas a exposições
sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem
padronizada
77Limite para a inclusão de provisões genéricas no Nível II para exposições
sujeitas à abordagem padronizada
78
Provisões elegíveis à inclusão no Nível II relativas a exposições sujeitas ao
cálculo do requerimento de capital mediante abordagem IRB (antes da
aplicação do limite)
‐
79Limite para a inclusão de provisões no Nível II para exposições sujeitas à
abordagem IRB‐
54
Número
da linha
Instrumentos autorizados a compor o PR antes da entrada em vigor da
Resolução 4.192, de 2013 (aplicável entre 1º de outubro de 2013 e 1º de
janeiro de 2022)
Valor(R$mil)
Valor sujeito a
tratamento
transitório (R$ mil)
Referência do
balanço do
conglomerado
80Limite atual para os instrumentos autorizados a compor o Capital Principal
antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013
81 Valor excluído do Capital Principal devido ao limite
82Instrumentos autorizados a compor o Capital Complementar antes da
entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013‐ ‐
83 Valor excluído do Capital Complementar devido ao limite ‐ ‐
84Instrumentos autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da
Resolução nº 4.192, de 20133.523 17.617 k
85 Valor excluído do Nível II devido ao limite ‐ ‐
1 ‐ Contempla o ajuste prudencial referente a participação de não controladores, conforme Art. 5º, inciso VI da Resolução nº 4.192.
2 ‐ O valor está sujeito a aplicação de regras específicas estabelecidas no Art. 5º, inciso VIII, § 4º e § 5º da Resolução nº 4.192.
3 ‐ O valor está sujeito a aplicação de regras específicas estabelecidas no Art. 5º, inciso VII, § 2º, § 3º e § 5º da Resolução nº 4.192.
2. Principais Características dos Instrumentos do PR – Anexo 2
O Anexo 2 está disponível no site de Relações com Investidores (www.bancovotorantim.com.br/ri), menu de Governança Corporativa – Gerenciamento de Riscos.
55
3. Modelo Comum de Divulgação de informações sobre a Razão de Alavancagem – Anexo 3
A seguir, tabela com as informações detalhadas sobre a Razão de Alavancagem prevista pela Circular nº 3.748 para a data‐
base de referência.
Número
da linhaitem Valor(R$mil)
Itens contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)
1Itens patrimoniais, exceto instrumentos financeiros derivativos, títulos e valores mobiliários recebidos
por empréstimo e revenda a liquidar em operações compromissadas86.345.314
2 Ajustes relativos aos elementos patrimoniais deduzidos na apuração do Nível I 2.350.698
3 Total das exposições contabilizadas no BP 83.994.615
Operações com Instrumentos Financeiros Derivativos
4 Valor de reposição em operações com derivativos 7.183.744
5 Ganho potencial futuro decorrente de operações com derivativos 2.682.716
6 Ajuste relativo à garantia prestada em operações com derivativos 0
7 Ajuste relativo à margem de garantia diária prestada 0
8Derivativos em nome de clientes em que não há obrigatoriedade contratual de reembolso em função de
falência ou inadimplemento das entidades responsáveis pelo sistema de liquidação74.094
9 Valor de referência ajustado em derivativos de crédito 356.056
10 Ajuste sob o valor de referência ajustado em derivativos de crédito 0
11 Total das exposições relativas a operações com instrumentos financeiros derivativos 10.296.610
Operações Compromissadas e de Empréstimo de Títulos e Valores Mobiliários (TVM)
12 Aplicações em operações compromissadas e de empréstimo de TVM 2.776.148
13 Ajuste relativo a recompras a liquidar e credores por empréstimo de TVM 0
14 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte 16.074.636
15 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte em operações de intermediação 0
16Total das exposições relativas a operações compromissadas e de empréstimo de títulos e valores mobiliários
(soma das linhas 12 a 15)18.850.784
Itens não contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)
17 Valor de referência das operações não contabilizadas no BP 8.986.200
18 Ajuste relativo à aplicação de FCC específico às operações não contabilizadas no BP ‐4.422.477
19 Total das exposições não contabilizadas no Balanço Patrimonial 4.563.724
Capital e Exposição Total
20 Nível I 9.321.597
21 Exposição Total 117.705.733
Razão de Alavancagem (RA)
22 Razão de Alavancagem de Basileia III 7,92%
56
4. Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR) – Anexo 4
A seguir, tabela com as informações detalhadas sobre o LCR previsto pela Circular nº 3.749 para a data‐base de referência:
Valor Valor Ponderado
Número
da linhaAtivos de Alta Liquidez (HQLA)
1 Total de Ativos de Alta Liquidez (HQLA) 13.638.369.034
Número
da linhaSaídas de Caixa ‐ ‐
2 Captações de varejo, das quais: 892.895.474 167.408.323
3 Captações estáveis ‐ ‐
4 Captações menos estáveis 892.895.474 167.408.323
5 Captações de atacado não colateralizadas, das quais: 13.360.865.467 6.497.587.011
6Depósitos operacionais (todas as contrapartes) e depósitos de
cooperativas filiadas‐ ‐
7 Depósitos não‐operacionais (todas as contrapartes) 13.162.022.408 6.298.743.951
8 Obrigações não colateralizadas 198.843.059 198.843.059
9 Captações de atacado colateralizadas 2.256.716.403
10 Requerimentos adicionais, dos quais: 2.538.841.799 317.137.399
11 Relacionados a exposição a derivativos e a outras exigências de colateral 253.541.470 202.872.383
12Relacionados a perda de captação por meio de emissão de instrumentos
de dívida‐ ‐
13 Relacionados a linhas de crédito e de liquidez 2.285.300.329 114.265.016
14 Outras obrigações contratuais 1.115.606.815 1.115.606.815
15 Outras obrigações contingentes 6.460.107.857 513.985.887
16 Total de saídas de caixa 10.868.441.838
Número
da linhaEntradas de Caixa ‐ ‐
17 Empréstimos colateralizados 6.814.359.514 ‐
18 Operações concedidas em aberto, integralmente adimplentes 2.058.581.393 1.353.916.281
19 Outras entradas de caixa 1.673.558.275 1.547.907.016
20 Total de entradas de caixa 10.546.499.181 2.901.823.297
Valor Total Ajustado
(R$ mil)
21 Total HQLA 13.638.369.034
22 Total de saídas líquidas de caixa 7.966.618.541
23 LCR (%) 171%
1 ‐ Corresponde ao saldo total referente ao item de entradas ou saídas de caixa.
2 ‐ Corresponde ao valor após aplicação dos fatores de ponderação.
3 ‐ Corresponde ao valor calculado após a aplicação dos fatores de ponderação e dos limites (Nível 2 e 2B e entradas de caixa).
Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR)
57
G. Glossário
Capital Exigido: é a representação em capital das parcelas dos Ativos Ponderados pelo Risco, apurado pela fórmula: Fator F x
RWA.
Capital Nível 1: obtido pela soma do Capital Principal e Capital Complementar, conforme definido na Resolução nº 4.192 do
CMN;
Capital Principal: composto pelo Patrimônio Líquido e deduções específicas, conforme definido na Resolução nº 4.192 do
CMN;
Comitê de Supervisão Bancária de Basileia: é um fórum para cooperação em questões de supervisão bancária, com objetivo
de aumentar e melhorar o entendimento das questões essenciais sobre a supervisão bancária ao redor do mundo;
ICAAP: Internal Capital Adequacy Assessment Process (Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital);
Índice de Basileia: indicador que mede a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e o Capital Exigido, definido pela
fórmula PR*100/ RWA;
Modelo de Behaviour Score: é um sistema que atribui pontuações a diversas variáveis de decisão de crédito para um
proponente, inclusive utilizando o histórico de compras e pagamentos dos clientes, através da aplicação de técnicas
estatísticas, objetivando identificar características que segreguem os bons dos maus créditos;
Modelo de Credit Score: é similar ao modelo de Behavior Scoring, no entanto, não considera as variáveis históricas dos
clientes na modelagem;
Patrimônio de Referência: é o valor utilizado como base para verificação do cumprimento dos limites operacionais das
instituições financeiras. O montante é obtido pela soma do Capital Nível I e do Capital Nível II, conforme definido na Resolução
nº 4.192 do CMN;
Rating: é um sistema de classificação da qualidade de crédito de um indivíduo, empresa ou país, cujo objetivo é classificar o
tomador de recursos conforme o risco de crédito atribuído a cada um.
RWA: Risk Weighted Assets (Ativos Ponderados pelo Risco).