Relatório Zoo2- Hexapoda 17.07

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Universidade Estadual do Ceará – UECE Relatório Aula Prática de Zoologia II Hexapoda Aluna: Bruna Raquel Cavalcante Barroso Professora: Prof. Dra. Leila Aparecida Souza

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Universidade Estadual do Ceará – UECE

Relatório

Aula Prática de Zoologia II

Hexapoda

Aluna: Bruna Raquel Cavalcante Barroso

Professora: Prof. Dra. Leila Aparecida Souza

Monitores: Átila/ Ana Lívia

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Introdução:O filo Arthropoda (do grego, arthron = articulação + podos = pés) é o mais numerosos da Terra atual. Contém cerca de 1.000.000 de espécies conhecidas, o que é pelo menos quatro vezes o total de todos os outros grupos de animais reunidos. Além disso, possuem boa adaptação a diferentes ambientes; vantagens em competição com outras espécies; excepcional capacidade reprodutora; eficiência na execução de suas funções; resistência a substâncias tóxicas e perfeita organização social, caso das abelhas, formigas e cupins.

 Os artrópodes possuem corpo segmentado (corpo metamerizado), apêndices articulado (patas, antenas e palpos etc.) e corpo coberto com exoesqueleto formado por uma substância resistente e impermeável, chamada quitina. A quitina é um polímero nitrogenado de polissacarídeos, impregnada de camadas de cera.

Costuma-se classificar os artrópodes levando em conta as divisões do corpo, o número de patas e a existência ou não de antenas e de outros apêndices (pedipalpos e quelíceras, por exemplo). Levando-se em conta esses elementos e a abordagem evolutiva, os representantes do filo Arthropoda seriam agrupados em cinco subfilos, sendo um desses já extinto, e algumas classes principais.

Insetos

São artrópodes com seis patas distribuída em três pares ligadas ao tórax. Os insetos apresentam o corpo subdividido cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de antenas, dois pares de asas, na maioria das vezes, mas há espécies com apenas um par e outras sem asas.

Os metâmeros são desiguais em tamanho e, durante o desenvolvimento embrionário, alguns deles podem se fundir. Essa fusão acontece na formação da cabeça, resultando em uma peça de pequeno tamanho. Nela a boca é ventral e rodeada por pares de peças bucais de função mastigadora e outros apêndices articulados, modificados para apreensão do alimento, os chamados palpos maxilares.

Na cabeça encontram-se ainda um par de antenas articuladas (de função sensorial) e, lateralmente, duas manchas correspondentes aos olhos. São olhos compostos de diversas unidades hexagonais, conhecidas como omatídeos, responsáveis pela composição da imagem de objetos vistos pelos insetos.

 Didaticamente, podemos distinguir três porções do tubo digestório: anterior, médio e posterior. As porções anterior e posterior são revestidas internamente por quitina. A porção anterior é responsável principalmente pelo tratamento mecânico dos alimentos, embora possa haver atuação de enzimas digestivas produzidas na porção média. É na porção média que acontece a digestão química, apartir de enzimas provenientes de suas paredes ou de pregueamentos formados nessa região. A porção anterior é responsável pela reabsorção de água e elaboração das fezes.

Na boca, desembocam duas glândulas salivares cuja secreção inicia o processo de digestão química. Destaca-se ainda, no tubo digestório, um papo de paredes finas, e uma moela de paredes grossas. No papo ocorre a ação de diversas enzimas digestivas e na moela se dá a trituração do alimento.

A seguir, o alimento é conduzido ao intestino, onde existem algumas projeções tubulares em fundo cego, os cecos. Nesses dois locais, a digestão química prossegue e ocorre a absorção do alimento digerido, que é enviado para o sangue.

Os túbulos de Malpighi se localizam no limite entre a porção média e a porção posterior do intestino. Cada túbulo possui fundo cego e mergulha nas lacunas do corpo, de onde retira as impurezas e as descarrega no intestino para serem eliminadas com as fezes.

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O produto de excreção nitrogenada dos insetos é o ácido úrico, substância que requer pequeníssima quantidade de água para a sua eliminação (outro fator importante na adaptação dos insetos ao meio terrestre).

Sistema circulatório dos insetos

Na maioria dos insetos, o "sangue" é incolor e chamado de hemolinfa. A circulação é do tipo lacunar ou aberta. O coração é dorsal e bombeia a hemolinfa para a extremidade anterior, fazendo-a atingir lacunas corporais ou hemocelas onde, lentamente, ocorrem as trocas (nutrientes por excretas) nos tecidos. Nos insetos as trocas de gases na respiração não é feito pelo sistema circulatório. O retorno da hemolinfa ao coração se dá por pequenos orifícios laterais (óstios) existentes nas paredes do órgão.

Sistema respiratório dos insetos

Os insetos respiram por traquéias, pequenos canais que ligam as células do interior do corpo com o meio ambiente. Cada túbulo traqueal se ramifica e gera túbulos cada vez mais delgados que penetram nas células, oxigenando-as e removendo o gás carbônico como produto da respiração. Movimento de contração dos músculos abdominais renovam continuamente o ar das traquéias, de mode semelhante a um fole.

Sistema reprodutor dos insetos

Os insetos têm sexos separados e a sua fecundação é interna. São animais ovíparos, que podem apresentar três tipos de desenvolvimento:

Direto, sem metamorfose: desenvolvido ametábolo (a = sem, metábolo = mudança). Ex.: traça-dos-livros. Do ovo eclode um jovem semelhante ao adulto.

Indireto, com metamorfose gradual ou incompleta: desenvolvimento hemimetábolo (hemi = meio). Exs.: gafanhoto, barata, percevejo. Do ovo eclode uma forma chamada ninfa, que é semelhante ao adulto (ou imago), mas que não tem asas desenvolvidas.

Indireto, com metamorfose completa: desenvolvimento holometábolo (holo = total). Exs: Borboletas, moscas e pulgas. Do ovo eclode uma larva, também chamada lagarta, bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período que se alimenta ativamente, para depois entrar em estágio denominado pupa, quando ocorre a metamorfose: a larva se transforma no adulto ou imago, que emerge completamente formado. As larvas de algumas espécies de borboleta ou de mariposas produzem um casulo que protege a pupa. Depois de adulto, o inseto holometábolo não sofre mais mudas e, portanto, não cresce mais. A fase da larva pode durar de meses até mais de um ano, e a fase adulta pode durar de uma semana á alguns meses. A duração dessas fases depende da espécie.

O subfilo hexapoda (do grego: seis pernas) constitui o maior grupo de artrópodes e inclui os ânus a assim como grupos menores de artrópodes sem asas: Collembola, Diplura e Protura. Os Collembola são bastante abundantes em ambientes terrestres. Os Hexapoda são distinguidos pelo seu caracter mais distintivo: um tórax (que pode ser dividido em protórax, mesotórax e metatórax) com três pares de pernas. A maior parte dos outros artrópodes possui mais do que três pares de pernas. Têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdomem, possuem um par de antenas e geralmente dois pares de asas. Vivem em ambiente terrestre ou de água doce, e há representantes da super-classe em todos os nichos alimentares. Os hexápodes da classe Insecta são os organismos mais abundantes do planeta, correspondendo a cerca de 75% das espécies conhecidas.

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Objetivo: Observar os exemplares e identificar a ordem; Identificar as cinco ordens, registrar as características que você

considerou para a identificação; Quantos tipos de larvas, quantos tipos de pupas e quantos tipos de

adultos você observa; Identifique uma ordem observando características larvais.

Material e métodos:

- Exemplares da classe Insecta;

- Pinça.

Na bancada havia cinco exemplares de Insecta para ser analisados. Com a ajuda de uma pinça retiramos os mesmos e observamos mais detalhadamente suas características.

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Resultados:

Figura 1- Pupa

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Figura 2 – Barbeiro

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Figura 3 – Borboleta

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Figura 4 – Inseto alado (Pterygota)

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Figura 5 - Vespa

Conclusão:

Os insetos  compreendem o mais numeroso grupo de animais. Existem mais de 750.000 mil espécies descritas. Encontra-se nesta classe uma grande irradiação adaptativa, o que proporcionou a estes animais o sucesso de sobrevivência.

Possuem uma importância econômica e ecológica muito grande, muitas flores dependem dos insetos polinizadores para sua reprodução, muitos insetos são vetores de doenças e pragas na agricultura, etc.

Alguns são de grande importância médica por causarem moléstias e ainda serem vetores de doenças endêmicas e epidêmicas importantes.

Exercício:

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01. Observe os exemplares e identifique a classe.Classe: Insecta.

02. Os exemplares pertencem as 5 ordens diferentes, identifique-as. Registre as características que você considerou para a identificação.

Hymenoptera: pupa - O desenvolvimento é do tipo holometabólico (metamorfose completa), que apresenta os estádios de ovo, larva, pupa e adulto.Coleóptera: besouro (barbeiro) – O primeiro par de patas é completamente rígido. Nesse caso, chamam-se élitros e não servem para o vôo, tem a finalidade de proteger o corpo e o segundo par de patas.Lepidoptera: borboletas - De corpo mole, com diversas estruturas sensoriais, e cobertas por escamas pigmentadas, estas criaturas aladas possuem peças bucais adaptadas para sugar o néctar de flores, auxiliando, neste ato, à polinização de tais estruturas reprodutivas.Hymenoptera: Abelhas e vespas - Primeiro segmento abdominal fundido ao tórax (propódeo), com conexão móvel entre os segmentos abdominais 1 e 2.Díptera : Moscas e mosquitos – As asas do segundo par são atrofiadas.Assemelham-se a pequenos halteres e servem como órgãos de estabilização durante o vôo.

03. Quantos tipos de larvas, quantos tipos de pupas e quantos tipos de adultos você observa?

Larvas = 0Pupas = 1Adultos = 4

04. Identifique uma ordem observando características larvais.

Abelhas pertencem à Ordem Hymenoptera, assim como vespas e formigas; e são classificadas

como integrantes da Superfamília Apoidea e Subgrupo Anthophila. Existem, em todo o mundo,

cerca de 20000 espécies de abelhas descritas e mais de 1500 no Brasil. No entanto, acredita-

se que o verdadeiro número de abelhas encontradas em todo o mundo seja bem maior.

São muito importantes no processo de polinização, sendo algumas específicas a um grupo

restrito de plantas. Assim, sua extinção fatalmente colabora para a extinção de tais vegetais.

Além disso, são extremamente sensíveis a modificações no meio em que vivem, podendo ser

utilizadas como bioindicadores da qualidade ambiental.

Tais animais possuem cinco olhos, antenas, dois pares de asas e três pares de patas; mas

possuem diferenças de acordo com o grupo e espécie a que pertencem. Assim, existem em

diversas formas, tamanhos e cores. Temos abelhas com ou sem ferrão; muitas de vida livre e

algumas com comportamento parasita, como a Osirinus santiagoi e Lestrimelitta ehrhardti; e

também espécies coloniais e solitárias. Surpreendentemente, estas são mais frequentes que

aquelas; e, em tal situação, na maioria das espécies, machos nascem alguns dias antes das

fêmeas e aguardam a eclosão destas para fecundá-las. Fêmeas fecundadas buscarão um local

para, sozinhas, construírem seus ninhos, geralmente em árvores ocas ou embaixo da terra;

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buscarem alimento, depositarem seus ovos e, em seguida, encerrarem seu ciclo de vida, antes

mesmo da eclosão de seus filhotes.

Quanto às abelhas sociais, elas representam somente 2% desses insetos, e são, quase em

sua totalidade, produtoras de mel. A grande maioria das abelhas sociais é do sexo feminino.

Podem ser operárias, responsáveis pela alimentação e proteção da colmeia, e assistência às

larvas; ou rainhas, as reprodutoras. Geralmente há somente uma rainha, sendo resultante de

uma dieta diferenciada, fazendo-a maior, mais forte e com maior expectativa de vida. Ela é

alimentada pelas operárias, com geleia real, rica em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais.

Os machos, zangões, nascem por partenogênese, ou seja: sem a necessidade de fecundação;

e também são responsáveis pela reprodução, fecundando a rainha.

Referências Bibliográficas:

RUPPERT E.E. & BARNES, R. D.; Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1994