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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC: CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA. RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período: Outubro/2016 a Setembro/2017 (x) PARCIAL ( ) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO: Título do Projeto de Pesquisa: Uso da abordagem metabolômica global em humanos para identificar micronutrientes e marcadores após a exposição a duas frutas amazônicas. Nome do Orientador: : HERVE LOUIS GHISLAIN ROGEZ Titulação do Orientador: Doutor Faculdade: Engenharia de Alimentos Instituto/Núcleo: Instituto de Tecnologia (ITEC) Laboratório: Centro de Valorização Agroalimentar de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA) Título do Plano de Trabalho: Caracterização físico-química das frutas Muruci (Byrsonima crassifólia) e Jenipapo (Genipa americana L.) da região amazônica. Nome do Bolsista: Rogério Willian Silva dos Santos Tipo de Bolsa: ( ) PIBIC/ CNPq ( ) PIBIC/PADRC ( ) PIBIC/CNPq AF ( ) PIBIC/ PIAD ( X) PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PIBIC/UFP ( ) PIBIC/UFPA AF ( ) PIBIC/INTERIOR ( ) PIBIC/PARD

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DIRETORIA DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC: CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA.

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período: Outubro/2016 a Setembro/2017 (x) PARCIAL ( ) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:

Título do Projeto de Pesquisa: Uso da abordagem metabolômica global em

humanos para identificar micronutrientes e marcadores após a exposição a duas

frutas amazônicas.

Nome do Orientador: : HERVE LOUIS GHISLAIN ROGEZ

Titulação do Orientador: Doutor Faculdade: Engenharia de Alimentos Instituto/Núcleo: Instituto de Tecnologia (ITEC) Laboratório: Centro de Valorização Agroalimentar de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA) Título do Plano de Trabalho: Caracterização físico-química das frutas Muruci (Byrsonima crassifólia) e Jenipapo (Genipa americana L.) da região amazônica. Nome do Bolsista: Rogério Willian Silva dos Santos Tipo de Bolsa: ( ) PIBIC/ CNPq ( ) PIBIC/PADRC

( ) PIBIC/CNPq –AF ( ) PIBIC/ PIAD ( X) PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PIBIC/UFP ( ) PIBIC/UFPA – AF ( ) PIBIC/INTERIOR ( ) PIBIC/PARD

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1. INTRODUÇÃO

A américa tropical é o lar de uma grande variedade de espécies de frutas e alguns delas têm sido domesticados por nativos ameríndios. A riqueza de espécies está associada às características geográficas da região, especialmente à heterogeneidade da flora da américa do norte e da américa do sul e à sobreposição parcial entre a região amazônica e a baixa américa central. Uma lista de frutas de trópicos, incluindo américa, Ásia, Austrália e África, menciona mais de 2000 espécies. Somente na américa, cerca de mil espécies, pertencentes a 80 famílias, foram identificadas; destes, pelo menos 400 ocorrem ou são originários do Brasil. Em especial na Amazônia, existe uma grande variedade de frutas que são nativas e são consumidas localmente, tendo sua composição química pouco conhecida. Os frutos são uma fonte de compostos antioxidantes, tais como fenólicos, Vitaminas, carotenóides e minerais, que contribuem para o seu potencial quimiopreventivo (SOUZA et al., 2008; ALMEIDA et al., 2011; RUFINO et al., 2010).

Além disso, a caracterização de frutos, exóticos ou não, atraiu o interesse da comunidade científica. A caracterização física e química dos frutos e a quantificação de seus componentes bioativos são importantes para a compreensão de seu valor nutricional e para o aumento da qualidade e valor do produto final (MATIETTO et al., 2010).

Esses frutos representam uma oportunidade para os produtores locais terem acesso a mercados especiais onde os consumidores enfatizam o caráter exótico e a presença de nutrientes capazes de prevenir doenças degenerativas (RUFINO et al., 2010).

O muruci (Byrsonima crassifolia) pertence à família Malpighiaceae, é uma fruta pequena de 1-2 cm de diâmetro. Quando madura apresenta uma coloração amarela, polpa macia e desenvolve uma característica incomum, um aroma de queijo rançoso (PEREZ-GUTIERREZ et al., 2010; MARIUTTI et al., 2013; RUFINO et al., 2010; MARTÍNEZ-VÁZQUEZ et. al, 1999; ALVES et al., 2003).

O muruci pode ser considerado uma promissora fonte de compostos bioativos a ser usado pelas indústrias alimentícias e farmacêuticas, uma vez que inibe ações oxidativas e pode atenuar o desenvolvimento de estresse oxidativo relacionado a doenças (MARIUTTI et al., 2014).

Paralelamente, outro fruto abordado neste trabalho é o Jenipapo, que é uma fruta da família Rubiaceae, e espécie Genipa amaricana. Encontrada na área que corresponde do México a Argentina, tendo sua origem na região amazônica.

Cresce principalmente nas várzeas (partes próximas dos rios e onde permanece inundada por vários meses) e sua presença é bastante dispersa, salvo quando é plantada (UNCTAD, 2005).

Verificou-se em estudos que na composição química do Jenipapo há uma grande diversidade de compostos bioativos, dentre eles podemos citar os Iridóides. A presença desses compostos promove benefícios à saúde e reduzem o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis (SEIFRIED et al., 2007).

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2. JUSTIFICATIVA

América Tropical é o lar de uma grande variedade de espécies de frutas. A riqueza de espécies está associada às características geográficas da região, especialmente à heterogeneidade da flora da América do Norte e da América do Sul e à sobreposição parcial entre a região amazônica e a baixa América Central (MARIUTTI et al., 2014).

De acordo com Rufino et al. (2010), o consumo de frutas tropicais está aumentando no mercado interno e internacional devido ao crescente reconhecimento do valor nutricional e terapêutico do fruto. Portanto, as frutas desempenham papéis importantes tanto economicamente, através da comercialização dos seus produtos e nutricionalmente, através do seu consumo (Cardoso, Martino, Moreita, Ribeiro, & Sant'ana, 2011). Muitas espécies nativas fornecem frutos que possuem características e altas concentrações de nutrientes. Em alimentos com propriedades funcionais, substâncias com atividade de propriedades antioxidantes têm recebido atenção significativa já que protege o corpo humano contra o estresse oxidativo, evitando um número de transtornos crônicos degenerativos (CANUTO et al., 2010).

As escolhas de frutas para o consumo já não se baseiam apenas no gosto e na preferência, mas também se baseiam no desejo de saúde. Nos últimos anos, tem havido uma exploração de produtos e subprodutos de frutas específicas atribuído ao aumento das preocupações dos consumidores entre dieta e saúde (YAHIA et al., 2010). Os frutos brasileiros foram submetidos a vários estudos em todo o mundo, buscando analisar seu valor nutricional (Almeida et al., 2011; Cardoso et al., 2011; Clerici & Silva, 2011; Dembitsky et al., 2011; Rufino et al., 2010).

Por outro lado, este cenário do contexto amazônico não foi sempre o mesmo. Desde a chegada dos portugueses, podemos afirmar que esta região passou por diversos ciclos de extrativismo, tanto vegetais quanto minerais. Por conseguinte, é notório similaridades desenvolvidas em cada época de extrativismo, que é justamente a exploração mais ou menos descontrolada da flora amazônica. Para mais, estas sucessões de ciclo resultaram além da não promoção do desenvolvimento sustentável como também um meio rápido da concentração de riquezas de terras nas mãos de poucos, que somou e agravou a situação de pobreza das populações locais (ROGEZ, 2000).

Portanto, as duas frutas selecionadas podem apresentar um papel importante do desenvolvimento estratégico, onde a caracterização desses frutos e consequentemente o conhecimento de sua composição centesimal, é de suma valia para despertar o crescimento do mercado interno e externo, e ainda promover o desenvolvimento de mais pesquisadores sobre estes alimentos.

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3. OBJETIVOS

Caracterização físico-química de duas frutas amazônicas com potencial biotecnológico: muruci (Byrsonima crassifoélia) e jenipapo (Genipa amaricana).

3.1. Objetivos Alcançados

Dentre as análises almejadas nesta pesquisa científica, em torno de 60% foram concluídas, ou seja, 8 das 15 análises foram finalizadas. Vale ressaltar que o planejamento não foi alterado.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Amostras

Os frutos de muruci foram adquiridos em feiras livres em Belém do Pará e algumas cidades próximas a capital, já o jenipapo foi obtido no Amazonas e em feiras livres de Belém do Pará. Foram higienizadas com uma solução de hipoclorito de sódio à 200 ppm, despolpadas e por fim armazenadas em freezers em -18ºC até o momento das análises. A seguir, segue-se o fluxograma do preparo

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das amostras:

4.1.1 Recepção/Seleção

Os frutos foram recepcionados no Centro de Valorização Agroalimentar

de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA) em caixas de plástico, onde se deu o início ao preparo da matéria-prima. Vale ressaltar que foram tomadas todas as medidas de higiene, tanto com os manipuladores quanto o ambiente, em todo o processamento afim de manter as características dos frutos e, consequentemente, preservar as amostras.

Além disso, foram avaliados primeiramente alguns requisitos como cor que indique fruto maduro, ausência de deterioração mecânica ou biológica e matéria orgânica e inorgânica externa.

4.1.2 Limpeza

Nesta próxima etapa, os frutos foram acondicionados em recipientes com uma solução de hipoclorito de sódio à 200 ppm por 3 minutos, para higienização dos frutos. Em seguida, lavados com bastante água corrente.

4.1.3 Corte

Foi somente utilizado a polpa dos frutos. Com isso, todo o restante foi

descartado.

Recepção

Limpeza

Corte

Embalagem

Armazenamento

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4.1.4 Embalagem

Por conseguinte, as polpas foram acondicionadas em sacos plásticos (identificados), envolvidas com papel alumínio e acondicionados novamente em sacos plástico (identificado).

4.1.5 Armazenamento

Por fim, as amostras foram armazenadas em freezers horizontais a uma temperatura de -18ºC.

4.2 Métodos

As seguintes analises físico-químicas serão realizadas: Perda por dessecação (Umidade) baseada no método do INSTITUTO ADOLFO LUTZ; Resíduo Mineral Fixo (cinzas), Acidez Total Titulável, Determinação de pH, Sólidos Solúveis (ºBRIX), Proteínas Totais, Lipídeos e Carboidratos baseados na metodologia da Association of Official Analytical Chemists (AOAC); determinação de ácido ascórbico (vitamina C) baseada por dois métodos, o primeiro pela metodologia da Association of Official Analytical Chemists (AOAC) e a segunda realizada por Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC); Polifenóis Totais (PT) descrito por SINGLETON et al., (1965); 2,2-Difenil-1-picril-hidrazila (DPPH) descrito por FERNÁNDEZ-PACHÓN et al., (2006); Oxygen Radical Absorbance Capacity (ORAC) baseado no método descrito por HUANG et al., (2002); Flavanóis Totais (FAT) descrito por MCMURROUGH et al., (1985); Flavonóis (FOT) baseado no método desenvolvido por CHANG et al., (2002);

4.3 Solução Extratora (ORAC, DPPH, PT, FAT, FOT e VITAMINA C POR HPLC)

O procedimento de extração de compostos fenólicos baseou-se em SOUZA et al. (2008). As amostras foram liofilizadas e trituradas (1 g), foram diluídas em 20 mL de solução metanol-água (80:20 v/v). A solução foi agitada com vórtex e deixada durante 3 horas no escuro à temperatura ambiente. As suspensões foram centrifugadas em 4.000 RCF (força centrífuga) durante 1 hora e 40 min a 4ºC e os sobrenadantes foram removidos e concentrados durante aproximadamente 10 horas num evaporador rotativo sob vácuo. Por conseguinte, adicionou-se água ultrapura (1 mL) aos extratos puros e as soluções foram conservadas em frascos de vidro escuro e sob uma atmosfera de N2. Estas amostras foram armazenadas em freezers à -23ºC até o momento das análises.

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5. RESULTADO E DISCURSSÃO As tabelas 1 e 2 mostram os resultados obtidos em polpas de Muruci e

Jenipapo, respectivamente.

5.1 Cinzas

Para cinzas, no caso das quatro regiões estudadas do Muruci, foi

encontrado valores na faixa de 1,025 a 2,189%, sendo este último valor referente a área de Bonito. Já no caso do Jenipapo, foi observado uma maior quantidade de cinzas na polpa de fruta – 3,435 % - valor este elevado até mesmo em comparação com o resíduo mineral fixo do Muruci.

5.2 Acidez Total Titulável (ATT)

Com relação à acidez, a região coletada que apresentou maior quantidade

de gramas de equivalente de ácido cítrico por 100 gramas de amostra em relação a polpa de Muruci, foi a de Jenipaúba, com média de 1,970 e desvio das suas replicatas de 0,058. Por outro lado, todas as amostras de Jenipapo apresentaram acidez baixa em torno de 1 grama de equivalente de ácido cítrico por 100 gramas. Ao se comparar com a literatura, os resultados de acidez do Muruci e Jenipapo apresentaram-se muito superiores em relação a acidez descrita por Souza et al. (2000).

5.3 Sólidos Solúveis

As polpas dos frutos apresentaram em média 9,64 ºBRIX para o muruci,

sendo que a região de Jenipaúba e Bonito foram as que mais contribuíram para este resultado elevado. Segundo Monteiro et al. (2015), foram encontrados valores de 11,1ºBRIX para muruci da região Nordeste. Mesmo com este valor citado por Monteiro, os frutos de Jenipaúba e Bonito apresentam maior valor de sólidos solúveis.

5.4 Umidade

O teor de Umidade encontrado, gira em torno de 78,37% para o Muruci,

enquanto que para o Jenipapo está por volta de 77,43%. Estas médias apresentam relativamente uma aproximação, contudo estão abaixo do citado por Souza et al. (2012) que foi em torno de 90% de umidade para Muruci e Jenipapo e Bentes et al. (2014) em torno de 80% para Jenipapo.

5.5 Polifenóis Totais

Os resultados da determinação de polifenóis totais está presente na

tabela 1 para o Muruci e tabela 2 para o Jenipapo. O Jenipapo da região do Amazonas obteve maior concentração (144 mg Eq. de ácido gálico/100g) em relação aos frutos oriundos de Belém do Pará. Já em relação ao muruci, têm-se a média de concentração em torno de 77 mg Eq. de ácido gálico/100g,

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concentração está mais elevado do que encontrada por silva et al. (2007). Além disso, sabemos que esses valores são influenciados, ou seja, geram diferenças por meio da natureza dos compostos fenólicos, as condições de armazenagem, tipo e tamanho da amostra e principalmente o método de extração dos compostos, já que neste trabalho a solução extratora utilizada gera uma maior concentração dos compostos fenólicos.

5.6 Lipídeos

Este parâmetro apresentou elevadas concentrações em relação a Souza

et al. (2012) – 0,87 % - nas amostras de muruci, ficando na faixa de 6,023 a 11,746%. Para o Jenipapo não foi identificado lipídeos, resultado próximo aquele citado por Bentes et al. (2014) e Souza et al. (2012).

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Tabela 1. Composição físico-química da polpa de Muruci.

Polpa de Fruta

MURUCI-BELÉM

(Cidade nova 4)

MURUCI-BELÉM

(Feira da 25)

MURUCI-BONITO

MURUCI-Jenipaúba

Cinzas (%) 1,025 ± 0,059 1,680 ± 0,061 2,189 ± 0,039 1,702 ± 0,058

Acidez (g Eq. Ácido Cítrico / g)

0,507 ± 0,017 1,048 ± 0,024 1,755 ± 0,042 1,970 ± 0,197

pH 4,163 ± 0,076 3,806 ± 0,025 3,550 ± 0,062 3,506 ± 0,096

Umidade (%) 79,79 ± 0,609 78,35 ± 0,467 76,49 ± 0,230 78,87 ± 0,212

Sólidos solúveis (ºBRIX)

2,36 ± 0,115

8,80 ± 0,264 14,8 ± 0,529 12,7 ± 0,100

Fibras Totais

Vitamina C

Polifenóis. Totais (mg Eq.de Ácido Gálico/100g)

87,96 98,39 50,47 75,81

DPPH

ORAC (µmol Eq.Trolox/100g)

7860 94570 77896 106385

FAT

FOT

Lipídeos (%) 11,746 ± 0,321 10,733 ± 0,047 7,083 ± 0,896 6,023 ± 0,765

Carboidratos

Proteínas

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Tabela 2. Composição físico-química da polpa de Jenipapo.

Polpa de fruta

JENIPAPO-

BELÉM (FEIRA DA 25)

JENIPAPO-BELÉM

(VER-O-PESO)

JENPAPO-AMAZONAS

Cinzas (%) 3,435 ± 0,093

Acidez (g Eq. Ácido Cítrico / g)

0,961 ± 0,018 1,053 ± 0,043 0,980 ± 0,028

pH 4,113 ± 0,110 3,943 ± 0,015 4,083 ± 0,005

Umidade (%) 77,19 ± 0,345 76,76 ± 0,221 78,95 ± 0,245

Sólidos Solúveis (ºBRIX)

20,93 ± 0,493 20,20 ± 0,200 17,70 ± 0,264

Fibras Totais

Vitamina C

Polifenóis. Totais (mg Eq.de Ácido Gálico/100g)

93,91 89,52 144,46

DPPH

ORAC (µmol Eq. Trolox/100g)

12226 18091 71448

FAT

FOT

Lipídeos (%) 0 0 0

Carboidratos

Proteínas

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6. DIFICULDADES

Durante a primeira fase desta pesquisa, é evidente que a dificuldade de aquisição das amostras devido a sazonalidade dos frutos foi a principal dificuldade encontrada para iniciar as análises. Além disso, a demora na chegada e instalação de equipamentos para a realização das análises.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PARECER DO ORIENTADOR: Rogério Silva é muito responsável, de alta frequência no laboratório e muito empenhado para cumprir com seus compromissos. Somo de parecer muito favorável à continuidade da bolsa.

DATA:________/________/________

ASSINATURA DO ORIENTADOR

ASSINATURA DO ALUNO