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RELATÓRIO FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE EVENTO Projeto Agrisus N o : 1833/16 Nome do Evento: "FERTBIO 2016: Rumos aos Novos Desafios" Interessado (Coordenador do Projeto): Milton Ferreira de Moraes Instituição:(com endereço, tel e E-mail) UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso - Avenida Valdon Varjão, 6390 - Setor Insdustrial, Barra do Garças - MT, 78.600-000, Telefone: (66) 3402-0728, E-mail: [email protected] Local do Evento: Centro de Convenções Goiânia Endereço: Rua 4, 1400 - St. Central, Goiânia - GO, 74025-020 Telefone: (62) 3219-3333 Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 26.000,00 Vigência: 20/11/2016 RESUMO: O objetivo do Congresso foi discutir e debater temas científicos e inovações tecnológicas relacionadas com as várias áreas de conhecimento da Ciência do Solo. Foi excelente oportunidade de intercâmbio entre os profissionais da área, e de conhecimento dos avanços científicos obtidos oriundos de pesquisas nacionais e internacionais. Contou com 81 Palestras, 21 Mesas redonda 8 Sessões de pôsteres durante os 5 dias de trabalho do evento, além de 6 palestrantes de renome internacional e eventos paralelos dentro do próprio Congresso. Na composição da equipe de palestrantes e moderadores, a comissão organizadora pretendeu somar a experiência de profissionais do Brasil e do exterior, integrando os destaques emergentes da Ciência do Solo. Além disso, foram apresentados trabalhos de pesquisa na forma de pôsteres e promovidos minicursos e visitas de campo. Paralelamente ao evento científico, aconteceu exposição de equipamentos e produtos para laboratórios, livros, fertilizantes e vários outros serviços ligados às áreas de Fertilidade, Nutrição de Plantas e Biologia do Solo. Nas manhãs do evento foram realizadas conferências e mesas redondas com objetivo de integrar as áreas de Fertilidade, Nutrição de Plantas e Biologia do Solo. No período da tarde, foram realizados os quatro eventos que compõem a FertBio de forma paralela, cada um deles também no formato de

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RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE EVENTO

Projeto Agrisus No: 1833/16 Nome do Evento: "FERTBIO 2016: Rumos aos Novos Desafios" Interessado (Coordenador do Projeto): Milton Ferreira de Moraes Instituição:(com endereço, tel e E-mail) UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso - Avenida Valdon Varjão, 6390 - Setor Insdustrial, Barra do Garças - MT, 78.600-000, Telefone: (66) 3402-0728, E-mail: [email protected] Local do Evento: Centro de Convenções Goiânia Endereço: Rua 4, 1400 - St. Central, Goiânia - GO, 74025-020 Telefone: (62) 3219-3333 Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 26.000,00 Vigência: 20/11/2016

RESUMO:

O objetivo do Congresso foi discutir e debater temas científicos e inovações tecnológicas

relacionadas com as várias áreas de conhecimento da Ciência do Solo. Foi excelente oportunidade

de intercâmbio entre os profissionais da área, e de conhecimento dos avanços científicos obtidos

oriundos de pesquisas nacionais e internacionais.

Contou com 81 Palestras, 21 Mesas redonda 8 Sessões de pôsteres durante os 5 dias de trabalho

do evento, além de 6 palestrantes de renome internacional e eventos paralelos dentro do próprio

Congresso.

Na composição da equipe de palestrantes e moderadores, a comissão organizadora pretendeu

somar a experiência de profissionais do Brasil e do exterior, integrando os destaques emergentes

da Ciência do Solo. Além disso, foram apresentados trabalhos de pesquisa na forma de pôsteres e

promovidos minicursos e visitas de campo. Paralelamente ao evento científico, aconteceu

exposição de equipamentos e produtos para laboratórios, livros, fertilizantes e vários outros

serviços ligados às áreas de Fertilidade, Nutrição de Plantas e Biologia do Solo. Nas manhãs do

evento foram realizadas conferências e mesas redondas com objetivo de integrar as áreas de

Fertilidade, Nutrição de Plantas e Biologia do Solo. No período da tarde, foram realizados os

quatro eventos que compõem a FertBio de forma paralela, cada um deles também no formato de

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mesa-redonda. A programação da FertBio 2016 enfatizou duas grandes vertentes: “Qualidade do

solo e sua importância em ambientes tropicais” e “A nova visão de fertilidade solo para o século

XXI”.

RELATÓRIO DO EVENTO:

1. INTRODUÇÃO:

A FertBio é uma reunião promovida a cada dois anos pela SBCS, sempre em anos pares, para

congregar pesquisadores das áreas de Fertilidade, Nutrição de Plantas e Biologia do Solo.

Promovida pelo Núcleo Regional Centro-Oeste em parceria com a Universidade Federal de Goiás

(UFG), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Federal Goiano (IF Goiano),

Universidade de Brasília (UnB) e EMBRAPA, a FertBio 2016 teve como tema central “RUMO AOS

NOVOS DESAFIOS”.

A FertBio 2016 congregou quatro importantes eventos da Ciência do Solo: a XXXII Reunião Brasileira

de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, a XVI Reunião Brasileira sobre Micorrizas, o XIV

Simpósio Brasileiro de Microbiologia do Solo e a XI Reunião Brasileira de Biologia do Solo. O referido

congresso promoveu o crescimento acadêmico e profissional de um grande número de

participantes do Brasil, visando a sustentabilidade de forma orientada pelo conhecimento aplicado

as áreas da ciência do solo.

2. PROGRAMA DO EVENTO:

16/10/2016 - Domingo

17h30 - Credenciamento Horário: 19h - 21h Local: Teatro Rio Vermelho Sessão Solene de Abertura Desafios da agropecuária brasileira no cenário político e econômico atual: oportunidades e ameaças Roberto Rodrigues Fundação Getúlio Vargas (FGV), São Paulo, SP 21h – Coquetel

17/10/2016 - Segunda-feira

Manhã Horário: 08h - 09h Local: Teatro Rio Vermelho CONFERÊNCIA Biological nitrification inhibition as a novel approach for enhancing nitrogen use efficiency in crops

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Guntur V. Subbarao Japan International Research Center for Agricultural Sciences (JIRCAS), Tsukuba, Japão 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Horário: 10h - 11h Local: Teatro Rio Vermelho CONFERÊNCIA Soil quality twenty years later: lessons learned and to be learned Douglas Karlen USDA/ARS - Ames, Iowa, Estados Unidos Horário 11h - 12h Local: Teatro Rio Vermelho CONFERÊNCIA Microrganismos e a sustentabilidade de sistemas agrícolas de elevada produtividade Mariângela Hungria Embrapa Soja, Londrina, PR Moderadora Iêda de Carvalho Mendes - Embrapa Cerrados, Planaltina, DF 12h - 14h - Intervalo para Almoço Tarde Horário:14h - 15h Local: Teatro Rio Vermelho CONFERÊNCIA New knowledge in the uptake, transport and redistribution of nutrients in plants Philip J. White James Hutton Institute, Dundee, Escócia - Reino Unido 15h - 16h - Coffee Break com Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Horário: 16h - 17h Local: Teatro Rio Vermelho CONFERÊNCIA Uso eficiente de nutrientes em sistemas de produção Heitor Cantarella Instituto Agronômico (IAC), Campinas, SP Moderador Leonardo Santos Collier - Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO Horário: 17h - 18h Local: Teatro Rio Vermelho

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LANÇAMENTOS Lançamento do “Global Soil Biodiversity Atlas” Lançamentos de livros da FERTBIO Fátima M. S. Moreira - Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG Lançamento da iniciativa "Nutrientes para a Vida" [http://www.nutrientesparaavida.org.br] Heitor Cantarella - Instituto Agronômico (IAC), Campinas, MG Número Temático da Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) "O solo como fator de integração entre os componentes ambientais e a produção agropecuária". Selma Lúcia Lira Beltrão - Embrapa Informação Tecnológica, Brasília, DF INFORMES Informes XXVI Congresso Brasileiro de Ciência do Solo (CBCS), 30 de julho a 04 agosto de 2017, Belém, Pará Antônio Rodrigues Fernandes - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém, PA Informes 21st World Congress of Soil Science (WCSS), 12-17 August 2018, Rio de Janeiro, RJ Reinaldo Bertola Cantarutti - Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG

18/10/2016 - Terça-feira

Auditório Lago Azul Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA O conceito mineralista e a fertilidade do solo no século XXI Margarete Nicolodi Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Biologia do solo Horário: 10h - 12h MESAS REDONDAS MESA REDONDA: Novos olhares sobre a fertilidade do solo em sistemas agrícolas tropicais e subtropicais P1: Eficiência do uso do fósforo em sistemas agrícolas Djalma Martinhão G. de Sousa - Embrapa Cerrados, Planaltina, DF P2: Manejo da matéria orgânica em sistema plantio direto João Carlos de Moraes Sá - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, PR P3: O papel do manejo na fertilidade do solo Leandro Zancanaro - Fundação Mato Grosso, Rondonópolis, MT Moderador: June Faria Scherrer Menezes - Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde, GO 12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XXXII Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas

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MESA REDONDA: Tecnologia de fertilizantes P1: Nanofertilizantes Hudson Wallace Pereira de Carvalho - Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP), Piracicaba, SP P2: Fertilizantes de eficiência aumentada: estado da arte e perspectivas futuras José Carlos Polidoro - Embrapa Solos, Rio de Janeiro, RJ P3: Métodos de avaliação de fertilizantes fosfatados Vinicius de Melo Benites, Embrapa Solos, Rio de Janeiro, RJ Moderador: Paulo Sérgio Pavinato - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Piracicaba, SP 16h - 17h -Sessão Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Horário: 17h - 18h Reuniões Núcleos Regionais da SBCS Auditório Alto Paraíso Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA Desafios para produção em sistemas tropicais Eros A. B. Francisco International Plant Nutrition Institute (IPNI), Rondonópolis, MT 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Biologia do solo Horário: 10h - 12h MESAS REDONDAS MESA REDONDA: Gargalos tecnológicos para produção agrícola P1: Agricultura de precisão: estado atual e perspectivas futuras Leandro M. Gimenez - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Piracicaba, SP P2: Interação física e fertilidade do solo Cássio Antonio Tormena - Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, PR P3: Construção de perfil do solo Eduardo Fávero Caires - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, PR Moderador: Aguinaldo José Freitas Leal - Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Iturama, MG 12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h

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MESAS REDONDAS XXXII Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas MESA REDONDA: Caracterização e construção dos ambientes de produção P1: Aplicações da pedologia na fertilidade do solo Marcos Gervasio Pereira - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rio de Janeiro, RJ P2: Melhoria do ambiente radicular: uso de condicionadores de solo Geraldo César de Oliveira - Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG P3: Otimização dos sistemas de aplicação de fertilizantes e corretivos Pedro Henrique de Cerqueira Luz - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP), Pirassununga, SP Moderador: Rilner Alves Flores - Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO 16h - 17h - Sessão Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Horário: 17h - 18h Reuniões Núcleos Regionais da SBCS

Auditório Paraúna Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA Avanços do programa HarvestPlus de biofortificação e sua contribuição para redução da desnutrição no mundo José Luiz Viana de Carvalho Programa HarvestPlus Brasil / Embrapa Agroindústria de Alimentos, Rio de Janeiro, RJ 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Biologia do solo Horário: 10h - 12h MESAS REDONDAS MESA REDONDA: Nutrição mineral de plantas no contexto da segurança alimentar P1: Desafios da agricultura brasileira no cenário de segurança alimentar global Luiz Roberto G. Guilherme - Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG P2: Zinc fertiliser use and its impact in human health: global case studies Martin R. Broadley - University of Nottingham, Nottingham, Inglaterra P3: Integração da biofortificação genética e agronômica de culturas com zinco e selênio André Rodrigues dos Reis - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Tupã, SP Moderador: Heitor Cantarella, Instituto Agronômico (IAC), Campinas, SP

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12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XIV Simpósio Brasileiro de Microbiologia do Solo MESA REDONDA: Microrevolução verde em sistemas agrícolas tropicais: Rompendo paradigmas - Parte I P1: Azospirillum: um velho novo aliado Mariângela Hungria - Embrapa Soja, Londrina, PR P2: Perspectivas da FBN em cana-de-açúcar Verônica M. Reis - Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ P3: Microalgas e sua aplicação em bionergia e agricultura Diva de Souza Andrade, Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Londrina, PR Moderadora: Daniela Tiago da Silva Campos - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT 16h - 17h - Sessão Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Horário: 17h - 18h Reuniões Núcleos Regionais da SBCS Auditório Águas 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sesssão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Biologia do solo Horário:10h - 12h XI Reunião Brasileira de Biologia do Solo MESA REDONDA: Funções da fauna edáfica e sua relação com a provisão de serviços ecossistêmicos P1: Fauna edáfica como prestadora de serviços ecossistêmicos George G. Brown - Embrapa Florestas, Colombo, PR P2: Minhocas como bioindicadoras Herlon Sérgio Nadolny - Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR P3: Importância da fauna edáfica e de práticas agroecológicas para recuperação de solos degradados Maria Elizabeth Fernandes Correia - Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ Moderadora: Cíntia Carla Niva - Embrapa Cerrados, Planaltina, DF

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12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XI Reunião Brasileira de Biologia do Solo MESA REDONDA: Invertebrados edáficos e a qualidade do solo: de ecossistemas naturais à agroecossistemas P1: Fauna edáfica em sistemas de uso e manejo do solo no bioma Mata Atlântica Dilmar Baretta - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Chapecó, SC P2: Bios Brasil - Fauna edáfica e outros grupos de organismos do solo em diversos sistemas de uso no bioma Amazônia Fátima M. S. Moreira - Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG P3: Fauna edáfica na conversão do Cerrado para agroecossistemas Robélio L. Marchão - Embrapa Cerrados, Planaltina, DF Moderador: José Alexandre Freitas Barrigossi – Embrapa Arroz e Feijão 16h - 17h - Sessão Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Horário: 17h - 18h Reuniões Núcleos Regionais da SBCS

19/10/2016 - Quarta-feira

Auditório Lago Azul Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA O solo é a memória do sistema de manejo Iêda de Carvalho Mendes Embrapa Cerrados, Planaltina, DF 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Biologia do solo Horário: 10h - 12h MESAS REDONDAS MESA REDONDA: Bioindicadores - do laboratório para o campo P1: Unificação das amostras para fertilidade e microbiologia do solo: A amostra FERTBIO Leandro Moraes de Souza - EMATER, Brasília, DF P2: Índices como ferramentas para aferir a qualidade dos solos em sistemas de produção Guilherme Montandon Chaer - Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ P3: Bioindicadores e saúde do solo em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP)

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Marco Aurelio Carbone Carneiro - Universidade Federal de Lavras, MG Moderador: Simone Cristina Braga Bertini - Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG 12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XXXII Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas MESA REDONDA: Avanços em nutrição mineral de Plantas P1: Contribution of mineral nutrition to plant disease resistance Lawrence E. Datnoff - Louisiana State University, Baton Rouge, Luisiana, Estados Unidos P2: Novos padrões para amostragem de folhas e diagnose nutricional da cultura da soja Adilson de Oliveira Junior - Embrapa Soja, Londrina, PR P3: Advances in foliar fertilization of crop plants Heiner E. Goldbach, University of Bonn, Bonn, Alemanha Moderador: Milton Ferreira de Moraes - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Barra do Garças, MT Horário: 16h - 17h Sessão Pôster: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Horário: 17h - 18h PREMIAÇÕES Apresentação dos Prêmios IPNI Brasil em Nutrição de Plantas Eros A. B. Francisco, International Plant Nutrition Institute (IPNI), Rondonópolis, MT Pesquisador Sênior: Heitor Cantarella - Instituto Agronômico (IAC), Campinas, SP Jovem Pesquisador: Matheus Motta Gomes - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, RJ Título do trabalho do Jovem Pesquisador: Os ácidos húmicos de vermicomposto modificam a absorção do amônio em plantas de arroz ASSEMBLÉIA Assembleia da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Auditório Alto Paraíso u impacto na eficiência de uso de nutrientes Carlos Alexandre Costa Crusciol - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP P3: Influência climática e ambientes de produção na determinação de altos rendimentos para cultura da soja Paulo César Sentelhas - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Piracicaba, SP Moderador: Tiago Tezotto - Centro Universitário Octávio Bastos (UNIFEOB), São João da Boa Vista, SP 12h - 14h - Intervalo para Almoço

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Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XXXII Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas MESA REDONDA: Ciclagem de nutrientes em sistemas agrícolas P1: Nitrogênio e fixação biológica de nitrogênio Bruno Jose Rodrigues Alves - Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ P2: Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) Maurel Behling - Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT P3: Ciclagem de nutrientes em ecossistemas florestais José Leonardo de Moraes Gonçalves - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Piracicaba, SP Moderadora: Maria da Conceição Santana Carvalho - Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO 16h - 17h - -Sessão Pôster Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Auditório Paraúna Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA Conservação ambiental e Produção Agrícola Luís César Schiesari Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP), São Paulo, SP 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Biologia do solo Horário: 10h - 12h MESAS REDONDAS MESA REDONDA: Eficiência de uso de nutrientes em Agricultura de base agroecológica P1: Sistemas agroflorestais dirigidos pela sucessão natural: alterações nos parâmetros do solo Fabiana Mongeli Peneireiro - Mutirão Agroflorestal, Brasília, DF P2: Agricultura de base ecológica Flávia Aparecida de Alcântara - Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO P3: Uso de biofertilizantes na produção de agroecológica Wilson Mozena Leandro, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO Moderador: Agostinho Dirceu Didonet - Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO 12h - 14h - Intervalo para Almoço

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Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XIV Simpósio Brasileiro de Microbiologia do Solo MESA REDONDA: Microrevolução verde em sistemas agrícolas tropicais: Rompendo paradigmas - Parte II P1: Aumentando a eficiência da FBN sob déficit hídrico Marco Antonio Nogueira - Embrapa Soja, Londrina, PR P2: Fixação biológica de nitrogênio no feijoeiro no Brasil Central Enderson P. B. Ferreira - Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO P3: Nanotecnologia verde como abordagem eco-amigável para a sustentabilidade de solos Luciano Paulino da Silva - Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF Moderador: Edemar Moro - Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), Presidente Prudente, SP 16h - 17h - Sessão Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Auditório Águas Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XVI Reunião Brasileira sobre Micorrizas MESA REDONDA: Diversidade e distribuição geográfica de fungos micorrízicos arbusculares P1: Fungos Micorrízicos Arbusculares (Glomeromycota) em ambiente aquático: o que estamos negligenciando? Bruno Tomio Goto - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRGN), Natal, RN P2: Padrões biogeográficos de fungos micorrízicos arbusculares: aspectos filogenéticos e teste de hipóteses Sidney Luiz Stürmer - Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC P3: Estudo de fungos micorrízicos arbusculares utilizando técnicas moleculares Camila Maitro Patreze - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ Moderador: Lucas Carvalho Basílio de Azevedo - Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG 16h - 17h - -Sessão Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Micorrizas Horário: 20h JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO (por adesão)

20/10/2016 - Quinta-feira

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Auditório Lago Azul Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA Papel da matéria orgânica do solo na intensificação sustentável Júlio Cesar Salton Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Horário: 10h - 12h MESAS REDONDAS MESA REDONDA: Intensificação ecológica em sistemas de produção agrícola tropical P1: Qualidade do solo e manejo de nematóides em sistemas de produção de soja Henrique Debiasi - Embrapa Soja, Londrina, PR P2: Sistemas integrados como alternativa para intensificação ecológica Lourival Vilela - Embrapa Cerrados, Planaltina, DF P3: Manejo de plantas de cobertura para sistemas agrícolas de alta produtividade José Eduardo de Macedo Soares Júnior - Fazenda Capuaba, Lucas do Rio Verde, MT Moderadora: Eduardo da Costa Severiano - Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Rio Verde, GO 12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XXXII Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas MESA REDONDA: Micronutrientes e nutrientes secundários na agricultura P1: Novas recomendações de micronutrientes para a cana-de-açúcar Estêvão Vicari Mellis - Instituto Agronômico (IAC), Campinas, SP P2: Avanços em micronutrientes na nutrição de plantas Milton Ferreira de Moraes - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Barra do Garças, MT P3: Novas tecnologias em fertilizantes fontes de enxofre e magnésio para agricultura Godofredo Cesar Vitti - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Piracicaba, SP Moderador: Antônio Rodrigues Fernandes Universidade, Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém, PA 16h - 17h - Sessão Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Auditório Alto Paraíso Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA Serviços ambientais na paisagem rural brasileira: construção e compartilhamento do

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conhecimento Rachel Bardy Prado Embrapa Solos, Rio de Janeiro, RJ 9h - 10h - Coffee Break com Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Horário: 10h - 12h MESAS REDONDAS MESA REDONDA: Solos na prestação de serviços ambientais - teoria e prática P1: Agricultura mitigadora de resíduos urbanos: biochar de lodo de esgoto Cícero Célio de Figueiredo - Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF P2: O carbono como moeda de troca - Experiências e mecanismos para remunerar os agricultores Telmo Jorge Carneiro Amado - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS P3: Agricultura mitigadora de gases do efeito estufa: estudos em sistemas agrícolas do Brasil Central Arminda Moreira de Carvalho - Embrapa Cerrados, Planaltina, DF Moderadora: Alessandra Monteiro de Paula - Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF 12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XXXII Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas MESA REDONDA: Fontes alternativas de nutrientes para agricultura P1: Uso de biofertilizantes e bioestimulantes na agricultura Daniel Basilio Zandonadi - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Campus Macaé, Macaé, RJ P2: Remineralizadores como fontes de nutrientes Eder de Souza Martins - Embrapa Cerrados, Planaltina, DF P3: Eficiência de fosfatos naturais em sistemas produtivos do Brasil Adilson de Oliveira Junior - Embrapa Soja, Londrina, PR Moderador: Carlos Ribeiro Rodrigues - Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Rio Verde, GO 16h - 17h - Sessão Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Auditório Paraúna Horário: 08h - 09h CONFERÊNCIA 9h - 10h - Coffee Break com Pôster

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Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Horário: 10h - 12h MOSTRA DE VALIDAÇÃO E EFICIÊNCIA DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA AGRICULTURA Apresentações abertas a pesquisadores (as) e/ou empresas/instituições interessados (as) em demonstrar a comprovação/validação de uma tecnologia, apresentando mecanismos de ação e resultados de pesquisa com embasamento técnico-científico. P1: Nova metodologia de análise de solo baseada em Infravermelho para determinações de rotina em larga escala Daniel Vidal Pérez - Embrapa Solos, Rio de Janeiro, RJ P2: Simplificação da metodologia do acetato de cálcio para determinação da acidez potencial do solo Renato Candido Alves Filho - Laboratório Solos & Plantas - Agroanálises, Sorriso, MT P3: Comprovação científica da eficiência multifuncional da adubação biológica na agricultura Paulo D'Andrea - Microgeo Adubação Biológica, Limeira, SP P4: Uso de novas tecnologias para melhorar a eficiência de fertilizantes Jorge Silveira Sorratero - Omex Agrifluids do Brasil, Piracicaba, SP. Moderadores: Vinicius de Melo Benites - Embrapa Solos, Rio de Janeiro, RJ e Reinaldo Bertola Cantarutti - Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG 12h - 14h - Intervalo para Almoço Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XIV Simpósio Brasileiro de Microbiologia do Solo MESA REDONDA: Diversidade microbiana em solos tropicais: abrindo a caixa preta P1: Diversidade microbiana em áreas sob vegetação nativa do bioma Cerrado Maria Regina Silveira Sartori da Silva - Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF P2: O metagenoma de áreas sob plantio direto e plantio convencional do Cerrado ao Sul do Brasil Luiz Fernando Wurdig Roesch - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), São Gabriel, RS P3: O metagenoma do solo: quem, quando, onde, por quê e para quê Fernando Dini Andreote - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Piracicaba, SP Moderador: Helson Mario Martins do Vale - Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF 16h - 17h - Sessão Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo Auditório Águas Horário: 14h - 16h MESAS REDONDAS XVI Reunião Brasileira sobre Micorrizas MESA REDONDA: Proposta de Instrução Normativa para métodos oficiais de análises biológicas de

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biofertilizantes e inoculantes contendo fungos micorrízicos arbusculares P1: Histórico, elaboração e conteúdo da proposta de Instrução Normativa Orivaldo José Saggin Júnior - Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ P2: Como a Instrução Normativa para métodos oficiais de análises de inoculantes contendo fungos micorrízicos arbusculares pode ajudar o desenvolvimento da tecnologia de produção de inoculantes desses fungos Solon Cordeiro de Araujo - ANPII, Campinas, SP P3: Caminhos para elaboração e aprovação de uma proposta de Instrução Normativa no Ministério da Agricultura Hideraldo José Coelho - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Brasília, DF Moderadora: Virgínia Damin - Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO 16h - 17h - Sessão Pôster Sessões: Fertilidade do Solo Nutrição de Plantas Microbiologia do solo

20/10/2016 - Quinta-feira

Atividade Programada

Minicurso

10h – 12:30h

Utilização de unidades do Sistema Internacional em redação científica na Ciência do Solo

Coordenador:

Victor Hugo Alvarez V - Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG

O minicurso será realizado no Auditório Águas no Centro de Convenções de Goiânia, abordando as unidades de medidas do Sistema Internacional que são utilizadas nas áreas da Ciência do Solo.

21/10/2016 - Sexta-feira

Atividade Programada

Excursão Técnica

07h – 18h

Tecnologias de fabricação de fertilizantes (Catalão, GO)

Coordenador:

Milton Ferreira de Moraes - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Barra do Garças, MT

Visita a fabricas da “Fertilizantes Heringer” e “Vale Fertilizantes”

Excursão Técnica

Pedologia e Fertilidade do Solo (Mini RCC) – Parte I

Coordenadores:

Eduardo da Costa Severiano - Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Rio Verde, GO

Glênio Guimarães Santos – Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO

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Virlei Álvaro de Oliveira - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia, GO

Reconhecimento de solos do sudoeste do estado de Goiás, com ênfase ao manejo da fertilidade de solos da região do Cerrado, responsáveis por contribuições significativas no que se refere à produção de grãos, pecuária e agroenergética do país.

22/10/2016 - Sábado

Atividade Programada

Excursão Técnica

07h -18h

Pedologia e Fertilidade do Solo (Mini RCC) – Parte II

Coordenadores:

Eduardo da Costa Severiano - Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Rio Verde, GO

Glenio Guimarães Santos – Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO

Virlei Álvaro de Oliveira - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia, GO

Reconhecimento de solos da região Leste de Goiás, contemplando perfis com elevada fertilidade natural. A visita encerra na cidade de Pirenópolis, fundada no século XVIII e tombada como patrimônio histórico em 1989.

3. RESUMOS DAS PALESTRAS: AGRICULTURA MITIGADORA DE GASES DO EFEITO ESTUFA: ESTUDOS EM SISTEMAS AGRÍCOLAS DO BRASIL CENTRAL Palestrante: – Arminda M. de Carvalho/Pesquisadora da Embrapa Cerrados Os principais gases de efeito estufa (GEE) são dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), dentre esses, N2O possui origem natural ou antrópica, com potencial de aquecimento global cerca de 300 vezes maior que o CO2 e vida útil de aproximadamente 131 anos na atmosfera. No Brasil, as mudanças do uso da terra e o setor agropecuário são responsáveis por 53% das emissões de CO2eq para a atmosfera, sendo que 64% das emissões diretas de N2O ocorrem pelo pastejo animal, uso de fertilizantes e resíduos agrícolas. Estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estabelecem aumentos das emissões de N2O em função do uso de fertilizantes nitrogenados em 35 – 60% até 2030. O estoque de carbono orgânico do solo (COS) na camada de 0-30 cm é de aproximadamente 800 Pg (1 Pg = 1015 g), quantidade considerada similar na atmosfera. Entretanto, as mudanças no uso e manejo do solo podem propiciar alterações nesses estoques e, ainda, aumentar as emissões globais dos gases de efeito estufa. Uma das estratégias para mitigar as emissões é a intensificação ecológica dos sistemas agrícolas e pecuários. Considera-se que os sistemas integrados são sistemas de produção ecologicamente intensivos e de alto valor ambiental (Lemaire et al., 2013). Os sistemas agropecuários integrados em plantio direto com rotação de culturas e uso de plantas de cobertura em suas diferentes modalidades de integração (lavoura-pecuária, lavoura-floresta e pecuária-floresta) podem representar importantes estratégias de mitigação das emissões de GEE. Integração Lavoura-Pecuária e Lavoura-Pecuária-Floresta são considerados sistemas de mitigação das emissões de GEE e sua expansão é um dos pilares do Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Governo Federal, que pretende implementar tais sistemas em 4 milhões de hectares no Brasil, até 2020, reduzindo de 18 a 22 milhões de t CO2 eq. Palavras-chaves: mudança climática, sistemas integrados de produção agrícola, óxido nitroso, plantas de cobertura.

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Bibliografia consultada LEMAIRE, G., et al., Integrated crop–livestock systems: Strategies to achieve synergy between agricultural production and environmental quality. Agric. Ecosyst. Environ. 2013. http://dx.doi.org/10.1016/j.agee.2013.08.009 A FBN no contexto da agricultura de baixa emissão de carbono Bruno J. R. Alves1,*; Segundo Urquiaga1; Claudia P. Jantalia1; Robert M. Boddey1 1Embrapa Agrobiologia, BR 465, km 07, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. CEP: 23891-000 *E-mail: [email protected] A necessidade urgente de reduzir os impactos ambientais causados pela agricultura põe em evidência preocupações com o uso racional e eficiente dos fertilizantes nitrogenados. A síntese de amônia e o processamento (produção dos adubos nitrogenados) e transporte do fertilizante implicam em alto consumo de energia fóssil, que se traduz em emissões de CO2 para atmosfera. As perdas de N após a fertilização de lavouras e pastos tem sérias implicações econômicas e sobretudo ambientais, especialmente no que se refere aos gases de efeito estufa. Buscando o comprometimento com a mitigação de gases de efeito estufa, o Brasil se comprometeu em avançar com uma agricultura de baixa emissão de carbono (plano ABC), que entre várias ações está a de expandir a fixação biológica de N2 (FBN) nos sistemas de produção. É um processo de conhecida eficácia no fornecimento de N para muitas leguminosas, existindo a possibilidade de reduzir a fertilização nitrogenada em outras culturas, como a cana-de-açúcar e o milho, entre as principais consumidoras de N no país. Muitas das bactérias fixadoras de N2 também são capazes de promover o crescimento vegetal por meio de exsudação de hormônios que estimulam o desenvolvimento radicular, com potencial para aumentar a utilização do N e outros nutrientes fornecidos por fertilizantes. A utilização da FBN em pastagens, principalmente pelo uso de consórcios com leguminosas, tem um grande potencial para incrementar a produtividade animal sob reduzido impacto ambiental, principalmente pela redução da fertilização nitrogenada, pela otimização da FBN, nas gramíneas e nas culturas de grãos usadas para produção de complementos nutricionais do gado. A disponibilidade de material orgânico no solo de mais baixa relação C/N, oriundo de leguminosas, faz com que as reservas de matéria orgânica do solo incrementem, resultando em maior fertilidade e no “sequestro de C atmosférico” no solo, uma das metas do plano ABC. De grande relevância é a utilização da FBN na agroenergia, cuja biomassa deve ser produzida com a mínima utilização possível de energia fóssil para melhor cumprir seu objetivo principal de produção de energia limpa e renovável. A essencialidade do N para a produção agrícola vai requerer suprimentos cada vez maiores do nutriente para atender a demanda crescente de alimentos e energia, e a FBN se mostra cada vez mais essencial para o atendimento dessa meta dentro de um padrão de baixa emissão de carbono. Palavras-chave: Fixação biológica de nitrogênio, fertilizante, promoção de crescimento, óxido nitroso, volatilização de amônia, estoques de C do solo. AGRICULTURA MITIGADORA DE RESÍDUOS URBANOS: BIOCHAR DE LODO DE ESGOTO Cícero Célio de Figueiredo1 1Universidade de Brasília (UnB), Campus Darcy Ribeiro, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, ICC Sul, Asa Norte, CEP 70.910-900, Brasília, DF. E-mail: [email protected] A agricultura pode mitigar os efeitos deletérios de resíduos urbanos por meio do aproveitamento sustentável desses resíduos. Entre os diversos materiais gerados pela atividade humana, o lodo de esgoto se destaca pela elevada quantidade gerada e pela preocupante falta de destino para sua utilização. Apesar de representar um excelente material orgânico, rico em macro e micronutrientes, o lodo de esgoto apresenta uma série de características que limitam o seu uso

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em áreas agrícolas. Em decorrência das limitações de uso impostas pela legislação ambiental, como presença de patógenos e metais pesados, o lodo de esgoto produzido nas estações de tratamento se acumula nos pátios de secagem e armazenamento, sem utilização agroambiental, representando um problema ambiental cuja solução é interesse de toda a sociedade. Neste trabalho será apresentada a tecnologia biochar como uma alternativa de mitigação para viabilizar o uso do lodo de esgoto de forma segura em solos agrícolas. Essa abordagem será distribuída nos seguintes tópicos: coleta e tratamento de esgoto no Brasil; destino do lodo de esgoto no Brasil; tratamento térmico de lodo esgoto por pirólise; aspectos da produção de biochar de LE; propriedades químicas e físicas de biochar de LE obtidos por diferentes temperaturas; efeitos do biochar nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, na produtividade das culturas, na redução das emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera, na disponibilidade de metais pesados e na sorção de herbicidas. Nas considerações finais serão abordados os desafios que ainda devem ser superados para a completa compreensão da utilização do biochar de lodo de esgoto de forma sustentável. Palavras-chave: biocarvão, biossólido, pirólise. FAUNA EDÁFICA EM SISTEMAS DE USO E MANEJO DO SOLO NO BIOMA MATA ATLÂNTICA Dilmar Baretta1, Carolina Riveira Duarte Maluche Baretta², Osmar Klauberg Filho3, Siu Mui Tsai4, Antônio Domingos Brescovit5, George Gardner Brown6, Marie Luise Carolina Bartz7, José Paulo Sousa8 1UDESC/Oeste, Chapecó – SC, 2UNOCHAPECÓ, Chapecó – SC, 3UDESC/CAV, Lages-SC, 4USP/CENA, Piracicaba – SP, 5Instituto Butantan, São Paulo – SP, 6EMBRAPA Florestas, Curitiba-PR, 7Universidade Positivo, Curitiba-PR, 8Universidade de Coimbra, Portugal. Os estudos envolvendo fauna edáfica em sistemas de uso e manejo do solo no Bioma Mata Atlântica vêm crescendo muito no Brasil. Isso porque o tema “fauna do solo” desperta cada vez mais a atenção dos pesquisadores, devido a necessidade de novos conhecimentos sobre a biodiversidade edáfica e da demanda por indicadores sensíveis para avaliação da qualidade do solo. Assim, a palestra tem por objetivo apresentar a fauna edáfica em sistemas de manejo do solo no Bioma Mata Atlântica, bem como destacar quais são as variáveis ambientais que mais explicam as modificações na biodiversidade do solo em sistemas de uso do solo (SUS) envolvendo floresta nativa, reflorestamentos, pastagens, integração lavoura-pecuária, plantio direto, dentre outros. Informações inéditas sobre a fauna edáfica serão repassadas provenientes de estudos realizados por equipes multidisciplinares de pesquisadores, especialistas que atuam na Mata Atlântica, focando na diversidade edáfica em SUS, bem como os relacionados a qualidade do solo por meio de análises uni e multivariadas. Adicionalmente, serão apresentadas metodologias padronizadas e informações inéditas do projeto temático Sisbiota, onde condições especificas condicionam a presença de organismos edáficos, especialmente pela modificação na estrutura florística, além das características intrínsecas de cada sistema. Os resultados englobam grupos, famílias, morfotipos, espécies, em alguns casos, com uso de ferramentas moleculares. Evidenciamos, na maioria dos casos, que a distribuição e a abundância de grupos da fauna do solo estão condicionadas pelo tipo uso e em parte, explicada pela química e física do solo. As correlações com os atributos químicos do solo mostraram uma relação composta, na sua maioria, por espécies exóticas em áreas agrícolas (plantio direto e integração lavoura-pecuária) e espécies nativas em áreas menos antropizadas (floresta, reflorestamento de eucalipto e pastagem permanente). Essas informações certamente deverão ampliar as ações de pesquisa relacionadas à biodiversidade do solo. Palavras-chave: Biodiversidade, qualidade do solo, sustentabilidade.

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MICROALGAS E SUA APLICAÇÃO EM BIONERGIA E AGRICULTURA

Diva S Andrade1 1Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Londrina, PR, E-mail [email protected].

Microalgas é um grupo diversificado de microrganismos, multicelulares ou unicelulares fotossintéticos, incluindo procariotos e eucariotos que, podem utilizar para o crescimento, luz e dióxido de carbono, fotoautotróficos, ou substrato orgânico, heterotróficos ou mixotroficos. Microalgas são consideradas fonte viável para obter matéria-prima sustentável de combustíveis líquidos para atender a demanda global, devido a altas taxas de crescimento, capacidade de fixação de CO2 e grande acúmulo de óleo em comparação com outras culturas oleaginosas. Apesar das muitas vantagens, o cultivo de microalgas ainda é complicado em comparação com a prática da agricultura convencional. O gargalo desta tecnologia está representado pelos altos custos do processo de produção, por exemplo, nutrientes, colheita e secagem da biomassa de microalgas, contendo alto volume de água, é um processo que consome energia. Essas limitações podem ser minimizadas pela seleção de microalgas, caracterização fisiológica e genética, também pela concepção de fotobioreatores com alta eficiência de fotossíntese, nutrientes alternativos, colheita da biomassa e extração de óleo. Assim, espécies mixotróficas de microalgas que utilizam nutrientes de águas residuais da agroindústria, tais como, dejetos de suínos, vinhaça de cana-de-açúcar, resíduos lácteos e resíduos de suco de laranja agregam valor ambiental adicional para o processo de produção de biomassa. Além disso, visando aumentar a produção de grãos, experimentos de campo mostraram respostas do feijoeiro, soja, amendoim, milho e trigo a co-inoculação de microalgas com estirpes rizóbios ou de Azospirilum já autorizadas para produção de inoculantes comerciais no Brasil. Concluímos que, no Brasil, as microalgas têm grande potencial de cultivo tanto como fonte de energia renovável quanto na agricultura como promotores de crescimento de culturas de valor econômico. Palavras-chave: lipídeos, pigmentos, co-inoculação. EFICIÊNCIA DO USO DE FÓSFORO EM SISTEMAS AGRÍCOLAS Djalma Martinhão Gomes de Sousa, Rafael de Souza Nunes, Ieda de Carvalho Mendes 1 1 Embrapa Cerrados, BR 020 km 18, CEP 73.310-970, Planaltina, DF. E-mail: [email protected] A adubação fosfatada é prática imprescindível no estabelecimento e manutenção de qualquer sistema agrícola sustentável, uma vez que a disponibilidade de fósforo (P) em condições naturais frequentemente é muito baixa. Várias práticas influenciam a disponibilidade de P no solo e sua utilização pelas culturas, destacando-se o sistema de preparo, fonte, dose e modo de aplicação do fertilizante, teor de matéria orgânica (MOS) e atividade biológica do solo, bem como a biodiversidade agrícola. A ferramenta mais utilizada para se avaliar a disponibilidade de P é a análise química do solo, onde se quantifica uma fração do P inorgânico (Pi). No entanto, outros parâmetros ajudam a compreender a utilização do P pelas plantas, com destaque aos relacionados à MOS, como o P orgânico (Po) e a atividade microbiológica do solo. Assim, em um solo cultivado com sistemas de manejo que resultem em alterações na quantidade e qualidade da MOS se observa redução no nível crítico de Pi com o aumento do teor de MOS, como foi observado em áreas de sistemas de integração anual-pastagem, em contraste com áreas de cultivos exclusivamente anuais. O Po do solo não é rotineiramente determinado, apesar de sua grande participação no P total (Pt). Como exemplo, em um Latossolo argiloso sob vegetação de Cerrado, cerca de 50% do Pt encontra-se na forma orgânica e essa participação aumenta em frações mais lábeis de P, chegando a contribuir com 90% do Pt de frações de elevada labilidade. Assim, percebe-se a importância da ciclagem do Po para nutrição com P em condições naturais de

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Cerrado. No entanto, acredita-se que sistemas agrícolas bem manejados também tenham contribuições importantes do Po. A ciclagem do Po no solo tem grande dependência da atividade das enzimas fosfatases, produzidas por microrganismos e pelas plantas, de modo que em experimentos de longa duração em Latossolo argiloso de Cerrado observa-se alta correlação entre a atividade destas enzimas e o Po total. Desta forma, nestas condições de clima e solo, estima-se que, para uma relação C/P no solo de 175, comum em sistema de preparo convencional ou plantio direto de baixa qualidade, seja mineralizado cerca de 65 kg P2O5 ha-1 ano-1, enquanto em sistema plantio direto de alta qualidade, cuja relação C/P atinge valores de 125, ocorra uma mineralização de 92 kg P2O5 ha-1 ano-1. Portanto, com o aumento na MOS e, consequentemente, no Po, a necessidade de aplicação de Pi como fertilizantes pode ser reduzida em sistemas conservacionistas.

Palavras-chave: fósforo orgânico, fosfatase, matéria orgânica, plantio direto.

SOIL QUALITY TWENTY YEARS LAGER: LESSONS LEARNED AND TO BE LEARNED Douglas L. Karlen1 1United States Department of Agriculture (USDA), National Laboratory for Agriculture and the Environment, 1015 University Boulevard, Ames, IA 50011-3611 E-mail: [email protected] Plato’s proclamation on the fragility of our soil resources, reprinted by Dr. Daniel Hillel in his 1991 book entitled Out of the earth: Civilization and the life of the soil, coupled with the 2015 conclusion by Karlen and Rice that “soil degradation remains a global problem caused by many diverse factors,” can only cause one to stop and ask if we are really making any progress toward improving the health of our global soil resources. My objectives for this presentation are to: (1) clarify that the modern concept of soil health did not spring up overnight, (2) briefly review what we consider to be milestones that have been achieved during the past 25 years, (3) identify some of the challenges and barriers that have been encountered and those that remain, and (4) discuss some of the recent developments being pursued to achieve the cultural change needed to sustain soil for current and future generations. Having focused on soil quality/health endeavors since the 1990s, I stress that those accomplishments were built on foundations laid by many excellent scientists, engineers, and scholars. With regard to what has been achieved during the past two and one-half decades, I suggest that perhaps the former U.S. President John F. Kennedy would have summarized it as requesting that humankind no longer ask what the soil can do for you, but rather what you can do to protect it! Another major factor that helped guide my passion and commitment to soil health was my friend, mentor, and former colleague Dr. Bill Larson who often stated that soil was “the thin layer covering the planet that stands between us and starvation.” I will be concluding my lecture with the question of whether or not you are doing everything you can to ensure our fragile soil resources are being sustained for an infinite number of generations to come? Key-words: Soil Health, Sustainability, Conservation, Natural Resource Management

REMINERALIZADORES COMO FONTES DE NUTRIENTES Eder de Souza Martins1 1Embrapa Cerrados, BR 020, km 18, CEP 73.310-970, Planaltina, DF. E-mail: [email protected] Os remineralizadores de solos foram recentemente definidos na Lei 12.890/2013 e regulamentados por meio das instruções normativas 5 e 6, publicadas em março de 2016 pelo

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A nova regulamentação é uma garantia para os produtores e consumidores dos remineralizadores de solo, pois impõe critérios de produção, registro e comércio destes novos insumos. Determinadas rochas silicáticas moídas que apresentam características como remineralizadores de solos (agrominerais silicáticos) têm o potencial como condicionador de solo e também como fornecedor de nutrientes regionais. Os remineralizadores de solos podem fornecer macro (Ca, Mg, K), micronutrientes e elementos benéficos para as plantas (Cu, Fe, Mn, Mo, Zn, Ni, Se, Si). Os estudos mostram que a rizosfera das plantas é o agente que promove o biointemperismo dos aluminossilicatos presentes nos agrominerais silicáticos aplicados ao solo, uma vez que a solubilidade destes minerais em água é muito baixa. Os processos biológicos podem aumentar de 103 a 104 vezes a taxa de intemperismo destes minerais em relação aos processos hidrolíticos promovidos apenas pela água levemente acidificada. Desta forma, a eficiência agronômica dos agrominerais silicáticos depende da atividade biológica da rizosfera sobre estes minerais. As pesquisas indicam que rochas silicáticas ricas em cálcio e magnésio de uma forma geral, além de determinadas rochas ricas em potássio, são potenciais fornecedoras de nutrientes. Na região do Cerrado ocorrem potenciais remineralizadores de solos de composição básica (p.ex. basaltos, anfibolitos), ultramáfica (p.ex., serpentinitos, dunitos, piroxenitos), alcalina (p.ex., kamafugitos), além de rochas metamórficas (p.ex., biotita xistos). A maioria destes remineralizadores potenciais ocorrem como subprodutos da extração de outros minerais (agregados para a construção civil, ouro, esmeralda, granada). Os estudos mostram que rochas ricas em biotita são fontes naturais de potássio. As rochas básicas e ultramáficas são fontes de cálcio, magnésio e silício. Os kamafugitos são fontes de cálcio, magnésio, potássio e silício. Os estudos de eficiência agronômica existentes indicam que estes agrominerais incorporados ao solo apresentam efeito de curto prazo e residual em sistemas de cultivos anuais. Novos estudos são necessários para avaliar o efeito dos remineralizadores em relação à forma de aplicação e em diferentes sistemas de cultivos. Palavras-chave: liberação controlada, CTC de origem mineral, rochagem.

CONSTRUÇÃO DE PERFIL DO SOLO Eduardo Fávero Caires1 1Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Campus de Uvaranas, Departamento de Ciência do Solo e Engenharia Agrícola, Avenida Carlos Cavalcanti, 4748, CEP 84.030-900, Ponta Grossa, PR. E-mail: [email protected] O Brasil apresenta extensas áreas de solos ácidos com baixa fertilidade. Aliado a isso, a agricultura brasileira avançou na ocupação de solos com baixos teores de cálcio (Ca) e altas saturações por alumínio (Al) ao longo do perfil, e também na adoção do sistema plantio direto (agricultura de conservação). No sistema plantio direto, é comum ocorrer estratificação química no perfil do solo, com formação de níveis mais elevados de pH a partir da superfície. A acidez do subsolo, em caso de níveis tóxicos de Al e/ou deficiência de Ca, compromete a penetração das raízes e a produtividade das culturas. A importância da construção de perfil do solo para o adequado crescimento radicular das plantas tem sido ainda mais ressaltada em decorrência do cenário de mudanças climáticas e aquecimento global. Neste trabalho será inicialmente apresentada a evolução da agricultura no Brasil em direção à ocupação de solos com alta acidez e baixa fertilidade. Em seguida, serão mostrados os fatores de solo e clima que mais interferem no crescimento das raízes, considerando a genética das plantas. Um tópico sobre a correção do perfil do solo para o adequado crescimento radicular das plantas tratará da importância da produção de palha com diversificação de culturas, da calagem e do uso de gesso para melhorar a estrutura do solo, criar condições para uma melhor distribuição espacial das raízes e aumentar o estoque de carbono no perfil do solo. Também serão mostrados os benefícios do maior crescimento radicular

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em profundidade na absorção de nutrientes, especialmente de nitrogênio na forma de nitrato que se move para o subsolo. Critérios para a recomendação de calagem e gesso em diferentes regiões do Brasil serão discutidos. Maior ênfase será dada ao plantio direto porque a abordagem da correção da acidez do perfil do solo nesse sistema é mais complexa em função da aplicação superficial de corretivos. Por fim, um novo método de recomendação de gesso baseado na elevação da saturação por Ca na capacidade de troca de cátions efetiva (CTCe) do subsolo será proposto para solos sob plantio direto da região Sul do Brasil. Palavras-chave: acidez, cálcio, alumínio.

FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO NO FEIJOEIRO NO BRASIL CENTRAL Enderson Petrônio de Brito Ferreira1 1Embrapa Arroz e Feição, Rodovia GO-462, km 12, CEP 75.375-000, Santo Antônio de Goiás, GO. E-mail: [email protected] O feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris L.) é cultivado em aproximadamente 250 mil ha na região Central do Brasil, tendo como principais produtores o Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso. A região Central Brasileira é a que apresenta a maior produtividade da cultura, com cerca de 2.000 kg ha-1, o que exige uma grande demanda de nitrogênio (N), o qual tem seu fornecimento baseado no uso de fertilizantes nitrogenados. Apesar de ser capaz de beneficiar-se da fixação biológica de nitrogênio (FBN) para aquisição desse nutriente através da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, o uso da tecnologia da FBN entre os produtores ainda é insignificante, atingindo apenas cerca de 5% do total da área plantada no Brasil. Contudo, experimentos de campo conduzidos em áreas de produção comercial tem mostrado que a inoculação da cultura proporciona índices de produtividades superiores à média da região. A resposta da cultura à FBN depende de vários fatores, entre eles da cultivar utilizada. Por exemplo, a cultivar Aporé é capaz de atingir índices de produtividade de 3.300 kg ha-1, cerca de 62% superior à média da região Central, somente com FBN. Esse mesmo valor é observado para a cultivar BRS Notável utilizando 280 kg ha-1 de uréia, equivalente a cerca de 120 kg ha-1 de N. A associação de bactérias fixadoras de N com bactérias produtoras de fito-hormônios, como Azospirillum, também tem apresentado resultados promissores. A co-inoculação da cultivar Pérola com Rhizobium e Azospirillum tem resultado em níveis de produtividade de cerca de 3.200 kg ha-1. Dessa forma, a utilização da tecnologia da FBN, seja de forma isolada ou co-inoculada com Azospirillum, garante o alto rendimento da cultura, além de contribuir para a redução do custo de produção de impactos ambientais relacionados ao uso de fertilizantes nitrogenados. Palavras-chave: bactérias benéficas, Nutrição de plantas, Cerrado.

NOVAS RECOMENDAÇÕES DE MICRONUTRIENTES PARA A CANA-DE-AÇÚCAR Estêvão Vicari Mellis1 1Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Centro de Solos e Recursos Ambientais, Avenida Barão de Itapura, 1481, CEP 13020-902, Campinas, SP. E-mail: [email protected] Apesar do Brasil ser o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, a produtividade média da cultura, em torno de 70 t ha-1, ainda é baixa e precisa ser melhorada. Um dos fatores que contribui para essa baixa produtividade, é a expansão da cultura em solos de baixa fertilidade. Esses solos exigem manejo mais aprimorado da fertilidade para se obter produções economicamente viáveis. Portanto, além da correção da acidez do solo com a calagem, adubação NPK e rotação de culturas com leguminosas, os micronutrientes estão se tornando a cada dia mais necessários à produtividade e qualidade da cana-de-açúcar. Nesta palestra será inicialmente

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relatado o estado da arte que subsidiou as recomendações anteriores de adubação com micronutrientes para a cana-de-açúcar e discutiremos os motivos pelo qual essa prática ainda é pouco adotada pelos produtores. Durante a apresentação, serão discutidas as principais dúvidas sobre assuntos como: Quais os micronutrientes devem ser aplicados? Quais as melhores fontes? Quais as doses e formas de aplicação mais eficazes? Para isso, serão apresentados os resultados recentes de pesquisa com micronutrientes em cana-de-açúcar. Dentre esses trabalhos será dado destaque para os resultados obtidos pelo Programa Micronutrientes em Cana do IAC, que vem desde 2005 realizando diversos experimentos em campo nas mais importantes regiões canavieiras. Os resultados obtidos por esse programa nos últimos onze anos demonstram que a aplicação de doses mais altas de micronutrientes no sulco de plantio proporciona aumentos de até 15 % na produtividade da cultura, com elevado retorno financeiro. Na sequência da palestra, serão apresentadas as novas recomendações do IAC para adubação com micronutrientes em cana-de-açúcar. Para finalizar, serão sugeridas novas demandas de pesquisa com micronutrientes para que a produção de cana-de-açúcar no Brasil seja cada vez mais sustentável. Palavras-chave: bioenergia, adubação, nutrição de plantas. SISTEMAS AGROFLORESTAIS DIRIGIDOS PELA SUCESSÃO NATURAL: ALTERAÇÕES NOS PARÂMETROS DO SOLO Fabiana Mongeli Peneireiro1 1 Mutirão Agroflorestal, Brasília, DF; [email protected] Foi realizado um estudo comparativo entre um sistema agroflorestal (SAF) biodiverso com 12 anos, desenvolvido por Ernst Götsch, cuja implantação e manejo foram orientados pela lógica da sucessão natural, e uma área de capoeira, em pousio, da mesma idade, na região de Floresta Ombrófila Densa Submontana, no sul da Bahia, Brasil. O objetivo da pesquisa foi identificar os efeitos do manejo do SAF com relação a parâmetros vegetacionais (florística, fitossociologia e sucessão) e edáficos (serapilheira, solo e macrofauna edáfica). No SAF não foram utilizados fertilizantes químicos nem agrotóxicos. Foi utilizado calcário (2400 kg/ha) no momento do plantio do SAF. Os resultados das análises químicas do solo mostraram algumas diferenças significativas entre as áreas de SAF e capoeira, especialmente para o fósforo, que na área de SAF apresentou teores de P2O5 aproximadamente 7 vezes maior na profundidade de 0 a 5 cm e 4 vezes maior para 5 a 20 cm quando em comparação com a área de capoeira. A área de SAF apresentou V% de 83% enquanto que a área em pousio apresentou o valor de 41%, na profundidade de 0 a 5cm. Quanto aos resultados relativos à serapilheira, não se encontrou diferença estatística para o peso seco do folhedo para as duas áreas, e as análises químicas da serapilheira mostrou teores de nutrientes muito superiores para a área de SAF em comparação com a área de capoeira, exceto para o cálcio e enxofre. Os resultados quanto à macrofauna edáfica também mostrou diferença entre as duas áreas, sendo que a área de SAF apresentou maior avanço na sucessão, por apresentar predominância de espécies saprófitas, enquanto que na área de capoeira houve predomínio de predadores. As diferenças entre as áreas de SAF e capoeira foram explicadas principalmente pelo manejo intensivo no SAF, especialmente podas periódicas, o que levou a uma condição sucessional mais avançada, à dinamização da vida do solo e da ciclagem de nutrientes, com bombeamento de nutrientes das camadas mais profundas do solo. Constatou-se que o SAF em questão transformou uma área de solo distrófico em uma área produtiva, com alta fertilidade, em 12 anos de manejo, mostrando-se como uma alternativa promissora para a recuperação de solos degradados, além de se constituir em um sistema de produção sustentável para os trópicos úmidos. Palavras-chave: agrofloresta, ciclagem de nutrientes, fósforo.

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BIOS BRASIL - FAUNA EDÁFICA E OUTROS GRUPOS DE ORGANISMOS DO SOLO EM DIVERSOS SISTEMAS DE USO NO BIOMA AMAZÔNIA Fatima Maria de Souza Moreira1 1Universidade Federal de Lavras (UFLA), Caixa Postal 3037, Lavras, MG, CEP 37200-000. E-mail: [email protected]

O projeto ¨Conservação e manejo sustentável da biodiversidade do solo¨ foi coordenado pelo “Tropical Soil Biology and Fertility Institute” do Centro Internacional de Agricultura Tropical, financiado pelo “Global Environment Facility”, implementado pelo Programa ambiental das Nações Unidas e conduzido em sete países: Brasil, Costa do Marfim, India, Indonesia, Quênia, México, e Uganda. No Brasil, o projeto, denominado BiosBrasil, foi coordenado pela Universidade Federal de Lavras e conduzido com as seguintes instituições co-executoras: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), EMBRAPA – Solos, Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade de Brasília (UnB), Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), Centro de Ensino Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA). Outras instituições nacionais e internacionais colaboraram no projeto de diversas formas e constam das publicações. No Brasil, o projeto foi conduzido no Município de Benjamin Constant (tríplice fronteira de Brasil, Peru e Colômbia) por cerca de 100 participantes incluindo pesquisadores, alunos de graduação e pós graduação e técnicos. O estado da arte sobre o conhecimento dos organismos estudados antes da condução do projeto foi publicado em dois livros. O projeto foi conduzido de 2002 a 2010, mas artigos e livros ainda continuam a ser publicados pois o projeto gerou uma quantidade significativa de dados, sendo os mais relevantes, apresentados neste evento. A lista da produção do projeto pode ser obtida em www.biosbrasil.ufla.br. A fauna do solo foi estudada por diferentes metodologias, assim como os grupos de micro-organismos num contexto integrado de fatores físicos, químicos e biológicos. Em síntese, apesar do solo da região estudada apresentar limitações químicas e físicas, foi encontrada biodiversidade significativa na área e todos os grupos de organismos foram indicadores das mudanças no uso da terra. O projeto contribuiu para aumento significativo do acervo de coleções biológicas, para a formação de recursos humanos e, sobretudo para aumento do conhecimento e da consciência sobre a importância da biodiversidade do solo. Palavras-chave: macrofauna, mesofauna, simbiontes radiculares

FAUNA EDÁFICA COMO PRESTADORA DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS George Brown1,2, Cíntia C. Niva3, Elodie da Silva1, Luis F.N. Cunha1,4, Marie L.C. Bartz5, Amarildo Pasini6, Herlon Nadolny2, Patrick Lavelle7 1Embrapa Florestas, Estrada da Ribeira Km 111, CEP: 83411-000, Colombo, PR. E-mails: [email protected], elodie 2Universidade Federal do Paraná (UFPR), Programa de Pós Graduação em Ciência do Solo, R. dos Funcionários 1540, CEP: 80035-050, Curitiba, PR. E-mails: [email protected], [email protected] 3Embrapa Cerrados, Km 18 BR-020, CEP: 73310-970, Planaltina, DF. E:mail: [email protected] 4Cardiff University, School of Biological Sciences, Cardiff, UK. E-mail: [email protected] 5Universidade Positivo, Programa de Pós Graduação em Gestão Ambiental, R. Pedro Viriato Parigot de Souza 5300, CEP: 81280-330, Curitiba, PR. E-mail: [email protected] 6Depto. de Agronomia, PR 445 Km 380, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, CEP: 86055-900. E-mail: [email protected]

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RELATÓRIO FUNDAÇÃO AGRISUS 7IRD, Cali, Colombia. E-mail: [email protected] O solo é o lar de milhares de animais e micro-organismos, que formam as mais longas e complexas teias tróficas conhecidas, e que contribuem direta e indiretamente para diversos serviços essenciais para o funcionamento sustentável dos ecossistemas terrestres. Os invertebrados edáficos (fauna do solo) representam aprox. 25% de todos os seres vivos já classificados no planeta e aprox. 50% de todas as espécies animais já descritas passam uma ou mais fases de sua vida no solo. No Brasil, estima-se que possam existir >250.000 espécies de invertebrados edáficos, mas a maioria deles ainda precisa ser encontrada e descrita. As práticas de manejo e os sistemas de uso do solo podem afetar profundamente as populações, a biodiversidade e a atividade da biota edáfica. Paralelamente, a fauna edáfica contribui direta e indiretamente para a qualidade do solo, e seus representantes podem ser usados como bioindicadores ambientais. Além disso, a fauna edáfica contribui direta e indiretamente para diversos serviços ecossistêmicos: a água disponível no solo (por mudanças na estrutura e agregação do solo); produção de alimentos e produtividade primária e secundária (efeitos no crescimento das plantas, produção de biomassa vegetal e animal); geração de produtos farmacêuticos (oriundos dos organismos ou seus sub-produtos); ciclagem de nutrientes e dinâmica da decomposição da matéria orgânica, inclusive sequestro de carbono; troca de gases entre o solo e a atmosfera (incluindo a emissão de GEE); pedogênese; conservação da biodiversidade (por alteração do solo como hábitat para outros organismos); controle de erosão e enchentes (por mudanças na estrutura física do solo e de regime hídricos edáficos); polinização (principalmente por insetos); dispersão de sementes; tratamento de resíduos (por decomposição de resíduos ou degradação de pesticidas); recreação (para coleções de lazer ou uso como isca para pescar); e educação ambiental. Contudo, o cálculo da contribuição da biodiversidade edáfica a esses serviços e sua valoração econômica continuam representando grandes desafios para os cientistas. Palavras-chave: invertebrados edáficos, bioindicadores, serviços ambientais.

BIOLOGICAL NITRIFICATION INHIBITION (BNI) - A NOVEL APPROACH FOR ENHANCING NITROGEN-USE EFFICIENCY (NUE) IN CROPS AND PASTURES GV Subbarao1, M Kishii2, H Braun2, Y Ando1, T Yoshihashi1, K Nakahara1, T Ishikawa1, S Nakamura1, M Peters3, IM Rao3, J Arango3, S Deshpande4, PR Pradhan4, S Grando4, A Whitbread4 and S Tobita1 1Japan International Research Center for Agricultural Sciences (JIRCAS), 1-1 Ohwashi, Tsukuba, Ibaraki, 305-8686, Japan. E-mail: [email protected] 2CIMMYT (International Maize and Wheat Improvement Center), Apdo Postal 6-641, 06600, D.F. Mexico 3CIAT (Centro Internacional de Agricultura Tropical), A.A. 6713, Cali, Colombia 4ICRISAT (International Crops Research Institute for the Semi-Arid Tropics), Hyderabad 502324, Telangana, India While the Green Revolution has doubled global food production between 1960 and 2000, in the same period, global N-fertilizer consumption has also increased 12-fold (from 10Tg N to 120 Tg N yr-1). Significant environmental impacts have resulted from this large-scale injection of industrially-fixed-N into agricultural systems as manufacturing N-fertilizer is energy-intensive, and fertilizer-use efficiency is low for N (NUE <30% at present), led to massive N-leakage into the larger environment. Nitrification, a soil-biological process, converts the immobile-NH4

+ into a mobile-NO3

-, highly susceptible to leaching and denitrification (causing gaseous-N-emissions, N2O and NO). Modern agricultural systems have become high-nitrifying; nearly 95% of the fertilizer-N that enters these agricultural systems goes through rapid nitrification and NO3

- has become the dominant inorganic-N source for crop uptake and assimilation. Such NO3

--dominated crop nutrition is the inherent reason for low-NUE in the present production systems. Suppressing soil-

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nitrifier-activity is thus central to retain soil-N, and to improve NUE. Biological nitrification inhibition (BNI) is the ability of certain plant root systems to suppress soil nitrification by releasing nitrification inhibitors. The last 15-years of research at JIRCAS with collaborative partners (CIAT, CIMMYT and ICRISAT) suggests the existence of variation in the BNI-capacity of some staple-food-crops (sorghum and wheat) and feed/forage (e.g. Brachiaria grasses), which can be genetically exploited in breeding programs to develop BNI-enabled N-efficient varieties in the near future. The strength of BNI-function expressed under field-environments and the possibility of exploiting such BNI-enabled varieties to develop low-nitrifying, low-N2O emitting, next-generation novel crop-livestock production systems with significantly higher NUE, thus can be more productive and sustainable - will be the theme of this keynote-talk. Key-words: BNI, Brachiaria, NUE, sorghum, wheat

SPRAY AND PRAY? ADVANCES IN FOLIAR FERTILIZATION OF CROP PLANTS Thomas Eichert, Heiner E.Goldbach1 1INRES-Plant Nutrition Group, University of Bonn, and HGoTECH GmbH, Karlrobert-Kreiten-Str. 13, D 53115 Bonn, Germany. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Foliar application of micronutrients is common practice to overcome temporary or permanent shortages on deficient and immobilizing soils, esp. to meet peak demands. The higher the yields and the more adverse climatic conditions, the more a timely and targeted foliar application is required. This will be shown for the example of boron demand and supply at different temperature conditions. The efficacy of foliar nutrient supply is, however, highly variable. Thus there is a need for a better understanding of the processes controlling the availability of micronutrients on foliar surfaces. In our presentation, we will tackle the processes affecting the fate of foliar applied micronutrients on their way from the surface into the mesophyll apoplast. The translocation of nutrients after the foliar application consists mainly of a diffusional transport driven by concentration differences, affected by temperature and the tortuosity of the diffusional path. Key factors are shown to be: - physicochemical properties of the applied formula - physical and chemical properties of the surface waxes and the cuticula - alterations of the surface properties by contamination (e.g. by biofilms and organic and anorganic depositions on the foliar surface) - cuticular pore sizes and hydrophilic modifications of stomata - uptake rates across the plasmamembrane, which determine the concentration gradient, decisive for a diffusional transport. Besides, the nutrient status of the plant can be of further importance. The effect of foliar applied nutrients is more difficult to predict in rather complex tank mixes when nutrients are supplied together with fungi- or pesticides. We will provide an example for Mn uptake and fate after foliar application with different adjuvant mixes. The importance of the different factors under field conditions will be discussed for temperate and tropical conditions. key-words: fertilizers, nutritional status of plants, nutritional deficiency.

O USO DAS MINHOCAS COMO BIOINDICADORAS DA QUALIDADE DOS SOLOS BRASILEIROS Herlon Nadolny1 1Universidade Federal do Paraná (UFPR), Programa de Pós Graduação em Ciência do Solo, R. dos Funcionários 1540, CEP: 80035-050, Curitiba, PR. E-mail: [email protected]

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Comparado com os indicadores químicos e físicos do solo, indicadores biológicos tal como as populações da fauna edáfica são de fácil mensuração e baixo custo. Na última década, a fauna edáfica tem recebido maior atenção e vem sendo gradativamente proposta pela literatura como ferramenta de análise da qualidade do solo e de impactos antrópicos sobre os ecossistemas. As minhocas estão entre os animais mais conhecidos da fauna do solo, tanto por agricultores quanto pesquisadores, e por isso são frequentemente usadas como indicadoras ambientais e da qualidade do solo. Além disso, essa avaliação pode ser feita de forma rápida, sem o uso de ferramentas caras e complexas e pelos próprios agricultores. Sendo engenheiras do ecossistema, sua presença é considerada como indicadora de boa agregação do solo, e de “terra boa” (solos férteis), pelos agricultores. Em vários países Europeus, no Canadá e nos EUA, as minhocas já são usadas como indicadoras em programas de monitoramento da qualidade do solo, mas no Brasil existe ainda pouca informação sobre seu uso para esse fim, e os dados sobre suas populações ainda precisam ser correlacionados com as propriedades ambientais e do solo para avaliar esse uso potencial em solos brasileiros. Portanto, gerou-se uma extensa base de dados (BD) em nível nacional, com a colaboração de pesquisadores e alunos de diversas instituições de pesquisa e ensino nacionais e internacionais. A BD inclui resultados sobre abundância de minhocas em diversos ecossistemas (florestais, agrícolas, urbanos), coletadas usando metodologia padrão (extração manual de monólitos de solo), e as características desses ambientes (tipo de clima e vegetação, tipo de solos e suas principais propriedades físicas e químicas). Essa palestra versará sobre os principais resultados da análise dessa BD, evidenciando o possível valor das minhocas como bioindicadoras ambientais em nível nacional, e mostrando exemplos dessa prática em nível regional e local. Palavras-chave: minhoca, bioindicadores, solos. CAMINHOS PARA ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE INSTRUÇÃO NORMATIVA NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA Hideraldo José Coelho1; Laucir Rodrigues Gonçalves1 1Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Coordenação de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos; Esplanada dos Ministérios Bloco D – Anexo A – Sala 317 –70.043-900 - Brasília/DF. E-mail: [email protected] O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA é o órgão federal responsável pela legislação da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos e inoculantes, sendo esta composta por um conjunto de leis, decretos, instruções normativas, portarias e normas internas. A legislação atual que normatiza a área de inoculantes está baseada na Lei 6.894/80, no Decreto 4954/2004, na Instrução Normativa IN MAPA 53/2013 e na IN SDA 13/2011, que aprova as normas sobre os inoculantes destinados à agricultura e aprova as relações de micro-organismos autorizados e recomendados para a produção de inoculantes no Brasil. A IN SDA 13/2011, estabelece que, para a inclusão de novos micro-organismos, é necessário a apresentação de relatório técnico científico conclusivo elaborado com base em trabalho de pesquisa desenvolvido de acordo com os requisitos mínimos e roteiros para avaliação da viabilidade e eficiência agronômica para seleção de micro-organismos e avaliação da viabilidade e eficiência agronômica de produtos e tecnologias. A Coordenação de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos tem como competências coordenar e acompanhar as atividades de fiscalização, assim como a elaboração e atualização dos regulamentos relativos à área de atuação. A Normatização na Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA/MAPA deve atender ao Manual de Boas Práticas Regulatórias da SDA/MAPA, instituído pela Portaria 68, de 25/08/2015, que fornece orientações e recomendações para a elaboração, atualização, implementação e revogação de atos normativos. A elaboração de um ato normativo deve ser um processo sistematizado, envolvendo diversas etapas balizadoras da sua

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melhor concepção, a fim de melhor atingir seus objetivos e obter a necessária qualidade regulamentar. Este processo contempla várias etapas: iniciativa, instrução e elaboração, análise de impacto regulatório, proposição, aprovação do Secretário, análise jurídica, consulta pública, notificação, aprovação final, publicação e divulgação, análise de Comitê instituído, implementação e fiscalização. Atualmente, encontra-se em andamento a revisão e atualização da IN sobre os inoculantes, que necessita melhorias em relação à definição de responsabilidade pela guarda e armazenamento das cepas de micro-organismos autorizados ou recomendados para fabricação de inoculantes e eventuais ajustes em função do registro de novos produtos, principalmente aqueles à base de FMAs. Palavras-chave: legislação brasileira, inoculantes.

O SOLO É A MEMÓRIA DO MANEJO Ieda de Carvalho Mendes1 1Embrapa Cerrados, BR 020 Km 18, Caixa Postal 08223, CEP 73301-970, Planaltina, DF. [email protected]

A capacidade do solo registrar a memória do seu manejo está descrita em inúmeros trabalhos da literatura agronômica. Nessa palestra três estudos de caso são utilizados para descrever uma das vias de formação da memória de solos do Cerrado, em função de diferentes sistemas de manejo. Os estudos de caso, envolveram experimentos de longa duração, estabelecidos em Latossolos Vermelho Argilosos, em três locais da região do Cerrado: Itiquira, MT (experimento conduzido pela Fundação MT, onde existe um gradiente de matéria orgânica (MO) no solo a partir de diferentes rotações de culturas); Planaltina, DF (experimento conduzido pela Embrapa Cerrados, onde existe um gradiente de MO a partir da utilização ou não de adubos fosfatados) e Rio Verde, GO (experimento conduzido pela FESURV, sem gradiente de MO e envolvendo o uso de braquiária em sistemas de produção de grãos). Foram avaliados o carbono da biomassa microbiana (CBM) e a

atividade das enzimas arilsulfatase, β-glicosidase e fosfatase ácida (ciclos do S, C e P). Nos três experimentos, independentemente da presença ou ausência de diferenças entre os tratamentos com relação aos teores de MO e CBM sempre houve diferenças significativas nas atividades enzimáticas. As maiores atividades ocorreram nos tratamentos com manejos conservacionistas, que foram também os de maior produtividade. Esse resultado decorre do fato de que a atividade de cada enzima no solo é o somatório da atividade enzimática dos organismos vivos e das enzimas associadas aos componentes abiônticos. O acúmulo de atividade enzimática extracelular (associada ao componente abiôntico), que varia conforme cada enzima avaliada, é uma das vias de formação da memória do solo, pois está relacionado à formação de complexos com a MOS e com a fração argila. Nos três estudos de caso, verificou-se que manejos de solo conservacionistas, ao favorecem a estabilização da MO e de outras propriedades estruturais associadas (que não são passíveis de detecção num curto período de tempo), resultam em um primeiro momento no

aumento da atividade enzimática, com destaque para a arilsulfatase e a β-glicosidase. Por essa razão, essas enzimas podem antecipar aumentos ou reduções nos teores de MO em solos do Cerrado, constituindo-se em verdadeiras impressões digitais, que refletem o histórico dos sistemas de manejo aos quais esses solos foram submetidos. Palavras-chave: enzimas do solo, bioindicadores, qualidade do solo. Avanços do programa HarvestPlus de biofortificação e sua contribuição para redução da desnutrição no mundo José Luiz Viana de Carvalho1 , Marilia Regini Nuti1

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RELATÓRIO FUNDAÇÃO AGRISUS 1Pesquisador, Embrapa Agroindústria de Alimentos. Av. das Américas, 29501, Guaratiba, RJ, [email protected] , [email protected] . A maioria dos esforços para combater a deficiência de micronutrientes nos países em desenvolvimento baseia-se no fornecimento de suplementos de vitaminas e minerais para a população alvo, além da fortificação de alimentos com esses nutrientes. A introdução de cultivos biofortificados, variedades com maior teor de minerais e vitaminas, poderiam complementar as intervenções de nutrição existentes e fornecer uma maneira sustentável, de baixo custo, no combate a desnutrição. A introdução de cultivos biofortificados, variedades melhoradas que apresentam maiores conteúdos de minerais e vitaminas, complementará as intervenções em nutrição existentes e proporcionará uma maneira sustentável e de baixo custo no combate a desnutrição. O Brasil é o único país onde oito culturas diferentes são estudados ao mesmo tempo, ou seja, abóbora, arroz, batatadoce, feijão, feijão-caupi, mandioca, milho e trigo. O objetivo é desenvolver cultivares mais nutritivas com boas qualidades agronômicas (rendimento, resistência à seca, pragas e doenças), além de boa aceitação no mercado. No campo, as cultivares são selecionadas, sendo que as mais promissoras seguem para as fases de multiplicação e validação. Estudos de caracterização química, de retenção e de biodisponibilidade são realizados nos laboratórios da Embrapa e universidades parceiras, afim de avaliar se o corpo humano será capaz de absorver os micronutrientes presentes nas cultivares melhoradas. O desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, avaliação sensorial e desenvolvimento de embalagem para a preservação de micronutrientes são realizados por meio de parcerias. Todo esse esforço ganhou visibilidade através das ações de comunicação e sensibilização do grupo alvo, através da promoção de eventos, tais como apresentações, workshops e dias de campo para agricultores, empresários e pesquisadores. Foi dada prioridade no projeto para os estados do Maranhão, Piauí e Sergipe, os estados com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Ao todo, cerca de 200 pesquisadores, técnicos e parceiros estão envolvidos na rede, sendo 11 cultivares com maiores teores de ferro, zinco ou pró-vitamina A, lançados desde 2005. Cerca de 120 unidades demonstrativas já foram implementadas, chegando a 5.000 famílias (média de 20.000 pessoas) com a distribuição, plantio e teste de cultivos biofortificados. Com a parceria com diferentes municípios do país, cultivos biofortificados foram consumidos no programa de merenda escolar, quando cerca de 4.500 crianças em idade escolar experimentaram os benefícios de alimentos biofortificados até o final de 2014. Em 2018, a meta é chegar a 1 milhão de lares. Palavras-chave: Biofortificação, cultivos, nutrição, vitaminas, minerais.

UNIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS PARA FERTILIDADE E MICROBIOLOGIA DO SOLO: A AMOSTRA FERTBIO Leandro Moraes de Souza1,2,3 Ieda de Carvalho Mendes1 Djalma Martinhão Gomes de Sousa1 Fábio Bueno dos Reis Junior1 André Alves de Castro Lopes3 Marilusa Pinto Coelho Lacerda3 1Embrapa Cerrados, BR 020 Km 18, Caixa Postal 08223, CEP 73301-970, Planaltina, DF; 2EMATER-DF - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal, CEP: 70.770-915 Brasília – DF; 3Universidade de Brasília - UnB, Brasília – DF; E-mail: [email protected] Num cenário em que alguns parâmetros microbiológicos possam vir a fazer parte de um conjunto mínimo de atributos que avaliem a qualidade do solo, a unificação da profundidade e das épocas de amostragem para microbiologia e fertilidade química, e também do pré-tratamento das amostras de solo (secagem à temperatura ambiente e peneiramento), facilitará a adoção dos bioindicadores por parte dos agricultores e dos laboratórios comerciais. Essa é a filosofia que inspirou o termo “amostras de solo FERTBIO” (para fertilidade química e biológica do solo). Nessa palestra, serão apresentados resultados de estudos para avaliar a possibilidade de unificação da época de coleta de solo e dos processos de pré-tratamento das amostras de microbiologia e

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fertilidade de solo (com secagem à temperatura ambiente e peneiramento em 2 mm). Também serão abordados aspectos relacionados à geração de novas tabelas de interpretação para o carbono da biomassa microbiana – CBM - e as atividades das enzimas β-glicosidase, arilsulfatase e fosfatase ácida, utilizando o conceito de amostra FERTBIO (pós-colheita/solo seco ao ar). Nos anos de 2013 e 2015, foram coletadas, na fase de floração e na fase de pós-colheita, amostras de solo (0-10 cm) em três experimentos de longa duração, contendo 24 tratamentos com conteúdos variáveis de fósforo extraível e diferentes rendimentos acumulados de grãos de soja e milho (RRA). A mudança na época de amostragem associada ao processo de secagem ao ar não alterou as relações das enzimas com o carbono orgânico do solo nem com o RRA, evidenciando que a amostragem pós-colheita/solo seco foi representativa das condições verificadas na floração/solo úmido (época tradicional para análises microbiológicas). A amostragem realizada na fase de pós-colheita com secagem do solo ao ar promoveu reduções significativas no CBM (23%) e na atividade das enzimas arilsulfatase (38%), β-glicosidase (47%) e fosfatase ácida (59%). Essas reduções resultaram no estreitamento da amplitude das classes de interpretação baixo/adequado nas tabelas de interpretação geradas a partir do conceito FERTBIO. A viabilidade da amostra FERTBIO em outros solos (por exemplo, os Neossolos Quartzarênicos) e locais do Brasil, deverá ser objeto de estudos futuros. Palavras-chave: enzimas do solo, carbono da biomassa microbiana, secagem do solo. SISTEMAS INTEGRADOS COMO ALTERNATIVA PARA INTENSIFICAÇÃO ECOLÓGICA Lourival Vilela1 Robélio Leandro Marchão1 Luiz Adriano Maia Cordeiro1 1 Embrapa Cerrados, BR 020, Km 18, Cx. Postal 08223, CEP 73.310-970, Planaltina, DF. E-mail: [email protected]. A humanidade enfrenta desafios cada vez maiores para produzir alimentos, fibras, energia, produtos madeireiros e não madeireiros de forma compatível com a disponibilidade de recursos naturais, em especial de solo e de água. Neste sentido, são intensos os apelos para que seja difundida em todo o mundo novos paradigmas de produção como: 1) intensificação sustentável; e intensificação ecológica. Embora na literatura a definição desses modelos não difere muito. Enquanto a intensificação sustentável centra no aumento da produtividade em uma mesma área sem comprometer o ambiente, a intensificação ecológica propõe uma abordagem de paisagem e foca no uso das funcionalidades naturais do ecossistema. Os sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) e lavoura-pecuária-floresta (ILPF), por meio das interações sinérgicas de seus componentes, propiciam diversos benefícios como: aumento de produtividade dos componentes (planta e animal); melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo devido ao aumento da matéria orgânica do solo; ciclagem de nutrientes; aumento do estoque de carbono e redução das emissões de GEE; redução de ocorrência de doenças, insetos-pragas e plantas daninhas; redução da pressão de desmatamento de novas áreas pelo efeito “poupa-terra”; estabilidade econômica e aumento da renda com a diversificação das atividades; redução de custos no médio e longos prazos; redução da vulnerabilidade aos riscos climáticos; e melhoria na qualidade de vida do produtor e sua família. Por todos estes aspectos e pelo fato de que, com adoção dos sistemas ILP e ILPF, é possível ampliar o aproveitamento dos fatores de produção e a oferta ambiental das áreas agrícolas entre 90 e 100% do tempo, pode-se concluir que tais sistemas se caracterizam como estratégias eficientes de intensificação sustentável do uso dos solos nas regiões tropicais. É também uma alternativa de transição para desenvolvimento de sistemas de produção que atendem os preceitos da intensificação ecológica.

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Palavras-chave: integração lavoura-pecuária, integração lavoura-pecuária-floresta, Cerrado.

NANOTECNOLOGIA VERDE COMO ABORDAGEM ECO-AMIGÁVEL PARA A SUSTENTABILIDADE DE SOLOS Luciano Paulino da Silva1 1Laboratório de Nanobiotecnologia, Prédio da Biotecnologia, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), Parque Estação Biológica, Final W5 Norte, Asa Norte, CEP 70770-917, Brasília, DF. E-mail: [email protected] A nanotecnologia verde é uma abordagem em consonância com a preocupação com questões relacionadas à sustentabilidade utilizando métodos e materiais que visam à geração de nanossistemas com impacto ambiental reduzido associado a ganhos potenciais. Este conceito oferece oportunidades quanto à utilização de biomoléculas ou metabólitos em rotas de síntese verde de nanossistemas utilizando subprodutos agropecuários e florestais, devido ao fato que esses materiais possibilitam uma gama de aplicações inovadoras vasta, além de conferir, em geral, características almejáveis sob o ponto de vista tecnológico, econômico e ambiental. A presente palestra contemplará os avanços da equipe atuante no Laboratório de Nanobiotecnologia (LNANO) da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - DF e colaboradores no que diz respeito ao desenvolvimento de estratégias eco-amigáveis para o manejo de solos com ênfase em sustentabilidade durante a realização dos estudos e desenvolvimento de processos e produtos, os quais ocorrem mediante: i) a avaliação das características de superfície em nanoescala de microrganismos utilizando microscopia de força atômica e técnicas afins; ii) o desenvolvimento de nanossistemas obtidos por rotas de síntese verde para o controle de organismos do solo; iii) o desenvolvimento de nanopartículas poliméricas carreando substâncias bioativas de plantas para o controle de fitopatógenos de solo em plantas modelo; iv) a elaboração de nanobiossensores e adequação de ferramentas moleculares para detecção e identificação de fitopatógenos e microssimbiontes de solo baseados em técnicas espectrométricas e espectroscópicas; v) o desenvolvimento de estratégias inovadoras para separação e purificação de microrganismos de solo por levitação e impressão magnética visando à realização de testes de atividade biológica; vi) o desenvolvimento de nanofertilizantes e estratégias nanobiotecnológicas para adequação e remediação de solos. As perspectivas são de que avanços significativos devem ser obtidos nos próximos anos, e que produtos e processos inovadores possam se tornar realidade com o uso da nanotecnologia verde aplicada a solos. Palavras-chave: Nanossistemas, Nanotecnologia verde, Subprodutos agropecuários.

AUMENTANDO A EFICIÊNCIA DA FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO SOB DÉFICT HÍDRICO Marco Antonio Nogueira1, Mariangela Hungria1 1Embrapa Soja, Rod. Carlos João Strass, s/n, Acesso Orlano Amaral CEP 86.001-970, Distrito de Warta, Londrina, PR. E-mail: [email protected] A restrição hídrica é um dos maiores desafios frente as mudanças climáticas globais e a busca pelo aumento da performance das plantas nessas condições exige a integração ente diferentes campos da ciência. No caso da fixação biológica do nitrogênio (FBN) o uso de isolados bacterianos tolerantes a altas temperaturas e menor disponibilidade de água pode ser uma estratégia e aumentar a tolerância da FBN e da planta hospedeira à seca. Por sua vez, a seleção de plantas mais eficientes em propiciar condições para uma FBN mais eficiente sob seca pode resultar em efeito sinérgico. Estratégias de inserção de tolerância baseadas em um único gene pode não ser suficiente para o aumento da tolerância da FBN à seca, pois esta é uma característica multigênica. Entretanto, essa característica pode ser identificada em uma população de plantas e usada em

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programas de melhoramento. Essa abordagem é baseada em etapas, cujo primeiro passo envolve a caracterização de uma população com base em técnicas de seleção menos precisas, porém mais rápidas, como o teor de ureídos nos pecíolos e N foliar. Essa primeira seleção, juntamente com a seleção para características agronômicas desejáveis, possibilita entre milhares de linhagens escolher aquelas com potencial para serem submetidas as técnicas mais precisas e mais detalhadas, como a resposta ao aumento do déficit da pressão de vapor, além de aspectos intrínsecos à FBN sob restrição hídrica. O aumento da tolerância da FBN à seca pode ser alcançado de duas maneiras: a primeira intrínseca à planta hospedeira, que é capaz de economizar água e manter os processos fisiológicos por mais tempo. A outra é intrínseca à própria FBN, que mesmo sob restrição de água moderada ainda é capaz de manter o processo, bem como uma rápida recuperação quando as condições ideais são restabelecidas. Essa abordagem tem obtido sucesso na identificação de genótipos de soja elite capazes de manter a FBN sob seca, para uso como fonte de FBN tolerante à seca em programas de melhoramento, aumentando a performance das plantas sob restrição hídrica moderada. Palavras-chave: Fixação biológica de nitrogênio, soja, tolerância à seca.

APLICAÇÕES DA PEDOLOGIA NA FERTILIDADE DO SOLO: ALÉM DA CAMADA ARÁVEL Marcos Gervasio Pereira1; Ademir Fontana²; Lúcia Helena Cunha dos Anjos1. 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto de Agronomia, Departamento de Solos, BR 465 km 7, CEP 23897-000, Seropédica, RJ. E-mail: [email protected]; [email protected]. ²Embrapa Solos, Rua Jardim Botânico, 1014, CEP 22460-000, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: [email protected] A Pedologia e a Fertilidade são ramos da Ciência do Solo. A primeira trata de estudos relacionados à identificação, à gênese, à taxonomia e ao mapeamento. Os conhecimentos da Pedologia podem subsidiar a classificação taxonômica, que em conjunto com outros atributos contribuem para a criação de sistemas de classificação técnica. Já a Fertilidade do Solo estuda a capacidade do solo em suprir com nutrientes as culturas, levando em consideração os atributos edáficos. A Pedologia é considerada por muitos um sinônimo de taxonomia, cuja caracterização do solo tem como objetivo a sua classificação; para tal, requer o entendimento da gênese com vistas ao mapeamento. Porém, a maioria dos atributos utilizados para identificar as classes e caracterizar os perfis de solo servem também para a avaliação do potencial agrícola das terras, o que mostra a sua associação direta com a Fertilidade do Solo. Apesar de hoje em dia serem vistas por muitos como ciências dissociadas, elas apresentam um elo desde que o homem deixou de ser um caçador/coletor e passou a ocupar ambientes fixos para a produção de alimentos. A caracterização do ambiente de produção tornou-se de grande importância para a seleção das melhores áreas. Nesse processo, vários atributos do solo e do terreno eram utilizados para a identificação de locais com maior potencial produtivo, o que evidencia a associação dessas duas ciências, ainda que de modo empírico. A identificação do ambiente de produção é feita por meio de conhecimentos tradicionais (hoje identificados pelo tema Etnopedologia) e pelos levantamentos de solo em várias escalas, nos quais se destacam ferramentas como o geoprocessamento, sensoriamento remoto e o mapeamento digital. Os atributos identificados nos perfis de solo, além da camada arável, são relevantes para a avaliação de aspectos como a salinidade, perdas por lixiviação e volatilização de nutrientes, bem como a emissão de gases de efeito estufa, temas esses de grande importância nos estudos de fertilidade do solo. Assim, os conhecimentos integrados desses ramos da ciência - Pedologia e Fertilidade do Solo, devem ser usados de maneira conjunta para o planejamento adequado do uso do solo e para a conservação desse recurso natural. Palavras-chave: Aptidão Agrícola, Classificação do Solo, Qualidade do Solo, Ambientes de

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Produção.

IMPORTÂNCIA DA FAUNA EDÁFICA E DE PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS PARA RECUPERAÇÃO DE SOLOS DEGRADADOS Maria Elizabeth Fernandes Correia1 1 Embrapa Agrobiologia, BR 465 km 07, CEP 23891-000, Seropédica, RJ. E-mail: [email protected] Em recente estudo divulgado pela FAO, estima-se que cerca de 30% dos solos do mundo encontram-se degradados, o que é reflexo da degradação ambiental dos ecossistemas. Entende-se que um solo encontra-se degradado ao se observar perda de elementos estruturais e imprevisibilidade ou ausência de funcionalidades desejadas. Em última análise, o solo degradado perdeu a capacidade de prover serviços ambientais, como estocar carbono, armazenar água, produzir alimentos e suportar a biodiversidade. Nesta palestra pretende-se analisar como os benefícios da utilização de práticas agroecológicas podem potencializar a colonização e diversidade da fauna de solo e por consequência promover a recuperação de solos degradados. As práticas agroecológicas atuam nos agroecossistemas como forças motrizes, maximizando processos biológicos, que resultam em uma ciclagem de nutrientes mais eficiente e no aporte de matéria orgânica ao solo. É o combustível necessário para manter uma biota do solo, que além de ser agente destes processos, modifica fisicamente o ambiente, através da bioturbação. Embora existam na literatura poucos trabalhos que façam a relação entre as práticas agroecológicas e a fauna do solo como agentes da recuperação de solos degradados, há evidências da importância das mesmas para processos que promovam a melhoria da qualidade química, física e biológica do solo. Algumas destas evidências, frutos de projetos conduzidos no Brasil serão apresentados nesta palestra, considerando principalmente as práticas de adubação verde e cobertura morta em sistemas orgânicos e em transição agroecológica. Palavras-chave: adubação verde, ecologia do solo, artrópodes edáficos. DIVERSIDADE MICROBIANA EM ÁREAS SOB VEGETAÇÃO NATIVA DO BIOMA Maria Regina Silveira Sartori da Silva1 1Universidade de Brasília (UnB), Campus Darcy Ribeiro, Departamento de Ecologia, Asa Norte, CEP 70.910-900, Brasília, DF. E-mail: [email protected] O Cerrado é um dos “hotspots” é considerado um dos “hotspots” mundiais de biodiversidade em função de sua riqueza de espécies, alto nível de endemismos e perda de habitats. Apesar dos avanços significativos quanto ao conhecimento sobre diversidade de plantas superiores e animais, nosso conhecimento em relação aos microrganismos, sobre sua diversidade, riqueza, padrão de distribuição, assim como as funções desempenhadas nos ecossistemas continua insuficiente. Neste trabalho será apresentado os principais resultados obtidos sobre a diversidade microbiana do solo no bioma Cerrado, em áreas nativas, relacionado as suas diferentes fitofisionomias. Existe uma grande diversidade de habitats, que determinam uma notável alternância de espécies entre diferentes fitofisionomias, interagindo diretamente com os microrganismos do solo. Também será apresentado os trabalhos que abordam a sazonalidade da precipitação do bioma Cerrado e seus efeitos sobre a comunidade microbiana do solo. A constituição da comunidade microbiana do solo, os principais domínios e a importância de sua caracterização para a definição de estratégias de preservação ambiental serão abordados. Em seguida, as principais metodologias utilizadas para acessar a diversidade microbiana do solo serão discutidas. A importância dos trabalhos sobre diversidade microbiana do solo será discutida na última etapa, mostrando como o conhecimento da microbiota dos solos pode contribuir para a melhor compreensão das funções exercidas pelas

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comunidades microbianas nos ambientes e o conhecimento das suas interações com outros componentes da biodiversidade. Em adição, será mostrado os benefícios econômicos e estratégicos que estão relacionados com a descoberta de microrganismos potencialmente exploráveis nos processos biotecnológicos para a obtenção de novos antibióticos e agentes terapêuticos, produtos químicos, enzimas para aplicações industriais e tecnológicas. Palavras-chave: Diversidade microbiana, solos, Cerrado.

AZOSPIRILLUM: UM VELHO NOVO ALIADO Mariangela Hungria1 1Embrapa Soja, C.P. 231, CEP 86001-970, Londrina, PR. E-mail: [email protected]. Bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP) compreendem um grupo de microrganismos que são benéficos para as plantas, devido à sua capacidade de colonizar superfícies radiculares, da rizosfera e da filosfera, bem como tecidos internos da planta. Podem estimular o crescimento das plantas por meio de vários processos, incluindo a fixação biológica do nitrogênio (FBN), a síntese de hormônios de plantas, entre outros. Azospirillum é um gênero de BPCP de vida livre encontrado em quase todos os lugares da Terra e o mais estudado. A espécie Spirillum lipoferum foi primeiramente descrita por Beijerinck e, em 1978, foi proposta a sua reclassificação como Azospirillum, na época com duas espécies, A. lipoferum e A. brasilense. O Brasil sempre teve papel de destaque nos estudos com Azospirillum, iniciados pela Dra. Johanna Döbereiner, com enfatizava a capacidade de FBN, enquanto que o Dr. Yakov Okon, de Israel, enfatizava a síntese de auxinas. Apesar dos grandes avanços obtidos em estudos básicos, as primeiras estirpes comerciais de Azospirillum no Brasil tiveram sua eficiência agronômica confirmada pela Embrapa Soja em 2004 e o primeiro inoculante comercial foi comercializado em 2009. Desde então, dezenas de resultados vêm sendo publicados com as duas principais estirpes, A. brasilense Ab-V5 e Ab-V6, principalmente nas culturas do milho e do trigo, mas também há registro para o arroz. Os resultados obtidos indicam que, em expectativas de baixo a médio rendimento, pode ser empregados somente o N na base, acrescido ou não de 50% da dose em cobertura, enquanto que, para altos rendimentos, podem ser adicionados 75% da dose em cobertura, resultando em rendimento igual ou superior ao controle com 100% de N. Também há resultados indicando incremento na tolerância a estresses hídricos moderados e na resistência a patógenos. Em 2016 a Embrapa Soja também comprovou a eficiência agronômica com Brachiaria spp. (=Urochloa), podendo resultar em grande impacto na recuperação de pastagens degradadas. Por fim, em 2012 a Embrapa Soja também comprovou a eficiência agronômica da coinoculação da soja e do feijoeiro com rizóbios e as estirpes Ab-V5 e Ab-V6. Hoje, mais de 2,5 milhões de doses de inoculantes contendo A. brasilense são comercializadas anualmente para gramíneas no Brasil, além das doses para coinoculação da soja e do feijoeiro. Palavras-chave: Bactérias promotoras do crescimento de plantas, inoculante, fixação biológica do nitrogênio

ZINC FERTILISER USE AND ITS IMPACT IN HUMAN HEALTH: GLOBAL CASE STUDIES Martin R. Broadley1 1University of Nottingham, School of Biosciences, Sutton Bonington Campus, Loughborough LE12 5RD, UK. E-mail: [email protected] Zinc (Zn) fertilisers are underutilised in many countries despite the widespread occurrence of Zn-deficient soils. Zinc fertilisers can increase not only the yield, but also the Zn concentration of crops with the potential to improve human nutrition. We have conducted studies to explore the potential benefits of increased Zn fertiliser-use scenarios. These include case studies for wheat

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production in Pakistan (Joy et al., 2016; doi:10.1007/s11104-016-2961-7), and for crops in several countries in sub Saharan Africa (Joy et al., 2015; doi:10.1007/s11104-015-2430-8). For example, in the Pakistan study, we estimated potential financial returns from both the potential yield gains as well as health gains in the population due to increased grain Zn composition. “Disability-adjusted life years (DALYs) lost” are a common metric of the burden of a condition with an estimated 245,000 DALYs y-1 lost in Punjab and Sindh Provinces due to Zn deficiency. Baseline Zn fertiliser-use of 7.3 kt y-1 ZnSO4.H2O was obtained from published and industry sources. The wheat area currently receiving Zn fertilisers, and grain yield responses of 8 and 14 % in Punjab and Sindh, respectively, were based on a recent survey of >2500 farmers. Increased grain Zn concentrations under Zn fertilisation were estimated from literature data and converted to improved Zn intake in humans and ultimately a reduction in DALYs lost. Application of Zn fertilisers to the area currently under wheat production in Punjab and Sindh, at current soil:foliar usage ratios, could potentially halve the prevalence of Zn deficiency, assuming no other changes to food consumption. Benefit-Cost Ratios (BCRs) for yield alone are 13.3 and 17.5 for Punjab and Sindh, respectively, and potentiall much greater in terms of health benefits, if each DALY is monetised at 1-to-3 times Gross National Income per capita. There are market- and subsidy-based incentives to increase Zn fertiliser-use in Pakistan and elsewhere. Key-words: agronomic biofortification, health, fertilisers, zinc

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA Maurel Behling1 1Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Embrapa Agrossilvipastoril, Rodovia dos Pioneiros - MT 222 - Km 2,5, Caixa Postal 343, CEP 78.550-970, Sinop, MT. e-mail: [email protected] A agropecuária tradicional passa por grandes transformações e as novas práticas culturais têm como objetivo aumentar e diversificar a produção por meio da utilização sustentável dos recursos naturais, baseadas em conservação de solo e ambiente, maximizando o uso dos recursos e a produção agropecuária, trata-se da abordagem de intensificação sustentável. Neste trabalho será feita a abordagem do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) como forma de diversificar as atividades e intensificar o uso da terra, além de servir como alternativa para aumentar a renda dos agricultores. Na sequência, são discutidas as diferentes modalidades de ILPF e como a interação entre os componentes do sistema pode aumentar a produtividade das áreas agrícolas, pela melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Enquanto os diferentes componentes vegetais, árvores e culturas agrícolas, incorporam nutrientes e energia, e os animais funcionam como catalisadores ao introduzirem variabilidade e novas vias de fluxos de nutrientes e água, o solo é o compartimento que irá acolher, será o mediador e a “memória” da evolução dos processos sinérgicos envolvidos. Outro ponto importante que será discutido é por que plantar árvores e qual melhor espécie florestal para ILPF? No sistema integrado, o componente arbóreo atua na diminuição da energia cinética da chuva, reduz o escoamento da água, favorece a infiltração no solo (ambiente favorável, capaz de fechar o ciclo solo-água-planta). As raízes das forrageiras e das árvores exploram camadas mais profundas em ambiente permanentemente protegido pela cobertura vegetal, evitando as perdas de nutrientes por lixiviação e de solo por escorrimento superficial. Embora, é preciso reconhecer que cada componente apresenta uma eficiência individual, entretanto quando integrados, a eficiência individual pode ser reduzida, mas a eficiência global do sistema deverá ser maior. Na finalização do trabalho será abordado como está a adoção da ILPF nas diferentes regiões do Brasil. Palavras-chave: solo, nutrientes, árvores, bovinos, agricultura e ILPF.

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AVANÇOS EM MICRONUTRIENTES NA NUTRIÇÃO DE PLANTAS Milton Ferreira de Moraes1 1Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus II, Curso de Agronomia, Avenida Valdon Varjão, 6390, CEP 78.600-000, Barra do Garças, MT. E-mail: [email protected] O conhecimento da nutrição das culturas em micronutrientes e os critérios para a prática da adubação com micronutrientes no Brasil foram estabelecidos nos últimos 50-60 anos. A evolução do uso de micronutrientes na agricultura brasileira se confunde com a incorporação dos solos sob Cerrado no processo produtivo. Neste trabalho será inicialmente relatada uma síntese da evolução do consumo de micronutrientes no Brasil e sua provável contribuição nos ganhos de produtividade e de economia de áreas. Em seguida, serão apresentados alguns dos principais trabalhos de pesquisa que contribuíram para a definição dos critérios de adubação com micronutrientes na região dos Cerrados. Um tópico sobre micronutrientes no sistema solo-planta tratará da origem e fontes agrícolas de micronutrientes (B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn e Ni). Também serão discutidos alguns aspectos de legislação sobre o uso de fertilizantes na agricultura, métodos de análise de solo e fatores que afetam a disponibilidade de micronutrientes. As principais tabelas brasileiras para interpretação dos teores disponíveis de micronutrientes serão apresentadas. Algumas tecnologias de fertilizantes contendo micronutrientes, tais como, fontes de micronutrientes com granulometria diferenciada, revestimento da uréia com boro e cobre para aumentar sua eficiência de aproveitamento e o níquel em fertilizantes para nutrição de plantas, serão discutidos na penúltima parte do trabalho. Informações gerais sobre exigências nutricionais das culturas em nível de campo, para altos rendimentos e sua interação com os ambientes de produção, serão abordadas na etapa final. Palavras-chave: fertilizantes, estado nutricional, Cerrado.

HISTÓRICO, ELABORAÇÃO E CONTEÚDO DA PROPOSTA DE INSTRUÇÃO NORMATIVA PARA INOCULANTES MICORRÍZICOS Orivaldo José Saggin Júnior1 1Embrapa Agrobiologia, Seropédica, [email protected] A necessidade de modificar a legislação existente para viabilizar registro de produtos com propágulos de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) no Brasil é um problema bastante levantado em várias reuniões e discussões científicas. Porém, pesquisadores não tinham claro como fazer isso e, por outro lado, técnicos responsáveis pelo registro de produtos ou pelas normativas também desconheciam os detalhes da multiplicação de FMAs. Então, em julho de 2013, durante o Workshop promovido pela Rede Dimiagri (Projeto ibero-americano que estudou a diversidade de microrganismos benéficos), a presença conjunta de técnicos do Ministério da Agricultura (MAPA) e pesquisadores resultou num incentivo de modificar Instruções Normativas (IN) do MAPA para viabilizar produtos com FMAs. Formou-se então um grupo de pesquisadores de FMAs (grupo Micorrizas) com a finalidade de modificar as IN. Até 2014 o foco foi modificar a IN nº 30 (12/11/2010) adaptando-a aos produtos com FMAs. Durante a FertBio 2014 o grupo se reuniu e foi consenso elaborar uma IN exclusiva para inoculante de FMAs e que esta englobasse os produtos multiplicados em condições não axênicas, imaginando chamá-los de biofertilizantes a base de FMAs. A proposta evoluiu durante 2015 e no início de 2016 foi encaminhada ao MAPA para avaliação, o que resultou numa reunião do grupo Micorrizas e técnicos do MAPA em maio/2016. Nesta ficou esclarecido que todas as IN devem ser baseadas nas definições do Decreto nº 4.954 (14/01/2004). Esse decreto divide os produtos em quatro grupos (fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes). Define 14 tipos de fertilizantes, 5 tipos de corretivos, porém coloca

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condicionadores de solo e substratos de plantas junto com corretivos. Nos inoculantes, em vez de definir tipos por organismos ou grupos de organismos, o decreto apresenta uma definição de pureza a que todos os inoculantes devem ter e que inviabiliza o registro produtos com FMAs multiplicados em condições não axênicas. Como “biofertilizante” define que deve ter “princípio ativo” ou “agente orgânico”, o que é dúbio, sendo esse “agente orgânico” não interpretado como um “agente biológico” e sim como um “agente de natureza química”. O ideal será modificar essas definições para que ela englobe inoculantes de outros organismos, além dos não biotróficos. Mas isso será moroso e envolverá interesse da Presidência da República e Casa Civil. Como meio mais rápido para a viabilizar produtos com FMAs está sendo proposta uma IN de inoculantes de FMAs axênicos e a modificação das IN nº 13 (24/03/2011) e nº 35 (04/07/2006) para viabilizar inoculantes e condicionadores com FMAs. Palavras-chave: Glomeromycota, Ministério da Agricultura, Leis, Produtos agrícolas

THE UPTAKE AND REDISTRIBUTION OF NUTRIENTS IN PLANTS Philip J. White1,2 1Ecological Sciences, The James Hutton Institute, Invergowrie, Dundee DD2 5DA, UK. 2Distinguished Scientist Fellowship Program, King Saud University, Riyadh 12372, Saudi Arabia. E-mail: philip.white@hutton,ac.uk In addition to carbon, hydrogen and oxygen, plants require adequate amounts of at least 14 mineral elements for their nutrition. These include the macronutrients nitrogen (N), phosphorus (P), potassium (K), calcium, magnesium and sulphur, and the micronutrients chlorine, boron, iron, manganese, copper, zinc, nickel and molybdenum. Most of our recent knowledge concerning their uptake by roots and redistribution within plants has focused on the molecular biology of transport proteins, their locations and functions, and the regulation of their abundance and activities in response to nutrient deficiencies. Transport proteins are required to facilitate the movement of mineral nutrients, whether as ions, chelates or organic compounds, across membranes. Three general categories of transport proteins are recognised: (1) Primary active transporters (pumps) that are directly dependent upon the hydrolysis of energy substrates such as ATP and pyrophosphate. (2) Secondary active transporters or ‘coupled transporters’ that harness the electrochemical gradient of a driving ion, which is generally the proton (H+) in plants, to the movement of another ion in either the same (symport) or opposite (antiport) direction. (3) Passive transporters that catalyse the movement of solutes down their electrochemical gradient, which include carriers (uniporters) and channels. Often these transport protein have a high specificity to allow the accumulation of nutrients and the exclusion of toxic solutes from metabolic compartments. The specificity of transport proteins allows the mineral composition (ionome) of plant tissues, cell types and subcellular compartments to be controlled. It is unsurprising, therefore, that (1) about 5% of all genes encoding proteins encode transport proteins, (2) many genes (and gene families), expressed in different tissues or present on different membranes, are responsible for the uptake and movement of individual nutrients, and (3) the complement and activities of transport proteins on particular membranes are precisely controlled. In this talk I will describe the genes encoding transport proteins facilitating the uptake and distribution of N, P and K in plants, the tissue and cellular locations of the proteins they encode, the role of these proteins in plant physiology, and the regulation of their abundance in response to mineral deficiency. Key-words: fertiliser, nitrogen, phosphorus, potassium, plant mineral nutrition. SERVIÇOS AMBIENTAIS NA PAISAGEM RURAL BRASILEIRA: CONSTRUÇÃO E COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO Rachel Bardy Prado1

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RELATÓRIO FUNDAÇÃO AGRISUS 1 Embrapa Solos, Rua Jardim Botânico,1024, Jardim Botânico, CEP:22460-000, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: [email protected] A dinâmica dos ecossistemas assegura a provisão de bens e serviços ecossistêmicos (SE) para a humanidade tais como água, fibras, energia, polinização, madeira, ar puro, qualidade dos solos e beleza cênica. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio estimou que cerca de 60% dos SE estão sendo usados de forma insustentável. Com base nestas informações e em outros estudos em ascensão nos ecossistemas mundiais, avaliando os impactos dos usos da terra e das mudanças climáticas nos SE, algumas soluções tem sido propostas, mas muito se tem a avançar. A Embrapa juntamente de seus parceiros construiu a “Rede de Pesquisa em Serviços Ambientais na Paisagem Rural Brasileira”, norteada pela redução dos SE no meio rural em função das lacunas de conhecimento científico e de percepção social. Espera-se gerar subsídios à conservação, recuperação e valorização dos SE em sistemas naturais e de produção agropecuária. Acredita-se que a maioria da geração e manutenção dos SE ocorra no meio rural e que a agricultura vem prestando, pelo modelo convencional utilizado, desserviços ecossistêmicos (desmatamento, perda de habitats e nutrientes, sedimentação de corpos hídricos, contaminação do solo e da água com pesticidas e fertilizantes e emissões de gases de efeito estufa). Contudo, esta situação pode ser rever para a prestação de SE por meio do manejo adequado da propriedade e da paisagem (rotação e integração de culturas, plantio direto, plantio em nível, cobertura do solo, conservação do solo e da água, otimização de insumos, conservação de APPs e conectividade de fragmentos). Para estimular este processo instrumentos econômicos tem sido propostos como o Pagamento por Serviços Ambientais. No Brasil destaca-se o Programa Produtor de Água da Agência Nacional de Águas, sendo uma forma de ver o produtor rural como componente-chave para o sucesso de ações de conservação, manejo adequado na agricultura e para atingir a sustentabilidade da paisagem rural. Palavras-chave: serviços ecossistêmicos, manejo adequado, mecanismos econômicos de compensação. Fauna edáfica na conversão do Cerrado para agroecossistemas Robélio Leandro Marchão1 1Embrapa Cerrados, BR 020, Km 18, Cx. Postal 08223, CEP 73.310-970, Planaltina, DF. E-mail: [email protected]. Os primeiros trabalhos sobre a caracterização da fauna edáfica na região do Cerrados foram realizados no final da década de 1980 e as primeiras referências datam do início dos anos 1990. São relativamente pouco numerosos, particularmente em relação às publicações sobre o continente africano. Embora se dispusesse de dados sobre sistemática, alguns trabalhos abordaram o papel da fauna nos ecossistemas naturais. Os invertebrados edáficos do Cerrado são identificados em 16 filos, dentre os quais os grupos dos Moluscos, Anelideos e Artrópodes são os mais representativos. A abundância de cada espécie apresenta uma grande variabilidade (p.ex. Oligochaeta), com espécies pouco representadas e outras apresentando altas densidades populacionais, por exemplo Colêmbolos, Isópteros, Coleópteros e Himenópteros. Sabe-se que algumas espécies estão ligadas às formações vegetais e as condições edafoclimáticas particulares, sendo que a maioria tem distribuição ampla, ilustrando que a diversidade reflete o nível de adaptação. Os trabalhos desenvolvidos durante os últimos 20 anos demostraram que a conversão em pastagens favorece certos grupos da fauna e pastagens bem manejadas e vigorosas apresentam boas condições para colonização e alta diversidade. Pastagens degradadas e em declínio da produtividade, apesar de manterem o solo colonizado, apresentam tendência de incremento tanto na densidade quanto na biomassa dos térmitas. No caso das áreas cultivadas pela agricultura, os sistemas de preparo do solo e as rotações de culturas podem ter importantes

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efeitos sobre o solo e determinar modificações qualitativas e quantitativas dos organismos e de sua atividade. Nos sistemas convencionais as perturbações do solo têm efeitos danosos sobre a biodiversidade e abundância. A manutenção de uma serapilheira nos sistemas conservacionistas proporciona habitat e recursos que favorecem a atividade dos organismos engenheiros do solo. Há atualmente uma maior consciência da importância do aspecto biológico para o manejo dos solos tropicais, mas o papel da fauna edáfica para o funcionamento dos agroecossistemas ainda é pouco conhecido. Como perspectiva, a análise dos dados de macro ou mesofauna com uma abordagem mais ecológica do que taxonômica, com foco nos grupos tróficos, seja mais apropriada para estudos futuros, especialmente para atestar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Palavras-chave: Macrofauna, mesofauna, funcionamento do solo, bioindicadores, impacto ambiental pelo uso agrícola.

PADRÕES BIOGEOGRÁFICOS DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES: ASPECTOS FILOGENÉTICOS E TESTE DE HIPÓTESES Sidney Luiz Stürmer1, Joseph Brian Morton2. 1FURB, Blumenau - SC, [email protected]; 2WVU, Morgantown – WV (USA). A biogeografia procura compreender os padrões e processos de distribuição dos taxa e os fatores causais e mantenedores dos mesmos. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) são simbiontes obrigatórios que estabelecem a associação micorrízica arbuscular com as plantas nos ecossistemas terrestres. Resultados serão apresentados a partir da análise de um banco de dados de biogeografia construido a partir de informações contidas em publicações científicas das últimas cinco décadas e dos acessos das coleções do INVAM e da CICG. Do total de 225 espécies de FMAs registradas, 96 espécies são consideradas pandêmicas baseada na ocorrência das mesmas em pelo menos quatro continentes. Estas espécies possuem representantes em todos os principais clados na filogenia de Glomeromycota. Todos os gêneros de Glomeromycota, independente da sua posição filogenética, possuem pelo menos uma espécie pandêmica. Algumas hipóteses concernentes a distribuição de gêneros e famílias tem sido apresentadas na literatura e as mesmas foram testadas dentro do contexto biogeografico. O gênero Gigaspora foi hipotetizado ter uma distribuição geográfica menor do que Scutellospora lato sensu, mas não há evidências para corroborar esta hipótese visto a co-ocorrência destes gêneros em todos os continentes. Pacispora foi considerado ter uma distribuição mais restrita a habitats específicos e zonas climáticas do que Paraglomus, mas ambos os gêneros ocorrem em todas as zonas climáticas e se sobrepõem em 12 ecoregions. Sclerocystis e Glomus lato sensu foram considerados gênero com maior ocorrência nos trópicos, mas os dados não corroboram a hipótese de distribuição tropical para estes gêneros, visto o número de espécies destes gêneros apresentarem uma distribuição equitativa nas diferentes zonas climáticas. O tamanho e ornamentação dos esporos são propriedades intrinsecas que podem afetar a distribuição dos FMAs, mas nenhuma evidência foi encontrada que demonstre que estas duas características estão relacionadas com a abilidade de dispersão das espécies. Em relação aos fatores edáficos, as informações de riqueza de espécies indicam que, em nível global, fungos em Acaulosporaceae e Gigasporaceae estão superrepresentados em solos com pH mais ácido (< 6,2) enquanto que fungos em Glomeraceae e Claroideoglomeraceae estão superrepresentadas em solos com pH mais básico (> 6,2). O banco de dados de biogeografia fornece uma importante ferramenta para identificar padrões de ocorrência e testar hipóteses sobre os processos que determinam a distribuição dos FMAs. Palavras-chave: biogeografia, distribuição global, filogenia.

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PERSPECTIVAS DA UTILIZAÇÃO DE INOCULANTES CONTENDO BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS PARA APLICAÇÃO EM CANA DE AÇÚCAR Veronica Massena Reis1 1Embrapa Agrobiologia, BR 465, km 07, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. CEP: 23891-000 E-mail: [email protected] Alternativas que reduzam os custos de produção e os impactos ambientais na produção de cana-de-açúcar foram intensificados nos últimos anos, entre elas, a busca por insumos biológicos, baseados na premissa de que bactérias diazotróficas podem promover o aumento do rendimento da cultura. Entretanto, a utilização destes insumos ainda é um grande desafio para a pesquisa. Para a cultura de cana-de-açúcar, o uso de inoculante misto, produzido com cinco espécies de bactérias diazotróficas, tem permitido ganhos de produtividade de colmos. No entanto, estas respostas positivas apresentam grande variabilidade em função da variedade, clima, solo e manejo. Os melhores resultados foram observados na cana-planta, com ganhos médios acima de 10% de produtividade, comparado ao controle não inoculado. Na cana-soca, os ganhos médios de produtividade estão em torno de 5 a 7 %, embora a ausência de resultados ocorra com certa frequência. Um dos caminhos para melhorar a eficácia desta tecnologia é o aperfeiçoamento do processo de inoculação. No plantio tradicional da cana, utilizando segmentos de colmos, a inoculação vem sendo feita por imersão dos colmos antes do plantio, ou também pela pulverização do inoculante sobre os colmos no sulco de plantio. Para mudas pré-brotadas (MPB), a imersão de gemas em solução com inoculante é viável para o propósito de larga escala. A inoculação na fase soca feita por pulverização foliar não resulta em mesmos ganhos de produtividade, sugerindo que o método não permite uma colonização eficiente da planta com a bactéria. Para certificar que a bactéria foi inoculada na planta, diversas metodologias estão sendo desenvolvidas para monitorar a colonização bacteriana desde a aplicação do produto, contribuindo para o entendimento de seus efeitos benéficos para fins de recomendação agrícola. Em alguns casos o tratamento combinando a inoculação com uma dose reduzida de N-mineral tem resultado em rendimentos similares as doses completas de nitrogênio, indicando que seria possível substituir parte da adubação nitrogenada pela inoculação, quando observado apenas o aspecto produtivo. Cabe ressaltar que muitos desafios precisam ainda ser vencidos para tornar o inoculante da cana-de-açúcar um produto de uso geral e com alta performance à campo. Palavras-chave: Fixação biológica de nitrogênio, bactérias diazotróficas, promoção de crescimento, microbiologia do solo. METHODS OF PHOSPHATE FERTILIZERS EVALUATION ONTROPICAL SOILS Vinicius de Melo Benites, Eduardo Lopes Cancellier, Rodrigo Coqui da Silva, Fien Degryse, Mike McLaughlin Phosphate fertilizers are a key input for the maintenance of agricultural systems in tropical soils. In addition to the demand of this nutrient by crops, tropical soils are a strong drain for this nutrient, which becomes unavailable to plants due to interaction with the mineral matrix. As a consequence of these properties, various technologies in phosphate fertilizers are offered for tropical soils in order to reduce losses and increase their usage efficiency. The aim of this paper is to summarize a set of methods for evaluating the agronomic effectiveness of phosphate fertilizers and the determination of the mechanisms of action related to these technologies. Recently we have seen the introduction of several technological innovations in the fertilizer market in Brazil. However, many of these "new technologies" have no scientific support and, in the absence of well-defined protocols, analysis of the relative efficiency of these technologies is impaired. Furthermore, in several regions where agriculture is practiced intensively, it could be observed appropriate and high levels of phosphorus as a result of continued use of phosphate fertilizers in recent decades.

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Under these conditions, it is common to see the lack of response to fertilization by one or more crops, which has led producers and technical errors in the interpretation of the agronomic response of these new technologies which is masked by the high level of soil fertility. Through relatively simple analysis, performed in the laboratory prior to testing in the greenhouse and in the field, it is possible to determine the mechanisms of action and efficiency of new phosphate fertilizers technologies saving time and resources. The wide dissemination of these methodologies and their use in routine labs should directly impact the fertilizer industry in Brazil, quantifying the gain in efficiency of new technologies when compared to traditional fertilizers. Key words: phosphorus, mechanisms of action, agronomic efficiency

4. PARTICIPANTES (número total indicando nacionais e estrangeiros) A FERTBIO 2016, cujo tema foi “Rumo aos novos desafios”, reuniu 1392 pessoas entre profissionais, estudantes, pesquisadores, palestrantes, organizadores e expositores das principais empresas do setor, sendo que desse público 1176 pessoas eram participantes do evento.

Participantes por país Brasil 1174 México 1 Suiça 1

5. CONCLUSÕES: (em relação aos objetivos mencionados na carta consulta aprovada para o financiamento). A FertBio tem propiciado excelentes oportunidades para a promoção de debates das grandes áreas

temáticas e para a congregação de profissionais e de estudantes, consolidando a integração das várias

áreas do conhecimento em Ciência do Solo.

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6. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS:

Espaço de tempo de pelo menos 5 minutos para apresentação da Agrisus em plenário por seu representante ou exibição de vídeo institucional de 3 minutos. O vídeo foi apresentado no auditório principal no intervalo da programação conforme fotos abaixo documentadas. Espaço para colocação de pelo menos dois banners da Agrisus em local visível durante o evento – os banners ficaram dispostos na entrada na sessão pôster e stands. Projeção de logo ou mensagem da Agrisus nos intervalos de apresentações - Menção do patrocínio da Agrisus na mídia e em todo material de divulgação do evento como cartazes, programa, convites, pastas, etc; - abaixo fotos comprovando. Distribuição de folders a Agrisus para participantes – foram inseridos os folders nas pastas dos participantes. Execução da música Terra Plantada preparada pela Agrisus com base no Plantio Direto em DVD ou CD em intervalos ou horários convenientes. 7. Disponibilização de banco de dados de participantes. O relatório deve incluir lista digitada

(em Word ou Excel) de participantes com nome, profissão e email; OBRIGATÓRIO Anexo

8. Relatório do evento indicando número de participantes palestras efetivamente ocorridas e resumo dos avanços técnicos. OBRIGATÓRIO

Indicador #

Países representados 3

Estados Representados 25

Participantes por país Brasil 1174 México 1 Suiça 1

Total 1176

Conferências/Palestras 81 Mesas Redonda 21

Total 102

Apresentações Sessão Pôsteres 856

Biologia do Solo Fertilidade do Solo Micorrizas Microbiologia do Solo Nutrição de Plantas

9. DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS:

O evento recebeu outras formas de apoio público para conseguir viabilizar sua realização. No caso do recurso aprovado pela AGRISUS (R$ 26.000,00), foi possível custear os ítens passagens áereas para palestrantes e pagamento de equipamentos audiovisuais Abaixo seguem as outras fontes de financiamento:

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Patrocinadores Públicos:

CAPES R$74.750,00

CNPq R$40.000,00

Fapeg R$10.000,00

Fapesp R$ 18.370,00

10. DATA E NOME DO COORDENADOR 18/11/2016 Milton Ferreira de Moraes Anexo 1 – Fotos Contrapartida “a”: Espaço de tempo para apresentação oral da Agrisus em plenário por seu representante ou exibição de vídeo institucional com indicação no programa.

Comprovação da inserção da logomarca nos materiais do Evento:

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Bolsa e bloco de anotações:

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Certificado:

Envelope:

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Painel de Fundo de palco:

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