APRESENTAÇÃO PÔSTER

188

Transcript of APRESENTAÇÃO PÔSTER

Page 1: APRESENTAÇÃO PÔSTER
Page 2: APRESENTAÇÃO PÔSTER

APRESENTAÇÃO

PÔSTER

Page 3: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A

Intervenção médica nas urgências em pacientes com transtorno de ansiedade com quadro de

intoxicação por canabioides.

Rafaela Lúcio Moraes de Almeida; Coautores: Alberto José de Almeida Santos Filho, Fabrícia

Epaminondas Pereira, Lara Dayane de Medeiros Leite, Maine Virginia Alves Confessor

Introdução: Indivíduos que possuem transtornos psíquicos estão mais propensos ao uso indiscriminado de

substâncias psicoativas, especialmente a cannabis, tendo em vista seu efeito neutralizante de estresse e de

ansiedade a curto prazo. Caso haja intoxicação, espera-se que o paciente seja levado a uma unidade de

pronto-socorro, especificamente na emergência psiquiátrica, de modo que o médico coordene a evolução do

atendimento articulado com a equipe, em consonância com o protocolo ambulatorial e com agilidade no

processo. Ademais, deve ser contínua e integral a redução de danos, de modo que o indivíduo tenha acesso à

área de saúde mental, com apoio para reabilitação. Entretanto, verificam-se fragilidades no sistema de

saúde no que se trata de conhecimento pleno dos profissionais quanto aos protocolos específicos de

urgência e quanto ao devido encaminhamento psiquiátrico, tornando deturpada a eficiência da assistência.

Objetivos: Avaliar o panorama atual e a conduta médica em urgências e emergências diante de intoxicação

por canabidiol derivada do abuso por indivíduos com transtorno de ansiedade.

Métodos: Foram selecionados trabalhos para realização de uma revisão bibliográfica, com bases em artigos

retirados de algumas plataformas, como Scientific Electronic Library, Medical Literature Analysis and

Retrieval System Online. Durante a pesquisa, foram encontrados cerca de 10 artigos, escritos em língua

portuguesa e com intervalo de publicação nos últimos 10 anos. Desses, 4 artigos foram diretamente

utilizados. Como critério de inclusão, adotou-se fontes convergentes ao tema e disponíveis na íntegra. Como

critério de exclusão, desconsiderou-se trabalhos que não são pertinentes à temática abordada. Além disso,

foram usados os descritores “intoxicação”, “transtorno de ansiedade”, “urgência”.

Resultados: Para diagnóstico de casos em questão, a OMS oferece atualmente o seguinte roteiro: análise do

uso recente de cannabis, taquicardia e pelo menos um dos seguintes sintomas psíquicos: euforia,

intensificação subjetiva das percepções, senso de lentificação temporal ou apatia; além de um dos seguintes

sintomas físicos: congestão conjuntiva, aumento do apetite ou boca seca.

Conclusão: Urge a necessidade de melhor capacitação, com ênfase na equipe multidisciplinar, por meio de

sistemas de educação continuada em saúde, para o aprendizado efetivo de protocolos e de técnicas de

tratamento de intoxicação, a fim de otimizar a rapidez e as chances de atendimento com êxito nos

ambulatórios.

Page 4: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Abordagens para correção de intussuscepção em pacientes pediátricos: uma revisão

de literatura.

Ynarha Farias Costa; Sílvia Maria Gonçalves Luz Barros Bezerra; Daline Raffa dos Reis Sousa; Luísa de

Sousa Ezequiel

INTRODUÇÃO: A intussuscepção pode ser definida como a invaginação ou “telescopagem” do intestino

em si mesmo. Essa condição caracteriza uma emergência abdominal comum na infância, requerendo pronto

tratamento devido ao grande potencial de sepse e necrose intestinal. A correção da invaginação intestinal

pode ser cirúrgica ou não. A abordagem cirúrgica, apesar de mais invasiva, é melhor que a não cirúrgica

quando comparadas taxas de recorrência. Por sua vez, o enema – abordagem não cirúrgica -, com ou sem

adjuvantes esteroides, é o método eleito pelos médicos como padrão para tratamento inicial da condição

em questão. Além disso, tal método é considerado mais seguro por ser potencialmente menos

invasivo.Ambos os tratamentos apresentam boas taxas de sucesso e a escolha desses baseia-se, em geral, na

interpretação, feita pelo médico, da condição clínica apresentada por cada paciente. Os critérios para essa

escolha terapêutica serão aqui discutidos juntamente às formas de abordagem existentes para correção da

Intussuscepção em pacientes pediátricos. OBJETIVOS: Conhecer os métodos de tratamento da

intussuscepção em crianças, entendendo como ocorre a escolha terapêutica e analisando a eficácia de cada

abordagem. MÉTODOS: O presente estudo de revisão literária, de coorte longitudinal com carácter

regressivo, foi construído a partir da aplicação dos descritores “intussusception” e “Intestinal invagination”

nas plataformas online Science Eletronic Library Online (SciELO), Centro Latino-Americano e do Caribe

de Informação em ciências da saúde (BIREME), Sistema Online de Busca e análise de Literatura Médica

(MEDLine) e Science.gov. O ano de publicação - os artigos analisados apresentam data entre 2015 e 2020 –

e a população – apenas pesquisas feitas com crianças foram consideradas – foram utilizados para filtrar os

estudos encontrados. Todas as produções científicas que apresentaram concordância com esses filtros

foram apreciadas. Os resultados obtidos são fruto de um denominador comum dos achados bibliográficos

analisados. O estudo ocorreu entre o período de novembro de dois mil e dezenove (11/2019) e fevereiro de

dois mil e vinte (02/2020). RESULTADOS: Os estudos analisados apontam a redução por enema como

tratamento primário .Essa forma de abordagem apresenta taxa elevada de sucesso (80%), no entanto,

também está associada a 12,7% das intussuscepções recorrentes. O uso do enema associado à dexametasona

pode diminuir as recorrências desse evento. Ademais, foi verificado que o enema aéreo apresenta melhores

resultados quando comparado ao líquido. O método cirúrgico foi classificado pelos estudos analisados como

uma abordagem secundária, com grande eficácia e raras recorrências. Além disso, observou-se que essa

terapêutica é majoritariamente empregada em casos com sintomas que apresentem durações superiores a 48

horas.CONCLUSÃO: A correção da intussuscepção em pacientes pediátricos é um procedimento seguro,

seja ela cirúrgica ou não. A eficácia pode ser atribuída a ambos os métodos terapêuticos, entretanto a

abordagem cirúrgica sobressai-se nesse quesito em razão de um prognóstico com menores índices de

recorrência. A escolha do tratamento é baseada no estado geral do paciente, na duração de seus sintomas e

na existência ou não de complicações: casos mais complicados recebem indicação cirúrgica. Além disso,

vale ressaltar que a opção terapêutica é, antes de tudo, uma manifestação do olhar clínico do médico e de

suas preferências. Por fim, a partir da construção desta revisão de literatura, verificou-se a carência de

estudos que evidenciem a existência de benefícios na associação do enema a adjuvantes farmacológicos.

Palavras-chave: Intussuscepção, Invaginação intestinal, Enema.

Page 5: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Mortes por afogamento: um comparativo brasileiro entre dois decênios e os números na Paraíba. Em

que precisamos avançar?

Autor: MARCELLO ANTÔNIO TEODOZIO COSTA PINTO; Coautores: ALLINE ALANA ALVES DE

ALBUQUERQUE; ANTONIO ANDERSON LUCENA RIBEIRO ; JOSÉ IDYGLEIKSON GUEDES

MEDEIROS ; LEONARDO GUIMARÃES DA PENHA ; RAYSSA SOBREIRA CAMURÇA

Introdução O afogamento representa um grave problema de saúde pública e geralmente está relacionado a

atividades de lazer que se transformam em um evento catastrófico. A cada ano, o afogamento é responsável

por aproximadamente 500.000 mortes no mundo. Suspeita-se que este número seja ainda maior, visto que

nem todas as mortes são notificadas. Crianças e idosos de ambos os sexos, o uso de bebidas alcoólicas, a

baixa condição socioeconômica (considerando renda ou escolaridade) e a falta de supervisão representam os

principais fatores de risco. Dentre todos os grupos etários, homens morrem sete vezes mais por afogamento

que mulheres. Aproximadamente 43% das mortes ocorrem durante a recreação na água e envolvem o

consumo de bebidas alcoólicas. Crianças, adolescentes e idosos são os grupos etários com maior

probabilidade de afogamento. Mundialmente, o afogamento constitui a primeira causa de morte da faixa

etária dos 5 aos 14 anos entre os homens e a quinta entre as mulheres. No Brasil, por exemplo, a região

norte predomina com a maior taxa de mortalidade, com 70% dos óbitos ocorrendo em rios e represas. Há,

portanto, uma média de 7.210 mortes por afogamento ao ano (5,2/100.000 habitantes), sendo que 90% delas

ocorrem a menos de 15 metros de alguma fonte de segurança. Isso dá uma média estimada de uma morte a

cada 92 minutos, 16 mortes por ano. Dessa forma, este trabalho objetiva documentar o tamanho deste

problema, com dados epidemiológicos, para que, a partir disso, desenvolvam-se ações estratégicas que

minimizem o quantitativo das mortes. Para isso, utilizou-se como método os dados captados pelo Sistema

de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, tabulados pelo Tabwin - DATASUS. No

campo das áreas trabalhadas, a Paraíba é estudada como um todo, apesar de uma certa limitação apresentada

pelos dados, do ponto de vista tanto do número total de óbitos (cobertura) quanto da qualidade da

informação. Os períodos de referência compreendem os decênios de 1998 a 2007 e 2008 a 2017. É

importante frisar que os dados pesquisados no DATASUS são inseridos manualmente após o fechamento

anual dos atestados de óbitos e das cobranças de internação ao SUS, culminando em um lapso de dois anos,

portanto são os dados mais atais. Como resultados, comparou-se dois períodos distintos de 10 anos da

mortalidade nos Estados (1998 a 2007) e (2008 a 2017), onde identificou-se redução de 20% na mortalidade

por afogamento no Brasil, enquanto na Paraíba, especificamente, os números mostraram-se inalterados.

Esses dados demonstraram uma relação óbitos/habitantes de 3/100.000hab na Paraíba. Esses dados

inalterados preocupam, mas podem diminuir com ações simples, como o reconhecimento pessoal do risco

de afogamento, compreensão deste tema como um grave problema de saúde pública e através multiplicação

das ações educativas sobre o tema.

Page 6: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Solução salina versus soluções cristaloides balanceadas: um estudo comparativo

entre soluções de hidratação em pacientes sépticos.

Autora principal: Miriam Campos Soares de Carvalho

Coautores: Brenda Helen Albuquerque de Araújo; Luana Ferreira Leite Araújo; Amanda Laysla Rodrigues

Ramalho; Ana Luiza Souza Matos; Eleonora de Abrantes Barreto.

Introdução: A sepse está relacionada à infecção sistêmica e é conceituada como uma Síndrome de

Resposta Inflamatória (SIRS), dada ação de um patógeno. Logo, se caracteriza como a associação da SIRS à

um foco infeccioso pressuposto ou confirmado, necessitando de um tratamento que vise o reparo da

perfusão tecidual, a partir da estabilidade hemodinâmica, oxigenação e função orgânica. Portanto, a

reposição volêmica é uma das medidas de grande efetividade no tratamento e por isso estudos têm surgido

no propósito de evidenciar qual o fluído com melhor resposta hemodinâmica e sem risco de

desenvolvimento de estados hipertônicos. Objetivos: Avaliar a efetividade da reposição volêmica em

pacientes sépticos; Identificar a solução de hidratação mais eficaz para tratamento de pacientes sépticos.

Métodos: Este estudo apresenta método a revisão de literatura, utilizando artigos de 2009-2019 indexados

em bancos de dados online, como Scientific Eletronic Library Online e PUBMED. Resultados: Dados

epidemiológicos revelam que cerca de 35% dos casos de quadro séptico podem evoluir para choque séptico

devido à variação do estado hemodinâmico. Assim, é fundamental que haja um tratamento precoce de

reposição volêmica para restabelecimento da perfusão tecidual a fim de estimular a mobilização dos fluidos.

Estudos evidenciaram que a solução salina (cloreto de sódio a 0,9%) tem sido o fluido intravenoso de

primeira escolha no tratamento de sepse. Entretanto, seu uso pode apresentar diversas complicações, bem

como a necessidade de infusão de grandes volumes. Diante disso, um estudo da revista American Journal of

Respiratory and Critical Care apresenta uma análise envolvendo pacientes sépticos e gravemente enfermos,

o qual busca comparar o uso de solução salina e soluções cristalóides balanceadas, em que foi observado

menor mortalidade hospitalar em 30 dias no grupo que fazia uso dos cristalóides balanceados,

especificamente, Ringer com lactato ou Plasmalyte. Além de que pacientes do grupo balanceado

apresentaram menor incidência de eventos renais, mais dias livres de terapia renal substitutiva e maior

número de dias livres de vasopressores em comparação com o grupo salino. Conclusão: Conclui-se então

que as soluções cristalóides balanceadas são mais efetivas no tratamento intravenoso de pacientes com

quadro séptico, incluindo também os pacientes gravemente enfermos, em se tratando mortalidade hospitalar

em 30 dias, eventos renais adversos e maior número de dias livres de vasopressores. No entanto, sabemos

que análises de estudos de centro único não devem ser encaradas como definidoras de conduta, e é

fundamental o desenvolvimento de mais estudos com achados compatíveis para revisão das medidas de

primeira escolha quanto a reposição volêmica no tratamento de sepse.

Palavras-Chaves: Sepse, soluções cristaloides balanceadas, solução salina.

Page 7: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Manejo clínico da hemorragia digestiva alta na emergência: uma

revisão literária.

Autor-relator: 1. Abraão Oliveira Tavares

Coautores: 2. David Sammuel Dantas Torres; 3. Cindy Nogueira Moura INTRODUÇÃO: A hemorragia digestiva alta (HDA) é a emergência gastrenterologia mais comum no

cenário atual. O seu diagnóstico é sugerido pela presença de hematêmese ou melena com aumento da

frequência cardíaca e diminuição da pressão arterial, mas o que a define é sangramento de origem proximal

ao ligamento de treitz. A taxa de mortalidade da HDA é de 3,5 a 10% nos casos não varicosos e de 15 a

20% em varicosos. Diante de taxas de mortalidade relevantes é essencial que o médico realize um

tratamento inicial eficaz e condizente com as particularidades do paciente. OBJETIVO: Analisar as

principais recomendações para o tratamento clínico inicial da hemorragia digestiva alta na emergência.

METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, tendo como base artigos nos bancos de dados

Lilacs, Medline e Pubmed no período entre 2015-2020; Os descritores utilizados foram: “hemorragia

digestiva alta and emergência and tratamento”. Na base dados Lilacs, obteve-se cinco artigos, que após

leitura minuciosa apenas um atendeu ao objetivo. Na Medline foram encontradas duas publicações, mas

apenas uma foi útil. No banco de dados Pubmed obteve-se 14 artigos, desses apenas dois contemplaram os

objetivos. Assim a pesquisa contemplou 4 artigos. RESULTADOS: As pesquisas demonstram um

consenso ao conduzir as principais etiologias de hemorragia digestiva alta, causadas por úlcera péptica e

varizes gastresofágicas, consecutivamente. Observou-se que a estabilização hemodinâmica é

importantíssima para o prognóstico do paciente, estabelecendo como meta pressórica sistólica de 90 a

100mmHg, porém nenhum dos artigos analisados informa a quantidade ideal de solução salina que deve se

administrada nas primeiras horas. A manutenção da hemoglobina deve ser entre 7 e 8g/dl, já pacientes com

distúrbios de coagulação devem ser tratados com plasma fresco e vitamina K. Pacientes em uso de

anticoagulantes por comorbidade importante (stents ou IAM recente) precisa de avaliação criteriosa para

descontinuação da medicação. Os inibidores de bombas de prótons em altas doses para pacientes com úlcera

péptica tem indicação classe I. Já nos casos de HDA varicosa a droga vasoativa de primeira escolha é a

terlipressina. A utilidade do ácido tranexâmico, um antifibrinolítico, apresentou resultados favoráveis em

um estudo secundário elaborado em 2015, a partir de oito estudos controlados e randomizados, os resultados

demonstraram certeza moderada para redução da mortalidade por HDA e não aumento do risco de efeitos

adversos tromboembólicos graves, no entanto, os demais artigos desta pesquisa não recomendaram o uso,

demonstrando ser controverso. CONCLUSÃO: Os estudos analisados são satisfatórios ao demonstrar o que

deve ser priorizado no manejo inicial da HDA. É primordial a atualização e aperfeiçoamento contínuo da

equipe assistencial, visando a diminuição de potenciais riscos ao paciente, além do tempo de internação e

custos hospitalares.

Page 8: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Óbito infantil na emergência paraibana no contexto brasileiro: um estudo

epidemiológico.

Autora: Kênia de Oliveira Cabral; Co-autoras: Rebeca Alves Bezerra ; Isabelly Nobre; Laryssa Almeida

Tenório. Introdução: A epidemiologia das taxas de mortalidade infantil nas salas de emergência ressalta um período

de transição, cujas causas predominantes são por anomalias congênitas. Entretanto, uma dificuldade muito

antiga enfrentada pelos emergencistas no atendimento pediátrico são as afecções respiratórias que

correspondem a aproximadamente 50% das internações hospitalares infantis e por 22,3% dos óbitos

pediátricos. Dentre estas, a pneumonia é uma patologia que merece destaque, pois, apesar de ter seu manejo

sistematizado desde a década de 80, ainda é uma questão importante de saúde pública, visto que é

responsável pela internação de, em média, 15 milhões de crianças no Brasil. Objetivo: Analisar a

prevalência dos óbitos por pneumonia no estado da Paraíba dentro do contexto brasileiro. Metodologia:

Esse estudo fundamentou-se em registros epidemiológicos do DataSUS da última década e nas bases de

dados das plataformas Scielo e PubMed. Resultados: Na última década, o Brasil teve 14.936 casos de

óbitos por doenças respiratórias, sendo 64% causados por pneumonia. O Nordeste é a segunda região com

mais casos de mortes em faixa etária pediátrica por descompensação respiratória, sendo responsável por

30% dos casos brasileiros, aproximadamente 68% destes consistem em casos pneumônicos. Apesar do

Estado da Paraíba se apresentar responsável por apenas 6% dos casos nordestinos, a pneumonia é autora de

70% desses óbitos. Os casos de morte pediátrica por causas respiratórias no estado da Paraíba têm maior

prevalência em mães com idade entre 15 a 24 anos, 62%, em crianças pardas, 62%, do sexo masculino, 58%

e mais da metade (54%) ocorre nos três primeiros meses de vida. O maior registro desses óbitos se deu no

município de João Pessoa, onde foram apontados 44% das mortes por afecções respiratórias, em segundo

lugar está o município de Campina Grande com 34% dos casos e o terceiro lugar é a cidade de Patos com

aproximadamente 9% dos casos. Conclusão: Apesar da pequena porcentagem dos casos paraibanos

comparado a outros estados do nordeste, podemos concluir que a principal causa de morte pediátrica em

salas de emergência se devem a causas respiratórias, dentre elas sendo mais prevalente a pneumonia. Mães

adolescentes e adultas jovens são as principais envolvidas, sendo necessária uma maior orientação desse

público quanto às formas de prevenção. O fato de ocorrer ainda nos primeiros meses de vida nos mostra

que, além da prevenção, é imprescindível uma constante atualização dos profissionais que atuam na

assistência à saúde, novas discussões e constante capacitação dos médicos intensivistas sobre o protocolo de

manejo da pneumonia na emergência. Com isso, concluímos que o óbito infantil por pneumonia continua

sendo um importante problema de saúde pública brasileira, a despeito da vasta discussão e do

estabelecimento há longo tempo de diretriz para manejo desta patologia.

Page 9: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A inserção da videotoracoscopia na urgência e emergência.

Autora: Kássya Mycaela Paulino Silva; Coautores: Lucas Germano Figueiredo Vieira; Victor Donato

Meneses Mendes ; Ana Karolynne da Silva; Marie Anne Gomes Cavalcanti; Germano de Sousa Paulino

Introdução: O trauma torácico está presente em aproximadamente 30% dos pacientes politraumatizados. A

utilização da videotoracoscopia (VT) na fase aguda do trauma é defendida com base na possibilidade de

realizar diagnóstico de hemorragias, lesões pericárdicas e diafragmáticas que não seriam detectadas pela

drenagem simples e pelo completo esvaziamento da cavidade torácica, mesmo na ausência de coágulos,

evitando, assim, as complicações mais comuns. Sua utilização precoce pode ainda reduzir custos e

exposição à radiação, por exigir menor tempo de observação. Porém possui limitações a depender do estado

hemodinâmico do paciente. Objetivo: Avaliar a inserção da videotoracoscopia na urgência e emergência.

Metodologia: Revisão da literatura dos últimos cinco anos, nas bases de dados PubMed e SciELO. Foram

utilizados os descritores: “thoracic surgery”, “thoracoscopy” e “emergencies”. Resultados: Observou-se

que a VT tem sido proposta como um método seguro para avaliação do diafragma quando o diagnóstico não

foi confirmado e a laparotomia não é necessária, com sensibilidade e especificidade próximas a 100%,

tendo como fatores limitantes a presença de instabilidade hemodinâmica e a necessidade de anestesia geral.

Outras indicações incluem perfuração esofágica, exostose costal, pneumotórax e broncoaspiração de corpo

estranho. Essa via de acesso possui uma baixa morbidade e mortalidade em comparação com a toracotomia

visto que é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo e oferece uma visão detalhada da cavidade

torácica. Auxilia na complementação diagnóstica dos exames em pacientes com clínica compatível com

afecção não vista em exames de imagem como radiografia, ultrassonografia e tomografia computadorizada.

Ademais, se faz necessário instrumental específico e profissional capacitado para execução do

procedimento, bem como para a resolução de complicações cirúrgicas. Conclusão: A abordagem das

complicações do trauma torácico por VT vem apresentando resultados promissores nos centros onde é

utilizada, com benefícios que vão desde a recuperação mais rápida, melhor resultado estético, menos dor no

pós-operatório, menor tempo de internação e retorno precoce às atividades profissionais e físicas.

Palavras-chave: cirurgia torácica; toracoscopia; emergências.

Page 10: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Hérnia diafragmática e as implicações do seu diagnóstico tardio.

Autora: Letícia Figueirôa Silva; Coautores: Marcella Freire de Oliveira; Maria Eduarda Silva Libório;

Natália Ribeiro Viana; Pedro Arthur Gonçalves de Medeiros Dela Bianca; Roberta Letícia Paiva de Araújo.

Introdução: As hérnias diafragmáticas são consideradas lesões incomuns, que ocorrem, em sua maioria,

mediante traumas torácicos contusos. A ruptura ocorre por meio do aumento pressórico na cavidade

abdominal, que faz com que o seu conteúdo transpasse para a cavidade torácica. Apesar dessas lesões não

serem tão frequentes, elas devem ser sempre levadas em consideração, diagnosticadas e tratadas

imediatamente, em virtude da alta morbidade envolvida em seus atrasos diagnósticos, tais como

pneumotórax hipertensivo, obstrução e encarceramento de vísceras. Objetivos: Realizar uma revisão de

literatura com abordagem sobre aspectos da ruptura traumática do diafragma e seu diagnóstico tardio, além

das devidas medidas para a efetivação do diagnóstico nas suas diferentes vertentes. Métodos: Apresenta-se

como uma revisão de publicações com os descritores: hérnia diafragmática e diagnóstico tardio. Para o seu

desenvolvimento, foram selecionados seis artigos das seguintes plataformas: Scielo e PubMed, entre 08 e 16

de Fevereiro de 2020. Resultados: As lesões associadas à ruptura diafragmática são frequentemente graves,

o que leva ao retardo ou ao esquecimento da avaliação adequada do diafragma e, por consequência, a um

diagnóstico tardio. Há uma menor frequência de Hérnias Diafragmáticas Traumáticas (HDT) à direita,

devido a proteção hepática ao hemidiafragma homolateral e pelo lado esquerdo possuir maior fraqueza

embrionária. É válido salientar, também, que existem 3 fases clínicas das lesões diafragmáticas, a aguda,

identificada na primeira avaliação do paciente; a latente, muitas vezes por ser assintomática e despercebida

no primeiro atendimento, pode evoluir com aumento da lesão, gerando dispneia e dor; e a obstrutiva, que

traz complicações como ruptura de alça do estômago ou intestino na cavidade torácica. O tratamento varia

de acordo com a fase que o paciente se encontra. Na aguda, será feita uma abordagem cirúrgica abdominal,

na tardia, abordagem torácica, podendo ser laparoscópica em caso de pequenas lesões. Cerca de 10 a 50%

dos pacientes tem o diagnóstico nas primeiras 24 horas. Ademais, a mortalidade em hérnias diafragmáticas

direitas é em torno de 30-68%. Já em casos de estrangulamento de vísceras intra-abdominais herniadas, a

mortalidade aumenta, podendo chegar a 88%. O tratamento mandatório para esses casos é cirúrgico, pois

não há possibilidade de fechamento espontâneo. Conclusão: É notável a relevância do diagnóstico e

tratamento precoces das hérnias diafragmáticas, devido às complicações envolvidas quando feito

tardiamente. Realizar uma avaliação adequada do diafragma, principalmente para reconhecimento da fase

clínica em que o paciente se encontra, é de extrema importância. Dessa forma, torna-se imprescindível um

enfoque maior em identificar variáveis clínicas significativamente relacionadas à presença dessas lesões,

para que possa aumentar a sobrevida dos pacientes acometidos.

Palavras-chave: Hérnia diafragmática; Diagnóstico tardio; Trauma

Page 11: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Lesões autoprovocadas intencionalmente decorrentes de autointoxicação por

exposição a drogas, medicamentos e substâncias biológicas: qual o perfil e

distribuição das internações brasileiras? Uma análise de 5 anos.

Autor – Luiz Felipe Diniz Cavalcanti; Coautores: Ana Helena Cavalcanti Silva; Julia Domingues Morales

Eduardo Henrique Lima Batista.

Introdução: Devido à facilidade de acesso a determinadas substâncias, a autointoxicação intencional trata-

se de um método de suicídio recorrente. Por vezes, pode constituir meio pouco letal, de modo que o

indivíduo não chega a recorrer ao serviço de emergência. Contudo, em parte dos casos, a exemplo da

administração de altas doses ou da combinação de substâncias, são necessárias intervenções em serviços de

emergências. Dessa forma, o conhecimento acerca do perfil epidemiológico desse fenômeno é importante

ferramenta no planejamento da assistência à saúde mental da população. Objetivo: Analisar o perfil

epidemiológico das internações decorrentes de lesões autoprovocadas intencionalmente por autointoxicação

com drogas, medicamentos e substâncias biológicas de 2014 a 2018 no Brasil. Métodos: Estudo ecológico e

descritivo, baseado em dados obtidos do DATASUS, compilados no Excel 365. Foi analisado o perfil das

internações decorrentes de autointoxicação por exposição intencional a drogas, medicamentos e substâncias

biológicas (CID10: X60-X64), de 2014 a 2018, com base nos critérios: faixa etária, sexo e substância

utilizada (de acordo com a CID10). A faixa etária foi dividida em: adolescentes (10-19 anos), adultos (20-59

anos) e idosos (60 anos ou mais), não sendo incluídos indivíduos com idade inferior a 10 anos. Dados sobre

a população brasileira por faixa etária e por sexo foram obtidos a partir de estimativas do IBGE e utilizadas

para cálculo das taxas de internação por 100 mil habitantes. Resultados: De 2014 a 2018, foram notificadas

14131 internações, correspondendo a 32,8% do total das internações por lesões autoprovocadas

intencionalmente. Cerca de 62,2% dessas internações foram de mulheres e 37,8% de homens, com taxas de

internação por 100 mil habitantes equivalentes a 1,94 na população feminina e 1,25 na masculina. Além

disso, cerca de 20,4% das internações de homens por tentativa de suicídio foram por autointoxicação por

meio de drogas, medicamentos e substâncias biológicas, enquanto esse percentual foi de 52,04% em

mulheres. A taxa de internação por 100 mil habitantes entre adolescentes foi a mais acentuada (1,77),

seguida de adultos (1,74) e idosos (0,84). Dentre as substâncias utilizadas, a maioria não foi especificada

(51%), ao passo que o grupo dos anticonvulsivantes, sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e

psicotrópicos (31,4%) e a categoria dos narcóticos e psicodislépticos (4,68%) foram, respectivamente, os de

maior e menor prevalência. Conclusão: De 2014 a 2018, no Brasil, as internações por lesões

autoprovocadas intencionalmente decorrentes de autointoxicação pela exposição a drogas, medicamentos e

substâncias biológicas apresentaram maior taxa de prevalência no sexo feminino e na faixa etária

adolescente. Com relação à substância utilizada, os fármacos pertencentes aos grupos anticonvulsivantes,

sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e psicotrópicos foram os mais frequentes.

Page 12: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil das internações de adolescentes brasileiros por lesões autoprovocadas

intencionalmente: um estudo epidemiológico dos últimos 5 anos.

Autor – Luiz Felipe Diniz Cavalcanti; Coautores: Ana Helena Cavalcanti Silva; Julia Domingues Morales

Eduardo Henrique Lima Batista.

Introdução: O suicídio é importante causa de morbimortalidade mundial entre adolescentes, com estudos

indicando tendência de aumento do evento nessa faixa etária ao longo dos últimos anos. Dessa forma, torna-

se fundamental conhecer o perfil epidemiológico do fenômeno, a fim de auxiliar às políticas de apoio à

saúde mental. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das internações por lesões autoprovocadas

intencionalmente entre adolescentes, de 2014 a 2018, no Brasil. Métodos: Estudo ecológico, descritivo e

observacional, baseado em dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do

Brasil (DATASUS), compilados no Excel 365. Foi analisado o perfil das internações por lesões

autoprovocadas intencionalmente (CID10: X60-X84) de indivíduos com idade entre 10 e 19 anos, de 2014 a

2018, com base nos critérios: sexo, região de notificação, método utilizado (de acordo com o CID10) e

trimestre do atendimento. Dados da população de cada região do Brasil foram obtidos a partir de estimativas

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utilizados para cálculo das taxas de internação

por 100 mil habitantes. Resultados: Foram notificadas 6584 internações de adolescentes de 10 a 19 anos

por lesões autoprovocadas intencionalmente, entre 2014 e 2018. As mulheres representaram 52,4% da

amostra estudada, enquanto homens 47,6%, com média das taxas de internação por 100 mil habitantes

equivalendo a 4,3 na população feminina e 3,8 na masculina. No que se refere à região geográfica, o

Sudeste apresentou a maior taxa de internação (5,7/100.000 habitantes), seguida do Sul (3,4), Nordeste

(3,2), Centro-Oeste (3) e Norte (1,8). Dentre os métodos utilizados, os mais frequentes foram auto-

intoxicação por substâncias biológicas (43,8%), seguido de auto-intoxicação por substâncias químicas e

agentes nocivos (20%) e precipitação de lugar elevado (12,6%). No tocante ao período do ano no qual

ocorreu o atendimento, o quarto trimestre foi o de maior notificação (27,1%), enquanto o segundo trimestre

foi o período de menor notificação (22,15%). Conclusão: Observou-se maior prevalência das tentativas de

suicídio no sexo feminino, resultado que corrobora com outros estudos que estabelecem maiores tentativas

de suicídio entre mulheres. Entretanto indica-se que as tentativas são mais letais nos homens, de modo que

as taxas de mortalidade são superiores no sexo masculino. A região Sudeste apresentou maior taxa de

internação, sendo cerca de 3 vezes maior que na região Norte, que possuiu menor taxa. Porém, alerta-se

para a possibilidade de subnotificação dos registros em áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos do

país. O grande uso de métodos como autointoxicação (63,8%), pode refletir em menor letalidade e violência

das tentativas entre adolescentes. As tentativas de suicídio foram mais comuns no final do ano, chegando a

ser quase um quarto maior que o segundo trimestre.

Page 13: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A encefalopatia de Wernicke: uma emergência neurológica.

Autor: Amanda Cacaes Modesto Accioly;

Coautor: Alícia Dantas de Oliveira Lima; Ana Vitória de Sousa Melo; Rayana Tavares de Queiroz; Alline

Alana Alves de Albuquerque; Edynnara Priscyla Souza de Melo Dantas.

Introdução: A encefalopatia de Wernicke é uma emergência neurológica caracterizada pela tríade

sintomatológica de confusão mental, oftalmoplegia e ataxia. É uma patologia desencadeada pela deficiência

de tiamina (vitamina B1), estando normalmente associada ao consumo excessivo de álcool. No entanto,

também está relacionada a outros fatores de risco como gestação, malignidade e deficiência nutricional.

Possui prevalência de 0,4 a 2,8% na população geral e de 12,5% em alcoólatras. Apesar da baixa

prevalência, a encefalopatia de Wernicke é subdiagnosticada, sendo de grande valia o seu reconhecimento,

uma vez que pode evoluir para coma ou até mesmo morte. Objetivo: Verificar a importância do diagnóstico

e do manejo da encefalopatia de Wernicke na emergência médica. Considerar a relevância do diagnóstico

precoce, associado ao início imediato do tratamento, a fim de evitar maiores complicações. Metodologia:

Trata-se de uma revisão de literatura utilizando como base científica dados coletados no PubMed. Os

descritores foram: encefalopatia de Wernicke, emergência e alcoolismo. Foram incluídos artigos publicados

nos últimos cinco anos em inglês. Resultados: O diagnóstico da encefalopatia de Wernicke é clínico, sendo

realizado através da identificação da sua tríade clássica. Além disso, é imprescindível considerar a história

do paciente, objetivando identificar sinais de abuso do álcool e de subnutrição. Em alguns casos, é possível

associar dosagem sérica de tiamina e exame de imagem, sendo preferível a ressonância magnética. É

consenso que o tratamento deve ser realizado com a reposição de altas doses de tiamina por via parenteral,

manejo que deve ser realizado de forma imediata. A dosagem de tiamina é de 500 mg IV três vezes ao dia,

por 3 a 5 dias. Caso o paciente não melhore, pode continuar com a dosagem de 250 mg IV por dia por mais

3 a 5 dias ou até melhora do quadro. Conclusão: A identificação precoce da sintomatologia da

encefalopatia de Wernicke é indispensável para a resolução do quadro, evitando complicações futuras. O

preparo dos médicos atuantes na emergência é fundamental, devendo ser realizado através de orientações

acerca dos sintomas mais prevalentes e da forma mais adequada para a resolutividade do caso. São medidas

que cooperam para a redução nas taxas de morte causadas pela encefalopatia de Wernicke, além de

amenizarem as sequelas decorrentes do diagnóstico tardio e do manejo inadequado na emergência.

Palavras-chave: Encefalopatia de Wernicke. Emergência. Diagnóstico.

Page 14: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Uso de impella em pacientes com choque cardiogênico após infarto

agudo do miocárdio: qual a eficácia?

Autor: Eloísa Jordana de Barros Oliveira; Coautores: Amanda Souza Fernandes; Bruno Henrique Arruda de

Paula; Felipe Montenegro Cavalcanti Sobreira Santos; Maria Eduarda de Arruda Carvalho; Tiago

Wanderley Queiroga Lira.

Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio(IAM) com supradesnivelamento do segmento ST é a etiologia

mais comum do choque cardiogênico. O qual, cursa com hipotensão sistêmica e evidência de hipoperfusão

tecidual secundária a disfunção cardíaca com pressões de enchimento adequadas ou elevadas. O tratamento

do choque cardiogênico consiste em reposição volêmica, catecolaminas e, se indicado, terapia de

reperfusão, a qual aumentou a sobrevida de 10% para 50%. Dessa forma, foi desenvolvido o impella que

consiste em uma bomba de fluxo microaxial que fornece sangue para a aorta ascendente do ventrículo

esquerdo e aumenta a frequência cardíaca. O impella é conceitualmente promissor, pois permite

implantação percutânea e pode diminuir a demanda de oxigênio pelo miocárdio, além de aumentar o débito

cardíaco e a perfusão orgânica. Objetivos: Analisar a eficácia do uso de impella em pacientes com choque

cardiogênico após IAM. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura sobre a eficácia do

impella, utilizando como base de dados a Scielo, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Pubmed. As

palavras-chave usadas foram “impella”, “choque cardiogênico” e “infarto agudo do miocárdio”, com 37

artigos encontrados dos anos de 2015 a 2020, dos quais 10 estavam de acordo com a temática e foram

analisados. Resultados: A mortalidade de pacientes com choque cardiogênico após IAM é elevada, tendo

50% das mortes nas primeiras 48h necessitando, assim, de uma intervenção precoce, rápida e sistêmica.

Pacientes que apresentam refratariedade ao uso de drogas vasoativas, balão intraaortico (BIA) e assistência

circular percutânea, podem se beneficiar do uso de dispositivos de assistência circulatória como o impella.

A experiência clínica em um estudo realizado no Centro Médico Acadêmico de Amsterdã entre outubro de

2004 e dezembro de 2016 geral, consistiu de 250 pacientes tratados com o impella. Desses, um total de 112

pacientes recebeu terapia com impella para o choque cardiogênico após IAM e a mortalidade geral em 30

dias foi de 56,2% e em 6 meses foi de 60,7%. As principais complicações foram: vasculares relacionadas

ao dispositivo (17%), sangramento não relacionado ao dispositivo (12,5%), hemólise (7,1%) e acidente

vascular cerebral (3,6%).. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos de artigos, a fim de se

estabelecer uma relação entre a eficácia deste dispositivo de suporte ventricular na condução dos pacientes

em choque cardiogênico pós-IAM, mesmo sendo conceitualmente promissor, não demonstraram desfechos

satisfatórios, uma vez que estes apresentaram maior mortalidade e risco de complicações como

sangramentos, quando comparado a outros mecanismos como o BIA, e resultados semelhantes com

pacientes que não utilizaram este mecanismo. Portanto, em serviços de hemodinâmica que não dispõem de

BIA, o uso do impella pode ser viável neste grupo de pacientes.

Page 15: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Uso do ácido tranexâmico no trauma: uma revisão sistemática:

Eduardo Pimentel Carneiro Braga; Davi Rodrigues de Sousa; Fernando de Paiva Melo Neto; Maurício

Valadares Vasconcelos Neto; Mariana Vieira Falcão; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: A hemorragia é diretamente responsável pela maioria das mortes hospitalares precoces no

trauma, além de contribuir para a mortalidade hospitalar tardia, devido à falência múltipla de órgãos. Além

disso, o paciente traumatizado pode, também, desenvolver distúrbios de coagulação decorrente da

hemorragia. Portanto, o Ácido Tranexâmico (ATX) mostra- se de extrema importância no trauma.

Objetivos: Abordar a importância do ATX no atendimento ao paciente traumatizado. Metodologia: Estudo

de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual

Saúde (BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2019, em inglês e

português. Resultados: O ATX é um fármaco análogo do aminoácido lisina, é um antifibrinolítico que

interfere na ligação do plasminogênio com a fibrina, impedindo assim a ativação da plasmina e,

consequentemente, evitando a dissolução do coágulo, reduzindo a hemorragia do paciente. Em cirurgias, o

ATX diminui em cerca de 30% a necessidade de transfusão sanguínea, reduziu em uma unidade de volume

de concentrado de hemácias transfundido e em 50% a necessidade de re-intervenção por sangramento. No

trauma, tem sido associado à redução da mortalidade de pacientes que sofreram hemorragia. Em um estudo

realizado em 2010 com 20.211 pacientes, foi comprovado o benefício do ATX para reduzir a mortalidade

total e a relacionada à hemorragia em pacientes traumatizados. No entanto, o mesmo estudo não demonstrou

a diminuição da necessidade de hemoderivados em pacientes traumatizados. Conclusão: Devido à alta

incidência e mortalidade do trauma no Brasil e o fato da causa mais frequente de morte precoce em

pacientes traumatizados ser a hemorragia, o ATX apresenta-se como uma ferramenta essencial no

atendimento, em especial, pré-hospitalar.

Palavras-chaves: Ácido tranexâmico, Hemorragia, Trauma.

Page 16: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tromboembolismo pulmonar pós- operatório em paciente submetido a colecistectomia: um relato de

caso.

Caio Henrique Marinho Trajano; João Antônio Carlos Suassuna; José Roberto Ribeiro Neves Filho; Raquel

Hellen de Sousa Muniz; Sávio Daniel Freire de Albulquerque Figueiredo; Napoleão Suassuna Laureano

Júnior.

INTRODUÇÃO: o tromboembolismo pulmonarconsiste na obstrução da circulação arterial do pulmão por coágulos

sanguíneos oriundos da circulação venosa sistêmica, geralmente pelo sistema venoso profundo dos membros inferiores,

com redução ou cessação do fluxo sanguíneo da área afetada. Essa patologia pode se apresentar de forma aguda, com

manifestações clínicas e laboratoriais surgidas imediatamente após a instalação da obstrução vascular, ou de forma

crônica, caracterizando-se pelo surgimento progressivo de dispnéia e outras manifestações de hipertensão pulmonar ao

longo de meses ou anos. Outrossim, o tromboembolismo pulmonar é a terceira doença cardiovascular mais comum,

além de ser a principal complicação das tromboses venosas profundas.DESCRIÇÃO DE CASO: paciente feminina, 66

anos, com história de colecistectomia de urgência no início de dezembro de 2019, evoluiu com dor em membro inferior

direito a partir do dia 02 de janeiro de 2020. Ao exame físico, constatou-se edema assimétrico em membros inferiores,

com dor a compressão em panturrilha direita. Tendo como hipótese diagnóstica inicial um caso de trombose venosa

profunda, decorrente de uma complicação da colecistectomia. Com possível evolução para tromboembolismo pulmonar,

a paciente foi encaminhada à urgência do Hospital Memorial São Francisco para realização de exames, D-Dímero;

Ultrassonografia Doppler venoso do membro inferior direito; e angiotomografia pulmonar. O Doppler de membros

inferiores evidenciou tromboflebite em todo o trajeto da veia safena magna à direita e de veias superficiais na perna

atingindo a veia femoral comum.Já a angiotomografia evidenciou falha de preenchimento vascular ao meio de contraste,

com predomínio nas porções centrais acometendo o tronco da artéria pulmonar, artérias pulmonares direita e esquerda,

interlobares, segmentares para os lobos inferiores, segmentar medial do lobo médio e segmentares para os lobos

superiores, além de opacidades parenquimatosas mal definidas no segmento basal posterior do lobo inferior. Diante

disso, foi possível a confirmação da hipótese diagnóstica de tromboembolismo pulmonar, tendo como conduta a

realização de trombectomia mecânica e medicamentosa com uso de 20mg de Actylise em artéria pulmonar esquerda e

direita. O controle final evidenciou reestabelecimento do ramo inferior da artéria pulmonar esquerda, com boa

opacificação parenquimatosa do lobo inferior esquerdo e da artéria pulmonar direita. Procedimento sem intercorrências.

CONCLUSÃO:apesar da simplicidade deste relato, podemos aproveitá-lo para reiterar a importância de uma anamnese

bem dirigida e de um bom exame físico na conduta inicial do paciente com quadro sugestivo de trombose venosa

profunda. Ademais, evidenciar a imprescindibilidade da profilaxia de trombose venosa profunda, sobretudo em

pacientes em pós-operatório, com a finalidade de evitar complicações graves como o tromboembolismo pulmonar.

PALAVRAS-CHAVE:Tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda, trombose.

Page 17: APRESENTAÇÃO PÔSTER
Page 18: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Análise sobre o atendimento do paciente psiquiátrico pelo Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência.

Autor(a): Bruna Tenório Melo Borges ; Coautor(es): Alícia Dantas de Oliveira Lima, Alline Alana Alves de

Albuquerque, Ana Beatriz Onias Alves da Silva, Edynnara Priscyla Souza de Melo Dantas, Nathalia

Oliveira Marques

O paciente psiquiátrico requer cuidados particulares no atendimento pré-hospitalar devido à natureza de sua

patologia. A crise psiquiátrica pode cursar com reações violentas do paciente, provocando, por vezes, temor

no profissional de saúde, que pode lançar mão inadvertidamente de medidas de contenção física do paciente

para mantê-lo sobre controle. Entretanto, essas atitudes baseadas somente na restrição física do paciente,

usados de forma generalizada em pacientes psiquiátricos, e, ainda, sem incluir uma intervenção terapêutica

acolhedora e eficiente, podem ser traduzidas como atos exagerados. O medo, aliado ao déficit do

profissional em desenvolver uma ação de cuidado, pode exacerbar o sofrimento e a raiva do paciente,

possivelmente aumentando o risco de protagonizar um ato de violência, sendo o paciente verdadeiramente

agressivo ou não. Outro limitador do atendimento é a restrição do uso de medicações, visto que essas

ocorrências são frequentemente enviadas para as viaturas de suporte básico, as quais não fazem intervenção

médica. Tal circunstância também explica a predominância do pensamento de que a imobilização mecânica

é necessária. Objetivo: A revisão da literatura teve como objetivo reiterar a importância da discussão sobre

o atendimento de pacientes psiquiátricos pelos profissionais de atendimento pré-hospitalar, bem como

demonstrar a importância de haver um maior conhecimento e capacitação dos profissionais quanto ao

atendimento de ocorrências dessa natureza e, por conseguinte, uma maior atenção à saúde mental da

população. Metodologia: O estudo foi realizado de forma descritiva, com a utilização de pesquisas

bibliográficas, tendo como fonte as bases de dados SCIELO e Google acadêmico. Resultados: Observamos

que há uma limitação de estudos que abordem um protocolo atualizado para direcionar o conhecimento dos

profissionais que atuam diretamente assistindo a pacientes psiquiátricos. A saúde mental no atendimento

pré-hospitalar também é pouco discutida, refletindo na adoção de medidas ultrapassadas, como a

imobilização mecânica com o uso da força para controlar o paciente do serviço móvel de urgência, que

supõe que todo paciente psiquiátrico é agressivo. Conclusão: Percebemos a necessidade de fomentar a

discussão sobre a implementação de programas de capacitação dos profissionais do serviço móvel de

urgência. Apesar de ser uma competência atribuída ao SAMU, os seus profissionais possuem dificuldades

para conduzir um atendimento envolvendo um paciente psiquiátrico em todo o seu percurso, incluindo a

abordagem inicial, a contenção da crise e um encaminhamento para um centro de referência. Dessa forma,

seria importante a capacitação desses profissionais para entenderem o paciente psiquiátrico e atuarem de

forma humanizada durante o manejo desses pacientes.

Palavras-chave: Paciente psiquiátrico, Atendimento pré-hospitalar, Urgência.

Page 19: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Aspectos associados ao comportamento suicida não fatal em jovens e importância da

abordagem no serviço de emergência.

Maria Isabel Teodoro Fernandes; Gabriella Correia Ouro; Izadora Barbosa Mendes ; Francisco

Rodrigo Sales Bacurau

Introdução: O suicídio se constitui em um ato autodestrutivo, cometido por sujeitos em condições de

vulnerabilidade emocional, sendo percebido como a melhor solução para fugir de situações que provocam

uma dor psicológica insuportável. Com relação aos fatores de risco significativos, o isolamento social,

tentativas prévias, histórico familiar de doenças mentais, agressão ou abuso, além de declaração ou

pensamentos de intenção são questões que devem deixar os profissionais em alerta. Ainda assim, mesmo

que os dados sejam alarmantes, é importante evidenciar que esse evento pode ser prevenido. Objetivo:

Avaliar fatores relacionados à tentativa de suicídio em jovens e a importância da abordagem emergencial na

sobrevida desses indivíduos. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura, utilizando-se os

descritores “tentativa de suicídio” e “jovens” nas bases de dados SciELO, CAPES e BVS. Foram

selecionados para este trabalho os artigos que foram publicados nos últimos 10 anos e em idioma português.

Resultados: Compreendeu-se que ao longo dos últimos anos foi constatado o aumento do número de

suicídios em escala mundial, representando uma das principais causas de morte em jovens entre 15 e 35

anos de idade. A escolha do local de exposição preferencial para essa tentativa tende a ser a residência, o

que pode ser devido a facilidade de acesso aos meios que facilitam este ato. O método mais utilizado pelas

mulheres é a intoxicação exógena por medicamentos, principalmente benzodiazepínicos, e por raticidas,

como o “chumbinho”. Já pelos homens, costuma ser o enforcamento e arma de fogo. Desse modo, quando

há a chegada desses pacientes em situação de lesão autoprovocada aos serviços de emergência, protocolos

de atendimento orientam o trabalho das equipes conforme o meio adotado na tentativa de suicídio. Além

disso, recomenda-se que esses indivíduos sejam rastreados quanto ao risco de cometer suicídio

posteriormente. Uma história clínica detalhada, com delineamento de um plano de segurança que coloque o

paciente em contato com serviços de saúde mental é uma das ações mais adequadas e eficazes. Conclusão:

Entende-se que é essencial uma maior compreensão dos determinantes que envolvem o processo que resulta

na tentativa e morte por suicídio, e que o acompanhamento nas redes de saúde mental é imprescindível para

se evitarem novas tentativas. O acesso fácil aos meios utilizados tem influência nas tentativas de suicídio, e

a comercialização mais rigorosa poderia ser uma das formas passíveis de prevenção. Ademais, percebe-se

que intervenções hábeis realizadas por profissionais capacitados para a assistência emergencial no risco e

tentativa de suicídio são indispensáveis para sobrevida nesses casos.

Palavras-chave: tentativa de suicídio, emergência, jovens.

Page 20: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Características do atendimento ao paciente oncológico na urgência e emergência - uma

revisão de literatura.

Autor - David Sammuel Dantas Torres; Co-autor - Abraão Oliveira Tavares, Yolanda de Melo

Omena Lira, Maria Hercília Vieira Melo Ramalho, Reneê Dominik Carvalho Osório.

INTRODUÇÃO: O câncer e seu tratamento podem levar a situações clínicas que necessitam de

intervenção terapêutica urgente. Por definição a emergência oncológica (EO) é uma "condição

aguda causada pelo câncer ou seu tratamento, que necessita de intervenção rápida para evitar a

morte ou lesão permanente grave". O perfil da população portadora de entidades oncológicas é

dotado de um agregado de sintomas, tendo em vista sua alta morbimortalidade. OBJETIVO:

Abordar as características pertinentes ao atendimento do paciente portador de neoplasia, que

procura os serviços de emergência e suas principais queixas. METODOLOGIA: Foi realizada

uma revisão integrativa da literatura a partir das bases de dados MEDLINE, PubMed, LILACS,

SciELO e Biblioteca Cochrane. Incluídos artigos científicos publicados em inglês, espanhol e

português, entre os anos de 2015 a 2020, disponíveis na íntegra, com os descritores, “Neoplasia”,

“Emergência oncológica” e “Assistência Integral à Saúde” e suas respectivas traduções. Foram

selecionados aqueles que respondiam ao objetivo da pesquisa. RESULTADOS: O plantonista de

um serviço de emergência, em um hospital geral, muitas vezes tem dificuldades em avaliar o

paciente oncológico e tratar suas complicações, sendo as principais situações emergenciais: a

Síndrome da Veia Cava Superior (SVCS), Síndrome da Compressão Medular (SCM),

Hipercalcemia, Derrame Pericárdico e Tamponamento Cardíaco, Coagulação Intravascular

Disseminada e a Síndrome da Lise Tumoral. CONCLUSÕES: Pela própria natureza da

enfermidade que o acomete, o paciente oncológico apresenta problemas clínicos muitos

específicos, entretanto complexos. As emergências relacionadas à esse paciente, em boa parte, são

secundárias às lesões e tumores que ocupam espaço causando obstrução ou compressão, como a

SVCS e a SCM, sendo importante o reconhecimento e entendimento pelo médico emergencista,

para melhor conduta nas medidas iniciais. Além disso, o profissional deve está habilitado à solicitar

e interpretar exames direcionadas às principais complicações circulatórias e hematopoiéticas.

Page 21: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Conduta terapêutica em crianças queimadas: revisão de literatura:

Ana Flávia Veloso de Araújo Justino; Lis Marques de Luna Freire; Luanna Kamylla Pedrosa Carneiro

Honório; Mariana Militão Morais; Talita Saraiva Pimenta; Luisiane de Avila Silva.

INTRODUÇÃO: Lesões que atuam destruindo a pele e seus anexos, parcialmente ou totalmente, são

denominadas queimaduras. Possuem classificação de acordo com a origem (químicas, por radiações,

congeladuras e térmicas) e a profundidade (primeiro, segundo e terceiro graus). As principais causas de

queimaduras em crianças são as ocorrências acidentais em ambientes domésticos, sendo as escaldaduras as

mais frequentes. Devido a isso, é adequado aprimorar as condutas terapêuticas nas vítimas pediátricas.

OBJETIVO: Relatar as condutas imediatas em crianças que sofreram algum tipo de queimadura no Brasil.

MÉTODOS: Utilizou-se a plataforma da BVS e a base de dados Scielo com os seguintes descritores:

queimaduras AND criança. Obteve-se como resultado 1.203 artigos. Como critérios de inclusão foram

selecionados: texto completo, idioma português e os últimos cinco anos, reduzindo para 53 artigos. Desses,

utilizou-se oito e foram excluídos os associados à nutrição, fatores de risco para queimaduras, outros tipos

de acidentes e artigos repetidos. RESULTADOS: Através da análise das pesquisas realizadas, os cuidados

iniciais incluem a remoção de roupas queimadas ou intactas nas áreas atingidas e lavar a região. Em

seguida, deve-se avaliar as vias aéreas, respiração, circulação, déficit neurológico e exposição. Sempre que

houver suspeita de lesão inalatória deve-se instilar oxigênio a 100 % por máscara, mesmo na ausência de

lesões de pele. Também não deve ser dado medicações intramusculares ou subcutâneas, devido à

possibilidade de vasoconstrição periférica. O atendimento ao paciente queimado segue a conduta do

ABCDE do trauma, a qual padroniza o atendimento inicial ao politraumatizado e define prioridades na

abordagem, aplicado para detectar lesões de risco iminente de morte e monitora os sinais vitais. A conduta

terapêutica precoce com medicamentos analgésicos adequados para a dor é essencial para o alívio do

desconforto do paciente pediátrico. Entre os medicamentos mais utilizados para analgesia na prática clínica,

tem-se o paracetamol e a morfina, eficiente em queimaduras. Por fim, uma demanda de vários dias de

internação pode acarretar alterações emocionais e psicossociais intensas a partir do trauma sofrido,

tornando-se um período difícil, visto que determina mudanças na vida das crianças e na dos pais, exigindo

variadas adaptações cotidianas. Esse cenário gera a necessidade da atuação de uma equipe multiprofissional

para a família, a fim de ajudá-los de forma positiva na adaptação da nova condição da criança.

CONCLUSÃO: O estudo sobre queimadura pediátrica proporciona um conhecimento relevante visto que

ressalta a necessidade de uma conduta eficaz desde o primeiro atendimento na sala de emergência até a

analgesia e o acompanhamento multiprofissional do paciente e de sua família.

Palavras-Chaves: Queimaduras, crianças, conduta

Page 22: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Análise da mortalidade entre os sexos masculino e feminino, por TCE, no

decorrer de 10 anos no estado da Paraíba.

Autor: Hugo José de Oliveira Fernandes Queiroz; Coautores: Francisco Moésio Martins Barbosa Filho;

Rafaela Germana Cavalcanti da Nóbrega; Marcus Vinicius Maia Passos Filho; Maria Luiza Chaves

Fernandes de Figueiredo.

Introdução: O trauma é uma das principais causas de morbimortalidade, sobretudo, na população mais

ativa na sociedade atual, sendo, assim, um importante problema de saúde pública. Nesse contexto, destaca-

se o trauma cranioencefálico (TCE), que vem aumentando em decorrência de diversos fatores, como em

acidentes de trânsito, atropelamentos, quedas e agressões. Portanto, compreender a dinâmica das taxas de

mortalidade por TCE, é essencial para o desenvolvimento do setor da saúde no Brasil, pois, assim, é

possível desenvolver políticas públicas para reduzir esses números. Objetivos: Mensurar a variação da taxa

de mortalidade entre os sexos masculino e feminino no estado da Paraíba no período de 10 anos com

traumatismo intracraniano. Métodos: Foi realizada uma pesquisa epidemiológica na base de dados

DATASUS, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, relativo à taxa de mortalidade de

TCE em todas as idades e compreendendo todas as raças, no intervalo de janeiro de 2009 a dezembro de

2019 no estado da Paraíba, realizando uma comparação entre os sexos masculino e feminino. Resultados:

Nos anos de 2009 a 2019, a taxa de mortalidade no sexo feminino por traumatismo intracraniano acumulou

um aumento de 140,55%. Quando se fala no sexo masculino, é notado um aumento de 31,04%, no período

de 2009 a 2019. No que se refere à taxa mortalidade total durante os 10 anos (2009 e 2019), houve um

aumento de 29,75% do sexo masculino e feminino. Conclusão: O aumento da taxa de mortalidade por

traumatismo intracraniano entre mulheres foi superior à taxa entre homens nos anos de 2009 a 2019,

obtendo 109,51% de elevação, em comparação ao público masculino.

Palavras-chave: Traumatismo intracraniano;saúde pública;Paraíba.

Page 23: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A relação entre as internações pelo SUS no Brasil por insuficiência cardíaca e hipertensão

arterial nos anos de 2016 e 2017.

Autor: Iane Alves de Lemos; Coautores: Taynah de Almeida Melo, Ingryd Gabriella Nascimento Santos,

Marina Bezerra Germóglio, Luiz de Assis de Almeida Neto, Luana Thainá Albuquerque Barreto.

Introdução: As doenças do aparelho circulatório representam a principal causa de morbimortalidade na

sociedade contemporânea, destacando-se a doença coronariana como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as

cerebrovasculares dentre elas o Acidente Cerebral Encefálico (AVE) e a Insuficiência Cardíaca (IC) (Arq

Bras Cardiol, 2016), sendo, dessa forma, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o principal fator de risco

para essas doenças. O objetivo deste estudo foi relacionar e analisar o número de internações por IC e

HASS pelo SUS no Brasil e comparar os resultados no período de 2016 e 2017. Metódos: Trata-se de um

estudo transversal, observacional e descritivo realizado através de registros no Departamento de Informática

do Sistema Único de Saúde (DATASUS) entre os anos de 2016 e 2017. As variáveis relacionadas foram:

IC, IAM, internações, morbidade hospitalar e ano de processamento. Resultados: O número de internações

por HAS nesse período de 2016 e 2017 foi de 116.889 enquanto que internações por IC foram de 422.413.

Em 2016, 59.499 internações foram por HAS e 214.460 por IC. Já em 2017, 57.390 foram por HA e

208.453 por IC. Embora a quantidade destas tivesse diminuída, as porcentagens com relação ao total das

internações para as patologias em questão continuaram similares no ano de 2016 e 2017 (Em 2016, 21,71%

para HAS e 78,28% por IC e, em 2017, 21,58% para HAS e 78,41% para IC). Logo, observou-se, nessa

amostra, que a prevalência de tais doenças permanece constante nos anos supracitados, apesar de que em

2016 o número de internações foi um pouco maior que em 2017. Conclusão: Dados norte-americanos de

2015 ratificaram que HAS estava presente em 69% dos pacientes com primeiro episódio de IAM, 77% de

AVE e 75% com IC (VILELA et al., 2011). Portanto, é imprescindível investir na prevenção e controle da

HAS, como mudanças no estilo de vida e melhor adesão ao tratamento medicamentoso, para que, assim,

reduza a incidência das complicações da HAS, evitando comorbidades associadas como a IC e

proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes.

Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Insuficiência Cardíaca, Internações.

Page 24: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Cuidados perioperatórios relacionados aos pacientes com doença de Von Willebrand.

Ludimila Mirella Cezar Neves; Mirely Anne Batista de Medeiros; Sabrina Soares de Figueredo; Yasmin

Meira Fagundes Serrano; Rodrigo Niskier Ferreira Barbosa.

Introdução: Doença de Von Willebrand (DvW), ou angiohemofilia, decorre de uma deficiência

quantitativa e/ou qualitativa do fator de Von Willebrand (FvW). É uma condição hereditária autossômica,

podendo ser dominante, em sua maioria, ou recessiva. A deficiência deste fator está relacionada com a

diminuição da adesão das plaquetas, impedindo que ocorra o tamponamento hemostático, resultando em

algumas manifestações clínicas como a epistaxe, menorragia, hemorragia gastrointestinal, sangramento

gengival e sangramento por tempo prolongado após cirurgias. Objetivos: Realizar uma revisão das

publicações sobre a Doença de Von Willebrand e os cuidados necessários durante o período perioperatório.

Metódos: Trata-se de um estudo descritivo realizado através de revisão das publicações científicas. Foram

empregados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Doença de Von Willebrand”, “Fator de Von

Willebrand”, “Fator VIII”, “Tampão Plaquetário”, “cirurgia”, “perioperatório”, nas bases de pesquisa.

Resultados: Os pacientes que têm a DvW, na maioria dos casos, manifestam efeitos plaquetários resultando

em acometimento clínico, sendo necessários cuidados específicos quando se considera um procedimento

cirúrgico. Os principais cuidados são: 1) Realizar anamnese completa para avaliar o comprometimento

cirúrgico e os riscos para o paciente, sendo relevante saber o histórico familiar de sangramentos cutâneos ou

em mucosas, o histórico de manifestações hemorrágicas e os hábitos do paciente; 2) Esclarecer todas as

dúvidas, inclusive mencionar o grau de risco, a possibilidade de sequelas no pós-operatório e os cuidados

necessários para haver contribuição do próprio paciente e da família durante o período perioperatório; 3)

Preparação do paciente, uso de antibióticos, antissépticos e a própria assepsia; 4) Promover hemostasia

temporária e definitiva; 5) A anestesia geral é preferível, pois pacientes com coagulopatias submetidos a

bloqueios do neuroeixo têm elevado risco de desenvolvimento de hematomas e de compressão de estruturas

neurológicas; 6) Associar a anestesia geral com a infusão da desmopressina (1-desamino-8-D-arginina-

vasopressina, DDAVP) uma hora antes da cirurgia, para os tipos 1 e 2A da DvW; 7) Evitar traumas durante

o procedimento cirúrgico; 8) Não utilizar fármacos que comprometam a adesão plaquetária; 9) Manter o

monitoramento dos níveis séricos do fator VIII mesmo após a cirurgia, sendo possível usar DDAVP

novamente durante o pós-operatório. Conclusão: O paciente portador da DvW requer cuidados específicos

em cirurgias de pequeno a grande porte através de técnicas adequadas para uma eficiente adesão

plaquetária, evitando disfunções hemorrágicas.

Palavras-chave: Doença de Von Willebrand. Coagulação. Perioperatório.

Page 25: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Crise hipertensiva evoluindo para edema agudo de pulmão: Relato de caso.

Juliana Jamaica Sousa da Silva; Débora Vieira de Melo Agra Duarte; Elias Balbino da Silva ; Laryssa

Pinheiro Marques; Thiago Vieira de Almeida Lima

Introdução:A crise hipertensiva é caracterizada por uma elevação rápida, vigorosa e sintomática da

pressão arterial, com níveis de pressão diastólica iguais ou superiores a 120mm/Hg, que pode cursar com

risco de lesão de órgão alvo e conseqüente risco de vida. A crise hipertensiva está dividida em urgências e

emergências hipertensivas, e uma das complicações clínicas comumente associada a crise hipertensiva é o

Edema Agudo de Pulmão Hipertensivo, que deve ser tratado imediatamente com furosemida, nitrato e

morfina, porém alguns anti-hipertensivos podem ter interação medicamentosa com outras drogas, podendo

ser potencialmente fatal. Relato de caso:Paciente do sexo masculino, 66 anos, hipertenso, portador de

doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e insuficiência cardíaca (ICC) deu entrada no serviço de

urgência apresentando pico hipertensivo (150 x 130 mmHg) com queixa de náuseas. Ao ser questionado

afirmou não adesão ao tratamento medicamentoso, consumo exacerbado de sal e uso de sildenafila na

última semana. Foi solicitado um eletrocardiograma (ECG) que indicou a presença de uma taquicardia supra

ventricular (TSV) estável, sendo realizada a manobra de Valsalva sem sucesso, sendo necessário

cardioverter o paciente com o uso de adenosina. No segundo ciclo a TSV foi revertida, administrado 2

ampolas de furosemida e dois comprimidos de captopril. Mesmo assim evoluiu com aumento da pressão

arterial (PA) e edema agudo de pulmão (EAP) de origem cardiogênica, sendo prescrita furosemida,

nitroglicerina, nitrato e morfina com rebaixamento do nível de consciência e posterior intubação orotraqueal

(IOT) que causou hipotensão que fez com que fosse usada droga vasoativa (noradrenalina em bomba de

infusão contínua (BIC)). Atualmente, segue intubado com controle da PA por medicação. Conclusão : Uma

das mais comuns interação medicamentosa em urgências e emergências hipertensivas é a interação do

sildenafil com o nitrato, ambos são vasodilatadores e o sildenafil amplifica a ação vasodilatadora dos

nitratos, podendo acarretar hipotensão grave, potencialmente fatal. Portanto, diante do caso acima relatado é

necessário conhecer a evolução natural da doença bem como as indicações, os benefícios, as interações

medicamentosas e as complicações associadas ao tratamento dessa enfermidade, com o objetivo de evitar

malefícios ao paciente.

- Palavras Chave: Emergência, Crise hipertensiva , Interação medicamentosa, Edema agudo de pulmão

Page 26: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Uso do protocolo efast (avaliação focada com ecografia para trauma estendida, em português) na

avaliação torácica: revisão de literatura.

Autor: Luís Felipe de Melo Silva; Coautores: - Andrew Pereira da Silva; José Daniel Chaves de

Menezes; Karlla Stephanie Alves e Silva; Pedro Érico Alves de Souza .

Introdução: A ultrassonografia a beira do leito é uma modalidade de exame de imagem que pode auxiliar

na avaliação do paciente vítima de trauma. Nessa perspectiva, o protocolo FAST permite a análise do

abdômen no politraumatizado em busca de fluido livre entre outras complicações. No entanto, o Extended-

FAST ou EFAST, amplia as buscas ecográficas para avaliar o trauma torácico, como a presença de

pneumotórax e hemotórax. Mas como o EFAST ajuda o médico a tomar uma decisão no ambiente de

emergência? Quais as dificuldades enfrentadas? Objetivos: Avaliar como o EFAST auxilia no diagnóstico à

beira do leito, bem como, os entraves que obrigaram médicos a usar outros métodos diagnósticos. Métodos:

Revisão de literatura com pesquisa nas bases de dados: Scielo, LILACS, ScienceDirect e PubMed. Foram

utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): avaliação focada com ecografia para trauma,

traumatismos torácicos. O operador booleano “AND” foi utilizado para restrição das buscas. Os critérios de

inclusão são: pesquisas ou relatos de caso, ter sido publicado entre 2015 e 2020 e fazer referência a

avaliação torácica. Após análise criteriosa foram encontrados 9 pesquisas e 3 relatos de casos. Foram

excluídos 3 artigos devido a data de publicação, por se tratar da avaliação exclusivamente abdominal ou por

excluir do estudo os pacientes traumatizados. Portanto, 6 artigos e 3 relatos foram selecionados.

Resultados: No trauma torácico, o EFAST permite a avaliação das membranas pleurais e pericárdica. Nesse

sentido, é possível notar experiências que demonstram alta sensibilidade e especificidade deste exame na

detecção de complicações, como pneumotórax, hemotórax e hemopericárdio. Além disso, o ultrassom

apresenta maior facilidade para avaliar crianças e pessoas não cooperativas quando comparado a

radiografia, menor custo e operação sem radiação ionizante. Porém, alguns problemas foram relatados com

o uso do EFAST: a possibilidade de confusão diagnóstica na presença de outras doenças pulmonares, como

o Enfisema Bolhoso Gigante, o que leva a preferência do uso da radiografia ou tomografia. O tamanho e a

localização do pneumotórax também são discutidos como um entrave, já que os menores podem não ser

localizados no EFAST. Por fim, médicos com baixo treinamento reduz a qualidade da avaliação.

Conclusão: O uso do EFAST na emergência é favorável para um ótimo desfecho clínico. Os problemas

relatados não devem desabonar uma ferramenta poderosa como o ultrassom e, pelo contrário, exigem mais

pesquisas e maior empenho da comunidade científica, seja para a melhoria dos equipamentos, seja para o

aperfeiçoamento do protocolo.

Palavras-chaves: avaliação focada com ecografia para trauma, ultrassonografia, traumatismos torácicos.

Page 27: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Análise sobre a importância do transporte aeromédico na Paraíba.

Autor: Alline Alana Alves de Albuquerque ; Coautor:Amanda Cacaes Modesto Accioly; Ana Vitória de

Sousa Melo ; Alicia Dantas de Oliveira Limas ; Bruna Tenório Melo Borges ; Edynnara Pryscilla Souza de

Melo Dantas .

Introdução: Sabe-se que a sobrevida de um paciente em situação grave é inversamente proporcional ao

tempo resposta e ao tempo de deslocamento até o tratamento definitivo. Mesmo em caso de sobrevivência, a

demora no atendimento irá determinar o nível das sequelas resultantes do atraso ou da ausência do primeiro

atendimento avançado. Ademais, a extensão territorial da Paraíba com grandes distâncias entre as cidades e

os hospitais centros de referencia para pacientes graves, requer uma importante ferramenta que melhore a

efetividade da prestação desses serviços de urgência e emergência em todo o Estado. Nesse contexto, o

serviço de transporte aeromédico utiliza o helicóptero como uma ferramenta facilitadora e importante, pois

alia o atendimento em áreas de difícil acesso ao transporte no menor tempo possível, tanto de materiais e

pessoal até o local da ocorrência, quanto das vítimas até os hospitais de referência. Todavia, é preciso levar

em consideração que o voo pode interferir nas condições fisiológicas do organismo e dessa forma expor o

paciente a riscos e fatores estressantes de voo que interfiram em seu estado de saúde, entre eles a hipóxia,

gravidade, aceleração, umidade do ar, temperatura, ruídos, vibrações, sobrecargas musculoesqueléticas e

fadiga de voo. Dessa forma, se faz necessário a presença de uma equipe médica com ações preventivas e

intervencionistas para sanar as possíveis alterações experimentadas pelo paciente durante o voo. Diante

disso, o transporte feito por aeronaves é considerado um suporte avançado de vida que requer uma equipe

de médicos e enfermeiros treinados com conhecimento da fisiologia de voo, bem como das possíveis

situações que os pacientes poderão ser expostos. Objetivo: A revisão da literatura teve como objetivo

buscar fontes que exemplificassem e descrevessem resultados positivos sobre a importância do transporte

aeromédico na Paraíba. Metodologia: Foi realizado de forma descrita, com a utilização de pesquisa

bibliográficas, tendo como fonte as seguintes bases de dados: SCIELO, Google acadêmico e PubMed, além

de informações disponibilizadas por unidades aéreas do setor de Segurança Pública. Resultados: Os

resultados apontaram que ainda existe carência quanto aos estudos, principalmente direcionados a Paraíba,

em virtude de ser um serviço implantado recentemente. Contudo, a análise dessa pesquisa, poderá expor a

relevância desse tema e fomentar a discussão sobre a importância da utilização dessa ferramenta para salvar

vidas e diminuir sequelas. Conclusão: Comparando e analisando a revisão de literatura concluímos que o

transporte aeromedico é um importante recurso capaz de diminuir os limites territoriais da Paraíba, no

tocante ao rápido atendimento especializado a pacientes em estado grave e seu deslocamento aos hospitais

de referência mais próximo.

Palavras-chave: Urgência; Helicóptero; Transporte aeromédico; Paraíba.

Page 28: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tratamento da sepse na sala de emergência.

Autora: Renata de Almeida Jansen; Coautores: Ana Luíza Nóbrega Freire Gaudêncio Cardoso ; Marília

Medeiros Marques Magalhães Dardenne ; Mariane Dantas Lima ; Larissa Batista de Melo ; Victor Petrucci

Ramalho Leite.

INTRODUÇÃO: Sepse é definida como uma síndrome de resposta inflamatória (SIRS), motivada por um

agente agressor, relacionada à infecção sistêmica. É uma condição clínica comum associada à elevada taxa

de mortalidade entre pacientes hospitalizados, inclusive na sala de emergência. Diversos sinais e sintomas

podem estar presentes, principalmente em pacientes graves e a precocidade do tratamento é peça-chave no

sucesso do mesmo. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e o impacto na mortalidade dos atrasos no

início da terapêutica antimicrobiana nos casos de sepse e choque séptico. MÉTODOS: Efetuou-se uma

revisão sistemática nas bases de dados SciELO e Revista Qualidade HC, em inglês e português, utilizando

os descritores “sepse” e “choque séptico”. RESULTADOS: O tratamento da sepse na sala de emergência se

baseia em princípios gerais e princípios específicos. Os gerais abrangem a monitorização, oxigênio e acesso

venoso; reposição volêmica; uso de drogas vasoativas (noradrenalina é a droga de escolha); ressuscitação

hemodinâmica; corticoide e terapia de substituição renal. O princípio específico diz respeito a buscar e tratar

a causa da sepse, por isso, se faz necessário a antibioticoterapia precoce, que deve ser administrada em até

uma hora da detecção do quadro. A cada hora de atraso na terapia antimicrobiana há uma redução na taxa de

sobrevivência de 7,6%. A escolha do antibiótico deve ser baseada em alguns critérios como: sítio da

infecção, uso prévio de antimicrobianos, comorbidades e patógenos locais. A resposta ao tratamento

depende de vários fatores: resposta do organismo à infecção, local e tipo da infecção, agressividade do

agente infeccioso, tipo e ação do antibiótico e desenvolvimento, ou não, de choque séptico. Esses são dados

que não podem ser avaliados de imediato e que só o tempo será capaz de identificar, portanto a resposta ao

tratamento da sepse só poderá ser avaliada após horas e, às vezes, dias depois da instituição da terapêutica

adequada. CONCLUSÃO: Os dados apresentados sugerem, portanto, que a administração antimicrobiana

empírica e de amplo espectro deve ser considerada componente intrínseco da ressuscitação inicial do

choque, sendo associada ao aumento da sobrevida até a alta hospitalar. Ademais, foi observado que apesar

deste aumento progressivo na taxa de mortalidade devido aos atrasos, apenas 50% dos pacientes com

choque séptico receberam terapia antimicrobiana eficaz dentro de 6 horas de hipotensão documentada.

Palavras-chaves: Sepse, sala de emergência, antibioticoterapia.

Page 29: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A utilização do fast para o diagnóstico na urgência e emergência.

Karen Abrantes Coura, Tobias Sampaio de Lacerda , Germana Marques da Nóbrega, Gabriel

Pereira Reichert, Júlia Marques Dantas Brandão, Rayanne Oliveira da Silva.

INTRODUÇÃO: O trauma é a principal causa de morte em jovens entre 1 e 44 anos, sendo também

responsável por um terço das internações de pacientes em unidade de terapia intensiva. Em virtude desses

números, desenvolveu-se um protocolo denominado FAST que utiliza a ultrassonografia para diagnóstico

precoce e monitorização de lesões potencialmente fatais, melhorando a morbidade e a mortalidade dos

pacientes no cenário da urgência e emergência. OBJETIVO: Identificar a importância da aplicação do

FAST para o diagnóstico precoce no atendimento inicial ao politraumatizado. METODOLOGIA: Trata-se

de uma revisão integrativa sobre o emprego do FAST na urgência e emergência. Realizou-se uma busca nas

plataformas PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), através dos descritores: “FAST”,

“urgência”, “trauma”. Critério de inclusão: disponível em texto completo, em português ou inglês, entre os

anos de 2015-2020 que abordassem sobre a temática. RESULTADOS: O protocolo FAST é útil na

detecção de líquido livre de cavidade abdominal, pericárdica e torácica. Em 2004, foi reportado uma

sensibilidade de 50% e uma especificidade de cerca de 99,1% no diagnóstico ecográfico de pneumotórax,

essa janela ecográfica foi incorporada ao FAST, que passou a se chamar EFAST (FAST estendido).

Entretanto, quando resultado negativo, não exclui a possibilidade de sangramentos retroperitoneais e de

vísceras ocas, visto que o aparelho não identifica esses locais. A prevalência do trauma abdominal fechado é

ainda desconhecida, mas há uma estimativa de uma prevalência internacional entre 6% a 65%, por isso a

detecção de líquido livre é de extrema importância, já que o objetivo do protocolo é reduzir o tempo de

decisão na conduta terapêutica. Outros exames utilizados para associar na detecção de líquido livre são a

punção peritoneal e a tomografia computadorizada, porém a ecografia associa-se a inúmeras vantagens em

comparação a esses outros dois métodos, uma vez que é um aparelho versátil, de fácil mobilidade, não

agressivo para o paciente, que possui baixo custo, além de possuir uma alta definição na imagem.

CONCLUSÃO: O método apresenta boa relação de custo-efetividade, alta acurácia e pouco risco para os

pacientes, mas está sujeito a erros de técnica, por ser examinador dependente. A utilização do protocolo

EFAST proporciona a rápida avaliação e o monitoramento dos pacientes traumatizados e em terapia

intensiva, facilita o diagnóstico de doenças ameaçadoras à vida e direciona as decisões da equipe, resultando

em melhores prognósticos para os pacientes.

Palavras-Chaves: Fast, Urgência, Trauma.

Page 30: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Principais causas dos atendimentos pediátricos realizados por um serviço de aph

móvel em Maceió- Al.

AUTOR: JOSÉ ARTHUR CAMPOS DA SILVA; COAUTORES: NAYARA COSTA ALCÂNTARA DE

OLIVEIRA; AIMÊ ALVES DE ARAUJO; BRUNA SIMÕES ROMEIRO; GUSTAVO MENDONÇA

ATAÍDE GOMES; ANA LÚCIA SOARES TOJAL

INTRODUÇÃO: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) foi instalado no Brasil após

criação da Política Nacional de Atenção às Urgências, a fim de melhorar o agravamento que os acidentes e a

violência urbana vinham trazendo ao Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, as causas externas que

mais acometem os pacientes pediátricos são as quedas, os acidentes automobilísticos, as queimaduras e

choques e os sufocamentos. Diante disso, estudos a respeito de atendimento pré-hospitalar para crianças e

adolescentes, por afecções externas e internas, são destacados por trazerem noções de grande importância

para a saúde pública. OBJETIVOS: Indicar as principais causas dos atendimentos pediátricos realizados

pelo SAMU de Maceió no ano de 2017. MÉTODOS: O trabalho descreve uma análise documental

quantitativa de dados em prontuários mantidos no SAMU de Maceió, com a determinação de incluir

pacientes com idade de 06 a 16 anos, de ambos o sexo e do ano de 2017. Diante da aprovação do Comitê de

Ética em Pesquisa, a análise foi iniciada na base centralizada do SAMU de Maceió. RESULTADOS: No

ano de 2017, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Maceió abordou 51.210 pacientes em seus

atendimentos. Desses, 643 prontuários foram de indivíduos que atendiam aos critérios de inclusão

determinados no estudo. Com o levantamento dos dados, foi possível indicar os principais agravos em

crianças que o SAMU de Maceió atende: 113 acidentes automobilísticos, 75 distúrbios obstétricos e 43

distúrbios neurológicos. Entretanto, 75 agravos não foram especificados, 86 causas clínicas não foram

caracterizadas e 23 causas traumáticas não foram indicadas, o que dificulta a determinação da

epidemiologia dos atendimentos pediátricos. CONCLUSÃO: Verifica-se, portanto, que a análise de dados

epidemiológicos sobre os atendimentos pediátricos feito pelo SAMU de Maceió é de grande valia para o

serviço público. Tendo em vista os resultados, estratégias devem ser empregadas para diminuir a

prevalência de acidentes automobilísticas em crianças, principalmente com ações sobre a importância das

medidas de segurança no trânsito. Também é importante difundir mias a prevenção da gravidez na

adolescência com o intuito de diminuir os distúrbios obstétricos nessa faixa etária. Além disso, o estudo

contribui com o serviço do SAMU de Maceió, trazendo informações para melhorar seu gerenciamento e

desenvolvimento das práticas profissionais.

PALAVRAS-CHAVE: Serviços Médicos de Emergência, Criança, Estatística.

Page 31: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O acolhimento do paciente geriátrico no atendimento emergência

Lara Alípio Pedrosa e como coautoras Ariana Lacerda Garcia, Beatriz Ribeiro Coutinho de

Mendonça Furtado, Gabriella de Figueiredo Falcão, Laís Nóbrega Diniz, Paula Gabriela Silva.

Introdução: A Geriatria é a especialidade médica destinada a cuidar do processo de envelhecimento e das

doenças envolvidas, atuando na prevenção e tratamento. Segundo o IBGE, no Brasil, a expectativa de vida é

de 74,6 anos. Projeções até 2050 estimam que o número de jovens continue a declinar, intensificando o

envelhecimento demográfico nacional e aumentando a demanda da necessidade de profissionais atuando no

domínio do âmbito emergencial. Pacientes acima de 60 anos, segundo o Estatuto do Idoso, devem ser

atendidos por uma equipe apta a lidar com idosos. Dessa forma, faz-se imprescindível um preparo dessa

equipe no pronto atendimento dos pacientes idosos e em seu acolhimento. Objetivos: Fazer uma revisão de

literatura acerca do acolhimento dos pacientes idosos e da qualificação dos profissionais de saúde no devido

preparo ao lidar com os enfermos, considerando a potencialidade na incidência de casos geriátricos no

atendimento da emergência. Metodologia: Esta revisão bibliográfica trata-se de um estudo qualitativo de

artigos seletivos e leituras exploratórias acerca da reflexão do atendimento emergencial aos pacientes

geriátricos. Resultado: O serviço de emergência propõe um ambiente dinâmico em que há necessidade na

agilidade da execução das tarefas, atendendo a gravidade e a proporção de pacientes que aguardam por

atendimento. Afirmando-se das limitações funcionais dos idosos, estes não recebem auxílio suficiente, na

realização de atividades básicas de cuidado, uma vez que não há uma atenção direcionada ao acolhimento

desses. A gestão no cuidado de idosos em situações crônicas e complexas exige serviços de saúde mais

integrados e completos, com modelos de cuidados de saúde que abordem suas carecias biopsicossociais,

investindo no processo de comunicação para o cuidado efetivo. Uma Pesquisa Convergente Assistencial

(PCA), desenvolvida no serviço de emergência de um hospital de referência no atendimento gerontológico,

constatou que a base do cuidado ao idoso é a humanização e respeito através de profissionais capacitados e

qualificados, cabendo uma reestruturação do processo de trabalho do serviço de emergência, possibilitando

uma atenção que atenda as devidas necessidades dos idosos na urgência. Conclusão: Os dados

disponibilizados pelo IBGE, relacionados ao aumento da expectativa de vida, evidenciam maior incidência

do número de pacientes geriátricos no Pronto Atendimento. Diante desta alta prevalência da urgência e

emergência geriátrica, e em demanda cada vez mais frequente, percebe-se uma necessidade de adequação e

de aumento da equipe multiprofissional desta, buscando atender as premências que englobam a atenção

voltada ao idoso e a melhor gestão dos recursos, oferecidos pelo Ministério da Saúde, junto aos

profissionais de serviço de urgência, visando uma abordagem social integrativa, humanizada e de

acolhimento.

Palavras Chaves: Emergência; Geriatria; Acolhimento.

Page 32: APRESENTAÇÃO PÔSTER

emergência

Rebeca Campelo Dantas de Lima; Thalita Ferreira Campos; Júllia Rocha Santos; Mariana Soares

Madruga Guedes Pereira; Layse Claudino de Souza; Alinne Beserra de Lucena Marcolino.

INTRODUÇÃO: A síndrome de Burnout é uma resultante dos altos níveis de estresse, sendo considerada

como uma reação à tensão emocional crônica motivada a partir do contato direto com outros seres humanos,

quando estes estão preocupados ou com problemas. Os profissionais de emergência, por sua própria

natureza e características de seu trabalho, revelam-se suscetíveis ao fenômeno do estresse ocupacional em

decorrência da responsabilidade pela vida e a proximidade com os usuários deste serviço para os quais o

sofrimento é quase inevitável. Assim, faz-se necessário refletir acerca das atividades laborais realizadas

pelos profissionais de emergência, uma vez que são caracterizadas por excessiva carga de trabalho, contato

com situações limitantes, alto nível de tensão e de riscos para si e para outros. OBJETIVO: Analisar e

discutir a produção científica acerca da Síndrome de Burnout em profissionais de emergência no período de

2012 a 2018. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura que buscou artigos nacionais e

internacionais na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como descritores as palavras

profissionais de emergência (emergency professionals) e Síndrome de Burnout (Burnout Syndrome), com

os filtros “texto completo”, “inglês” e “português”. RESULTADOS: Dos 16 artigos encontrados na referida

base, após leitura dos resumos, foram excluídos 04 estudos duplicados. Desta forma, o corpus foi

constituído por 12 artigos, sendo identificados dois principais eixos temáticos: A etiologia multifatorial da

Síndrome de Burnout e a Ilusão do constante altruísmo dos profissionais de emergência como potencial

desencadeante para a Síndrome de Burnout. Pela exigência atribuída a estes profissionais na dedicação e no

desempenho de suas funções, aumenta-se a possibilidade de ocorrência de desgastes emocionais em altos

níveis de estresse, tornando-os vulneráveis à cronificação do estresse ocupacional, além do que, as fartas

expectativas depositadas nesta área da profissão, visando o heróico ato de salvar pessoas e as respectivas

frustrações que acontecem durante suas vidas profissionais estão intimamente ligados ao acometimento

desta síndrome, que pode ser evidenciada a partir de 04 vertentes: física, psíquica, comportamental e

defensiva. CONCLUSÃO: Para mudanças positivas, mais pesquisas sobre a Síndrome de Burnout devem

ser realizadas, a fim de que ações preventivas e estratégias de enfretamento sejam baseadas em evidências

científicas sobre a abordagem e o tratamento que mantenham a saúde mental e a qualidade de vida do

profissional, para, só assim, alterarem as políticas de benefícios e os recursos humanos direcionados,

ofertando condições frente aos desafios a que estes profissionais são expostos diariamente.

Palavras - chaves: Síndrome de Burnout. Profissionais de emergência. Revisão integrativa da literatura.

Page 33: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Abordagem cirúrgica da ingestão de corpo estranho atípico: Relato de caso.

Autor: Ananda Nunes Magalhães Arruda ; Coautor: Alessa Cavalcanti Dantas.

A ingestão de corpo estranho (CE) não é uma raridade em centros de urgência e emergência, sobretudo

pediátricos, onde cerca de 75% dos casos ocorre em menores de 5 anos de idade, de forma acidental, sem

que o tutor tenha visto a ingestão. De 10 a 20% dos objetos ingeridos podem necessitar de remoção por via

endoscópica e 1% de intervenção cirúrgica. A urgência para diagnóstico e remoção depende de fatores, tais

como tamanho, forma e natureza do CE, da presença de sintomas e da localização no trato digestivo.

Criança, sexo masculino, 11 meses de idade, previamente saudável, deu entrada em serviço de referência

em pediatria Arlinda Marques em fevereiro com história de “engasgo” em dezembro de 2019 com disfagia

progressiva para pastosos, roncos, secreção nasal, dificuldade para mamar, dispneia e febre, já tendo

procurado outros serviços de saúde em 3 ocasiões anteriores. Foi realizada radiografia de tórax e tomografia

computadorizada do pescoço que evidenciou mola de pregador de roupa perfurando parede anterior do

esôfago logo após o esfíncter superior. Foram realizadas duas endoscopias para retirada do objeto, sem

sucesso, pois o mesmo estava aderido na parede esofágica, sendo encaminhada para cirurgia pediátrica. Foi

realizada uma cervicotomia em borda anterior do músculo esternocleidomastóideo, dissecção e reparo do

esôfago cervical, esofagotomia e remoção do corpo estranho na transição cervicotorácica, rafia da lesão por

dentro do esôfago com vycril 5-0, foi passada sonda nasogástrica e a síntese realizada com vycril 4-0,

drenagem de região cervical com penrose e fechamento por planos, deixando acesso central em veia

subclávia direita. Paciente evoluiu sem intercorrências e recebeu alta no 11o dia pós-operatório. A

impactação de objetos estranhos no esôfago ocorre principalmente a nível dos estreitamentos fisiológicos,

como esfíncter esofágico superior, impressão do arco aórtico e esfíncter esofágico inferior, muitos destes

podem ser tratados conservadoramente após passarem pela junção esôfago-gástrica. A maioria dos CE é

radiopaca, sendo de fundamental importância a realização de estudo radiográfico cervico-toraco-abdominal

com incidência póstero-anterior e de perfil na admissão, podendo confirmar a presença e localização do

objetos, auxiliando a avaliação da necessidade e urgência da remoção por via endoscópica ou cirúrgica. A

morbidade associada a ingestão de CE está associada principalmente à natureza do objeto que é ingerido,

sendo as principais complicações relacionadas a obstrução de via aérea, edema traqueal, estenose, erosão e

perfuração de órgãos, mediastinite, pneumotórax, hemorragia, fístula aorto-esofágica e migração para

estruturas adjacentes. Potenciais complicações inerentes ao CE são: tamanho maior do que 3 cm e presença

de extremidade pontiaguda.

Palavras-chave: corpo estranho, criança, cirurgia, esôfago, urgência.

Page 34: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Emergência hipertensiva: análise dos últimos 10 anos.

Rafaela Carneiro de Almeida Formiga; Ana Beatriz Freire Gadelha; Giovana Escribano da Costa; André

Bastos leite; Pedro Palitot Pereira Pedrosa; Victoria Carneiro de Almeida Formiga

Introdução: As emergências hipertensivas são ocorrências clínicas que podem representar mais de 25% dos

atendimentos de urgências médicas. É caracterizada por pressão arterial marcadamente elevada e sinais de

lesões de órgãos-alvo (encefalopatia, infarto agudo do miocárdio, angina instável, edema agudo de pulmão,

eclâmpsia, acidente vascular encefálico). A crise hipertensiva é a entidade clínica onde há aumento súbito

da PA (> 180 x 120 mmHg), acompanhada de sintomas, que poderão ser leves (cefaléia, tontura, zumbido)

ou graves (dispnéia, dor precordial, coma e até morte), com ou sem lesão aguda de órgãos-alvo. Se os

sintomas forem leves e não acompanhados de lesão aguda de órgãos-alvo, define-se a urgência hipertensiva.

Por outro lado, se os sintomas põem em risco a vida do paciente e refletem lesão aguda de órgãos-alvo, tem-

se então a emergência hipertensiva. Muitos pacientes também apresentam uma PA elevada demais, por não

usarem suas medicações, tratando-se apenas de hipertensão arterial sistêmica crônica não controlada.

Objetivo: Realizar uma análise retrospectiva sobre os casos de crise hipertensiva nas regiões brasileiras na

última década. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, com coleta de dados

obtidos Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), durante o período de janeiro de 2009 a janeiro de

2019, utilizando as variáveis faixa etária, região, óbitos, internações e taxa de mortalidade. Resultados:

Segundo dados do DATASUS, entre o período de janeiro de 2009 a janeiro de 2019, houve um total de

258.337.206,08 pacientes com crise hipertensiva. Esses pacientes foram mais prevalentes na região Sudeste

111.899.172,01 e possuem a faixa etária de 60 a 69 anos 60.796.172,36, em contrapartida os menos

prevalentes estão na região Região Centro-Oeste 17.784.421,86 e possuem a faixa etária de 1 a 4 anos

376.804,52. Em relação aos óbitos, eles foram maiores, proporcionalmente na região Nordeste 4.647, sendo

menores na região Sul com 591 e tendo um valor total de todas as regiões de 11.650. As Autorizações de

Internação Hospitalar por crise hipertensiva possuem um total de 778.133 nas cinco regiões. As

autorizações foram predominantes na região Nordeste com 287.335 e menores na região Centro-Oeste com

67.850. A região que apresenta a maior taxa de mortalidade é a região Sudeste (1,75) e a menor, região Sul

(0,80). Conclusão: Diante dos dados analisados, é notável que a região Sudeste possui um maior número de

casos devido à alta densidade demográfica. E como reflexo disso, essa possui também a maior taxa de

mortalidade. A região Nordeste possui, proporcionalmente à sua população, o maior número de óbitos. Ou

seja, isso ocorre devido ao seu sistema precário de saúde. Enquanto que a região Centro-Oeste, por sua vez,

apresentou o menor número de casos.

Page 35: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Emergências obstétricas: um olhar voltado para pacientes portadoras do diabetes

mellitus gestacional.

ANNA LUIZA F. DA CÂMARA1; BRENDA DE S. RIBEIRO

1; CAMILLE F. P. GOMES

1; MAX

MATIAS M. JÚNIOR1;

Introdução: A gravidez atribui um estado de resistência à insulina e hiperinsulinemia que pode causar em

algumas mulheres o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Em que ocorre devido a função pancreática da

mulher não ser suficiente para suplantar o ambiente diabetogênico da gravidez. Sendo definida como uma

intolerância à glicose que não estava presente ou reconhecida antes da gestação. A patologia tem causa

multifatorial e preconiza-se o rastreio precoce para que as medidas terapêuticas sejam realizadas a fim de

deter e retardar as complicações visando preservar a saúde e o bem estar da mãe e do filho. Objetivo: Esse

estudo configura-se pela carência de literatura a respeito das emergências obstétricas e a morbimortalidade

materno-fetal decorrente do DMG. Metodologia: A coleta de dados para revisão integrativa da literatura foi

consultada na base de dados de periódicos científicos: Pubmed, Scielo e Lilacs. Resultados: Estudos

demonstraram o impacto negativo da atividade da doença sobre a gravidez. Pré-eclâmpsia, cetoacidose

diabética, parto prematuro, hipertensão arterial, infecção no trato urinário, má formação fetal e macrossomia

são as principais complicações que podem ocorrer na gestação de uma paciente com o DMG. No Brasil,

estima-se que sua prevalência seja de aproximadamente 18% no Sistema Único de Saúde, de acordo com os

critérios diagnósticos propostos na literatura atual. Sendo assim, no âmbito emergencial, observa-se uma

maior frequência de gestantes com pré-eclâmpsia e cetoacidose diabética (CAD), na maioria das vezes são

decorrentes do DMG. É importante que os cuidados instituídos à paciente respeitem um atendimento

sequencial das situações que se relacionam diretamente com a gravidade do quadro. A CAD na gravidez é

uma emergência médica, semelhante à não gestante, que requer tratamento na unidade de terapia intensiva

devido à sua associação com a mortalidade materna-fetal. Sua ocorrência pode diminuir com o auxílio da

insulinoterapia e ao seu melhor controle metabólico. Em ambas as complicações, após as avaliações

médicas, pode ser solicitada a indução de trabalho de parto ou uma cesariana de emergência. Conclusão:

Sabe-se que o DMG é um problema que atinge muitas mulheres durante o período gestacional e que pode

ter impactos longevos na saúde da mãe e do feto. Tendo em vista o fato de que o DMG é multifatorial, se

faz necessário a realização de um pré-natal eficiente, capaz de identificar tal comorbidade e suas

complicações, no intuito de evitá-las o máximo possível. É por isso que a triagem, o diagnóstico e o

tratamento da hiperglicemia são prementes. Todavia, falta ainda muita pesquisa para compreender melhor

quais são os protocolos mais eficazes e econômicos, bem como em quais situações devem ser utilizados.

Espera-se que estudos futuros revelem quais seriam as melhores alternativas de gerenciamento, parecendo

certo que estão no foco destes a insulina, somada à terapia hipoglicêmica oral e à mudança no estilo de vida.

Palavras-chave: Gravidez, Hiperglicemia, Cetoacidose, Pré-eclâmpsia, Complicações.

Page 36: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tratamento da fibrilação atrial na emergência: cardioversão elétrica,

farmacológica e espontânea.

Autora: Amanda Laysla Rodrigues Ramalho; Co-autores: Ana Luiza Souza Matos, Lucas Lenine Dantas

Formiga, Maria Carolina Trigueiro Lucena Cavalcante, Raquel Xavier Rodrigues, Eleonora de Abrantes

Barreto.

Introdução: A Fibrilação Atrial (FA) é uma taquiarritmia supraventricular caracterizada por uma

incoordenação da atividade elétrica atrial. Está muito presente nos serviços de urgência e emergência,

representando quase 0,5% de todos os atendimentos nestes serviços. A terapêutica da FA no setor de

urgência inclui a restauração do ritmo sinusal, o controle de frequência cardíaca (FC) e a administração de

anticoagulação. Objetivos: Apresentar as principais formas terapêuticas da FA nos serviços de urgência e

emergência, com foco na Cardioversão (CV). Métodos: Trata-se de uma revisão literária que usou artigos

científicos do New England Journal of Medicine e dados do estudo RACE 7. Resultados: Quando um

paciente com FA é admitido no serviço médico de urgência deve- se observar, inicialmente, a FC, que se

não tiver menor que 100 bpm, deve ser normalizada com uma ou mais medicações, como bloqueadores de

canal de cálcio, betabloqueadores, digitálicos, ou amiodarona. Outra medida é definir o tempo de duração

dos sintomas, quando o tempo da FA for inferior a 48 horas, tem algumas opções: CV elétrica, CV

farmacológica (Propafenona ou Amiodarona); ou anticoagular o paciente e aguardar uma CV espontânea.

Nos casos em que a duração da FA for superior a 48 horas, deve ser iniciada a heparinização e a pesquisa de

trombos, uma vez que a CV só pode ser feita na ausência de trombos. O estudo RACE 7 avaliou 437

pacientes com FA sintomática de inicio recente (<36 horas) e com estabilidade hemodinâmica na sala de

emergência, os pacientes foram divididos em 2 grupos, sendo um de CV tardia com 218 pacientes e outro de

CV inicial com 219 pacientes. A abordagem de retardo da CV utilizou inicialmente medicação para controle

da FC, os pacientes eram reavaliados em 48 horas e, se a FA ainda estivesse presente, os pacientes eram

encaminhados para CV. No grupo CV com retardo, a conversão para ritmo sinusal dentro de 48 horas

ocorreu de modo espontâneo em 69% dos pacientes e após a CV em 28% dos pacientes. No grupo CV

inicial a conversão para ritmo sinusal ocorreu de modo espontâneo antes da CV em 16% e após a CV em

78% dos pacientes. O estudo concluiu que em pacientes na sala de emergência com FA recente sintomática

atrasar a CV foi não inferior a CV inicial em manter o ritmo sinusal em até quatro semanas e traz várias

vantagens para o pacientes: evitar as complicações da CV elétrica e farmacológica, diminuir o tempo de

permanência na sala de emergência e menos erros na classificação da FA persistente. Conclusão: É de suma

importância que algumas características sejam consideradas antes de escolher a opção terapêutica de um

paciente com FA na urgência; como o tempo de inicio dos sintomas, se faz mais de 48 horas ou não; o

estado hemodinâmico do paciente, a FC, a idade e se há presença de trombo.

PALAVRAS-CHAVE: fibrilação atrial, cardioversão, urgência e emergência.

Page 37: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Apresentação clínica e prevalência de crise hipertensiva nas emergências: uma revisão

da literatura.

AUTORA: Railane Sousa Arrais de Morais; COAUTORES: Sâmia Israele Braz do Nascimento ; Herbert

Lima Mendes ; Flaviana Ferreira de Oliveira; Cicera Luana Cruz Tavares; Taís Maia Landim

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam importante problema de saúde pública em nosso

país, constituindo-se, em 2000, a principal causa de morte no Brasil. Entre as doenças, encontra-se a

hipertensão arterial sistêmica. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência, o quadro clínico

e as lesões orgânicas envolvidas em uma crise hipertensiva. MÉTODOS: Trata-se de revisão de literatura

com busca eletrônica conduzida no período 2000 – 2017 utilizando como bases de dados MEDLINE,

Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e SciELO. Como estratégia de

busca, será adotada uma pesquisa avançada por meio de resumos com base nas palavras-chave: emergência,

hipertensão e lesões, representativas dos descritores da área da saúde. RESULTADOS: Foram atendidos no

setor de emergência clínico-cirúrgico, em 2000, 76.723 pacientes maiores de 18 anos de idade e no setor de

emergência clínica 26.429 casos, perfazendo 34,4% do total de atendimentos da emergência hospitalar. A

prevalência de crise hipertensiva correspondeu a 1,7% do total das emergências clínicas e 0,5% do total das

emergências clínico-cirúrgicas. Entre as urgências hipertensivas, 38% ocorreram nos homens e 62% nas

mulheres; enquanto nos casos de emergência hipertensiva, 55,3 % ocorreram nos homens e 44,7% nas

mulheres, observando-se predominância de casos de urgência hipertensiva nas mulheres. A maioria dos

casos de emergência hipertensiva correspondeu às lesões cerebrovasculares (58%), incluindo acidente

vascular encefálico isquêmico, acidente vascular encefálico hemorrágico e hemorragia subaracnóidea,

independente do sexo. CONCLUSÃO: Trinta e oito por cento dos casos de emergência hipertensiva

corresponderam a complicações cardiovasculares, incluindo insuficiência ventricular esquerda com edema

agudo de pulmão, infarto agudo do miocárdio e angina instável. Os sinais e sintomas mais comumente

encontrados, em ordem decrescente, foram cefaleia, tontura, dispneia, déficit neurológico e dor torácica. Na

urgência hipertensiva, cefaleia e tontura foram os sintomas mais comuns, enquanto na emergência

hipertensiva as manifestações clínicas mais frequentes foram déficit neurológico e dispneia. Crise

hipertensiva respondeu por 0,5% de todos os atendimentos de emergência do estudo e a 1,7% das

emergências clínicas, sendo a urgência mais comum que a emergência hipertensiva. Acidente vascular

encefálico isquêmico e edema agudo de pulmão foram as lesões em órgãos-alvo mais frequentes nas

emergências hipertensivas.

PALAVRAS-CHAVE: emergência, hipertensão, lesões

Page 38: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Intoxicação por cianeto e síndrome da angustia respiratória aguda após inalação de

fumaça – a propósito de caso clínico.

Autora: Taynah de Almeida Melo ; Co-autores: Luiz Gustavo César de Barros Correia; Anna Luiza Ribeiro

Coutinho Ummen de Almeida; Andréa Guedes Pereira Pitanga de Moura; Laercio Bragante de Araújo;

Paulo César Gottardo.

INTRODUÇÃO: A inalação de fumaça é uma importante causa de síndrome da angustia

respiratória aguda do adulto (SDRA); a severidade da injúria ao trato respiratório depende de

vários fatores, que incluem: tempo de exposição a fumaça, solubilidade dos gases, diâmetro das

partículas de fumaça. O manejo precoce de vias aéreas é um dos pilares da redução de

mortalidade neste grupo de indivíduos; além da lesão direta da mucosa respiratória, a inalação

de fumaça pode causar sinais sistêmicos, devido a intoxicação por monóxido de carbono e

cianeto. DESCRIÇÃO DO CASO: G.P., 49 anos, bombeiro militar; apresentou náuseas, vômitos e

rebaixamento do nível de consciência após ser exposto a fumaça, durante atendimento pré-

hospitalar (APH) pelo Corpo de Bombeiros; foi exposto durante 20 minutos, a partículas de

fumaça, durante incêndio de indústria alimentícia. Após o atendimento inicial as vítimas, o

mesmo passou a apresentar sintomatologias inespecíficas, náuseas e vômitos; evoluiu, em

poucos minutos, com insuficiência respiratória tipo I e submetido a intubação orotraqueal e

ventilação mecânica invasiva. Foi encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI); Foi

realizado a estimativa da Saturação de oxigênio da fração da oxihemoglobina na hemoglobina

total expressa e fração da meta-hemoglobina na hemoglobina total, beira do leito; com oxímetro

especifico; A gasometria arterial demonstrou fração de carboxihemoglobina de 20% (0,5-2,5%) e

meta-hemoglobina de 0,02% ( <3%); Recebeu assistência ventilatória, com manobras de

recrutamento alveolar, e titulação de parâmetros ventilatórios, e proporcionando a hiperóxia;

também recebeu cianocobalamina 100 mg/kg IV; submetido a broncoscopia flexível, realizando

diagnóstico de lesão térmica de vias aéreas inferiores e superiores; no 6º DIH, progrediu com

insuficiência renal aguda, sendo submetido a sessões de hemodiálise. Evoluiu com sepse de foco

respiratório, com isolamento de Pseudomonas aeruginosa. Recebeu tratamento com

carbapenêmicos. No 14º DIH, foi realizado traqueostomia. No 22º DIH, submetido a nova

broncoscopia e consequente decanulação traqueal. Alta hospitalar no 25º DIH, sem quaisquer

alterações. CONCLUSÃO: As lesões inalatórias são causas de mortalidade nos incêndios,

principalmente, nas populações expostas e bombeiros militares. O suporte ventilatório deve ser

imediato, sob o risco de impedimento de intubação orotraqueal, devido ao edema respiratório.

Deve ser encorajado a hiperóxia – para tratamento de intoxicação de monóxido de carbono;

além do uso de cianocobalamina para intoxicação de cianeto.

Palavras-Chaves: Intoxicação por cianeto, Lesão térmica, Queimadura.

Page 39: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Manejo da sepse na emergência: Síntese de literatura.

Autora: CABRAL, Kênia de Oliveira ; Co-autoras: BEZERRA, Rebeca Alves ; NOBRE, Isabelly Moura;

TENÓRIO, Laryssa Almeida .

INTRODUÇÃO: A sepse é uma patologia dinâmica que tem sua gravidade definida nos primeiros dias de

evolução. No Brasil, independente do foco infeccioso e da doença subjacente, a taxa de mortalidade é de

46,6% nos pacientes com sepse. Em UTIs não cardiológicas, esta é a principal causa de óbitos. Porém, as

medidas para o manejo da sepse ainda é cenário de muitas discussões e frequentes atualizações,

principalmente quanto às ações nas primeiras 72 horas, cuja evolução do paciente determinará uma maior

ou menor probabilidade de óbito. OBJETIVO: Investigar as atualizações dos protocolos internacionais

acerca do manejo de sepse na emergência. METODOLOGIA: O seguinte estudo foi realizado como uma

revisão bibliográfica tendo por campo de pesquisa as principais bases dados: PubMed, Scielo e Lilacs.

RESULTADOS: A sepse deve ser manejada com foco em três áreas: controle da infecção, estabilização

hemodinâmica com suporte orgânico, e imunomodulação. O controle da infecção consiste na coleta de

sangue para realização das hemoculturas e a administração do antibiótico ideal para o sítio de infecção,

preferencialmente em até 1 hora do diagnóstico. A estabilização hemodinâmica envolve o uso adequado de

fluidos e vasopressores, adaptados ao indivíduo. O manuseamento pode ser dividido em 4 fases principais:

salvamento, optimização, estabilização e redução no número de fármacos. No que diz respeito a modulação

da resposta à sepse, os corticóides são indicados devido a sua propriedade de modulação imunológica e

cardiovascular. Atualmente, os manuais da Surviving Sepsis Campaing preconiza o uso de hidrocortisona

intravenosa em um esquema de 200mg por dia, se e somente se, o paciente não estiver responsivo à

estabilização hemodinâmica com ressuscitação volêmica e vasopressores, e se posicionou contra o uso de

corticóides em baixas doses. Já o uso de antinflamatórios, não teve sua eficácia comprovada, todavia,

algumas pesquisas apontaram que a imunossupressão é eficaz no que concerne a postergar a morte de

pacientes com sepse, bem como o uso de interleucina 7 e inibidores de checagem, agentes que estimulam a

imunidade e atuam na redução da morbimortalidade. A ventilação por 16 horas em decúbito ventral nesses

pacientes também diminuiu os índices de mortalidade, bem como, a oxigenação por meio de membrana

extracorpórea. CONCLUSÃO: As indicações para cada fase da recuperação dessa condição pode ser

adotados pelo contexto tecnológico atual do Sistema Único de Saúde, não existindo, portanto, obstáculos

concretos para o uso dessa sistematização no cenário brasileiro, as ações necessárias para reduzir os índices

de morbi-mortalidade, sintetizar-se-ia no treinamento das equipes de saúde para garantir um diagnóstico e

tratamento ágil e preciso, além das reformas estruturais a fim de reduzir o tempo de transporte do paciente

para a UTI.

Page 40: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A carência de medidas de segurança para trm com a popularização do esporte.

Paulo Francisco Lucena de Araújo Espínola ; Davi Rodrigues de Sousa; Bruna Furtado Gambarra; Fernando

de Paiva Melo Neto; Maurício Vasconcelos Valadares Neto ; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola;

Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: O trauma raquimedular consiste em uma agressão à medula espinhal que pode acarretar em

danos neurológicos, afetando a função motora, sensitiva e/ou motora do indivíduo lesado. Acomete

principalmente o sexo masculino, com incidência de 4:1, entre 15 a 40 anos. As causas mais frequentes são

acidentes automobilísticos e quedas, entretanto, acidentes esportivos correspondem a uma indecência

considerável de 5 a 14% dos casos. Objetivos: Analisar os riscos de TRM em atividades esportivas e

incentivar a conscientização de medidas de segurança na prática de esportes. Metodologia: Estudo de

revisão sistemático qualitativo a partir de bases de dados como a Biblioteca Virtual Saúde (BVS), United

States National Library of Medicine (USNLM) e DATASUS, na língua inglesa e portuguesa. A coleta de

dados foi realizada no período de janeiro a 15 de fevereiro de 2020. Para viabilizar a coleta de dados foram

utilizados como descritores “Trauma medular and Traumatismos em atletas” e “Traumatismos medulares

and Prevenção e controle”. Dessa forma, a amostra foi composta por nove publicações. Resultados: Com o

crescente incentivo a adesão de práticas esportivas, maiores também são as lesões decorrentes dessas

atividades. Quando realizado sem a devida preparação e condicionamento, ou sem os equipamentos de

segurança necessários, o praticante torna-se mais susceptível a acidentes, que podem ser causados por força

de desaceleração repentina ou por compressão excessiva, torção, hiperextensão ou hiperflexão. Esportes

como esqui e snowboarding, mergulho, beisebol, futebol americano, além do Crossfit e de modalidades de

luta, que estão por franca popularização, são mais susceptíveis a lesões traumáticas, que agridem à medula

espinhal e, em decorrência, podem gerar danos neurológicos. As lesões raquimedulares podem ser causadas

pelo esforço prolongado ou por traumas agudos, mais comuns em esportes de contato. O médico em pronto

atendimento deve seguir as recomendações do Advanced Trauma Life Suport (ATLS), atentando para

estabilização da coluna cervical. É imprescindível a avaliação neurológica rápida após o trauma agudo, de

modo que seja possível prevenir lesões secundárias que agravem o quadro do atleta, ajudando a reduzir

complicações irreversíveis e melhorar as possibilidades de retorno esportivo. No entanto, disfunções

permanentes e anormalidades dos nervos periféricos, além de fusão vertebral acima do nível de C5 são

contra-indicações, mesmo após realização de tratamento, para o retorno ao esporte. Conclusão: Com a

popularização dos esportes e o estímulo a prática recreativa, é necessário atentar-se para possíveis lesões

decorrentes da falta de preparo e da realização de cuidados para a segurança da atividade. Além disso, a

presença de profissionais de saúde em eventos atléticos, desde os estratos amadores de competição,

configuram uma importante medida de prevenção e manejo de eventuais traumas raquimedulares.

Palavras-chaves: Trauma raquimedular, esporte, segurança.

Page 41: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Aspectos antipsicóticos e cardiovasculares do haloperidol na emergência.

Ana Clara Rufino Sampaio Mendes ; Byanka Eduarda Silva de Arruda ; Júlia Elizabete Nagrad de Farias

Albuquerque; Maria Luiza Silva Normandes ; Cibério Landim Macedo .

Introdução: O haloperidol é um fármaco neuroléptico incisivo amplamente empregado na emergência para

tratamento de distúrbios mentais de caráter agudo como agitação e agressividade devido ao seu tempo de

ação e via de administração. Apesar dos seus benefícios, o uso do haloperidol pode apresentar efeitos

colaterais, como distúrbios na condução elétrica cardíaca, além disso, já foram relatados episódios de

hipotensão e taquicardia, por isso, deve ser usado com certa cautela, especialmente em pacientes já

susceptíveis a essas alterações. Objetivos: Analisar os aspectos antipsicóticos do haloperidol e suas

interações cardiovasculares em pacientes da emergência. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica

com base em artigos em inglês e português publicados nos últimos 5 anos e indexados na Biblioteca Virtual

de Saúde, Scielo e Pubmed. Além disso, foram utilizados portarias e comunicados lançados pelo Ministério

da Saúde e a bula do medicamento aprovado para Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resultados: o

haloperidol é um potente bloqueador dos receptores dopaminérgicos centrais, apresentando ação incisiva

sobre delírios e alucinações, apresentando um bom custo benefício, apesar dos seus efeitos adversos.

Destarte, apesar dos efeitos cardiovasculares não serem comuns, há casos em que o haloperidol provocou

um prolongamento no intervalo QTc e/ou arritmias ventriculares quando administrado em doses mais

elevadas via endovenosa e em pacientes predispostos. Ademais, pode provocar taquicardia, hipotensão,

contrações coordenadas/descoordenadas rápidas do músculo cardíaco, que rapidamente podem levar a morte

se não tratadas. Assim, deve-se haver cautela da equipe de emergência em pacientes com condições de

intervalo QT prolongado (síndrome QT, hipocalemia, desequilíbrio eletrolítico, fármacos que prolongam o

intervalo QT, doença vascular ou histórico familiar dessa condição), além de estarem preparadas para

identificar e para fazer o manejo de tais efeitos adversos de forma ágil. Dessa forma, deve-se acompanhar os

sinais vitais e o ECG desses pacientes até que estejam fora de risco, realizar medidas antiarrítmicas e

hemostáticas adequadas; ainda atentar-se à interação medicamentosa da adrenalina com o haloperidol, que

pode causar hipotensão grave. Conclusão: Dado o exposto, é perceptível que o uso do haloperidol em

situações de emergência deve ser analisado com atenção pela equipe de plantão, pois apesar de causar um

rápido efeito necessário em situações críticas que envolvem o controle comportamental, este fármaco, por

outro lado, também é propício a provocar diversos efeitos adversos importantes, tais como os

cardiovasculares, sendo assim importante o conhecimento desses fatos pela equipe para proporcionar o

tratamento apropriado para cada paciente.

Page 42: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A depressão como fator de vulnerabilidade para comportamentos suicidários: uma

revisão de literatura.

Beatriz Ribeiro Coutinho de Mendonça Furtado, Flaviana Ribeiro Coutinho de Mendonça

Furtado, Matheus Lima Dore.

Introdução: O suicídio vem sendo responsável pela morte de mais de 800.000 pessoas a cada ano, de

acordo com a Organização Mundial da Saúde, tornando-se uma das principais causas de morte no mundo. O

crescimento das taxas de suicídio nos últimos vinte anos aumentou entre 200% a 400%, sobretudo em

jovens e, independente da delimitação precisa desse índice, sabe-se que ele está aumentando

consideravelmente. Há um amplo conjunto de fatores de risco para o comportamento suicida, dentre eles, o

mais frequentemente apontado é a existência de transtornos mentais, sobretudo depressão. Objetivos:

Refletir sobre o suicídio exitoso em consequência das perturbações de humor, como a depressão.

Metodologia: Esta revisão bibliográfica teve caráter qualitativo baseado nas leituras exploratórias e seletivas

de artigos referentes ao tema proposto, publicados nas bases de dados LILACS e Scielo, no período de 2017

a 2020. Foram selecionados seis artigos, considerando os seguintes critérios: revisão dos trabalhos que

estudaram o suicídio e a depressão. Resultados: As perturbações do humor (particularmente a depressão), o

consumo de substâncias de abuso, a esquizofrenia e as perturbações da personalidade são conhecidos como

os principais diagnósticos psiquiátricos associados aos comportamentos suicidários. A depressão é

caracterizada principalmente por longos períodos de tristeza que afetam o pensamento e o comportamento

das pessoas, a perda de interesse pelas atividades, afeta os hábitos alimentares, os hábitos de sono, leva à

incapacidade de experimentar prazer ou se divertir. Em consequência, quando em casos graves, levam à

comportamentos suicidários, os quais constituem qualquer ato através do qual um indivíduo causa lesão em

si mesmo, independentemente do grau de intenção letal. Os comportamentos autolesivos são considerados o

principal preditor para o suicídio. Nos suicídios exitosos, o método mais utilizado no Brasil é o

enforcamento, seguido da morte por projétil de arma de fogo. Nesse sentido, o tratamento ao portador de

transtorno mental grave requer múltiplas intervenções, entre as quais a terapêutica medicamentosa,

buscando a recuperação do melhor estado de saúde, o alívio dos sintomas e a redução de incapacidades e

recaídas. Conclusão: Considerando o panorama supracitado, é possível concluir que episódios depressivos

graves podem levar à tentativa de suicído, necessitando de atendimento psiquiátrico imediato, considerando

que o paciente apresenta risco de morte.

Palavras chaves: Suicídio; Depressão; Perturbação de humor.

Page 43: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Atendimento dos serviços móveis de urgência no brasil frente a emergências

psiquiátricas: uma revisão literária.

Autor: Thássia Rachel Brito de Figueiredo Almeida; Coautores: Jefferson Alain Emiliano e Melo; Thayse

Rachel Brito de Figueiredo Almeida; Rafaella Fiquene de Brito Filgueira; Matheus Crispim Mayer

Ramalho; Estephanye Vasconcelos Nunes de Farias

INTRODUÇÃO: Emergências psiquiátricas são alterações agudas do comportamento, do pensamento, do

humor ou das relações sociais, necessitando de uma intervenção médica imediata, devido à possibilidade de

evolução rápida para um resultado maléfico. Como consequências negativas, podem ocorrer risco à

integridade física do paciente e outras pessoas, intenso sofrimento psíquico, perda da autonomia, dentre

outros. Os serviços de assistência no atendimento à crise são prestados pelos componentes integrados da

Rede de atenção Psicossocial (RAPS). O atendimento na crise pode ser realizado, dentre outros, pelo

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). OBJETIVOS: Analisar a produção científica

nacional acerca serviços de atendimento móvel de urgência frente às emergências psiquiátricas.

MÉTODOS: Realizou-se revisão literária, sendo identificados artigos nas bases Llilacs e Scielo. Incluíram-

se revisões literárias, analisando o atendimento dos serviços móveis de urgência frente a emergências

psiquiátricas. Excluíram-se os estudos duplicados, teses e artigos que não constavam na íntegra.

RESULTADO: Diante disso, o SAMU deve prestar atendimento inicial à pessoa em crise psíquica em

domicílio, em via pública, ou quando precise ser transferida de uma UBS para o atendimento especializado

em saúde mental: CAPS ou os hospitais gerais. Mesmo que a equipe de urgência/emergência esteja

preparada para atuar em situações de crise, é comum haver carência de conhecimentos específicos,

tornando-se um problema de saúde de difícil abordagem para as equipes. Há dificuldades de acesso aos

serviços do SUS para pessoas em situações agudas, visto que ainda há o pensamento social de que o doente

mental representa periculosidade, sendo estigmatizado e sofrendo preconceito. Em virtude disso, há a

necessidade de qualificação das práticas de cuidado nas situações de crise psíquica em serviços

emergenciais. CONCLUSÃO: O atendimento psiquiátrico de emergência se torna, muitas vezes, a porta de

entrada do paciente no sistema de saúde. A assistência prestada pelo serviço de atendimento móvel de

urgência no Brasil às pessoas em situação de crise psíquica, tem como principal desfecho o

encaminhamento para as unidades hospitalares. É essencial que os profissionais que atuam no SAMU

durante o atendimento a uma pessoa em crise psíquica, compreendam que vários aspectos podem ocasionar

um desequilíbrio mental, desde uma descompensação psicopatológica até os fatores de stress da vida

quotidiana. Assim, é fundamental ter uma definição clara do problema, buscando o paciente e a família

como parceiros, o diálogo e a escuta qualificada. Desse modo, os profissionais saberão lidar melhor com o

comportamento e a situação psicossocial do indivíduo em crise e da sua família.

Page 44: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Delirium: conscientização de uma emergência clínica subdiagnosticada.

ANDREZA N. REMÍGIO¹; BRENDA DE S. RIBEIRO¹; MAX MATIAS M. JÚNIOR¹;

Introdução: Delirium é uma síndrome definida pela Sociedade Americana de Psiquiatria como

"um distúrbio de consciência e uma mudança na cognição que se desenvolve em um curto período

de tempo". Logo, é uma disfunção cerebral transitória, resultando em um declínio agudo e

reversível na atenção e cognição. O delirium ainda pode se manifestar clinicamente nas formas

hiperativa, hipoativa ou mista. Ele ocorre com frequência no ambiente hospitalar, particularmente

na terapia intensiva, além de unidades de cuidados pós-operatórios e paliativas. Isso acontece pois

ele depende de inter-relações complexas entre pacientes vulneráveis com vários fatores

predisponentes e exposição a insultos nocivos ou de fatores precipitantes. Objetivo: O propósito

deste trabalho foi mostrar como reconhecer essa doença subdiagnosticada Informar e conscientizar

profissionais da saúde, familiares e pacientes sobre o delirium.. Metodologia: Estudo realizado por

meio de uma revisão integrativa da literatura, com base em artigos encontrados com os descritores

“delirium” e “demência” nas bases de dados Scielo.br e PubMed. Resultados: Os estudos mostram

uma elevada incidência de delirium nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), eles demonstram

que este agravo neurológico é visto em 21% a 79% dos pacientes críticos, sendo mais frequente em

pacientes submetidos à ventilação mecânica. Porém, devido a falta de conhecimento dos

profissionais de saúde sobre a patologia, ela permanece subdiagnosticada em cerca de 25% dos

pacientes. Enfermos internados, principalmente os idosos, apresentam uma predileção maior para

desenvolvimento dessa doença, acarretando um prolongamento da internação, do custo de

tratamento, além de prolongar a recuperação hospitalar e domiciliar. Assim, faz-se necessário

estabelecer um protocolo de atendimento ao paciente, com o intuito de saber identificar e tratá-lo o

mais previamente possível. Quando o agente causador responsável pelo delirium é identificado, a

terapia específica direcionada para essa condição é o meio mais adequado de reverter o quadro

clínico. Dentre as quais, pode-se optar por um tratamento farmacológico com antipsicóticos ou

benzodiazepínicos. Conclusão: O delirium ainda é constantemente não diagnosticado e mal

investigado em pacientes críticos que se apresentam nos serviços de emergência. Isso indica a

necessidade de mais educação e treinamentos pelos profissionais. É uma síndrome que ocorre com

mais frequência em idosos, durante dias ou semanas. Além disso, é importante que sejam

realizadas investigações que identifiquem os fatores de risco dessa doença e disponha de

protocolos de avaliação dos pacientes, que possam proporcionar um diagnóstico precoce e uma

maior qualidade na assistência. Somente com a conscientização acerca dessa enfermidade que

pacientes poderão receber um tratamento eficaz e com índice de sucesso.

Palavras-chaves: Demência, Desordens psiquiátricas, Idosos, Pacientes críticos, UTI.

Page 45: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Etapa inicial na emergência clínica para sedação farmacológica de pacientes agitados ou

violentos secundários à psicose aguda.

Breno Mangueira Dantas; Dante Oliveira de Assis; Laíse Carvalho Pereira Buriti; Laryssa Maria Martins

Morais; Matheus Rodrigues de Souza – Coautor; Paloma Sousa Barbosa.

INTRODUÇÃO: Psicose é uma condição psiquiátrica definida como perda de contato com à realidade,

sendo estimado que 13 a 23% da população experimente sintomas psicóticos durante algum momento da

vida, e desses 1 a 4% poderão entrar nos critérios diagnósticos de distúrbio psicótico. Os sintomas

psicóticos podem aumentar o risco dos pacientes prejudicarem a si mesmos ou pessoas ao seu redor,

especialmente no quadro de crise aguda, o qual pode se manifestar com agitação extrema e violência.

Nesses casos, é necessário identificação precoce do quadro para realização do manejo inicial correto

visando ao controle do paciente através da sedação. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática

acerca do processo de sedação no manejo inicial da emergência clínica de pacientes agitado ou hostil

secundários à psicose aguda. MÉTODOS: Foi realizada uma busca nas bases Scielo®, Pubmed

®, UptoDate

®

sobre o controle inicial de pacientes agitados ou violentos devido psicose aguda através da sedação, tendo

sido selecionados 4 artigos que abrangeram os critérios de inclusão. RESULTADOS: A sedação

farmacológica em pacientes em quadro de psicose aguda com atos de excitação incontrolável ou postura

agressiva grave deve ser realizada no manejo inicial da emergência naqueles pacientes que não respondam

às técnicas verbais de controle. A escolha da medicação sedativa inicial deve-se basear na velocidade de

ação, efetividade do meio de administração e possibilidade de efeitos adversos. Para controle do paciente, o

ideal é a administração de um antipsicótico de primeira geração (haloperidol ou droperidol) ou o uso de

antipsicótico de segunda geração (olanzapina, risperidona ou ziprasidona) como escolha alternativa,

obtendo resolutividade para tranquilização do paciente. Não menos importante, o clínico deve considerar as

potenciais dificuldades e tempo necessário para uso de cateter intravenoso quando optar por essa via de

inoculação visando um efeito mais rápido. CONCLUSÃO: Pacientes com distúrbio psicótico em quadro

agudo, que apresentem sinais de agitação incontrolável ou atos de violência devem ser reconhecidos

clinicamente de forma precoce e submetidos à sedação na emergência, havendo fortes evidências que a

opção ideal se baseia no uso dos antipsicóticos de primeira ou segunda geração.

Palavras-Chave: Agitação Psicomotora; Sedação Consciente; Transtornos Psicóticos; Violência.

Page 46: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Abordagem das intoxicações exógenas medicamentosas nas emergências psiquiátricas.

Tânia Regina Ferreira Cavalcanti; Dhiana de Sousa Dantas Pragana; Ana Vitória de Sousa Melo, Eluiza

Helena de Albuquerque Rocha Garcia, Letícia Pordeus Gonzalez, Rafaela Maia de Oliveira Moraes.

Introdução: Intoxicação é um desequilíbrio do sistema nervoso central (SNC) e de outros sistemas, devido

ao uso de alguma substância. A intoxicação exógena medicamentosa é comumente usada nas tentativas de

suicídio. Dessa forma, é necessário que o médico da emergência tenha consciência de que o pronto socorro

é o local do atendimento primário de muitos pacientes, sendo sua prioridade desintoxicar, mas, além disso,

seguir os protocolos de encaminhamento psiquiátrico. Há várias formas de causar intoxicações agudas

através da ingestão de medicamentos, a exemplo do uso exacerbado de benzodiazepínicos e opioides.

Objetivo: Destacar a importância dos protocolos médicos referentes a intoxicações exógenas

medicamentosas, frente às emergências psiquiátricas. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura

utilizando como base científica o SCIELO. A busca foi realizada utilizando os descritores: intoxicação

exógena e emergência. Foram incluídos 6 artigos publicados nos últimos dez anos. Resultados: Os

benzodiazepínicos são depressores do SNC e embora dificilmente induzam ao coma profundo e ao óbito,

quando utilizado de forma isolada, o paciente pode necessitar de ventilação assistida. Com o consumo de

altas dosagens pode haver hipotonia muscular, falta de equilíbrio, hipotensão, perda da consciência, e em

situações extremas, coma e óbito. Ademais, o consumo de opioides também é bastante frequente nas

tentativas de suicídio e o procedimento a ser seguido depende do nível da intoxicação. A superdosagem

deverá ser apontada diante de sinais de constrição da pupila e bradicardias acentuadas, depressão

respiratória, inconsciência ou coma, levando o paciente a ser internado e assistido ventilatoriamente. O

protocolo realizado pelos médicos na abordagem ao paciente com tentativa de suicídio consiste em realizar

avaliações clínicas, com atenção especial para os sinais vitais, estado de consciência, tônus muscular e

avaliação pupilar, além disso, medidas gerais de suporte. Se houver intoxicação, o médico deverá considerar

lavagem gástrica e/ou carvão ativado, hiperidratação, e alcalinização da urina, caso não haja intoxicação,

avaliar parâmetros fisiológicos, caso estejam estáveis, analisar fluxograma, não estando regular, admissão

em UTI. Além disso, faz-se necessário o médico acionar uma equipe voltada ao acompanhamento

psicológico do paciente. Conclusão: É notório que todos os artigos evidenciam a intoxicação exógena por

benzodiazepinicos e opioides como uma causa prevalente de atendimento em emergências médicas, o que

resulta em uma fatalidade. Assim, a necessidade de uma terapêutica rápida e sistematizada ao tratamento,

bem como a abordagem dos transtornos psiquiátricos subjacentes é imprescindível para a resolução do

quadro do paciente.

Palavras-chave: emergência, intoxicação exógena, medicamentos.

Page 47: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Eficácia do treinamento teórico-prático em reanimação neonatal frente o primeiro

minuto de vida de recém-nascidos à termo: uma emergência na sala de parto.

Renata Maria Santos de Freitas; Daniel Meira Nóbrega de Lima; Julia Domingues Morales; Lucas Henrique

Palpitz Mendes; Valderez Araújo de Lima Ramos.

Introdução: O primeiro minuto de vida de um recém-nascido consiste num processo de rápidas e

significativas mudanças fisiológicas para adaptar-se a vida extrauterina. É um momento importante de

transição cardiorrespiratória, pois é nessa fase que ocorre a oxigenação alveolar e o bebê sozinho efetiva a

hematose, estabilizando seus parâmetros de vitalidade. Logo, esse poderá necessitar da assistência

profissional para realizar essa trajetória, e garantir parâmetros adequados, devendo o profissional estar apto

a auxiliá-lo durante essa fase de forma ágil e desenvolto, utilizando as técnicas adequadas e os

equipamentos disponíveis. Objetivo: Avaliar a aquisição de habilidades, conforme treinamento teórico-

prático emergencial em sala de parto no contexto da reanimação neonatal, exercidas por internos de

medicina, no primeiro minuto de vida de recém-nascidos por meio de cenário simulado. Método: Trata-se

de um estudo longitudinal prospectivo realizado entre junho a dezembro de 2019. A amostra foi por

conveniência, composta por 90 alunos do internato médico, em grupos de 13 por mês, que eram submetidos

a testes iniciais, seguidos de 6 horas de treinamento ministrado por alunos, habilitados por docentes

especialistas vinculadas a Sociedade Brasileira de Pediatria. Em seguida aplicou-se simulações de casos, e

posteriormente novos testes teóricos, o qual avaliou a capacidade de execução das manobras de reanimação

neonatal. Os dados foram analisados pelo software SPSS IBM 25.0, que estatisticamente identificou os

percentuais de acertos e erros dos alunos após as simulações. Resultados: O cenário foi estruturalmente

equipado com bebês simuladores e kits de materiais, após o treinamento realizou-se teste de múltipla

escolha contendo 15 questões. Os resultados foram de 92% de acerto das questões. Sendo observada uma

maior dificuldade, relacionada a fixação das doses medicamentosas, com 84% de acertos. Porém, se o

acadêmico treinado conseguiu atingir o primeiro minuto com sucesso, utilizando apenas equipamentos não

invasivos, seguindo o protocolo da SBP como visto em simulação, logo não necessitaria da infusão de

drogas, pois apenas 1 a cada 100 bebês necessitam de intubação orotraqueal e uso de medicamentos ao

nascimento. Conclusão: Ao submeter-se a esse treinamento, o discente torna-se apto a garantir as manobras

adequadas, em tempo hábil, com eficiência. Sendo capacitado para atuar nos cenários de emergências

neonatais e pediátricas, sejam esses hospitalares ou não. Ademais, existem situações, as quais o parto ocorre

em ambientes desestruturados, e/ou durante o percurso de deslocamento, distante da realidade de hospitais

equipados com aparato de primeira linha, estando o médico recém-formado alocado para atuar com sucesso.

Palavras-chave: Reanimação neonatal, Vitalidade, Recém-nascido, Simulação

Page 48: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Acidente com Botrópico no Cariri Oriental Repercutindo para Insuficiência Renal Aguda.

Rayan de Freitas Souza; Débora Vieira de Melo Agra Duarte ; Rodolfo Igor Nunes Araújo ; Juliana Jamaica

Sousa da Silva.

Introdução:Os acidentes ofídicos foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista de doenças

tropicais negligenciadas, já que acometem principalmente as populações mais carentes e que vivem,

principalmente, na zona rural. As serpentes do gênero Bothrops (Jararaca) são responsáveis pela maior parte

de acidentes ofídicos com alta morbimortalidade no Brasil, sendo registrados os maiores coeficientes de

letalidade entre todos os acidentes ofídicos. Os valores relacionados a piores desfechos se devem rápida

evolução dos pacientes para Insuficiência Renal Aguda (IRA) e coagulopatias. Essa espécie pode ser

encontrada no Cerrado, Mata Atlântica e áreas antrópicas, principalmente em áreas rurais. Os acidentes

ofídicos se devem principalmente pelo crescimento populacional e povoamento irregular do habitat natural

do animal, principalmente sítios e pequenas casas na zona rural. O tratamento específico para acidentes com

botrópicos é feito com o Soro Antibotrópico (SAB) e de acordo com a gravidade do quadro ou falta do SAB

pode administrar o Soro Antibotrópico-crotálico (SABC). Também podem ser adotadas medidas gerais que

incluem hidratação para prevenir IRA, analgésicos, antitérmicos, drenagem postural do segmento picado,

entre outros. Mesmo com o tratamento adequado, podem ocorrer complicações principalmente se o tempo

entre a picada e a administração do soro for superior a 12 horas. Descrição do caso: Paciente do sexo

feminino procura serviço de saúde de referência para acidentes ofídicos após picada por Jararaca no Cariri

do Estado mais de 12 horas após o incidente. Sua diurese era positiva sem sonda, em pouca quantidade e

coloração avermelhada, o sangue estava incoagulável, por isso não foi possível medir o tempo de

coagulação, além disso seu hemograma estava alterado apresentando anemia e leucocitose. Após 4 dias a

paciente ainda apresentava rosto edemaciado, equimose no local da picada, no braço e na coxa e

deambulava com auxílio. Foram administradas 18 ampolas de SAB por erro dos profissionais de plantão, já

que o correto são 12 ampolas e se não houver melhora em 24 hrs pode-se fazer mais 2. Devido à

extrapolação da quantidade de ampolas de SAB foram utilizadas medidas de suporte para reversão dos

sinais e sintomas. Mesmo com o tratamento correto, no segundo dia de internação a sua diurese foi mínima

fazendo com que fosse fechado o diagnóstico de IRA decorrente do acidente ofídico. Foi submetida a uma

hemodiálise e apresentou resposta no dia seguinte, voltando a urinar de forma satisfatória. Apesar dessa

melhora, a paciente continuou internada para observação dos sinais. Após 7 dias de internação novos

exames laboratoriais foram requisitados (Creatina e ureia) para testar a função renal. No dia posterior ao

teste e vendo que o estado geral da paciente era bom e sua função renal estava normal, o médico de plantão

liberou a paciente para sua residência. Conclusão: Com base nesse caso, vê-se a necessidade de expandir

informações sobre os acidentes ofídicos no país pois ainda há um baixo conhecimento por parte da

população sobre as condutas necessárias para minimizar complicações. Também é importante que os

profissionais de saúde atualizem-se em relação aos guidelines de tratamento com SAB e SABC para que

não hajam erros básicos que por ventura possam piorar o quadro do paciente.

Palavras chave: Ofidismo, IRA, Serpente, Coagulopatia.

Page 49: APRESENTAÇÃO PÔSTER

As manifestações tegumentares presentes na Doença do enxerto versus hospedeiro (DEVH),

uma emergência oncológica.

Lara Dayane de Medeiros Leite; Rafaela Lúcio Moraes de Almeida ; Alberto José de Almeida Santos Filho

; Fabricia Epaminondas Pereira ; Lívio e Vasconcelos do Egypto.

Introdução: A DEVH é uma síndrome sistêmica que ocorre em pacientes após transplante de medula óssea

(TMO) através de uma fisiopatologia complexa que envolve o reconhecimento de antígenos e ação de

linfócitos T, e atacam células e tecidos do organismo receptor. Sendo assim, é a maior complicação primária

do TMO alogênico. Pode ser aguda, caracterizando-se pela morte celular epitelial na pele, no trato

gastrointestinal e fígado, e crônica, que é caracterizada pela fibrose e atrofia de 1 ou mais órgãos alvo. Sua

mortalidade é superior a 30%. Ambas podem ser fatais. O diagnóstico é feito desde o acompanhamento com

hematologista e oncologista, na forma aguda, até biópsia de 1 das lesões para avaliação histológica, na

forma crônica. As manifestações cutâneas acometem ambas as formas e necessitam de tratamento precoce

devido a sua morbidade e piora da qualidade de vida do paciente.

Objetivos: Este estudo tem por objetivo relatar sobre uma emergência em pacientes oncológicos, assim

como apresentar suas manifestações primárias, reunindo informações necessárias para que tal condição

tenha seu diagnóstico feito precocemente. Metodologia: Pesquisa de natureza bibliográfica, onde foi

utilizado o banco de dados Scientific Electronic Library Online e selecionado trabalhos a partir da busca

com os Descritores em Ciências da Saúde: DEVH, oncologia e emergência. Como critério de seleção

adotou-se os trabalhos que satisfaziam o tema e que estavam disponíveis na íntegra, onde totalizou 4

trabalhos de relevância. Resultados: As manifestações cutâneas na forma aguda são, em geral, o 1º sinal,

ocorrendo entre o 7º e 21º dia. Pode ser graduada de acordo com a gravidade em 4 estágios e seu

prognóstico está relacionado com tal graduação e são caracterizadas por eritema nas palmas e plantas,

precedido por sensação de queimação ou prurido, que pode se estender a exantema em tórax, pescoço e

região malar. Pode haver ainda um quadro cutâneo que se assemelha à necrólise epidérmica tóxica. Na

forma crônica, as manifestações ocorrem após 3 meses, tendo ou não a forma aguda previamente, e as mais

comuns são liquenóide, esclerodermóide e vitiligóide. Além disso, é frequente a ceratose folicular extensa, a

alteração de fâneros com distrofia ungueal e alopecia permanente do couro cabeludo. A profilaxia é feita

com imunossupressores como corticoide, ciclosporina e metrotexate de forma combinada. Em casos leves é

utilizado anti-histamínicos orais e corticoides tópicos. Para tratamento, é indicado o uso de ciclosporina e

corticoides, associados ou não. Para pacientes resistentes, são utilizados esquemas com tacrolimus,

micofenolato, azatioprina, talidomida e fotoquimioterapia para controlar a doença. Conclusão: Embora a

DEVH não tenha alta mortalidade, é imprescindível o diagnóstico precoce, pois, seus índices de morbidade

e piora na qualidade de vida dos pacientes são elevados, o que pode gerar outros problemas ao paciente,

como carcinomas cutâneos, se não acompanhado periodicamente.

Palavras-chave: emergência, oncologia, dermatologia, doença do enxerto versus hospedeiro, DEVH.

Page 50: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Atendimento emergencial para crianças e adolescentes: aspectos psicossociais.

Renata Esteves Frota; Ana Luísa Malta Dória; Anna Júllya Almeida da Silva Oliveira ; Amanda Alencar

Silva Benevides ; Rômulo José de Gouveia Filho

Mirella Alencar de Oliveira.

INTRODUÇÃO: Os atendimentos emergenciais, de forma geral, devem ser feitos com muito cuidado,

afinal é uma situação imprevista sem possibilidade de preparo prévio por parte dos profissionais de saúde,

bem como do paciente e seus familiares. É fundamental que a equipe de saúde tome decisões rápidas,

caracterizando um atendimento singular, especialmente, por se tratar de pacientes pediátricos que

apresentam muitas peculiaridades. É comum, nessas situações, a incerteza diagnóstica e a prognóstica,

favorecendo um clima de tensão entre as partes envolvidas. Além disso, os familiares não podem escolher

quem vai prestar o atendimento à criança ou ao adolescente, dificultando o estabelecimento de uma relação

de confiança. Portanto, é válido avaliar os aspectos psicossociais que devem ser levados em consideração

perante o atendimento primário pediátrico. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática sobre a

humanização no atendimento da emergência pediátrica. MÉTODOS: A revisão sistemática foi feita a partir

de pesquisas de artigos científicos encontrados nas bases de dados Scielo® e PubMed®. RESULTADOS:

Nesse contexto, por mais rápida que precise ser a consulta, deve-se tentar colher uma boa anamnese com

respeito e empatia ao sofrimento do paciente e de seus familiares, contribuindo para um diagnóstico mais

preciso e método terapêutico mais eficaz. Diante da alta demanda nesse tipo de setor, aconselha-se que o

detalhamento da história seja feito durante o exame físico. Vale ressaltar que o consentimento do

responsável pelo doente deve ser considerado para qualquer procedimento terapêutico e propedêutico,

exceto em risco iminente de morte. Outro aspecto relevante é perceber como se configura o ambiente dos

prontos socorros, visto que são lugares, frequentemente, superlotados e tumultuados, podendo, então, serem

considerados hostis. Logo, os parentes já estão aflitos com os sinais e sintomas do paciente pediátrico e

precisam aguardar em um local conturbado. Diante disso, há necessidade de ser tentar melhorar tal realidade

tanto por parte da equipe de saúde, como pelos clientes, já que o benefício é mútuo. Por exemplo, a partir da

qualificação do atendimento, as vítimas e seus parentes recebem informações adequadas e ficam mais

tranquilas, favorecendo ao maior silêncio nas salas de espera, promovendo um melhor local de trabalho.

Com a criação do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar pelo Ministério da Saúde,

tenta-se priorizar o cuidado com a vida e, também, atentar ao sofrimento da pessoa fragilizada com doença,

incluindo melhoria nas condições de acesso e presteza dos serviços, qualidade nas instalações, clareza nas

informações, dentre outras medidas. CONCLUSÃO: Assim, ao cuidar de um enfermo pediátrico nos

prontos socorros, é preciso tentar se concentrar em cada paciente com singularidade, com o fito de

promover o melhor tipo de atendimento.

Palavras- Chave: Emergência, Pediatria, Humanização.

Page 51: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Os achados clínicos acerca do uso do midazolam em pacientes vítimas de trauma e ventilados

mecanicamente: uma revisão sistemática.

Ana Paula Monteiro do Nascimento; Livia Maria Mendes de Lima; Rafael Bezerra Corrêa; Ana Carolina

Cruz Rasia da Silva; Ariel bezerra Corrêa; Marinna Karla da Cunha Lima Viana

Introdução: De acordo com agência nacional de saúde suplementar o tempo médio de

ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é de 4,5 dias. Comumente para o

manejo adequado do paciente crítico vítima de trauma é necessário a utilização do

midazolam, droga sedativa muito utilizada. Entretanto, a inadequação na sua posologia

contribui para complicações respiratórias e redução de volumes ventilatórios. Nas UTIs é

corriqueiro o uso de drogas sedativas como o midazolam para a redução da dor e melhora

do controle ventilatório. Objetivo: Através de um levantamento retrospectivo de artigos

científicos publicados e indexados foi realizado uma revisão sistemática acerca dos

achados clínicos referente ao uso do midazolam em pacientes vítimas de trauma e

ventilados mecanicamente. Métodos: Os artigos foram obtidos nos bancos de dados:

PubMed, SciELO e PEDro. Foram selecionando estudos que avaliaram o uso do

midalozam e suas associações clínicas e respiratórias em paciente ventilados

mecanicamente e vítimas de trauma. Apenas estudos em humanos foram selecionados,

excluindo-se aqueles que realizados em animais. Foi utilizado como critério de tempo

apenas artigos publicados nos últimos cinco anos. Resultados: Foram encontrados 50

artigos, porém pelos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 20 estudos.

Dentre esses estudos está a apresentação dos principais aspectos clínicos que são

modificados pelo uso inadequado do uso do midazolam, além dos ensaios que

demonstram a avaliação desses paciente através da escala de Ramsay. Conclusão: Foi

visto que existe uma relação entre o internamento de pacientes vítimas do trauma e a

ocorrência de patologias respiratórias. O estudo de Prin demonstra que 40% desses

pacientes evoluem com quadros de pneumonia primordialmente quando não é

estabelecido uma dosagem adequada do midazolam. Além disso, é fundamental utilizar

escala de sedação para avaliar a agitação do paciente vítima de trauma sob uso de

midazolam, pois isso aprimora a sua reavaliação quanto à posologia do uso do

midazolam. Assim, é visível a importância do manejo adequado do uso dessa droga para o

controle ventilatório e redução do tempo de internamento hospitalar do paciente vítima de

trauma e ventilado mecanicamente.

Palavras-chave: Midazolam, Trauma, Sedação, Ventilação Mecânica

Page 52: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Assincronia do tipo duplo disparo em paciente crítico psiquiátrico sob uso de drogas

analgésicas e sedativas.

Ana Paula Monteiro do Nascimento; Livia Maria Mendes de Lima; Rafael Bezerra Corrêa; Ana Carolina

Cruz Rasia da Silva; Ariel bezerra Corrêa; Marinna Karla da Cunha Lima Viana

Introdução: Os modos de ventilação mecânica invasiva, ou seja, onde o paciente é auxiliado após seu

esforço respiratório oferecem vantagens significativas sobre os modos controlados em termos de função

muscular, proteção pulmonar e uso reduzido de sedação. Neste contexto, uma apropriada interação paciente-

ventilador é fundamental, a assincronia paciente-ventilador está associada a complicações clínicas e ocorre

em 25% dos pacientes em unidades de terapia intensiva e deve ser combatida em ambiente crítico. Relato

de caso: Paciente do sexo masculino, 53 anos, com diagnóstico de pneumonia, insuficiência respiratória

aguda e doença psiquiátrica com presença de infecção comunitária a admissão na Unidade de Terapia

Intensiva (UTI). Estava sob uso diário de 4 ampolas de noradrenalina. Além das drogas sedativas:

diazepam, midazolam, e propofol e analgésicas: dipirona e fentanil. Apresentava Glasgow 6, na escala de

dor BPS:4 e na escala de sedação RASS 0. Sob assistência ventilatória mecânica invasiva no modo PCV e

apresentado assincronía paciente ventilador tipo duplo disparo. Experiência: O presente relato de caso tem

como experiência principal a associação entre assincronia e uso de drogas sedativas e analgésicas, sendo a

visualização desses aspectos um fator relevante para melhora da sobrevida de pacientes críticos. Dessa

forma, foi visto que a assincronia ventilatória do tipo duplo disparo tem como principal causa o tempo

inspiratório muito curto em relação ao tempo neural. A assincronia paciente-ventilador causa uma série de

efeitos clínicos adversos e se associa a desfechos indesejados, como desconforto, dispneia, piora da troca

gasosa, aumento do trabalho da respiração, lesão muscular diafragmática, interferência na quantidade e

qualidade do sono e aumento da necessidade de sedação. Conclusão: A correção da assincronia é um

aspecto essencial para melhora da sobrevida do doente crítico, sendo essencial a identificação da mesma e

sua correção através dos ajustes no ventilador e correção de drogas sedativas e analgésicas.

Palavras-chave: Sedação, Ventilação Mecânica, Assincronia

Page 53: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Emergência oncológica devido à Síndrome da Lise Tumoral.

Ana Beatriz Gomes Vanderlei ; Leonardo Pereira Toni; Eduardo d'Avila Lins Lacerda; Carlos Eduardo

Pereira de Oliveira.

INTRODUÇÃO: A Síndrome da lise tumoral (SLT) é uma condição clínica consequente da excessiva

liberação de conteúdos intracelulares como fosfatos, ácidos nucleicos e potássio na circulação sistêmica,

derivada da destruição em grande escala de células tumorais. Em virtude disto, surgem anormalidades

metabólicas potencialmente fatais, como hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, hiperuricemia e

acidose metabólica. Os efeitos clínicos mais comuns incluem insuficiência renal, arritmias cardíacas,

convulsões e morte por falência múltipla de órgãos. Desta forma, torna-se imprescindível o reconhecimento

precoce e o manejo adequado da SLT, uma vez que estratégias de prevenção e tratamento podem reduzir

significativamente a morbimortalidade desta síndrome. OBJETIVOS: Observar e discorrer sobre as

consequências da síndrome da lise tumoral, enfatizando as formas que podem minimizar e prevenir os danos

desse acometimento. MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido a partir de uma síntese de informações

contidas em artigos de produção científica oriundos da base eletrônica de dados, Scielo. A partir da leitura

desses artigos foram retiradas informações sobre as manifestações da síndrome e suas principais

consequências. RESULTADOS: A incidência desses distúrbios eletrolíticos e metabólicos varia de acordo

com o tipo de neoplasia, porém acomete com mais frequência as neoplasias de origem hematopoiéticas

(linfoma não Hodgkin, leucemia mieloide e linfoides agudas) ou aquelas com grandes massas tumorais,

tumores de crescimento rápido ou muito sensíveis a quimioterapia tóxica. O principal objetivo da profilaxia

é prevenir o desenvolvimento da lesão renal aguda, portanto, podem ser traçados dois desfechos primários:

o controle da hiperuricemia e a prevenção de nefrocalcinose. O tratamento deve incluir hidratação

abundante, como também o uso de diuréticos para aumentar o débito urinário e a excreção de potássio. A

rasburicase, uma enzima recombinante, pode ser utilizada a fim de reduzir a concentração sérica de ácido

úrico. Caso haja suspeita de hiperpotassemia, o paciente deve permanecer com monitoramento cardíaco,

realizar um eletrocardiograma (ECG), como também a administração de cálcio para prevenir as arritmias, de

insulina, albuterol e diuréticos a fim de transportar o potássio para dentro da célula ou aumentar sua

excreção. Em casos muito graves da síndrome, a diálise pode ser um recurso para acidose e a

hiperpotassemia. CONCLUSÃO: A SLT é uma emergência que pode levar a morte ou prejudicar muito a

possibilidade de o paciente receber a terapia citotóxica, quimioterapia ou radioterapia. Portanto, torna-se

essencial o precoce reconhecimento dos pacientes de risco para desenvolvê-la e o pronto início da terapia.

Palavras-chave: Síndrome, lise, tumoral, distúrbios, metabólicos.

Page 54: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Síndrome de lise tumoral: uma revisão bibliográfica.

Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Johana Lara Pinto de Carvalho ; Manuella

Martins do Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Alice Slongo; Maria Beatriz Abath Aires de Barros.

Introdução: A síndrome de lise tumoral (SLT) é uma emergência oncológica de alta morbidade e

mortalidade, que consiste na destruição maciça de células malignas e liberação do seu conteúdo no espaço

extracelular. Ela pode ocorrer de modo espontâneo, mas em geral, ocorre logo após o início do tratamento

com agentes quimioterápicos citotóxicos. Objetivos: Apresentar uma revisão bibliográfica sobre a síndrome

de lise tumoral e sua importância em pacientes oncológicos. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa

da literatura através das bases de dados Scielo e BVS. Foram considerados os resultados a partir de 2015 em

inglês ou português. Resultados: O conteúdo das células malignas no espaço extracelular pode promover

uma instabilidade homeostática, o que possibilita diversas manifestações clínicas, podendo chegar inclusive

a causar morte súbita. É possível identificar a SLT biologicamente através dos distúrbios metabólicos que

ela causa (hipercalemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia e hipercalemia) e clinicamente através das

manifestações cardíacas, renais ou neurológicas, que são consequências das alterações biológicas. Os

fatores de risco incluem a presença de malignidade hematológica, como linfoma de Burkitt e leucemia

linfoblástica aguda, LDH elevado, hiperleucocitose. As intervenções na hiperuricemia e a indicação de uma

hidratação vigorosa representam as estratégias de prevenção do SLT, uma vez que o aumento agudo dos

níveis séricos de ácido úrico predispõe a deposição de cristais de urato nos túbulos renais, levando à

disfunção endotelial e danos ao estresse oxidativo. Assim, a administração de alopurinol constitui a base da

profilaxia, sendo o Febuxostat uma opção utilizada. As intervenções iniciais, devendo ser realizadas em

unidades específicas de oncologia ou em unidades de terapia intensiva, consistem na administração

agressiva de fluidos intravenosos (FIV) e correção de anormalidades eletrolíticas. Uma das maneiras de

tratar adequadamente é alcalinizar a urina através do fornecimento de solução BIC ou hemodiálise contínua

com anticoagulação regional por citrato, usando uma solução CAL. Conclusão: Diante da alta morbidade e

mortalidade da SLT, vê-se a importância de estudar mais essa condição, para que seja identificada e haja

intervenção rapidamente. O desenvolvimento e a validação de estratégias baseadas em risco são de grande

importância para tentar limitar o crescimento e até mesmo diminuir esses índices.

Palavras-chave: síndrome da lise tumoral, emergência, oncologia.

Page 55: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Emergências pediátricas no ambiente familiar.

Araújo, Lorena Moura Galvão¹.

Introdução: Emergências pediátricas são situações em que existe ameaça ou risco iminente à vida,

sofrimento intenso ou lesões permanentes, havendo necessidade de tratamento médico imediato. Objetivo:

Avaliar a importância de se realizar uma educação em saúde de familiares sobre como proceder em

emergências pediátricas no ambiente domiciliar. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de

literatura, com embasamento em artigos científicos, encontrados na base de dados Scielo, utilizando os

descritores: acidentes domésticos AND crianças. Emergência AND home. Emergência AND pediatria. Sem

delimitação de tempo e idioma. Incluído apenas os artigos que abordavam casos de acidentes com crianças,

com idades até nove anos, em casa. Resultado: Foram encontrados 127 artigos dos quais foram excluídos

107 após análise de título e 96 foram descartados após leitura do resumo. Totalizando nove artigos usados

para elaboração deste trabalho. Após a leitura dos resultados foi observado que os acidentes infantis mais

frequentes são: a penetração de corpo estranho no nariz e na boca e sufocação, atingindo principalmente os

menores de um ano; entre crianças de um a quatro anos, as principais ocorrências são afogamento e

sufocação; já na faixa etária de cinco a nove anos, os principais casos são quedas, queimaduras e sufocação.

Conclusão: Os artigos estudados afirmam que os índices de morbidade em crianças com até nove anos

poderiam ser reduzidos se cerca de 20% da população leiga tivesse um treinamento básico de reanimação

cardiopulmonar e manobras para aliviar a asfixia por corpo estranho, ambos sendo realizado de forma

adequada à idade da vitima. Desta forma, é preciso experimentar praticas de promover a prevenção dos

acidentes domésticos com foco centrado na família, utilizando- se de uma abordagem educativa,

participativa e corresponsável.

Palavras chave: Emergência, pediatria, acidentes domésticos, crianças.

Page 56: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perspectiva no manejo da agitação psicomotora em emergências psiquiátricas: loxapina

inalada.

Ricardo Andre Medeiros Negreiros; Maria Gabriela Porfírio Pereira; Estácio Amaro da Silva Junior.

Introdução: Crises de agitação aguda são comuns na emergência psiquiátrica. Esse quadro, característico

de transtornos mentais ou por abuso de substâncias, predispõe maior sensibilidade a estímulos, resultando

em ansiedade, irritabilidade e comportamento agressivo. O protocolo atual preconiza a administração de

antipsicóticos e benzodiazepínicos, que, apesar de eficazes, demandam administração invasiva e possuem

tempo de ação lento. Nesse contexto, há um aumento do uso da loxapina inalada, atual alternativa no

manejo da agitação psicomotora. Objetivo : Ponderar a eficácia, segurança e viabilidade da loxapina

inalada como tratamento para a agitação aguda. Método: Foi realizada uma revisão da literatura indexada

na base de dados PubMed utilizando os termos de busca "Inhaled loxapine" e “Emergency”. Foram

selecionados os artigos publicados entre fevereiro de 2011 a outubro de 2019, exclui-se os incongruentes ao

tema, totalizando 12 publicações. Resultados : Loxapina é um antipsicótico de primeira geração que

exerce antagonismo nos receptores dopaminérgicos D2 e serotoninérgicos 5-HT2A. Disponível em doses de

5 a 10 mg por inalação direta via dispositivo portátil de dose única ativado pela respiração, denominado

sistema Staccato. A absorção via respiratória torna-o mais seguro comparado aos antipsicóticos tradicionais

intramusculares por dispensar o uso de materiais perfurocortantes, evitando que o paciente fira a si ou à

equipe. O fármaco atinge sua concentração plasmática máxima em 2 minutos, gerando, na maioria dos casos

avaliados pelos artigos, efeito entre 5 a 15 minutos, exceto um estudo clínico que estimou 30 a 50 minutos

em pacientes esquizofrênicos e com transtorno bipolar tipo I, ainda assim representando menor tempo em

relação ao aripiprazol intramuscular. O medicamento foi bem recebido pelos pacientes, que, por meio de

formulários, avaliaram melhora nos sintomas de agitação motora, sudorese, nervosismo e tremores, além de

diminuída a percepção de coerção. Verificou-se menor necessidade de tratamento adjuvante e contenção

física versus antipsicóticos tradicionais. O tempo de dedicação da equipe ao paciente foi mitigado, devido a

um rápido alívio dos sintomas, favorecendo o fluxo dinâmico nas unidades de emergência, logo, a loxapina

inalada é adequada para evitar internações prolongadas. Em relação a efeitos colaterais e adversos, a

disgeusia, sedação e tontura foram mais recorrentes, contudo, em níveis moderados e passíveis de resolução

espontânea. Entretanto a adesão à loxapina inalada pode ser lenta dado o alto custo dos dispositivos

Staccato. Conclusão : A loxapina inalada pode representar um tratamento positivo ao vínculo médico-

paciente, rápido, eficaz, seguro, com poucos efeitos colaterais e adversos ou desfechos negativos, apesar de

que seu custo pode implicar baixa adesão por meio dos serviços de urgência e emergência.

Page 57: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Reanimação cardiopulmonar na segunda metade da gestação.

Isabelly Moura Nobre; Matheus Venâncio de Paiva; Pedro da Silva Alexandrino Filho;

Daniel Pereira Francisco.

Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é determinada como a perda repentina das funções

cardíacas, respiratórias e conscientes. Para reverter este quadro, faz-se necessário a utilização de manobras

para a reanimação cardiopulmonar (RCP), com uso de massagens cardíacas contínuas, ventilação e

manuseio de equipamentos, como desfibrilador externo automático (DEA). Essas medidas, têm como

objetivo reestabelecer a circulação espontânea (RCE) para os demais órgãos e por fim, para todo corpo. A

tática em gestantes, não é diferente, mesmo sendo um evento raro, mas quando utilizada, pode trazer

sobrevida tanto para mãe, quanto para o feto. Objetivo: Investigar os principais fatores que corroboram

para uma PCR em gestantes na segunda metade da gestação, bem como discutir as técnicas utilizadas para

reverter esse quadro. Métodos: Realizou-se uma busca sistemática por artigos indexados nas bases de dados

Pubmed/MEDLINE, LILACS, SciELO, PEDro, Scopus, CINAHL e Web of Science, por dois revisores

independentes no período de janeiro a fevereiro 2020. Os descritores utilizados para a busca seguiram a

descrição dos termos MeSH/DeCS, não houve restrição linguística e de ano de publicação. A avaliação do

risco de viés foi de acordo com as recomendações do Cochrane Handbook for Sistematic Reviews of

Interventions. Resultados: A busca resultou em 445 títulos, sendo incluídos na síntese qualitativa um total

de quatro artigos. De antemão, é necessário ter o conhecimento da idade gestacional ou em alguns casos

estima-la de acordo com a posição do fundo uterino materno. Caso o fundo esteja posicionado acima da

linha umbilical a gestante encontra-se na segunda metade da gestação. Deve-se considerar algumas

características que podem levar uma gestante ao quadro de PCR, dentre elas hemorragias, resultando em

choque hipovolêmico; doenças cardiovasculares pré-existentes; embolias por líquidos amnióticos; pré-

eclâmpsia e eclampsia; entre outras situações. Ao perceber que a vítima se encontra em PCR, de imediato,

deve se iniciar uma RCP de alta qualidade, com prioridade na gestante. Para um procedimento padrão de

RCP em gestantes deve ser realizado por no mínimo 3 pessoas. De início, é necessário fazer o desvio do

útero gravídico para esquerda, para descompressão aortocaval e aumento da hemodinâmica materna. Após

esse procedimento inicia-se as massagens cardíacas 30:2 (30 massagens para duas ventilações) seguidas por

5 ciclos. Caso a paciente não retorne, é determinada a utilização de um DEA com 120-200 joules (bifásico),

continuado de um novo ciclo de RCP. Conclusão: A RCP em gestantes é um procedimento que quando

bem realizada, pode acarretar em resultados positivos para mãe e para o neonato. Porém, devido sua alta

especificidade ainda é vista como grande problemática devido aos aspectos fisiológico, o qual diverge de

uma RCP comum.

Palavras-Chaves: reanimação, procedimento, gestantes.

Page 58: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Atuação dos ligantes pertencentes à liga acadêmica de trauma e emergências cirúrgicas em

um hospital de referência em Recife-PE: um relato de experiência.

Yanne Almeida Aguiar; Pablo Terto Magalhães Feitoza, Paulo Osório Araújo Magalhães Neiva, Letícia

Pereira Araújo de Lima.

Introdução: A zona metropolitana do Recife conta com diversos centros de referência da saúde pública para

o atendimento emergencial. Dentre eles, destaca-se o Hospital Otávio de Freitas, o qual é um serviço

capacitado e especializado no atendimento em diversas áreas, entre essas, podem ser mencionadas traumato-

ortopedia, clínica médica, urologia, cirurgia geral e pediatria. O serviço de pronto atendimento tem

regimento de 24 horas diárias, com uma demanda anual com cerca de 25 mil pacientes. Além disso, esse

polo da Saúde funciona como ponto de atuação dos ligantes acadêmicos graduandos em Medicina

pertencentes à Liga do Trauma e Emergências Cirúrgicas (LATEC) da Universidade Católica de

Pernambuco (UNICAP). Relato de Experiência: É um projeto que busca oferecer uma experiência prática

para os graduandos de Medicina tanto na área de emergência quanto em bloco cirúrgico. Atualmente, 10

ligantes atuam no serviço, cumprindo um plantão semanal de 6 horas de duração, subdivididos em duplas

que atuam em dia e horário fixo em determinado dia da semana. Durante o plantão, os ligantes auxiliam os

médicos no atendimento inicial ao paciente que chega à emergência e na evolução médica dos pacientes já

internados, realizando anamnese, exame físico e discutindo os diversos casos clínicos. No bloco cirúrgico,

os estudantes realizam a instrumentação cirúrgica e também participam das cirurgias como auxiliares,

sempre correlacionando o que é visto na teoria com a prática hospitalar. As atividades práticas são de

extrema importância para a formação dos estudantes, visto que eles auxiliam em procedimentos como:

acesso venoso central, colocação de sonda vesical e sonda nasogástrica, drenagem torácica, suturas, técnicas

as quais são muito corriqueiras nos plantões médicos em que os ligantes irão futuramente atuar. Conclusão:

Por meio do que foi supramencionado, pode-se concluir que o regime de plantões possibilitado pela LATEC

promove uma maior amplitude de aprendizado por consolidar o conteúdo teórico aprendido em sala de aula

com a vivência prática. Além disso, há a disponibilidade do Hospital Otávio de Freitas, que autorizou a

participação dos ligantes voluntários no serviço sendo o importante mediador desse processo de

aprendizado amplificado. Isso tudo acaba proporcionando um aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas e

habilidades manuais no setor emergencial para os estudantes, o que acaba sendo considerado algo crucial no

seu processo de formação acadêmica. Palavras-chave: Emergência, Trauma, Plantão.

Page 59: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil epidemiológico das fraturas em idosos tratadas no hospital santa casa de misericórdia

do Recife.

Paloma Pinheiro de Aquino Peixoto; Elvira Maria Ferreira de Araújo ; Marília Vasconcelos Costa Moreira;

Bruna Beltrão Nunes da Silva; André Taumaturgo; Romeu Krause Gonçalves.

Introdução: Os tipos de fraturas dependem de diversos fatores como o mecanismo do trauma, a idade do

paciente e sua condição fisiológica, os quais são essenciais para definir o tratamento e o prognóstico, sendo

assim de grande importância ter o conhecimento epidemiológico. Objetivos: investigar o perfil

epidemiológico das fraturas em pacientes idosos atendidos e tratados no Hospital Santa Casa de

Misericórdia, no período de Junho a Agosto de 2019, unidade Recife-PE. Materiais e Métodos: Trata-se de

um estudo retrospectivo, transversal, quali-quantitativo, de caráter analítico. Foi realizado um questionário

para a coleta dos dados dos pacientes, através de seus respectivos prontuários, com resultados analisados

posteriormente. Resultados e Discussão: Foram selecionados para a análise 312 prontuários de pacientes

idosos com diagnóstico de fratura. Observou-se predominância no sexo feminino (60,7%); a maioria dos

pacientes possuía idade acima dos 70 anos (62,8%). O mecanismo de trauma mais comum foi por queda

(47,5%) e o tipo predominante foi fratura de fêmur (49,9%), seguida da fratura de quadril (31,8%). Em

relação ao tipo de tratamento, o preferencial foi o cirúrgico (85,7%). A maioria dos pacientes apresentavam

comorbidades, dentre elas a Diabetes Mellitus (52,1%) e Hipertensão Arterial (68,2%). O tempo de

internação variou de 1 a 28 dias, com média de 5 dias. Conclusão: Com os dados obtidos neste estudo,

torna-se evidente a grande demanda de urgência ortopédica em idosos em um hospital de referência para

trauma e os resultados refletem a relação entre a idade avançada, as comorbidades apresentadas e as quedas,

refletindo assim a importância de um olhar mais direcionado para essa população.

Palavras-chave: perfil epidemiológico, fratura, ortopedia.

Page 60: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Minoca: aspectos fisiopatológicos e condutas diferenciais – uma revisão sistemática de

literatura.

Bivar Olyntho Nóbrega de Mello e Silva; Fernanda Maria Gomes Carvalho; Carolina Cabral de Carvalho;

Byanka Eduarda Silva de Arruda; Eloísa Jordana de Barros Oliveira; Maria Eduarda de Arruda Carvalho

Introdução: O Infarto do miocárdio com artérias coronárias não obstrutivas (MINOCA) se trata de

uma doença da microcirculação coronariana relacionada a pior prognóstico e aumento do risco de

eventos cardiovasculares adversos. Mais presente em mulheres com menor histórico de

dislipidemia. Tem início assintomático, seguido de angina semelhante à da DAC, dispneia aos

esforços e insuficiência cardíaca. No tratamento, é importante notar uma má produção e resposta

de agentes vasodilatadores endoteliais, disfunção de músculo liso microvascular e vasoespasmo

coronariano. Objetivos: Correlacionar possíveis fatores de risco relacionados a essa entidade tão

importante e nas emergências cardiovasculares, ressaltando a necessidade do diagnóstico

diferencial com o IAM por obstrução coronariana e suas condutas diferenciais que devem ser

adotadas nesses casos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre a

fisiopatologia e condutas terapêuticas da MINOCA, utilizando como base de dados a Scielo e

Pubmed. As palavras-chave usadas foram “MINOCA” e “Síndrome coronariana aguda”, sendo

encontrados 47 artigos dos últimos 5 anos e nos idiomas português, inglês e espanhol, dos quais 11

estavam de acordo com a temática. Resultados: É uma síndrome definida pela presença de infarto

miocárdico, com angiografia coronariana sem obstrução. Associada a insuficiência cardíaca,

doença renal e tromboembolismo pulmonar. Há uma importante resistência ao fluxo pela maior

parte das arteríolas, responsáveis por regular a distribuição sanguínea a partir da demanda exigida

pelo metabolismo local. Estímulos adrenérgicos, a concentração de oxigênio local e mudança de

pressão repercutem na corrente circulatória. Além disso, a própria disposição dos vasos coronários

leva ao aumento dessa resistência e o fluxo de sangue é diretamente proporcional ao calibre do

vaso. Outros fatores observados são a estreita relação desse infarto com o remodelamento

coronariano, fazendo aumentar as chances de obstrução coronariana, quando associado à doença

aterosclerótica. Percebeu-se também que pacientes com MINOCA apresentam maior capacidade

física do que aqueles com doença coronariana obstrutiva. Entretanto, a capacidade física e a

qualidade de vida são menores quando comparados a pacientes saudáveis. Somando-se, pacientes

com MINOCA apresentam resposta e produção insuficiente de vasodilatadores e disfunção de

músculo liso nos vasos, fatores que pioram o seu prognóstico. Conclusão: A MINOCA é uma

emergência cardiovascular importante com característica de pior prognóstico se comparado aos

IAM com obstrução coronariana devido à dificuldade em constatar o diagnóstico por ser uma

doença multicausal menos comum. Portanto, é essencial estar ciente dos seus mecanismos

fisiopatológicos, dos fatores de risco associados e das particularidades de sua conduta terapêutica,

assim, melhor conduzindo o caso e, consequentemente, aumentando as chances de sobrevida do

paciente.

Page 61: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O atendimento de emergência a gestantes vítimas de acidentes automobilísticos com lesão

medular:

Juliana Freire Caetano de Figueiredo; Iane Verônica de Lima Monteiro; Ezymar Gomes Cayana

Introdução: O traumatismo medular é um evento corriqueiro nos casos de acidentes automobilísticos,

podendo acometer qualquer parte da população, inclusive as gestantes. Nesse caso, existem altos índices de

mortalidade materna e perinatal, tornando-se emergente o atendimento às vítimas, a fim de evitar ou

minimizar complicações biomecânicas. Objetivo: Avaliar o atendimento de emergência às gestantes

vítimas de traumatismo medular como sequela de acidentes automobilísticos, considerando os riscos

maternos e fetais. Métodos: Revisão integrativa, com buscas nas bases de dados SciELO, LILACS e

PubMed, abordando os descritores spinal cord trauma, pregnant e emergency. Foi realizado um corte

temporal, incluindo 10 artigos originais publicados entre 2012 e 2019, sendo selecionados - através de

delineamento observacional e descritivo - relatos de caso e revisões de literatura, nos idiomas inglês e

português. Foram excluídos estudos repetidos e não relacionados ao tema. Resultados: O atendimento de

emergência às gestantes vítimas de acidentes automobilísticos deve seguir a sequência do “ABCDE” do

trauma – Airway (Via áerea); Breathing (Respiração); Circulation (Circulação); Disability (Incapacidade);

Exposure (Exposição), tendo como prioridade a administração do oxigênio. Nesse contexto, a lesão

traumática da medula espinhal na gestação é uma das principais causas de morte materna e fetal. Pode-se

mencionar como complicações fetais a má formação, o baixo peso ao nascer e a prematuridade. Por outro

lado, no que se refere às complicações maternas, é possível citar a infecção urinária frequente, as úlceras de

decúbito e a trombose venosa profunda nos membros inferiores, que pode gerar tromboembolismo

pulmonar. A maior complicação que pode ocorrer durante a gestação é a hiperreflexia autonômica, podendo

afetar até 85% das vítimas com traumatismo medular acima do nível de saída dos nervos autonômicos

viscerais. O uso de analgesia durante o trabalho de parto reduz o risco dessa possível complicação. As

gestantes que apresentam lesão medular alta continuam com a capacidade de concluir a gestação por parto

normal, pois o trabalho de parto não depende da inervação autonômica uterina, mas da ação de hormônios,

especialmente a ocitocina. Em relação à via de parto, o parto normal assistido é o mais indicado.

Conclusão: Dessa forma, compreende-se que o atendimento de emergência às gestantes vítimas de

traumatismo medular é pautado em cuidados pré-hospitalares e realizado de forma holística. Sendo

essencial, portanto, seguir a ordem do “ABCDE” do trauma, priorizando a administração do oxigênio em

primeiro plano, a fim de evitar e/ou reduzir possíveis riscos inerentes à vida da mãe e do feto.

Palavras-chave: Emergência, Traumatismo Medular, Gestantes.

Page 62: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Estudo epidemiológico das internações por caráter de urgência pediátrica na paraíba na

última década .

Laryssa Almeida de Andrade Tenório ; Rebeca Alves Bezerra ; Isabelly Moura Nobre; Kênia de Oliveira

Cabral; Vithória Maria de Araújo Tibúrcio Vilar.

Introdução: O perfil de morbimortalidade e internações pediátricas vem passando por um profundo

processo de transição em todo o Brasil, estando relacionadas com melhores condições de vida e acesso aos

recursos de saúde. Especialmente sobre o cuidado nas urgências infantis, destaca-se a escassez de

informações sobre o perfil de adoecimento nessa faixa etária. Sendo a epidemiologia um instrumento de

extrema importância que auxiliará na reorganização de serviços pediátricos, visando garantir estrutura,

recursos e manejo clínico adequado a fim de evitar desfechos graves das enfermidades da infância.

Objetivos: Conduzir normas que proporcionem uma prevenção efetiva e um diagnóstico precoce, guiadas

pelos grupos e áreas de prevalência concluídos a partir da interpretação desses dados. Métodos: Esse estudo

fundamentou-se em registros epidemiológicos do DataSUS de novembro de 2009 à novembro de 2019 e nas

bases de dados das plataformas Scielo e PubMed. Resultados: No período estudado as internações por

caráter de urgência pediátrica foram responsáveis por 298.903 casos em todo o Estado da Paraíba, sendo

33,93% por doenças do aparelho respiratório, desses 65,54% por pneumonia e 13,5% por bronquite,

enfisema ou outra doença pulmonar obstrutiva crônica. Com relação ao município, foram registrados

38,84% dos casos em João Pessoa e 28% em Campina Grande. O ano com maior número de internações foi

2010, com 41.449 casos registrados. No que se refere a faixa etária, os maiores índices um e quatro anos de

idade, responsável por 35,29% dos casos. No que se refere a sexo foi observado que o sexo masculino é

mais acometido do que o feminino, representando 53,35% e 46,64% dos casos respectivamente. No que se

refere a raça, dos pacientes que tiveram a raça registrada 48,66% eram pardos, 15,20% brancos e 1,69%

pretos. Conclusão: As internações por urgência pediátrica na Paraíba na última década foram mais

prevalentes por doenças do aparelho respiratório, no sexo masculino, no que se refere a faixa etária a

prevalência foi maior em crianças entre um e quatro anos de idade e já em relação a raça, a mais

predominante foi a parda.

Page 63: APRESENTAÇÃO PÔSTER
Page 64: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Artrite séptica: relato de caso.

João Victor Bezerra Massa ; Isadora Pereira Brito; Matheus de Menezes Furtado; Maurício Vasconcelos

Valadares Neto; Esdras Fernandes Furtado .

Introdução: Artrite séptica é um processo infeccioso intra-articular, decorrente de proliferação de um

patógeno, que pode ser bactérias, vírus, parasitas ou fungos. É a doença articular que mais rapidamente lesa

a articulação (condrolise) na população infantil, especialmente abaixo dos tres anos de idade (31-49% dos

casos). Os sintomas incluem febre alta, dor, calor e aumento de volume articular. Dependendo do local o

derrame articular é facilmente identificado e em casos graves pode levar a luxação, dependendo da

gravidade e da quantidade de liquido intra-articular. Ocorre grande sensibilidade a palpação e a

movimentação. Os locais mais afetados são joelhos, quadris, ombros, punhos e tornozelos. O diagnóstico

geralmente é realizado com exame físico, exames de imagem e artrocentese. Apresentação do Caso:

Paciente T.S.V, sexo masculino, 1 ano e 8 meses de idade, natural e procedente de João Pessoa-PB. Em

fevereiro de 2008, deu entrada em serviço de saúde com quadro de febre, taquicardia, hipocorado e dor a

manipulação de quadril esquerdo com duração de 13 horas, evoluindo com piora progressiva. Ao exame

físico evidenciava posição antálgica de Bonnet, com piora das dores aos mínimos movimentos, associado a

aumento de volume em face anterior de quadril. Exame de ultrassonografia evidenciou derrame articular

espesso e radiografia de bacia demonstrou luxação de quadril esquerdo. Exames laboratoriais apresentavam

elevação de marcadores inflamatórios e leucocitose com desvio a esquerda. Realizado artrocente de quadril

por via anterior com saída de secreção purulenta. Fechado o diagnostico de artrite septica de quadril,

paciente encaminhado urgente para tratamento cirúrgico, com incisão anterior, artrotomia e drenagem

articular, seguido de limpeza e desbridamento articular. Concluindo a cirurgia com a redução da luxação e

instalação de dreno de pressão negativa. Iniciado antibioticoterapia imediatamente após a coleta de culturas

e mantido paciente em gesso pélvico podálico por três semanas para manter a congruência articular.

Conclusão: É uma infecção agressiva, principalmente em crianças, pode levar rapidamente a sepse e lesão

condral grave e irreversivel. O diagnóstico precoce e o início rápido e adequado do tratamento são de

extrema importância para evitar a destruição da cartilagem articular e em consequência suas sequelas que

são irreversíveis.

Palavras-chaves: Articulação, Artrite, Séptica.

Page 65: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Septicemia por staphyloccocus aureus em pacientes pediátricos: características clínicas e

desafios terapêuticos.

Juliana Oliveira de Alcantara; Ana Beatriz Onias Alves da Silva; Bruna Sampaio Lopes Costa ; Nathalia

Oliveira Marques; Layse Alves de França Almeida; Luís Carlos Vieira Batista Júnior.

INTRODUÇÃO: Um dos principais patógenos responsáveis por quadros infecciosos envolvendo a

pele, olhos ou vias aereas é o Staphylococcus aureus, sendo comum sua incidência em pacientes pediátricos,

principalmente naqueles com história de lesão cutânea. A depender das condições imunológicas do

paciente, das caracteristicas patogênicas da cepa da bactéria e da extensão da infecção, o quadro pode

evoluir rapidamente por disseminação hematogênica e acometer multiplos sistemas, estando associado ao

aumento da morbimortalidade. O diagnóstico precoce e a rápida instuição da terapêutica adequada se

mostram, portanto, como peças fundamentais para a redução do óbito infantil decorrente de sepse por S.

Aureus. OBJETIVOS: Compreender e correlacionar as características clínicas da bacteremia por S. Aureus

e o manejo adequado do paciente, bem como entender que se trata de uma emergência pediátrica, mostrando

o aumento da morbimortalidade relacionada a ela, sendo essencial diagnóstico e tratamento precoces.

MÉTODOS: Trata-se de uma Revisão de Literatura realizada através das plataformas: Cochrane, Lilacs,

Biblioteca Virtual em Saúde e Biomed Central, usando os descritores: Bacteremia, Staphylococcus aureus,

Manejo e Pediatria.

RESULTADOS: A septicemia por S. Aureus em pacientes pediatricos ocorre, frequentemente, devido a

evolução de quadros infecciosos, tendo como principais focos primários as broncopneumonias, abcessos

cutâneos, tromboflebite por punção e osteomielite. O diagnóstico se dá pela presença de hemoculturas

positivas ou isolamento do germe em mais de um foco infeccioso não contiguo, associado à queda do estado

geral ao exame fisico. O manejo deve ser feito o mais rapidamente possivel, abrangendo o controle da febre,

suporte respiratório para pacientes com pneumonia ou dificuldade respiratória, gerenciamento de fluidos

para pacientes que não conseguem manter a ingestão adequada de líquidos, ressuscitação volêmica e/ou

suporte vasopressor para pacientes graves com sinais de má perfusão. A terapia antimicrobiana definitiva ou

empírica deve levar em consideração a localização do foco infeccioso, se a infecção é comunitária ou

hospitalar, os resultados das hemoculturas, como também, a resistência das cepas aos antibióticos.

CONCLUSÃO: A apresentação clínica inespecífica, muitas vezes, sem foco infeccioso conhecido, e a

ausência de uma terapia antimicrobiana efetiva, representam um desafio para os profissionais de saúde. A

mortalidade da bacteremia por S. aureus na era pré-antibiótica excedeu 80%, já na contemporânea, ela é de

aproximadamente 2 a 3%. Com a crescente resistencia microbiana aos antibióticos usados, viu-se que o

número de óbitos está aumentando gradativamente devido a escassez de alternativas terapêuticas. Isso nos

leva a reiterar a importancia do uso racional de antimicrobianos para que esse problema mundial e crecente

não tome maiores proporções.

Palavras-chave: Bacteremia, Staphylococcus aureus, Manejo e Pediatria

Page 66: APRESENTAÇÃO PÔSTER
Page 67: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tramadol vs codeína ou buprenorphine transdermal: comparando o risco de fraturas em

idosos.

Célia Carvalho Ozias; Marcos José Moury Fernandes de Araújo.

Introdução: Os opióides fazem parte da rotina do tratamento de dor crônica. Todavia, os Critérios de Beers

da Sociedade Americana de Geriatria os classificam como “medicamentos potencialmente inapropriados

para idosos”. O tramadol, especificamente, tem uma maior incidência de efeitos adversos importantes como:

depressão respiratória, dependência física e psicológica, aumento do risco de quedas e, consequentemente,

de fraturas em idosos. Em contrapartida, existem outros fármacos opióides que promovem seus efeitos

analgésicos de forma satisfatória na dor crônica moderada. Portanto, o presente estudo analisa o risco de

fraturas em pacientes sob uso de tramadol comparado com codeína e buprenorphine

transdermal.Objetivos: Fazer uma revisão de literatura comparando o risco de fraturas por quedas em

idosos expostos ao tramadol com outros pacientes idosos que fazem uso de codeína ou buprenorphine

transdermal no tratamento de dor crônica moderada não oncológica. Metodologia: Trata-se de uma revisão

de literatura a partir da pesquisa nas bases de dados Medline, Google Scholar, Scielo e Pubmed dos artigos

publicados entre 2013 e 2020 com uso dos descritores: tramadol, fall risk e elder. Como critério de inclusão,

foram selecionados artigos que traziam dados da incidência de fraturas em pacientes que faziam uso de

tramadol comparando seu risco ou sua incidência de fraturas com o risco ou a incidência em outro opióide

na mesma aplicação clínica (tratamento de dor crônica moderada não oncológica). Como critérios de

exclusão: foram excluídos artigos que envolvessem pacientes na amostra com menos de 50 anos de idade,

artigos que não trouxessem o risco de queda ou fratura de outro opióide além do tramadol e artigos com

pacientes expostos a opióides para tratamento de dor aguda. Resultados: Em um estudo desenvolvido no

Reino Unido, pacientes do sexo feminino com 75 anos ou mais sob uso de tramadol apresentaram um risco

relativo de fraturas de 1,26 comparadas com a população em geral (mulheres com 75 anos ou mais) e as

mulheres medicadas com buprenorphine transdermal apresentaram risco relativo de 1,00 quando

comparadas com a população em geral (mulheres com 75 anos ou mais). Em outra coorte, também

britânica, foi analisado o risco de fratura de quadril em pacientes com uma idade média de 65 e sob uso de

tramadol ou codeína. 3,7 de cada 1000 participantes tiveram fratura de quadril ao longo de um ano no grupo

exposto ao tramadol. No grupo tratado com codeína, 2,9 de 1000 pessoas sofreram fratura de quadril ao

longo de um ano. Portanto, esse estudo revela que o tramadol oferece um risco 27,6% maior de fraturas de

quadril que a codeína. Conclusão: A buprenorphine transdermal e a codeína são opções mais seguras de

opióides (em relação a quedas e fraturas em idosos) que o tramadol para o tratamento de dor crônica

moderada.

Page 68: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Traumatismos cranioencefálicos em crianças: uma revisão sistemática.

Brenda Helen Albuquerque de Araújo; Luana Ferreira Leite Araújo; Maria Carolina Trigueiro Lucena

Cavalcante; Amanda Laysla Rodrigues Ramalho; Ana Luiza Souza Matos; e Miriam Campos Soares de

Carvalho.

Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o traumatismo cranioencefálico (TCE) como

qualquer agressão capaz de provocar lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo,

crânio, meninges ou encéfalo. O TCE compreende uma das causas mais comuns de trauma infantil, com

elevados índices de morbidade e de mortalidade, 75% e 97%, respectivamente. Neste ano, a Sociedade

Brasileira de Neurocirurgia emitiu um alerta acerca de uma brincadeira que tem provocado TCE entre

crianças e adolescentes, chamada de “quebra-crânio”, evidenciando a importância da discussão dessa

emergência pediátrica. Objetivo: Diante disso, esse trabalho objetivou sintetizar informações acerca dos

traumatismos cranioencefálicos em crianças a fim de aprofundar os debates sobre a prevenção desse

fenômeno que pode ser fatal. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, método que integra dados

contidos na literatura sobre determinado tema. Quatro artigos foram selecionados a partir de bases de dados

e de bibliotecas eletrônicas, tais como SCIELO, LILACS e BVS, através da combinação dos seguintes

descritores: “traumatismos craniocerebrais”, “criança” e “emergências”. Os estudos foram escolhidos por

meio da utilização de filtros, como: artigos completos, disponíveis, em português, e publicados no Brasil

entre os anos de 2011 a 2020. Resultados: O TCE é um evento de grande destaque nas emergências

pediátricas devido a sua grande prevalência. A cada ano nos EUA, o TCE é responsável por 7400 mortes.

Além de situações como acidentes de trânsito, outras causas para TCE em crianças incluem: violência,

quedas e brincadeiras, como a do “quebra-crânio”. Dada à gravidade de suas consequências, esse tipo de

trauma está associado a custos econômicos significativos para as famílias e para o governo. Conclusão:

Dessa forma, percebe-se que a família, a escola e os profissionais de saúde são os agentes primordiais no

combate ao TCE. É consensual afirmar, pois, que a reeducação no trânsito, a supervisão adequada de

crianças pequenas, e a orientação dada às crianças devem ser estimuladas a fim de evitar esse fenômeno.

Palavras-chave: traumatismos craniocerebrais, criança, emergências.

Page 69: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Avanços e desafios na triagem às múltiplas vítimas de grandes desastres.

Luana Ferreira Leite Araújo, Brenda Helen Albuquerque de Araújo, Amanda Laysla Rodrigues

Ramalho, Ana Luiza Souza Matos, Miriam Campos Soares de Carvalho, Raquel Xavier Rodrigues.

Introdução: O Ministério da Saúde define acidentes de múltiplas vítimas aqueles eventos repentinos em

que o número de vítimas excede os recursos médicos disponíveis, sendo considerado um evento complexo,

o qual requer comando e controle coerentes. Quando algo dessa magnitude ocorre, vários segmentos da

sociedade atuam em conjunto para minimizar os danos. No que diz respeito à atuação da atenção médica de

emergência, a triagem e estabilização inicial é uma ferramenta essencial para garantir o atendimento eficaz.

Assim, foram desenvolvidos métodos de triagem a fim de assegurar a sobrevivência do maior número

possível de vítimas. Contudo, existem limitações nesses métodos, de forma que o profissional da área de

saúde precisa saber manejá-los e optar pelo procedimento adequado em cada situação. Objetivo: Avaliar a

importância dos métodos de triagem no atendimento às vítimas de grandes desastres, compreendendo os

avanços e desafios de sua implantação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa utilizando artigos

selecionados e publicados entre os anos 2007 e 2019, a partir do banco de dados da SciELO, BVS e

PubMed. Resultados: A triagem é um termo designado ao reconhecimento da situação e seleção de vítimas

de acordo com prioridades no contexto da emergência. O método START (simple triage and rapid

treatment – triagem simples e tratamento rápido), um dos mais utilizados no mundo, envolve três avaliações

simples para identificar as vítimas com maior risco: respiração, circulação ou perfusão periférica e nível de

consciência. Esse método pode ser realizado por leigos e bombeiros, desde que treinados. Após a avaliação,

as vítimas são classificadas por cores, de acordo com a severidade do seu quadro. Tal algoritmo não permite

questionamentos, autorizando apenas duas manobras durante a triagem inicial, de forma que o indivíduo que

estiver bem familiarizado com o fluxograma a ser seguido dificilmente errará sua execução. Contudo, o

START apresenta algumas limitações, não sendo muito eficaz em eventos nos quais o tempo resposta para a

avaliação inicial seja prolongado, por exemplo. O método CRAMP (circulação, respiração, abdome,

motilidade, palavra), tem parâmetros mais específicos, devendo ser utilizado por médicos. O método

START é aplicado, geralmente, na triagem inicial, enquanto o CRAMP é mais utilizado no atendimento

médico avançado. Entretanto, cada serviço adotará o método que melhor se adequa em cada contexto de

atendimento. Conclusão: A intervenção humana sobre a natureza vem propiciando um avanço no número

de desastres, de modo que são necessários planos emergenciais e treinamento de equipes acerca dos

métodos de triagem, adequados aos mais variados cenários. O planejamento e o conhecimento dos

profissionais de saúde sobre os algoritmos possibilita a sobrevivência do maior número possível de vítimas.

Palavras-chave: triagem, serviços médicos de emergência, equipe de desastre.

Page 70: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Atendimento à anafilaxia na emergência pediátrica: uma revisão de literatura.

Vitória Ellen de Assis Ramos Andrade; Ana Rosa Cartaxo Mangueira; Brayenne Stephane da Silva

Quirino; Rayssa Mota Cardoso; Ronaldo Cavalcante de Santana ; Victor Vieira Porto de Almeida

Introdução: A anafilaxia é um processo imunológico mediado pelo anticorpo IgE, que reage contra

diferentes substâncias que funcionam como antígenos, a exemplo de alimentos e medicamentos, liberando

histamina e outros mediadores resultantes da desgranulação de basófilos e mastócitos. É muito comum em

crianças, apesar de subdiagnosticada, pois seu sistema imunológico ainda está imaturo e nem sempre os pais

reconhecem os sinais da „‟alergia‟‟, o que levaria rapidamente a um quadro agudo. Trata-se de uma

emergência pois é uma reação multissistêmica, de início aparentemente súbito e de evolução rápida.

Objetivos: O presente estudo visa conscientizar os profissionais de saúde acerca da importância da

celeridade do diagnóstico da anafilaxia pediátrica, a fim de que não ocorra a progressão para um quadro

irreversível e fatal. Métodos: Realizou-se uma revisão literária utilizando os seguintes descritores:

„‟anafilaxia‟‟, „‟pediatria‟‟, „‟choque anafilático‟‟, através das plataformas Pubmed, Scielo, Google

acadêmico, UptoDate e Bireme, nas línguas português, inglês e espanhol, no período de 2013 a 2020. Foram

encontrados 27 artigos, e desses, 9 não se adequaram ao tema proposto. Resultados: Através dos

selecionados, constatou-se que há poucos estudos e dados sobre a anafilaxia pediátrica, devido sobretudo ao

subdiagnóstico e subnotificação, não sendo encontrados dados de prevalência e incidência na faixa etária de

1 dia aos 17 anos de vida. No entanto, ficou claro que a principal causa dessa reação de hipersensibilidade

sistêmica em crianças é a alimentação. Observou-se os sinais e sintomas mais comuns, que vão desde uma

irritação da pele e mucosa em 80 a 90% dos casos, acometimento do sistema respiratório em 70%, do

sistema cardiovascular por volta de 45%, gastrointestinal de 30 a 40%, até o neural, com acometimento

entre 10 e 15% dos casos. Contatou-se que a adrenalina, por via intramuscular, é a droga de primeira

escolha para reverter casos de anafilaxia devido à sua ação beta agonista, que promoverá vasoconstrição,

aumento da resistência vascular periférica e redução do edema de mucosa, além de broncodilatação. Essas

ações promovem a reversão do quadro e impossibilitam a evolução desse para um choque anafilático, que

em crianças é mais delicado, pois a hipotensão, principal sinal de descompensação, aparece de maneira

súbita e tardia, podendo levar ao óbito. Conclusão: Mediante os resultados apresentados, pode-se aferir que

o desconhecimento do quadro tanto pelos pais quanto pelos profissionais que atendem emergência, atrelado

a uma escassez de produções científicas a respeito do tema, dificultam o diagnóstico clínico, e

consequentemente, prejudicam a execução da conduta médica que deve ser rápida e eficaz, algo

imprescindível para se evitar um quadro exasperado e salvar a vida da criança.

Palavras-chave: anafilaxia, subdiagnóstico, subnotificação, emergência, pediatria.

Page 71: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tratamento de paciente com infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do

segmento st: revascularização completa ou apenas na lesão associada ao infarto?

Ana Luiza Souza Matos, Amanda Laysla Rodrigues Ramalho, Luana Ferreira Leite Araújo, Brenda

Helen Albuquerque de Araújo, Miriam Campos Soares de Carvalho e Eleonora de Abrantes

Barreto.

Introdução: O adequado manejo da doença arterial coronariana (DAC) multivascular, no contexto do infarto

agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST (IAMCST), é um dos grandes motivos de

controvérsia na Cardiologia Intervencionista em virtude da escolha entre o tratamento da intervenção

coronariana percutânea primária (ICPp) e revascularização completa (RC). Sendo essencial, então, uma

análise comparativa entre os procedimentos. Objetivos:

Identificar a partir da comparação de escolha entre RC e ICPp, em pacientes com IAMCST, a fim de

estabelecer uma conduta cientificamente embasada, trazendo benefícios aos pacientes. Métodos:

Utilizou-se como método a revisão de literatura, por meio de busca por artigos científicos no SCIELO e

ensaios clínicos randomizados (ECRs): CVLPRIT e DANAMI3-PRIMULTI. Resultados: Embora as

principais diretrizes mundiais não recomendem a RC de forma rotineira nos pacientes com IAMCST,

recentes ECRs têm demonstrado benefício dessa abordagem na redução de desfechos cardiovasculares.

Atualmente, cardiologistas intervencionistas realizam nesses pacientes uma abordagem focada quase

sempre no vaso relacionado ao evento, gerando uma menor probabilidade de ocorrer uma RC em

comparação à ICPp. Dessa forma, é indispensável promover uma nova visão com os ECRs para efetuar a

escolha da intervenção. No CvLPRIT (2015) realizado em 7 centros no Reino Unido com 296 pacientes

com IAMCST para ICPp ou RC observou-se após 12 meses, uma redução significativa (55%) no desfecho

primário por mortalidade, IAM recorrente, IC ou revascularização guiada por isquemia (10% versus 21%)

nos pacientes submetidos à RC. No DANAMI3-PRIMULTI (2015), feito com 627 pacientes em 2 centros na

Dinamarca, comparou uma estratégia de RC guiada por reserva fracionada de fluxo 2 dias após o

procedimento com nenhuma intervenção adicional após a ICPp. Após 27 meses, houve uma baixa

significativa de 44% no desfecho primário (Mortalidade por todas as causas, reinfarto, revascularização

guiada por isquemia) no grupo submetido à ICP de artérias não culpadas pelo IAM sendo o grupo de RC o

que apresenta melhor prognóstico por conta da redução de reintervenções, por angina refratária. Diante

disso, os estudos CVLPRIT e DANAMI-3-PRIMULTI recomendam RC em pacientes com IAMCST tanto

nas diretrizes europeias (classe de recomendação IIa) quanto nas americanas (classe IIb). Conclusão:

Portanto, com a análise dos estudos mais recentes sobre este tema (Cvlprit e DANAMI-3) sugere-se que é

benéfico, de maneira geral, tratar as lesões não culpadas pelo infarto, proporcionando aos profissionais

intervencionistas um incentivo para realização de uma abordagem mais eficaz aos pacientes com IAMCST.

Palavras-Chaves: Emergência cardiológica, Revascularização, Infarto agudo do miocárdio.

Page 72: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Nova variante na família Coronavírus causa emergência em saúde pública de interesse

internacional.

Renata Esteves Frota; Anna Júllya Almeida da Silva Oliveira; Lino de Sousa Neto; Igor de Albuquerque

Oliveira Sousa; Letícia Moreira Fernandes; Raquel Josino de Souza

INTRODUÇÃO: Os coronavírus fazem parte de uma grande família viral conhecida desde meados da

década de 1960. Foi descoberto uma nova variante do coronavírus, denominada 2019-nCoV, após as

notificações de casos de pneumonia sem causa conhecida na cidade chinesa de Wuhan. Em seguida, houve

o anúncio de que, em outros continentes, outras pessoas estavam adoecendo por causa do vírus. Sabe-se que

atingiu a Europa, a América e a Oceania, além da Ásia. Até o presente momento, mais de mil mortes foram

confirmadas na China. Então, diante do aumento expressivo de casos do novo coronavírus, a Organização

Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública de interesse internacional. OBJETIVOS:

Apresentar uma revisão sistemática sobre o surgimento da doença relacionada coronavírus, conhecida como

Covid-19, iniciado em 2019 a partir de uma nova variante. MÉTODOS: Realizou-se uma busca na base

UpToDate® a respeito dos novos casos de vítimas pelo coronavírus. RESULTADOS: Nesse contexto, é

importante ressaltar que a definição de caso suspeito é a percepção de febre acompanhada de sintomas

respiratórios somado a história de viagem nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas para área de

transmissão local ou a proximidade com algum caso suspeito ou confirmado. Sabe-se que a transmissão

pode acontecer por meio de animais para humanos, bem como entre humanos. Acredita-se que o período de

incubação ocorra por volta de duas semanas, embora não haja precisão ainda. A confirmação laboratorial é

feita pela identificação do material genético do vírus em secreções respiratórias. O risco de infecção é

reduzido a partir de medidas de higiene, ou seja, deve-se lavar as mãos frequentemente, cobrir nariz e boca

ao espirrar e ao tossir, não compartilhar objetos de uso pessoal, usar lenço descartável para higiene nasal,

dentre outras medidas. É imprescindível atentar para esses cuidados, porque não se tem disponível ainda um

tratamento especifico para a doença. A conduta dos profissionais de saúde frente à suspeita de infecção pelo

coronavírus deve ser isolar o paciente enquanto houver sinais e sintomas clínicos, solicitar o uso de máscara

para que seja reduzida a chance de transmissão interpessoal e, também, é fundamental que médicos e

enfermeiros estejam em uso de equipamento de proteção individual. CONCLUSÃO: Diante do exposto,

percebe-se que é uma realidade crítica, porém as autoridades já estão tentando controlar os danos, com o

fito de minimizar a propagação do vírus.

Palavras chave: emergência, saúde, internacional.

Page 73: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Violência obstétrica nas emergências obstétricas e o processo de formação médica

Débora Oliveira dos Santos; Roberta Guerra de Brito Oliveira Lima; Narjara Seixas Batista Gadelha;

Letícia Miná de Britto Cavalcanti; Lorena Pereira Vieira; Nadirgerlane Rodrigues de Carvalho Almeida

Guedes.

Introdução: A violência obstétrica se expressa de várias formas, podendo incluir maus tratos físicos,

psicológicos, e verbais, assim como procedimentos desnecessários e invasivos como episiotomias, restrição

ao leito no pré-parto, tricotomia, ocitocina de rotina e ausência de acompanhante. A formação médica é um

dos fatores que contribui para a ampla disseminação da violência institucional nos serviços de atenção à

saúde da mulher no Brasil, sendo o tema violência obstétrica nas emergências obstétricas objeto de denúncia

e reflexão desde os anos 1980 no interior do movimento feminista e desde a década de 1990 em trabalhos

acadêmicos. Objetivo: Identificar alguns mecanismos que contribuem para a perpetuação de violações de

direitos humanos tal como se expressam no espaço de formação e treinamento médico em serviços de

emergências obstétricas. Método: Trata-se de uma revisão sistemática e de literatura em que se utilizou os

descritores em português “Violência”, “Emergência” e “Obstetrícia” para pesquisa nas bases de dados,

através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), publicados

entre 2015 e 2019. Resultados: O distanciamento entre alunos e pacientes e a naturalização de hierarquias

sociais que caracterizam o campo médico e/ou que estão presentes na sociedade como um todo, fazem parte

da socialização de estudantes de medicina, sendo elemento essencial no processo de materialização dos

corpos das mulheres atendidas para que elas se transformem em objeto de seu treino. No entanto, as ações

médicas devem ser baseadas em princípios, leis e fundamentos norteados pelo Código de Ética Médica, e

devem respeitar a decisão dos pacientes e valorizar a vida. Dessa forma, quando os profissionais da saúde

realizam procedimentos sem a expressa opinião das pacientes, com intervenções desnecessárias ao processo

de parto, desrespeitam sua individualidade e as agridem com práticas que não reduzem os efeitos adversos

ou indesejáveis das ações terapêuticas, violam esses princípios, sendo muitas vezes fator predisponente para

aumentar os riscos da morbimortalidade materna e neonatal. Conclusão: Diante disso, constatou-se que o

modo como se estruturam as relações de saber-poder entre profissionais em formação e as mulheres por eles

atendidas; a baixa prioridade dada à aprendizagem da ética e de aptidões associadas à comunicação; a

necessidade de um atendimento agilizado para os casos de maior risco e as formas tradicionais de

treinamento dos estudantes são alguns dos elementos do ensino e treinamento em serviço associados à

reprodução desse fenômeno. Por isso, as práticas médicas devem se embasar em princípios éticos, como o

da autonomia, beneficência, não maleficência e justiça, que visam proporcionar a valorização da vida

humana.

Palavras-chaves: Violência; Emergência; Obstetrícia.

Page 74: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Emergência cardiovascular: o manejo da crise hipertensiva na Atenção Primária à Saúde (APS).

Ana Laura Araujo Valença de Oliveira; Alba Letícia Peixoto Medeiros; José Raimundo Ferreira Neto; Lara

Moreira de Souza Farias.

Introdução: O aumento súbito da pressão arterial (PA), característico da crise hipertensiva, é muito comum

na prática clínica, sobretudo na Atenção Básica, por isso, o manejo desta deve ser cauteloso quanto ao

diagnóstico da emergência hipertensiva (EH), avaliando o controle da PA e possíveis lesões de órgãos-alvo,

como o sistema neurológico, cujo quadro clínico apresenta encefalopatia hipertensiva, lesões hemorrágicas

e papiledema, e os sistemas cardiovascular e renal, podendo ser resultado de síndromes isquêmicas graves,

dissecção aórtica aguda e insuficiência renal. Quando associada a acidente vascular encefálico (AVE),

eclâmpsia, edema agudo de pulmão e demais patologias graves, deve ser encaminhada para serviço de

urgência e emergência, pois a queda severa da pressão arterial pode ocasionar morbidade

considerável. Objetivos: Avaliar o gerenciamento das emergências cardiovasculares e o manejo da crise

hipertensiva na Atenção Primária à Saúde. Métodos : Trata-se de uma revisão do tipo integrativa

desenvolvida a partir das etapas propostas pela literatura. Foram utilizadas as bases de dados Public Medline

ou Publisher Medline (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)

e Scientific Electronic Library Online (SciELO), com artigos originais classificados pelos unitermos "Crise

Hipertensiva" e "Emergência Hipertensiva", selecionando-se os artigos publicados entre 2000 e 2018.

Foram encontrados 27 artigos, sendo 40% deles nacionais, 50% dos Estados Unidos e 10% de outros países,

as referências foram verificadas. Resultados: Após a análise das comorbidades entre doenças crônicas e

possíveis causas da emergência cardiovascular hipertensiva, observou-se que a capacidade de lesão de

órgãos terminais identifica, primordialmente, a gravidade e o risco de morte iminente, fator importante para

a agilidade e a eficácia do atendimento. Estudos referiram, também, que como as manifestações clínicas

refletem importante relação com o acometimento orgânico, a sua minuciosa investigação faz-se necessária

para a identificação das possíveis lesões e a ideal intervenção. Para tal, alguns dos exames usados nessa

pesquisa são ECG, Rx Tórax, urina, ureia, creatinina e, se houver achados neurológicos, TC de

crânio. Conclusão: O tratamento consiste em, inicialmente, diferenciar as crises hipertensivas das urgências

hipertensivas (UH), avaliado pelo grau de lesão ao órgão-alvo em associação com o controle dos níveis de

PA a partir de vasodilatadores de ação direta e bloqueadores adrenérgicos, com fins à prevenção de eventos

mórbidos, já que o manejo inadequado poderá acarretar complicações desastrosas, incluindo o óbito. O

manejo subsequente, com atenção no controle dos valores crônicos da PA, é importante como o tratamento

correto da fase aguda, possibilitando um bom prognóstico.

Palavras-chave APS; crise hipertensiva; emergência cardiovascular.

Page 75: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Eventos tromboembólicos em pacientes com flutter atrial e fibrilação atrial.

Joana Angélica Rodrigues Rocha; Bruno Henrique Arruda de Paula, Felipe Montenegro Cavalcanti Sobreira

Santos, Karoline Frazão Bezerra, Rayanne Kalinne Neves Dantas, Tiago Wanderley Queiroga Lira.

Introdução: A fibrilação atrial (FA) é atribuída a múltiplas ondas pequenas com reentrada caótica dentro

dos átrios. Nesse caso, os átrios não se contraem e o sistema de condução atrioventricular é bombardeado

por estímulos elétricos variados, acarretando inconsistência de transmissão do impulso e frequência

ventricular irregular e taquicárdica. Já o flutter atrial (FLA) é um ritmo atrial rápido e regular decorrente

de circuito reentrante atrial, no qual os átrios despolarizam-se a uma frequência de 250 a 350 bpm. São

tomadas medidas para prevenir tromboembolismo, sendo os pacientes com maior risco identificados

através do escore de CHA2DS2-VASc. Objetivos: Compreender os riscos e eventos tromboembólicos

aos quais os pacientes com diagnóstico de flutter atrial e fibrilação atrial são expostos, principalmente

sobre o AVE. Métodos: Para o presente estudo foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema. Nos

últimos 5 anos, foram encontrados 60 artigos com as palavras-chave: “flutter”, “fibrilação atrial” e

“doença tromboembólica”, tanto em inglês quanto em português, utilizando como base de dados o

PubMed, Scielo, Google Acadêmico e JAMA (Jornal da Associação Médica Americana). Destes, 12

estavam de acordo com a temática. Resultados: Uma das principais causas de morte no Brasil é o AVE.

Entre as causas deste, de origem cardíaca, temos a FA como a principal, seguida pelo FLA. A maioria das

diretrizes indicam a anticoagulação oral aos pacientes portadores de FA ou FLA, com CHA2DS2-VASc

escore ≥ 2, para que os eventos tromboembólicos sejam prevenidos. Entre 2001 a 2012, foram observados

219.416 pacientes, onde 188.811 indivíduos tinham FA, 6.121 tinham FLA, e o grupo controle era

composto por 24.484 pacientes. Do ponto de vista de significância estatística, a incidência de AVE

isquêmico no grupo com FA em qualquer pontuação de CHA2DS2-VASc e no grupo com FLA com

escores VASc de 5 a 9 foram maiores que a incidência no grupo controle. Deste modo, os anticoagulantes

orais devem ser considerados para pacientes com FLA e pacientes com FA quando o CHA2DS2-VASc

for ≥ 5. Deste modo, os anticoagulantes orais devem ser considerados para pacientes com FLA e

pacientes com FA quando o CHA2DS2-VASc for ≥ 5. Conclusão: Após eventos de FA e FLA, é de

grande importância o uso de anticoagulantes orais, a fim de evitar uma grave complicação que é o AVE,

sendo considerado o uso dessas drogas principalmente naqueles pacientes com CHA2DS2-VASc ≥ 5.

Todavia, por meio de estudos, foi observado que existe um maior índice de mortalidade entre pacientes

com FA do que naqueles com FLA, o que leva à reflexão se a adoção de terapêutica semelhante para

ambas patologias é correta.

Palavras-chave: flutter atrial, fibrilação atrial, doença tromboembólica.

Page 76: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A implacável importância do atendimento rápido e adequado à fratura de pelve: um relato

de caso.

Marílya Vitórya dos Santos Silva; Luciano da Silva Lopes ; Letícia Lemos Rios Vital; Fernando de Paiva

Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana

Introdução: O anel pélvico é uma estrutura de extrema importância por sustentar o assoalho pélvico e

fornecer proteção para as estruturas abdominais e pélvicas. As fraturas nessa região são de alta letalidade,

sobretudo pelas lesões associadas em vísceras e tecidos moles. Suas taxas de mortalidade variam entre 10 a

50%, necessitando de diagnóstico e tratamento especializados e imediatos. Essas fraturas traumáticas são

decorrentes de trauma de alta energia cinética e resultam de colisões com veículos motorizados, colisões

com motocicleta, quedas, lesões por esmagamento e colisões entre automóveis e pedestres. Ademais, a

suspeição desse quadro é feita com base na informação fornecida por profissionais de transporte médico de

emergência relacionado à apresentação do paciente, ao mecanismo da lesão e ao exame físico. Descrição do

caso: paciente G.D.G, 44 anos, sem doenças prévias, vítima de colisão lateral moto/moto (ou colisão em

“T”), oriundo de Bananeiras e trazido pelo SAMU ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa há

cerca de dois meses apresentou disjunção da sínfise púbica, fratura da diáfise proximal do fêmur esquerdo,

fratura exposta do maléolo medial esquerdo, fratura exposta dos ossos do pé e mão esquerdos. Além disso,

o paciente apresentou na data de admissão instabilidade hemodinâmica por hemorragia retroperitonial. Por

se tratar de uma situação grave, esse quadro necessitou de um atendimento imediato para prevenir a perda

excessiva de sangue, choque e morte. Uma das formas eficazes de promover a estabilização desse tipo de

fratura é a utilização de dispositivos de compressão como fixadores externos, o que acabou por ser

instaurado na terapêutica desse quadro, sobretudo pelo seu mecanismo de promoção da redução dos

movimentos dessa região e por permitir o controle da hemorragia em decorrência da formação de coágulos.

A fixação externa da pelve foi feita, nesse caso, com um fixador externo anterior, que é aplicado

percutaneamente aos ossos inominados, e é responsável por promover a rotação interna de uma hemipelve

que se encontra em rotação externa. Conclusão: A adoção de estratégias agressivas para a fixação de

fraturas de pelve com sinais de instabilidade hemodinâmica se faz categórica por promover o controle de

danos de maneira eficaz, o que é crucial para salvar a vida do paciente. Palavras-Chaves: Fratura pélvica,

fixador externo, hemorragia.

.

Page 77: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Intussuscepção intestinal pediátrica: uma revisão bibliográfica.

Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Johana Lara Pinto de Carvalho; Manuella Martins do

Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Alice Slongo; Maria Beatriz Abath Aires de Barros

Introdução: A intussuscepção é uma emergência médica, uma forma de obstrução intestinal que ocorre a

uma taxa histórica de aproximadamente 50 em 100.000 neonatos, é a segunda maior causa de abdome

agudo em crianças, perdendo apenas para a apendicite. Ocorre predominantemente em crianças com idade

inferior a dois anos. Devido à alta incidência e pelo fato de ser uma situação grave, vê-se a importância de

abordar e aprofundar seu contexto clínico, prognóstico e tratamento. Objetivos: Apresentar uma revisão

bibliográfica sobre a intussuscepção intestinal, seu quadro clínico e tratamento, devido à sua grande

relevância cotidiana no cenário pediátrico. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura

através das bases de dados Scielo e PubMed, utilizando os descritores "intussuscepção intestinal", “abdome

agudo” AND "emergência". Foram considerados os resultados a partir de 2015 em inglês ou português.

Resultados: A sintomatologia abdominal é um dos motivos mais frequentes de consulta na urgência

pediátrica, sendo a dor abdominal o sintoma mais referido. A intussuscepção intestinal tem como tríade

clássica dor abdominal, fezes avermelhadas "em geléia" e massa abdominal palpável é observada em menos

de 50% dos casos, tornando difícil seu diagnóstico clínico. Todavia, o diagnóstico de intussuscepção pode

ser efetuado com radiografia simples, ultrassonografia, tomografia computadorizada e enema baritado ou

com gás/solução salina, com variável acurácia. O atraso no diagnóstico pode levar a aumento da morbidade.

Estudos relatam a precisão do PoCUS (Point-of-Care Ultrasound) no diagnóstico de intussuscepção, sendo

possível, através dele, identificar a patologia com alta sensibilidade e alta especificidade. O uso do

ultrassom vem ganhando popularidade como opção inicial para diagnóstico por ser não invasivo, livre de

radiação, indolor, rápido e com custo relativamente baixo em comparação com outros métodos radiológicos.

O manejo da intussuscepção tem evoluído desde um tratamento exclusivamente cirúrgico até um enfoque

multidisciplinar em que a maioria dos casos é resolvida por técnicas de redução sob controle radiológico,

por meio de enemas de bário, solução salina ou ar. No caso do intestino, representante da maioria dos casos

de intussuscepção, esta pode ser classificada em entérica, ileocólica, ileocecal e colocólica. Se houver

irritação peritoneal, o paciente deve ser tratado cirurgicamente. Em caso de intussuscepção ileocólica e

nenhum sinal de irritação peritoneal, são indicadas as reduções pneumática ou hidrostática. Conclusão: A

intussuscepção é um tema de relevância, devido ao fato da taxa de mortalidade aumentar rapidamente se a

invaginação não for reduzida nas primeiras 24 horas. Assim, a associação de uma apurada avaliação

clínica com exames de imagem fornecem informações suficientes para um diagnóstico precoce.

Palavras-chave: intussuscepção, emergência, pediatria

Page 78: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Análise da mortalidade brasileira por parada cardiorrespiratória e da efetividade da

ressuscitação cardiopulmonar entre os estados brasileiros.

Amanda Souza Fernandes; Bruno Leal Martins; Igor de Araújo Batista Pontes; Karoline Frazão Bezerra;

Maria Eduarda de Arruda Carvalho; Nathalia Gabrielle Brito Bezerra.

Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) consiste na interrupção súbita da circulação sistêmica e

respiração, com indicação de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediata. Esta, quando bem-sucedida,

depende de uma sequência sistematizada de procedimentos para que haja uma elevação nas taxas de

sobrevida. No Brasil, mais de 630 mil pessoas são vítimas de morte súbita por ano, e metade dos óbitos

ocorrem antes da chegada ao hospital ou do início do atendimento. Sabe-se que uma parcela importante dos

óbitos é da população pediátrica, contudo, as crianças apresentam maior probabilidade de resposta à

reanimação. Objetivo: Este trabalho visa analisar quantitativamente as mortalidades por PCR nas diferentes

regiões brasileiras, observando as faixas etárias mais recorrentes e analisando os possíveis fatores que

contribuem para a manutenção de suas altas taxas. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter

epidemiológico, observacional, transversal e restrospectivo. O mesmo tem como base os dados do

Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde em relação às mortalidades por PCR, como

categoria do CID-10, subdivididas de acordo com as faixas etárias e o local de ocorrência (estados e

regiões), entre os anos de 2007 e 2017. Resultados: A mortalidade por PCR apresentou uma tendência

ascendente a partir de 2011, com destaque para os anos de 2016 e 2017 pela quantidade de óbitos, o que

questiona a efetividade na abordagem da mesma. Há uma prevalência geral de eventos em pessoas com

mais de 80 anos e aumento proporcional à idade. Nas faixas etárias iniciais, há um menor quantitativo de

mortes, contudo, nas regiões Norte e Nordeste podem ser destacados índices elevados entre 0 e 1 ano. Esse

fator aponta para uma dificuldade no manejo de crises cardíacas e respiratórias no recém-nascido, como

também o acesso mais difícil ao serviço de emergência nessas regiões, visto que a probabilidade de resposta

à RCP nessa faixa etária é mais elevada. A região Sudeste lidera o número de óbitos, seguida pelo Nordeste,

Sul, Norte e Centro-Oeste, o que pode ser atribuído à imensa densidade populacional na região Sudeste,

bem como à frequência de morbidades e fatores de risco no local. Conclusão: O Brasil permanece com

altos índices de mortalidade por parada cardiorrespiratória com o passar dos anos, indagando-se quão

oportunas e efetivas estão sendo as intervenções pré-hospitalares e hospitalares neste evento. É fundamental

ratificar a importância do bom preparo de profissionais médicos para o atendimento imediato desses casos,

mas também é importante ressaltar a necessidade do país de realizar a instrução e a educação continuada da

população para suporte e intervenção, visto que, em muitos ambientes, o acesso de profissionais treinados

não ocorrerá em tempo hábil de salvar a vida do paciente. Todavia, é sempre importante lembrar que o

avanço da idade gera maiores riscos, sendo necessário o reconhecimento das forças e das limitações das

terapias propostas.

Palavras-chave: Morte Súbita Cardíaca; Mortalidade infantil; Parada Cardíaca; Reanimação

Cardiopulmonar; Registros de mortalidade;

Page 79: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Análise epidemiológica dos acidentes com animais peçonhentos na Paraíba.

Tobias Sampaio de Lacerda, Karen Abrantes Coura, Rayanne Oliveira da Silva, Gabriel Pereira

Reichert, Letícia Pereira Imperiano, Igor Aleksandr Alencar Martins de Ferrer e Arruda

INTRODUÇÃO: Os acidentes por animais peçonhentos foram incluídos pela OMS na lista de doenças

tropicais negligenciadas, acometendo predominantemente populações de baixa renda que habitam em áreas

rurais. Dentre os animais que mais causam acidentes, estão: escorpião, cobra e himenópteros (abelhas,

formigas e vespas). Sendo assim, configura-se como um importante problema de saúde pública no contexto

do Estado da Paraíba, tendo grande relevância clínica e epidemiológica. OBJETIVO: O presente estudo

tem como objetivo descrever a prevalência dos acidentes por animais peçonhentos na Paraíba entre 2007 e

2019. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, retrospectivo, sobre acidentes com animais peçonhentos

na Paraíba, realizado no período 2007 a 2019, a partir da plataforma DATASUS. Foram variáveis

analisadas: sexo, evolução do caso e tipo de acidente. RESULTADOS: Foram notificados 47.444 casos no

estado da paraíba, sendo os acidentes por picada de escorpião os mais prevalentes, com 74% das

notificações (35.227), seguido por acidentes por picada de serpente com 12% (5.538) e por picada de

abelhas com 4,2% (2.012). Os acidentes envolvendo o público masculino correspondem a 21.464 casos,

sendo 63% (13.627) por picadas de escorpião e 36% (4.071) por picadas de cobra. Já no público feminino

houve 21.580 (83%) casos de acidente por escorpião, para 1.463 (16%) casos de acidente por cobras. Ao

observar a evolução dos pacientes, 91% (43.249) atingiram a cura, enquanto 0,15% (63) evoluíram com

óbito, sendo desses 26 por picada de serpente e 25 por picada de escorpião. A prevalência de óbito das

vítimas de picada de escorpião está para 1.354 casos/óbito, enquanto com os acidentes com cobras chegam a

213 acidentes/óbito.CONCLUSÃO: O acidente mais frequente foi o causado por escorpião, seguido pelos

acidentes por cobra. A maior quantidade de notificações foi vista no sexo feminino. Embora a grande

maioria dos acidentes por animais peçonhentos sejam causados por escorpião, a letalidade do ataque por

cobra é proporcionalmente maior, a partir da relação acidentes/óbito. Ao destacar essa correlação, é possível

traçar medidas preventivas a fim de reduzir o número de casos, por consequência, de complicações maiores

para os pacientes e para o sistema de saúde pública.

Palavras-Chaves: Animais peçonhentos, Acidentes, Epidemiologia.

Page 80: APRESENTAÇÃO PÔSTER

As principais alterações fisiológicas em pacientes adultos no resgate aéreo: revisão

bibliográfica.

Élen Regina Soares da Costa; Saulo Costa Nunes; Júlia Amélia Silva Melo

Introdução: A utilização do Transporte Aeromédico - TAM é destinada às vítimas que estão em estado

crítico e assim, muitas vezes, torna-se uma alternativa para que o indivíduo receba o tratamento em um local

especializado. Em se tratando de Atendimento Pré-Hospitalar - APH móvel, o uso do TAM tem como

expectativa, a garantia de um rápido suporte no local e o encaminhamento ao hospital de referência, em

menor tempo, e com recursos necessários para o APH avançado. Esse transporte é regulamentado pela

Portaria nº 2048 de 2002, que estabelece as diretrizes da área e deve contar com uma equipe composta por o

piloto, um médico e um enfermeiro. Assim, estudos demonstram uma preocupação sobre a segurança,

focando os riscos aferidos e calculados, sobre as possíveis alterações fisiológicas que o organismo

experimenta durante o voo. Objetivo: Reconhecer as principais alterações fisiológicas em pacientes adultos

durante resgate aéreo, fornecendo informações, diretrizes e recomendações pertinentes ao tema abordado.

Materiais e métodos: O estudo é uma revisão bibliográfica de caráter descritivo e exploratório realizado

através de pesquisas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) publicados nos últimos 10 anos.

Resultados e discussões: Para realizar o translado aéreo, deverá ser tomado a decisão abalizada sob

criteriosa avaliação dos benefícios potenciais, ponderados contra os riscos potenciais da vítima. Essa

avaliação pode refletir de modo expressivo na patologia do paciente, sendo fundamental a adequação

terapêutica segundo as condições de voo. Pois, a fisiologia humana altera de acordo com a mudança de

altitude. Dentre os efeitos, podem-se destacar expansão volumétrica, temperatura e redução da umidade. Em

relação à expansão volumétrica, portanto, à medida em que a altitude do indivíduo aumenta, o volume de

qualquer cavidade preenchida por gás também aumentará. Devido a isto, há o risco, por exemplo, de

pneumotórax, aumento da pressão intracraniana, dentre outras complicações. Em relação à temperatura,

conforme a altitude aumenta, a temperatura do ar cai 2ºC para cada aumento de 1.000 pés de altura. Assim,

a desidratação ocorre rapidamente em altitudes mais elevadas, devido à redução da pressão e umidade do ar,

o que provoca mais rápida evaporação da umidade da pele e pulmões. Nesse interim, quanto à redução da

umidade, este fato pode levar a secreções espessas, obstrução de vias e ressecar os olhos do paciente.

Conclusão: Destarte, no transporte aéreo diversas alterações fisiológicas necessitam ser conhecidas e

avaliadas pelos profissionais para o resgate. É necessário o aprofundamento nos estudos acerca dessas

modificações, a fim de fomentar cuidados direcionados num atendimento de melhor qualidade e evitando

possíveis danos aos pacientes que necessitam deste tipo de resgate.

Palavras-chaves: Resgate aéreo, atendimento pré-hospitalar, alterações fisiológicas.

Page 81: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Choque hemorrágico e o manejo de sangramentos e da coagulopatia.

Ana Carolina Souza Diniz; Izabella de Araújo Limeira Neves; Júlia Amélia Silva Melo; Élen Regina Soares

da Costa; Mestra Ana Paula de Jesus Tomé Pereira

Introdução: O trauma é um grave problema de saúde pública, sendo a hemorragia uma das grandes

responsáveis pelos óbitos ocorridos nas primeiras 24h após o incidente, levando o paciente a um quadro de

choque hipovolêmico. Os traumatizados graves podem desenvolver precocemente sérios distúrbios de

coagulação relacionados a resposta imune ao trauma, a grande destruição tecidual, a perda de grandes

volumes de sangue, a fatores de coagulação e a reposição volêmica agressiva com cristaloides utilizada

durante o manejo inicial. Objetivos: Enfatizar a gravidade do choque hemorrágico, com o objetivo de

prevenir hipóxia, inflamação e disfunção orgânica, utilizando-se expansores plasmáticos, vasopressores e

hemocomponentes para garantir oferta tecidual de oxigênio, prevenir e tratar coagulopatias, com a

finalidade de diminuir a morbimortalidade existente. Métodos: Revisão bibliográfica realizada por meio da

leitura e análise de artigos científicos, no período de 2014 a 2019, presentes nas bases de dados SCIELO,

LILACS e MEDLINE. Resultados: Quando se fala no controle rápido de um sangramento em pacientes

graves e/ou vítimas de trauma que se apresentam em profundo choque hemorrágico com sinais de

sangramento ativo e coagulopatia um dos passos a serem tomados é a realização da cirurgia de controle de

danos (CCD). No entanto, além da CCD recomenda-se que seja realizado o manejo cirúrgico definitivo

primário em pacientes que estejam hemodinamicamente estáveis e nos que apresentam quadro de

coagulopatia grave, hipotermia, acidose, lesão anatômica extensa inacessível, ou lesão extensa. Para que

ocorra a ressuscitação inicial da coagulação, no manejo de pacientes com expectativa de hemorragia maciça,

recomenda-se o uso de plasma fresco congelado ou concentrado de hemácias, de acordo com os níveis de

hemoglobina e concentrado de fibrinogênio. Ainda se recomenda administração de ácido tranexâmico na

dose inicial de 1g – infundido em 10 minutos, seguida por infusão intravenosa contínua de 1g ao longo de 8

horas, na fase pré-hospitalar do trauma. Conclusão: É importante que se tenha bem estabelecido como deve

ser o manejo diante de um paciente em choque hemorrágico, mesmo sendo um quadro complexo, há uma

propedêutica que visa manejar a coagulopatia, garantir a oferta de oxigênio, apesar do sangramento, e

reduzir a hipóxia tecidual, a inflamação e as disfunções orgânicas. No mais, para que se possa evoluir, é

importante abordagens terapêuticas baseada em evidências e com objetivos claros sobre a administração de

fluídos, alvos pressóricos e níveis de hemoglobina, a fim de limitar os riscos da sobrecarga hídrica e da

terapia transfusional.

Page 82: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A importância do atendimento emergencial em pacientes com exacerbação asmática: uma

revisão bibliográfica.

Johana Lara Pinto de Carvalho; Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Manuella Martins do

Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Maria Beatriz Abath Aires de Barros; Alice Slongo

Introdução: As exacerbações agudas da asma são advindas da piora dos sintomas e da função pulmonar.

Podem ocorrer mesmo com um pequeno estímulo e se torna pior caso os pacientes sejam mais atópicos.

Dentre os fatores que podem desenvolver o processo de exacerbação estão: infecção respiratória do trato

superior, alérgenos espalhados no ambiente, como também, a baixa resposta à medicação de manutenção.

Dessa maneira, a melhor forma de controlar o processo de exacerbação é identificar de modo rápido e

intervir por meio da utilização dos melhores métodos, a fim de reduzir o tempo de sofrimento do paciente e

evitar possíveis complicações que possam levar ao óbito. Objetivos: Identificar os métodos de diagnóstico

de tratamento de um paciente que está em um processo de exacerbação asmática na emergência.

Metodologia: Estudo descritivo de caráter retrospectivo e natureza qualitativa, baseado em informações

obtidas a partir da pesquisa de artigos nas bases de dados Pubmed e Uptodate, nos idiomas inglês e

português correspondentes aos anos de 2017 a 2019. Resultados: O processo de exacerbação asmática fatal

ou quase fatal pode ocorrer independentemente se for do tipo leve, moderada ou grave. De acordo com

estudos de observação clinica, a maioria dos pacientes que chegam ao óbito devido à asma têm como

característica ser de início lento e com predomínio eosinofílico. Já no caso da asma fatal de inicio rápido,

esta é menos frequente e mais severa, ao ponto de causar a morte do paciente devido ao broncoespasmo

com predomínio de neutrófilos. Desse modo, para diagnosticar, inicialmente deve ser avaliado sinais

clínicos como taquipneia, taquicardia, uso de musculatura acessória e incapacidade de falar frases

completas. Como medida de intervenção, é preciso o fornecimento de oxigênio a fim de estabilizar o drive

respiratório e o uso de agonistas beta dois adrenérgico inalatórios de curta ação associado a anticolinérgicos

e corticoides sistêmicos, para agir de forma sinérgica e garantir a sobrevida do paciente. Conclusão: A

exacerbação asmática é um processo que necessita de ação imediata por parte da equipe médica, associado à

educação do paciente sobre os sinais e sintomas, com objetivo de que a procura pelo atendimento médico e

a prática das intervenções ocorram em menor tempo previsto. Logo, o diagnóstico e a utilização de

medicações que atuem de modo rápido e sistêmico são comprovadamente eficazes nestas situações, a fim de

reduzir cada vez mais os índices de morte provenientes dessa doença.

Palavras-chave: asma, emergência, intervenção

Page 83: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Ventilação não invasiva no atendimento pré-hospitalar ao edema agudo de pulmão

Taynah de Almeida Melo; Andréa Guedes Pereira Pitanga de Moura, Anna Luiza Ribeiro Coutinho Ummen

de Almeida, Iane Alves de Lemos, Luiz Gustavo César de Barros Correia e Paula Celyanne de Melo.

INTRODUÇÃO: O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome clínica de causas diversas que ocorrem

devido ao acúmulo de líquido nos espaços intersticiais e alveolares; ocorre hipoxemia, redução de

complacência pulmonar, aumento trabalho respiratório e anormalidades de fração ventilação/perfusão

(V/Q). O EAP pode ser dividido: origem cardiogênica (EAPc) e não-cardiogênica; No EAPc, a relação V/Q

encontra-se alterada, com elevação de gradiente alvéolo-arterial e diminuição da pressão parcial de O2. A

ventilação mecânica não invasiva (VMNI) é um método simples e eficaz no atendimento de urgência pré-

hospitalar. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da VMNI no tratamento do EAPc no atendimento pré-hospitalar.

MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura, com abordagem integrativa, através das plataformas Scielo,

PubMed, Google acadêmico, com base nos descritores: Ventilação Não Invasiva, Edema Agudo do Pulmão

e Pré-hospitalar; RESULTADOS: As técnicas de VMNI é um potente vasodilatador pulmonar, causando

aumento da complacência alveolar e da capacidade residual funcional, com redução do Shunt intrapulmonar

e melhora considerável da relação V/Q. CONCLUSÃO: A VMNI é uma estratégia que deve ser encorajada

pelos profissionais médicos e de equipes de atendimento pré-hospitalar; o fato de reduzir shunt

intrapulmonar e hipóxia, acarreta em redução de mortalidade no atendimento pré-hospitalar ao paciente com

EAPc.

PALAVRAS-CHAVE: Ventilação Não Invasiva, Edema Agudo do Pulmão, Pré-hospitalar.

Page 84: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Gravidez ectópica rota: uma emergência obstétrica.

Ana Beatriz Onias Alves da Silva; Layse Alves de França Almeida; Juliana Oliveira de Alcantara; Nathalia

Oliveira Marques; Bruna Sampaio Lopes Costa; Luís Carlos Vieira Batista Júnior.

INTRODUÇÃO: A gravidez ectópica é um tipo de gravidez em que o concepto se implanta fora da

cavidade endometrial, ocorrendo predominantemente nas tubas uterinas. Quando há o rompimento da

trompa na gestação ectópica tubária, a gestante pode se apresentar em um quadro de hipotensão, taquicardia,

dor à palpação abdominal e sangramento vaginal. É uma importante causa de morte materna e tem como um

de seus principais diagnósticos diferenciais o abdômen agudo, sendo necessário o diagnóstico e tratamento

precoces. Apresentamos uma revisão da literatura relacionada e discutimos suas variadas características

clínicas, caracteres imaginológicos, diagnóstico, diagnóstico diferencial e condutas terapêuticas.

OBJETIVOS: Compreender em que se consubstancia uma gestação ectópica rota, bem como entender que

se trata de uma emergência obstétrica porque causa hemorragia materna e risco de morte, sendo essencial o

diagnóstico imediato. Ainda, objetiva a realização de uma ampla revisão de literatura sobre a temática.

MÉTODOS: Uma pesquisa bibliográfica abrangente através do PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em

Saúde (BVS) e Springer Link, usando como palavras-chave: gravidez ectópica, manejo, quadro clinico. As

literaturas relevantes publicadas em inglês, português e espanhol foram revisadas. RESULTADOS: A

incidência da gravidez ectópica rota tem crescido nos últimos anos devido a alguns fatores, como a

disseminação de infecções do trato genital por clamídia e gonococos, o que tem elevado o número de

mulheres com sequelas tubárias. Dentre os casos de gravidez ectópica rota, foi possível observar que a

maioria das mulheres apresentava no quadro clinico os sinais de Blumberg, Cullen e Laffon positivos, bem

como o grito de Douglas ao toque vaginal. Os diagnósticos foram feitos principalmente por imagens de

ultrassom, bem como pela gonadotrofina coriônica humana, endoscopia ginecológica, exame físico e

história clínica. Com relação ao manejo dessas pacientes na sala de urgência, foi visto que em casos graves,

a reposição volêmica e de hemoderivados é uma das principais condutas para que não evolua para um

quadro de choque. A paciente deve ser rapidamente encaminhada para realização do tratamento cirúrgico,

que deve ser preferencialmente feito pela via laparoscópica, havendo possibilidade de histerectomia,

colostomia, conversão para laparotomia e internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

CONCLUSÃO: A apresentação clínica inespecífica e o atraso diagnóstico presente em muitos casos

representam um desafio para os profissionais de saúde, para que possam realizar um gerenciamento

oportuno e preciso. Exames radiológicos integrados, comunicação e cooperação entre ultrassonografistas e

ginecologistas desempenham um papel vital na precisão do diagnóstico e na seleção do método terapêutico

ideal para uma gravidez ectópica rota. Por fim, o tratamento rápido e eficaz é imprescindível e primordial

para a diminuição da morbimortalidade materna.

Palavras-chave: Gravidez Ectópica; Manejo; Quadro Clínico.

Page 85: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A importância do exame ultrassonográfico na sala de emergência.

Johana Lara Pinto de Carvalho; Brendha Cordeiro Sousa Pimentel Rodrigues; Manuella Martins do

Nascimento; Beatriz Bastos Motta Barreto; Maria Beatriz Abath Aires de Barros; Alice Slongo.

Introdução: O uso da ultrassonografia (USG) é de grande importância na sala de emergência, visto que

possibilita um diagnóstico precoce e, portanto, melhor prognóstico e terapêutica adequada. Essa ferramenta

é muito valiosa no contexto atual, pois traumas graves são a principal causa de óbito e incapacidade em

jovens adultos, com alta mortalidade se não houver rápida intervenção. Objetivos: Apresentar uma revisão

bibliográfica sobre o uso da USG na sala de emergência e sua importância. Métodos: É uma revisão

integrativa da literatura através das bases de dados Scielo e PubMed. Foram considerados resultados a partir

de 2015 em inglês ou português. Resultados: O uso da USG à beira do leito é uma técnica de imagem não

invasiva e prontamente disponível que pode complementar a avaliação clínica. Suas principais vantagens

incluem o fato de que médicos com habilidades básicas em USG podem realiza-lo pela praticidade de

execução e, em situações de extrema emergência, evita a necessidade de transportar o paciente para sala de

radiologia, havendo a grande utilidade em orientar as condutas nesses pacientes de forma rápida. A

principal causa de morte no Brasil, em pacientes com idade inferior a 45 anos, está relacionada ao trauma.

Diante disso, o protocolo FAST (Focused Assesment with Sonography for Trauma) é utilizado para

avaliação inicial rápida e objetiva de trauma abdominal e pericárdico, a fim de identificar presença de

líquido livre intracavitário. Ainda, apresenta taxas de 44% e 95% para sensibilidade e de 84% a 100% para

especificidade, respectivamente. Com o objetivo de melhorar a avaliação do paciente, desenvolveu-se uma

extensão do protocolo FAST, denominada EFAST, que ampliou a avaliação antes reservada à parede

abdominal e cardíaca para a cavidade torácica, possibilitando a detecção de pneumotórax e hemotórax. O

protocolo Bedside Lung Ultrasound in Emergency (BLUE) demonstrou elevado rendimento diagnóstico em

pacientes com insuficiência respiratória aguda (IRpA). Sabendo-se que as principais causas de IRpA na

emergência incluem infecções, como a pneumonia, e IRpA de origem cardiogênica, o uso do ultrassom

pulmonar (USP) facilmente consegue distinguir entre essas causas. Estudos de acurácia diagnóstica do USP

mostraram que a sensibilidade e a especificidade do USP comparado ao diagnóstico final foram de 88% e

90% para pneumonia e de 86% e 87% para edema pulmonar cardiogênico, respectivamente. Conclusão: O

uso do USG à beira do leito vem aumentando, sendo amplamente reconhecido no tratamento do trauma.

Com a popularidade do PoCUS (Point-of-Care Ultrasound), o FAST continuou a evoluir, melhorando o

diagnóstico do trauma em todas as etapas do ABCDE primário. Assim, com a otimização do tratamento do

trauma, o interesse na USG da medicina de emergência aumentou, bem como a necessidade de publicações

sobre o tema.

Palavras-chave: ultrassonografia, emergência, diagnóstico.

Page 86: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Manejo da intoxicação exógena na criança: uma emergência pediátrica.

Breno Mangueira Dantas; Laryssa Maria Martins Morais; Laíse Carvalho Pereira Buriti; Larissa

Carvalho Pereira Buriti; Matheus Rodrigues de Souza; Paloma Sousa Barbosa.

INTRODUÇÃO: A intoxicação exógena está relacionada à introdução no organismo de substâncias em

doses nocivas, podendo levar ao comprometimento da funcionalidade fisiológica do corpo. As crianças

apresentam maior risco para intoxicações por causa do seu comportamento curioso e exploratório,

aumentando assim, sua exposição aos agentes tóxicos. A intoxicação exógena na criança é considerada uma

emergência pediátrica potencialmente grave, mesmo que a vítima esteja assintomática, uma vez que possui

alta morbidade, podendo provocar sequelas desastrosas caso o indivíduo não seja socorrido a tempo, e alta

mortalidade. OBJETIVO: Apresentar uma revisão bibliográfica acerca da importância da abordagem inicial

da intoxicação exógena aguda na infância. MÉTODOS: Realizou-se busca nas bases Scielo®, Pubmed®,

sobre o manejo da intoxicação exógena na criança, tendo sido selecionados sete artigos compreendidos

entre os anos de 2015 e 2020. RESULTADOS: As intoxicações exógenas representam uma das emergências

médicas mais comuns e constituem um relevante problema de saúde pública. A indiligência e escassez de

orientação dos pais podem contribuir para que ocorra esse tipo de acidente, que na maioria dos casos, ocorre

em ambiente doméstico, devido, principalmente, ao armazenamento inadequado de produtos tóxicos, ao

fácil acesso a medicamentos e ao pouco incentivo às medidas preventivas. A faixa etária mais atingida está

entre um e quatro anos de idade, fase relacionada ao desenvolvimento psicomotor e a habilidade de

interação da criança com o ambiente, demandando atenção severa de seus cuidadores a fim de prevenir

acidentes. No manejo emergencial da intoxicação exógena, a avaliação clínica inicial deve identificar

situações de risco iminente de morte. Dessa forma, a prioridade no exame físico é avaliar as condições

respiratórias, a função cardiovascular e a presença de alterações neurológicas, para que posteriormente

possa ser realizada a correção dos distúrbios que representam risco para a vida e a manutenção do paciente

em condições adequadas até que tenha se estabelecido o diagnóstico definitivo para que se possa diminuir a

exposição do organismo ao tóxico, reduzindo o tempo e a superfície de exposição ou a quantidade do agente

químico em contato com o organismo. A conduta será determinada de acordo com a via da absorção do

tóxico. CONCLUSÃO: É notória a gravidade dos acidentes por intoxicação na população infantil. Por ser

prevenível, os casos podem diminuir conforme medidas preventivas forem realizadas, e os pais e cuidadores

forem orientados quanto a segurança das crianças nos ambientes familiares. A criança vítima de

intoxicações exógenas, mesmo quando assintomática, deve receber os cuidados e ser avaliada, além de ficar

em observação por um período de, pelo menos, seis horas em unidade hospitalar, sendo capaz de obter alta

caso permaneça assintomática.

Palavras-Chave: Envenenamento; Criança; Emergências.

Page 87: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Detecção precoce da pré-eclâmpsia e sua importância na redução da morbimortalidade

materno fetal.

Ana Beatriz Onias Alves da Silva;Juliana Oliveira de Alcantara; Layse Alves de França Almeida; Bruna

Sampaio Lopes Costa; Nathalia Oliveira Marques; Luís Carlos Vieira Batista Júnior.

INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia é uma das principais síndromes hipertensivas e afeta cerca de 5% das

gestações em todo o mundo. Sua definição mais recente a caracteriza como sendo a presença de hipertensão

de início recente com ou sem proteinúria, causando danos a órgãos maternos, como rins e fígado e

complicações neurológicas e hematológicas, que ocorre após 20 semanas de gravidez. Trata-se de uma das

complicações que têm contribuições substanciais na morbimortalidade materna e fetal, podendo contribuir

para a prematuridade do feto e doença cardiovascular a longo prazo na mãe e, se não for tratada de forma

adequada, pode ser letal. OBJETIVOS: Descrever a importância da detecção e tratamento precoces da pré-

eclâmpsia e sua contribuição na diminuição da morbimortalidade materno fetal. MÉTODOS: Trata-se de

uma Revisão de Literatura realizada através das plataformas PubMed, Scielo, Cochrane, Biblioteca Virtual

em Saúde e Google Acadêmico, utilizando os descritores: Complicações na Gravidez, Eclâmpsia e Pré-

eclâmpsia. Foram selecionados e revisados artigos em português, inglês e espanhol publicados entre 2016 e

2020. RESULTADOS: A pré-eclâmpsia pode ocorrer de forma severa ou não severa e a evolução da forma

não severa pode se dar de forma gradual ou abrupta. Por isso, deve-se identificar os fatores de risco na

primeira consulta do pré natal, como história pregressa de pré-eclâmpsia, história familiar de pré-eclâmpsia

em parente de primeiro grau e idade materna avançada, e observar os sinais e sintomas indicativos de pré-

eclâmpsia no decorrer da gestação para tomar as atitudes preventivas que o quadro requer e assim diminuir

as chances de complicações que comprometam a vida materna ou fetal. Dentre os sintomas indicativos de

pré-eclâmpsia durante a gestação estão: cefaleia persistente e/ou grave, anormalidades visuais, dor

abdominal, dispneia e dor retroesternal. Testes preditivos vêm sendo desenvolvidos utilizando

biomarcadores, fatores de risco e ultrassom, obtendo boa acurácia na predição de pré-eclâmpsia. O parto

ainda é o único tratamento definitivo, entretanto, o uso de novas terapias tem sido constantemente estudado

para melhorar as complicações e prolongar as gestações. Em mulheres com alto risco de desenvolvimento

da patologia, a profilaxia com aspirina em doses baixas tem efeitos preventivos, mas a magnitude do

benefício é variável e depende de diversos fatores. CONCLUSÃO: É fundamental que as equipes que

atendem gestantes se atualizem sobre o diagnóstico e o manejo da pré-eclâmpsia, como também, tenham

treinamento prévio para enfrentar esse tipo de situação. Além disso, faz-se necessária a identificação de

fatores de risco e a observação dos sinais de gravidade e sintomas clínicos da pré-eclâmpsia, de forma

precoce, a fim de diminuir a morbimortalidade materna, fetal, perinatal e as complicações decorrentes dessa

patologia.

Palavras-chaves: Complicações na Gravidez, Eclâmpsia, Pré-eclâmpsia.

Page 88: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O manejo da crise hipertensiva na emergência pediátrica.

Paloma Sousa Barbosa; Breno Mangueira Dantas; LÍvia Soares de Oliveira ; Matheus Rodrigues de Souza;

Rachel de Souza Aquino; Yasmin Farias Pinto.

Introdução: A Crise Hipertensiva na infância é a elevação súbita da pressão arterial basal a níveis

potencialmente prejudiciais. Estima-se que 1% de toda a população pediátrica (inclusive adolescentes) tem

hipertensão, sintomática ou não. A maioria dos episódios corresponde à Hipertensão Arterial Sistêmica

estágio 2 (PAS e/ou PAD > P 99* + 5 mmHg), podendo ocorrer em uma criança sabidamente hipertensa, ou

como apresentação primária. Normalmente a hipertensão grave e sintomática em pediatria está associada à

uma doença de base. A investigação inicia-se pela história clínica, com o interrogatório sobre os principais

sinais e sintomas referentes às principais causas de hipertensão arterial em pediatria. Pode ser acompanhada

de disfunções orgânicas decorrentes da rápida elevação da pressão que se manifestam no SNC através da

encefalopatia hipertensiva e AVC isquêmico ou hemorrágico, podem atingir o coração através insuficiência

cardíaca congestiva, os rins através de insuficiência renal aguda e a retina através de papiledema ou

hemorragia retiniana. Objetivo: Produzir uma revisão bibliográfica com ênfase na avaliação de pacientes

pediátricos com crise hipertensiva, sua classificação e principais condutas iniciais. Método: Foram

selecionados 9 artigos nas bases de dados do Pubmed, UpToDate em inglês e português utilizando os

descritores Emergência pediátrica e Crise hipertensiva. Resultados: Qualquer uma das causas de

Hipertensão Arterial em pediatria pode apresentar-se sob a forma de crise hipertensiva, necessitando

intervenção imediata do pediatra emergencista ou em unidades de terapia intensiva. Quanto menor for à

idade da criança e maior o nível de elevação pressórica, mais provavelmente a crise é secundária. Os

exames laboratoriais e radiológicos mais utilizados no diagnóstico etiológico da crise hipertensiva são:

função renal, eletrólitos, urinálise e urocultura, hemograma completo, radiografia de tórax,

eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada de crânio, ultrassonografia de rins e vias

urinárias com Doppler de vasos renais e exame de fundo de olho. Havendo disfunção orgânica, caracteriza-

se como uma emergência hipertensiva e a avaliação e conduta inicial devem ser realizadas apenas depois de

completada a assistência ventilatória e/ou hemodinâmica adequadas. Conclusão: O pediatra no serviço de

emergência deve estar ciente da diferença entre Urgência e Emergência Hipertensiva. A sintomatologia

apresentada pelos pacientes em serviços de emergência é de fundamental importância para o desfecho da

crise hipertensiva, podendo prevenir o grave curso dessa complicação hipertensiva. Dessa forma, o

diagnóstico e início de tratamento adequado devem ser prontamente estabelecidos para evitar maiores danos

agudos e sequelas necessidade do diagnóstico e início de tratamento adequado.

Palavras-chaves: Hipertensão, Tratamento de emergência pediátrica.

Page 89: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil epidemiológico da insuficiência cardíaca em campina grande de 2008 a 2018.

Katherine Maia Florentino Silva Nunes; Taynah de Almeida Melo, Ingryd Gabriella Nascimento Santos,

Juliana Barbosa Miranda, Catarina de Lourdes Gesteira Pedreira.

Introdução: As hospitalizações decorrentes da Insuficiência Cardíaca (IC) são um

problema de saúde mundial. No cenário brasileiro, 39% das admissões hospitalares é fruto

de complicações da IC, sendo, 70% destas, em pacientes acima de 60 anos. Por isso, é

preciso investigar os fatores precipitantes e estudar as intervenções que reduzam esses

desfechos. Métodos: Estudo transversal e retrospectivo a partir da base de dados do

Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A amostra é

composta por atendimentos de IC em caráter de urgência, por ano, em Campina Grande e

região metropolitana, entre 2008 e 2018. Assim, foram analisados os dados quanto à faixa

etária, cor/raça e sexo e, posteriormente, correlacionados com a literatura científica.

Resultados: Entre 2008 e 2018, registrou-se 14.852 atendimentos por IC em caráter de

urgência na cidade de Campina Grande e região metropolitana. Percebeu-se um declínio

na prevalência destas hospitalizações, tendo o maior pico em 2012, com 1875

atendimentos e, o menor, em 2018, com 647. O sexo mais prevalente foi o masculino,

totalizando 52% dos casos, o que pode estar relacionado ao fato de que as mulheres

procuram a assistência em saúde com maior frequência. Foi verificado, também, que o

prognóstico da IC é pior nos homens. A faixa etária mais acometida tem idade maior ou

igual a 80 anos, em indivíduos portadores de etiologias diversas, sendo, a isquêmica, a

mais prevalente e com alta frequência de comorbidades associadas, representando 25,4%

dos casos. Tal fato é compreendido com os dados da literatura que mostram que 1 a 2%

da população adulta dos países desenvolvidos tem IC, com prevalência maior (≥ 10%) em

idosos com mais de 70 anos. Observou-se, também, que a raça branca foi mais acometida

durante o período de 2008 a 2012, enquanto que, nos anos de 2013 a 2018, a parda

recebeu maior destaque. No entanto, o efeito da raça sobre o perfil da IC é incerto e

diferentes estudos revelam resultados divergentes. Conclusões: Diante disso, vê-se que o

maior acometimento de idosos do sexo masculino pode estar ligado ao aumento da

expectativa de vida da população brasileira e à baixa assiduidade dos homens aos serviços

de saúde e, consequentemente, menor aderência ao tratamento, quando diagnosticados.

Por ser via final de outras afecções crônicas, a IC é sensível às ações da atenção primária,

sendo de grande valia as práticas educativas que reiterem a importância da prevenção e do

cuidado com a saúde.

Palavras-chave: Sistemas de Informação, Insuficiência Cardíaca, Hospitalização

Page 90: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Os desafios da medicina intensiva em lidar com a insuficiência respiratória aguda na

pediatria.

Paloma Sousa Barbosa ; Breno Mangueira Dantas; LÍvia Soares de Oliveira ; Matheus Rodrigues de Souza;

Rachel de Souza Aquino; Yasmin Farias Pinto.

Introdução: A insuficiência respiratória aguda é a incapacidade do sistema respiratório em manter a

oxigenação e/ou ventilação ocasionando falha no fornecimento das demandas metabólicas do organismo,

causada pela falta de surfactante pulmonar. Está relacionada a vários fatores patológicos, como afecções

neurológicas (Síndrome de Guillian-Barré, Miastenia gravis, Infecções), afecções pulmonares (Obstrução de

vias aéreas superiores, Laringite, Epiglotite, corpo estranho), afecções que alteram a mecânica ventilatória,

alteração no transporte dos gases aos tecidos e distúrbios metabólicos. É uma importante causa de óbito em

crianças em situação grave, internadas na UTI pediátrica. Com base na avaliação da gasometria arterial, a

insuficiência respiratória aguda é definida como: Tipo I (hipoxêmica – PaO2 baixa com PaCO2 normal) ou

tipo II (hipercápnica – PaO2 baixa e PaCO2 elevada). O quadro clínico da insuficiência respiratória pode

variar de acordo com a etiologia e a faixa etária da criança, no entanto a taquipneia é o sinal clínico mais

precoce em qualquer idade, uma vez que para manter a oxigenação próxima ao normal ocorre o aumento do

volume minuto como mecanismo compensatório. Objetivos: Identificar quais são os principais desafios no

manejo da insuficiência respiratória aguda em crianças. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura

iniciada com a identificação do tema e seleção da hipótese de pesquisa; estabelecimento de critérios para

inclusão e exclusão de estudos. Os artigos foram selecionados nas bases de dados do PUBMED/MEDLINE

na qual utilizou-se os seguintes termos com base nos descritores de ciência em saúde: “Pediatric Acute

Respiratory Distress Syndrome” e “death”. Foram encontrados 245 artigos, sendo selecionados 43 por meio

da utilização de filtros de pesquisas. Após a leitura, as publicações estavam alinhadas com os objetivos da

revisão, sendo escolhidas para serem objetos de estudo. Resultados: Atualmente, não existe um método de

tratamento específico para a insuficiência respiratória aguda. Garantir a patência e a manutenção da via

aérea superior, oferecer suporte respiratório (oxigenação e ventilação) reposição de surfactante pulmonar,

oxigenação por membrana extracorpórea, suporte nutricional, otimizar suporte cardiovascular, controle de

líquidos e tratamento da doença de base são as principais estratégias de tratamento. Conclusão: As

emergências respiratórias pediátricas estão entre as causas mais frequentes de internação hospitalar e óbitos

em crianças menores de 1 ano de idade. Desta forma, é essencial o reconhecimento precoce e ações

imediatas de tratamento para prevenir a parada cardiorrespiratória. O diagnóstico precoce e o tratamento

clinico adequado para a insuficiência respiratória aguda ainda são grandes desafios para a medicina

intensiva pediátrica, no entanto, identificação e intervenção precoce são fundamentais para um melhor

prognóstico.

Palavras-chaves: Insuficiência respiratória aguda, Tratamento de emergência pediátrica.

Page 91: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Síndrome de Wallemberg: intervenção precoce e repercussões clínicas em um estudo de caso.

Frederico Augusto Ribeiro Clemente; Luana Fernandes Rocha

. Introdução: A síndrome de Wallenberg (SW), também conhecida como síndrome da artéria cerebelar

posterior inferior, tem etiologia em um acidente vascular cerebral (AVC) na artéria vertebral ou posterior

inferior do cerebelo do tronco cerebral. É a síndrome vascular mais frequente da circulação cerebral

posterior que pode trazer comprometimento da porção lateral do bulbo, onde as estruturas mais afetadas são:

ramo espinhal do nervo trigêmeo, nervo glossofaríngeo, via espinotalâmica, núcleo ambíguo do nervo vago,

pedúnculo cerebelar inferior e as fibras simpáticas descendentes. Dentre as diferentes manifestações

clínicas, encontram-se dificuldade de deglutição, rouquidão, vertigem, náuseas, vômitos, nistagmo,

alteração na marcha e problemas de equilíbrio. Relato de caso: paciente do sexo masculino, 72 anos, deu

entrada na emergência de um hospital de referência neurológica por apresentar um quadro súbito de

disfagia, disfonia, hipertensão arterial, hiperglicemia e tontura. Quanto à marcha, apresentou desequilíbrio

que dificulta a locomoção. Na Tomografia foram identificados diminutos focos microangiopáticos

isquêmicos crônicos na coroa radiada bilateralmente, lesão isquêmica aguda no aspecto póstero-lateral

direito do bulbo, duas lacunas isquêmicas agudas, respectivamente, no hemisfério cerebelar esquerdo e no

lobo occipital direito, de etiologia embólica. Outro achado foi uma obstrução completa do segmento V3 da

artéria vertebral direita, não sendo observado o enchimento da artéria cerebelar inferior posterior ipsilateral.

Foram iniciados anti-hipertensivos orais, anti glicemiantes, além de anti eméticos, hidratação venosa e

suporte da equipe de enfermagem e fisioterapia. Conclusão: A intervenção correta e precoce foi

fundamental, pois, após a alta, o paciente apresentou uma adaptação morfológica das artérias não

comprometidas, contrariando o prognóstico clínico da maioria dos casos de pacientes acometidos com a

Síndrome de Wallenberg.

Descritores: Síndrome de Wallenberg. Acidente vascular encefálico. Irrigação encefálica.

Page 92: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Doenças cardiovasculares prevalentes nos anos de 2008 a 2019 na macrorregião de João

Pessoa, Paraíba: uma análise descritiva.

Byanka Eduarda Silva de ;Júlia Elizabeth Nágrad de Farias Albuquerque; Carolina Cabral de Carvalho;

Karoline Frazão Bezerra; Joana Angélica Rodrigues Rocha; Rayanne Kalinne Neves Dantas;

Introdução: O Brasil possui uma alta prevalência de doenças cardiovasculares crônicas. Nesse leque, a

progressão da maioria dessas doenças culmina em internações hospitalares com grande chance de óbito e

alto gasto financeiro. Objetivos: Analisar os dados referentes à taxa de mortalidade, óbitos, número de

internações e custos hospitalares das doenças cardiovasculares mais prevalentes em João Pessoa, Paraíba,

avaliando o seu impacto socioeconômico para o Sistema Único de Saúde e para a saúde dos habitantes.

Métodos: Foram retirados dados do Sistema de Informação DATA-SUS de quadros de hipertensão primária

e/ou secundária, infarto agudo do miocárdio (IAM), outras doenças isquêmicas e insuficiência cardíaca (IC)

do período de janeiro de 2008 a março de 2019, em pacientes com idade entre 30 e 80 anos ou mais, para

fazer a análise estatística descritiva com o auxílio bibliográfico encontrado nas bases da Scielo e da

Biblioteca Virtual de Saúde. Resultados: Dentre o número de internações e óbitos a insuficiência cardíaca

foi responsável pelos maiores valores absolutos (28.637 e 2.715, respectivamente), porém com o 3º maior

valor médio de custo por internação (R$ 1.218,72), a taxa de mortalidade aumentou aproximadamente

98,6% entre os anos de 2008 a 2012 e diminuiu 26,6% entre 2012 e 2019. Já o IAM, apesar de possuir a

maior taxa de mortalidade (17,55), apresentou um decréscimo de 50,9% entre os anos de 2016 e 2019.

Outras doenças isquêmicas junto ao IAM possuem um alto número de internações (22.338) com 1.909

óbitos. A hipertensão apresentou um aumento na taxa de mortalidade de 26,1% no período de 2008 a 2019,

totalizando também um número consideravelmente alto de internações (9.102) e o menor número de óbitos

(182). Conclusão: É importante ressaltar que a porta de entrada em casos de urgência costumam ser as

UPAs e prontos-socorros, onde são feitos os exames e procedimentos preliminares para diagnóstico e

estabilização do paciente, enquanto ele é regulado para o serviço de referência. Dessa forma, é constatado

que muitas dessas doenças, como nos casos de IAM que apresentam um alto índice de mortalidade devido

ao seu caráter emergencial e elevado custo, constituem um desafio para a saúde pública para a destinação de

verbas. Ademais, na IC, na qual o motivo da internação é uma agudização, é importante inferir que diante

do cenário de saúde pública brasileira, com a existência de políticas de prevenção e promoção de saúde com

atuação da atenção primária é possível evitar a evolução de outras doenças cardiovasculares em IC, a

exemplo das apontadas no estudo, assim, diminuindo o número alarmante de internações e custos referentes

a ela, assim como a taxa de mortalidade, o que beneficiaria os usuários e, por consequência, o Estado.

Palavras-chave: doenças cardiovasculares, taxa de mortalidade, custo, Sistema Único de Saúde.

Page 93: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Emergências psiquiátricas em idosos: perfil epidemiológico.

Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva Melo Neto; Júlio

César Tavares Marques; Vithória Miranda de Souza Vieira; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: O envelhecimento da população é uma tendência mundial indubitável que também atinge o

Brasil, produzindo alterações nas demandas por diversos serviços, como a saúde. Em um recorte especial,

como o serviço de emergência psiquiátrica, observa-se um aumento considerável na busca por esse tipo de

atendimento. Ao analisar-se o perfil epidemiológico desses pacientes, foi observado que a depressão é o

diagnóstico mais prevalente nas emergências psiquiátricas geriátricas. Objetivos: Analisar o perfil

epidemiológico dos pacientes idosos admitidos em serviços de emergência psiquiátrica. Métodos: Estudo

de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual

em Saúde (BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2020, em inglês e

português. Resultados: Diante de análise dos dados epidemiológicos foi possível perceber que a depressão

é a maior causa de emergências psiquiátricas em idosos, sendo constatado por Baldaçara et. Al., na Unidade

de Emergência Psiquiátrica do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (UEP-CAISM), em que 33,7%

dos pacientes geriátricos receberam o diagnóstico de depressão maior. Outro estudo, desenvolvido na Santa

Casa de São Paulo por Almeida, concluiu que 31,3% dos pacientes foram admitidos com depressão. Esses

achados estão condizentes com os trabalhos internacionais, os quais apontam essa patologia como principal

distúrbio psiquiátrico em idosos, como o de Livingston G., Hawkins A., Graham et. Al; Weyerer S, Hafner

H, Mann AH et. Al. Outros fatores constatados para traçar o perfil epidemiológico são que a maioria dos

idosos possui entre 60 e 69 anos (60,4%); a maioria são mulheres (52,4%). A maior parte das condutas

nesses atendimentos foram realizadas no ambulatório (59,0% na Santa Casa de São Paulo e 62,4% no UEP-

CAISM) e internação foi optada em menor grau (20,3 % e 22,7%, respectivamente. Ademais, os estudos

mostram que outros fatores motivam a necessidade de um atendimento de emergência psiquiátrica em

pessoas idosas, como o uso de álcool, demência, abuso de sedativos e psicose, embora em menor grau.

Conclusão: Mediante a investigação sobre o perfil epidemiológico dos pacientes idosos admitidos em

serviços de emergência psiquiátrica, foi possível concluir que tais acontecimentos à saúde do idoso

poderiam ser evitados através dos artifícios da Atenção Básica e das equipes multiprofissionais especialistas

em pacientes geriátricos. A depressão, o uso abusivo de sedativos e de álcool, por exemplo, podem ser

manejados por tais profissionais, e sendo assim, garante-se que não existam maiores custos para a saúde

pública, evita-se exposição desnecessária do idoso ao ambiente hospitalar e, como principal objetivo,

aumenta-se a qualidade de vida do paciente e de sua família.

Page 94: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Pneumomediastino espontâneo na asma: um relato de caso.

Julia Domingues Morales, Hugo Pires Toscano de Britto, Clarissa Giovana Luna de Oliveira,

Thalita Nóbrega Mendes, Victor Carneiro da Fonseca Cartaxo, Constantino Giovanni Braga

Cartaxo.

Introdução: A asma é a doença respiratória crônica mais comum da infância, sendo caracterizada por

inflamação pulmonar e clínica de sibilância, tosse e dispneia, devido a obstrução das vias aéreas. O

pneumomediastino é definido como a presença de ar livre no espaço mediastinal, decorrente do aumento

súbito na pressão intratorácica. Apresenta-se com sintomas de dor torácica, dispneia, tosse, disfonia,

disfagia e dor cervical, podendo ser acompanhado de crepitações cutâneas e, mais raramente, à ausculta

cardíaca. A incidência de pneumomediastino em pacientes asmáticos é de 0,3%, sendo, portanto, uma

emergência pouco comum. Este estudo objetiva relatar o caso de uma paciente que desenvolveu

pneumomediastino espontâneo durante a exacerbação da asma, alertando para essa complicação e como

conduzi-la. Descrição do caso: Paciente A.M.Q., 10 anos, feminino, portadora de asma intermitente leve.

Apresentou, em maio de 2013, quadro de dispneia com início há 12 horas, sendo medicada com formoterol

e fluticasona, sem haver melhora do quadro. Encaminhada para atendimento hospitalar, sendo realizada

rotina para asma no pronto socorro. Evoluiu com dor torácica moderada, retroesternal, contínua, não

ventilatório dependente. À ausculta, havia roncos e sibilos difusos e saturação de O2 86% com FiO2 de

40%. Iniciou-se Ceftriaxona endovenosa e a radiografia de tórax, evidenciou infiltrado intersticial justa-

cardíaco à direita, coração anatômico e seios costo-frênicos livres. À tomografia computadorizada de tórax,

havia importante pneumomediastino, enfisema subcutâneo na região cervical inferior e parede torácica

anterior, pneumotórax à esquerda, opacidade alveolar nos lobos inferiores e ausência de linfonodomegalias

mediastinais. Em UTI, foi medicada com analgésicos e suporte ventilatório não invasivo com; regressão

gradual dos achados radiográficos e clínicos, sem complicações. Recebeu alta após 8 dias de internação. Na

consulta ambulatorial de acompanhamento, encontrava-se assintomática e com TC de tórax de controle sem

sinais de pneumomediastino. Conclusão: O pneumomediastino espontâneo é considerado uma entidade

benigna com curso clínico favorável, verificando-se a reabsorção passiva completa do ar. Em casos raros

podem ocorrer complicações, podendo ser indicados procedimentos cirúrgicos. No caso descrito, a paciente

continua em acompanhamento ambulatorial, sem ocorrência de recidivas. Manteve-se o tratamento da asma

com broncodilatadores e corticoide inalatório, apresentando boa resposta clínica e sem episódios de piora ou

complicações. O pneumomediastino é possibilidade diagnóstica em pacientes com asma e dor torácica, sem

resolução clínica com o tratamento convencional.

Palavras-chave: Pneumopediatria, Pneumomediastino, Asma, Emergência Clínica

Page 95: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Atuação da equipe de saúde nos cuidados obstétricos de emergência: Manejo correto da

hemorragia pós-parto.

Andrew Pereira da Silva; Karlla Stephanie Alves e Silva, Luís Felipe de Melo Silva e Pedro Érico Alves de

Souza;

Introdução: A hemorragia pós-parto (HPP) é responsável por 25% da mortalidade materna em todo o

mundo e afeta 3 a 5% dos partos, um número que pode ser reduzido significativamente por gerenciamento

efetivo. Um pré-requisito para o gerenciamento bem-sucedido é uma resposta rápida e coordenada dos

obstetras e outros funcionários que trabalham sob condições de alto risco, tempo crítico e estressante. Logo,

torna-se essencial que esses profissionais de saúde colaborem efetivamente como uma equipe. Objetivos:

Compreender a atuação da equipe de saúde no manejo correto da hemorragia pós-parto, destacando as

habilidades presentes nos cuidados obstétricos de emergência. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de

revisão integrativa realizada no mês de fevereiro de 2020 por meio de uma busca avançada na base de dados

PubMed, com seleção dos artigos feita com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):

“Emergências”, “Obstetrícia” e “Hemorragia pós-parto”. Os descritores foram relacionados através do

Operador Booleano “AND”. De início, foram encontrados 138 artigos, no entanto, após aplicação dos filtros

buscando artigos com texto completo e com data de publicação nos últimos 5 anos, esse número se reduziu

a 56. A partir disso, com uma avaliação crítica dos títulos e resumos, foram selecionados 08 artigos.

Resultados: O atendimento de emergência à HPP exige trabalho em equipe, maior consciência do

problema, práticas clínicas antecipadas para prevenir HPP ou responder rapidamente e usar diretrizes

baseadas em evidências. Para reduzir a enorme sobrecarga do HPP na saúde materna e infantil existe uma

necessidade de prestar cuidados de alta qualidade às mulheres com essa condição letal. O tratamento bem-

sucedido da HPP é um esforço altamente dependente da equipe, pois requer a coordenação de inúmeras

tarefas em um curto período de tempo. Habilidades como vigilância, designação de papéis, resolução de

problemas, gerenciamento de comportamento perturbador e liderança se tornam essenciais ao passo que a

formação multiprofissional tem sido uma estratégia promissora para melhorar o desempenho das equipes e é

recomendado por um grande número de organismos internacionais. Ademais, o foco na comunicação

também é importante, pois a comunicação foi identificada como uma das principais causas associadas a

eventos adversos nos cuidados de saúde. Conclusão: O trabalho em equipe afeta o desempenho geral da

equipe, e cuidados de saúde eficazes dependem de equipes multidisciplinares que funcionem bem. Logo,

melhorar o conhecimento e as habilidades dos profissionais de saúde nos cuidados obstétricos de

emergência é essencial para o manejo correto da hemorragia pós-parto.

Palavras-Chaves: Emergências, Obstetrícia, Hemorragia pós-parto.

Page 96: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Sensibilização de unidade básica de saúde em suporte básico de vida.

Victor Donato Meneses Mendes; Lucas Germano Figueiredo Vieira; Antônia Távora Pinho Rosado

Ventura; Germano de Sousa Paulino; Kássya Mycaela Paulino Silva; Ana Karolynne da Silva.

INTRODUÇÃO: O atendimento à demanda espontânea envolve ações a serem realizadas em todos os

pontos de atenção à saúde, como nas unidades básicas de saúde (UBS). Os profissionais devem acolher as

necessidades de saúde da população e saber identificar situações que implicam riscos à vida. A Parada

Cardiorrespiratória (PCR) consiste na interrupção da circulação sanguínea em consequência de uma parada

súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença ineficaz desses. A American Heart Association

(AHA) recomenda treinamento em PCR e reanimação cardiorrespiratória (RCP) com uso de desfibrilador

automático externo (DEA), tanto para profissionais de saúde, como para leigos. Porém, geralmente os

profissionais das UBS não se atualizam e creem não necessitar das técnicas referentes à RCP em seu

cotidiano. OBJETIVOS: Sensibilizar a equipe de uma UBS de Campina Grande – PB sobre a importância

do atendimento da PCR demonstrando a sequência da cadeia de sobrevivência do Suporte Básico de Vida

(SBV) e elucidar o atendimento de obstrução da via aérea superior promovendo treinamento prático.

METODOLOGIA: A capacitação foi realizada em dois momentos: no primeiro, realizamos uma exposição

teórica sobre PCR; depois, foi exposta a técnica correta de RCP do adulto e uso do DEA, com auxílio de

manequins e DEA de treinamento. Ao final, foram realizadas simulações variadas para os profissionais, que

colocaram em prática as técnicas aprendidas. No segundo encontro, foi explanado o RCP pediátrico com

manequins apropriados para a faixa etária selecionada. RESULTADOS: Uma pequena parcela demonstrou

conhecimento satisfatório sobre o tema. A maioria não sabia da existência dos elos da cadeia de

sobrevivência. Após os devidos ensinamentos teóricos e práticos pudemos avaliar: compreensão dos

participantes a despeito da sequência do SBV; qualidade das ventilações e compressões torácicas; correta

utilização do DEA. As correções da técnica eram realizadas no decorrer das atividades. Relativo à obstrução

de vias áreas por corpo estranho, a maioria demonstrou desconhecimento sobre a correta intervenção,

acreditavam que pressão em dorso do paciente e remoção manual do objeto eram manobras corretas.

CONCLUSÃO: Após o término das atividades, o objetivo do projeto foi alcançado. O interesse dos

participantes em conhecer as condutas do atendimento à vítima de PCR foi crucial para o resultado.

Entretanto, é válido destacar a necessidade de uma atualização, por meio de cursos práticos credenciados.

Page 97: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Crise epiléptica febril no paciente pediátrico - Conduta na emergência

Talita Saraiva Pimenta; Ana Flávia Veloso de Araujo Justino; Everton da Silva Leão; Lis Marques de Luna

Freire; Maria Alice Medeiros Leite de Queiroga ; Luisiane de Avila Silva

Introdução: A crise epiléptica ocorre devido a um distúrbio neuronal que tem como

causa uma predisposição cerebral em gerar alterações nervosas, sejam ela focais ou

generalizadas (FISHER, 2005). Em relação às convulsões febris, os pacientes que

apresentam tal enfermidade são aqueles mais sujeitos a crises epilépticas, como crianças

entre seis meses e cinco anos e as que possuem algum tipo de determinação e

predisposição genética. O diagnóstico da crise febril é inicialmente clínico, devendo o

paciente ser classificado em portador de crise febril simples ou complicada. Objetivo:

expor conhecimentos acerca do conceito, diagnóstico e tratamento da crise epiléptica

febril em crianças, com enfoque na conduta em um contexto emergencial. Métodos: O

material utilizado para a presente pesquisa compõe-se de livros e artigos, utilizando como

bases de dados Scielo, Google acadêmico, Lilacs, Medline, e guias do Ministério da

Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria. No total foram encontrados 7 artigos, 2

portarias e 1 cartilha. Foi realizada uma pesquisa qualitativa na BVS (Biblioteca Virtual

em Saúde) utilizando os termos “crise epiléptica AND criança”, encontrando-se

inicialmente 13.364 artigos. Como critérios de inclusão foram selecionados texto

completo, idioma português, os últimos dez anos (2010/2020), obtendo-se um total de 15

artigos. Destes, apenas um artigo foi utilizado, e outros 14 foram excluídos, pois não

correspondiam ao tema. Resultados: Houve uma concordância dos artigos quanto ao

diagnóstico da crise epiléptica febril, que inicialmente é clínico, a partir de uma anamnese

completa e dos exames clínico e neurológico realizados na chegada do paciente

(ALENCAR, 2015). Ademais, é importante a descrição detalhada da crise por uma

testemunha ocular, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da

Epilepsia, o qual determina que se deve sempre classificar a crise febril em simples ou

complicada, conforme descrição em 5 dos 7 artigos encontrados, que relatam que as crises

febris simples afetam crianças neurologicamente normais, não havendo comprometimento

da consciência, e complexas quando apresentam início focal, maior duração e repetição,

ou acometam crianças com doença neurológica de base (FILHO, 2012). Para o tratamento

imediato, a Cartilha do Ministério da Saúde preconiza que deve-se verificar a pressão

arterial, temperatura e frequência respiratória. Além disso, investigar a presença de sinais

de trauma craniano ou de coluna, pupilas (dilatadas ou puntiformes), sinais de meningite,

infecção sistêmica ou déficits focais. Conclusão: Observa-se a importância do

conhecimento sobre a conduta imediata e adequada nas crises epilépticas febris, bem

como os procedimentos médicos de urgência durante e no pós-crise, visto que a maioria

dos pacientes chegam à emergência quando os eventos da crise já cessaram.

Palavras-Chaves: Epilepsia, crianças, conduta.

Page 98: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Aspectos sociais e neurobiológicos dos dependentes químicos:

Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Natália

Victória Guedes Galindo; Natália Fernandes Ribeiro; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: A dependência química é um transtorno psiquiátrico classificado como uma doença crônica

que pode ser tratada, e tem como característica comportamentos impulsivos e reações específicas da

utilização de uma determinada substância química. No Relatório Mundial sobre Drogas de 2019, o

Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) destaca que cerca de 35 milhões de pessoas

sofrem de transtornos decorrentes do uso de drogas, enquanto apenas uma em cada sete recebe tratamento.

Objetivos: Analisar as contribuições acerca das características neurobiológicas desse transtorno e os fatores

externos que influenciam na dependência química, bem como as consequências na vida do usuário.

Metodologia: Estudo de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como

a Biblioteca Virtual Saúde (BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), em inglês e

português. Resultados: A dependência química é um fenômeno complexo, com diversos aspectos a serem

analisados. Nesse viés, as drogas de abuso atuam principalmente estimulando o sistema dopaminérgico de

recompensa, localizado no Núcleo Accumbens. O excesso de dopamina gera a sensação de euforia e bem-

estar ao usuário e o estimula a buscar novamente a droga, caracterizando, assim, o reforço positivo.

Entretanto, a tentativa de evitar os sintomas de desconforto (síndrome de abstinência), entre eles a fissura, é

a grande propulsora da manutenção do uso. Além disso, aspectos sociais, culturais, comportamentais e

genéticos influenciam diretamente o uso abusivo dessas substâncias. Do mesmo modo, o uso de drogas, e a

consequente dependência química, causam interferências no contexto social do indivíduo, além de afetar

outras áreas como a familiar, seja por preocupação afetiva, ou por atitudes incoerentes mediante o uso da

substância química. Conclusão: A dependência química surge a partir de fatores neurobiológicos, sociais,

genéticos e psicológicos, os quais causam impactos sobre a vida do usuário e de sua família. Portanto, foi

definido que devem ser avaliados os estágios motivacionais dos indivíduos e o quanto eles estão disponíveis

para uma mudança em seus comportamentos, sendo parte decisiva no processo de avaliação, posto que

possibilita a aplicação de estratégias certas nos momentos ideias. Certamente, a dependência química é um

transtorno psiquiátrico grave e deve ser levado em consideração juntamente com todos os seus aspectos

intrínsecos e extrínsecos para a reabilitação e reinserção do paciente em meio social.

Palavras-chave: Dependência química; Transtorno psiquiátrico; Abstinência.

Page 99: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Mortalidade por quedas por faixa etária no estado da paraíba entre os anos de 2006 e 2016

Iane Alves Lemos; Ingryd Gabriella Nascimento Santos, Maria Mirian Caetano Araújo da Rocha, Marcela

Vasconcelos Cunha, Katherine Maia Florentino Silva Nunes, Luana Thainá Albuquerque Barreto.

Introdução: O envelhecimento populacional configura-se como um fenômeno crescente, visto que o

aumento da proporção de idosos na população brasileira traz à tona a discussão a cerca de eventos

incapacitantes nessa faixa etária, dos quais se destaca a ocorrência de quedas. Segundo o Ministério da

Saúde cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano, impactando diretamente na qualidade de

vida do idoso. Além de possíveis fraturas e risco de morte, o declínio na saúde e o aumento do risco de

institucionalização geram prejuízos físico e psicológico, além de aumento dos custos com os cuidados de

saúde. O objetivo do estudo é analisar a taxa de mortalidade por quedas no período entre 2006 e 2016 no

estado da Paraíba. Métodos: Foram utilizados os bancos dos registros de número de óbitos por faixa etária

do estado da Paraíba, de 2006 a 2016, obtidos no sítio do Sistema de Informação do Sistema Único de

Saúde (DATASUS), assim como as populações dos anos censitários. Posteriormente, foi calculada a taxa de

mortalidade por quedas por 100 mil habitantes e em cada ano, correlacionando os valores obtidos com

dados encontrados em artigos nacionais. Resultados e discussões: No período estudado, observa-se que a

taxa de mortalidade entre pessoas com 60 anos de idade ou mais, aumentou progressivamente, uma vez que

em 2016 o tal coeficiente chega a ser quase o quíntuplo de 2006, em um intervalo de 10 anos. Em relação à

faixa etária, percebe-se que o idoso muito idoso (com 80 anos de idade ou mais) é mais susceptível à queda,

visto que o número de óbitos na população entre 60 e 79 anos de idade, em média, é aproximadamente a

metade quando comparado com as pessoas que possuem 80 anos ou mais de idade. Entretanto, quanto às

taxas ajustadas por idade, verifica-se que o coeficiente do número de óbitos é maior em idoso muito idoso, o

que se justifica através da interação entre fatores intrínsecos ou extrínsecos, ocasionando, assim, maior risco

de mortes por causas externas para essa população. Conclusões: Os resultados deste estudo indicam que o

número de óbitos por quedas vem aumentando com o avançar da idade. Logo, as ações de prevenção de

quedas devem visar o grupo de idosos muito idosos, uma vez que é a faixa etária mais propensa à letalidade.

Além disso, denota-se que se faz necessário a formulação de políticas públicas de prevenção de quedas,

destacando os tipos de quedas ocorridas e as diferenças de gênero que as envolvem a fim de levar a redução

da incidência desse tipo de fatalidade.

Palavras-chave: Assistência Integral à Saúde, Acidentes, Sistemas de Informação

Page 100: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Síndrome de Hellp: Fator contribuinte na morbimortalidade materna no Brasil

Ana Carolina Falcão Bezerra; Camila Lisandra Ferreira Souza; Caroline de Oliveira Gomes;

Isabella Gomes Ferreira Gadelha; Melina Figueiredo Machado Braz; Simone Maria Falcão

Bezerra.

Introdução: A síndrome HELLP é caracterizada como uma complicação gestacional atípica e grave da pré-

eclâmpsia que acomete as grávidas a partir da 20º semana e puérperas, levando a morbimortalidade materna

e perinatal. Um dos sinais dessa síndrome é o exame laboratorial onde evidencia hemólise, enzimas

hepáticas elevadas e plaquetopenia durante a gestação. O diagnóstico oportuno poderá livrar a mãe e o feto

dos efeitos deletérios da doença. O tratamento definitivo consiste no parto, entretanto, a conduta dependerá

da idade gestacional, da vitalidade fetal e das condições clínicas maternas. Objetivos: Discutir e retificar a

importância do conhecimento sobre a Síndrome de Hellp e seu impacto na saúde da gestante, a fim de

minimizar o alto índice de morbimortalidade na população feminina. Metodologia: Trata-se de uma revisão

literária baseada em artigos científicos da plataforma Scielo, com enfoque nas taxas de morbimortalidade

materna na Síndrome de Hellp, bem como a importância do diagnóstico precoce para um melhor

prognóstico. Resultados: Em razão da subnotificação no Brasil, as taxas de mortalidade materna na

síndrome de HELLP são bastante oscilatórias, variando entre 1% e 24% dos casos. Sendo os índices mais

elevados na síndrome incompleta do que a completa. Verifica-se que resulta do diagnóstico tardio, devido a

inespecificidade dos sintomas somado à baixa adesão ao pré-natal, que culmina no prognóstico de

complicações, tais quais insuficiência renal aguda, hemorragia hepática, edema pulmonar e síndrome da

dificuldade respiratória aguda. Conclusão: Logo se vê a necessidade de um maior reconhecimento da

gravidade referente a patologia descrita e geração de protocolos que garantam uma conduta eficaz na

realização de um diagnóstico precoce e tratamento resolutivo como forma de reduzir o percentual de óbitos

por causas evitáveis, garantindo maior apoio e promovendo saúde às gestantes acometidas pelo quadro.

Palavras-Chaves: Síndrome de Hellp; Morbimortalidade materna; Gestação.

Page 101: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Abordagens das emergências hipertensivas na gestação.

Kássya Mycaela Paulino Silva; Luiz Gustavo Silva; Daniela Carvalho da Silva; Ana Karolynne da Silva;

Marielle Boaventura de Sousa Manoel; Alexandre Silva Mélo.

Introdução: Os distúrbios hipertensivos são uma das principais causas de mortalidade materna e perinatal

atualmente, e são as complicações mais comuns na gestação. A emergência hipertensiva é definida como

uma pressão arterial sistólica de 160 mmHg ou superior, diastólica de 110 mmHg ou superior, ou ambas, ou

ainda se houver um quadro clínico associado, como lesão renal aguda, testes elevados da função hepática,

dor abdominal intensa, edema pulmonar e distúrbios do sistema nervoso central, necessitando de um

diagnóstico preciso para iniciar a administração imediata de medicamentos e reduzir a incidência dos

resultados maternos adversos. Objetivo: Analisar as principais abordagens nas emergências hipertensivas

na gestação, correlacionando com os fatores abrangentes e métodos preventivos nas crises. Método: Foi

realizada uma revisão da literatura, com busca nas bases de dados PUBMED, MEDLINE e LILACS e os

descritores foram “gestation”, “hypertension” e “hypertensive emergency”. Os critérios de inclusão foram:

artigos publicados nos últimos cinco anos, pesquisas realizadas com humanos e animais e artigos nos

idiomas português, inglês e espanhol. Os critérios de exclusão foram: relatos de casos, revisão sistemática e

artigos que não estavam ligados diretamente ao tema pressuposto. Resultados: Estudos demonstram que a

administração de medicamentos deve ser imediata para reduzir os riscos maternos, com a utilização dos

fármacos de primeira linha no tratamento, o labetalol e hidralazina intravenosos, além da hidralazina

sublingual e antagonista de canais de cálcio, como a nifedipina, que vem apresentando resultados positivos

nas pesquisas mais recentes, com redução significativa da pressão arterial sistólica e diastólica em 30

minutos para valores normais. Há ainda estudos que propõem a relação entre os autoanticorpos agonistas do

receptor de angiotensina II e a hipertensão na gravidez, o que pode consistir em novas opções terapêuticas.

Um estudo de coorte avaliou gestantes antes e depois da intervenção terapêutica e mostrou que o tempo para

atingir a pressão alvo foi bem menor no grupo pós-intervenção (95 x 122 minutos) mostrando a importância

de um tratamento adequado para reduzir possíveis danos. Conclusão: Os distúrbios hipertensivos são a

complicação mais comum na gravidez, essas mulheres correm o risco de desenvolver complicações como

acidentes vasculares cerebrais e edema pulmonar. Sua pressão arterial deve ser reduzida rapidamente sem

comprometer as circulações materna ou uteroplacentária e para isso o uso de medicamentos na emergência

deve ser rotina dos médicos plantonistas.

.

Palavras-chave: emergência hipertensiva, gestação, hipertensão.

Page 102: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Importância do diagnóstico precoce no descolamento prematuro de placenta: Revisão de

literatura.

Emilly Bruna Soares Rodrigues ; Artur Pereira de França Medeiros ; Maria Eduarda Baracuhy Cruz Chaves

; Renan Baracuhy Cruz Viana ; Rayanne Kalinne Neves Dantas

INTRODUÇÃO: Descolamento prematuro da placenta (DPP) é considerado como uma emergência

médica, levando a uma causa relevante de riscos materno-fetais. É definido pela separação da placenta

implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto, geralmente em gestações acima de 20 semanas.

Dessa forma, evidencia-se a importância de um diagnostico correto e conduta rápida e eficaz.

OBJETIVOS: Constatar a necessidade de um diagnóstico precoce do quadro de deslocamento prematuro

da placenta, demonstrando a importância de acompanhamento durante a gravidez. MÉTODOS: Realizou-

se um estudo de revisão narrativa da literatura científica, através de artigos publicados na base de dados

SciELO, evidenciando a necessidade de um diagnóstico precoce. RESULTADOS: Sua etiologia não é

totalmente definida, sendo dividida em traumática e não-traumática. Dentre esses tipos, possui como fatores

de risco: acidentes automobilísticos, movimentos fetais excessivos, cesárea prévia, DPP em gestação

anterior, tabagismo, alcoolismo, retração uterina após o parto do primeiro gemelar, hipertonia uterina, etc. A

presença de hipertensão arterial materna é considerado o principal fator de risco do DPP, estando presente

em aproximadamente 75% dos casos. Dessa forma, a DPP é classificada como uma urgência obstétrica e

que se não tratada com antecedência pode causar um alto índice de resultados perinatais negativos, como:

Sofrimento fetal, prematuridade e até levar a óbito. CONCLUSÃO: O conhecimento dos fatores

predisponentes ao DPP são de fundamental importância no diagnostico rápido e eficaz dessa emergência

obstétrica. Assim, evidencia-se que deve-se ter conhecimento prévio dos mesmos, para que se faça assim,

uma investigação acurada e minuciosa dessas modificações nas gestantes, promovendo intervenção

apropriada e veloz. Dessa maneira, a forma mais conveniente para a emergência é a prevenção e o controle

dos diversos fatores de risco.

Page 103: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Vivências do estudante de medicina na emergência por meio de atividades extracurriculares:

um relato de experiência.

Letícia Lemos Rios Vital ; Fernando de Paiva Melo Neto; Marílya Vitórya dos Santo Silva; Marinna Karla

da Cunha Lima Viana; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: As diretrizes curriculares para os cursos de graduação em Medicina no Brasil recomendam a

graduação de médicos preparados para atuarem nos diferentes níveis de atenção à saúde, entre eles a

Urgência e Emergência, e tendo em vista que as situações de emergência necessitam de intervenções rápidas

e eficazes na tentativa de reduzir a morbimortalidade das vítimas, faz-se necessário o preparo adequado dos

profissionais durante a formação acadêmica. Descrição da experiência: Diante dessa necessidade de se

aprofundar ainda mais no âmbito da Urgência e Emergência, a Liga Acadêmica de Urgência, Emergência e

Trauma da Paraíba (LAUET - PB) surgiu com o objetivo de proporcionar aos ligantes e demais alunos da

graduação um ensino e uma vivência mais concretos das situações de emergência. Desse modo, através de

atividades como o acompanhamento à médicos em plantões de emergência em Unidades de Pronto

Atendimento (UPA) e Hospitais de Trauma, promoção de oficinas com treinamentos em ressuscitação

cardiopulmonar (RCP), técnicas adequadas de intubação orotraqueal, reconhecimento precoce de lesões

potencialmente fatais e urgentes com profissionais treinados e equipamentos adequados à uma prática de

qualidade, além de aulas e seminários ministrados pelos próprios ligantes e professores, foi possível o

aprimoramento em práticas e conhecimentos treinados somente em simuladores ou mais tardiamente no

internato. Durante os plantões, realizou-se atendimentos de urgência em abdome agudo, atendimentos a

pacientes politraumatizados trazidos pelo serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU), RCP,

vivência em sala vermelha e demais experiências capazes de promover um aprimoramento na prática da

medicina de emergência. Ademais, as oficinas práticas realizadas pela liga com o auxílio de professores e

médicos possibilitou uma real imersão no cenário da urgência e emergência e do atendimento pré-

hospitalar, além de ter proporcionado a difusão de conhecimentos de primeiros socorros e suporte à vida

para estudantes da graduação que ainda não passaram por disciplinas que envolvam atendimentos de

emergência. Ainda nesse contexto, os seminários ministrados pelos ligantes e professores viabilizou a

possibilidade de se aprofundar e se atualizar em temas importantes para a prática médica. Conclusão: O

envolvimento em situações de emergência possibilita ao aluno de medicina o desenvolvimento de tomadas

rápidas de decisão e uma preparação adequada para a vivência em um cenário, muitas vezes, caótico, o que

denota importância, tendo em vista que, não raramente, este será o primeiro ambiente de trabalho de muitos

recém-formados.

Palavras-chaves: Emergência, Ensino, Prática de grupo.

Page 104: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Toracotomia de reanimação na sala de emergência:

Fernando de Paiva Melo Neto; Eduardo Pimentel Carneiro Braga; Davi Rodrigues de Sousa; Marinna Karla

da Cunha Lima Viana; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: Parada Cardiorespiratória (PCR), uma condição de emergência, é definida como o súbito

cessar da atividade miocárdica ventricular eficaz, associada à ausência de respiração. Pode ser causada por

quatro ritmos, sendo eles: a Fibrilação Ventricular (FV) ou a Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso –

sendo esses, ritmos que merecem choque imediato, determinando cerca de 73% de reversão desde que o

desfibrilador seja utilizado nos 3 a 4 primeiros minutos de PCR –, ou ritmos de Assistolia ou Atividade

Elétrica Sem Pulso (AESP) – ritmos que não devem receber desfibrilação. Entretanto, uma vez constatada

estas condições devem-se iniciar, com brevidade, as manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP), e,

caso necessário, realizar protocolos mais invasivos com o intuito e retomar a função cardiorrespiratória do

paciente, dentre eles encontra-se a Toracotomia de Reanimação (TR). Objetivos: Analisar o uso de TR

buscando esclarecer as indicações para sua prática na Sala de Emergência. Métodos: Estudo de revisão

sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde

(BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2020, em inglês e português.

Resultados: A TR está indicada às vítimas de lesão penetrante, preferencialmente por arma branca, com

PCR presenciada ou que cheguem à sala de emergência em Assistolia ou AESP. Não é indicada para

traumas contusos ou pacientes que não tenham sinais vitais após 5 minutos de RCP. É importante salientar

que os pacientes com maior possibilidade de sobrevida são aqueles com parada decorrente de

tamponamento cardíaco, por traumatismo penetrante. O procedimento é composto por uma toracotomia

anterior esquerda após intubação orotraqueal, dessa forma permite a evacuação de tamponamento cardíaco,

controle de hemorragias intratorácicas, massagem cardíaca aberta e clampeamento de aorta descendente.

Diante dos resultados encontrados, pode-se observar que os melhores resultados são obtidos no trauma

penetrante, ferimento torácico, lesão cardíaca, presença de sinais de vida à admissão, e a sua realização

requer profissionais treinados, materiais e recursos adequados. Ademais, a TR é um procedimento de alto

custo e com riscos de contaminação para os profissionais de saúde envolvidos, a limitação das suas

indicações aos pacientes que podem se beneficiar do procedimento reduz os riscos de contaminação para a

equipe, otimiza a utilização de recursos e aumenta as taxas de sobrevida. Conclusão: A TR somente deve

ser realizada em instituições, com profissionais especializados e treinados para a sua realização, em

pacientes com sinais de vida à admissão e especialmente naqueles com traumas penetrantes. Como princípio

fundamental, deve ser ponderado os benefícios de tal técnica e aplicada conforme o caso.

Palavras-chave: Toracotomia de reanimação, Parada Cardiorrespiratória, Sala de Emergência.

Page 105: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Fatores de risco para a ocorrência de episódios tromboembólicos no puerpério.

Willyane Barros da Silva, Anne da Nóbrega Souza, Kennedy da Mota Dantas Júnior, Thayná

Figueirêdo Araujo, Wesley Silva Guimarães, Maine Virginia Alves Confessor.

Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma das principais causas de mortalidade materna durante

a gravidez e principalmente no puerpério. O pós-parto é um período de alto risco para episódio de

tromboembolismo, principalmente nos primeiros 15 dias, que chega a ser até 20 vezes maior do que em uma

mulher não gestante da mesma idade, esse risco é capaz de se prolongar até a 6-8 semanas após o parto.

Objetivo geral: Avaliar quais os fatores de risco para eventos tromboembólicos no puerpério, sendo incluído

em sua visão a trombose venosa profunda (TVP). Objetivos específicos: Analisar os principais fatores de

risco do tromboembolismo no puerpério. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, com busca de

artigos realizada nas bases de dados: ScieLo e PUBMED, com os seguintes descritores: tromboembolismo,

trombose, puerpério, gestação. A seleção de amostra obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: artigos

completos disponíveis eletronicamente; estar escrito no idioma português e/ou inglês; e artigos que

avaliassem os fatores de risco de tromboembolismo no puerpério, foram excluídos os estudos que não

mencionaram a ocorrência de eventos TEV em gestantes e / ou puérperas. Foram encontrados um total de

650 artigos, e 6 artigos que obedecem aos critérios de inclusão. Resultados: Fatores como parto cesáreo,

trombofília sem sintomas hereditária, hospitalização prolongada, obesidade, e comorbidades, são

considerados como risco intermediário. Porém, idade, tabagismo, procedimento cirúrgico no puerpério,

veias varicosas acentuadas, infecção sistêmica, imobilidade, pré-eclâmpsia, trabalho de parto prolongado

(maior que 24 horas), hemorragia pós-parto já são estabelecidos como fatores que aumentam o risco de

TEV puerperal também, mas são classificados como de baixo risco. Além disso, pode ser considerado como

fator atenuante para a fisiopatogênia do TEV no puerpério, algum grau de lesão endotelial nos vasos da

pelve durante o parto vaginal ou a cesariana. Conclusão: É observável que o pós parto abrange vários

fatores de riscos para o acometimento de tromboembolismo venoso. Vale ressaltar que é de tamanha

importância a equipe de obstetrícia estar atenta a adoção de procedimentos de prevenção de desordem

vasculares, necessitando, assim, uma abordagem terapêutica específica, tendo por base o histórico familiar,

pessoal e a presença de fatores de risco.

Palavras-Chaves: Tromboembolismo, trombose, puerpério, gestação

Page 106: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Mortalidade por eclampsia no Brasil e o papel da atenção básica

Perciliano Dias da Silva Neto; Flávia Torres da Silva Guedes; Luzia Ceci de Freitas Neta; Sebastião Alves

Sobreira Neto; Taynná Araújo Freitas Melo.

INTRODUÇÃO: A eclampsia está definida como uma das síndromes hipertensivas gestacionais. De acordo

com Aguirre, Y. A. et al. (2017), a eclampsia é caracterizada por crises convulsivas tônico-clônicas

generalizadas, associada a hipertensão arterial. Além disso, as manifestações ocorrem a partir da 20ª semana

de gestação e não tem uma etiopatogenia definida. Entretanto, se conhecem alguns fatores de risco

associados, tais como: obesidade materna, HAS, histórico dessa doença, nulíparas, extremos de idade, entre

outros. De acordo com Kerber, G. F., Melere, C. (2017), mais de 90% dos óbitos maternos ocorrem em

países subdesenvolvidos. Dessa forma, no Brasil, temos a atenção primária à saúde (APS) que que busca

atender as demandas da população e atenuar as possíveis complicações que venham existir. A APS trabalha

por meio de busca ativa, entre outras coisas para auxiliar a maior quantidade de pessoas. OBJETIVO:

Discorrer sobre a mortalidade de grávidas por eclampsia no Brasil, entre os anos de 2006 a 2016.

METODOLOGIA: Estudo descritivo, observacional, retrospectivo, do tipo ecológico. Utilizou-se a

plataforma do DATASUS para obter dados do Sistema de Informação de Mortalidade. Além disso, utilizou-

se o banco de dados da LILACS, selecionando 213 artigos cujos assuntos principais eram: complicações na

gravidez, eclampsia, síndrome HELLP e gravidez, utilizando posteriormente artigos mais relacionados a

eclampsia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A eclampsia não tem uma etiopatogenia definida e está

relacionado com índices consideráveis em relação a mortalidade materna, além de danos ao feto, como a

restrição de crescimento uterino ou até mesmo a sua morte. Dessa forma, buscam-se nas redes de atenção à

saúde, estratégias para atuarem nos fatores de risco da enfermidade para de maneira indireta atenuarem a

mortalidade por essa enfermidade. No que diz respeito a cobertura da Estratégia Saúde da Família, segundo

Neves (2018), percebeu-se um aumento em todas as regiões do País, sendo a mesma mais significativa na

região Nordeste. Por sua vez, a mortalidade por eclampsia tem um maior somatório na região Nordeste (765

mortes) e um menor na região sul (125 mortes). CONCLUSÃO: Diante do exposto, têm-se que a eclampsia

ainda permanece com altos índices de acometimento, mesmo nas regiões em que a cobertura da APS se dá

satisfatoriamente. Sugere-se que esses números sejam altos justamente porque a APS está diagnosticando e

notificando mais. Dessa forma, se faz necessário equipes mais resolutivas na Atenção Primária a Saúde e

também nos outros setores da saúde. Ademais, com o auxílio de equipes multidisciplinares, avaliando e

monitorando as gestantes, provavelmente se consiga dar uma atenção mais especializada no que tange a

prevenção dessa enfermidade. É plausível que as redes de atenção à saúde atuem sobre os fatores de risco e

também que obtenham um diagnóstico precoce, evitando assim o pior desfecho: a morte.

Page 107: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Psicose pós-parto: Uma emergência psiquiatra-obstétrica

Eleonora de Abrantes Barreto; Ana Luísa Malta Dória.

Introdução: O período perinatal é uma época de vulnerabilidade para o surgimento de novos casos ou

recorrências das doenças psiquiátricas, entre elas, a psicose pós-parto. Essa enfermidade tem uma incidência

de 1-2 casos a cada 1000 nascimentos, podendo ocorrer um infanticídio em 4% dos casos. Dado que a

psicose pós-parto é uma emergência psiquiátrica, a identificação precoce, a intervenção imediata e o

tratamento adequado são críticos para prevenir o suicídio e o infanticídio maternos. Objetivos: Abordar os

sintomas psiquiátricos da psicose pós-parto, assim como o seu manejo, disponibilizados na literatura

disponível. Métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, através da base de dados

MEDLINE/PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com a utilização dos descritores: “postpartum

psychosis” AND “Emergency”, obtendo-se 13 artigos disponíveis. Resultados: De acordo com o Manual

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais Quinta Edição (DSM-5), para atender aos critérios

diagnósticos, os sintomas devem ocorrer nas primeiras 4 semanas após o nascimento. Ao contrário da

psicose relacionada à esquizofrenia ou outros distúrbios psicóticos, as mulheres com psicose pós-parto

apresentam mais desorganização, comportamento bizarro e não auditivo (visual, olfativo ou tátil)

alucinações. Os pacientes têm pouca ou nenhuma percepção de seus sintomas, que são caracterizados por

uma mudança drástica do funcionamento pré-mórbido. Alguns pacientes desenvolvem delírios paranóicos,

grandiosos e bizarros e, como resultado, correm o risco de suicídio e infanticídio. Os pacientes também

podem ter delírios altruístas de cometer suicídio ou matar seu bebê para salvar a si e ao bebê de um "destino

pior que a morte". Alterações significativas na cognição pós-parto, incluindo confusão tipo delírio,

desrealização ou desorientação pós-parto, são características marcantes psicose pós-parto. Torna-se

importante fazer o diagnostico diferencial com a intoxicação ou abstinência de medicamentos, assim como

algumas doenças físicas que possam se apresentar com quadros semelhantes a psicose pós-parto. Os

médicos devem perguntar sobre ideação suicida, pensamentos de prejudicar seu bebê e obter consulta

psiquiátrica imediata ou hospitalizar o paciente por segurança, se esses sintomas estiverem presentes. Dessa

forma, a terapia deve ser realizada com lítio, podendo associar com um antipsicótico atípico ou

benzodiazepínico, conforme necessário, para reduzir ainda mais os sintomas psicóticos, mantendo o

tratamento com lítio por 6 a 9 meses. Importante ressaltar que deve evitar a utilização de antidepressivos

sem um estabilizador de humor. Conclusão: Os médicos obstetras e ginecologistas devem sempre estar

prontos para diagnosticar e tratar distúrbios psiquiátricos perinatais. Tendo em vista que este período é

sensível a ocorrência de tais distúrbios, é fundamental distinguir a necessidade de cuidados para fornecer

tratamento adequado.

Palavras-chave: Psiquiatria, Emergência, Obstetrícia.

Page 108: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Importância do reconhecimento precoce de fraturas do anel pélvico na emergência: revisão

sistemática de literatura.

Matheus Domingues de Souza; Bruna Lívia Jorge Leite; Júlia Sampaio Ferraz Leite de Oliveira;

Landsteiner dos Anjos Leite; Mariana Freires de Oliveira; Rayssa Fraga Ferreira Leite.

Introdução: Estima-se que no trauma, morram, anualmente, cerca de 5,8 milhões de pessoas. As fraturas

de anel pélvico compõem cerca de 2-8% das fraturas do esqueleto, e nos politraumatizados 20-25%.

Geralmente são associadas a traumas de grande energia como acidentes automobilísticos e quedas de

grandes alturas. O correto diagnóstico, manejo e controle de danos dessas fraturas são essenciais para

diminuição da morbi-mortalidade dos pacientes. Objetivos: Identificar precocemente a fratura de anel vico

nas emergências para que possa reduzir suas complicações, melhorando o prognóstico e diminuindo os

possíveis danos causados ao paciente. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura,

no qual foi realizado um levantamento bibliográfico baseado em artigos encontrados nas bases de dados da

Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia (SBOT) e SCIELO. Assim, foram primariamente

selecionados de acordo com a relevância para o tema, a leitura dos resumos e do conteúdo.

Resultados:Fratura de ossos pélvicos ocorre devido a uma lesão de alta energia, que é o principal

mecanismo de dano. O anel pélvico é um espaço ósseo fechado no qual existem órgãos do sistema genito-

urinário, reto, vasos sanguíneos e nervos. Os danos ao anel pélvico violam sua integridade e levam a um

aumento no volume da cavidade acarretando em sangramento no espaço retroperitoneal, podendo levar a

grandes quadros hemorrágicos. Um ponto chave no tratamento desses pacientes é o reconhecimento e

correção precoces das causas seguindo o protocolo ABCDE do ATLS. É importante a avaliação clínica e de

imagem por radiografia ou tomografia computadorizada se atentando para presença focos de fratura,

instabilidade, pulsos periféricos, discrepância no comprimento do membro afetado, rotações dos membros

inferiores, contusões massivas nos flancos. Os pacientes portadores de fratura pélvica apresentam diversas

lesões graves associadas, têm maior mortalidade e os sobreviventes têm alta chance de conviver com

alguma sequela permanente. O tratamento cirúrgico dessas lesões na fase aguda promove os melhores

resultados e permite reabilitação com retorno à vida comunitária. A fixação pélvica pode ser feita com

placas ou fixadores externos. O controle imediato de hemorragias incluem diversas estratégias sendo as

mais comuns a utilização coletes pélvicos ou lençóis compressivos, fixadores externos para o controle de

danos, redução aberta e fixação interna. Conclusão: A fratura do anel pélvico deve ser diagnosticada e

tratada de forma rápida e correta para evitar um pior prognóstico ao paciente. Os sinais clínicos e

radiológicos devem ser observados de maneira criteriosa. Geralmente está associada a grandes quadros de

sangramentos e lesões de partes moles. A hemorragia pode ser tratada pelo uso de anéis pélvicos, lençóis,

fixadores externos ou até mesmo redução aberta com fixação interna da fratura.

Palavras-chaves: fratura de anel pélvico, diagnóstico, controle de danos.

Page 109: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Administração da ocitocina profilática na terceira fase do parto como prevenção da

hemorragia puerperal.

Maria Eduarda Baracuhy Cruz Chaves; Artur Pereira de França Medeiros; Emilly Bruna Soares Rodrigues;

Renan Baracuhy Cruz Viana

Introdução: A hemorragia pós-parto (HPP) – perda excessiva de sangue, pela mãe, devido à não contração

uterina após o parto – configura a segunda causa de morbimortalidade materna no Brasil. Seu acometimento

se dá, na maioria dos casos, em mulheres que instam em realizar o parto normal, mas se encaminham para o

parto cesáreo devido a fatores circunstanciais. Dessa forma, considerando a importância emergencial dessa

instabilidade hemodinâmica e a intenção de reduzir a incidência e a gravidade do sangramento, à

hemorragia pós-parto cabe a administração de uma droga importante ao controle contrátil uterino: a

ocitocina. Objetivo: Analisar a ministração da oxitocina, sob as perspectivas funcionais e preventivas,em

pacientes que apresentem fatores de risco, com o fito de evitar hemorragias pós-parto.Metodologia: O

estudo alicerça-se em levantamentos bibliográficos,os quais são artigos provenientes de bases de dados

como Scielo e Medline, bem como na utilização de livros acadêmicos para o embasamento

clínico.Resultados: A principal causa da hemorragia pós-parto é a atonia uterina, caracterizada pela

incapacidade do útero de se contrair após o parto. Em gestação múltipla ou no excesso de líquido amniótico,

essa atonicidade aumenta e pode demandar uma histerectomia –retirada do útero–, a qual intensifica as

chances de sangramentos obstétricos, até mesmo em pacientes livres de ameaça. Dessa forma, o uso da

ocitocina profilática na terceira fase do parto – fase caracterizada pelo desprendimento da placenta– possui

uma grande vantagem em relação aos demais uterotônicos pelo seu grande efeito terapêutico: minimização

dos efeitos colaterais e redução expressivada incidência de hemorragias puerperais. Sua administração

correta e eficaz deve ser feita por via endovenosa, em baixas doses e lentamente, pois apesar da via

intramiometrial ser satisfatória, ela promove maiores instabilidades hemodinâmicas, a exemplo da

hipotensão arterial e do aumento da frequência cardíaca. Conclusão: Logo, o valor profilático da

oxitocinona vê-se plenamente justificável na terça fase do labor materno. Isso se faz pelas constatações que

nos colocam a par de seus benefícios em relação a prevenção de hemorragias ao final do puerpério. Nesse

viés, para que, além dos estímulos à lactação, às contrações uterinas e à parte do prazer e do medo no

organismo, esse hormônio hipotalâmico possa cumprir, também, a função de estimular o apego e a afeição

entre a mãe e o filho é necessário a correta ministração desse, a fim de prevenir um sangramento

hipervolêmico puerperal que acometa o bem-estar materno.

Palavras-Chaves: Hemorragia pós-parto; Ocitocina; Profilaxia.

Page 110: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A relevância da identificação precoce das doenças hipertensivas gestacionais como maneira

de evitar complicações graves.

David Emanoel Alves Teixeira; Alice de Almeida Alcântara; José Daniel Chaves de Menezes; Karlla

Stephanie Alves e Silva; Wilberto Antonio de Araújo Neto.

Introdução: Os distúrbios hipertensivos gestacionais são caracterizados pela elevação dos níveis

pressóricos iguais ou acima de 140 mmHg de pressão sistólica e 90 mmHg para a pressão diastólica.

Detendo de uma grande prevalência e estando diretamente relacionados com altas taxas de morbidade e

mortalidade materna-fetal no período perinatal. Objetivos: Refletir sobre a necessária identificação precoce

da hipertensão arterial em gestantes a fim de diminuir os riscos de evoluções para emergências obstétricas

nos serviços de atenção à saúde, bem como reconhecer os seus fatores clínicos. Métodos: O método

escolhido para elaboração da pesquisa foi a revisão integrativa da literatura, sendo realizada em algumas

etapas. De início foi delimitada a temática acerca da importância da compreensão das emergências

hipertensivas na obstetrícia. Em seguida, alguns critérios de inclusão e exclusão foram utilizados, e assim,

foram incluídos todos os artigos disponíveis on-line e completos do período de 2016 e 2020 com título e

resumo dentro do tema. Além disso, foram excluídos relatos de caso, de experiência e editoriais. Por fim,

foram utilizadas as bases de dados eletrônicas Scientific Eletronic Library On-line (SciELO), PUBMED,

Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE)

para a realização de pesquisas utilizando os seguintes descritores: “hipertensão gestacional”, “saúde

materno-infantil” e “complicações na gravidez”. Resultados: A partir disso, verificou-se que nas gestantes,

as síndromes hipertensivas ocupam o primeiro lugar entre as principais afecções próprias do ciclo gravido-

puerperal (cerca de 35% dos casos), mas detém de suas etiologias desconhecidas em tal período. Alguns

fatores de riscos são apontados para o surgimento dessa condição, a citar: antecedentes pessoais e familiares

de hipertensão crônica, primiparidade, obesidade, extremos de vida reprodutiva (>35 anos ou pré-

adolescentes), Diabetes mellitus, gravidez múltiplas, raça negra, dentre outros. É válido salientar que ao

ocorrer a combinação de dois ou mais fatores, eleva a probabilidade de agravos ou da patologia durante o

período gestacional. Ademais, no que tange as repercussões fetais e neonatais, a prematuridade é a mais

frequente, em virtude das consequências da necessidade do trabalho de parto prematuro, além de impactos

psicológicos e até morte materna – detendo da hipertensão gestacional como sua segunda causa no mundo.

Dessa maneira, é necessário que os profissionais estejam atentos às pacientes de risco através do pré-natal,

considerando principalmente a pré-disposição e fornecendo uma avaliação clínica rigorosa com aferição dos

sinais vitais e exames laboratoriais que avaliem os principais órgãos acometidos pela hipertensão.

Conclusão: Portanto, com base nos achados acerca do tema, nota-se que é imprescindível a identificação

precoce dos fatores de risco apresentados pelas gestantes no pré-natal, no parto e também no período pós-

parto. Diante disso, propor uma atenção humanizada e de qualidade torna-se necessário, com o intuito de

diminuir os altos índices de mortalidade materno-fetal.

Palavras-chave: hipertensão gestacional; pré-natal; saúde materno-infantil; complicações na gravidez.

Page 111: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Alergia a himenópteros em crianças: emergência pediátrica e o uso de adrenalina- relato de

caso.

Ana Luiza Souza Matos, Antônio Mateus Andrade de Sousa, Raquel Xavier Rodrigues, Lucas

Lenine Dantas Formiga, Lucas Werton de Queiroga e Raissa Montenegro Nóbrega de Pontes.

Introdução: Os acidentes com himenópteros são comuns na infância, provavelmente pelo fato de as crianças

estarem mais expostas ao ar livre. Representa uma das mais dramáticas condições clínicas de emergência,

tanto pela imprevisibilidade de aparecimento quanto pelo potencial de gravidade de sua evolução. A maioria

das reações é secundária ao efeito tóxico do veneno e limitada ao local da picadura, sendo sua abordagem

feita ambulatorialmente. A conduta dos profissionais diante da anafilaxia representa um ponto crucial, e

esperam-se dos médicos rápido reconhecimento e manejo apropriado da adrenalina. Descrição do caso:

G.M.L, 2 anos, é trazido pela mãe ao serviço de emergência pediátrica com apresentação clínica de

desconforto, dor, pústula, edema e vermelhão em região da virilha, após picada de himenópteros (formiga),

há 1 hora, porém genitora relata que o paciente começou a chorar e tossir bastante, há 20 minutos, e só

então decidiu levar ao atendimento médico de emergência. Ao ser atendido, foi administrado corticoide,

antialérgico e inalação com broncodilatador, entretanto, 10 minutos depois, paciente evoluiu com

taquicardia, hipotensão e dispneia, necessitando de intubação orotraqueal. Reconhecendo o risco de

sequelas mais graves na criança, foi realizado a aplicação uma dose de adrenalina de 0,01 mg/kg, tendo

melhora clínica significativa. Sendo observado por 2 dias de internação para então receber alta e orientações

médicas profiláticas para evitar um novo episódio anafilático. Conclusão: A conduta adequada do

profissional de saúde na anafilaxia tem gerado conflito diante da administração tardia da adrenalina. Apesar

da epinefrina ser recomendada como tratamento de primeira linha para anafilaxia, e não os anti-

histamínicos, não é uma realidade comum nos hospitais. O caso discutido relatou o uso mais tardio da

medicação, o qual proporciona o aumento do risco de hospitalização e de desfechos graves. Corroborando

para uma nova visão da emergência pediátrica e o uso eficaz da adrenalina na anafilaxia.

Palavras-chaves: Emergência pediátrica, epinefrina, anafilaxia.

Page 112: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Oclusão ressuscitativa por balão endovascular da aorta.

Fernando de Paiva Melo Neto; Letícia Lemos Rios Vital; Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Marílya

Vitórya dos Santos Silva; Maurício Valadares Vasconcelos Neto; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: A lesão traumática e suas consequências representam 9% das causas de morte no mundo,

sendo a hemorragia a principal causa de morte em lesões traumáticas militares, das quais 80% dos casos o

tronco é o foco primário. Em hemorragias de extremidade já é bem estabelecido o tratamento com

torniquete. Em hemorragias de tronco, por sua vez, há impossibilidade de compressão, devendo o paciente

ser transportado imediatamente a um hospital com centro cirúrgico. Nesse contexto, foi desenvolvido a

técnica de Oclusão Ressuscitativa por Balão Endovascular da Aorta (Resuscitative Endovascular Balloon

Occlusion of the Aorta – REBOA), o qual mostra-se como uma possível solução no tratamento desses

pacientes. Objetivos: Analisar o uso do método REBOA e sua utilização em Hemorragias Não

Compressíveis de Tronco (HNCT). Métodos: Estudo de revisão sistemático qualitativo realizado através de

artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e United States National Library of

Medicine (USNLM), entre 2010 e 2020, em inglês e português. Resultados: A hemorragia pode ser

caracterizada em compressível (controle com pressão direta ou aplicação de torniquete) ou não

compressível (lesão de órgão sólido). Pacientes com HNCT têm taxas de mortalidade muito altas e

apresentam alto risco de exsanguinação. Estes pacientes gravemente feridos estão em alto risco de

progressão para o colapso cardiovascular se o controle rápido da hemorragia não puder ser obtido. O

problema fundamental é como obter o controle definitivo da hemorragia antes da evolução para parada

circulatória. Com relato de uso pela primeira vez na Guerra da Coréia, a técnica REBOA vem sendo muito

estudada na última década como uma opção para o controle do choque hemorrágico em suas mais variadas

causas, desde hemorragias traumáticas e até em hemorragias gestacionais. Podendo ser a solução no

ambiente pré-hospitalar para o controle da hemorragia de tronco não compressível. Basicamente a técnica

consiste na inserção de um cateter com um balão em sua extremidade pela artéria femoral até uma posição

especifica na aorta. Estando na posição correta, o balão na extremidade do cateter será insuflado a fim de

ocluir a aorta diminuindo ou mesmo bloqueando o fluxo sanguíneo distal ao balão e por fim diminuindo

significativamente o sangramento. Conclusão: O método REBOA é uma técnica emergente e inovadora

cada vez mais reconhecida e realizada em centros de trauma internacionais. Embora o uso dessa técnica

esteja aumentando, sua eficácia ainda não é clara, principalmente no ambiente pré-hospitalar. Para a

expansão e o uso contínuo da REBOA no futuro, pesquisas e treinamento adicionais devem ser conduzidos

para garantir um conhecimento adequado e a segurança do procedimento como uma técnica de

ressuscitação.

Palavras chave: Oclusão Ressuscitativa por Balão Endovascular da Aorta, Hemorragias Não

Compressíveis de Tronco, Ambiente Pré-hospitalar.

Page 113: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Sepse e choque séptico na gestação: Manejo clínico

Maria Jakiciane Bezerra Souza; Thainá de Oliveira Siqueira; Alyssia Mariano Vieira; Débora Cavalcante

Belfort; Maryna Morais de Andrade Cavalcanti; Hélio Mororó Vieira de Mello.

Introdução: A sepse durante a gestação é uma patologia que apesar de rara, tem alto índice de mortalidade

e comprometimento fetal. Dessa forma, as condutas devem ser prioritariamente direcionadas ao bem-estar

materno, visto que as repercussões fetais estão relacionadas a sepse na gestante. Quadros infecciosos mais

associados à sepse podem ser subdivididos em não-obstétricos e obstétricos, sendo as principais origens a

infecção do trato urinário e a corioamnionite, respectivamente. Objetivo: Descrever como é realizado o

diagnóstico e quais as condutas preconizadas perante a paciente com sepse no período gestacional. Método:

Trata-se de um estudo de revisão da literatura, realizado em fevereiro de 2020, através da base de dados

Google Acadêmico, sendo utilizados os seguintes descritores em associação: “ sepse” “choque séptico”

“gestação” “manejo clínico”. Assim, foram selecionados artigos publicados entre 2013 e 2019 em português

e inglês, que abrangesse o objetivo do respectivo estudo. Resultados: O sucesso da terapêutica da sepse e

choque séptico começa prioritariamente com o entendimento do quadro clínico e interpretação dos exames

laboratoriais. Assim, algumas alterações fisiológicas ajudam a firmar o diagnóstico, são elas: sinais de

hipoperfusão - como queda da pressão arterial e taquipneia-, modificações pulmonares, diminuição da

função renal, alterações leucocitárias e redução da atividade fibrinolítica. Nas gestantes os principais

agentes etiológicos da sepse são os gram-negativos e para o diagnóstico é recomendada a obtenção de pelo

menos duas hemoculturas antes do início da antibioticoterapia, a qual deverá ser realizada em até uma hora

da conclusão diagnóstica. Pacientes com corioamnionite associada à sepse grave tem o parto como

prioridade, independentemente da idade gestacional. Caso a paciente se apresente com hipovolemia, é

recomendado a administração de cristaloides na dosagem inicial de 1000ml, mas caso não se firme

hemodinamicamente ou esteja com saturação de oxigênio baixa, deverá lançar mão dos hemoderivados. O

aporte nutricional também deverá ser mantido, tendo em vista o aumento do catabolismo que a sepse

provoca no organismo. Conclusão: Sepse durante a gravidez é incomum, mas potencialmente fatal. As

alterações fisiológicas da gestação podem mascarar ou mesmo agravar o quadro clínico. Falhas na

identificação e no tratamento determinam um mau prognóstico materno-fetal, sendo assim, faz

necessário compreender sobre os sinais clínicos e laboratoriais para que haja reconhecimento precoce e

melhor condução da sepse na gestação.

Page 114: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma cranioencefálico no nordeste brasileiro

Maria Jakiciane Bezerra Souza; Thainá de Oliveira Siqueira; Alyssia Mariano Vieira; Débora Cavalcante

Belfort; Maryna Morais de Andrade Cavalcanti; Hélio Mororó Vieira de Mello.

Introdução: O organismo humano vive em constante equilíbrio, o que a fisiologia denomina de hemostasia.

Contudo, essa constante pode sofrer alterações funcionais ou anatômicas, tanto por mecanismos internos -

congênito ou degenerativo -, como forças externas. Partindo desse pressuposto, uma das principais lesões

geradas por fontes externas, relatado pela literatura, é o Trauma Cranioencefálico (TCE), podendo advir de

modificações da estrutura e/ou função do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. Quando se reporta

a países em desenvolvimento, como o Brasil, o TCE é um dos principais problemas de saúde pública,

devido a sua alta taxa de morbimortalidade entre adolescentes e adultos jovens, gerando perdas da

capacidade produtiva da população e elevado custo para o poder público. Objetivos: O objetivo do presente

trabalho é elaborar uma análise científica dos aspectos clínicos e epidemiológicos prevalentes do TCE na

Região Nordeste do território brasileiro. Para tal propósito, foi realizado um levantamento sobre as

características populacionais, mecanismos do trauma e a evolução desses pacientes. Método: Trata-se de

um estudo de revisão da literatura, onde foi utilizada a ferramenta de pesquisa Google Acadêmico, com os

seguintes descritores em associação: “Lesões encefálicas traumáticas” E “Epidemiologia” E “Brasil”.

Assim, sendo selecionados três artigos presentes nas bases de dados SciELO, LILACS, SEMANTICS

SCHOLAR, publicados entre 2006 e 2013, em português, referentes a cidades da região Nordeste do Brasil.

Resultados: Dos artigos selecionados, conseguiu-se averiguar um total de 2766 prontuários de Hospitais

das cidades de Aracaju - SE (470), Petrolina - PE (101) e Teresina - PI (2195), sendo diagnosticados

traumas cranioencefálico leves (33,51%), moderados (59,51%) e graves (6,98%). No que diz respeito ao

gênero e idade, foram admitidos 2493 homens (90,13%) e 273 mulheres (9,87%), com faixa etária mais

prevalente de 0 a 20 anos (26,75%) e 21 a 40 anos (48,34%). Os mecanismos de trauma presentes na

maioria dos casos eram de acidentes de moto (58,42%), quedas (15,15%), atropelamentos (8,42%),

acidentes automobilísticos (6,51%) e agressões físicas (4,12%), os demais referiam a outras etiologias

(7,38%). No total, 252 pacientes foram a óbito (9,11%). Conclusão: Ao analisar o quadro epidemiológico

do seguinte estudo, foi notório comprovar o impacto socioeconômico gerado por esse trauma, isso

demonstrado principalmente pela idade mais acometida, a faixa etária ativa e reprodutiva da população.

Além disso, não se pode deixar de evidenciar as demais características prevalentes em vítimas de TCE,

como a maior incidência da classificação moderada, do sexo masculino, tendo como primordial mecanismo

os acidentes de moto, seguido de quedas. Entre as complicações evolutivas foram observadas um número

significativo de óbitos.

Page 115: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Critérios diagnósticos para sepse e choque séptico: uma revisão da literatura.

Thainá de Oliveira Siqueira; Maria Jakiciane Bezerra de Souza; Alyssia Mariano Vieira ; Débora

Cavalcante Belfort ; Maryna Morais de Andrade Cavalcanti ; Hélio Mororó Vieira de Mello.

Introdução: De acordo com o Terceiro Consenso Internacional para a Definição de Sepse e Choque

Séptico (Sepsis-3), realizado em 2016, a sepse foi definida como uma disfunção orgânica ameaçadora à vida

devido a uma resposta desregulada do hospedeiro à uma infecção, sendo o choque séptico o seu

agravamento. Contudo, nem sempre foi exposta dessa maneira, em consensos anteriores, a sepse era vista

como a uma resposta inflamatória e imunológica sistêmica exacerbada diante de uma infecção, causando

uma disfunção orgânica nos vários órgãos e sistemas que compõem o corpo humano. Devido a essa

mudança e novas descobertas sobre tal patologia, no Sepsis-3, viu-se necessário a modificação de seus

critérios diagnósticos, para assim, melhor definir o tratamento. Objetivos: Descrever as principais

alterações nos critérios diagnósticos para sepse e choque séptico baseado no último consenso de 2016.

Método: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, realizado em fevereiro de 2020, através da base de

dados Google Acadêmico, sendo utilizados os seguintes descritores em associação: “critérios diagnósticos”

AND “sepse” AND “choque séptico” AND “Sepsis-3”. Assim, foram selecionados artigos publicados entre

2016 e 2020 em língua portuguesa. Resultados: Com a evolução da ciência foi possível estabelecer padrões

de alterações fisiológicas, patológicas e bioquímicas que correlacionadas indicam se o paciente possui um

quadro de sepse ou choque séptico, devido a isso, o novo consenso modificou definições anteriormente

utilizadas. Primeiramente, o termo sepse grave foi colocado em desuso, apenas sendo descrito os conceitos

de sepse e choque séptico. A partir da exclusão da antiga sepse grave, foi implementado o Sequential Organ

Failure Assessment (SOFA) visando avaliar as falhas sequenciais dos órgãos. O novo parâmetro para

diagnóstico de sepse se baseia na variação de 2 ou mais no score SOFA associado a suspeita de infecção. Já

em relação ao choque séptico, a nova diretriz considera quando há confirmação da sepse, juntamente com a

necessidade de vasopressores para manter PAM > 65 e lactato > 2mmol/L após reanimação volêmica

adequada. Além disso, foi criado um novo padrão o “quick SOFA” ou qSOFA, este score de rápida análise

tem como intenção a identificação de pacientes adultos com suspeita de infecção, quando pontuação igual

ou maior a 2. Conclusão: Até o contexto atual foram realizadas três grandes conferências para atualização

dos conceitos envolvidos. Apesar das atualizações do Sepsis-3 apresentarem vantagens para melhor

entendimento da definição do quadro de sepse e choque séptico, bem como aumento de especificidade de

seus métodos, ainda apresenta lacunas. Contudo, a carência de abordagem terapêutica correta diante de um

paciente com quadro infeccioso está diretamente relacionada com as altas taxas de incidência e mortalidade

da sepse.

Page 116: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Os desafios da emergência geriátrica para combater a alta mortalidade das lesões térmicas

em idosos.

Carlos Eduardo Pereira de Oliveira, Ana Beatriz Gomes Vanderlei, Eduardo D'Avila Lins Lacerda,

Leonardo Pereira Toni, Raquel Pereira de Oliveira.

INTRODUÇÃO: O corpo humano sofre várias modificações com o avançar da idade, sendo de extrema

importância avaliar os casos de emergência geriátrica com base na situação fisiológica do idoso, a fim de

promover o melhor tratamento e evitar consequências inesperadas. Nesse sentido, é valido destacas as

modificações nas estruturas da epiderme, da derme e da tela subcutânea para compreender melhor as causas

e as graves complicações da queimadura na terceira idade. OBJETIVOS: Investigar a influência da idade

na lesão decorrente de um trauma térmico e agrupar medidas para evitar a grande mortalidade por

queimaduras na população idosa. MÉTODOS: Informações de estudos bibliográficos foram reunidas e

selecionadas para fundamentar tal discussão, como a nova edição do ATLS (2019), o qual serve como guia

para casos de traumas físicos agudos, e o PHTLS, que trata sobre o atendimento pré-hospitalar ao paciente

em estado de emergência. Além disso, foi feita uma revisão de literatura com base em artigos científicos

encontrados no banco de dados do SciElo, em revistas acadêmicas e em estudos da Organização Mundial da

Saúde. RESULTADOS: A taxa de morte por queimaduras em idosos é sete vezes maior do que a

mortalidade dessa lesão na população jovem, o que demonstra a necessidade de investigar os motivos que

fazem desse trauma um risco maior para a terceira idade. A base para compreender os motivos desse fato é

entender que a pele possui alterações estruturais significativas, o que deixa a epiderme seca, descamativa e

adelgaçada, dificultando a resistência a pequenas lesões, sendo uma queimadura extremamente perigosa,

pois há uma maior possibilidade de gerar feridas profundas. No geral, tais ferimentos demoram a

desenvolver uma resposta curativa, o que possibilita a ocorrência de uma série de complicações, como

infecções graves. Esses aspectos devem ser considerados pelo profissional de saúde quando se inicia um

tratamento emergencial de um idoso com queimaduras, pois são necessárias práticas diferenciadas, as quais

ainda não são bem definidas, pois existem bibliografias que consideram a baixa hidratação e o tratamento de

longa duração do ferimento como melhor opção, já outras afirmam que é mais indicado métodos mais

agressivos com intervenção cirúrgica precoce. CONCLUSÃO: Portanto, é fundamental conhecer as

estratégias abordadas na literatura traumatológica que visam diminuir a mortalidade por traumas térmicos

na população senil, já que nessa faixa etária uma pequena queimadura toma proporções bem maiores do que

em jovens ou em adultos. Assim, conhecendo os benefícios de cada tipo de tratamento, o médico pode

promover a ação mais eficiente para abordar cada tipo de lesão geriátrica por queimadura nas emergências

hospitalares.

Palavras-chave: Emergência geriátrica, queimaduras, envelhecimento.

Page 117: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Descrição dos casos de meningite aguda em João Pessoa-PB durante 5 anos

Joao Victor Alves Ribeiro; Coautores: Daniel Rocha Diniz Teles; Sabrina de Freitas Barros Soares;

Larissa Negromonte Azevedo; Milton Paulo Cabral de Melo Brito; Renan Rocha Diniz Virginio.

INTRODUÇÃO: a meningite aguda é um processo inflamatório das meninges, de caráter grave e

emergencial, decorrendo mais comumente de causas infecciosas, como bactérias e vírus. Nas meningites

infeciosas, há um risco de evolução para sepse, choque séptico e morte. Além disso, a doença pode causar

sequelas neurológicas, por isso requer diagnóstico precoce e tratamento imediato. Trata-se de uma doença

de notificação compulsória no Brasil, dada a sua capacidade de contágio e causar surtos na população.

OBJETIVOS: descrever o número de casos notificados e confirmados de meningite aguda no município de

João Pessoa, Paraíba, entre os anos de 2014 a 2018, de acordo com o total de casos, faixa etária acometida,

etiologia da doença, critérios de confirmação e evolução clínica dos pacientes. MÉTODOS: foi feito um

estudo descritivo do número de casos de meningite aguda em João Pessoa em um período de 5 anos. Os

dados foram coletados na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no

intervalo de 2014 a 2018, separando os resultados de acordo com as variáveis que se pretendia pesquisar.

RESULTADOS: Ao longo desses 5 anos, foram 100 casos confirmados em Joao Pessoa, com uma média de

20 casos por ano e com uma taxa de mortalidade de 13%. Só no ano de 2014 foram 34 casos confirmados.

Entre 2015 e 2017, houve a mais alta taxa de mortalidade, com 16%. A faixa etária mais acometida foi de

20 a 39 anos, seguida por menores de 1 ano de idade. Os meios de diagnóstico mais utilizados foram o

exame quimiocitológico e o exame clínico. Quanto à etiologia, a maioria dos casos foi de causa não

específica, seguida por bacteriana. A evolução dos pacientes se deu com 82 altas hospitalares, 13 pacientes

evoluíram para óbito e não se tem informação sobre os outros 5. CONCLUSÃO: entre 2015 e 2017, a taxa

de mortalidade encontrada foi de 16%, maior que a relação óbitos/internações por meningites em 2018 no

Brasil, de 9,8%. Além disso, o risco de morte das 4 principais causas de morte prematura por doenças

crônicas não transmissíveis no Brasil, em 2016, foi semelhante, atingindo 16,6%. Dessa forma, percebemos

que a meningite aguda é uma doença de alta gravidade e de caráter emergencial, apresentando um alto

índice de mortalidade no município de João Pessoa e um grande risco à população. Assim, é preciso que

sejam divulgadas mais informações sobre essa doença para a população, prezando primeiramente pela

prevenção e promoção a saúde. É importante que os serviços de saúde tenham acesso a ferramentas

diagnósticas para investigação de síndromes meníngeas atendidas na emergência, sendo a coleta do líquor

fundamental para diagnóstico etiológico, que orientará o tratamento do paciente e medidas preventivas para

a comunidade.

Page 118: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tratamento do traumatismo cranioencefálico na infância.

Yasmin Dias Virgulino da Costa; Ana Beatriz de Sousa Cavalcanti; Catherine Bezerra Dantas; Paula

Celyanne de Melo; Vitoria Leitão Martins Cesar;

O traumatismo craniano (TC) é uma das causas mais comuns de trauma em crianças, sendo responsável por

alto índice de internamento hospitalar, com significativa taxa de morbidade e mortalidade. Nos últimos

anos, o interesse à nível neuro-pediátrico na compreensão do impacto do traumatismo em crianças tem

aumentado bastante. O TCE está presente na maioria das crianças vítimas de trauma e é responsável por

mais de 75% das mortes durante a infância. Os traumas podem ser classificados como lesões primárias ou

secundárias. É chamado de lesão primária o dano ocorrido no momento do impacto, ou seja, quando ocorre

o acidente. Ruptura de vasos, lesão axonal difusa, contusão cerebral, fraturas e laceração são exemplos

dessas lesões. As lesões secundárias resultam das lesões primárias. Os fatores que mais frequentemente

podem causá-lo são hipotensão arterial, hipoxemia, hipertensão intracraniana, hipercapnia ou hipocapnia,

distúrbios glicêmicos, distúrbios do sódio e crises convulsivas. Diante disso, o exame físico consiste em

exame pupilar, fotorreação, pontuação da escala de coma de Glasgow adequada para idade e avaliação de

sinais focais. Palpação da fontanela (se presente), sinais de fratura da base do crânio: hematoma

retroauricular (sinal de Battle), hematoma periorbital (olhos de panda), hemotímpano, otorreia ou rinorreia

de líquor (LCR), presença de fraturas ou hematomas também podem ser encontrados .As crianças com TCE

necessitam de monitorização contínua do seu nível de consciência, do seu padrão respiratório, o controle

hemodinâmico, e meios com recursos tecnológicos adequados e ambiente tranquilo, controlando assim os

componentes intracranianos (cérebro, liquor e sangue). Isto significa manter estável o fluxo sanguíneo

cerebral, garantir uma boa oxigenação para proporcionar uma recuperação do tecido cerebral. Com base

nas informações obtidas conclui-se que o prognóstico de TCE em crianças ainda permanece instável, sendo

este uma das principais causas de atendimento nas emergências. Grande parte destes fatores é corrigível ou

evitável, com reanimação hídrica inicial agressiva, tratamento cirúrgico em tempo hábil, monitoração e

cuidados intensivos necessários, de acordo com a gravidade desses paciente para saber qual tratamento

adequado. Esse artigo trata-se de uma revisão bibliográfica indexada em 2020 por acadêmicos do 4° período

de Medicina da FAMENE com base em pesquisa nos bancos de dados SCIELO, BVS, Portal da Sociedade

Brasileira de Neurocirurgia(SBN).

Palavras-chave: Lesão cerebral; Neuropediatria; Traumatismo

Page 119: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tratamento endovascular da fístula aorto-entérica secundária: uma revisão bibliográfica.

Letícia Lemos Rios Vital; Fernando de Paiva Melo Neto; Marílya Vitórya dos Santo Silva; Marinna Karla

da Cunha Lima Viana; Paulo Roberto da Silva Lima.

Introdução: A fístula aorto-entérica (FAE) é uma comunicação entre aorta e uma alça intestinal adjacente,

podendo ser primária ou secundária. A primária acontece quando há uma comunicação direta e espontânea

entre a luz da aorta e o tubo digestivo, sem que exista um antecedente cirúrgico prévio envolvendo a aorta.

A secundária, por sua vez, é responsável pela maioria dos casos, sendo uma complicação rara após

reconstrução aórtica com colocação de enxerto protésico. As manifestações clínicas da FAE são raramente

encontradas, a exemplo da tríade clássica de hemorragia, sepse e dor abdominal, altamente sugestiva de

FAE, mas só vista em 11% dos casos. O principal sintoma desta complicação cirúrgica da reconstrução

aórtica é a hemorragia para o trato gastrointestinal (TGI) superior. Devido ao potencial risco de morte, visto

que se não tratada há risco de sangramento e sepse, a FAE requer diagnóstico e tratamento cirúrgico

urgente, entre eles a abordagem endovascular. Objetivos: Aprofundar a discussão e analisar ensaios

clínicos sobre os benefícios do tratamento endovascular da fístula aorto-entérica secundária em comparação

a outras formas de manejo desta complicação. Métodos: Estudo de revisão bibliográfica nas bases de dados

Google Acadêmico, SciELO e Pubmed, de caráter exploratório e descritivo. Resultados: Ainda não existe

um consenso para o manejo das FAE, tendo em vista a diversidade de condutas, todavia, os princípios

fundamentais do tratamento são o controle de hemorragia, a reparação do TGI, o controle adequado da

infecção e a manutenção de perfusão periférica. Neste contexto, hemorragia ocasionada pela fístula aorto-

entérica, acompanhada ou não por sepse, é sempre um evento trágico, e em pacientes instáveis o

procedimento cirúrgico convencional está associado a altíssimos índices de mortalidade devido ao risco de

complicações como ruptura do coto aórtico ou infecção do novo enxerto, sendo, portanto, o tratamento

endovascular uma alternativa inicial ao tratamento cirúrgico convencional. Conclusão: O tratamento de

escolha na FAE secundária está longe de ser unânime, porém, por estar associada a menor necessidade de

transfusão, menor trauma e tempo de cirurgia e a redução das taxas de morbimortalidade, o tratamento

endovascular tem se mostrado como uma importante alternativa terapêutica.

Palavras-chaves: Emergência, Fístula, Aorta.

Page 120: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Hemorragia subaracnóidea por síndrome de vasoconstrição cerebral reversível em puérpera:

relato de caso.

Patricia Lopes Gaspar, Samer Heluany Khoury, Khalil Feitosa de Oliveira, Nicole Pinheiro

Moreira.

INTRODUÇÃO: A síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (SVCR) é um evento raro, descrito na

literatura como manifestações neurológicas agudas que podem ocorrer no período puerperal decorrentes de

lesões isquêmicas ou hemorrágicas. A vasoconstrição arterial multifocal que ocorre na SVCR é

normalmente autolimitada e reversível, caracterizando desfechos clínicos potencialmente favoráveis. Neste

trabalho será relatado um caso de SVCR em puérpera apresentando queixa de cefaléia no departamento de

emergência (DE) com achado de hemorragia subaracnóidea (HSA), evoluindo com bom desfecho clínico.

DESCRIÇÃO DO CASO: Puérpera, 38 anos, G2P2A0, 5 dias de pós-parto cirúrgico, sem relato de

comorbidades prévias, apresenta-se no DE com queixa de cefaleia súbita, intensa, em região temporal

bilateral e em região occipital, sem irradiações, pulsátil, com piora ao deitar, acompanhada de náuseas e

vômitos, sem déficits neurológicos associados e iniciada há um dia do internamento. Em investigação inicial

no DE, realizada tomografia de crânio sem contraste evidenciando HSA grau 2 na escala de Fisher com

presença de sangue na fissura inter-hemisférica e na cisterna ambiens esquerda. Angioressonância e

arteriografia cerebral não evidenciam causas estruturais para o sangramento e descartam etiologia

aneurismática. Paciente evoluiu sem intercorrências em unidade de terapia intensiva (UTI) recebendo alta

com diagnóstico de HSA por SVCR sem comprometimentos neurológicos secundários e em bom estado

geral. Recebeu alta hospitalar sem déficits neurológicos, e com completo retorno às suas atividades

rotineiras. CONCLUSÃO: Cefaleias são queixas frequentes no DE. O reconhecimento dos sinais de alarme

e a investigação etiológica bem empregada são fundamentais para o desfecho favorável. Embora rara, a

SVCR é uma importante causa de lesão neurológica no puerpério e pode evoluir de forma desfavorável sem

seu reconhecimento e suporte adequados. A discussão de relatos de casos engrandece a discussão e

conhecimento médicos e acrescenta dados ao estudo da SVCR.

PALAVRAS-CHAVE: Hemorragia Subaracnóidea, Vasoespasmo Intracraniano, Vasoconstrição, Período

Pós-Parto.

Page 121: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Hálux varo pós-traumático: Relato de caso

Pignatário de Andrade Filho; André Cipriano Saraiva Gomes; André Taumaturgo Cavalcanti de Arruda;

José Fernandes Arteiro Neto; Marília Agostinho de Lima Gomes; Romeu Krause Gonçalves.

INTRODUÇÃO: O hálux varo é uma patologia rara, acomete mais mulheres, sem tendência hereditária e a

causa mais comum é a hipercorreção do hálux valgo (joanete) em procedimentos cirúrgicos e devido a

traumas na região. A manifestação ortopédica mais comum do hálux varo baseia-se no tripé: desvio medial

do hálux, supinação da falange e flexão interfalangeana (deformidade em garra). Na anamnese, o paciente

com esse acometimento, apresenta dificuldade de usar sapatos, prejuízos estéticos, distúrbios de marcha e

dor quando trauma ou artrite presente. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico através da colocação

de fio de Kirschner após uma capsulostomia transversal e exposição da falange proximal (FP) e osteotomia

em cunha fechada da FP, com vértice medial. O prognóstico, na maioria das vezes, é favorável.

DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 45 anos, estado geral bom, chega ao serviço de

saúde apresentando dor em topografia da 1ª articulação metatarsofalangeana (MTF) direita. Refere fratura

prévia na região supracitada com tratamento realizado por meio de uma imobilização. Ao exame físico,

evidenciou-se uma deformidade do hálux em varo. Dessa maneira, foram solicitados exames de imagem.

Inicialmente, foi observado na radiografia do pé e tornozelo, com incidência AP e perfil, uma fratura na

base lateral da falange proximal do hálux direito. Ademais, foi requisitado uma Ressonância Nuclear

Magnética (RNM) para ter uma melhor visualização das estruturas acometidas, que evidenciou alterações

degenerativas envolvendo as articulações com adelgamento das superfícies condrais de revestimento. Além

disso, pequenos derrames articulares com sinais de sinovite e destacamento de pequeno fragmento ósseo a

partir da margem lateral da base da falange proximal foram analisados na RNM. A partir desses achados e

da história clínica, o tratamento adotado foi cirúrgico por meio da Técnica Mini TightRope. Feito isso, a

paciente evolui com alta do serviço após (tanto tempo) com solicitação de fisioterapia e acompanhamento

pós-cirúrgico. CONCLUSÃO: O hálux varo é uma entidade ortopédica rara e representa uma sinuosidade

do hálux na direção medial. A principal etiologia é a cirurgia de reparação dos joanetes (hálux valgo),

traumatismos na região e congênito. O tratamento operatório consiste na reabilitação funcional do paciente.

Contudo, é importante estar associado a medidas fisioterápicas e encorajamento pessoal para que o paciente

retorne as suas atividades de vida diária no menor tempo possível e com a melhora de sua qualidade de vida.

Palavras chaves: Hálux varo, Deformidade traumática, Trauma, Mini TightRope, Relatos de casos.

Page 122: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Comparando o uso da modulação terapêutica da temperatura em adultos após parada

cardiorrespiratória nos cenários extra e intra-hospitalar: uma revisão sistemática.

Renata Maria Santos de Freitas; Daniel Meira Nóbrega de Lima ; Dr. Aristides Medeiros Leite

Introdução: Um dos pontos do protocolo de Parada Cardiorrespiratória (PCR) são os cuidados a serem

seguidos após sua ocorrência, e a Modulação Terapêutica da Temperatura (MTT) tem sido bastante

utilizada como recurso adjuvante na recuperação dos pacientes em coma, após o reestabelecimento do

Retorno da Circulação Espontânea (RCE). Essa terapia age reduzindo a lesão cerebral e a instabilidade

cardiovascular, que são as principais determinantes de sobrevida após PCR. Objetivo: comparar estudos

acerca do uso da modulação terapêutica da temperatura nos cenários emergenciais hospitalares e extra-

hospitalar. Método: consiste numa revisão sistemática, descritiva, construída a partir de 19 estudos

publicados nas bases de dados da Pubmed e Cochrane entre janeiro de 2019 a 2020. Para seleção dos

artigos, foram inclusos ensaios clínicos, coortes, meta-análises e revisões sistemática, todos com publicação

original em língua inglesa. Resultados: 100% dos estudos identificaram a MTT como fator protetor em

pacientes comatosos após o RCE, com isso, houve diminuição do consumo de O2 cerebral, limitando a

lesão miocárdica e os danos sistêmicos. E 75% dos estudos especificaram que o valor da temperatura

terapêutica varia de acordo com o local de atendimento, sendo utilizado 32ºC-36ºC durante 12-14 horas em

cenários extra-hospitalares, com ritmos definidos em taquicardia ventricular e/ ou fibrilação ventricular.

Podendo ainda, trazer benefícios aos outros ritmos (assistolia e AESP), porém, é ausente de evidências

seguras. Já nos cenários hospitalares a temperatura poderá ser ajustada em 34ºC ou menos, atingindo um

alvo terapêutico por até 24 horas, e isso corrobora com as evidências consistentes das melhores práticas

médicas atuais com sobreviventes de PCR. Além disso, cerca de 30% dos estudos referiram que a MTT

pode ser usada durante um cateterismo coronário diagnóstico para identificar a causa da PCR, se esse for

imprescindível durante a hospitalização. Conclusão: Não existe uma definição sobre a terapêutica ser mais

eficaz no cenário extra ou intra-hospitalar, quando analisada entre os estudos. Porém, as duas formas são

imprescindíveis, e contribuem para diminuição da lesão neurológica conseguindo suprimir as vias

facilitadoras da morte cerebral e da apoptose celular, bloqueando radicais livres, e reduzindo cerca de 6% da

taxa de metabolismo cerebral a cada 1ºC diminuído. Além disso, a concentração celular de Ca+ e glutamato

eleva-se reduzindo a resposta inflamatória. Entretanto, evidencia-se que o controle da temperatura deverá

ser iniciado no serviço pré-hospitalar e continuado em temperatura alvo almejada no serviço hospitalar,

sendo monitorando por até 72 horas após o RCE.

Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória, Modulação Terapêutica da Temperatura, Sobrevida,

Hipotermia.

Page 123: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Vítima de projétil de arma de fogo em crânio com nível consciência mantido: um relato de

caso.

André Taumaturgo Cavalcanti Arruda; Alexandre Gabriel Taumaturgo Cavalcanti; Claudionor Vicente de

Arruda Filho; Marília Agostinho de Lima Gomes; Pignatário de Andrade Filho.

INTRODUÇÃO: Pernambuco (PE), é a terceira Unidade Federativa (UF) com maior taxa de homicídios da

região nordeste, com 3.308 óbitos por agressão de arma de fogo no ano de 2018, de acordo com dados

preliminares do DATASUS. Segundo a Secretaria de Defesa Social de PE, as motivações relacionadas ao

tráfico de drogas, acerto de contas e outros crimes representavam 53,3% dos casos de crimes violentos letais

intencionais. Devido ao agravamento dessas violências, há um aumento no número de pacientes vítimas de

trauma, em especial por armas de fogo e agressões físicas. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente, sexo

masculino, 25 anos, procedente de Moreno-PE, sofreu perfuração, com orifício de entrada e saída em região

lateral direita do crânio devido agressão por arma de fogo. Inicialmente foi admitido na unidade de pronto

atendimento apresentando a lesão no crânio, juntamente também com episódios de vômitos. Ao Exame

físico no primeiro atendimento, evidenciou: Estado geral bom, consciente, orientado, com pupilas foto

reativas. Foi encaminhado para hospital de referência em Recife-PE, onde apresentou no exame físico:

Glasgow 10, hemiplegia à esquerda, pupilas isocóricas, foi solicitado uma tomografia computadorizada de

crânio que evidenciou edema cerebral e contusão. Com isso, foi feita uma craniectomia descompressiva

para alívio da hipertensão intracraniana e diminuição dos efeitos deletérios do edema cerebral. Por

conseguinte, foi realizado o tratamento para hematoma intracerebral, seguindo em estado geral grave por

quatro semanas, traqueostomizado e com hiporreflexia difusa e simétrica. Evolui estável até que foram

descobertos um abcesso cerebral e uma fístula liquórica e iniciados seus devidos tratamentos. Após uma

semana foi implantada uma derivação ventricular externa para aliviar a pressão intracraniana. No pós

operatório o paciente apresentou episódios febris, cinco dias depois evoluiu a óbito. CONCLUSÃO:

Vítimas por arma de fogo com acometimento cerebral têm um prognóstico muito ruim, sendo a mortalidade

maior quanto menor for a escala de coma de Glasgow. Lesões como essa são de importante atenção no meio

neurocirúrgico. Este trauma em sua maioria traz grande impacto na vida social da vítima, podendo provocar

danos irreversíveis. Um acompanhamento multiprofissional associados a uma avaliação sistemática desses

pacientes é fundamental para uma reabilitação funcional. Assim é importante que os órgãos públicos

tenham conhecimento acerca de tais prejuízos, tantos sociais quanto econômicos para minimizar as

repercussões de tal violência.

Palavras chaves: Arma de Fogo, Violência, Traumatismo Cranioencefálico

Page 124: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Atendimento médico geriátrico nas urgências e emergências do país na atualidade.

Roberta Guerra de Brito Oliveira Lima; Narjara Seixas Batista Gadelha; Letícia Miná de Britto Cavalcanti;

Débora Oliveira dos Santos; Lorena Pereira Viana; Nadigerlane Rodrigues de Carvalho Almeida Guedes.

Introdução: Na atualidade o Brasil tem demostrado mudanças positivas demográficas e epidemiológicas

relacionadas ao envelhecimento da população, ocorrendo aumento na expectativa de vida e trazendo um

desafio para as políticas de saúde. Peculiaridades e vulnerabilidades estão relacionadas ao envelhecimento,

devendo existir condutas estratégicas especificas e humanizadas para o cuidado com o idoso nas urgências e

emergências. Objetivo:O estudo tem como objetivo identificar a necessidade das práticas cotidianas no

atendimento emergencial geriátrico e a legalidade das políticas de saúde no Brasil. Método: Trata-se de

uma revisão sistemática e de literatura a partir de 10 artigos científicos publicados na base de dados da

Biblioteca virtual em saúde (BVS) e ScientifcElectronic Library Oline (SCIELO). Foi usado como critério

de inclusão texto completo, em português, publicados entre os anos de 2012, 2015 a 2019, utilizando os

descritores “idosos”, “atendimento emergencial”, “políticas de saúde” e “fragilidade”. Resultados:É notável

a contribuição de melhorias sociais no país como a prevenção de doenças e o próprio crescimento

econômico. Contudo, o país ainda demostra não conseguir alcançar níveis favoráveis econômicos para

custear uma melhor condição de vida a essa população. O gerenciamento da estratificação de risco de

pacientes idosos vem mostrando ser uma ferramenta que colabora para a eficiência do atendimento

emergencial. Condições crônicas que não são transmissíveis permitem incapacitação e comprometimentos

fisiológicos e apontam responsabilidade por maioria das mortes dessa população. Já o trauma tem

representatividade para mortes por lesões, que muitas vezes são geradas por decadência da atividade natural

física nessa fase da vida. Diante disso, é frequente a necessidade dos idosos em buscar atendimentos

emergenciais, o número de internações subsequentes e sua durabilidade nos hospitais implicam altos

investimentos financeiros. Direitos sociais são assegurados a esse grupo, através da Política Nacional de

Saúde à Pessoa Idosa, visando direitos e cuidados amplos. A lei assegura os direitos fundamentais para

pessoas com mais de 60 anos, garantindo o seu acesso aos níveis primário, secundário e terciário de

atendimento no Sistema Único de Saúde. Conclusão: O aumento da expectativa de vida é um desafio para

as políticas de saúde e para os profissionais médicos. Fica evidente que o envelhecimento da população

implica nos países em desenvolvimento. Dessa forma, é de suma importância discussões sobre a saúde do

idoso, para contribuir com o aprimorado do cuidado nos serviços de urgência e emergência, levando à

integralidade da assistência à saúde.

Descritores:Idoso. Atendimento emergencial. Políticas de saúde. Fragilidade.

Page 125: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Estabilização das vias aéreas e controle da ventilação como medida prioritária na emergência

em pacientes com sinais sugestivos de choque circulatório.

Matheus Rodrigues de Souza ; Dante Oliveira de Assis; Laíse Pereira Buriti; Laryssa Maria Martins Morais

; Paloma Sousa Barbosa ; Rômulo José de Gouveia Filho.

INTRODUÇÃO: Choque é uma condição ameaçadora à vida de falha na circulação sistêmica responsável

por hipóxia celular e tecidual, comumente apresentada com hipotensão, alteração em outros sinais vitais e

possível aumento do lactato sérico. O quadro e seus efeitos são inicialmente reversíveis, mas podem se

tornar rapidamente irreversíveis caso não ocorra o manejo necessário. Desse modo, quando um paciente

apresenta quadro de hipotensão indiferenciada ou suspeita de choque, é preciso detecção precoce e

abordagem rápida para administrar a etapa inicial do tratamento baseado no controle de vias aéreas visando

evitar o desfecho letal. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática acerca do controle de vias aéreas e

ventilação do paciente na abordagem inicial de emergência em casos suspeitos de choque. MÉTODOS: Foi

realizada uma busca nas bases Scielo®, Pubmed

®, UptoDate

® sobre a estabilização das vias aéreas e

fornecimento de ventilação em pacientes com hipotensão indiferenciada ou suspeita de choque circulatório,

tendo sido selecionados 6 artigos que abrangeram os critérios de inclusão. RESULTADOS: Após a

confirmação de suspeita de choque em pacientes com hipotensão indiferenciada ou outros sinais sugestivos,

a prioridade inicial de tratamento e controle do paciente se baseia na estabilização de vias aéreas e

fornecimento de ventilação adequada, em conjunto com garantia de acessos periféricos para reposição

volêmica com fluídos para melhora da perfusão tecidual. Ademais, pacientes com dificuldade respiratória

ou instabilidade hemodinâmica requerem ventilação mecânica com via aérea definitiva, através da

sequência rápida de intubação, sendo recomendado etomidato ou quetamina em associação com rocurônio

ou succinilcolina para sedação e bloqueio do eixo neuromuscular, respectivamente. Não menos importante,

a exceção para não garantir via aérea definitiva são em pacientes vítimas de pneumotórax, onde a drenagem

torácica pode reverter o choque e evitar a intubação, além da ventilação mecânica ter capacidade de piorar a

tensão e causar parada cardíaca. CONCLUSÃO: Em pacientes com quadro de hipotensão ou alteração de

outros sinais circulatórios que gerem a suspeita do quadro de choque, é preciso abordagem rápida com

controle inicial das vias aéreas no manejo inicial do paciente, devendo seguir o protocolo da sequência de

intubação rápida em pacientes que necessitem de ventilação mecânica. Por fim, é preciso investigação das

causas do choque e administração de fluidoterapia com medicações inotrópicas para diminuição do risco de

óbito do paciente.

Palavras-Chave: Choque; Intubação; Respiração Artificial; Ventilação Pulmonar.

Page 126: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Consequências da fratura exposta de fêmur e como minimizar os danos no período pré-

hospitalar.

Eduardo d‟Avila Lins Lacerda; Carlos Eduardo Pereira de Oliveira, Ana Beatriz Gomes Vanderlei

INTRODUÇÃO: O fêmur é classificado como um osso longo do nosso corpo e, próximo a ele se

encontram diversos vasos e nervos importantes, como a A. femoral, A. femoral profunda, V. femoral, N.

femoral, N. safeno e, posteriormente, o N. isquiático. A partir da análise de tal anatomia, a ocorrência de

uma fratura exposta nesse osso pode lesionar alguma das estruturas adjacentes a ele e, consequentemente,

gerar mais problemas como hemorragias, laceração de músculos e comprometimento de nervos e

ligamentos. OBJETIVOS: O estudo tem como finalidade realizar uma revisão de literatura sobre as

fraturas expostas de fêmur, suas consequências e como controlar os danos provocados por tal acidente no

período que precede a chegada no ambiente hospitalar. MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido a partir de

uma síntese de dados abordados na 8ª edição do Anatomia Orientada para a Clínica, na 10ª edição do ATLS

e na 9ª edição do PHTLS. A partir da leitura dessas fontes foram retiradas informações sobre a anatomia dos

membros inferiores, consequências ocasionadas pela fratura de fêmur e as condutas que devem ser tomadas

para minimizar os danos. RESULTADOS: A equipe de primeiros socorros, após chegar ao local do

acidente, deve seguir a sequência de procedimentos intitulada XABCDE (X- Hemorragia externa grave; A-

Manutenção das vias aéreas com restrição do movimento da coluna cervical; B- Respiração e ventilação; C-

Circulação com controle de hemorragia; D- Incapacidade; E- Exposição). Após a hemorragia da fratura

exposta ter sido localizada, é recomendado a execução da chamada avaliação primária, que abrange uma

série de técnicas. Primeiramente, deve-se comprimir o local do ferimento diretamente com curativos estéreis

de compressão. Por conseguinte, o mais adequado é puxar o osso, não mais que duas vezes, para a sua

posição anatômica inicial. Logo em seguida, deve-se aplicar uma tala para imobilizar a região. A força de

tração executada pela tala deve ser feita proximalmente nas nádegas, períneo e virilha e distalmente sobre o

tornozelo. Já o último procedimento da avaliação primária consiste na ressuscitação hídrica adequada. Além

desses artifícios, pesquisas recentes recomendam a administração de antibióticos, como cefalosporinas e

aminoglicosídeos, nos pacientes com fraturas expostas para reduzir as chances de infecção. CONCLUSÃO:

A diminuição dos traumas provocados pela fratura do fêmur nos primeiros socorros só é possível caso os

métodos de contenção de danos, classificados como XABCDE e avaliação primária pelo PHTLS, sejam

rigorosamente obedecidos. Caso contrário, a vítima do trauma poderá apresentar sequelas permanentes.

Palavras-chave: Danos; Fêmur; Fratura; Trauma.

Page 127: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O i e te v e e i o o e vi o e e e i - evi o i te tiv e

literatura.

Kamilla Henrique Moreira; Lucas de Sousa Moreira; Isabely Oliveira Montenegro; Rebeka Ellen

de Alencar Bezerra; Alinne Beserra de Lucena Marcolino.

INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é caracterizado como uma patologia que surge a

partir da falta de suprimento sanguíneo no encéfalo, ocasionando um déficit neurológico, geralmente, focal,

de instalação súbita ou com rápida evolução, sem outra causa aparente que não vascular, com duração maior

que 24 horas. A maioria dos AVE´s comprometem a artéria cerebral média (ACM), gerando um déficit

motor de predomínio braquiofacial, negligência corporal, afasia e déficit sensitivo. Por ser considerada uma

emergência hospitalar e uma das principais causas de incapacidade e mortalidade no mundo, devido a

insuficiência de suprimento de oxigênio e nutrientes no tecido nervoso, é prioritária a agilidade no

diagnóstico e manejo destes pacientes, visando um prognóstico otimista. OBJETIVO: Analisar e discutir a

produção científica acerca do AVE no serviço emergencial. METODOLOGIA: Revisão integrativa da

literatura que buscou artigos nacionais na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando

como descritores as palavras: Acidente Vascular Encefálico and Emergência, com os filtros “texto

completo”, “português” e no recorte temporal dos últimos seis anos (2014-2019). RESULTADOS: Dos 21

artigos encontrados, foram excluídos estudos duplicados (1) e os que não atenderam ao objetivo da pesquisa

(2). Desta forma, o corpus foi constituído por 18 artigos, sendo identificados 3 eixos temáticos: Perfil

epidemiológico de pacientes admitidos na emergência com AVE; Fatores de risco para o AVE e Tratamento

ágil e qualificado para o paciente com AVE. O perfil epidemiológico do AVE, a partir dos estudos, mostrou

que, a maioria das vítimas dessa doença são do sexo masculino, com idade superior à 65 anos. Em relação

aos fatores de risco, os mais recorrentes são: hipertensão, dislipidemia, tabagismo (atual e pregresso),

diabetes mellitus, idade avançada, história pessoal de doença vascular (cerebrovascular e cardiovascular) e

insuficiência cardíaca. Sobre as estratégias de tratamento, priorizou-se a realização adequada dos exames e a

rápida intervenção, sendo as mais referidas nos estudos: a terapia trombolítica (trombólise endovenosa com

Alteplase), o uso de anticoagulantes e a utilização de técnicas de by-pass. CONCLUSÃO: É necessária a

identificação dos fatores de risco relacionados ao AVE, influenciando em um diagnóstico precoce e,

consequentemente, em um tratamento adequado. Tal processo pode ser realizado por meio da melhora do

serviço de Emergência para atender os pacientes acometidos por essa patologia, com uma evolução positiva

da capacitação de profissionais de saúde, uso de protocolo de conduta emergencial efetivo que inclua o

acompanhamento posterior desses pacientes. Sugere-se mais evidências científicas sobre esta temática a

fim de (re)conhecer as diretrizes mais atuais de manejo precoce do AVE.

PALAVRAS - CHAVES: Acidente Vascular Encefálico. Fatores de Risco. Tratamento Emergencial.

Revisão integrativa de literatura.

Page 128: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O o o e i o o te i i ti i i i o o e i i i i e

o i i o i e vo e i e e i e i t i

Matheus Rodrigues de Souza; Dante Oliveira de Assis; Laíse Pereira Buriti; Laryssa Maria Martins Morais ;

Renata Esteves Frota ; Rômulo José de Gouveia Filho

INTRODUÇÃO: A insuficiência renal aguda é uma condição abrupta e geralmente reversível de diminuição

da taxa de filtração glomerular, resultando em retenção de ureia e desequilíbrio de outros produtos

nitrogenados. Em casos pediátricos, os sinais de quadro com hipervolemia são caracterizados por anasarca,

insuficiência cardíaca e edema pulmonar agudo, sendo preciso terapia inicial com diurético nos casos

oligúricos, visando remoção de fluídos através do uso de furosemida para melhora do débito urinário e

estabilização precoce do quadro. OBJETIVOS: Apresentar uma revisão sistemática acerca da utilização da

furosemida na terapia diurética inicial nos casos de insuficiência renal aguda oligúrica com hipervolemia em

pacientes pediátricos. MÉTODOS: Foi realizada uma busca nas bases Scielo®, Pubmed

®, UptoDate

® sobre a

terapia diurética com diuréticos de alça nos casos de disfunção renal aguda oligúrica com hipervolemia em

pediátricos, tendo sido selecionados 5 artigos que abrangeram os critérios de inclusão. RESULTADOS: Os

princípios básicos do tratamento inicial da disfunção renal aguda em crianças com hipervolemia se baseiam

na investigação da causa primária, manutenção de líquidos corporais por terapia diurética intravenosa e

controle de eletrólitos. Inicialmente, é recomendada a administração de furosemida para induzir diurese e

melhora do débito urinário em crianças em estágios iniciais de insuficiência renal aguda oligúrica com

hipervolemia, sendo uma dose única inicial em bolus de 2 a 5 mg/kg, podendo alcançar o máximo de 200

mg por dose. Quando a dose inicial é efetiva, poderá ser feito infusão contínua de 0.1 a 0.3 mg/kg /h,

devendo ser totalmente descontinuada se não resultar em uma resposta efetiva na diurese em até 2 horas

após o início, considerando o risco de ototoxicidade e nefrotoxicidade como efeitos adversos da furosemida.

Ademais, é preciso atenção para tempo de uso breve e controlado da terapia com diurético de alça, por

possibilidade de gerar lesão renal através da hipotensão por overdose, resultando em aumento da

mortalidade do paciente. CONCLUSÃO: Nos casos de insuficiência renal aguda oligúrica com

hipervolemia, é extremamente recomendado o uso da furosemida como terapia diurética inicial para manejo

dos fluídos corporais e controle do quadro. Contudo, a terapia com diurético de alça não altera

significativamente o curso natural da patologia, visto a capacidade do fármaco em aumentar o débito

urinário nos néfrons com função residual mas não agir nos néfrons que estão totalmente comprometidos e

sem função. Dessa maneira, é preciso associar a terapia diurética com a investigação da causa primária

causadora da disfunção renal para tratamento efetivo.

Palavras-Chave: Diuréticos; Furosemida; Insuficiência Renal.

Page 129: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Hemorragia pós-parto por atonia uterina: relato de caso.

Thiago Vieira De Almeida Lima; Débora Vieira De Melo Agra Duarte; Elias Balbino Da

Silva; Juliana Jamaica Sousa Da Silva; Laryssa Pinheiro Marques

Introdução: A hemorragia pós-parto representa emergência obstétrica, sendo uma das principais causas de

morte materna que pode ser evitada. A principal etiologia é a atonia uterina, seguida por lacerações do

canal de parto, retenção de restos placentários e distúrbios de coagulação. Suas principais complicações

imediatas são o choque hipovolêmico, a coagulação intravascular disseminada (CIVD) e as insuficiências

renal, hepática e respiratória, bem como, a longo prazo, a síndrome de Sheehan (hipopituitarismo decorrente

de necrose avascular hipofisária). Descrição do Caso: Gestante, 20 anos de idade, duas gestações, uma

cesárea, uma paridade, nenhum aborto, chega ao serviço de urgência em trabalho de parto ativo (39 semanas

e 3 dias), com pré natal adequado e todos os exames normais. Ao ser avaliada, observou-se que a mesma

apresentava pré-eclâmpsia, sendo encaminhada para cesárea com sonda vesical de demora e venóclise.

Após a cirurgia, a equipe médica notou na mesma atonia uterina e sangramento uterino aumentado com

presença de coágulos, estando hipocorada, sudorética e hipotensa, fechando o diagnóstico de choque

hemorrágico. O útero apresentava-se pouco contraído na cicatriz umbilical, rapidamente contraindo-se após

massagem e compressão uterina bimanual. Foi admistrado 1 litro de NaCl 0,9%, ocitocina e oxigenação

suplementar por cateter nasal. Após 15 minutos a paciente voltou a normotensão. Depois foi submetida a

revisão do canal de parto e curetagem uterina, sendo retirada quantidade moderada de coágulos e material

sugestivo de restos ovulares. O útero apresentava-se contraído 5 cm acima da sínfise púbica, com

eliminação de lóquios fisiológicos. Hemograma normal. No segundo dia pós operatório evoluiu com

melhora clínica, sem intercorrências. Conclusão: A atonia uterina representa a incapacidade do útero de se

contrair adequadamente após o parto e está associada a vários fatores de risco, como a hipertensão uterina,

uso de relaxante uterino, obesidade, idade > 35 anos, retenção de coágulos. A prevenção, o diagnóstico

precoce e a reposição volêmica adequada, além de abordagem sistematizada, são fundamentais para reduzir

seu impacto. Seu tratamento inicial consiste em massagem uterina e uso de agentes uterotônicos como a

ocitocina, ergometrina e prostaglandinas. No insucesso destas medidas iniciais, outros métodos devem ser

aplicados rapidamente, na tentativa de controle da hemorragia. Existem métodos mecânicos, como a

compressão uterina bimanual, a compressão da aorta abdominal e o tamponamento uterino, além de

métodos cirúrgicos, como ligaduras arteriais, suturas de compressão uterina, embolização angiográfica e

histerectomia. Diante dessa hipotonia, se não houvesse melhora, a ligadura das artérias hipogástricas

constituiria o procedimento indicado para preservar o futuro reprodutivo dessa jovem.

Palavras chaves: hemorragia, atonia uterina, coágulos, gestante, emergência.

Page 130: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O papel da tomografia computadorizada no diagnóstico de isquemia mesentérica com

portograma aéreo (abdômen agudo): Relato de Caso.

Débora Vieira de Melo Agra Duarte; Elias Balbino da Silva; Rodolfo Igor Nunes Araújo; Juliana Jamaica

Sousa da Silva; Juan Carlos Soares Vidal; Aristócles Hitallo Bezerra.

Introdução: Isquemia mesentérica aguda é todo processo que interrompe o fluxo de sangue

secundariamente a embolia, trombose ou estado de baixo fluxo. É muito comum haver interrupção do fluxo

por bridas intestinais ou hérnias (menos comuns). Como consequência desse acidente vascular nas alças

intestinais, pode haver a presença de pneumatose intestinal e portograma aéreo, que é a presença de ar no

parênquima hepático (região mais externa). Se esse problema não for corrigido em tempo hábil, o paciente

pode ter um segmento necrosado e complicar para um abdômen agudo inflamatório. Para isso, é necessária

que no serviço de urgência seja utilizada a tomografia computadorizada. Relato de Caso: Paciente do sexo

feminino, 76 anos, chega ao pronto atendimento referindo dor abdominal difusa de forte intensidade,

náuseas e vômitos, inapetência, febre e que não evacua há 6 dias. Ao exame físico, observou-se um

abdômen globoso, rígido e com uma massa palpável próximo à região epigástrica. Suspeitando de um

abdômen agudo, o cirurgião geral de plantão solicitou uma tomografia (TC) de urgência para elucidação do

caso. No exame observou-se a presença de portograma aéreo (ar no parênquima do fígado) e fezes no

intestino delgado em grande quantidade com pneumatose, indicando que há uma obstrução em alça fechada

que está causando isquemia mesentérica e o portograma aéreo. Ao realizar uma laparotomia exploradora, foi

identificada a causa da obstrução sendo ela uma hérnia. As alças intestinais estavam necrosadas sendo

necessário fazer uma ressecção de todo o segmento com anastomose primária T-T. A paciente teve um pós

operatório sem intercorrências e após 5 dias de internamento recebeu alta. Conclusão: Esse tipo de

complicação chama a atenção pela complexidade e urgência em sua resolução tendo em vista minimizar

possíveis complicações ao paciente, como por exemplo, ressecção de uma parte do intestino. É importante

que numa situação de urgência, os médicos tenham a capacidade de pensar na possibilidade da isquemia

mesentérica, já que é uma situação corriqueira que põe a vida do paciente e seu bem estar em risco. Para

tanto, a tomografia computadorizada é vista hoje como um exame de fácil acesso e rápida identificação da

obstrução, já que está presente em centros de referência. Todavia, a causa dessa intercorrência só pode ser

descoberta com uma laparotomia exploradora, bem como para tentar corrigir o problema.

Palavras Chave: Isquemia, Obstrução intestinal, Tomografia computadorizada, Abdômen agudo,

Pneumatose.

Page 131: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas na população de 1 a 14 anos no estado da

Paraíba-PB no período de 2007 a 2017.

Ana Beatriz Rocha Cavalcanti; Gislayne Azevedo de Campos Alves; Mariana Campos de Almeida Alves;

Thamires de Oliveira Duarte Simões.

Introdução: As intoxicações exógenas estão incluídas na lista de doenças e agravos de notificação

compulsória e muitas vezes constituem reflexos do uso inadequado e abusivo de substâncias químicas.

Dentre os casos pediátricos, as intoxicações estão relacionadas à curiosidade intrínseca a essa fase de

desenvolvimento, funções imaturas de seus organismos, aumentando a suscetibilidade à ação tóxica das

substâncias e embalagens sem mecanismos de segurança, além da menor cultura de prevenção de acidentes,

que favorece, por exemplo, o armazenamento incorreto, possibilitando o alcance das crianças. Objetivos:

Identificar as principais causas que levam a intoxicação medicamentosa infantil e sua prevalência no estado

da Paraíba. Métodos: O estado da Paraíba apresenta aproximadamente, uma área territorial de 56.585 km²e

uma população estimada de 3,944 milhões habitantes. Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo

quantitativo do perfil das intoxicações exógenas, nesse estado, em que foram analisados os dados referentes

aos casos notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no

período de 2007 a 2017. Para a análise do perfil epidemiológico das intoxicações exógenas, foram avaliadas

as seguintes variáveis: faixa etária (pessoas maiores de 1 ano a 14 anos), sexo (masculino/feminino), tipo de

agente tóxico (medicamento, agrotóxico agrícola, agrotóxico doméstico, agrotóxico saúde pública, raticida,

produtos médicos veterinários, produtos de uso domiciliar, cosméticos, produtos químicos, metal, drogas de

abuso, planta tóxica, alimentos, bebidas e outros). Para a análise descritiva, os dados foram armazenados em

planilhas do Programa Microsoft Excel, versão 2013® e calcularam-se as frequências relativas e absolutas

das intoxicações, de acordo com as variáveis analisadas. Resultados: Dentre os casos de intoxicações

exógenas, no estado da Paraíba, a faixa etária entre 1 a 4 anos apresenta maior susceptibilidade (55,5% dos

casos totais). Sendo as principais causas de intoxicações exógenas para essa faixa etária os medicamentos

(27,8%), produtos de uso domiciliar (18,8%) e alimentos (14,4%), resultados da fase de desenvolvimento

em que se encontram, ou seja, da experimentação oral. No que tange à faixa de 5 a 9 anos, os destaques

foram para alimentos (31,2%) e medicamentos (29,4%). Ademais, a fase de 10 a 14 anos constam

medicamentos (41,2%) e alimentos (19,4%). Conclusão: Pode-se concluir que medicamentos, comidas e

bebidas são os principais agentes responsáveis por intoxicações exógenas entre o público analisado no

estado da Paraíba, tendo em vista o fácil acesso que as crianças possuem a tais produtos.

Palavras-Chaves: Perfil de saúde, Envenenamento, Medicina de Emergência Pediátrica, Saúde da Criança

Page 132: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Abordagem da intoxicação por paracetamol nos serviços de emergência pediátrica.

Geyhsy Elaynne da Silva Rocha, Rafaela Maia de Oliveira Moraes,Ana Vitória de Sousa Melo, Dhiana de

Sousa Dantas Pragana, Eluiza Helena de Albuquerque Rocha Garcia, Letícia Pordeus Gonzalez.

Introdução: As intoxicações exógenas podem se apresentar nas mais diversas formas: o uso exacerbado de

agrotóxicos, animais peçonhentos, metais pesados, organofosforados, medicamentos, entre outros. Devido a

facilidade ao acesso, o paracetamol é um dos medicamentos mais utilizados na prática de automedicação e,

seu uso abusivo, está implicado em grande percentual de casos de intoxicação nos serviços de emergência.

Esse medicamento é um anti-inflamatório não esteroidal que apresenta características hepatotóxicas, com

absorção rápida, podendo atingir pico sérico após 4 horas. Sua dose terapêutica em criança é de 10mg/kg,

não podendo ultrapassar de 5 doses ao dia. Em caso de intoxicação, o quadro clínico e exames laboratoriais

devem ser avaliados a fim de possibilitar a tomada de medidas rápidas e efetivas. Objetivo: Destacar a

importância do diagnóstico precoce da intoxicação por paracetamol, a fim de estabelecer tratamento

adequado imediato nos atendimentos de emergência pediátrica, evitando prováveis complicações futuras, e

um possível óbito. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando como base científica o

SCIELO. A busca foi realizada utilizando os descritores: intoxicação e paracetamol. Foram incluídos artigos

publicados nos últimos cinco anos. Resultados: O paracetamol (acetaminofeno, derivado do p-aminofenol)

é um anti-inflamatório não-esteróide (AINE), inibidor da ciclo-oxidase (COX), seletivo para COX-3.

Durante a sua metabolização no fígado são produzidos metabólitos tóxicos, que quando consumido em

doses muito altas, não é possível neutralizá-los, o que gera danos ao próprio órgão. As lesões hepáticas

podem ocasionar alterações dos fatores de coagulação, afetando o TP (tempo de protrombina) e INR

(Relação Normatizada Internacional) nos exames laboratoriais. Segundo a SINITOX, 81 crianças menores

de 1 ano foram vítimas de intoxicação por agente medicamento, nos últimos cinco anos. Os sinais e

sintomas da intoxicação por paracetamol incluem náuseas, vômitos, dor abdominal alta, empachamento,

sudorese intensa, mal-estar geral, hipotensão arterial, arritmia cardíaca, icterícia, insuficiência hepática e

renal. A terapêutica inicial consiste em lavagem gástrica e carvão ativado, quando até 1h ou 2h da ingestão,

respectivamente, além da administração do antídoto: acetaminofeno. Conclusão: É imprescindível que os

médicos reconheçam a sintomatologia característica toxicológica do paracetamol em crianças, uma vez que

a intervenção adequada e ágil na emergência pediátrica, mitigam os riscos a vida, sendo fundamental a

discussão desse assunto.

Palavras-chave: emergência pediátrica, intoxicação exógena, paracetamol.

Page 133: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Tromboembolismo pulmonar pós- operatório em paciente submetido a colecistectomia: um

relato de caso.

Napoleão Suassuna Laureano Júnior; Caio Henrique Marinho Trajano ; João Antônio Carlos Suassuna;

José Roberto Ribeiro Neves Filho; Raquel Hellen de Sousa Muniz ; Sávio Daniel Freire de Albulquerque

Figueiredo.

INTRODUÇÃO: o tromboembolismo pulmonarconsiste na obstrução da circulação arterial do pulmão por

coágulos sanguíneos oriundos da circulação venosa sistêmica, geralmente pelo sistema venoso profundo dos

membros inferiores, com redução ou cessação do fluxo sanguíneo da área afetada. Essa patologia pode se

apresentar de forma aguda, com manifestações clínicas e laboratoriais surgidas imediatamente após a

instalação da obstrução vascular, ou de forma crônica, caracterizando-se pelo surgimento progressivo de

dispnéia e outras manifestações de hipertensão pulmonar ao longo de meses ou anos. Outrossim, o

tromboembolismo pulmonar é a terceira doença cardiovascular mais comum, além de ser a principal

complicação das tromboses venosas profundas.DESCRIÇÃO DE CASO: paciente feminina, 66 anos, com

história de colecistectomia de urgência no início de dezembro de 2019, evoluiu com dor em membro

inferior direito a partir do dia 02 de janeiro de 2020. Ao exame físico, constatou-se edema assimétrico em

membros inferiores, com dor a compressão em panturrilha direita. Tendo como hipótese diagnóstica inicial

um caso de trombose venosa profunda, decorrente de uma complicação da colecistectomia. Com possível

evolução para tromboembolismo pulmonar, a paciente foi encaminhada à urgência do Hospital Memorial

São Francisco para realização de exames, D-Dímero; Ultrassonografia Doppler venoso do membro inferior

direito; e angiotomografia pulmonar. O Doppler de membros inferiores evidenciou tromboflebite em todo o

trajeto da veia safena magna à direita e de veias superficiais na perna atingindo a veia femoral comum.Já a

angiotomografia evidenciou falha de preenchimento vascular ao meio de contraste, com predomínio nas

porções centrais acometendo o tronco da artéria pulmonar, artérias pulmonares direita e esquerda,

interlobares, segmentares para os lobos inferiores, segmentar medial do lobo médio e segmentares para os

lobos superiores, além de opacidades parenquimatosas mal definidas no segmento basal posterior do lobo

inferior. Diante disso, foi possível a confirmação da hipótese diagnóstica de tromboembolismo pulmonar,

tendo como conduta a realização de trombectomia mecânica e medicamentosa com uso de 20mg de Actylise

em artéria pulmonar esquerda e direita. O controle final evidenciou reestabelecimento do ramo inferior da

artéria pulmonar esquerda, com boa opacificação parenquimatosa do lobo inferior esquerdo e da artéria

pulmonar direita. Procedimento sem intercorrências. CONCLUSÃO:apesar da simplicidade deste relato,

podemos aproveitá-lo para reiterar a importância de uma anamnese bem dirigida e de um bom exame físico

na conduta inicial do paciente com quadro sugestivo de trombose venosa profunda. Ademais, evidenciar a

imprescindibilidade da profilaxia de trombose venosa profunda, sobretudo em pacientes em pós-operatório,

com a finalidade de evitar complicações graves como o tromboembolismo pulmonar. PALAVRAS-

CHAVE:Tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda, trombose.

Page 134: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Deslocamento prematuro de placenta motivada por hipertensão arterial - Revisão de

literatura.

Ana Gabriela Venancio de Paula Bezerra; Caio Gabriel Barboza Aragão; Francisco Gomes de

Souto Neto; Francimar Gomes Moura Junior; Maria Fernanda Coutinho Pessoa; Vívian Maria

Maia; Joney Fábio de Melo Aragão.

O DPP ou deslocamento prematuro da placenta é uma emergências obstétrica e é descrita como

separação abrupta da placenta do corpo uterino, depois da 20° semana de gestação. A causa

primária do DPP é desconhecida, entretanto associa-se frequentemente com hipertensão arterial

sistêmica (HAS). A conduta adotada depende das condições maternas e fetais. O reconhecimento

rápido dessa urgência obstétrica e a intervenção apropriada podem garantir a sobrevivência

materna e neonatal. O objetivo desta revisão de literatura é relatar acerca do deslocamento da

placenta associado a hipertensão, a sua fisiopatologia e o diagnóstico. Fisiologicamente, a placenta

está aderida fisicamente à parede uterina devido a moléculas de adesão existente entre a placa

basal, cujo constituinte celular é o trofoblasto extraviloso, na porção fetal e a matriz extracelular,

na porção materna. O trofoblasto, invade os vasos maternos, promovendo a transformação das

artérias espiraladas de alta resistência, em vasos dilatados, de baixa resistência, para que haja a

maior nutrição e oxigenação do feto e da placenta. Patologicamente, Perturbações como HAS em

uma das fases de invasão trofoblástica invés de vasodilatar os vasos, irá contrair-los formando,

assim, vasos maternos anormais. Estes vasos na decídua basal sofrem rotura na proximidade de

regiões onde a adesão entre as partes fetais e maternas estejam

enfraquecidas por um processo patológico, como, por exemplo, por reação inflamatória excessiva.

O sangramento, seguido da formação do coágulo e da resposta inflamatória desencadeada, somado

aos fenômenos patológicos iniciais leva a um quadro de isquemia

e, posteriormente, infartos, comprometendo a circulação sanguínea fetal. Por consequência, inicia-

se o sangramento retroplacentário, sendo formado plano de clivagem. Segue-se infiltração

sanguínea na parede que, irritando o miométrio, provoca contrações da miocélulas e consequente

elevação do tônus basal em consequência rompimento prematura das membranas. O diagnóstico de

DPP é fundamentalmente clínico, classicamente , representados por dor localizada no baixo ventre,

hipertonia uterina e sangramento transvaginal em 80% dos casos. O DPP é uma patologia

hemorrágica da segunda metade da gestação que pode levar à mortalidade materna e fetal se não

diagnosticada e tratada de imediato. Estudos recentes mostram que a maior adesão das gestantes ao

Pré-Natal e a identificação dos fatores de riscos relacionados, especialmente a Hipertensão

Materna, que está associada a 75% dos casos, pode reduzir a incidência dos casos de DPP.

PALAVRAS-CHAVES: Deslocamento prematuro da placenta; hemorragia; sintomas; diagnóstico;

tratamento.

Page 135: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Á i o t exâ i o o o t o e e o i o e víti e t ti o ioe e i o.

Antônia Távora Pinho Rosado Ventura, Victor Donato Meneses Mendes, Ana Karolynne da Silva,

Lucas Germano Figueiredo Vieira, Kássya Mycaela Paulino Silva, Marie Anne Gomes Cavalcanti

INTRODUÇÃO: Lesões neurológicas podem ser divididas em traumáticas e não traumáticas. A maioria é

representada pelo Traumatismo Cranioencefálico (TCE), o qual é responsável por grande número de óbitos

e por deficiências subsequentes. A hemorragia intracraniana secundária a um TCE é associada a um alto

risco de coagulopatia que leva a um risco aumentado de hemorragia e a uma taxa maior de mortalidade.

Contudo, agentes antifibrinolíticos, tal qual o ácido tranexâmico (AT), podem reduzir a hemorragia

intracraniana traumática e, consequentemente, a necessidade de intervenção cirúrgica. OBJETIVOS: Avaliar

a eficácia do Ácido Tranexâmico no controle hemorrágico de vítimas de TCE. MÉTODOS: Revisão de

artigos publicados nas bases de dados da BVS e do PUBMED, utilizando-se os descritores “ácido

tranexâmico”, “hemorragia” e “TCE”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos 10

anos, com texto completo disponível gratuitamente. Foram excluídos os artigos que não contemplavam as

línguas inglesa e portuguesa. RESULTADOS: De acordo com análise de 917 pacientes por Weng et al., o AT

reduziu significativamente a taxa de crescimento hemorrágico e crescimento total da hemorragia em

pacientes com TCE. Ainda, o estudo mostrou que quão mais cedo administrado o AT, menor será o tamanho

do hematoma. Zehtabchi et al. relataram que não houve efeitos adversos sérios, como eventos

tromboembólicos, associados ao uso do AT. Roberts et al. avaliaram 20548 pacientes randomizados e

chegaram ao resultado de que o AT reduz o risco de mortalidade em 10% a 15% e de que o tratamento

precoce (≤ 3 horas) foi mais eficaz que a terapia tardia (&gt; 3 horas). Não existiram evidências de que o AT

aumentava o risco de eventos vasculares oclusivos ou a necessidade de intervenção cirúrgica.

CONCLUSÃO: O AT demonstrou efeito significativo na redução do risco de expansão de hematomas, com

melhora da morbimortalidade em vítimas de TCE. Não houve aumento nas taxas de eventos

tromboembólicos.

Palavras-chave: Ácido tranexâmico, hemorragia, TCE.

Page 136: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Uso do fast no trauma: uma revisão sistemática.

Maurício Vasconcelos Valadares Neto; Davi Rodrigues de Sousa ; Eduardo Pimentel Carneiro Braga;

Fernando de Paiva Melo Neto; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola; Bianca Etelvina Santos de

Oliveira

Introdução: O trauma é a principal causa de morte em indivíduos menores de 45 anos no

Brasil, sendo responsável por cerca de um terço das internações de unidades de terapia

intensiva. Em decorrência desse cenário surgiu o Focused Assesment with Sonography

for Trauma (FAST) como uma alternativa de avaliação inicial do paciente. Objetivos:

Analisar o uso do FAST nas situações de trauma e suas vantagens para ajudar o paciente.

Metodologia: Estudo de revisão sistemático qualitativo realizado através de artigos de

bases de dados como a Biblioteca Virtual Saúde (BVS) e United States National Library

of Medicine (USNLM), entre 2010 e 2019, em inglês e português. Resultados: O FAST é

um processo rápido (3 a 5 minutos), não invasivo, sem necessidade de transporte e que

pode ser realizado na beira do leito dando um diagnostico preciso, além de poder ser

realizado ao mesmo tempo de outros procedimentos diagnósticos ou terapêuticos. Desse

modo ele apresenta diversas vantagens sobre outros exames utilizados no trauma

abdominal, a exemplo do lavado peritoneal diagnostico (LPD). Portanto, quando feito por

uma equipe devidamente capacitada o FAST se torna um dos principais exames

realizados na urgência e emergência com capacidade de diagnosticar uma hemorragia

possivelmente fatal, tal como um trauma abdominal penetrante que perfure um órgão

dessa cavidade e um tamponamento cardíaco, uma vez que se utiliza de um ultrassom

para detectar liquido livre intra-abdominal. Ele possibilita a realização do exame de

quatro regiões: a fossa hepatorrenal, a pélvis, a fossa esplenorrenal e o saco pericárdico.

Além disso, existe uma extensão desse procedimento conhecida como E-FAST que é

capaz de detectar derrame pleural e pneumotórax por meio da análise das bases direita e

esquerda da cavidade torácica, posto que são imagens de fácil acesso e possuem um

importante valor diagnóstico. Conclusão: Como o trauma é uma das principais causas de

morte de jovens no Brasil, o FAST pode ser utilizado para diagnosticar de maneira mais

rápida e fácil o problema desses pacientes, possibilitando assim um tratamento mais

adequado e que consiga minimizar os danos do paciente. Como consequência, ele vem

recebendo diversas indicações de sociedades internacionais na ultima década.

Palavras-chaves: FAST, Hemorragia, Trauma.

Page 137: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Arritmias cardíacas e as intervenções emergenciais: Revisão integrativa.

Davi Rodrigues de Sousa; Fernando de Paiva Melo Neto; Luciano Gonçalves do Nascimento

Júnior; Paulo Francisco Lucena de Araújo Espinola; Ana Luísa Malta Dória; Kamyla Félix

Oliveira dos Santos.

Introdução: Arritmias cardíacas (AC) são batimentos irregulares devido alterações elétricas que provocam

modificações no ritmo cardíaco. Elas são de vários tipos: taquicardia, bradicardia, descompasso, sendo sua

pior consequência a morte súbita cardíaca. O atendimento a pacientes com AC constitui um desafio devido

à diversidade de apresentações clínicas e eletrocardiográficas. Objetivo: Identificar a produção científica

acerca do atendimento da AC na emergência, caracterizando as intervenções emergenciais mais apropriadas.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através dos bancos de dados da Literatura

Latino Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), da Scientific Electronic

Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed, na língua inglesa e portuguesa. A

coleta de dados foi realizada no período de janeiro a 15 de fevereiro de 2020. Para viabilizar a coleta de

dados foram utilizados como descritores: “Arritmias cardíacas and Serviços Médicos de Emergência” e

“Morte súbita cardíaca and Unidades de Terapia Intensiva”. Dessa forma, a amostra foi composta por nove

publicações. Resultados: As AC compreendem uma imensa gama de situações, dificultando o diagnóstico e

a padronização do atendimento por médicos que atuam nas salas de emergência (SE). Diversas tentativas de

padronização para o atendimento emergencial de pacientes com AC já foram publicadas, porém, dados

referentes à prevalência e à eficácia terapêutica das medidas empregadas são escassos. A monitoração, a

garantia do acesso venoso, disponibilidade à medicamentos, marca-passo transtorácico e transvenoso são

intervenções imprescindíveis na SE. Todavia, na prática temos introduções inadequadas pelos

desconhecimentos dos profissionais. Durante o atendimento emergencial às AC, sabe-se que é de suma

importância o reconhecimento de situações de instabilidade clínica que estão relacionadas à presença de

critérios bem estabelecidos. O conhecimento das AC na SE é importante, não só para a elaboração de

protocolos de atendimento, mas também para programas de educação médica continuada e para aquisição e

manutenção de equipamentos e intervenções terapêuticas específicas. Anualmente, no Brasil, cursos são

realizados, garantindo que a maioria dos médicos em treinamento tenha contato com o protocolo.

Conclusão: O atendimento a pacientes com AC de forma qualificada é raro frente a outras condições

clínicas na SE de um hospital geral. Por isso, programas de educação médica devem priorizar o manejo

dessas situações. Contudo, mesmo que pouco prevalente, deve receber especial atenção dos médicos.

Portanto, todo profissional que trabalha na SE deve estar apto a tratar as AC, mas não deve se esquecer de

que podem constituir um sinal de alerta para uma condição clínica de maior gravidade.

Palavras-chaves: Arritmias, emergência, atendimento, terapia intensiva.

Page 138: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil e prevalência de lesões em praticantes de crossfit: uma revisão de literatura.

Domingos Ribeiro da Silva Neto; Amanda Mayara Gomes dos Santos; Arianne Lira da Cunha Pedrosa;

Caike Henrique Gomes Ramos da Silva; Luanna Ferreira da Silva; José Wilker Torres Soares.

Introdução: O CrossFit é uma recente modalidade esportiva que tem ganhado popularidade principalmente

nos dias atuais. Esse método de treinamento físico se encaixa no regime de HIFT (High-Intensity Functional

Training), o qual tem como pilar o treino de alta intensidade e tem como objetivo primordial o ganho de

aptidão física aliado à preparação para desafios corporais. Entretanto, há grandes controvérsias entre a

comunidade científica quanto à segurança e a existência de maior risco de lesões na prática de CrossFit.

Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre o perfil e prevalência de lesões físicas em praticantes de

CrossFit, com ênfase nos locais mais recorrentes e levando em consideração a avaliação de risco comparada

às outras modalidades esportivas. Método: Foi realizada uma busca de estudos nas bases de dados Pubmed,

Medline, Scielo e Lilacs, do período de 2013 a 2019 com as palavras-chave “prevalence”, “injuries” e

“crossfit. Foram selecionados 22 artigos escritos em inglês, português e espanhol e, após leitura dos

resumos, foram excluídos 3, dos quais um abordava sobre a questão do vício da prática e os outros dois

sobre lesões não físicas. Resultados: A literatura aponta a prevalência de lesões em praticantes de CrossFit

com variação de 5 a 74% e com taxa de lesão variando entre 2 e 3,5 lesões por 1000 horas de treinamento.

O perfil de lesão mais comumente encontrado foi danos em pernas ou joelho, ombros e costas com índice de

relevância considerável. Outras lesões em cotovelos, pulsos e a síndrome de rabdomiólise também foram

relatadas, mas com baixa prevalência. A maioria dos estudos não relataram diferenças significativas de

lesões quanto ao sexo e idade, mas revelam influência do tempo de treinamento e a existência de lesão

prévia com maior probabilidade de lesão de maneira diretamente proporcional, porém há disparidades entre

os resultados. Conclusão: A quantidade de estudos sobre o perfil e prevalência de lesões em praticantes de

CrossFit ainda é escassa, não apresentando diferenças significativas entre esta modalidade esportiva e outras

mais praticadas. Os resultados sugerem que o risco de lesão é aceitável em comparação a maior quantidade

de benefícios à saúde, necessitando de acompanhamento com profissionais capacitados durante a prática, a

fim de garantir bom desempenho e reduzir riscos.

Page 139: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O eletrocardiograma como ferramenta no diagnóstico de tromboembolismo pulmonar.

Ilary Gondim Dias Sousa; Ravy Lopes Silva

Introdução: O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma condição temida, uma vez que, devido a

inespecificidade de sintomas, pode levar o paciente a óbito antes do próprio diagnóstico. As mortalidade

estimada da doença é muito alta e varia de 67 a 91%. Na tentativa de diminuir esse número, os profissionais

de saúde buscam pelos achados mais comuns de TEP na maior variedade possível de exames. Assim, tem-se

o eletrocardiograma como um aliado, exame de fácil acesso e aplicabilidade, muito presente em unidades de

terapia intensiva, onde a maioria dos pacientes possui um alto risco para desenvolver TEP. Apesar disso,

trata-se de um exame pouco usado na prática clínica para esse propósito devido à baixa sensibilidade das

alterações encontradas, aliada ao próprio desconhecimento das principais alterações no ECG em quadros de

TEP. Objetivos: Avaliar a importância do ECG no diagnóstico de TEP; verificar quais achados mais

aparecem no diagnóstico de TEP no ECG. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de

natureza descritiva e abordagem quanti-qualitativa. O presente artigo teve como questão norteadora: “Quais

os achados mais específicos para TEP no ECG?”. A pesquisa foi realizada nas bases de dados do Pubmed,

da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Scientific Electronic Library Online (Scielo) a partir das

seguintes palavras-chave, em inglês, espanhol e português, e operadores booleanos: “electrocardiogram

AND pulmonary thromboembolism”. Resultados: Ao todo foram encontrados 3589 artigos. Após retirada

dos artigos repetidos, inserção de filtros de tempo e de espécie humana, screening dos estudos e aplicação

dos critérios de inclusão e exclusão, encontramos 72 artigos. No total, foram incluídos 99 indivíduos dentro

dos artigos encontrados, alguns com mais de uma alteração. O achado mais comum foi o padrão S1Q3T3

(30 casos), seguido por alterações do segmento ST (29), inversão da onda T (20), taquicardia sinusal (19) e

bloqueio de ramo direito - BRD (13). Foi observado que o S1Q3T3 era preditor de lesão de ventrículo

direito, principalmente se associado a BRD. Todos os achados se relacionaram a um pior prognóstico e

aumento de mortalidade, sendo que, quanto mais próximo o ECG fosse da normalidade, menor o número de

complicações. Algumas alterações pouco relatadas mostraram grande especificidade e sensibilidade para

TEP, como um RS maior que 64,20 ms. Entretanto, tais alterações ainda têm que ser melhor estudadas. Vale

ressaltar que o ECG de lado direito mostrou-se mais sensível a alterações e alguns distúrbios permaneciam

no ECG mesmo após a resolução do episódio de TEP. Conclusão: Ainda não há um estudo unindo todos os

achados no ECG relacionados ao TEP. Apesar de termos muitos protocolos para TEP, na literatura ainda

temos muitos artigos e informações dispersos, fato que dificulta o uso do ECG como ferramenta primordial

para o diagnóstico precoce e menos dispendioso de TEP.

Palavras-chave: Eletrocardiograma, Tromboembolismo Pulmonar, S1Q3T3.

Page 140: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O uso da procalcitonina como biomarcador no diagnóstico da sepse, em situações de

emergência.

Victor Barbosa Assis; Medicina; Victor Monteiro Pontes;

INTRODUÇÃO. A sepse caracteriza-se como uma disfunção orgânica grave, decorrente de uma

desregulação da resposta imune do hospedeiro à infecção, a qual pode evoluir para o choque séptico. Tal

realidade demonstra o conjunto de desafios enfrentados pelos profissionais das áreas de emergência, durante

os atendimentos iniciais de pacientes afetados por essa comorbidade. Seu rápido diagnóstico é fundamental

para melhorar as chances de sobrevida das pessoas acometidas, incluindo pacientes hospitalizados e

admitidos de outros serviços. Dessa forma, verifica-se a necessidade do uso de biomarcadores, os quais são

moléculas provenientes do metabolismo corporal, seja por um processo fisiológico ou por um conjunto de

alterações bioquímicas de origem patológica. Um bom marcador de distúrbios patológicos deve agregar

valor à avaliação clínica, reduzir o tempo para a obtenção do diagnóstico definitivo e diferenciar as formas

infecciosas das não infecciosas. Entretanto, a demora na obtenção de uma concentração sérica referente a

um possível diagnóstico de sepse atrelado a uma baixa capacidade de especificação da patologia é

responsável pela busca constante por novas moléculas sinalizadoras. Diante disso, a procalcitonina (PCT)

destaca-se por ser um marcador mais específico, principalmente no contexto das infecções bacterianas, e

mostra-se importante para facilitar o diagnóstico clínico e reduzir o tempo para o início da terapia.

OBJETIVOS. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura sobre a eficácia da procalcitonina na

identificação precoce e na especificação da sepse, em situações de emergência. MÉTODOS. Foi feita uma

pesquisa bibliográfica baseada em artigos publicados entre 2016 e 2020. Utilizou-se nas bases de dados

Pubmed e BVS os descritores: sepsis, biomarker e emergency. RESULTADOS. A concentração sérica

normal de procalcitonina no organismo é menor que 0,1ng/ml. Desse modo, dois estudos prospectivos com

taxas de PCR maiores que 1,03ng/ml e 2,2ng/ml, obtiveram valor de sensibilidade para a sepse de 87% e

98%, respectivamente, enquanto que a taxa de especificidade para o mesmo foi de 78% e 89%,

respectivamente. CONCLUSÃO. A procalcitonina mostra-se como um biomarcador confiável para auxiliar

os profissionais para o diagnóstico precoce da sepse juntamente com a apresentação clínica do paciente Sua

produção em rins, fígado e pulmões aumenta em resposta a infecções bacterianas, sendo perceptível entre 2-

4 horas do início da sepse, com pico entre 8-24 horas. Porém, mais estudos devem ser realizados para

definir valores de corte que indiquem com maior acurácia um quadro de sepse, afastar outros quadros

clínicos que causam aumento de procalcitonina e apresentar outros biomarcadores tão confiáveis quanto.

Page 141: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Proteômica na sepse.

Nathália de Oliveira Azevedo; Shirlaynne Medeiros uchoa; Maria Gabriela Fernandes de Souza; Roberto de

Souza Medeiros; Isis Iane Ferreira de Almeida

Introdução: A sepse ou síndrome de resposta inflamatória sistêmica é desencadeada por uma infecção

advinda de um foco infeccioso ou agente causal, que gera uma resposta inflamatória e alterações

hemodinâmicas advindas da interação complexa entre citocinas e moléculas que provavelmente determinam

o curso e apresentação clínica da sepse. A fisiopatologia da sepse estabelece relações entre o agente

etiológico e o hospedeiro, e a ampliação de técnicas de analises proteômicas permitem avaliar a expressão

funcional de um genoma, avaliando as condições fisiológicas específicas, permitindo maior entendimento

relacionado as vias de sinalização celular, proteínas, modificações pós traducionais e marcadores biológicos

na doença. Na sepse, a sobrevida e o sucesso terapêutico dependem da precocidade do tratamento, dessa

forma, conter o quadro de forma efetiva e imediata, diminui por sua vez, as sequelas e a atual taxa de

mortalidade por sepse, que chega a 65% (ILAS,2018). Atualmente, ainda não se conhece o biomarcador

ideal para sepse, entretanto, se sabe que alterações nos níveis de algumas moléculas são verdadeiras, como

no caso da PCR, IL-6 e fator de inibição da migração de macrófagos, além da existência também de

citocinas proinflamatórias, tais como interleucinas1, 2 ,6, 8,12, fator de necrose tumoral alfa e fator de

necrose tumoral beta. Objetivos: Compreender mais sobre as bases moleculares da sepse afim de acelerar o

diagnóstico e o tratamento. Métodos: revisão de literatura de relato de caso e também de revisão de

literatura sistemática. Conclusão: Foram identificadas 14 proteínas expressas diferencialmente durante os

estágios da sepse, assim como, uma proteína não expressa em todos os estágios, deixando claro a existência

de biomarcadores específicos em diferentes momentos. Entre elas a amilóide sérico A, apolipoproteina A-

1, albumina humana e inibidores de proteases.

Page 142: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Obstrução de vias aéreas por corpo estranho em crianças: Uma emergência médica

Lara Nunes Gomes; Gabriela Braga Santos; Beatriz Nunes Gomes; Halina de Oliveira Lima; Renatta

Morgana Lacerda de Alencar

INTRODUÇÃO: A obstrução de vias aéreas por corpos estranhos é uma emergência pediátrica comum e

que pode, devido ao atraso do reconhecimento e atendimento ou ao manejo ineficaz, evoluir com sequelas

irreversíveis e até com o óbito. Para isso é fundamental agilidade e atendimento adequado a fim de reverter

o quadro de maneira efetiva, assim como, conhecimento das possíveis causas e de como reduzir a

incidência, a qual ocorre predominantemente por acidente domiciliar em idade pré-escolar. OBJETIVO:

Compreender a importância do diagnóstico e dos procedimentos para manejo eficaz e precoce de obstruções

de vias aéreas por corpos estranhos em crianças. MÉTODOS: Realizou-se pesquisa bibliográfica na busca

avançada das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SCIELO, MEDLINE e UPTODATE e

selecionou-se artigos com os descritores “vias aéreas”, “corpo estranho”, “criança” e “emergência” entre os

anos de 2002 e 2019. Em seguida, utilizou-se os seguintes métodos de inclusão: idioma português e inglês,

assunto principal: corpo estranho e obstrução de vias respiratórias. RESULTADOS: O intervalo entre a

introdução do corpo estranho, o diagnóstico e a sua retirada é de fundamental importância clínica para os

pacientes, tendo em vista que os quadros agudos têm evolução rápida, apresentando potencial desfecho

fatal. Nesse sentido, os sintomas frequentes como tosse súbita, palidez, cianose, sibilância e estridores são

alertas tanto para os profissionais como para a família que pode iniciar os primeiros socorros no ambiente

domiciliar. A presença de um responsável no momento ou logo em seguida ao surgimento dos sintomas é

essencial para a análise do ambiente e suspeita inicial da introdução de um objeto via oral ou via aérea,

facilitando, portanto, a conduta médica, que é auxiliada também pelas imagens obtidas à radiografia simples

do tórax. A técnica de retirada por broncoscópio rígido é a de escolha inicial por exigir menor

complexidade, porém não se apresenta efetiva em todos os casos já que o objeto pode não ser localizado ou

migrar, podendo se alojar na traquéia e brônquios principais, sendo o brônquio direito mais comum devido a

sua figuração anatômica. Além disso, outros procedimentos adicionais como toracotomia ou traqueostomia

podem ser realizados a depender do quadro clínico do paciente. CONCLUSÃO: Tendo em vista a grande

recorrência das obstruções respiratórias infantis por corpos estranhos, conclui-se a importância de rápido

diagnóstico e atendimento, uma vez que quanto mais tempo retido o corpo estranho, maiores serão as

complicações, como atelectasia, pneumonia, infecções, bronquiectasias, hipóxia por asfixia e até óbito, além

de possíveis tratamentos não indicados devido a um erro de diagnóstico. Dessa forma, o preparo de

profissionais e familiares deve ser reforçado, em busca da redução no número de obstruções de vias aéreas

nas emergências hospitalares.

Page 143: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Promoção em saúde: Ensino de reanimação cardiopulmonar à população

Karlla Stephanie Alves e Silva, Andrew Pereira da Silva, David Emanoel Alves Teixeira, Luís Felipe de

Melo Silva, Pedro Érico Alves de Souza

Introdução: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é caracterizada pela interrupção do funcionamento do

coração e do sistema respiratório, correspondendo a uma das principais causas de morte no mundo. No

Brasil, há em média 200 mil paradas cardíacas por ano, sendo metade dessas em ambiente extra-hospitalar.

O conjunto de práticas utilizadas para reverter a PCR é denominado de Reanimação Cardiopulmonar (RCP),

sendo constituído por compressões torácicas, ventilações, desfibrilações e uso de medicamentos. Objetivos:

Refletir sobre a importância do ensino da RCP à população, como prática de promoção em saúde. Métodos:

Revisão integrativa de literatura foi realizada em Janeiro de 2020, na base de dados PubMed, utilizando-se

os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Educação”, “Promoção em Saúde” e “Reanimação

Cardiopulmonar”, através do Operador Booleano “AND”. Foram encontrados 49 artigos, destes apenas 24

estavam disponíveis e foram publicados nos últimos cinco anos. Após avaliação crítica dos títulos e resumos

foram selecionados 11 artigos para a revisão. Resultados: A Reanimação Cardiopulmonar objetiva

restaurar o fluxo sanguíneo e a oxigenação tecidual. Tal prática, além de ser efetuada com eficácia deve ser

imediata, uma vez que a velocidade com que a RCP é iniciada está associada ao aumento em até quatro

vezes da sobrevida dos pacientes e à diminuição das sequelas decorrentes da PCR, como prejuízo e falência

de órgão vitais. Estatisticamente, em média 50% dos eventos resultantes em PCR ocorrem em ambientes

extra-hospitalares, portanto para que a vítima tenha uma maior chance de sobrevida, a RCP deve ser

praticada pelos espectadores do evento, até que uma unidade móvel de emergência e profissionais de saúde

cheguem ao local. Ou seja, em todo o mundo quando há um evento de parada cardíaca a sobrevida do

paciente depende da educação destinada aos leigos, em países que investem no ensino de RCP à população

como forma de promoção em saúde os índices de prestação de socorro imediato e eficaz são infinitamente

superiores àqueles de países que não investem. Conclusão: A adoção de políticas de promoção em saúde

através de campanhas publicitárias, parcerias com escolas/empresas e programas de capacitação popular em

ambientes públicos podem aumentar os índices de atendimento por espectadores a pessoas vítimas de PCR

e, consequentemente, a sobrevida delas.

Palavras-Chave: Educação, Promoção em Saúde, Reanimação Cardiopulmonar.

Page 144: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A gravidez ectópica de risco como consequência da salpingotripsia

Ana Luiza Menino Acioly; João Victor Maia Lima Costa; Perciliano Dias da Silva Neto

INTRODUÇÃO: A incidência da gravidez ectópica vem aumentando no decorrer dos anos, e atualmente,

está presente entre 1,3 - 2% das gestações. Segundo Silva, J. (2012) os sítios anatômicos em que acontecem

a fecundação errônea não podem acomodar devidamente o desenvolvimento placentário ou crescimento do

embrião, podendo desencadear rotura e hemorragia, desenvolvendo um quadro de emergência médica. Um

fator que comprovadamente colabora para essa condição é o método cirúrgico, conhecido como

salpingotrispsia. OBJETIVO: Discorrer sobre a gravidez ectópica e seus casos de riscos e emergenciais,

enfatizando a mesma como consequência da salpingotrispia. METODOLOGIA: Revisão na literatura

científica selecionando artigos de revisão. Utilizou-se os bancos de dados: Scielo e google acadêmico.

Foram filtrados 15 artigos de pesquisa, sendo avaliados 9 e incluídos 6. RESULTADO: A gestação ectópica

é definida como a implantação do blastocisto em qualquer lugar que não seja a cavidade endometrial

(HOPKINS, J. 2006). Essa condição pode ser classificada de acordo com a localização onde o embrião está

se desenvolvendo, sendo elas: Cornual, Abdominal, Ovariana, Cervical e Tubária, sendo esta a mais

frequente (95%). A circunstancia citada é mais frequente em mulheres com mais de 45 anos e de raça negra;

podendo também prejudicar o futuro reprodutivo da paciente, sendo a principal causa de morte no primeiro

trimestre (SILVA, J. 2012). Na chegada da paciente a emergencia, faz-se importante a anamnese, ligada a

exames como ultrassom endovaginal, teste de gravidez, beta-hCG e níveis de progesterona, com o principal

intuito de identificar o nível de risco da situação. Existem algumas causas que podem condicionar a

gestação ectópica de alto perigo, entre elas, estão as cirurgias previas sobre a tuba uterina, como a

salpingotripsia, este é um procedimento em que as tubas uterinas são alteradas impedindo o esperma de

alcançar o óvulo e causar fertilização (CRON, J. TODD, K. HUGGINS, G. 2006). Apesar deste método

contraceptivo ser bastante eficiente, caso ocorra a fecundação, há chances de 30-80% de ser ectópica.

CONCLUSÃO: Dessa forma, entendendo que apesar da salpingotripsia ser um método muitas vezes

necessário, observou-se que o emprego do mesmo pode acarretar danos à saúde reprodutiva da mulher. Com

isso, sugere-se que esse método seja pouco ou nada empregado. Entretanto, se faz necessário também um

maior número de estudos e pesquisas para maiores esclarecimentos ou aperfeiçoamento da técnica utilizada.

PALAVRA-CHAVE: Gravidez, Risco, Laqueadura.

Page 145: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Análise do diagnóstico e das consequências clínicas da síndrome hellp em pacientes na

emergência: uma revisão na literatura.

Marília Aparecida de Andrade Romão; Liandra Bezerra dos Santos ; Anne da Nóbrega Souza; Thayná

Figueirêdo Araujo; Matheus Vinicius de Araújo Lucena

Introdução: As doenças relacionadas a quadros hipertensivos na gravidez são consideradas emergências

obstétricas, portanto, há a necessidade de compreensão do diagnóstico rápido e suas consequências clínicas.

A síndrome de HELLP, patologia que pode ser considerada como uma variação da Doença Hipertensiva

Específica da Gravidez (DHEG), é uma condição geralmente iniciada a partir do 3º trimestre da gravidez

com a evolução desse quadro. Os achados laboratoriais das pacientes com a síndrome podem incluir

alteração nos glóbulos vermelhos, enzimas hepáticas elevadas e baixa quantidade de plaquetas. Objetivos:

Analisar artigos que tratem da síndrome de HELLP, abordando seu diagnóstico e consequências clínicas,

além de apresentar a relação da síndrome com os quadros de DHEG e as complicações envolvidas ao longo

da evolução dos seus sinais e sintomas. Métodos: Uma revisão de literatura. A pesquisa foi realizada nas

bibliotecas virtuais BVS e SciELO. Os descritores utilizados foram “Síndrome de HELLP” AND “DHEG”.

Selecionaram-se artigos publicados entre 2010 e 2019 que estivessem disponíveis na forma online com

texto completo, nas línguas inglês e português e cujo assunto principal fosse a síndrome de HELLP, seu

diagnóstico e consequências do quadro. Encontraram-se oito artigos na BVS e três na SciELO, totalizando

onze artigos selecionados. Resultados: As principais repercussões clínicas destacadas nos artigos

selecionados foram o aparecimento de hematoma subdural agudo espontâneo, além de casos com

hemorragia hepática subcapsular e também perpassando por distúrbios gastrintestinais e coagulopatias.

Considerando que a paciente com a síndrome está, na maioria dos casos, com um quadro clínico de

eclâmpsia ou pré-eclâmpsia, a DHEG é um importante sinal de alerta pois levanta suspeitas para o

diagnóstico da HELLP. A fisiopatologia da síndrome - ainda não tão destrinchada pela literatura- demonstra

a relevância dos achados laboratoriais de plaquetopenia, elevação das enzimas hepáticas e hemólise no que

tange à exclusão de outras hipotéses diagnósticas, portanto, exames de urina, hemograma, DHL, creatinina,

ácido úrico, transaminases e bilirrubina devem ser realizados. Conclusão: A fim de promover a melhora do

prognóstico da paciente e evitar o óbito fetal, o diagnóstico rápido e apropriado da síndrome é de extrema

relevância, considerando-a como uma emergência obstétrica, começando também na Atenção Básica,

através do pré-natal. Além disso, a HELLP requer uma estreita cooperação entre obstetras e cirurgiões para

a intervenção correta em prol da saúde materno-fetal.

Palavras-chave: HELLP; DHEG; emergência

Page 146: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Trauma por arma de fogo em região mamária esquerda com lesão de artéria axilar direita e

ausência de lesão de plexo braquial.

Alice Maria Plácido Caldas Gitaí, Taís Cardoso Braga, Sônia Wanderley Silva Persiano, Renata

Carvalho Vasconcelos, José Raiumundo Ferreira Neto, Filipe Amorim Braga.

Introdução: Relato de caso de um trauma por arma de fogo em região mamária esquerda com projétil

fazendo um trajeto subcutâneo, lesando a Artéria Axilar Direita e ausência de lesão de Plexo Braquial.

Descrição de Caso: Paciente, sexo feminino, 27 anos, admitida no Serviço de Emergência do Hospital de

Emergência Dr. Daniel Houly, em Arapiraca-AL, vítima de agressão por arma de fogo. Com história de

hemorragia pelo orifício de entrada de projétil. Acordada, hipotensa, hipocorada (+/4+). Foi realizado

primeiro atendimento pela cirurgia geral do serviço, com exame físico mostrando lesão perfuro contusa em

região mamária esquerda e lesão transfixante em Membro Superior Direito, ausência de hemotórax ou

pneumotórax, presença de hematoma em região supra-axilar direita e ausência de pulso em membros

superiores. Realizado reposição hidroeletrolítica, transfusão de sangue. Posteriormente solicitado

Radiografia de tórax, punho direito, Tomografia Computadorizada de Tórax e avaliação da Cirurgia

Vascular. Em radiografia e tomografia de tórax, foi observado projétil alojado próximo à articulação

escapuloumeral direita. Em avaliação vascular, inicialmente mantinha membros superiores perfundidos,

com ausência de pulso. Após melhora hemodinâmica, observou-se pulso em membro superior esquerdo e

ausência no direito. Foi solicitado Doppler Vascular arterial e venosa de membro superior direito, que

apresentou Oclusão segmentar em Artéria Axilar direita em seu terço médio, Fluxo reabitado em transição

axilo-braquial por ramos colaterais musculares do tipo monofásico até o punho e Fluxo venoso pérvio sem

alterações em membro superior direito e sem alterações de plexo braquial. Com isso, foi realizado

Intervenção cirúrgica para revascularização de Artéria Axilar Direita, feito um enxerto com Artéria Safena

Magna, que por auxílio do doppler facilitou o controle proximal evitando a secção da clavícula. Conclusão:

O caso apresentado reforça a relevância do atendimento rápido, por equipe multidisciplinar, seguido por

exames físico e complementares que auxiliaram no diagnóstico específico do trauma vascular. Levando em

consideração o caso clínico relatado, essa conduta médica tem o intuito de recomendar no primeiro tempo o

reparo da lesão. Possibilitando reconstrução de Artéria axilar com interposição com enxerto de Veia Safena

Magna reversa. Com o fim de evitar complicações, como a isquemia, pseudoaneurisma, claudicação de

membro e até óbito do paciente.

Palavras chaves: artéria axilar, traumatismos, corpos estranhos

Page 147: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Descolamento prematuro de placenta motivada por hipertensão arterial-revisão de

literatura.

Ana Gabriela Venancio de Paula Bezerra; Caio Gabriel Barboza Aragao; Francimar Moura Gomes

Junior; Maria Fernanda Coutinho Pessoa; Vivian Maria Maia

Introdução: O DPP ou deslocamento prematuro da placenta é uma emergências obstétrica e é

descrita como separação abrupta da placenta do corpo uterino, depois da 20° semana de gestação.

A causa primária do DPP é desconhecida, entretanto associa-se frequentemente com hipertensão

arterial sistêmica (HAS). A conduta adotada depende das condições maternas e fetais. O

reconhecimento rápido dessa urgência obstétrica e a intervenção apropriada podem garantir a

sobrevivência materna e neonatal. Objetivo: Esta revisão de literatura é relatar acerca do

deslocamento da placenta associado a hipertensão, a sua fisiopatologia e o diagnóstico.

Metodologia: O presente artigo é uma revisão de literatura na qual foram analisados artigos

científicos publicados no SciElo, Pubmed e BVS. Resultado: Fisiologicamente, a placenta está

aderida fisicamente à parede uterina devido a moléculas de adesão existente entre a placa basal,

cujo constituinte celular é o trofoblasto extraviloso, na porção fetal e a matriz extracelular, na

porção materna. O trofoblasto, invade os vasos maternos, promovendo a transformação das artérias

espiraladas de alta resistência, em vasos dilatados, de baixa resistência, para que haja a maior

nutrição e oxigenação do feto e da placenta. Patologicamente, Perturbações como HAS em uma

das fases de invasão trofoblástica invés de vasodilatar os vasos, irá contrair-los formando, assim,

vasos maternos anormais. Estes vasos na decídua basal sofrem rotura na proximidade de regiões

onde a adesão entre as partes fetais e maternas estejam enfraquecidas por um processo patológico,

como, por exemplo, por reação inflamatória excessiva. O sangramento, seguido da formação do

coágulo e da resposta inflamatória desencadeada, somado aos fenômenos patológicos iniciais leva

a um quadro de isquemia e, posteriormente, infartos, comprometendo a circulação sanguínea fetal.

Por consequência, inicia-se o sangramento retroplacentário, sendo formado plano de clivagem.

Segue-se infiltração sanguínea na parede que, irritando o miométrio,

provoca contrações da miocélulas e consequente elevação do tônus basal em consequência

rompimento prematura das membranas. O diagnóstico de DPP é fundamentalmente clínico,

classicamente , representados por dor localizada no baixo ventre, hipertonia uterina e sangramento

transvaginal em 80% dos casos. Conclusão:O DPP é uma patologia hemorrágica

da segunda metade da gestação que pode levar à mortalidade materna e fetal se não diagnosticada e

tratada de imediato. Estudos recentes mostram que a maior adesão das gestantes

ao Pré-Natal e a identificação dos fatores de riscos relacionados, especialmente a Hipertensão

Materna, que está associada a 75% dos casos, pode reduzir a incidência dos casos de DPP.

PALAVRAS-CHAVES: Deslocamento prematuro da placenta; hemorragia; sintomas;

diagnóstico; tratamento.

Page 148: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Ventilação mecânica em pacientes com sara: uma revisão de literatura:

Kennedy da Mota Dantas Júnior, Ana Carolina Souza Diniz, Arthur Edmilson Barbosa Souto, Islany de

Souza Porto Diniz Ramalho, Caio Quincas de Medeiro, Milton Antônio Gonçalves de Oliveira.

Introdução: A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA/SDRA) é uma condição clínica

caracterizada pela falência respiratória aguda e danos na difusão alveolar decorrente de vários insultos

locais ou sistêmicos que acarretam lesão da estrutura alvéolo/capilar com aumento da permeabilidade

capilar, inflamação aguda e perda da função de barreira. Portanto, resultam no surgimento de edema

exsudativo, distúrbios quantitativos e qualitativos do surfactante da via aérea terminal e do espaço alveolar.

Assim, a ventilação mecânica (VM) se faz necessária para manter adequada troca gasosa e compensar o

aumento de carga no sistema ventilatório. Objetivo: Avaliar os efeitos das diferentes modalidades de VM

utilizadas em pacientes com SARA. Metodologia: Foi conduzida uma revisão da literatura na base de dados

PubMed nos últimos cinco anos e selecionou-se artigos que avaliassem alguma estratégia de VM em

pacientes com SARA e que apresentasse entre seus desfechos a menor mortalidade. Resultados: Há

evidências demonstrando que a estratégia usada na VM pode afetar a atividade inflamatória pulmonar

durante a SARA bem como a resposta inflamatória sistêmica. Entretanto, ultimamente, ocorreram

transformações nas estratégias ventilatórias utilizadas em pacientes com SDRA, sendo os ventiladores

mecânicos ajustados com o objetivo de evitar os efeitos adversos da VM. Tal mudança se deve ao crescente

entendimento de que a VM pode piorar uma lesão pulmonar preexistente, ou ocasionar uma lesão pulmonar

aguda de novo em pulmões saudáveis. Com base na fisiopatologia da SDRA e levando em conta apenas os

aspectos relacionados a VILI (Lesão pulmonar induzida por Ventilador) e às trocas gasosas, o emprego de

PEEPs (Pressão Expiratória Final nas Patologias) altas, quando indicado, deveria ser precedido da

realização de uma manobra de recrutamento, pois, promovido a abertura de alvéolos, o nível de PEEP

necessário para manter nessas condição é menor, em comparação com as situações em que a manobra não é

feita. Por fim, temos a posição prona que reduz áreas de atelectasias e melhora a relação

ventilação/perfusão, tanto pelo aumento da área ventilada, quanto pela melhor ventilação de áreas mal

perfundidas, além de reduzir a lesão pulmonar induzida pela ventilação. Conclusão: Com todo o avanço nas

gerações de ventiladores mecânicos microprocessados, a síndrome ainda tem um índice considerável de

morbimortalidade, existindo ainda várias controvérsias clínicas a respeito. No entanto, a VM tanto para o

tratamento como para o agravamento da SARA são importantes para que se desenvolvam novas maneiras

de conduzir e empregar a VM. Todavia, as estratégias ventilatórias protetoras de lesão pulmonar, com

volume corrente reduzido, amenizando a distensão excessiva alveolar, ainda parece ser o maior avanço

relacionado a VM, com forte impacto nas taxas de mortalidade.

Palavras-chaves: Ventilação mecânica; SARA; mortalidade.

Page 149: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Manejo de paciente complicada por infecção de sítio cirúrgico iatrogênica após realização de

histerectomia total: Um relato de caso

Renata Vasconcelos de Carvalho (autora principal); Lusitania Maria Barros (orientadora); Luiza

Maria Rabelo de Santana; José Raimundo Ferreira Neto; Alice Maria Plácido Caldas Gitaí; Isis

Carvalho Miranda

INTRODUÇÃO: A Infecção de sítio cirurgico (ISC) consiste em uma importante causa de infecções

relacionadas à assistência em saúde (IRAS), representando a segunda maior etiologia de infecções

hospitalares e uma problemática no contexto da saúde em geral pois prolonga o tempo de internação,

aumenta os riscos de reinternação e por fim eleva a morbimortalidade dos pacientes. Em muitas situações

estas ocorrem por iatrogenia no processo cirúrgico devido à negligência nos cuidados pré e pós-operatórios

como: assepsia da ferida operatória, técnica cirúrgica inadequada, tempo cirúrgico superior a duas horas,

perda sanguínea, tempo de internação prolongado e uso inadequado de antibioticoprofilaxia prévia à

cirurgia. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente, sexo feminino, 35 anos, dá entrada em unidade docente

assistencial na cidade de Maceió com queixa de febre alta e drenando secreção fecalóide pela cicatriz

pélvica e cúpula vaginal após realização de procedimento de histerectomia total em hospital da cidade há

sete dias. Foi sugerida como hipótese diagnóstica uma fístula entre a cavidade abdominal e a cúpula vaginal

com evolução para infecção de sítio cirúrgico. Solicitou-se exames laboratoriais – uréia, creatinina, glicose,

hemograma, contagem de plaquetas, PCR e VDRL, evidenciando processo inflamatório de provável origem

infecciosa e uma ultrassonografia pélvica cujo laudo descreveu ovários pouco aumentados de volume, com

imagens císticas e septos finos, além da ausência do útero, mas nada que complementasse a hipótese

diagnóstica. Como conduta a paciente foi referenciada ao hospital de realização do procedimento com

indicação para a realização de uma laparotomia exploradora, no sentido de localizar a fístula e realizar sua

correção cirúrgica e iniciada a antibioticoterapia oral. Até o momento a paciente segue internada ainda em

antibioticoterapia, no entanto sem retificação do processo fistuloso. CONCLUSÃO: O manejo de um

paciente cirúrgico exige um cuidado por parte da equipe de saúde, de início é preciso entender que além dos

fatores de risco para infecção que dependem da assistência em saúde, existem variáveis inerentes ao

paciente, e que muitas destas não podem ser modificadas- idade, estado nutricional prejudicado, diabetes,

obesidade, tabagismo, imunossupressão, infecção em outro sítio e má higiene pessoal- estes surgem como

um desafio para a atenção em saúde no controle das IRAS. No contexto da histerectomia, a ISC desponta

como uma das maiores causas de morbimortalidade, uma complicação que decorre diretamente da má

qualidade e cuidado da assistência em saúde e a falta de atenção os fatores predisponentes. Cuidados que

visam impedir a evolução de uma cirurgia simples não contaminada que em geral não evolui com

comorbidades a um quadro complicado, que pode ocasionar sepse grave e evoluir com óbito desse paciente.

Palavras chave; Infecção de sítio cirúrgico, fístula, histerectomia.

Page 150: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Urgências e emergências decorrentes doenças hipertensivas da gestação: uma revisão de

sistemática.

Thássia Rachel Brito Figueiredo de Almeida; Jefferson Alain Emiliano e Melo; Thayse

Rachel Brito de Figueiredo Almeida; Rafaella Fiquene de Brito Filgueira, Matheus Crispim

Mayer Ramalho; Estephanye Vasconcelos Nunes de Farias

INTRODUÇÃO Doenças hipertensivas na gestação, são consideradas a principal causa de morbidade e

mortalidade materna. Elas podem ser classificadas em: hipertensão gestacional, pré eclampsia, hipertensão

crônica mais pré eclampsia associada e hipertensão crônica. Dentre muitas complicações dessas doenças

hipertensivas, podemos destacar o hematoma subcapsular do fígado, síndrome de encefalopatia posterior

reversível, paralisia facial de bell e mortalidade fetal, complicações essas que necessitam de intervenções

imediatas. OBJETIVOS Analisar a produção científica nacional e internacional acerca das complicações

relacionadas a desordens hipertensivas na gestação. METOLOGIA Foi realizada uma revisão de literatura

na qual se identificaram 85 artigos no Lilacs. Foram incluídos, inicialmente, apenas estudos clínicos,

revisões de literatura e relatos de caso avaliando complicações relacionadas a eclampsia, no período dos

últimos cinco anos, nos idiomas: português, inglês e espanhol. Excluíram-se os estudos duplicados, teses e

artigos que não constavam na íntegra. RESULTADOS Cinco artigos preencheram os critérios de inclusão

e exclusão. Os artigos selecionados evidenciaram que hipertensão na gravidez configura-se como uma das

maiores causas de mortalidade e morbidade. Um estudo evidenciou que de 162 mulheres gravidas com pico

de pressão, 61% apresentava pre-eclampsia, sendo a cesareana feita em 72% dos casos. A mortalidade

neonatal correspondeu a 24 casos a cada 1000 nascimentos vivos Um outro estudo evidenciou o mau

diagnóstico de hematoma subcapsular de fígado associado a ao quadro clínico prévio de pré eclampsia e

síndrome de hellp, sendo essa complicação uma importante causa de mortalidade materna. Foi evidenciado

também que a eclampsia é associada a síndrome de encefalopatia posterior reversível, bem como na

síndrome de hellp, e se da graças a um desbalanço na regulação dos vasos sanguíneos cerebrais, causada por

uma hipertensão severa. A pré eclampsia e hipertensão gestacional, foi associada a ocorrência de paralisia

facial de Bell no terceiro trimestre da gestação e menos comum na primeira semana do pós parto.

CONCLUSÃO Com o avanço da tecnologia e dos novos métodos diagnósticos, fica mais fácil o manejo

das urgências e emergências hipertensivas da gestação, bem como de suas complicações. Dessa forma é

imprescindível que o diagnóstico e conduta aconteça de forma eficaz a fim de evitar danos adversos

maternos graves e danos fetal.

Page 151: APRESENTAÇÃO PÔSTER

O ultrassom pulmonar na uti como um fator prognóstico e preventivo da insuficiência

respiratória.

Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva

Melo Neto; Letícia Lemos Rios Vital; Marílya Vitórya dos Santos Silva; Bianca Etelvina

Santos de Oliveira.

Introdução: A insuficiência respiratória é uma das condições mais comuns na Unidade de Terapia

Intensiva (UTI) e, comumente, requer uma imagem torácica para diagnóstico definitivo e precoce. A

Tomografia Computadorizada (TC) é considerada o exame padrão nesses casos e as radiografias são

utilizadas com frequência na rotina. Porém, o diagnóstico através do ultrassom pulmonar, um método

menos invasivo e mais inócuo, vem ganhando notoriedade na comunidade cientifica. Objetivos: Avaliar o

uso do ultrassom pulmonar na UTI com o objetivo de difundir um método barato, eficaz e inócuo para o

diagnóstico de diversas patologias pulmonares potencialmente fatais. Métodos: Estudo de revisão

sistemático qualitativo realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde

(BVS) e United States National Library of Medicine (USNLM), entre 2019 e 2020, com artigos em inglês.

Resultados: O Ultrassom Pulmonar (UP) é um método não invasivo de fazer uma avaliação

semiquantitativa da congestão pulmonar e avaliar o conteúdo extravascular pulmonar. Essa técnica tem sido

utilizada como diagnóstico de patologias em pacientes críticos, possui curva de aprendizado baixa, fácil

manuseio, portabilidade e é um método inócuo, podendo ser usado em diversos grupos, a saber grávidas.

Ademais, a viabilidade do UP é de 100% e o tempo necessário para o desempenho nunca excede 5 minutos,

o que resulta em economia tempo no cenário da emergência. A redução da aeração pulmonar pode ser

observada se as linhas B estiverem presentes e a consolidação pode ser vista através da hepatização do

tecido pulmonar, podendo estar associado a um broncograma aéreo. É importante salientar que inundação

alveolar acontece principalmente nos campos inferiores, por isso, a maior parte dos achados são nessa área

do pulmão. O UP, principalmente quando associado as ultrassonografias cardíaca e vascular, pode auxiliar

no diagnóstico diferencial de insuficiência respiratória. Além disso, esse método pode ser utilizado para

complementar às investigações dos níveis de peptídeos natriuréticos e das medidas ecocardiográficas, isto é,

avaliação das pressões de enchimento do lado esquerdo e direito. Conclusão: Sendo assim, concluímos que

a UP pode representar uma ferramenta de cabeceira válida para monitorar a depuração da síndrome

intersticial e sua distribuição após as primeiras horas de tratamento em situações de emergência. Porém,

ainda é necessária uma padronização para o uso dessa ferramenta, sendo assim, o UP deve ser

adequadamente testado para permitir um valor clínico adequado em vários contextos.

Palavras-chave: Ultrassom Pulmonar, Insuficiência Respiratória, Unidade de Terapia Intensiva.

Page 152: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A epidemiologia do trauma como um problema de saúde: uma revisão sistemática da

literatura.

Déborah Thaise Bezerra de Campos; Jordan Willy Galdino Lins; Sarah Cavalcanti de Andrade ; Priscila

Coutinho Ferreira; Ana Beatriz Menezes Pinto.

INTRODUÇÃO: A Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado define trauma como

um evento que acarreta lesão ou dano, possuindo etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas,

prevenção, controle, cura e reabilitação bem definidas. Até 2015, segundo o SIM (Sistema de Informação

sobre Mortalidade), o trauma era a terceira maior causa de morte no mundo e, segundo a OMS, até 2020 o

trauma por acidentes automotivos seria a segunda maior causa. Porém, há um cenário de ausência de

informações que sincronizem morbidade e mortalidade, gerando uma epidemia da sociedade moderna, o

mais importante problema nacional de saúde. OBJETIVOS: Expor a epidemiologia do trauma a nível

nacional, evidenciando sua importância como problema de saúde pública e visando à busca por

resolutividade. Analisar a parcela populacional mais predominantemente afetada por óbitos de causa externa

e atentar aos cuidados primários, secundários e terciários. METODOLOGIA: Foram considerados 10

artigos publicados entre 2010 e 2020, sendo selecionados 5. Os critérios de exclusão foram baseados em

relevância e contribuição ao tema analisado. As bases de dados utilizadas foram Scielo e Lilacs.

RESULTADOS: A morte e invalidez decorrente de acidentes são uma epidemia da sociedade moderna e a

principal causa de morte na primeira metade da vida (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES, 1966).

Segundo os dados do SIM, entre 1996 até 2013 o trauma por causas externas predominou na população

masculina (83,4%), branca (39%), com faixa etária entre 20 e 29 anos (28,1%), com baixa escolaridade e

principalmente por acidentes de trânsito. Sendo uma parcela da população economicamente ativa, cada

morte significa de 30 a 40 anos de vida potencialmente perdidos. Em 2013, em média, morriam-se 17

pessoas por hora no Brasil por causas externas. O Brasil é o quinto país no mundo em mortes provocadas

pelo trânsito, com 28% destas envolvendo motocicletas (BRASIL, 2015). No trauma, classifica-se a

prevenção como primária, secundária e terciária. A primeira dá-se por ações de educação coletiva,

normativas e leis. A segunda, no controle dos agravos e, a terceira, na reabilitação. Percebe-se, então, que a

atenção básica deve ser direcionada à fomentação de estratégias de educação e leis que instituam esse

cuidado. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que o trauma é uma doença que merece atenção

especialmente em sua epidemiologia. No Brasil, ainda não há um sistema eficaz e confiável para o

dimensionamento desse problema, bem como a assistência ao paciente, dificultando o melhor

direcionamento de políticas públicas. O trauma possui prevenção e pode ser realizada eficientemente, com

baixo custo e por ações populares e legislativas. Percebe-se a importância da capacitação de mais

profissionais que atuem nessa área e promovam o atendimento adequado ao paciente vítima de trauma.

Page 153: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Capacitação em libras na urgência e emergência.

Manuela Magalhães Dardenne Tenório; Ana Beatriz Nogueira Da Cruz; Camila Jales Lima De Queiroz;

Gabriela Silva De Brito; Gabrielle Dantas Soares Galindo Vaz; Raphael Pinheiro Camurugy Da Hora

INTRODUÇÃO: A língua brasileira dos sinais é a segunda língua oficial do Brasil. No país, os portadores

de deficiência auditiva correspondem a 9,7 milhões, o que equivale à 5,1% da população em geral. Logo, a

capacitação dos profissionais de saúde em Libras torna-se fundamental para o processo de inclusão e

acessibilidade desses pacientes na urgência e emergência, tornando os atendimentos aos Surdos cada vez

mais eficiente. OBJETIVO: Esclarecer a relevância da capacitação em Libras dos profissionais da área da

saúde no âmbito da urgência e emergência. MÉTODOS: Revisão literária, com nove artigos (2011-2019)

disponível em texto completo, em português e inglês, pesquisados nas plataformas PubMed, Scientific

Eletronic Library On-line (SCIELO) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), através dos descritores: Libras,

urgência, capacitação. RESULTADOS: Partindo do pressuposto de que toda pessoa possui o direito da

atenção à saúde, bem como sua promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, no Brasil, o que se depara

é um cenário oposto do que propõem os marcos legais, especialmente no que diz respeito as pessoas com

deficiência. No país supracitado, 23,9% da população é composta por pessoas que possuem algum tipo de

deficiência. Desses, cerca de 2,3 milhões são deficientes auditivos. Percebe-se então, uma quantidade

significativa dessa parcela da sociedade, sendo exposta aos mesmos riscos do restante da população. Por

isso, a aplicação do contato dos médicos socorristas com a Libras é tão relevante, uma vez que torna o

acesso à saúde dos Surdos mais seguro e resolutivo. Assim sendo, a capacitação dos profissionais da saúde,

incluindo médicos, é possível de diminuir erros diagnósticos e de tornar o manejo terapêutico mais

eficiente. Além disso, há a promoção da saúde, da humanização para com o surdo, da melhoria da relação

entre médico-paciente e como resultado, há a redução da morbimortalidade desses pacientes.

CONCLUSÃO: Após a análise, conclui-se que é fundamental o uso da Libras no atendimento aos surdos,

pois implica diretamente na promoção da saúde por meio da acessibilidade, inclusão social e redução da

morbimortalidade dos deficientes auditivos no âmbito de urgência e emergência. Por fim, faz-se necessário

a disponibilização de cursos profissionalizantes dentro do assunto pertinente, treinamentos, e atualizações

visando a educação continuada, bem como fatores somáticos necessários aos avanços na assistência aos

Surdos.

Page 154: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Importância da introdução do estudante de medicina nos serviços de urgência e emergência

através das ligas acadêmicas: relato de experiência

Ana Karolynne da Silva; Kássya Mycaela Paulino Silva; Antônia Távora Pinho Rosado Ventura; Victor

Donato Meneses Mendes; Marie Anne Gomes Cavalcanti.

Introdução: A formação médica deve conter habilidades, competências e atitudes direcionadas a um bom

atendimento aos doentes nos diferentes cenários da urgência e emergência. Entretanto, durante a graduação,

o acadêmico lida com uma modesta quantidade de horas curriculares nessa área, e assim, a participação em

ligas acadêmicas oportuniza ao estudante agregar conhecimentos, através de um projeto de atividade

extracurricular que associa a prática social e humana, permitindo-lhes adquirir habilidades técnicas e

experiência fundamentais para a prática profissional futura. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo,

portanto, relatar as experiências vivenciadas como integrantes da Liga Acadêmica de Urgências e

Emergências Clínicas (LAUEC) durante o ano de 2019. Métodos: A liga possui integrantes do sétimo ao

11° período do curso de medicina da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e da UNIFACISA,

e desenvolve atividades teóricas semanais, além dos estágios quinzenais nas Unidades de Pronto

Atendimento (UPAs) da cidade de Campina Grande - PB. Resultados: A LAUEC proporciona encontros

teóricos dinâmicos com os ligantes, nos quais são exercitados o raciocínio clínico diante de casos

emergenciais diversos e são discutidas as condutas necessária para cada situação exposta. Além dos

ligantes, participam ainda das reuniões, o orientador da liga e outros profissionais/professores convidados

inteirando-nos de suas vivências e das adversidades que surgem na rotina da atuação médica em

departamento de emergência, sobretudo no âmbito do serviço público de saúde. Por meio dos estágios nas

UPAs, tivemos a oportunidade de atuar no cenário pré-hospitalar, desde a discussão dos casos em

atendimento, até a realização de procedimentos, sempre sob supervisão dos preceptores. Ademais, pudemos

vivenciar o trabalho em equipe multidisciplinar e treinar o desenvolvimento de raciocínio rápido com

análise individualizada até a tomada de decisões imediatas que repercutem diretamente no prognóstico e,

consequentemente, na vida do paciente. Conclusões: A inserção acadêmica em departamentos de

emergência contribui à formação do profissional médico, sendo importante, pois, não raro, os profissionais

recém-formados iniciam sua carreira em plantões de pronto-socorros, UPA ou atendimento pré-hospitalar.

Assim, a participação na LAUEC promove benefícios que perpassam o âmbito teórico-prático, com

experiências para além do que a grade curricular do curso de medicina oferece, e com isso, permite o

aprimoramento pessoal e a segurança na tomada de decisão.

Page 155: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Projeto de um novo dispositivo de fixação pélvica com regulação lateral em talas removíveis.

Milton Paulo Cabral de Melo Pinto; João Victor Alves Ribeiro; Fernanda de Oliveira Mendonça; Fernando

de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana

Introdução: Traumas envolvendo lesões nos ossos pélvicos podem levar a quadros de extrema

complexidade e gravidade, tendo em vista a proximidade de grandes vasos a essas estruturas articulares,

decorrendo consequências como: hemorragias, choques hipovolêmicos e perda de membros diante da

interrupção do fluxo sanguíneo. Diante disto, é necessário que a equipe de atendimento pré-hospitalar esteja

bem treinada afim de realizar o diagnóstico correto destas lesões, bem como equipada com dispositivos que

produzam um efeito estabilizador rápido e eficiente da cintura pélvica. Objetivos: O presente trabalho tem

como objetivo descrever e simular a aplicabilidade de um novo dispositivo para fixação pélvica com

regulação lateral em talas removíveis diante de uma cena atendimento simulado. Esse projeto foi

desenvolvido por um aluno do sexto período do curso de medicina da faculdade UNIPÊ e visa auxiliar no

manejo de um paciente traumatizado em região pélvica, além de evitar iatrogenias por lesões secundárias ao

trauma. Métodos: Foram utilizados para o desenvolvimento do projeto os mesmos princípios já existentes

em outros equipamentos no mercado, bem como materiais duráveis, resistentes e de fácil limpeza. Contudo,

o novo dispositivo apresenta espaços laterais nos quais são permitidos a regulação e posterior fixação com

talas, fato que melhora sobremaneira a estabilidade mecânica da articulação pélvica dificultando lesões

secundárias no momento do transporte do paciente da cena ao hospital. Resultados: Os resultados do

presente trabalho ainda são insignificantes, tendo em vista os poucos testes realizados com o dispositivo.

Apenas os alunos pertencentes ao grupo tiveram a oportunidade de testá-lo. Conclusão: Além de se tratar de

um dispositivo de fácil manuseio e rápida colocação em volta da cintura pélvica do paciente, conta com

espaços laterais a serem utilizados por talas, o que garante ao socorrista uma melhor fixação e segurança no

transporte deste paciente. Além disso, foi confeccionado com materiais de fácil acesso, que facilitam a

limpeza após seu uso, resistentes à tração e principalmente de baixos custos de produção, fatores que

auxiliariam muito sua fabricação em larga escala, possibilitando equipar inúmeras ambulâncias que prestam

serviços de atendimento pré-hospitalar em trauma, evitando assim lesões secundárias e melhorando o

prognóstico em pacientes acometidos por esses tipos de lesões.

Palavras chave: dispositivo, trauma pélvico, lesão secundária, fixação pélvica.

Page 156: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Queda no idoso: variação da taxa de mortalidade por regiões do brasil nos anos de 2009 e

2019.

Victoria Stahlhofer Konze, Maria Gabriela Falcão Monteiro, Victor Albuquerque

Ferreira, Rebeca Galindo Mendes, Andressa Higino de Souza Introdução: No Brasil, a transição demográfica vem fazendo com que o número de pessoas com 60 anos ou mais cresça de maneira progressiva, o que gera impactos no âmbito da saúde. Isso se dá por meio de uma quantidade maior de idosos à procura dos serviços devido a doenças crônicas e outras patologias, bem como emergências, resultando em maiores internações e maior tempo de permanência nos leitos. Visto isso, sabe-se que o envelhecimento populacional requer qualidade de vida, uma vez que nessa faixa etária problemas de saúde são mais frequentes, como os de locomoção, o que pode resultar em quedas. As quedas estão entre as principais causas de internação na população idosa, podendo resultar em graves danos, como diminuição da qualidade de vida, perda da funcionalidade, trauma cranioencefálico (TCE) e morte. Dessa forma, é importante que seja quantificada a taxa de mortalidade de idosos por queda no Brasil, para que haja maior promoção e prevenção desse agravo no âmbito da saúde.Objetivos: Quantificar a variação da taxa de mortalidade de idosos por queda no Brasil nos anos de 2009 e 2019. Métodos: Realizou-se uma pesquisa epidemiológica na base de dados DATASUS, conforme dados oferecidos pelo Ministério da Saúde, alimentados pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS, referente à taxa de mortalidade por queda de pacientes com 60 anos ou mais, de ambos os sexos e envolvendo todas as etnias, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019. A pesquisa foi estratificada pelas regiões do Brasil. Resultados: Ao estratificar por regiões, percebeu-se tanto aumento quanto diminuição das taxas de mortalidade resultantes de queda em idosos, variando com os diferentes locais do país, havendo, nacionalmente, aumento de cerca de 5,0% desta taxa. Todas as regiões do Brasil, exceto a região Centro-Oeste, obtiveram aumento da taxa de mortalidade. A região Nordeste obteve o maior aumento, sendo de aproximadamente 18,4%, seguida da região Norte, que obteve aumento de 17,4%. A região Sudeste apresentou aumento de 8,3% e a região Sul, de 6,0%. A região Centro-Oeste, por outro lado, obteve diminuição de 33,7%.Conclusão: Houve aumento das taxas de mortalidade por quedas em idosos em todas as regiões do país, exceto a Centro-Oeste. Palavras-chave: Queda, idoso, mortalidade.

Page 157: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Trauma por escalpelamento acidental em eixo rotativo do motor de um kart e posterior

atendimento médico-hospitalar.

Milton Paulo Cabral de Melo Pinto, João Victor Alves Ribeiro; Fernanda de Oliveira Mendonça

Fernando de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana.

Introdução: As lesões por escalpelamento (perda do couro cabeludo), são decorrentes da avulsão parcial ou

total do couro cabeludo mediante força de tração aplicada de forma abrupta aos fios dos cabelos que por sua

vez tracionam toda a sua base de fixação tecidual. Lesões desse tipo são muito frequentes em acidentes

envolvendo pequenas embarcações, onde o contato dos fios de cabelos longos a eixos de motores com alta

frequência rotativa causa uma força de sucção instantânea que lesiona a vítima. Acidentes dessa magnitude

são frequentemente vistos na região amazônica, em comunidades ribeirinhas, principalmente relacionados à

atividade náutica nesta região, portanto, são raros os casos de acidente por escalpelamento na região

nordeste. O presente trabalho tem como objetivo descrever a lesão por escalpelamento os tipos deste

acidente e graus de lesão, baseados na dinâmica do trauma, nas áreas de tensão, linhas de tracionamento e

forças aplicadas pela avulsão ao cabelo, além de descrever um caso, desde a cena no qual ocorreu o acidente

até seu posterior atendimento médico-hospitalar ocorrido no dia 11 de agosto de 2019, no qual uma jovem

de 19 anos teve seu couro cabeludo avulsionado após seu cabelo entrar em contato com o eixo rotativo do

motor de um kart, que era utilizado como diversão, em pista amadora construída em um estacionamento de

um supermercado na cidade do Recife. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, estudante, 19 anos,

caucasiana, 53 Kg, solteira. Foi vítima no dia 11 de agosto de 2019, as 16:30, na cidade do Recife-PE, de

acidente automobilístico por escalpelamento, tendo todo o couro cabeludo e fronte avulcionados, devido à

força de sucção exercida em seus cabelos pelo contato com o eixo rotativo do motor de um kart. O tecido

foi retirado do motor pelo seu namorado e acondicionado, sem nenhum tratamento prévio ou mínima

limpeza, em uma sacola plástica do próprio supermercado. Após a demora da chegada da ambulância, a

paciente resolveu ir de carro próprio, sendo conduzida por terceiros ao serviço de emergência do Hospital

de Restauração em Recife-PE, onde deu entrada às 17:30. A paciente desceu do carro sozinha, apresentando

deambulação normal, estado geral regular lúcida e orientada em tempo e espaço, apesar da visão

prejudicada pela lesão tecidual supra orbicular, da grande perda volêmica e de fortes dores relatadas pela

mesma. De imediato foi feito acesso venoso em antebraço esquerdo com aplicação de soro para reposição

volêmica e 5,5 ml de morfina para tratamento analgésico. O trauma levou à avulsão de 93% das partes

moles, incluindo couro cabeludo, muscular, e toda a fronte, conservando apenas parte anterior do m.

temporal esquerdo e partes orbital e palpebral do m. orbicular esquerdo, deixando o tecido ósseo craniano

totalmente exposto e o tecido palpebral sem fixação e inserção, rebaixados a nível dos globos oculares. Foi

feita hemostasia em sangramentos persistentes e encaminhamento ao bloco cirúrgico para reimplante do

tecido escalpelado que fora recuperado da cena do acidente. Conclusão: o atendimento de emergência durou

em média 4,5h, desde a entrada da paciente no hospital até a operação para a tentativa de reconstrução

tecidual. A cirurgia teve início às 20h, com duração de aproximadamente 11h, em vídeo conferencia com

uma equipe de cirurgiões vasculares de Huston, EUA. Devido ao grande trauma sofrido pelos tecidos

musculares avulsionados, bem como vasos e nervos desta região, o reimplante dos tecidos recuperados na

cena do acidente não obteve sucesso, tornando necessária a realização de inúmeras cirurgias reparadoras de

reconstrução tecidual. Palavras chave: Trauma, avulsão de couro cabeludo, escalpelamento, acidente

envolvendo eixo de motor rotativo

Page 158: APRESENTAÇÃO PÔSTER

i e o e i e o t i e o exte i e e i e o

e ío o e

Lucas Germano Figueiredo Vieira; Antônia Távora Pinho Rosado Ventura; Victor Donato

Meneses Mendes ; Ana Karolynne da Silva; Marie Anne Gomes Cavalcanti; Thiago Araujo

Cardoso

Introdução: De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), os acidentes e violências

são denominados de causas externas (CE). Eles se subdividem em quatro grandes grupos: acidentes, quedas,

lesões autoprovocadas intencionalmente e agressões. Esses dados representam importantes problemas de

saúde pública e de segurança, e a análise desses dados são importantes para identificar grupos de risco e

promover políticas publicas direcionadas à população local. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da

mortalidade por causas externas na cidade de Campina Grande na Paraíba. Metodologia: Os dados foram

coletados através do sistema do DATASUS e foi realizada uma revisão bibliográfica a partir de artigos

pesquisados no banco de dados da BVS, e PubMed. Resultados: Entre os anos de 2010 a 2017, ocorreram

4.386 mortes por causas externas em Campina Grande-PB; 84% das mortes ocorreram no sexo masculino.

O índice de mortalidade por causas externas foi decrescente nesse período, indo de 11,3% em 2007 para

10,5% em 2017, índice inferior ao nacional (12%). As principais causas foram: acidentes (56%), agressões

(39%) e outras causas (4%). Entretanto, foi vista uma inversão nesse padrão em 2017, com predomínio das

agressões sobre os acidentes, seguindo o padrão nacional. Dentre os acidentes, predominou acidentes com

veículos, com 75,6%, seguido por queda, com 18,5%. A diferenciação de óbitos por acidentes de

motocicletas ou de automóveis foi comprometido, uma vez que cerca de 60% dos dados constavam apenas

como “acidentes de transporte terrestre”. Houve um predomínio da mortalidade na faixa etária de 20 a 39

anos, correspondendo à 46,1%, com predomínio das agressões. Já na faixa etária de mais de 80 anos, há o

predomínio de mortalidade por queda. Conclusão: Com esses dados, podemos identificar grupos de risco,

como homens jovens envolvidos com acidentes e com agressões e idosos vítimas de queda, e uma inversão

no padrão de mortalidade, com as mortes violentas superando os acidentes. Apesar dessa inversão, o índice

de mortalidade por causas externas diminuiu, sendo menor que o valor nacional. Outro ponto relevante

neste trabalho foi a identificação de subnotificações, decorrente do preenchimento inadequado das causas do

óbito.

Palavras-chave: epidemiologia, mortalidade, causas externas.

Page 159: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Depressão: Elucidando os seus eventos na emergência psiquiátrica

Artêmio José Araruna Dias; Fernando de Paiva Melo Neto; Marinna Karla da Cunha Lima Viana; Natália

Victória Guedes Galindo; Natália Fernandes Ribeiro; Bianca Etelvina Santos de Oliveira.

Introdução: A depressão trata-se de uma doença psiquiátrica que produz uma alteração de humor

caracterizada por sentimentos como tristeza, angústia e desânimo. De acordo com dados da Organização

Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de depressão cresceu 18% em dez anos. Até 2020, esta será a

doença mais incapacitante do planeta, na previsão da OMS. Objetivos: Revisar as contribuições acerca das

características clínicas da depressão; analisar os dados epidemiológicos quanto às populações mais afetadas;

bem como medidas de tratamento para o transtorno. Metodologia: Estudo de revisão sistemático qualitativo

realizado através de artigos de bases de dados como a Biblioteca Virtual Saúde (BVS) e United States

National Library of Medicine (USNLM), entre 2015 e 2019, em inglês e português. Resultados: A

depressão é um transtorno de humor grave e, estudos epidemiológicos mostram que cerca de 800 mil

pessoas morrem por suicídio a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com

idade entre 15 e 29 anos. Nesse viés, a fisiopatologia da depressão ainda não está totalmente estabelecida,

porém, estudos revelam que há uma redução no sistema de monoaminas, dessensibilização dos receptores e

alterações nas regiões neuroanatômicas do cérebro. O tratamento para depressão deve ser realizado

considerando aspectos biológicos, psicológicos e sociais de cada paciente. Portanto, a terapia deve abranger

todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia

farmacológica. Conclusão: Conclui-se que, a depressão é uma patologia cujos índices epidemiológicos

estão aumentando em uma alarmante crescente. Portanto, foi definido que a presença desse transtorno pode

ocorrer em função de mecanismos múltiplos e que, o tratamento medicamentoso associado a outras

soluções, constitui-se fundamental. Haja vista os dados supracitados, é necessária uma postura ativa dos

profissionais de saúde para a promoção da saúde mental e prevenção da doença, a fim de evitar que a

incidência e prevalência dessa mesma patologia aumente.

Palavras-chave: Depressão; Transtorno mental; Diagnóstico; Tratamento.

Page 160: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Delirium em idosos: uma questão emergencial.

Cássio Timótheo de Souza Filho; Alícia Dantas de Oliveira Lima

INTRODUÇÃO: O delirium é uma síndrome cerebral de origem orgânica caracterizada, principalmente, por

comprometimento da consciência em associação com degradação das funções motoras. Tende a ocorrer

primordialmente em idosos, sendo grande motivo de entrada no serviço de emergência. Contudo, vale

ressaltar que a agudização do quadro pode ocorrer naqueles pacientes que já se encontram hospitalizados

por outras demandas. Dessa forma é de demasiada valia a percepção, pelos profissionais presentes, do

quadro de delirium. OBJETIVOS: Essa revisão bibliográfica visa relatar e compreender quais os fatores de

risco que predispõem o surgimento do delirium em idosos. Objetiva analisar a importância do diagnóstico

no setor emergencial e de que forma a rápida percepção pode cooperar para a resolutividade do quadro.

MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando como base científica dados coletados no

PubMed e no SCIELO. Os descritores foram: delirium; emergência; idosos. Foram incluídos artigos

publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas inglês e português. RESULTADOS: O delirium é uma

patologia que acomete predominantemente pacientes idosos devido a sua associação com a presença de

doenças crônicas; redução da cognitividade e; aumento do retardo motor. Além disso, é válido considerar

que a agudização dos quadros de delirium acometem mais idosos que se encontram no setor emergencial e

que habitam as casas de cuidados. Assim, é indispensável que os profissionais atuantes saibam reconhecer

os principais sinais e sintomas presentes na situação. Podemos classificar os pacientes com essa síndrome

como hipoativos (como a fala lentificada, aparência letárgica, prostração), hiperativos (como agitação

motora, agressividade) ou de sintomas mistos. Ademais, é importante estar atento para os casos de curso

flutuante da doença; alteração na consciência, orientação, memória, pensamento e percepção. Contudo,

ainda é comum que os pacientes sejam subdiagnosticados, afinal, a tendência é associar os sintomas ao

processo natural de envelhecimento dos pacientes, ao invés de investigar as causas dos transtornos. Os casos

de subdiagnóstico atingem níveis alarmantes, com a taxa variando entre 16% e 35%. Consequentemente, a

carência do diagnóstico prejudica o tratamento e a resolução do quadro. CONCLUSÃO: É preciso aos

profissionais do serviço de emergência saber identificar e diferenciar o quadro de delirium, principalmente

em pacientes idosos, para possa ser garantido o devido tratamento a esse grupo. Assim, será possível

diminuir os riscos, bem como a morbidade e mortalidade dos indivíduos acometidos por essa síndrome.

Palavras-Chaves: delirium, emergência, idosos.

Page 161: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Clínicas virtuais como intervenção nos casos de emergência relacionados com asma

pediátrica.

Pedro Érico Alves de Souza ; Andrew Pereira da Silva, Karlla Stephanie Alves e Silva, Luís Felipe de Melo

Silva.

Introdução: A asma é um processo inflamatório crônico caracterizado por uma hiperresponsividade

brônquica que leva a uma inflamação das vias aéreas. Essa condição é um motivo comum de readmissão

hospitalar de crianças nas emergências pediátricas, no entanto a maioria delas não recebe cuidados

preventivos após a alta. Nesse sentido, com o auxílio de clínicas virtuais, é possível atuar positivamente na

saúde das crianças e reduzir custos com internações decorrentes da exacerbação da asma. Objetivos:

Destacar os impactos da intervenção das clínicas virtuais nos casos de emergência relacionada a asma

pediátrica. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada no mês de fevereiro de 2020

através de uma busca avançada no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a busca dos

artigos a serem analisados foram selecionados os seguintes descritores em Ciências da Saúde (DeCS):

“Asma”, “Pediatria” e “Emergência”. Os descritores foram relacionados através do operador Booleano

“AND”. Inicialmente foram encontrados 720 resultados. Após aplicação dos filtros buscando artigos com

texto completo e com data de publicação nos últimos 5 anos, esse número se reduziu a 106. A partir disso,

uma avaliação crítica dos títulos e resumos foi realizada, em que, ao final, foram selecionados 8 artigos.

Resultados: Apesar da obstrução das vias aéreas que a asma provoca ser reversível, a asma é uma condição

comum que pode se tornar uma ameaça à vida da criança e a levar à internação nas emergências

hospitalares. Contudo, boa parte das admissões relacionadas com a asma estão associadas com fatores

potencialmente evitáveis. Dessa maneira com o auxílio de mecanismos

da eSaúde, como as clínicas virtuais, sejam por portais virtuais de bate papo ou por ligações, foi possível

fornecer apoio aos cuidadores e reforçar os cuidados preventivos adequados a fim de que as crianças fossem

internadas menos vezes, mas com o mesmo controle da asma que uma consulta ambulatorial poderia

oferecer. Conclusão: Com o auxílio dessas clínicas virtuais foi possível melhorar o atendimento pós-alta das

crianças hospitalizadas com asma e diminuir as revisitas para o hospital. Assim, a disseminação desse

modelo de atendimento tem potencial para melhorar o atendimento ambulatorial de asma e melhorar

significativamente a qualidade de vida das crianças asmáticas. Palavras-Chaves: Asma, Pediatria,

Emergência.

Page 162: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Os perigos do uso de medicamentos potencialmente inapropriados em urgência geriátrica.

Marílya Vitórya dos Santos Silva ; Luciano da Silva Lopes ; Letícia Lemos Rios Vital; Fernando de Paiva

Melo Neto ; Marinna Karla da Cunha Lima Viana

Introdução: Nas últimas décadas, a expectativa de vida aumentou e aos poucos, as causas de morte foram

sendo substituídas de doenças infecto-contagiosas por agudizações e complicações de doenças crônicas e

degenerativas, resultando em uma maior utilização de serviços de saúde e de medicamentos por parte da

população idosa. Diante deste cenário, faz-se necessário o uso racional de medicamentos, que segundo a

Organização Mundial de Saúde é definido quando “os pacientes recebem a medicação adequada a suas

necessidades clínicas, nas doses correspondentes aos seus requisitos individuais, durante um período de

tempo adequado” e a sua utilização inadequada ocorre quando a dispensação, a prescrição, a utilização ou a

administração dos fármacos ocorre de forma que aquela definição não esteja sendo cumprida. Vale ressaltar

ainda a importância do uso racional de medicamentos, sobretudo em serviços de Urgência e Emergência,

pois se deve levar em consideração o fato de que, muitas vezes, as doenças crônicas se intercalam nessa

população e o uso de medicações concomitantes é cada vez mais comum. Logo, deve-se ter muita atenção

às possíveis interações medicamentosas, que correspondem à capacidade de um fármaco modificar a ação

de outro administrado simultaneamente ou sucessivamente. Além disso, foi-se visto que em ambiente

hospitalar, 3 a 73% dos idosos são expostos a essas interações potenciais. E os medicamentos mais

implicados nessas situações são aqueles usados de rotina pelos idosos, como os de ação no sistema nervoso

e no sistema cardiovascular. Objetivos: verificar os riscos da administração de medicamentos

potencialmente inapropriados na população idosa, discutindo sobre os prejuízos que essas condutas podem

acarretar nessa faixa etária nos serviços de urgência. Métodos: Estudo de revisão bibliográfica nas bases de

dados Google Acadêmico, SciELO, Associação Brasileira de Geriatria e Gerontologia e ScienceDirect, de

caráter exploratório e descritivo. Resultados: Observou-se que independente da condição clínica, alguns

fármacos não são recomendados em idosos devido ao alto risco de efeitos colaterais como sangramentos,

hipotensão e outros distúrbios; entre esses fármacos destacam-se antiarrítmicos como a amiodarona e a

digoxina (em doses >0,125mg/d) , anti-hipertensivos como a metildopa, o antiagregante ticlodipina,

ansiolíticos como o diazepam e aspirina em doses maiores que 150mg/dia. Conclusão: Por existirem

protocolos que apresentam os fármacos de uso inapropriado em idosos, é de suma importância sua difusão

entre os médicos em urgências para que sejam tomadas condutas terapêuticas que respeitem as

particularidades fisiológicas e farmacológicas dos idosos, a fim de evitar complicações graves diante de um

quadro que necessite de uma conduta adequada e imediata. Palavras-Chaves: iatrogenia, idoso,

medicamento.

Page 163: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil epidemiológico de casos de infarto agudo do miocárdio do brasil nos últimos 10 anos.

Ana Beatriz Freire Gadelha; Camila Melo do Egypto Teixeira;Cristiano Paludo De Negri

; Alan Goes de Carvalho; Atália Isabelle Estevam Nogueira Ferreira ; Rafaela Carneiro de Almeida Formiga

Introdução: Infarto agudo do miocárdio é a necrose miocárdica resultante da obstrução aguda de uma artéria

coronária. Os sintomas incluem desconforto torácico com ou sem dispneia, náuseas e diaforese. O

diagnóstico é efetuado por ECG e pela existência ou ausência de marcadores sorológicos. O tratamento

consiste em drogas antiplaquetárias, anticoagulantes, nitratos, betabloqueadores, estatinas e terapia de

reperfusão. O estudo do infarto agudo do miocárdio (IAM) é fundamental pela alta prevalência, mortalidade

e morbidade da doença, sendo a primeira causa de morte no país. Objetivo: Analisar e comparar os casos de

infarto agudo do miocárdio no Brasil durante a última década. Metodologia: Trata-se de um estudo

ecológico descritivo com base em dados de Morbidade Hospitalar (SIH/SUS) do DataSUS, no período de

2009 a 2019, utilizando as variáveis cor, sexo, faixa etária, região, internações e taxa de mortalidade.

Resultados: No Brasil houve um total de 1.060.131 internações registradas por Infarto agudo do miocárdio

entre janeiro de 2009 e dezembro de 2019. O ano de 2019 esteve à frente em número de casos com 120.069,

seguido por 2018 com 120.009, já 2009 teve o menor número com 68.497. A região com maior incidência

foi a sudeste com 50,52%, seguida da Sul com 19,89%, Nordeste com 19,32%, Centro-Oeste com 6,27% e

por fim a norte com 3,97%. A faixa etária mais acometida foi entre 60 a 69 anos e mais, com 310.803 casos

(29,31%). A população mais afetada foi a Branca seguida pela Parda, com 430.727 e 279.720

respectivamente, já o sexo foi o masculino com 63,48% dos casos. O total de óbitos foram 122.667 (11,57),

a taxa de mortalidade foi maior nas regiões Norte (12,65) e Nordeste (12,62) e menor na Sul (10,90).

Conclusão: Em face do exposto, percebeu-se o aumento do número de internações por Infarto Agudo do

Miocárdio no Brasil nos últimos 10 anos, principalmente em homens, brancos, faixa etária de 60-69 anos.

Nesse contexto, a região com mais incidência de casos notificados foi a Sudeste, embora a mortalidade

tenha sido maior no Norte e Nordeste, ratificando a necessidade de adoção de políticas públicas de

promoção de saúde, acesso aos recursos e condutas clínicas adequadas ao tratamento para poder modificar

para melhor os resultados aqui mostrados.

Page 164: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil dos queimados na região nordeste do brasil.

Camila Melo do Egypto Teixeira; José Valdério Moraes Neto; Nicole Morais Dillon ; Eduardo Augusto

Silva Monteiro; Pedro Palitot Pereira Pedrosa; Victoria Carneiro de Almeida Formiga

Introdução: As queimaduras são lesões na pele causadas pelo contato com fogo, líquidos, superfícies ou

vapores quentes, produtos químicos ou irradiação e são classificadas com base na quantidade de camadas da

pele afetadas. As queimaduras de primeiro grau lesam a pele externa; as de segundo grau afetam a camada

externa e a parte da camada subjacente, chamada derme. As de terceiro grau danificam todas as camadas da

pele, e as de quarto grau destroem todas as camadas da pele, além de lesionar músculos, tendões e os ossos.

Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de queimaduras na região Nordeste no período de janeiro de 2015

a dezembro de 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, quantitativo, utilizando

dados registrados no DATASUS referente aos casos de queimaduras no período de janeiro de 2015 a

dezembro de 2018 na região Nordeste. Resultados: Segundo o DataSus, no período de 2015 a 2018

ocorreram 28.996 internações por queimadura na Região Nordeste, representando 29% dos casos

brasileiros, com 61 ocorrências a cada 100.000 habitantes na Região, destacando-se os anos de 2016 (7.692;

26%) e 2017 (6.972; 24%) como os de maiores e menores registros, respectivamente. Quanto a faixa etária,

observou-se maior prevalência na faixa de 20 a 49 anos (11.208; 39%), seguida da faixa de 0 a 4 anos

(7.796; 27%), a faixa etária com menos ocorrências foi a acima de 50 anos (4.502; 15%). A maioria dos

casos nordestinos foi do sexo masculino (17.703; 61%) em detrimento do sexo feminino (11.293; 39%).

Houve mais internações entre pardos (15.077; 52%), seguidas por amarelos (801; 3%) e menos em

indígenas (76; 0,3%). Conclusão: De acordo com os dados obtidos no período analisado, nota-se que o

perfil dos queimados no Nordeste mostra uma predominância do sexo masculino, da cor parda e faixa etária

entre 20 a 40 anos, seguido de 0 a 4 anos. Sendo assim, percebe-se a importância de um programa eficaz

para prevenção de queimaduras nos domicílios e escolas, assim como pesquisas e estudos específicos sobre

o tema, com foco na redução dos índices de queimaduras, principalmente em adultos jovens e crianças.

Page 165: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil epidemiológico dos casos de avc nos estados nordestinos nos últimos 10 anos.

Ana Beatriz Freire Gadelha; Atália Isabelle Estevam Nogueira Ferreira; Glauber Silva Cristo; Rafaela

Carneiro de Almeida Formiga; Alan Goes de Carvalho; Victoria Carneiro de Almeida Formiga

Introdução: O AVC se configura como uma súbita perda neurológica causada por interrupção do fluxo

sanguíneo para o encéfalo a qual impede o suprimento de nutrientes e oxigênio para o tecido neuronal. O

Acidente Vascular Cerebral (AVC) corrobora um grande impacto na sociedade e na saúde pública em razão

de sua prevalência e mortalidade, pois é a terceira causa mais comum de morte em adultos em países

ocidentais de acordo com CARR e SHEPERD. No Brasil, observam-se oscilações da taxa de mortalidade no

perfil epidemiológico entre os estados, atestando contribuições ambientais, culturais e de políticas públicas

para a ocorrência de AVC. Objetivo: Analisar o número de casos de Acidente Vascular Encefálico nas

Unidades da Federação da Região Nordeste do Brasil e, a partir dos dados obtidos, traçar o perfil

epidemiológico regional dos últimos 10 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo

com base em dados secundários extraídos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), do período de

janeiro de 2009 até dezembro de 2019. Levou-se em consideração variáveis cor, faixa etária, internações,

número de óbitos e taxa de mortalidade. Resultados: No Nordeste houve um total de 412.604 internações

registradas por Acidente Vascular Cerebral entre janeiro de 2009 e dezembro de 2019. O ano de 2019 esteve

à frente em número de casos com 47.689, seguido por 2018 com 44.018, já 2009 teve o menor número com

26.050. O estado da Bahia foi o que apresentou maior número de casos com 119.576 (28,98%), seguido por

Pernambuco com 85.724 (20,77%), e o estado com menor número de casos registrados é o estado de

Sergipe, com 9.114 casos (2,20%). A faixa etária mais acometida foi entre 80 anos e mais, com 95.753

casos (23,20%). A população mais afetada foi a Parda seguida pela Branca, com 191.216 e 22.945

respectivamente. A taxa de mortalidade é maior nos estados de Sergipe e Alagoas, sendo a predominância

de óbitos na Bahia. Conclusão: O número de casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil, em

especifico a região nordeste, como segunda região do país com maior número de casos, é comum em idosos

acima de 80, normalmente homens brancos ou pardos. Porém, na região Nordeste, a taxa de óbitos não é tão

elevada, como em outras áreas do Brasil. Para diminuirmos os casos de AVC, é de suma importância,

realizar as prevenções cabíveis, bem como melhorar o atendimento de emergência, visando a redução dos

óbitos. Dessa forma, pode-se orientar aos familiares que realizem o preventivo de forma mais eficaz,

buscando controlar a pressão arterial, ter uma alimentação melhor e práticas de exercício mais regulares.

Page 166: APRESENTAÇÃO PÔSTER

A extração em ângulo zero de vítimas de colisão automobilística.

Alícia Dantas de Oliveira Lima; Cássio Timótheo de Souza Filho.

INTRODUÇÃO: A extração em ângulo zero é uma tática que objetiva retirar a vítima do veículo buscando

a menor movimentação possível, em relação à posição na qual ela se encontra, preservando a angulação.

Sendo assim, a referência deixa de ser o automóvel e passa a ser o corpo da vítima, o ângulo zero. Tal

técnica difere do KED, Kendrick Extrication Device, pois reduz a mobilização da vítima, tornando possível

diminuir a quantidade de agravos secundários às lesões. O atendimento pré-hospitalar tem a função de

analisar qual é o manejo adequado para o paciente lesionado. Para isso, é imprescindível a comparação entre

os benefícios e os malefícios de ambas as técnicas de remoção. OBJETIVOS: Compreender os princípios

utilizados para realizar a remoção da vítima de dentro do automóvel através da extração em ângulo zero e

suas principais implicações na saúde do paciente politraumatizado. Comparar os benefícios e os malefícios

entre a técnica mencionada e o KED. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando

como base científica dados coletados no PubMed e no SCIELO. Os descritores foram: KED; acidentes

automobilísticos; extração em ângulo zero. Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos, nos

idiomas inglês e português. RESULTADOS: Para comparar ambas as técnicas, é preciso considerar que

elas possuem variação de acordo com o paciente na cena do trauma. As duas variáveis que mais necessitam

ser consideradas são referentes ao peso e a altura do paciente, que são diretamente proporcionais à maior

chance de lesão na coluna, a partir da movimentação. O risco de comprometimento da função pulmonar; o

aumento da pressão intracraniana em detrimento do uso do colar cervical; as dores provocadas,

principalmente nas costas e na cabeça, são algumas das desvantagens do KED. Contudo, é imprescindível

afirmar que ele facilita a mobilização do paciente, além de reduzir os riscos de determinadas injúrias

secundárias. Por sua vez, a extração em ângulo zero visa realizar as funções do KED, reduzindo a

mobilização do paciente, evitando imbróglios na função pulmonar, além de possuir menor relação com as

dores. Por fim, através de comparações realizadas, já é possível considerar que ambas possuem equivalência

se comparadas a quantidade de lesão neurológica acometida, fator indispensável ao considerar a utilização

de uma nova forma de realizar o atendimento pré-hospitalar. CONCLUSÃO: É notório que a técnica de

extração em ângulo zero pode ser uma boa escolha no que tange o resgate de vítimas de acidentes

automobilísticos. Porém, é fundamental que o profissional saiba levar em consideração as variáveis da

vítima e da cena em questão para poder, então, optar pela técnica mais adequada. Somam-se a isso as

atualizações em relação à extração em ângulo zero, sendo necessária a continuidade dos estudos de

comparação entre ela e o KED.

Page 167: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Mortes por complicações secundárias à assistência médica: análise comparativa entre os

estados da região nordeste.

Maria Gabriela Falcão Monteiro, Victoria Stahlhöfer Konze, Rebeca Galindo Mendes, Andressa Higino de

Souza, Victor Albuquerque Ferreira, Marcel Rolland da Penha.

Introdução: A assistência médica consiste em serviços disponibilizados a fim de promover cuidados de

saúde para os indivíduos, abrangendo desde serviços de prevenção à tratamento de doenças. Sendo assim, é

de grande importância que esse amparo seja bastante efetivo e tenha qualidade, uma vez que

a responsabilidade dos serviços de saúde está extremamente ligada ao conceito de mortes evitáveis. Logo, a

análise dos dados de mortes secundária à assistência médica é fundamental para promover melhorias nesse

considerável setor. Objetivos: Quantificar a variação da taxa de mortalidade por complicações secundárias

à assistência médica no Brasil entre os anos de 2009 e 2019, realizando uma análise comparativa entre os

estados da região Nordeste. Métodos: Realizou-se uma pesquisa epidemiológica na base de dados

DATASUS, conforme dados oferecidos pelo Ministério da Saúde, alimentados pelo Sistema de Informações

Hospitalares do SUS, referente à taxa de mortalidade por complicações secundárias à assistência médica de

todas as idades, ambos os sexos e envolvendo todas as etnias, no período de janeiro de 2009 a dezembro de

2019. A pesquisa foi estratificada por estados da região Nordeste. Resultados: Ao estratificar por estados

da região Nordeste, houve uma redução geral de 18% na taxa de mortalidade por complicações secundárias

à assistência médica. Todos os estados obtiveram redução da taxa, com exceção do Maranhão, que obteve

aumento de 155%. O estado que apresentou maior percentual de redução foi Sergipe, com 83,3%, seguido

do Rio Grande do Norte, com 70,4%. O estado de Pernambuco teve diminuição de 28,9%, já o estado da

Paraíba, de 9,5%. Conclusão: Houve redução da taxa de mortalidade por complicações secundárias à

assistência médica em todos os estados do Nordeste, com exceção do Maranhão, que apresentou aumento

expressivo.

Palavras-Chave: morte, complicações, assistência médica, Nordeste.

Page 168: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil da população atendida em uma unidade de emergência traumatológica no estado da

Paraíba no ano de 2019.

Andréa Guedes Pereira Pitanga de Moura; Luiz Gustavo César de Barros Correia; Anna Luiza

Ribeiro Coutinho Ummen de Almeida; Taynah de Almeida Melo; Laercio Bragante de Araújo;

Paulo César Gottardo.

INTRODUÇÃO: O Estado da Paraíba possui vários hospitais municipais e estaduais relacionados a

assistência médica e hospitalar; o grau de complexidade hospitalar está intrinsicamente relacionado ao perfil

de atendimento, de acordo com o grau de capacidade de cada nosocômio. As principais áreas que

correspondem complexidade do SUS estão organizadas em “redes”; dentre os quais, destacam-se a

assistência de trauma-ortopedia, procedimentos de Neurocirurgia, cirurgias de calota craniana, dentre

outros. A assistência de alta complexidade do SUS, nas áreas exclusivas de trauma, devem possuir um plano

de fluxo de referência e contra-referência, com o objetivo de direcionar o atendimento a alta complexidade;

direcionando a outras unidades, os casos de média e baixa complexidade. OBJETIVOS: Descrever o perfil

de atendimento de emergência no ano de 2019, dos pacientes atendidos em Hospital de alta complexidade

do Estado da Paraíba. MÉTODOS: O método usado foi descritivo retrospectivo, cuja amostragem ficou

constituída pelos boletins de atendimentos (BE), referentes ao período de janeiro a dezembro/2019. O

instrumento foi estruturado com base nos dados do BE. RESULTADOS: No ano de 2019, houveram 60.617

atendimentos médicos neste ambiente hospitalar; dos quais, 39% dos indivíduos apresentavam traumatismo

em algum segmento do corpo; os demais atendimentos tiveram as seguintes causas: Acidente Vascular

Cerebral (6%); Dor aguda (3%); Corpo estranho na córnea (3%); Corpo estranho no ouvido (2%); dentre

outros (42%); CONCLUSÃO: As estatísticas do ano de 2019, demonstram a real necessidade de fluxo de

referencia e contra-referência, tendo em vista que menos que 50% dos atendimentos foram de causas

traumatológicas, no hospital de alta complexidade; deve ser encorajado, através de pactuações com os

municípios, o aprimoramento da rede de média e baixa complexidade, com o intuito de salvaguardar os

atendimentos mais complexos, para o serviço de alta complexidade.

Palavras-Chaves: Politraumatismo, Alta complexidade, Perfil de atendimentos.

Page 169: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Pesquisa epidemiológica: variação da taxa de mortalidade por agressão física no Brasil entre

os anos de 2009 e 2019.

Maria Gabriela Falcão Monteiro, Victoria Stahlhöfer Konze, Rebeca Galindo Mendes, Andressa

Higino de Souza, Victor Albuquerque Ferreira, Marcel Rolland da Penha

INTRODUÇÃO: No Brasil de acordo com o IBGE, de 2012 a 2017 a população idosa é

de 4,8 milhões, correspondendo a um crescimento de 18% desse grupo etário. Dessa

forma os serviços de emergência vêm identificando um significativo aumento no

atendimento a pessoa idosa, requerendo o desenvolvimento de políticas públicas, visto

estes necessitarem de cuidados especifico em função de suas condições físicas,

psicológicas e sociais. OBJETIVOS: Realizar avaliação entre os estudos realizados de

2014 a 2019, referente ao perfil do atendimento de pessoas idosas em serviços de

emergência. METÓDOS: Estudo descritivo, exploratório, de estudos referentes aos

atendimentos de pessoas idosas nos serviços de emergência, de 2014 a 2019, tomando

como base os estados do Rio Grande do Norte e de Minas Gerais. RESULTADOS: Nos

achados de estudos, identificamos que no atendimento hospitalar em Minas Gerais os

pacientes entre 60-69 anos correspondiam a 43,3% do total de atendimentos na

emergência, no Rio Grande do Norte estes representam 38,2%. Destaca-se ainda que em

Minas Gerais o percentual de mulheres atendidas (67%) excede o de homens (33%),

diferentemente do estado do RN no qual os homens representam (51,8%) e as mulheres

(25,9%).Outrossim, enquanto no Rio Grande do Norte , as quedas e traumas são as causas

mais comuns no atendimento emergencial (SAMU), correspondendo a 56,8%, na unidade

hospitalar de Minas Gerais, os atendimentos estão mais correlacionados com as

comorbidades, sendo elas hipertensão arterial sistêmica aliada as cardiopatias (por volta

dos 30%) e até mesmo a insuficiência renal crônica (por volta dos 15%), sendo esta mais

comum no sexo masculino (10%). CONCLUSÃO: O estudo comparativo de estudos, nos

apresentam realidades distintas, demonstrando que condições diferentes propiciam que as

pessoas idosas busquem o atendimento de emergência. E que estas condições variam entre

os estados, demonstrando assim, a necessidade de estratégias que certamente precisam

nortear políticas públicas locais que possam atender as necessidades desse grupo

populacional.

Page 170: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil do atendimento da pessoa idosa em serviços de emergência: 2014-2019.

Maria Gabriela Fernandes de Souza; Mariana Patricia de Medeiros Linhares.

INTRODUÇÃO: No Brasil de acordo com o IBGE, de 2012 a 2017 a população idosa é de 4,8 milhões,

correspondendo a um crescimento de 18% desse grupo etário. Dessa forma os serviços de emergência vêm

identificando um significativo aumento no atendimento a pessoa idosa, requerendo o desenvolvimento de

políticas públicas, visto estes necessitarem de cuidados especifico em função de suas condições físicas,

psicológicas e sociais. OBJETIVOS: Realizar avaliação entre os estudos realizados de 2014 a 2019,

referente ao perfil do atendimento de pessoas idosas em serviços de emergência. METÓDOS: Estudo

descritivo, exploratório, de estudos referentes aos atendimentos de pessoas idosas nos serviços de

emergência, de 2014 a 2019, tomando como base os estados do Rio Grande do Norte e de Minas Gerais.

RESULTADOS: Nos achados de estudos, identificamos que no atendimento hospitalar em Minas Gerais os

pacientes entre 60-69 anos correspondiam a 43,3% do total de atendimentos na emergência, no Rio Grande

do Norte estes representam 38,2%. Destaca-se ainda que em Minas Gerais o percentual de mulheres

atendidas (67%) excede o de homens (33%), diferentemente do estado do RN no qual os homens

representam (51,8%) e as mulheres (25,9%).Outrossim, enquanto no Rio Grande do Norte , as quedas e

traumas são as causas mais comuns no atendimento emergencial (SAMU), correspondendo a 56,8%, na

unidade hospitalar de Minas Gerais, os atendimentos estão mais correlacionados com as comorbidades,

sendo elas hipertensão arterial sistêmica aliada as cardiopatias (por volta dos 30%) e até mesmo a

insuficiência renal crônica (por volta dos 15%), sendo esta mais comum no sexo masculino (10%).

CONCLUSÃO: O estudo comparativo de estudos, nos apresentam realidades distintas, demonstrando que

condições diferentes propiciam que as pessoas idosas busquem o atendimento de emergência. E que estas

condições variam entre os estados, demonstrando assim, a necessidade de estratégias que certamente

precisam nortear políticas públicas locais que possam atender as necessidades desse grupo populacional.

Page 171: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Descrição dos casos de meningite aguda em João Pessoa-Pb durante 5 anos

João Victor Alves Ribeiro; Daniel Rocha Diniz Teles; Sabrina de Freitas Barros Soares; Renan Rocha Diniz

Virginio; Larissa Negromonte Azevedo; Milton Paulo Cabral de Melo Pinto

INTRODUÇÃO: a meningite aguda é um processo inflamatório das meninges, de caráter grave e

emergencial, decorrendo mais comumente de causas infecciosas, como bactérias e vírus. Nas meningites

infeciosas, há um risco de evolução para sepse, choque séptico e morte. Além disso, a doença pode causar

sequelas neurológicas, por isso requer diagnóstico precoce e tratamento imediato. Trata-se de uma doença

de notificação compulsória no Brasil, dada a sua capacidade de contágio e causar surtos na população.

OBJETIVOS: descrever o número de casos notificados e confirmados de meningite aguda no município de

João Pessoa, Paraíba, entre os anos de 2014 a 2018, de acordo com o total de casos, faixa etária acometida,

etiologia da doença, critérios de confirmação e evolução clínica dos pacientes. MÉTODOS: foi feito um

estudo descritivo do número de casos de meningite aguda em João Pessoa em um período de 5 anos. Os

dados foram coletados na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no

intervalo de 2014 a 2018, separando os resultados de acordo com as variáveis que se pretendia pesquisar.

RESULTADOS: Ao longo desses 5 anos, foram 100 casos confirmados em Joao Pessoa, com uma média de

20 casos por ano e com uma taxa de mortalidade de 13%. Só no ano de 2014 foram 34 casos confirmados.

Entre 2015 e 2017, houve a mais alta taxa de mortalidade, com 16%. A faixa etária mais acometida foi de

20 a 39 anos, seguida por menores de 1 ano de idade. Os meios de diagnóstico mais utilizados foram o

exame quimiocitológico e o exame clínico. Quanto à etiologia, a maioria dos casos foi de causa não

específica, seguida por bacteriana. A evolução dos pacientes se deu com 82 altas hospitalares, 13 pacientes

evoluíram para óbito e não se tem informação sobre os outros 5. CONCLUSÃO: entre 2015 e 2017, a taxa

de mortalidade encontrada foi de 16%, maior que a relação óbitos/internações por meningites em 2018 no

Brasil, de 9,8%. Além disso, o risco de morte das 4 principais causas de morte prematura por doenças

crônicas não transmissíveis no Brasil, em 2016, foi semelhante, atingindo 16,6%. Dessa forma, percebemos

que a meningite aguda é uma doença de alta gravidade e de caráter emergencial, apresentando um alto

índice de mortalidade no município de João Pessoa e um grande risco à população. Assim, é preciso que

sejam divulgadas mais informações sobre essa doença para a população, prezando primeiramente pela

prevenção e promoção a saúde. É importante que os serviços de saúde tenham acesso a ferramentas

diagnósticas para investigação de síndromes meníngeas atendidas na emergência, sendo a coleta do líquor

fundamental para diagnóstico etiológico, que orientará o tratamento do paciente e medidas preventivas para

a comunidade.

Page 172: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Importância do manejo correto na via aérea em pacientes politraumatizados: Revisão

integrativa.

Davi Rodrigues de Sousa; Eduardo Pimentel Carneiro Braga; Luciano Gonçalves do Nascimento

Júnior; Mauricio Vasconcelos Valadares Neto; Gabriela Neto Rodrigues; Kamyla Félix Oliveira

dos Santos.

Introdução: A sobrevida de uma vítima politraumatizada está relacionada à rapidez com que é submetida a

tratamento definitivo adequado. Má ventilação e privação de oxigênio em órgãos isquêmicos sensíveis

podem causar danos graves. Assegurar a permeabilidade das vias aéreas, manter a oxigenação e ventilação

de suporte ao politraumatizado são etapas fundamentais para o manejo adequado desses pacientes.

Objetivo: Caracterizar a relevância do preparo e o exercício do socorrista em relação ao atendimento e

estabelecimento de via aérea adequada em politraumatizados. Metodologia: Trata-se de uma revisão

integrativa realizada através dos bancos de dados da Literatura Latino Americana e do Caribe de

Informação em Ciências da Saúde (LILACS), da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca

Virtual de Saúde (BVS) e PubMed. Para viabilizar a coleta de dados foram utilizados como descritores:

“Traumatismo Múltiplo and Serviços Médicos de Emergência” e “Ventilação Mecânica and Intubação”.

Dessa forma, a amostra foi composta por dez publicações. Resultados: O paciente politraumatizado

apresenta altas taxas de mortalidade devido à gravidade dos danos, sendo seu atendimento um desafio. O

trauma múltiplo é originado por eventos que causam lesões de pelo menos dois órgãos ou sistemas

orgânicos que remetem a risco de vida. Após a lesão, o corpo se apresenta hipermetabólico, hipercoagulável

e extremamente estressado, requerendo um cuidado intenso da equipe, o que pode dificultar o manejo da via

aérea. O preparo dos profissionais para a rápida obtenção da via aérea, de maneira segura, precoce e sem

causar prejuízos para tais pacientes torna-se primordial. A via aérea difícil é definida como a situação

clínica na qual o médico tem dificuldade de ventilar com máscara, intubação orotraqueal ou ambos. O

método preconizado para tal abordagem é a sequência rápida de intubação, que além do treinamento e

estudo antecipado utiliza sedação e bloqueador neuromuscular – sendo elementar a percepção

farmacológica. O grande percentual de óbitos neste grupo é causado por erros ou omissões simples,

principalmente pela falha em reconhecer a gravidade do problema. Conclusão: Quando o

comprometimento da via aérea ocorre, são necessários profissionais treinados para a rápida obtenção da via

aérea, de maneira segura, precoce e sem causar mais prejuízos para as vítimas. A educação e o treinamento

para situações de via aérea difícil devem se tornar obrigatórios a todos os profissionais de saúde. Eles

devem buscar um nível de excelência de forma a ampliar seus conhecimentos técnicos e científicos através

de estudos e cursos de capacitação. Somente o treinamento apropriado e o raciocínio ágil, frutos da

educação continuada, podem salvar vidas.

Palavras-chaves: Traumatismo, emergência, via aérea, ventilação mecânica.

Page 173: APRESENTAÇÃO PÔSTER

APRESENTAÇÃO

ORAL

Page 174: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Prevalência e fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em pacientes pediátricos

Hugo Pires Toscano de Britto, Julia Domingues Morales, Andresa do Rêgo Barros Vieira Santos,

Álvaro Luiz Vieira Lubambo de Britto, Roxana de Almeida Roque Fontes Silva, Constantino

Giovanni Braga Cartaxo.

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é doença que se inicia na infância e adolescência,

favorecendo o desenvolvimento de cardiopatias estruturais e funcionais e da arteriosclerose no adulto. Na

infância, em geral é secundária. Mudanças no estilo de vida favorecem ocorrência precoce da hipertensão

primária. A aferição da pressão arterial (PA) na população pediátrica difere da propedêutica de adultos, e os

valores dependem de gênero, idade e percentil de estatura. O diagnóstico nessa idade permite adoção de

medidas de prevenção de morbidades e tratamento antes de surgir repercussões. Objetivo: estudar a

prevalência da HAS e condições associadas em população pediátrica. Métodos: este é um estudo descritivo,

observacional e transversal, com amostra não probabilística e por conveniência. A população estudada foi

de crianças de 4 a 14 anos de idade internadas em enfermaria de um hospital universitário ou atendidas na

Atenção Primária à Saúde (APS), cujo responsável concordasse em participar do estudo. Foram analisadas

idade, procedência, sexo, renda familiar, diagnóstico sindrômico, medidas antropométricas, PA, tabagismo

passivo, história familiar de HAS e aferição anterior da PA. Resultados: foram incluídas 98 crianças, com

média de idade de 9,16 anos (+ 2,7 DP), sendo 49% atendidas na APS e 79,6% provenientes da zona

urbana. 17,3% possuíam renda familiar menor que um salário mínimo, 16,3% entre um e dois, 45,9% entre

2 e 3, e 20,4% mais que três salários mínimos. 50% dos pacientes tinham história familiar, e 35,5% eram

tabagistas passivos. Evidenciou-se 62,2% de normotensos, 28,6% de pré-hipertensos, 7,1% de hipertensos

grau 1 e 2% de hipertensos grau 2. Observou-se correlação entre medidas de PA e Índice de Massa Corporal

(IMC). Pacientes com sobrepeso ou obesidade tiveram medidas de PA maiores que os eutróficos (p<0,001),

assim como indivíduos com história familiar positiva (p<0,001). Não houve associação entre aumento de

PA e varáveis como sexo (p=0,321), tabagismo passivo (p=0,07) e local de atendimento (p=0,668). A

quantidade de fatores de risco e as medidas de PA apresentaram correlação moderada entre si. Apenas 8,2%

da amostra já havia aferido PA antes. Conclusão: a prevalência de pré-hipertensão neste estudo está dentro

da observada na literatura, enquanto a de crianças hipertensas foi maior que em outros trabalhos, podendo

representar uma limitação desta pesquisa. Na literatura, valores aumentados de IMC também estão

relacionados a maiores medidas de PA, assim como história familiar positiva. O tabagismo passivo também

não esteve relacionado a maiores medidas de PA em outros estudos. Assim, associa-se o peso e história

familiar a maior prevalência de HAS e observa-se como se negligencia a aferição de PA na população

pediátrica.

Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Pediatria, Prevalência, Fatores de risco.

Page 175: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Fatores de risco e indicações para histerectomia periparto de emergência: uma revisão de

literatura.

Ana Karolynne da Silva; Marielle Boaventura de Sousa Manoel; Luiz Gustavo Silva; Daniela Carvalho da

Silva; Kássya Mycaela Paulino Silva; Alexandre Silva Mélo

Introdução: A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de morbimortalidade materna no mundo,

tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Em hemorragias maciças

incontroláveis, potencialmente fatais, e resistentes aos tratamentos, a histerectomia periparto de emergência

(HPE) representa a opção final. Esse procedimento é definido como a cirurgia realizada dentro das 24 horas

após o parto. Por ser um tratamento que traz mudanças na qualidade de vida e na fertilidade é necessária

uma melhor compreensão das circunstâncias e indicações para tal prática. Objetivo: Analisar as principais

indicações para a realização da HPE, bem como os principais fatores de risco. Métodos: Foram pesquisados

os termos “emergência obstétrica” e “histerectomia” nos bancos de dados LILACS, PUBMED e

MEDLINE. Foram utilizados como critérios de inclusão: trabalhos com textos completos disponíveis, em

inglês, cujo tema principal era histectomia. Foram encontrados 9 artigos, todos publicados nos últimos 10

anos. Após, 3 examinadores os leram e selecionaram 6, com o total de 561 pacientes. Resultados: em um

estudo feito em países nórdicos com 211 histerectomias, as principais indicações foram acretismo

placentário, sangramento por atonia e ruptura uterina. Esses diagnósticos se repetiram em outro estudo

retrospectivo, com 23 pacientes, e o principal fator de risco foi multiparidade. Em um estudo egípcio

publicado em 2014, as indicações foram placenta acreta/increta, atonia, ruptura e placenta prévia, sendo a

cesariana o mais importante fator de risco. Um estudo de coorte retrospectivo, realizado na Tasmânia,

apontou a placenta anormal como a principal causa de hemorragia massiva, seguido da atonia e ruptura

uterina. Outro estudo, no sudeste chinês, apontou como principal fator de risco a atividade de protrombina

no pós-parto inferior a 50%. Os autores consideram que a atividade da protrombina pode ser considerado

como um marcador de perda sanguínea, sendo motivo de alarme quando inferior a 50%, sugerindo que a

monitorização da coagulopatia. Conclusão: Os estudos corroboram que o parto cesáreo, o parto cesáreo

anterior, a curetagem uterina, cirurgias uterinas prévias, a atividade de protrombina abaixo de 50%, bem

como a multiparidade são fatores de risco conhecidos para a hemorragia obstétrica. Os diagnósticos mais

frequentes são de acretismo placentário (45%), atonia (29%), ruptura (17%), sendo os 9% restantes

provenientes de placenta prévia e de outros distúrbios. Sendo assim, o risco de HPE pode ser diminuído

com o pré-natal adequado e mais próximo, bem como com a instrução das gestantes acerca dos perigos do

parto sem assistência qualificada. Além disso, ainda são necessárias diretrizes clínicas adequadas para

estabelecer adequado acompanhamento das gestantes.

Page 176: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Parada cardiorrespiratória: uma análise dos conhecimentos gerais sobre o tema envolvendo

a população leiga e graduandos do curso de medicina em um campus universitário.

Yanne Almeida Aguiar; Gabriel Tenório Cursino, Letícia Pereira Araújo de Lima, Maria Gabriela Falcão

Monteiro, Pablo Terto Magalhães Feitoza, Victoria Stahlhöfer Konze.

Introdução: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida como o súbito cessar da atividade

mecânica cardíaca, confirmada pela ausência de sinais de circulação. Devido à larga importância de

informar à população princípios básicos sobre ela, foi elaborada, pelos graduandos do curso de Medicina da

Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) pertencentes à Liga Acadêmica de Trauma e Emergências

Cirúrgicas, uma pesquisa, baseada em questionários, para sondar se a população apresenta noções básicas a

respeito desse tema. Objetivos: Esse trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento da população geral

acerca da PCR e a conduta no atendimento inicial à vítima, além de comparar o entendimento a respeito da

temática entre estudantes de saúde e leigos. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo,

descritivo e transversal. A pesquisa foi elaborada no campus da UNICAP, durante um evento denominado

17ª Semana de Integração. Foi realizada a aplicação de um questionário composto por 5 perguntas de

múltipla escolha ou verdadeiro/falso acerca do tema aos transeuntes do evento. Participaram 103 indivíduos,

sendo 56 graduandos do curso de Medicina (GCM) e 47 leigos. O principal objetivo do questionário era

avaliar temáticas como: número do SAMU, quantidade de compressões que devem ser realizadas por

minuto, respiração boca a boca, conduta inicial na PCR e desfibrilador externo automático (DEA). Para

codificar os dados coletados, foi utilizado o software Excel 2017. Resultados: Com relação ao número do

SAMU, 61,7% dos leigos e 75% dos GCM responderam corretamente. Já acerca de quantas compressões

devem ser realizadas por minuto, 70,2% dos leigos e 82,1% dos GCM acertaram. A respeito da respiração

boca a boca, 55,3% dos leigos e 73,2% dos GCM responderam corretamente que não deve ser realizada.

Quando questionados acerca de qual a primeira coisa a se fazer diante de uma PCR, 46,8% dos leigos e

66,1% dos GCM pontuaram. Na última questão, sobre a presença do DEA em locais públicos, 76,6% dos

leigos e 89,3% dos GCM afirmaram de forma correta que ele deve estar presente. Conclusão: Com base nos

dados, é possível verificar que parte da população leiga apresenta uma boa noção sobre o tema que foi

explanado, visto que em uma parcela significativa das perguntas, mais da metade do público estudado

marcou a opção correta. Em relação à população graduanda no curso de Medicina, também demonstrou-se

bastante satisfatória na pesquisa em questão. O conhecimento acerca desse tema é de extrema importância

para a população em geral, já que uma PCR pode ser presenciada por qualquer indivíduo e em qualquer

local e as condutas iniciais são imprescindíveis para o prognóstico do paciente. Palavras-chave: Parada

cardiorrespiratória, Atendimento inicial, Conhecimento.

Page 177: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Medicina de emergência e desastres com perdas humanas Relato de experiência em

desmoronamento de edifício em área nobre de Fortaleza, Ceará:

Patricia Lopes Gaspar, Samer Heluany Khoury, Khalil Feitosa de Oliveira, Nicole Pinheiro

Moreira, Carolina Lage Taketomi

INTRODUÇÃO: As grandes tragédias que ocorrem em todo o mundo nos diversos países, em maior ou

menor grau, geram grande comoção entre a população, principalmente quando envolvem um grande número

de vítimas. Ao longo dos anos foram sendo criados protocolos de atendimento em incidentes com múltiplas

vítimas, a fim de reduzir as perdas humanas e sistematizar a assistência aos envolvidos nas catástrofes.

DESCRIÇÃO DA EXPERIENCIA: No dia 15 de outubro de 2019, na cidade de Fortaleza, ocorreu o

desmoronamento do Edifício Andrea, construção em área nobre da cidade, envolvendo múltiplas vitimas,

com mobilização de grande número de profissionais treinados em emergência e comprometidos com o

atendimento e assistência aos feridos, bem como às famílias destes. Houve recrutamento de profissionais de

saúde, dentre eles médicos emergencistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além daqueles

especializados em resgate. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado,

disponibilizando duas ambulâncias avançadas no local para eventuais ocorrências e transporte dos feridos.

Foi instituído, inicialmente, juntamente ao SAMU, o método START (Simple Triage and Rapid Treatment),

com alocação de lonas classificadas por cores de acordo com os critérios de gravidade. Além disso, os

familiares dos envolvidos no incidente que se encontravam na cena, que necessitaram de atendimento

médico durante o aguardo dos resgastes, foram socorridos prontamente pelos profissionais presentes no

local. Apesar de o número de vítimas não ter categorizado o desmoronamento como um IMV (incidente

com múltiplas vítimas) devido à própria característica do acidente e retirada lenta dos feridos do local, a

cena estava protegida e preparada para receber um grande número de pacientes de uma só vez, caso fosse

necessário, com atendimento especializado treinado em emergência e suporte médico avançado. Além

disso, hospitais de referência públicos e privados, no entorno do acidente, estavam de sobreaviso para

receber os resgatados, bem como prestar atendimento aos familiares das vítimas, mostrando a importância

da comunicação entre o serviço pré-hospitalar e o serviço hospitalar, garantindo maior segurança e agilidade

no transporte e continuidade do tratamento. CONCLUSÃO: A organização de protocolos para garantir

atendimento sistematizado às vítimas garante uma redução das perdas humanas, bem como o treinamento de

profissionais para situações de desastres, garantindo maior agilidade, triagem eficiente e encaminhamentos

adequados e direcionados para hospitais de apoio. A medicina de emergência vai delineando seu papel nas

mais diversas situações de emergência, garantindo assistência especializada e classificação de risco

adequadas.

PALAVRAS-CHAVE: Desastres, Desmoronamento, Método START (Simple Triage and Rapid

Treatment).

Page 178: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Hemorragia subaracnóidea por síndrome de vasoconstrição cerebral reversível em puérpera

Relato de caso.

Patricia Lopes Gaspar, Samer Heluany Khoury, Khalil Feitosa de Oliveira, Nicole Pinheiro

Moreira.

INTRODUÇÃO: A síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (SVCR) é um evento raro, descrito na

literatura como manifestações neurológicas agudas que podem ocorrer no período puerperal decorrentes de

lesões isquêmicas ou hemorrágicas. A vasoconstrição arterial multifocal que ocorre na SVCR é

normalmente autolimitada e reversível, caracterizando desfechos clínicos potencialmente favoráveis. Neste

trabalho será relatado um caso de SVCR em puérpera apresentando queixa de cefaléia no departamento de

emergência (DE) com achado de hemorragia subaracnóidea (HSA), evoluindo com bom desfecho clínico.

DESCRIÇÃO DO CASO: Puérpera, 38 anos, G2P2A0, 5 dias de pós-parto cirúrgico, sem relato de

comorbidades prévias, apresenta-se no DE com queixa de cefaleia súbita, intensa, em região temporal

bilateral e em região occipital, sem irradiações, pulsátil, com piora ao deitar, acompanhada de náuseas e

vômitos, sem déficits neurológicos associados e iniciada há um dia do internamento. Em investigação inicial

no DE, realizada tomografia de crânio sem contraste evidenciando HSA grau 2 na escala de Fisher com

presença de sangue na fissura inter-hemisférica e na cisterna ambiens esquerda. Angioressonância e

arteriografia cerebral não evidenciam causas estruturais para o sangramento e descartam etiologia

aneurismática. Paciente evoluiu sem intercorrências em unidade de terapia intensiva (UTI) recebendo alta

com diagnóstico de HSA por SVCR sem comprometimentos neurológicos secundários e em bom estado

geral. Recebeu alta hospitalar sem déficits neurológicos, e com completo retorno às suas atividades

rotineiras. CONCLUSÃO: Cefaleias são queixas frequentes no DE. O reconhecimento dos sinais de alarme

e a investigação etiológica bem empregada são fundamentais para o desfecho favorável. Embora rara, a

SVCR é uma importante causa de lesão neurológica no puerpério e pode evoluir de forma desfavorável sem

seu reconhecimento e suporte adequados. A discussão de relatos de casos engrandece a discussão e

conhecimento médicos e acrescenta dados ao estudo da SVCR.

PALAVRAS-CHAVE: Hemorragia Subaracnóidea, Vasoespasmo Intracraniano, Vasoconstrição, Período

Pós-Parto.

Page 179: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Simulação realística da reanimação neonatal na emergência: avaliando o treinamento de

internos de medicina frente o primeiro minuto de vida de recémnascidos a termo.

Renata Maria Santos de Freitas; Daniel Meira Nóbrega de Lima ;Julia Domingues Morales;Lucas Henrique

Palpitz Mendes; Valderez Araújo de Lima Ramos

Introdução: A simulação realística é tão relevante para o ensino médico quanto a reanimação

cardiorrespiratória é essencial para auxiliar o recém-nascido no momento do nascimento. Pois, é no

primeiro minuto de vida que ocorre o processo de significativas mudanças fisiológicas para adaptar-se a

vida extrauterina, necessitando do subsídio profissional para realizar essa trajetória, e garantir parâmetros

fisiológicos adequados. Por isso, o profissional deve estar apto a auxiliá-lo durante essa fase de forma

efetiva, em 60 segundos, utilizando as técnicas adequadas e equipamentos diversos. Objetivo: Avaliar a

aquisição de habilidades, conforme treinamento de simulação realística emergencial no contexto da

reanimação neonatal, exercidas por internos de medicina, no primeiro minuto de vida de recém-nascidos.

Método: Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, que mensurou o processo de aprendizagem do

treinamento ofertado por uma equipe de alunos, já treinados por docentes especialistas vinculadas a

Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Foram realizadas simulações de casos, e conforme aplicação de

testes teóricos, foi avaliado a capacidade de exercer manobras de reanimação neonatal conforme os treinos

de simulação. Os dados foram computados através do software SPSS IBM 25.0, que estatisticamente

identificou a taxa de acerto das simulações. Essas ocorreram entre os meses de janeiro a dezembro de 2019,

com duração de 6 horas de treinamento. A amostra foi por conveniência, composta por 120 internos

divididos em grupos de 12 por mês. Resultados: O cenário foi estruturalmente equipado com bebês

simuladores e kits de materiais, e após treinamento, realizou-se teste de múltipla escolha contendo 15

questões. Os resultados foram de 92% de acerto das questões. Sendo observada uma maior dificuldade,

relacionada as questões de fixação das doses medicamentosas, com 84% de acertos. Porém, se o acadêmico

treinado conseguiu atingir o primeiro minuto com sucesso, utilizando apenas equipamentos não invasivos,

seguindo o protocolo da SBP como visto em simulação realística, logo não necessitaria da infusão de

drogas, pois apenas 1 a cada 100 bebês necessitam de intubação orotraqueal e infusão de drogas ao

nascimento. Conclusão: Ao submeter-se a esse treinamento, o discente torna-se apto a garantir as manobras

adequadas, em tempo hábil, com eficiência. Sendo capacitado para atuar nos cenários de emergências

neonatais e pediátricas, sejam esses hospitalares ou não. Ademais, existem situações, as quais o parto ocorre

em ambientes desestruturados, e/ou durante o percurso de deslocamento, distante da realidade de hospitais

equipados com aparato de primeira linha, estando o médico recém-formado alocado para atuar com sucesso.

Palavras-chave: reanimação cardiorrespiratória, simulação realística, neonato

Page 180: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Síndrome hellp x aborto: uma revisão de literatura sobre esta complicação da Pré-eclâmpsia.

Rebeca Campelo Dantas de Lima; Júllia Rocha Santos; Mariana Soares Madruga Guedes Pereira; Layse

Claudino de Souza; Alinne Beserra de Lucena Marcolino.

INTRODUÇÃO: A síndrome HELLP é uma condição emergencial, sendo uma doença multissistêmica,

caracterizada pela hemólise e elevação de enzimas hepáticas, associada à baixa titulação de plaquetas

(trombocitopenia). É um achado do espectro de alterações que ocorrem em mulheres grávidas, considerada

uma variante da pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Apresenta como sintomas mais comuns: dor na parte alta ou

central do abdômen (epigastralgia), cefaléia, náuseas, vômitos e mal estar. A principal causa de morbi-

mortalidade materna está relacionada a gravidade da doença e, no que se refere às causas perinatais, estas

provêm da idade gestacional. OBJETIVO: Analisar e discutir a produção científica acerca da síndrome

HELLP e sua relação com o aborto. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura que buscou

artigos nacionais e internacionais na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando como

descritores as palavras: Síndrome HELLP (HELLP Syndrome) e aborto (abortion), com os filtros “texto

completo”, “inglês”, “português” e “espanhol”, no recorte temporal da última década (2010 -2019).

RESULTADOS: Dos 23 artigos encontrados, foram excluídos estudos duplicados (2) e os que não

atenderam ao objetivo da pesquisa (8). Desta forma, o corpus foi constituído por 13 artigos, sendo

identificados 2 eixos temáticos: Fatores que interferem na gravidade da doença e Variação de manejo

clínico quanto a idade gestacional. A gravidade da síndrome advém, geralmente, do edema agudo dos

pulmões, da insuficiência renal, da falência cardíaca, das hemorragias e da ruptura do fígado, podendo

ocasionar a morte materna e também fetal. Caso a idade gestacional esteja abaixo de 24 semanas, é preciso

que haja interrupção da gravidez (aborto) e, entre 24 e 28 semanas, dependendo do estado clínico da

gestante, indica-se o uso de corticóides administrados em altas doses, para otimizar as chances de

sobrevivência do feto, sendo uma possibilidade o parto normal ou cesariano imediato. De qualquer forma, a

gravidez não deve ultrapassar as 34 semanas, pois os riscos superam os benefícios para ambos. É inegável

que os profissionais devem atentar-se à história clínica e ao comportamento das alterações laboratoriais da

gestante no intuito de realizar uma abordagem terapêutica precoce, pois, nem sempre, vem acompanhada da

elevação da pressão arterial. CONCLUSÃO: O diagnóstico precoce é fundamental na eficácia do

tratamento, evitando possíveis complicações, visto que essa patologia está relacionada aos altos índices de

aborto, tendo como principal causa o descolamento prévio de placenta. Devido ao difícil diagnóstico, toda

mulher que apresenta elevação da pressão arterial deve realizar hemograma e sumário de urina, facilitando o

diagnóstico precoce. Ademais, a reposição de fluidos, componentes sanguíneos e medicações que previnem

convulsão no intuito de controlar a pressão arterial são de fundamental importância, objetivando prevenir a

síndrome e estabilizar o binômio mãe-bebê.

PALAVRAS - CHAVES: Síndrome HELLP. Aborto. Pré-eclâmpsia. Revisão integrativa de literatura.

Page 181: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Perfil de pacientes com infarto agudo de miocárdio com supradesnivelamento de segmento

ST e estratégias terapêuticas: um estudo prospectivo.

Sâmia Israele Braz do Nascimento; Railane Sousa Arrais de Morais; Arêtuzya Oliveira Barbosa; Antônio

Matheus Gomes Mota ; Ítalo Marcelo Maia Marques; Hérbert Lima Mendes

INTRODUÇÃO: O Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) é

uma condição aguda e com risco de vida, sendo o principal colaborador de morte em todo o mundo,

resultando em substanciais encargos médicos e econômicos. A taxa de mortalidade brasileira, por essa causa

(183,3/100.000) encontra-se entre as maiores do mundo e é semelhante à de países como a China e do Leste

Europeu. OBJETIVOS: Avaliar a relação entre a atuação na conduta de cuidado do infarto agudo do

miocárdio com supradesnivelamento de seguimento ST, no Hospital do Coração do Cariri, e o seu impacto

na morbimortalidade hospitalar, a partir da instituição de terapias de reperfusão. MÉTODOS: Trata-se de

uma pesquisa original, prospectiva, realizada no Hospital do Coração do Cariri, envolvendo 93 pacientes.

Para a coleta de dados foi elaborado um questionário. O programa estatístico Jasp (Versão 11.1) foi

utilizado para análise estatística dos dados. RESULTADOS: A amostra é composta de 59,14% (55) do sexo

masculino, enquanto 37,63% (35) eram mulheres. Quanto à faixa etária, 56,98% (55) têm mais de 61 anos,

37,63% (35) entre 41-60 anos, e 2,15% (2) tinham menos de 21 anos. Outra variável analisada foi o tempo

desde o início dos sintomas até admissão no Hospital do Coração do Cariri. Pode-se observar que 44,08%

(41) dos casos envolvidos na pesquisa foram admitidos em até 2 horas do início dos sintomas, 29,03% (27)

em 6 horas, 10,75% (10) em 12 horas. No tocante aos fatores de risco, 65,59% (61) eram tabagistas, apenas

19,35% (18) faziam uso de álcool. Em relação às comorbidades prévias, 11,82% (11) sofreram infarto

antigo. Somente 4,3% (4) tiveram acidente vascular cerebral prévio. A obesidade acometia 27,95% (26) dos

casos averiguados. O sedentarismo acomete 47,31% (44) dos participantes. A história familiar de doença

cardiovascular está presente em 48,37% (45). O diabetes mellitus acomete 30,10% (28), a hipertensão

arterial sistêmica afeta 59,14% (55) dos casos. No que diz respeito à abordagem terapêutica instituída no

Hospital do Coração, foi possível analisar as variáveis independentes: tratamento conservador e intervenção

coronariana percutânea (ICP). Faz-se necessário ressalvar o alto valor de proteção oferecida pela

intervenção invasiva coronariana. Pacientes submetidos a este procedimento apresentaram 92,2% menos

chance de óbito quando comparados aqueles destinados ao tratamento conservador. Denota-se ainda que a

terapêutica invasiva reduz em 12 vezes a chance de óbito. Neste estudo, 24 pacientes foram submetidos à

angioplastia e cateterismo cardíaco. Destes, apenas 4 foram a óbito. Por outro lado, 58,33% dos casos

submetidos ao tratamento conservador faleceram. CONCLUSÃO: Em síntese, pode-se verificar que a

intervenção coronariana percutânea é superior ao tratamento conservador do infarto agudo do miocárdio,

com redução de mortalidade.

Palavras-chaves: Cateterismo cardíaco, Infarto agudo do miocárdio, Mortalidade

Page 182: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Dissecção aguda de aorta desencadeando infarto agudo do miocárdio: relato de caso.

Amanda Laysla Rodrigues Ramalho; Maria Carolina Trigueiro Lucena Cavalcante, Lucas Werton de

Queiroga, Raissa Montenegro Nóbrega de Pontes, Lucas Lenine Dantas Formiga, Maria Vitória Ideão Leite

da Rocha.

Introdução: A Dissecção Aguda de Aorta (DAA) é uma emergência que exige diagnóstico imediato, bem

como terapêutica agressiva, sem os quais a mortalidade é expressiva. Tem incidência de cerca de 5 a 30

casos por 1 milhão de pessoas por ano e mortalidade de até 68% em 48 horas. a. O diagnóstico é baseado na

suspeita clínica e confirmado através de métodos de imagem como TC, RNM e ecocardiografia

transesofágica. O fator desencadeante desse agravo ainda é desconhecido, mas sabe-se que a maioria dos

pacientes têm algum grau de anormalidade estrutural devido a presença de fatores de risco (Hipertensão

arterial sistêmica, aterosclerose, tabagismo, entre outros). A classificação de Stanford divide as dissecções

em tipo A, quando há acometimento da aorta ascendente; e, tipo B, quando a aorta ascendente não é

atingida. Nos casos de DAA tipo A de Stanford pode ocorrer acometimento do óstio coronariano, sobretudo

do direito, levando à sua oclusão e, consequentemente, Infarto Agudo do Miocárdio Com

Supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Nestes pacientes, o diagnóstico da DAA é retardado e a

terapia clássica para IAMCSST não surte efeito benéfico resultando em aumento da mortalidade. Relato de

caso: Paciente de 62 anos, sexo feminino, hipertensa e tabagista. Foi ao pronto-socorro queixando-se de dor

precordial em aperto, de intensidade 10/10, com irradiação para membro superior esquerdo, associado a

sudorese. Realizou eletrocardiograma que evidenciou supradesnivelamento do ST em parede inferior. Foi

medicado com AAS 300mg, clopidogrel 300mg, enoxaparina 30mg e fibrinolítico (alteplase) cerca de 2

horas após início dos sintomas. Teve discreta melhora, mas em instantes a dor retornou, sendo então

encaminhado para hospital de maior porte. Cineangiocoronariografia e aortografia evidenciaram artérias

coronárias sem obstruções e DAA tipo A de Stanford. Iniciou-se terapia com betabloqueador e

vasodilatador sistêmico sendo então encaminhado para cirurgia cardiovascular. Como havia desabamento da

valva aórtica associado e comprometimento da artéria coronária direita foi realizada a cirurgia de Bentall e

De Bono. Paciente cursou com boa evolução no pós-operatório recebendo alta hospitalar em 15 dias.

Conclusão: O IAMCSST causado por DAA é um evento raro, mas de alta mortalidade, constituindo-se

assim um desafio diagnóstico. O tratamento equivocado com antitrombóticos aumenta a mortalidade, pois

atrasa a conduta adequada, sendo assim, o relato reforça a recomendação de que diante do quadro de dor

torácica é necessário considerar a possibilidade de DAA.

Palavras-chaves: Síndrome coronariana aguda, Infarto do miocárdio, Dissecção de Aorta, Emergência

cardiológica.

Page 183: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Abordagem da febre falciforme na emergência pediátrica.

Débora Oliveira dos Santos; Roberta Guerra de Brit

o Oliveira Lima; Narjara Seixas Batista Gadelha; Letícia Miná de Britto Cavalcanti; Lorena Pereira Vieira;

Nadirgerlane Rodrigues de Carvalho Almeida Guedes.

Introdução: Anemia falciforme é uma desordem adquirida geneticamente, atinge diversos órgãos e deve-

se a uma alteração nas propriedades dos glóbulos vermelhos que contêm uma hemoglobina mutante

chamada Hemoglobina S. A gravidade clínica é variável, mas um contingente significativo de pacientes tem

as formas crônica e grave da doença, exacerbada pelas chamadas “crises”. A infecção, que se manifesta com

febre em doente falciforme, requer investigação médica minuciosa, pois é responsável pela primeira causa

de mortalidade nesta doença, podendo desenvolver infecção generalizada em menos de 24 horas. Objetivo:

Identificar, de uma forma sintética, os principais conhecimentos necessários para que o profissional médico

possa diagnosticar, tratar e conduzir a febre na criança com anemia falciforme em um contexto de

emergência. Método: Trata-se de uma revisão sistemática e de literatura em que se utilizou os descritores

em português “Anemia falciforme”, “Febre” e “Emergência pediátrica” para pesquisa nas bases de dados,

através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), publicados

entre 2015 e 2019. Resultados: No caso de crianças, as infecções constituem a principal causa de morte em

anemia falciforme. O risco de septicemia e/ou meningite por Streptococcus pneumonia e ou Haemophilus

influenzae chega a ser 600 vezes maior do que em crianças sem doença falciforme. Essas infecções podem

provocar a morte em poucas horas. Pneumonias, infecções renais e osteomielites também ocorrem com

maior frequência nessas crianças. Os episódios de febre devem, portanto, ser encarados como situações de

risco, nas quais os procedimentos diagnósticos precisam ser aprofundados e a terapia iniciar-se de imediato.

Conclusão: Todo paciente com doença falciforme submetido a evento agudo, inclusive febre, deve ter seu

atendimento normatizado e sistematizado. Portanto, deve-se abordar, acolher e confortar o paciente,

inicialmente e posteriormente, promover a avaliação inicial, identificando tecnicamente os problemas e a

gravidade clínica, efetuar a intervenção médica de qualidade. Vale ressaltar, a importância de fornecer o

apoio devido aos familiares que se encontram em situação vulnerável e de risco.

Palavras-chaves: Anemia falciforme; Febre; Emergência pediátrica.

Page 184: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Análise epidemiológica dos atendimentos pediátricos realizados por um aph móvel

José Arthur Campos Da Silva; Nayara Costa Alcântara De Oliveira; Aimê Alves De Araujo; Bruna Simões

Romeiro; Gustavo Mendonça Ataíde Gomes; Ana Lúcia Soares Tojal.

INTRODUÇÃO: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) foi criado sob

responsabilidade da Política Nacional de Atenção às Urgências como componente essencial para a

assistência pré-hospitalar, onde o indivíduo é assistido no local onde estiver precisando de ajuda. Diante do

grande impacto que a violência e acidente leva ao SUS, foi necessário a introdução da atenção às urgências

como política nacional a partir de 2003, através da implementação de algumas portarias que estabelecem

essa política. Em 2017, o SAMU de Maceió realizou um total de 51.210 atendimentos, porém, não é

indicado a quantidade de serviços prestados a pacientes pediátricos, o que demonstra a necessidade de

estudar e divulgar esse dado estatístico para determinar novas estratégias para melhorar o atendimento de

pacientes nessa faixa etária. OBJETIVOS: Determinar a quantidade de atendimentos pediátricos feito pelo

SAMU de Maceió no ano de 2017 e classificar a assistência aos pacientes pediátricos entre urgência clinica

ou traumática. MÉTODOS: O presente estudo refere-se a uma análise documental de aspecto quantitativo

de dados e prontuários guarnecido pelo SAMU Maceió, sendo incluídos as fichas de pacientes com idade de

06 a 16 anos, de ambos o sexo e do ano de 2017. Com a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a

análise foi feita no setor de Estatística do SAMU de Maceió. RESULTADOS: O início do levantamento

dos dados se deu após pesquisa na literatura sobre o tema do estudo. O Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência de Maceió atendeu 51.210 pacientes no ano de 2017, sendo 643 prontuários de pacientes na faixa

etária determinada no estudo. A prevalência das urgências clínicas foi de 323 atendimentos, enquanto as

traumáticas foi de 245, além de 75 prontuários não especificarem o tipo de urgência do paciente. Desse

modo, os atendimentos clínicos ficaram num percentual de 50,2%, os traumáticos com 38,1% e os não

especificados com 11,7%. CONCLUSÃO: Diante disso, observa-se dados epidemiológicos sobre os

atendimentos pediátricos feito pelo SAMU de Maceió. Assim, demonstra-se a prevalência das ocorrências

pediátricas e sua natureza clinica ou traumática realizadas pelas unidades móveis de APH do SAMU. Com

isso, é interessante ressaltar a necessidade de criação de estratégias que preparem os profissionais de saúde

que trabalhem nesse componente pré-hospitalar, a fim de oferecer atendimento especifico para a faixa etária

do estudo e suas limitações e especificidades da idade.

PALAVRAS-CHAVES: Urgência, Criança, Epidemiologia.

Page 185: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Fatores de risco e prognóstico relacionados à sepse em pacientes oncológicos.

Anne da Nóbrega Souza, Maria Letícia Barbosa de Abrantes, Marília Aparecida de Andrade

Romão, Thayná Figueirêdo Araujo, Willyane Barros da Silva, Maine Virginia Alves Confessor.

Introdução: As diretrizes da Campanha de Sobrevivência à Sepse, publicadas em 2004, contribuíram para

uma maior conscientização a respeito do choque séptico, proporcionando um melhor entendimento,

conhecimento e aumento do número de notificações de casos por parte dos profissionais de saúde.

Entretanto, verifica-se que o choque séptico é uma das principais consequências clínicas em pacientes

oncológicos e sua incidência é até dez vezes maior do que em pacientes saudáveis. Estudos recentes

abordaram que até 20% dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) com sepse têm

câncer. Nesse contexto, torna-se evidente a necessidade de estudos que melhorem a caracterização e a

estratificação de risco de choque séptico nessa população. Objetivo geral: Analisar os principais fatores

relacionados à sepse em pacientes oncológicos. Objetivos específicos: Avaliar características, prognóstico,

tempo de internação e mortalidade; verificar a incidência de sepse em pacientes oncológicos. Metodologia:

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, utilizando-se das plataformas PubMed

e Scientific Library Online (SCIELO). Foi feita a análise dos resumos, resultados e conclusões de 08

estudos inicialmente encontrados, dos quais 06 foram selecionados para compor esta revisão. Os critérios de

inclusão foram pautados no acesso aos artigos publicados em periódicos nacionais, na língua portuguesa,

que abordassem totalmente e/ou parcialmente o assunto da revisão e publicados nos últimos 10 anos.

Resultados: Dos seis estudos selecionados, quatro deles exploraram as características, prognóstico, tempo

de internação, mortalidade e incidência da sepse em pacientes oncológicos; dois não abordaram o tempo de

internação dos pacientes. Tem sido demonstrado aumento considerável do número de hospitalizações

devido à sepse, chegando aproximadamente a 18 milhões de pessoas em todo o mundo. Em relação à taxa

de mortalidade, os dados apontam diferenças importantes entre países desenvolvidos e países

subdesenvolvidos. No Brasil, 47,3 % dos casos apresentam letalidade, estando uma maior porcentagem

relacionada a hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (49,1%) em relação aqueles do Sistema de Saúde

Suplementar (36,7%). Os pacientes oncológicos desenvolvem sepse por vários fatores, sendo o principal

deles a neutropenia, além da infecção que é uma complicação relacionada ao próprio ambiente hospitalar, às

condições clínicas, à predisposição do paciente e aos procedimentos invasivos, além do uso de antibióticos

que também contribuem para a ocorrência de infecções. O fator de risco mais importante é a

granulocitopenia, assim como idade inferior a um ano ou superior a 65 anos, perda de epitélio, cateter

venoso central, dispositivos de longa permanência como cateter vesical e enteral, diabetes, doenças renais,

hepáticas, cardiovasculares, pulmonar e gastrointestinal. A sobrevivência do paciente com câncer melhorou

acentuadamente nas últimas décadas, correspondendo a mais de 50% dos casos, estando a precocidade do

diagnóstico relacionada com o prognóstico do paciente assim como o perfil do agente agressor, as

características ligadas ao hospedeiro, a presença de imunossupressão decorrente de neoplasias, além de a

resposta inflamatória estar ligada a fatores genéticos. Conclusão: O câncer é um grave problema de saúde

pública, apresentando alta incidência, alta letalidade e custos elevados e sendo uma das principais causa de

óbito na população mundial. Nesse sentido, o tratamento precoce do agente infeccioso é fundamental para

um bom prognóstico. Protocolos e escalas pré-estabelecidas ajudam a identificas e intervir na deterioração

clínica.

Palavras-chaves: sepse, câncer, terapia intensiva

Page 186: APRESENTAÇÃO PÔSTER

EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS NO AMBIENTE DOMICILIAR

Araújo, Lorena Moura Galvão¹.

Introdução: As emergências pediátricas são situações em que existem ameaça ou risco iminente à vida,

sofrimento intenso ou lesões permanentes, havendo necessidade de tratamento médico imediato. Além disso

,segundo pesquisas nacionais e internacionais, correspondem a cerca de 45% dos acidentes domésticos.

Objetivo: Avaliar a importância de se realizar uma educação em saúde de familiares sobre como proceder

em emergências pediátricas no ambiente domiciliar. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de

literatura, com embasamento em artigos científicos encontrados na base de dados Scielo, utilizando-se as

seguintes estratégias de busca: acidentes domésticos AND crianças; Emergência AND casa; Emergência

AND pediatria. Não houve delimitação de tempo e idioma. Incluídos apenas os artigos que abordavam

casos de acidentes domésticos com crianças até nove anos de idade. Os dados foram coletados mediante

revisão de titulo, resumo e artigo completo. Resultado: Foram encontrados 127 artigos dos quais

excluíram-se 107 após análise de título, 95 foram descartados depois da leitura do resumo e 1 artigo foi

excluído após avaliação completa do estudo. Totalizando nove artigos usados para elaboração deste

trabalho. Após a leitura dos resultados, observão-se que os acidentes infantis mais frequentes são: a

penetração de corpo estranho no nariz e na boca e a sufocação, atingindo principalmente os menores de um

ano; entre crianças de um a quatro anos, as principais ocorrências são afogamento e sufocação; já na faixa

etária de cinco a nove anos, os principais casos são quedas, queimaduras e sufocação. Os resultados

mostraram que os índices de acidentes com crianças são bastante altos e podem causar sérios danos à vida,

devido à fragilidade e ao curto tempo de recuperação dos sinais vitais que uma criança possui. Conclusão:

Os artigos estudados afirmam que os índices de morbidade em crianças com idade até nove anos poderiam

ser reduzidos se a população leiga tivesse um treinamento básico de reanimação cardiopulmonar e manobras

para aliviar a asfixia por corpo estranho, ambos sendo realizado de forma adequada à idade da vitima. De

acordo com dois dos artigos, esse resultado já seria bastante eficaz, se apenas 20% dessa população

recebesse educação em saúde. Desta forma, é preciso experimentar praticas de promover a prevenção dos

acidentes domésticos com foco centrado na família, utilizando-se de uma abordagem educativa,

participativa e corresponsável.

Palavras chave: Emergência, pediatria, acidentes domésticos, crianças.

Page 187: APRESENTAÇÃO PÔSTER

Eficácia do treinamento teórico-prático em reanimação neonatal frente o primeiro minuto

de vida de recém-nascidos à termo: uma emergência na sala de parto

Renata Maria Santos de Freitas,Daniel Meira Nóbrega de Lima,Julia Domingues Morale, Lucas Henrique

Palpitz Mendes, Valderez Araújo de Lima Ramos

Introdução: O primeiro minuto de vida de um recém-nascido consiste num processo de rápidas e

significativas mudanças fisiológicas para adaptar-se a vida extrauterina. É um momento importante de

transição cardiorrespiratória, pois é nessa fase que ocorre a oxigenação alveolar e o bebê sozinho efetiva a

hematose, estabilizando seus parâmetros de vitalidade. Logo, esse poderá necessitar da assistência

profissional para realizar essa trajetória, e garantir parâmetros adequados, devendo o profissional estar

apto a auxiliá-lo durante essa fase de forma ágil e desenvolto, utilizando as técnicas adequadas e os

equipamentos disponíveis. Objetivo: Avaliar a aquisição de habilidades, conforme treinamento teórico-

prático emergencial em sala de parto no contexto da reanimação neonatal, exercidas por internos de

medicina, no primeiro minuto de vida de recém-nascidos por meio de cenário simulado. Método: Trata-

se de um estudo longitudinal prospectivo realizado entre junho a dezembro de 2019. A amostra foi por

conveniência, composta por 90 alunos do internato médico, em grupos de 13 por mês, que eram

submetidos a testes iniciais, seguidos de 6 horas de treinamento ministrado por alunos, habilitados por

docentes especialistas vinculadas a Sociedade Brasileira de Pediatria. Em seguida aplicou-se simulações

de casos, e posteriormente novos testes teóricos, o qual avaliou a capacidade de execução das manobras

de reanimação neonatal. Os dados foram analisados pelo software SPSS IBM 25.0, que estatisticamente

identificou os percentuais de acertos e erros dos alunos após as simulações. Resultados: O cenário foi

estruturalmente equipado com bebês simuladores e kits de materiais, após o treinamento realizou-se teste

de múltipla escolha contendo 15 questões. Os resultados foram de 92% de acerto das questões. Sendo

observada uma maior dificuldade, relacionada a fixação das doses medicamentosas, com 84% de acertos.

Porém, se o acadêmico treinado conseguiu atingir o primeiro minuto com sucesso, utilizando apenas

equipamentos não invasivos, seguindo o protocolo da SBP como visto em simulação, logo não

necessitaria da infusão de drogas, pois apenas 1 a cada 100 bebês necessitam de intubação orotraqueal e

uso de medicamentos ao nascimento. Conclusão: Ao submeter-se a esse treinamento, o discente torna-se

apto a garantir as manobras adequadas, em tempo hábil, com eficiência. Sendo capacitado para atuar nos

cenários de emergências neonatais e pediátricas, sejam esses hospitalares ou não. Ademais, existem

situações, as quais o parto ocorre em ambientes desestruturados, e/ou durante o percurso de

deslocamento, distante da realidade de hospitais equipados com aparato de primeira linha, estando o

médico recém-formado alocado para atuar com sucesso.

Palavras-chave: Reanimação neonatal, Vitalidade, Recém-nascido, Simulação .

Page 188: APRESENTAÇÃO PÔSTER