Relatório - unucseh.ueg.br · Goiás/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (FIEG/SENAI),...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS
COORDENAÇÃO DE GEOGRAFIA
Relatório:
Coordenação Geral
Profª. Ms. Mary Anne Vieira Silva
Coordenadora do Curso de Geografia
UnUCSEH-Anápolis
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1. APRESENTAÇÃO
Em Anápolis, no dia 18 de fevereiro de 2009, ocorreu o Fórum “Acessibilidade no
Espaço Urbano” promovido pela Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA),
Sindicado das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (SICMA), Câmara
dos Dirigentes Lojistas de Anápolis (CDL), Federação das Indústrias do Estado de
Goiás/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (FIEG/SENAI), Associação Brasileira
de Cimento Portland, além de contar com a presença do poder público municipal,
Prefeitura Municipal de Anápolis e Câmara de Vereadores, e a participação especial do
arquiteto Guilherme Takeda, idealizador do projeto de intervenção urbanística denominado
de Acupuntura Urbana. Nesse evento, suscitou-se a iniciativa de desenvolver o referido
projeto na cidade de Anápolis, utilizando como piloto, a área central, especificamente, a
Praça Bom Jesus e perímetro adjacente. A escolha seguiu critérios de representatividade
histórica, localização geográfica, importância econômica, social e, principalmente, cultural.
A partir dessa iniciativa, ocorreu o convite por parte dos segmentos que realizaram
o Fórum para que a Universidade Estadual de Goiás /Unidade Universitária de Ciências
Sócio-Econômicas e Humanas (UEG-UnUCSEH), curso de Geografia, desenvolvesse uma
pesquisa com a finalidade de verificar a percepção dos usuários e moradores da cidade
sobre o local de realização do projeto. E, nessa perspectiva, elabora-se a pesquisa Olhares
sobre a Praça Bom Jesus – Anápolis – com o objetivo de levantar informações junto à
opinião pública anapolina. Nesse sentido, decidiu-se pela a aplicação de questionários que
envolvessem a opinião pública, ou seja, transeuntes, comerciantes e comunidade em geral,
como parte da metodologia de avaliação do projeto de intervenção. No contexto, o
presente relatório aponta os resultados obtidos nessa coleta de informações.
É válido mencionar que o relatório oferece subsídios para desenvolvimento de
planos estratégicos de intervenção urbanística no local. A UEG assume o projeto sob a
coordenação dos professores Mary Anne Vieira Silva, Janes Socorro Luz, Zilda Cândida
de R. Fernandes e Juvair Fernandes de Freitas, além de participação de acadêmicos dos
cursos de Letras, Geografia e História da UnUCSEH, que realizaram a aplicação dos
questionários durante os dias 22 a 30 de maio, em turnos alternados (matutino, vespertino e
noturno). Tal iniciativa torna-se relevante por considerar que a história das praças é
constituída através de seus usuários, de acordo com as formas e usos que os mesmos ali
realizam.
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SUMÁRIO
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1. Apresentação2. Metodologia
Análise Geral dos Dados3. Olhares dos usuários, transeuntes sobre a Praça Bom Jesus
3.1 Perfil dos entrevistados a) Sexo e faixa etária b) Local de residência dos entrevistados
3.2. Características da freqüência no local3.3. Opinião sobre as condições da Praça Bom Jesus
a) Situação atual da Praça Bom Jesusb) Os elementos que compõem o espaço da Praça Bom Jesus
3.4. A necessidade de reforma da Praça Bom Jesus
4. Olhares dos comerciantes sobre a Praça Bom Jesus
4.1. Perfil dos entrevistadosa) Sexo e faixa etáriab) Local de residência dos entrevistados
4.2. Percepção sobre a relevância da Praça Bom Jesus
5. Olhares dos participantes via internet
5.1. Perfil dos entrevistadosa) Sexo e faixa etáriab) Local de residência dos entrevistados
5.2. Características da freqüência no local5.3. Opinião sobre as condições da Praça Bom Jesus
a) Situação atual da Praça Bom Jesus:b) Os elementos que compõem o espaço da Praça Bom Jesus
6. Considerações Finais e Proposições
7. Referências Bibliográficas
23
6
668
9121213
14
17
171718
18
23
232324
2526
2628
30
31
2. METODOLOGIA
A pesquisa envolveu a aplicação, entre os dias 22 a 30 de maio de 2009, de três modelos de
questionários: o primeiro, voltado para os transeuntes, usuários, da Praça e entorno; o
segundo, direcionado para os comerciantes situados nas ruas imediatas, (ver Mapa 1); e, o
terceiro, refere-se a uma amostra aleatória, aplicada via site <http://www.admunucseh.ueg.br/
projetopraca_anapolis/formulario_questionario>, inserido na página virtual da Prefeitura
Municipal de Anápolis.
Dessa forma, foram considerados os seguintes parâmetros:
a)-Para o primeiro grupo (usuários):
A pesquisa empregou como referência para determinar o número de questionários, o
universo obtido a partir dos dados relativos à população urbana de Anápolis, 288.085
habitantes, de acordo com dados pertinentes ao Censo Demográfico do IBGE de 2000.
Desse universo, considerou-se o total de população residente na Área de Expansão
Demográfica (AED) na parte central da cidade de Anápolis, totalizando o número de
14.671 habitantes, sobre o qual incidiu o percentual de 2,5% desse quantitativo se alcançou
o equivalente a 366 questionários, sendo que foram aplicados 387 questionários.
b)-Para o conjunto dos comerciantes do local:
Nesse caso, contabilizou-se o número total de lotes inseridos dentro do perímetro
pesquisado, ocupado predominante por lojas comerciais, num total inicial de 178 lotes, o
que determinaria o número de questionários. Em campo, percebeu-se a necessidade de
alterar este valor, para contemplar, também, os comerciantes que ocupam a galeria
pertencente ao shopping popular “Santana Box”, além disso, detectou-se que algumas lojas
ocupam mais de um lote. Portanto, o número de questionários aplicados neste conjunto foi
de 247.
c)- Para o terceiro conjunto:
Decidiu-se por considerar todos os questionários respondidos através do site
<http://www.admunucseh.ueg.br/projetopraca_anapolis/formulario_questionario>.
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ANÁLISE GERAL DE DADOS
Os resultados da pesquisa de opinião pública concernem às variáveis contidas nos
questionários aplicados (ver Anexo I). Num primeiro momento, as respostas dos
transeuntes no local e nas áreas adjacentes à praça, num segundo, a participação dos
comerciantes e, por último, da opinião da comunidade que se manifestou, através do site:
http://www.admunucseh.ueg.br/projetopraca_anapolis/formulario_questionario.
3. Olhares dos usuários, transeuntes sobre a Praça Bom Jesus
3.1 Perfil dos entrevistados
a) Sexo e faixa etária
Inicialmente, destacam-se as características que envolvem o sexo e a faixa etária dos
entrevistados no primeiro grupo. No que tange ao sexo dos entrevistados, a maioria é do
sexo masculino, 55% (213 de 387), enquanto, o percentual feminino é de 45%. Portanto, é
pertinente considerar a Praça Bom Jesus como um espaço androceu, ou seja, masculino
preferencial (ver Gráfico 1). Essa característica remonta a sua gênese, ao lembrar que na
história, esse espaço público relaciona-se diretamente com o Ágora, as plazzas medievais,
o mercado contemporâneo, e esses sempre foram preferenciais do segmento masculino.
Nos dias atuais vimos às mudanças na ordem do uso, demarcadas pela presença da mulher
nesse local. Evidentemente que a apreensão da natureza desse espaço, ao passar pela sua
forma, conteúdo e estrutura, requer o deslindamento das ações que o conformam.
Numa análise coerente com essa perspectiva, é válida a assertiva de que as sociabilidades
se transformam consoante às mudanças no âmbito dos usos dos espaços como locus da
vida cotidiana. Se, outrora, os homens perfaziam a maioria enquanto usuários das praças,
dadas às atividades que, nelas, realizavam, o atual estágio do mundo moderno é
caracterizado pela inserção da mulher no mercado de trabalho e, portanto, daquilo que o
espaço urbano dispõe em termos de re-produção das relações de produção. Porém, a
mulher é, nessa ordem, personagem fundamental das orientações sociais encetadas pelos
meandros do espaço, seja enquanto vendedoras ambulantes, periódicas transeuntes do uso
efêmero ou formas outras de usos, cujo conteúdo passa pela condição feminina na vida
cotidiana.
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Gráfico 1 – Anápolis/GO: Perfil dos entrevistados segundo o sexo, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Os dados pertinentes à faixa etária dos entrevistados, (ver Gráfico 2), destaca a
predominância da população adulta, de 19 a 60 anos, compondo 63% (245 de 387),
enquanto, na faixa etária jovem, até 19 anos, estão 28% ( 108 de 387) dos entrevistados e,
por último, 9% (34 de 387) dos entrevistados se encontram na faixa etária acima de 60
anos. Diante desse resultado, observa-se que a população acima de 60 anos apresenta um
baixo percentual. Esse dado é importante na medida em que consideramos a necessidade
de propiciar, a esse segmento, espaços adequados de lazer e convivência, sendo o espaço
da praça um local que poderia oferecer estas condições. Tal importância é conclamada,
ainda, pelos novos arranjos familiares no seio das abissais transformações sociais,
culturais, políticas e econômicas pós década de 1970. Hoje, é notória a representatividade
estatística das pessoas com 60 anos ou mais, mesmo em países em via de desenvolvimento,
como é o caso brasileiro.
É preciso, pois, na esteira das conquistas dos indivíduos em melhor idade, o acesso
facilitado a áreas de lazer, nas quais possam estabelecer níveis de sociabilidade entre os
pares. Anápolis não foge a regra, sua população acima de 60 anos perfaz, segundo o IBGE
2000, aproximadamente 7,2% do total de habitantes.
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Gráfico 2 – Anápolis/GO: Perfil dos entrevistados segundo a faixa etária, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
b) Local de residência dos entrevistados
Em relação ao local de residência dos entrevistados, 97% se declararam residentes em
Anápolis (ver Gráfico 3). Desse resultado decorre uma constatação, talvez por uma
inclinação natural dos habitantes, as praças estão sempre repletas de pessoas,
principalmente, moradores da cidade, o que torna aquele espaço em um centro de reunião
para quem quer participar da vida da cidade, dos acontecimentos cotidianos, um ponto
privilegiado de encontros e discussões.
Gráfico 3 – Anápolis/GO: Local de residência declarado pelos entrevistados, 2009Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
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Essa dimensão, inclusive, demonstra a relevância da Praça Bom Jesus para os moradores
da cidade que destacaram, em 98% (380 de 387) dos questionários, que a praça exerce
alguma importância para a população e para a cidade, (ver Gráfico 4).
Gráfico 4 – Anápolis/GO: A importância da Praça Bom Jesus para os entrevistados, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009)
3.2 Características da freqüência no local
A relevância atribuída à Praça Bom Jesus se torna, ainda, mais contundente ao considerarmos
que 86% dos entrevistados declararam que freqüentam de forma assídua o local, enquanto
apenas 14% (78 de 387), entrevistados manifestaram o contrário, (ver Gráfico 5).
Gráfico 5– Anápolis/GO: Dados relativos à freqüência dos entrevistados no local da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
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Todavia, mesmo entre os que não se declararam freqüentadores assíduos do local (14%),
em um percentual de 50% de entrevistados destacaram que já foram freqüentadores, (ver
Gráfico 6). Este resultado reitera a importância representada por esse espaço na opinião
dos que moram e vivenciam os espaços da cidade de Anápolis.
Gráfico 6 – Anápolis/GO: Dados relativos à freqüência dos entrevistados no local da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009)
No que tange aos entrevistados quando questionados sobre a periodicidade de freqüência
na praça 17 pessoas se abstiveram de responder. Com isso, os 67% (249 de 370) que
declaram freqüentarem a praça, 30% o fazem diariamente, 27% por uma ou duas vezes,
enquanto que 17% a freqüenta quinzenalmente Apenas 33% (121 de 370) dos entrevistados
não têm previsão de freqüência (Gráfico 7).
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Gráfico 7 – Anápolis/GO: Dados relativos à freqüência dos entrevistados no local da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
No que concerne essa freqüência, ao ser analisada em termos de dias nos quais a praça é
utilizada, 42% (154 de 354) dos entrevistados declaram que a usam de segunda a sexta,
28% (103 de 354) todos os dias e 28% (107 de 354) somente aos finais de semana. Para
essa questão, 33 entrevistados se abstiveram da resposta, ( ver Gráfico 8).
Gráfico 8 – Anápolis/GO: Dados relativos à freqüência dos entrevistados no local da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009)
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Essa análise quantitativa sobre praça requer o reconhecimento do fenômeno social, numa
articulação de tempos. O processo histórico de formação da cidade é feito no cruzamento
dos fatos passados com a realidade atual. Neste contexto, a praça é apreendida a partir da
simultaneidade e coexistência de tempos. À medida que a cidade é a base para a
reprodução da vida em funções: econômica, política, social, cultural e outros, no interior
dos lugares que a formam, é possível vislumbrar os movimentos que privilegiam a
heterogeneidade, expressos na forma do urbano, nos lugares de reunião. A Praça Bom
Jesus representa bem essa afirmativa. A sua freqüência diuturna a coloca como marco de
representatividade coletiva para a cidade de Anápolis.
3.3 Opinião sobre as condições da Praça Bom Jesus
a) Situação atual da Praça Bom Jesus
No entanto, compreende-se que é visível a negativização que se faz à praça, sobretudo as
situadas em centros urbanos de cidades médias e grandes, agravando-se nas metrópoles. A
praça nas falas cotidianas sempre se vincula ao espaço da exclusão é vista como espaço
receptor de “meliantes”, “contraventores”, ou mesmo como locus que colabora para o
aumento da violência, prostituição. Outra imagem a associa como local eminentemente de
passagem, circulação e comércio informal. A reforma geralmente se apresenta como uma
intervenção que contribui para a transformação do ambiente descrito. Sabe-se que a
racionalização do espaço urbano via as ações urbanísticas, se faz com conflitos, mediante
os interesses do poder público, sociedade civil e os comerciantes envolvidos, situação essa
que requer ampla discussão dos ideários urbanísticos previstos para a praça em questão.
Tal fato pode ser observado quando a opinião sobre a conservação da Praça reitera um
abandono do poder públicos 77% das pessoas entrevistadas consideram a praça mal
cuidada, 9% declaram que a praça está bem cuidada e 14% não tem opinião formada (ver
Gráfico 9).
12
Gráfico 9 – Anápolis/GO: Sobre a conservação da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva(2009), Pena (2009)
b) Os elementos que compõem o espaço da Praça Bom Jesus
Das pessoas entrevistadas, 50% desejam que o antigo prédio do fórum se torne um
museu. Já 45% consideram que o prédio deve ser destinado a um Espaço cultural, e 5%
opinaram por outro tipo de ocupação para o referido prédio (Gráfico 10).
Gráfico 10 – Anápolis/GO: Destino do prédio do antigo Fórum, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009)
13
3.4 A necessidade de reforma da Praça Bom Jesus
Quando questionados sobre a necessidade de reforma da Praça Bom Jesus, 98%
responderam “sim”, ou seja, manifestaram-se a favor da realização de reforma na Praça
(ver Gráfico 11). O que expressa a importância de intervenção no local, assim, garantindo
uma maior acessibilidade e a efetiva apropriação por parte dos moradores deste espaço em
particular.
Gráfico 11 – Anápolis/GO: Opinião dos entrevistados sobre a reforma da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Em caso de reforma, os elementos que devem permanecer na praça, segundo a opinião dos
entrevistados, seriam: arborização, fonte luminosa, posto policial, ponto de ônibus, bancas
de revistas e estacionamento publico (Gráfico 12).
14
Gráfico 12 – Anápolis/GO: Resultados sobre a permanência dos equipamentos e instalações na Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Dentre os elementos que devem ser retirados, em caso de reforma, os mais votados foram:
camelôs, comércio ambulante, estacionamento público, comércio dentro da praça, pontos
de táxi (Gráfico 13).
Gráfico 13 – Anápolis/GO: Elementos indicados para remoção da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
15
Dos entrevistados, 92% apontam que na praça não há condições para acessibilidade de
pessoas com necessidades especiais, 8% acreditam que a praça tem estrutura própria para
acessibilidade para pessoas com necessidades especiais (Gráfico 14).
Gráfico 14 – Anápolis/GO: Dados relativos à acessibilidade para portadores de necessidades especiais, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva(2009), Pena (2009).
16
4. Olhares dos comerciantes sobre a Praça B. Jesus e suas adjacências.
4.1 Perfil dos entrevistados
a) Sexo e Faixa Etária
Foram entrevistados 247 comerciantes, sendo: 127 femininos com 52% e 118 masculinos,
48% do total. É notável o equilíbrio na quantidade de homens e mulheres que trabalham
como comerciantes na própria praça e em suas proximidades com apenas 04% a mais de
mulheres (Gráfico 15).
Gráfico 15 – Anápolis/GO: Perfil dos entrevistados segundo o sexo, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
O gráfico 16 mostra a faixa etária dos comerciantes entrevistados, a maioria é composta
por pessoas com idade compreendida entre de 20 a 59 anos, ou seja, 73% de adultos e 17%
de jovens, até 19 anos e com apenas 10% de idosos, acima de 60 anos.
Gráfico 16 – Anápolis/GO: Perfil dos entrevistados segundo a faixa etária, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
17
17%
74%
9%
Jovens
Adultos
Idosos
52%48% Feminino
Masculino
b) Local de residência dos entrevistados
A maioria desses comerciantes, ou seja, 97% são residentes da cidade de Anápolis o que
proporciona para pesquisa uma maior valorização no que se refere à opinião do próprio
cidadão e comerciante anapolino em sua esfera de trabalho. Apenas 03% residem fora da
cidade. (Gráfico 17).
Gráfico 17 – Anápolis/GO: Perfil dos entrevistados segundo a residência, 2009.
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
4.2. Percepção sobre a relevância da Praça Bom Jesus
A maioria a dos comerciantes, 97% (Gráfico 18) consideram a Praça B. Jesus de grande
importância para a cidade, e 03% não a vê com importância. Para essa maioria a praça é a
principal ou talvez o único local de sua fonte de renda. Também a vê como um grande
centro de movimentação de pessoas de todos os bairros e do centro que circulam no local e
exercem suas atividades de trabalho e lazer.
18
97%
3%
Sim Não
Gráfico 18 – Anápolis/GO: Opinião dos entrevistados sobre a importância da praça, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009) Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009)
Por considerarem a Praça Bom Jesus de grande importância para a cidade, 95% dos
comerciantes entrevistados acreditam que a mesma deve ser reformada e receber uma
maior atenção e zelo por parte da Prefeitura Municipal.Apenas 5% descordam dessa
opinião (Gráfico 19).
Gráfico 19 – Anápolis/GO: Sobre a reforma da Praça Bom Jesus, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009.)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Por sua vez, 86% dos comerciantes se sentem valorizados pela utilização da praça e a vê
como o seu referencial. Os outros 14% a vê negativamente para seu comércio (Gráfico 20)
e se sentem marginalizados pelo tamanho da mesma e por isso seus negócios não
prosperam no local.
19
97%
3%
Sim Não
95%
5%
Sim
Não
Gráfico 20 – Anápolis/GO: A presença da praça na valorização da atividade comercial, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Conforme os dados abaixo, torna-se evidente a insatisfação dos comerciantes para com os
ambulantes e os “camelôs”, pois foram os menos votados nos quesitos elementos que
deverão permanecer na praça em caso de reforma, e os mais votados nos que deverão sair.
(Quadro 1). Tal contundência no anseio da retirada desses elementos se deve,
evidentemente, a uma relação de interesses econômicos na medida em que o comércio
informal significa uma alternativa no atendimento das necessidades dos consumidores,
usuários, ou não, da Praça Bom Jesus.
20
86%
14%
sim
não
Arborização
Fonte luminosa
Iluminação
Sanitários público
Ponto de taxi
Ponto de ônibus
Bancos
Posto policial
Estacionamento Público
Banca de Revistas
Comercio Fixo
Comercio ambulante
Lanchonete
Comércio …
222223
205199197
204208
220143
18791
61174
44
Quadro 1 – Anápolis/GO: Perfil dos entrevistados segundo o sexo, 2009. Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Abaixo segue os gráficos compostos pelos dados revelados na tabela anterior.
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Itens Votos a favor da preservação
Votos a favor da retirada
Arborização 222 3Fonte Luminosa 223 3Iluminação 205 0Sanitários Públicos 199 19Ponto de Táxi 197 32Ponto de Ônibus 204 14Bancos 208 4Posto Policial 220 12Estacionamento Público
143 94
Banca de Revistas 187 38Comércio Fixo 91 113Comércio Ambulante 61 150Lanchonete 174 61Camelôs 44 176
Gráfico 21– Anápolis/GO: Elementos que devem permanecer na praça em caso de reforma na opinião dos comerciantes, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
arborização
fonte luminosa
iluminação
sanitários público
ponto de taxi
ponto de ônibus
bancos
posto policial
estacionamento público
banca de revistas
comercio fixo dentro …
Comercio ambulante
lanchonete
Comércio …
3
3
0
19
32
14
4
12
84
38
113
150
61
176
Gráfico 22 – Anápolis/GO: Elementos que devem ser retirados da praça em caso de reforma segundo os comerciantes, 2009.
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
22
5 Entrevistados via internet
O presente diagnóstico concerne à terceira etapa desta pesquisa. Consistiu na disponibilidade de questionário via página da internet <http://www.admunucseh.ueg.br/projetopraca_anapolis/formulario_questionario>.
5.1 Perfil dos entrevistados
a) Sexo e faixa etária
Acompanhando os questionários dirigidos aos transeuntes da Praça Bom Jesus, é o sexo
masculino que predomina nas declarações encaminhadas via internet. Ainda que o sexo
masculino configure-se majoritariamente, 55% (180 de 330) não podemos desconsiderar os
45% (150 de 330), ou seja, quase metade dos respondentes pela internet, é do sexo
feminino. (Gráfico 1).
45%
55%
Feminino
Mascu lino
Gráfico 23 – Anápolis/GO: Quantitativo de respostas por sexo.
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Do mesmo modo, pela faixa etária (Gráfico 2), o diagnóstico que temos pela pesquisa
aplicada via internet, revela a mesma constatação da pesquisa corpo à corpo. A maioria,
88% (290 de 330), dos respondentes é de adultos, enquanto que 12% (40 de 330) é de
idosos. Ainda que a Praça Bom Jesus se caracterize pelo seu veio comercial, como
23
aglutinadora de pessoas no espaço central da cidade, não se pode desconsiderar a
importância que vem tomando a população referente a faixa etária acima de 60 anos. Tal
importância é conclamada pelos novos arranjos familiares no seio das abissais
transformações sociais, culturais, políticas e econômicas pós década de 1970. Hoje, é
notória a representatividade estatística das pessoas com 60 anos ou mais, mesmo em países
em via de desenvolvimento, como é o caso brasileiro. É preciso, pois, na esteira das
conquistas dos indivíduos em melhor idade, o acesso facilitado a áreas de lazer, nas quais
possam estabelecer níveis de sociabilidade entre os pares. Anápolis não foge a regra, sua
população acima de 60 anos perfaz, segundo o IBGE, aproximadamente 7,2% do total de
habitantes.
Gráfico 24 – Anápolis/GO: Quantitativo de respostas por faixa etária, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
b) Local de residência dos entrevistados
Responderam às perguntas ali dispostas, 330 pessoas de diversos bairros da cidade de
Anápolis. (Gráfico 24) Os 330 participantes afirmaram que mantêm residência na cidade.
A internet consistiu num eficaz instrumento para a pesquisa que propomos, na medida em
que obtivemos respostas de pessoas de bairros consideravelmente distantes uns dos outros,
de tal sorte que permitiu à requerida abrangência da pesquisa, apontando, ademais, a
importância representada pela Praça Bom Jesus para a população anapolina. Não por
24
coincidência, o maior número de respondentes ao questionário foi de moradores do centro
da cidade, onde se localiza a Praça Bom Jesus. Outra observação de interesse é a
ocorrência de respondentes pela internet provenientes de bairros periféricos da cidade, nos
quais a renda média de sua população é inferior, por exemplo, a renda média dos
moradores da área central. Uma importante reflexão: a representação dessa praça para
moradores da cidade, independentemente dos bairros nos quais residem.
0102030405060
quantidade
Gráfico 25 – Anápolis/GO: Quantitativo de respostas por local de residência, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009). Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
5.2 Características da freqüência no local
Tomamos esse item da pesquisa numa perspectiva qualitativa, destinado á apontamentos
acerca do que os respondentes informaram sobre a importância da Praça Bom Jesus. Algumas
respostas são bastante alusivas, na medida em que coerentes com a proposta de Acupuntura
Urbana, visando sobremaneira o aspecto social, valorizando o diferencial no âmbito do vivido.
Três eixos norteiam a totalidade das opiniões manifestas acerca da Praça Bom Jesus nessa
pesquisa: seu caráter histórico, sua dimensão do uso como espaço de sociabilidade e lazer e a
25
centralidade que ocupa em Anápolis. Os anseios da população, concordamos, tratam-se do que
deve ser levado em consideração numa primeira estância nessa proposta de diagnóstico. A
Praça Bom Jesus, pela sua localização central, pelo seu caráter tradicional de espaço
citadino, converge uma multiplicidade de encontros, à maneira das plazzas medievais. Ali,
as pessoas negociam, exercem a religiosidade, seja no cumprimento do “em nome do pai”
ou no estabelecimento de um espaço de debate religioso ou mesmo temas outros de
diversas matizes. “Usos da vida cotidiana”; “Representa um grande marco histórico na
vida do Município”; “É o centro da cidade”. Estas três frases foram, por nós, recebidas
nessa pesquisa. Sintetizam, evidentemente, o histórico, o social e o econômico que a Praça
representa. É preciso, indubitavelmente, considerá-los como vetores, quaisquer sejam as
políticas públicas adotadas numa proposta de alteração daquele espaço.
5.3 Opinião sobre as condições da Praça Bom Jesus
a) Situação atual da Praça Bom Jesus
Acompanhando a pesquisa corpo a corpo, considerável número de pessoas revelam
concordância com a reforma da Praça Bom Jesus. Para a pesquisa via internet, 97% (320
de 330) responderam afirmativamente, enquanto que apenas 3% (10 de 330) discordam
dessa reforma. A adesão a uma proposta de alteração daquele espaço por tantos anapolinos
denota, além da importância representada pela praça (100% dos entrevistados), a
incoerência da atual perspectiva do espaço no atendimento de necessidades que surgem a
partir de novas definições da cotidianidade. Uma proposta de acupuntura urbana assegura-
se nessa premissa, a valorização do diferencial, conferindo condições igualitárias de acesso
das pessoas aos espaços públicos. Essa questão vai ao encontro daquela contemplada no
questionário corpo a corpo que trata do cuidado da Praça Bom Jesus por parte do poder
público. Na medida em que a maioria dos entrevistados, 77% (298 de 387) consideram que
a Praça tem sido mal cuidada, significa que é viável alguma proposta de alteração do
espaço, sendo que o presente diagnóstico visa à obtenção de quais são esses anseios a fim
de que essa proposta não seja destoada da realidade dos anapolinos. Podemos, a partir
desses dados dimensionar o papel que cumpre a Praça Bom Jesus na cidade de Anápolis.
Primeiro, pela manifestação de opiniões de pessoas dos mais diversos bairros e segundo
26
pelos motivos que os próprios usuários destacaram a relevância da Praça no contexto
urbano.
Gráfico 26 – Anápolis/GO: Quantitativo de respostas que acham que a praça deve ser reformada,2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009).
Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Gráfico27 – Anápolis/GO: Quantitativo de respostas por importância da Praça, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009) Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009)
27
3%
97%
não sim
100%
quantidade
b) Os elementos que compõem o espaço da Praça Bom Jesus
Numa ordem de importância, os 330 entrevistados pela pesquisa empreendida a
partir da internet, manifestaram que os seguintes elementos devem permanecer na Praça
Bom Jesus: arborização; fonte luminosa; bancos; posto policial; iluminação; banca de
revistas; ponto de ônibus; sanitários públicos; ponto de táxi e estacionamento público.
Podemos notar que a arborização representa um aspecto crucial na opinião dos nossos
entrevistados, posto que considerado, em unanimidade, elemento que deve ser mantido na
praça, haja vista que nenhum dos entrevistados manifestou-se favorável quanto sua
retirada. Elementos como fonte luminosa, iluminação e sanitários públicos devem ser
mantidos na opinião dos entrevistados, o que denota a predominância de equipamentos
cuja essencialidade é maior para uma Praça, a despeito de elementos como banca de
revistas.
0
5
10
15
20
25
30
Gráfico 28 – Anápolis/GO: Elementos que devem ser mantidos na Praça, 2009 Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009)Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
28
0
5
10
15
20
25
Gráfico 29 – Anápolis/GO: Elementos que devem ser retirados da Praça, 2009
Fonte: Pesquisa de opinião pública: Olhares sobre a Praça Bom Jesus (2009) Organização: Vieira Silva (2009), Pena (2009).
Numa ordem de importância, os 330 entrevistados pela pesquisa empreendida a partir da
internet, manifestaram que os seguintes elementos devem ser retirados da Praça Bom
Jesus: estacionamento público; ponto de táxi; ponto de ônibus; sanitários públicos; banca
de revista; posto policial; iluminação; bancos e fonte luminosa. É pertinente observar que o
elemento arborização não aparece nesse item da pesquisa (como informado na análise
precedente). Significa, pois, sua essencialidade, dada à imprescindibilidade das árvores na
paisagem do lugar, sobremaneira na contemporaneidade, momento no qual está em voga o
discurso de proteção e valorização do meio ambiente. Podemos, ainda, notar que, ao
interseccionar ao presente item àquele que o antecede, elementos como fonte luminosa,
iluminação e sanitários públicos perfilam dentre os que devem ser retirados. Conclui-se
que há certo aspecto contraditório entre ambos os itens, do que tendemos a afirmar que é
complexa a escolha entre o que deve ser mantido e o que deve ser retirado da praça. Ainda
assim, podemos chegar a consideração de que o espaço da praça encontra-se obstruído em
virtude da presença do exacerbado quantitativo de automóveis referentes ao
estacionamento, os pontos de táxi e de ônibus. Somos levados a essa conclusão pelo que
aponta questionamento pertinente aos elementos a serem retirados da praça, assim
manifestos pelos seus usuários.
29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSIÇÕES
Receptores de diversos usos, as praças configuram-se enquanto espaços fundamentais para
o exercício do modo de vida urbano. Teias de sociabilidade conformam para determinado
modo de vida. Assim é o urbano e assim são as praças naquilo que a elas conferem
determinada projeção social. Tratamos, aqui, dos múltiplos aspectos a serem considerados
quando da apreensão da natureza do espaço público na modernidade. Espaço do encontro
fortuito, da negociação ainda que informal, da reunião familiar aos finais de semana, da
manifestação religiosa materializada de variadas formas. Ademais, espaço da memória, no
qual o passado deixou impressas suas marcas, seja pelas formas de negociação que ali
ocorriam, pela devoção ao sagrado ou mesmo pelos arranjos de interesses afetivos.
Estamos convencidos de que esses fatores devem ser levados em consideração numa
proposta de intervenção do espaço ensejada pela valorização do diferencial e, portanto,
calcada a partir das manifestações daqueles que, de fato, reconhecem a importância da
praça, seus usuários. Acerca desses fatores, podemos resumi-los em três eixos: o histórico,
o econômico e o social. Uma proposta de Acupuntura Urbana, na medida em que primada
pelo eixo social visa, sobretudo, a garantia de condições igualitárias de acesso e desfrute
por parte dos usuários do espaço. Devemos, todavia, reconhecer que tarefa de tal ordem
não é fácil na medida em que significa uma adequação do nível sócio-histórico da praça ao
econômico por ela encetado. Noutras palavras, consiste em transformar o espaço
dimensionando os benefícios sociais pari passu os custos econômicos provenientes do
abandono de determinadas atividades ali desenvolvidas, tais como o estacionamento e o
serviço de táxi. Foram esses, somado ao fluxo de ônibus decorrentes do ponto ali
localizado, os elementos primordiais a serem retirados numa perspectiva de consulta
popular empreendida pela presente pesquisa.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GOMES, Paulo César da Costa. A condição Urbana Rio de Janeiro, Bertrand, 2002.
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ZANCHETI, Sílvio Mendes. A revitalização de áreas Históricas como estratégia de desenvolvimento local: avaliação do caso do bairro do Recife. Revista econômica do nordeste. Fortaleza, 1999.
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