RELATÓRIO FINAL LEANDRO RIOS RODRIGUES (2)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS CAMPUS ITUMBIARA ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA EMPRESA LCP ENGENHARIA INDUSTRIAL Relatório de Estágio Curricular, realizado por LEANDRO RIOS RODRIGUES, na empresa LCP ENGENHARIA INDUSTRIAL, como requisito para obtenção do certificado do curso técnico em Eletrotécnica.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁSCAMPUS ITUMBIARA

ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA EMPRESA LCP ENGENHARIA INDUSTRIAL

Relatório de Estágio Curricular, realizado por LEANDRO RIOS RODRIGUES, na empresa LCP ENGENHARIA INDUSTRIAL, como requisito para obtenção do certificado do curso técnico em Eletrotécnica.

ITUMBIARA – GO

2011

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IDENTIFICAÇÃO

1. Identificação do aluno

Nome do aluno: Leandro Rios Rodrigues Matricula: 20092D002018

Curso: Técnico em Eletrotécnica

Endereço: Rua Guarani / Nº 62 / Setor Rodoviário

CEP: 75516-030 Itumbiara/GO

Telefone Rec.: (64) 3430-4003

Telefone Celular: (64) 9237-6433

Período: 4º Semestre concluído

Prof. orientador: Rui

Término: 2011/1

2. Identificação da empresa

Empresa: LCP Engenharia Industrial

CNPJ: 10.683.948/0001-42

Endereço: Av. Modesto de Carvalho, 3450, Itumbiara – GO , CEP:

75536-10

Telefone/Fax: (64) 3432-0999

Supervisor estágio: Daniel

Site: www.lcpengenharia.com

3. Informações do estágio

Local de realização do estágio: Setor Elétrico

Período de realização do estágio: 06/04/11 a 07/07/11

Carga horária cumprida: 400 horas

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Profissional e Profissionalizante

”Ser profissional exige fazer o que gosta da melhor forma possível e sentir prazer no que faz, não exige que seja uma profissão que dê milhões, só exige fazer o que gosta.Ser profissionalizante exige fazer qualquer curso, exige fazer qualquer escolha visando ganhar milhões.Ser profissionalizante é o mesmo que fazer qualquer coisa com o risco de um dia se apaixonar.Ser profissional é fazer já estando apaixonado pela profissão que escolheu.Entre as duas escolhas opte pela ser profissional seja apaixonado, coloque seu coração a cada escolha tomada que sempre será a melhor escolha”.

AGRADECIMENTOS

Dedico este relatório primeiramente a Deus e as pessoas que sempre me apoiaram, me

incentivaram e que foram viabilizadoras de todos meus bens intelectuais, morais, espirituais e

materiais, e principalmente da minha inserção no mundo da eletricidade, pelo qual me apaixonei.

Agradeço também aos grandes intelectuais, homens da Ciência, que deram início a tudo que existe

no mundo atual, fruto de muito trabalho e persistência, os quais deixaram o pensamento de que, a

ciência é um inesgotável campo de pesquisa, sempre teremos que trabalhar buscando melhorar e

aperfeiçoar processos para uma melhor qualidade de vida. Agradeço também as pessoas que

contribuíram para essa formação, como professores, coordenadores, amigos de curso, à empresa

LCP ENGENHARIA INDUSTRIAL e a PIONEER SEMENTES DA UNIDADE DE ITUMBIARA-GO.

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SUMÁRIO

1- Introdução 6

2- Objetivo 6

2.1-Objetivo Geral 6

2.2-Objetivos específicos 6

3- Descrição da empresa 7

4- Descrição das atividades 8

4.1- Abertura de O.S 8

4.2- Manutenção e montagem em painéis elétrico 9

4.2.1- Corretiva 9

4.2.2- Preventiva 10

4.2.3- Preditiva 11

4.2.4- Montagem 12

4.3- Manutenções em motores 14

4.3.1-Corretiva 14

4.3.2- Preventiva 15

4.3.3 – Preditiva 16

4.4- Manutenção predial 17

4.5 – Oficina Elétrica 17

4.6- Equipamentos de alta potência 18

4.6.1 – Fator de Potência 21

4.6.2- Causas de baixo fator de potência 22

4.6.3- Conseqüências de um baixo fator de potência 22

4.6.4- Maneira de Corrigir o baixo fator de potência 22

5- Bancos de capacitores 22

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6- Conclusão 24

ÍNDICE DE IMAGENS

Figura 1. Ferramentas usadas da montagem dos equipamentos elétricos 9

Figura 2. CCM- Manutenção Corretiva nos Painéis 10

Figura 3. Troca de Contatores Sofstartes 11

Figura 4. Troca de Contatores 11

Figura 5. Manutenção Preditiva em painéis elétricos 12

Figura 6. Painel montado pelo próprio aluno 13

Figura 7. Capacitores e Autotransformadores 13

Figura 8. Painéis 14

Figura 9. Estoque de Motores 15

Figura 10. Fábrica Parada para Manutenção Preventiva 15

Figura 11. Desenho representativo da análise de vibração 17

Figura 12. Oficina Elétrica 19

Figura 13. Escritório setor elétrico 19

Figura 14. Transformadores 380/13800 V conectados ao gerador 20

Figura 15. Gerador 20

Figura 16. Banco de baterias 21

Figura 17. Transformador responsável por um setor da fábrica 22

Figura 18. Banco de capacitores 23

Figura 19. Banco de capacitores automático 23

Figura 20. Exemplo de Banco de Capacitores Automático 24

Figura 21. Exemplo de Banco de Capacitores Semi-Automático 25

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1-INTRODUÇÃO

O curso Técnico Subseqüente em Eletrotécnica, ministrado no Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), exige em sua estrutura curricular um período

determinado de horas dedicadas exclusivamente para as atividades desenvolvidas pelo aluno

no seu período de estágio. O estágio curricular obrigatório tem por finalidade de estabelecer

contato do aluno com sua futura área de atuação, colocando em prática toda a matéria

lecionada em sala de aula.

Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados dados históricos e as atividades da empresa, como Executar a manutenção elétrica preventiva e corretiva em motores, máquinas, equipamentos e instalações de produção, de forma a mantê-los em perfeitas condições de uso.

Finalmente, será abordada a importância do conhecimento teórico e os dados que permitiram a elaboração deste estágio, sendo que estes dados foram reforçados com informações internas da empresa.

Após o término das 400 horas de atividades obrigatórias e tendo completado as atividades propostas pela empresa e devido à qualidade da mão de obra do estagiário, o mesmo foi contratado em definitivo.

2-OBJETIVOS

2.1 – OBJETIVO GERAL

Permitir ao leitor identificar e avaliar as atividades desenvolvidas pelo estagiário na empresa

oncedente, mostrando todos os pontos de vista e argumentos em relação ao seu desempenho e

criatividade.

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Mostrar detalhadamente as atividades desenvolvidas pelo estagiário respeitando e adotando

os procedimentos estabelecidos pela empresa para identificação do problema e sua imediata

correção, visando ao estagiário ajudar solucionar o ocorrido permitindo analisar sua através

do seu ponto de vista e fazer a comparação com a matéria estudada em sala de aula.

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Identificar as falhas nos processos e planos de manutenção da empresa permitindo ao aluno

demonstrar seu potencial oferecendo sugestões baseadas em novas idéias desenvolvidas pelo

mesmo, ajudando o próprio, no crescimento da empresa durante seu processo de avaliação.

Demonstrar as diferentes áreas em que a empresa concedente atua dentro e fora da cidade,

expondo seu histórico com suas políticas, parcerias, trajetória e sua organização que foram

pesquisadas durante o tempo destinado ao estagiário.

Oferecer informações sobre situações vivenciadas pelo estagiário no qual o futuro técnico

em eletrotécnica irá presenciar durante toda sua carreira dentro da empresa.

3-DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A empresa na qual o estágio supervisionado foi realizado, teve seu surgimento em maio de

2009 no sul do estado de Goiás, especificadamente em Itumbiara com o primeiro nome de

Penha Engenharia Ltda, passando em Janeiro de 2011, para LCP Engenharia Industrial. É

uma empresa privada 100% brasileira com forte atuação no setor de energia elétrica e

mecânica, podendo atuar em todo o território nacional.

A LCP Engenharia atua como prestadora de serviços na parte de Manutenção preventiva,

preditiva, corretiva, montagem nas unidades da empresa Pioneer sementes S/A de Itumbiara-

Go e de Formosa-Go .

Os serviços prestados por esta empresa são resultados de experiências, dedicação e abrange

na parte de segurança, com os seu colaboradores e até mesmo com os seus clientes .

A empresa conta atualmente com funcionários distribuídos por: Departamento de

Engenharia, Vendas, Administrativo-Financeiro.

Os setores acima são assim subdivididos:

ENGENHARIA

Departamento de Engenharia (abrange setor de projetos);

Estudo e elaboração de contratos de energia;

Fornecimento de relatórios técnicos de medição de qualidade de energia;

Assessoria técnica para instalação de equipamentos.

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VENDAS

Responsável por comercialização e exposição do produto para revendedores e clientes.

ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO

Setor responsável pelos recursos humanos e pelo gerenciamento das finanças da empresa.

ALMOXARIFADO

Depósito e armazenamento de todos os produtos usados no processo de montagem.

4 - DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES

Na empresa onde o estágio foi realizado, o horário de em que se iniciam as atividades

começa ás 7h40min e se encerra ás 17h00min com 1 hora de almoço, compreendendo 8 horas

diárias, porém, o estagiário realizava apenas 6 horas por dia de atividades. Nisso o estagiário

acompanha todos os eletricistas responsáveis pela montagem de equipamentos elétricos.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) utilizados na empresa:

- Capacete;

- Protetor auricular;

- Óculos de proteção;

- Máscara;

- Bota de proteção (couro);

- Roupa Anti-chama;

4.1- Abertura de O.S

Para ter controle e para fins administrativos, a empresa trabalha com um documento

chamado Ordem de Serviço (OS), essas OS’s servem para indicar aos montadores, quais as

características do equipamento a ser produzido.

Durante o estágio eram desenvolvidas atividades supervisionadas, no qual se desempenhava

a função demontador de equipamentos elétricos fazendo o uso de ferramentas como alicates,

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chaves de fenda, multímetros, furadeiras, enfim, tudo o que fosse necessário no processo de

montagem.

No desenvolver de todo o período de estágio sempre se desenvolviam atividades

obedecendo a normas nacionais como a ABNT e suas NBR’s e internacionais como a IEC,

além de sempre obedecer rigorosamente os termos da NR-10 ( Segurança em instalações e

serviços em eletricidade ).

No apêndice A, é possível ver algumas ferramentas utilizadas pelo aluno em seu período de

estágio.

Figura 1- Ferramentas usadas da montagem dos equipamentos elétricos

4.2 - Manutenção e montagem em painéis elétricos:

4.2.1 - Corretiva:

Quando é detectada alguma falha em algum equipamento elétrico, é feito uma análise do

problema para saber como atuar e onde efetuar a manutenção. Muitas vezes esses defeitos

estão situados na parte de comando do equipamento, dentro de um Centro de Controle de

Motores - CCM (conforme figura 2) correspondente daquele setor, podendo ser uma proteção

que atuou ou o próprio equipamento de comando (contatores, relés, disjuntores...) que está

com defeito.

A manutenção corretiva nessa situação é simples, o eletricista responsável pelo serviço

detecta o aparelho com defeito e efetua a troca imediatamente. Caso o material não esteja

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disponível no almoxarifado a empresa pede o produto na cidade com urgência ou não,

dependendo da situação do problema e das condições de operação do setor.

Figura 2- CCM - Manutenção corretiva nos painéis

4.2.2 - Preventiva:

Na preventiva os eletricistas trocam os equipamentos antes que eles estraguem, porque no

decorrer das inspeções são observados defeitos que podem comprometer o correto

funcionamento do equipamento como ruídos estranhos e pedaços físicos quebrados, esses

equipamentos são trocados e guardados no depósito para que caso ocorra algum problema e

não houver uma peça nova no estoque, usa-se a antiga até adquirir uma nova.

Junto com essa manutenção está a troca de contatores por softstarters (figura 3), pois o

funcionamento de um soft é melhor que de um contator porque há uma tecnologia mais

avançada e é mais fácil de ser instalada e reparada em uma possível manutenção corretiva.

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Figura 3. Troca de contatores por softstarters

Nesta manutenção também é feita o reaperto dos parafusos dos equipamentos que compõe a

cabine com os painéis para melhorar o funcionamento e evitar pontos quentes

Figura 4. Troca de Contatores

4.2.3 - Preditiva:

Ao menos uma vez a cada 30 dias é feito uma inspeção de rotina pelos próprios funcionários

eletricistas nos painéis elétricos, como pode ser visto na figura 5. Essa manutenção é feita por

aparelhos que medem temperatura. O equipamento é apontado para os painéis para que a

leitura de temperatura seja feita.

Duas vezes por ano uma equipe terceirizada fica responsável pela visão térmica dos painéis,

esta visão nos permite observar os pontos quentes da instalação e efetuar os devidos reparos.

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Figura 5. Manutenção Preditiva em painéis elétricos

No geral ocorrem mais manutenções preventivas do que corretivas, pois é uma meta

estabelecida pela empresa. Os estagiários acompanham todas essas manutenções e dependo

do seu grau de conhecimento e da confiança do encarregado ele pode atuar no painel sozinho,

isto é, pode efetuar o serviço enquanto o eletricista o acompanha.

4.2.4 - Montagem:

Qualquer um do setor elétrico é apto a montar um painel elétrico e quando isso ocorre o

estagiário pode acompanhar a montagem e aproveitar para praticar esse tipo de atividade. A

empresa sempre precisa de painéis novos, seja para substituição ou instalação de outras

máquinas elétricas, nisso o responsável pelo serviço começa a trabalhar junto com um

ajudante que lhe oferece serviços desde a parte de desenho do comando até a modelagem e

manipulação da estrutura. Se não for de muita urgência o estagiário pode pedir permissão e

montar ele mesmo.

Durante o estágio foi montado um painel para partir um motor situado fora da fabrica que

iria alimentar um compressor para suprir as linhas de ar comprimido da empresa (figura 6).

Com a oportunidade em mãos o painel foi montado e instalado corretamente assimilando

realmente a teoria vista no curso com a prática ensinada no estágio.

Quando se trata de um painel muito grande, como um CCM, por exemplo, a empresa

terceiriza este serviço, pois é analisado a complexibilidade do serviço e determinado que a

compra do painel montado é mais lucrativo do que montar um dentro da empresa.

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Figura 6. Painel montado pelo próprio aluno

O estagiário também tem permissão de trocar alguns equipamentos dos painéis como, por

exemplo, a troca de fusíveis por disjuntores, devido a sua praticidade e estética. Esses fusíveis

pertencem ao comando das máquinas e são trocados por disjuntores de seis Ampéres (6A).

Grande parte dos motores da fábrica são interligados através de intertravamentos e

bloqueios para não permitir o acionamento das máquinas que estão ligadas seqüencialmente.

Esta medida é de grande ajuda, pois todos os transportes das sementes são feitas através de

roscas e fitas (esteiras), que devem parar na medida em que as outras param também, para que

não haja estragos e sobrecargas nos equipamentos que estão na seqüência, geralmente nas

roscas elevadoras que podem causar o embuchamentos das máquinas anteriores.

Os bancos de capacitores são instalados em baixo da cabine do CCM para ocupar menos

espaço e reduzir a quantidade de equipamentos dentro do armário, evitando acúmulo

desnecessário e aquecimento. Diferentemente do autotransformador usado para partida

compensadora que são instaladas em paralelo com o próprio comando.(Ver figuras 7 e 8).

Figura 7. Capacitores e Autotransformadores

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Figura 8. Painéis

4.3 - Manutenção em motores:

4.3.1 - Corretiva:

As paradas programadas necessitam de OS para certificar e oficializar o serviço realizado

dentro daquele setor. O estagiário pode sempre acompanhar essas manutenções e na medida

do possível realizá-las com êxito dependendo da gravidade da situação. O diagnostico dado

pelo encarregado em relação ao defeito da máquina determina se há ou não urgência no reparo

do equipamento, caso não haja, o estagiário pode atuar no concerto da máquina, pois a falta de

prática atrapalha no tempo de desenvolvimento do trabalho, situação que pode ir mudando

com o tempo de serviço.

A empresa tem uma área designada especialmente para armazenar os motores reserva que

substituem os que estão com defeito para serem transportados para fora da indústria, veja a

figura 9. Esses motores que são levados para fora geralmente estão queimados e precisam de

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uma nova bobina. Esse tipo de manutenção é mais barata do que comprar um motor novo,

principalmente se o motor for de grande porte (alta potência).

Figura 9. Estoque de motores

Todos os motores do estoque estão em bom estado de conservação e prontos para serem

usados. Neste setor possui motores desde ¼ cv até 75 cv com diferentes velocidades e

tamanhos físicos.

4.3.2 - Preventiva:

Geralmente na Indústria Pioneer, tem uma parada de 2 meses, é o período para realizar as

manutenções preventivas das principais máquinas dos setores. Os motores são analisados com

antecedência, para quando chegar o dia da manutenção a relação de motores já deverá estar

pronta.

A manutenção realizada nesta parada é para a troca de rolamento e aperto de parafusos (Ver

figura 10). A troca de rolamento é de suma importância, pois é um aparelho que pode

interferir na vida útil do motor onde um rolamento deteriorado gera deformações no eixo do

rotor e fechamento de curto entre o rotor e o estator da máquina.

Figura 10. Fábrica parada para manutenção preventiva

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O estagiário também acompanha estes tipos de serviços e é geralmente os dias em que todos

da manutenção mais trabalham, porque é um período muito pequeno para reparar tantas

máquinas de vários setores, nisso a equipe precisa do máximo de ajuda possível para não

deixar nenhuma pendência . Muitas das vezes a equipe não consegue realizar todo o serviço

porque as máquinas são muitas e durante esse intervalo de tempo, de parada à parada, gerando

assim um alto índice de máquinas para reparar.

Lembrando que essa manutenção é feita antes que a máquina dê defeito, pois o próprio

nome diz: manutenção preventiva, estão evitando transtornos futuros com defeitos maiores a

ponto de ter que paralisar a produção por causa de estragos provenientes de máquinas sem

reparos.

4.3.3 - Preditiva:

Como já foi dito no tópico 4.2.3., há uma empresa que faz a análise dos equipamentos

elétricos através da visão térmica realizados por aparelhos que emitem raios infravermelhos

que captam os pontos quentes dos materiais analisados. Os motores também são

inspecionados por este equipamento.

Existe outra empresa que faz o controle dos motores de maneira mais intensiva, pois

enquanto uma visita a empresa a cada 180 dias esta vista a cada 30 dias para realizar o serviço

de ANÁLISE DE VIBRAÇÃO (Ver figura 11). Esta empresa chama-se Meta Engenharia que

faz a coleta e análise dos equipamentos mais caros e mais importantes da indústria, ele mede a

vibração dos mancais, redutores e dos rolamentos dos MOTORES ELÉTRICOS.

Hoje são cadastrados pouco mais de 100 equipamentos para inspeção, dentre eles estão

motores de grande porte que merecem atenção diferenciada dos outros motores, pois o seu

custo benefício é caro, caso ele chegue a queimar. A cada análise é entregue um relatório de

manutenção preditiva indicando os principais aparelhos para correção. A vibração prejudica o

equipamento porque gera aquecimento, danos e redução da vida útil nas peças internas do

motor. O custo mensal para essa leitura é de aproximadamente R$5.000,00 reais, pois se trata

de um serviço realizado por um aparelho moderno, sofisticado e de alto custo para

manutenção.

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Figura 11. Desenho representativo da análise de vibração

A leitura é feita através do sensor que envia os pulsos para o coletor que decodifica as

informações que são descarregadas em um Desktop onde é desenvolvido o relatório e as

outras funções.

4.4 - Manutenção predial:

Na instalação predial da indústria há apenas uma rotina de inspeção que é feito toda semana,

geralmente nas segundas-feiras, onde é realizada a contagem de lâmpadas queimadas ou com

defeito, para a correção do problema.

Pode-se dizer então que há apenas um tipo de manutenção quando se trata com as

instalações prediais, a manutenção corretiva, pois os defeitos de lâmpadas e tomadas só são

identificadas quando o equipamento já está inoperante. Isso acontece porque esse tipo de

manutenção é de baixo custo e não necessitam de paradas ou supervisões intensivas como as

de um motor ou gerador.

Mesmo sem programação esse tipo de serviço deve ser levado a sério porque é um trabalho

de alto risco, pois as lâmpadas estão situadas nos pontos altos da fábrica e isso exige o

máximo de atenção e o correto material de proteção. No inicio o estagiário não tem permissão

de subir nas partes altas das fábricas, mas com o tempo de trabalho e a confiança conquistada

ele pode conseguir realizar alguns serviços em diversos postes ou torres de sinalização,

sabendo que esse tipo de crédito é de merecimento do próprio aluno por ter tido um bom

desempenho e um ótimo comportamento.

Problemas com tomadas e cabos telefônicos são tarefas mais simples, logo o próprio

encarregado do setor passa as coordenadas do serviço para o aluno e lhe entrega a OS dando

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assim a oportunidade para o estagiário. São esses tipos de tarefas fáceis que o aluno recebe

para executar dentro da empresa, pois o risco é pequeno e o grau de dificuldade é baixo.

4.5 - Oficina elétrica:

A oficina é utilizada para manutenções em motores pequenos, lâmpadas, reatores,

componentes de painéis (contatores, relés, disjuntores...) e montagem de produtos novos. Nos

motores é feito a limpeza e troca dos rolamentos, já que o bobinado é retificado em outro

lugar. Nas lâmpadas é feito o teste para observar seu comportamento e analisar se o defeito

está no reator, capacitor ou na própria lâmpada. Em painéis é realizada a troca dos

componentes ou a própria montagem de um novo. A indústria é muito grande, logo os

defeitos ocorrem com muita freqüência, gerando bagunça e acumulo de entulho e aparelhos

estragados.

A limpeza da oficina é feita pelo estagiário diariamente, contrário que acontece com o

depósito. O depósito é um galpão reservado apenas para o estoque de peças usadas ou com

muito tempo de uso. Esse galpão é organizado com pouca freqüência porque é um setor mais

reservado e quase ninguém tem acesso, só quando realmente necessário. A organização do

depósito também não tem pessoa específica responsável pela sua limpeza, mas um bom

estagiário toma frente da situação e se prontifica a arrumá-lo. (Ver figura 12 e 13).

Compra de equipamentos, aberturas de OS, pedidos de requisição, controle de fator de

potencia, reuniões, tudo isso ocorre no escritório designado ao setor elétrico. O escritório é

uma sala climatizada com arquivos e computadores voltados apenas para o setor elétrico. Nela

situam-se o encarregado do setor e o auxiliar administrativo que também entende um pouco

de elétrica para ajudar nos serviços gerais.

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Figura 12. Oficina Elétrica

Figura 13. Escritório setor elétrico

4.6 - Equipamentos de Alta Potência:

A empresa que prestamos serviço, Pioneer, possui um gerador para suprir a sua demanda

nos horários de pico, sendo ela das 18h00min as 21h00min. Os geradores entrada na rede

automaticamente acionada através de um sistema computacional que trabalha em sincronia

com o um relógio que indica a hora de ligar e desligar o gerador. Esse sistema automático

também opera com a falta de energia para não prejudicar a produção (No Break).

Os pólos dos geradores são movidos através de um eixo que é acoplado a um motor de

combustão movido á óleo gerando assim uma energia em 380V. Depois de gerada é

distribuída esta tensão de 380V a demanda da fábrica nos horários determinados, ou seja,

programados.(Ver figuras 14 e 15).

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Figura 14. Transformador 13800/380V conectado ao gerador

Figura 15. Gerador

Uma inspeção que também é de rotina é o acompanhamento do nível de água do

radiador do motor que gira o rotor do gerador. É uma atividade que não envolve nenhum risco

elétrico, mas como faz parte dos geradores então é de responsabilidade do setor elétrico.

Quatro baterias de 12 v são responsáveis pela excitação do campo magnético do

gerador, sendo duas ligadas em série conectados em paralelo com as duas em também em

série, resultando assim em duas baterias de 24 v conectadas ao sistema paralelo. (Ver figura

16).

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Figura 16. Banco de baterias

Essa demanda é dividida para todos os setores da fábrica sendo transportada em 13.8KV até

os transformadores de cada setor conforme podemos ver na figura 17. Esses transformadores

tem a finalidade abaixar a tensão para 380V, porque todas as máquinas operam com essa

categoria.

A linha de 13.8KV alimenta o transformador que por sua vez alimenta os barramentos do

CCM para em seguida energizar os painéis de força e comando, e enfim colocar a máquina

subseqüente para funcionar. Todas essas operações manutenções são de responsabilidade da

equipe elétrica, somente eles têm permissão de entrar nestes espaços reservados para os

transformadores e os devidos equipamentos para realizar algum tipo de manobra na chave

seccionadora ou no disjuntor. Todo tipo de manutenção nos transformadores é feita por uma

empresa terceirizada, pois após a abertura do núcleo do transformador é necessário fazer um

tratamento no óleo que isola o enrolamento porque a umidade do ar interfere nas propriedades

físicas e químicas do material.

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Figura 17. Transformador responsável por um setor da fábrica

4.6.1. Fator de Potência:

Existe um equipamento que faz a medição do consumo de energia elétrica da indústria por

completo, assim como todas as outras. Este equipamento também faz leituras das potências

dissipadas na empresa e armazena em seu banco de dados. Essas leituras são realizadas de

hora em hora e podem ser vistas na tela do medidor ou no computador que se encontra no

escritório do setor elétrico onde quem tem acesso direto a essas informações é o encarregado

do setor. Neste software são indicadas as três potências fornecidas pela a concessionária de

energia: Potência ativa, Reativa e Aparente, nisso o programa faz os cálculos e indica o fator

de potência que a empresa está consumindo.

Para o devido controle deste problema são instalados bancos de capacitores (figuras 18 e

19). Esses equipamentos geralmente ficam abaixo dos painéis de comandos dos CCMs.

Existem também bancos de capacitores automáticos que realizam a manobra de entrada e

saída dos capacitores do sistema, pois o sobre dimensionamento capacitivo prejudica o

sistema quando não são utilizados.

A única manutenção que existe para esses equipamentos é a manutenção corretiva, onde é

feito a troca de capacitores quando o mesmo já está com defeito. O capacitor danificado é

reaproveitado porque existem empresas que fazem a recuperação destas mercadorias e logo

após entregam novamente para ficar de reserva caso algum outro venha a ser danificado.

Esses defeitos ocorrem geralmente no próprio núcleo do capacitor, dificilmente é algum

defeito físico.

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Figura 18. Banco de capacitores

Figura 19. Banco de capacitores automático

Os bancos automáticos são equipamentos muito eficientes e de grande utilidade para a

empresa, por isso são espalhados por vários setores da indústria. Dificilmente é feito algum

tipo de reparo nestas máquinas por que é um equipamento de pequeno porte e muito bem

dimensionado, ajudando assim na preservação de sua vida útil.

4.6.2- Causas de baixo fator de potência:

•    Motores e transformadores operando em vazio ou com pequenas cargas.

•    Motores e transformadores superdimensionados.

•    Grande quantidade de motores de pequena potência.

•    Máquinas de Soldas

•    Lâmpadas de descarga fluorescentes, vapor de mercúrio e vapor de sódio sem reatores de

alto fator de potência.

4.6.3- Conseqüências de um baixo fator de potência:

•    Perdas na Instalação: Ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao  quadrado da

corrente total, como esta aumenta com o excesso de energia reativa, provocando assim o

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aumento do aquecimento de condutores e equipamentos.

•    Quedas de Tensão: podendo ocasionar interrupções no fornecimento, diminuição na

intensidade luminosa das lâmpadas e aumento da corrente dos motores.

4.6.4- Maneira de Corrigir o baixo fator de potência:

A maneira mais prática de se corrigir o baixo fator de potência, é a instalação de bancos de capacitores.

5 - BANCOS DE CAPACITORES

Os bancos de capacitores servem para corrigir o fator de potência, que é o causador das

multas tarifárias de energia elétrica. Existem três tipos de bancos de capacitores: os semi-

automáticos, os fixos e os automáticos, cada um tem uma determinada indicação que apenas

uma empresa técnica pode informar. O banco de capacitores semi-automático pode atuar em

condições pré-definidas (períodos ou eventos) de acordo com a necessidade específica, os

fixos são recomendados para a correção de cargas constantes, tais como transformadores, e o

automático realiza uma compensação automática por meio de sinais de tensão e corrente

ligando e desligando módulos capacitivos de acordo com a necessidade. Nas figuras 20 e 21 a

seguir, alguns modelos de bancos de capacitores.

Figura 20- Exemplo de banco de capacitores automáticos.

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Page 25: RELATÓRIO FINAL LEANDRO RIOS RODRIGUES (2)

Figura 21- Exemplo de banco de capacitores semi-automáticos.

6 - CONCLUSÃO

Através deste estágio foi possível compreender o funcionamento dos equipamentos elétricos

em plena carga dentro de uma empresa, conhecendo seus defeitos e qualidades das diferentes

marcas e maneiras de operação. É de suma importância verificar o comportamento das

máquinas elétricas consumindo realmente a energia que é ensinada e exposta durante o curso

de eletrotécnica, vendo assim realmente os fenômenos acontecerem na prática conciliando

com toda a matéria vista durante o período de qualificação.

A convivência com os profissionais da área também devem ser destacados aqui. A formação

do vínculo de amizade e de profissionalismo é muito importante para o crescimento pessoal e

profissional do estagiário. Desta forma verificou-se que a boa vontade dos profissionais da

LCP Engenharia Industrial, foi de extrema valia para a realização de todas as atividades

desenvolvidas durante o estágio.

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