Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS Relatório de Avaliação Institucional Interna Belo Horizonte agosto 2006

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS

Relatório de Avaliação Institucional Interna

Belo Horizonte

agosto 2006

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Comissão Permanente de Avaliação (CPA)

Comitê Permanente de Avaliação Institucional (COPAV)

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL INTERNA

Belo Horizonte

2006

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Dados da Instituição:

Nome: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais / 338

Caracterização da IES: Instituição privada: Universidade sem fins lucrativos,

comunitária e confessional.

Composição da CPA:

Presidente: Profª. Silvia Maria de Contaldo

Representantes:

Campus de Arcos: Profª. Lúcia Regina Corrêa Paim

Campus de Poços de Caldas: Profª. Cláudia Ferreira Galvão

Campus de Serro e Campus de Guanhães: Prof. Aurélio Alves Ferreira

Núcleo Universitário de Betim: Prof. Sérgio Silveira Martins

Núcleo Universitário de Contagem: Prof. Robson dos Santos Marques

Unidade Barreiro: Prof. Marcelo Pereira Mendonça

Unidade Coração Eucarístico: Prof. Paulo Luiz Moreaux Lavigne Esteves

Unidade São Gabriel: Hildegardo Martins Lima

ADPUC: Prof. Paulo César Reis Cardoso de Mello

ASSUC: Sr. David de Lima

Sr. Paulo Ursini Kretti

Sra. Terezinha Nunes Fagundes

DCE: Acadêmico Carlos Antônio Ligeiro

Acadêmico Júlio César Ferreira Costa

Acadêmica Tauana do Nascimento Martins

Sociedade Civil Organizada: Sr. Josemar Gimenez Resende

Sr. Ricardo Machado Rabelo

Sr. Sérgio Luiz de Lima

Ato de designação da CPA: Portaria nº 019/2004

Período de mandato da CPA: dois anos, permitida uma recondução consecutiva

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Administração Geral da PUC Minas

Grão-Chanceler: Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Reitor: Prof. Eustáquio Afonso Araújo

Vice-reitor: Prof. Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães

Assessor Especial da Reitoria: Prof. José Tarcísio Amorim

Chefe de Gabinete do Reitor: Prof. Osvaldo Rocha Torres

Pró-reitora de Extensão: Profª. Vera Maria Neves Victer Ananias

Pró-reitor de Gestão Financeira: Prof. Paulo Sérgio Gontijo do Carmo

Pró-reitora de Graduação: Profª. Maria Inês Martins

Pró-reitor de Infra-estrutura: Prof. Rômulo Albertini Rigueira

Pró-reitor de Logística e Operações: Prof. Sérgio de Morais Hanriot

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. João Francisco de Abreu

Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional: Prof. Carlos Francisco Gomes

Pró-reitor de Recursos Humanos: Prof. Alexandre Rezende Guimarães

Pró-reitor do Campus de Arcos: Prof. Wanderley Chieppe Felippe

Pró-reitor do Núcleo Universitário de Betim: Prof. Miguel Alonso Gouvêa Valle

Pró-reitor do Núcleo Universitário de Contagem: Prof. Geraldo Márcio Alves Guimarães

Pró-reitora do Campus de Poços de Caldas: Profª. Maria José Viana Marinho de Mattos

Pró-reitor da Unidade São Gabriel: Prof. Carlos Barreto Ribas

Diretora da Unidade Barreiro: Profª. Patrícia Bernardes

Diretor do Campus de Serro e do Campus de Guanhães: Prof. Ronaldo Rajão Santiago

Secretário Geral: Prof. Flávio Augusto Barros

Secretário de Ação Comunitária: Prof. José Chequer Neto

Secretário de Assuntos Estudantis: Prof. Renato Durval Martins

Secretário de Comunicação: Prof. Maurício Lara Camargos

Secretário de Relações Internacionais: Prof. Olympio Barbanti Júnior

Diretor de Arte e Cultura: Prof. José Márcio de Moura Barros

Diretor de Relações Institucionais: Prof. Djalma Francisco Carvalho

Consultor Jurídico: Prof. Oscar Vieira da Silva

Ouvidora da PUC Minas: Profª. Miryam Weimberg

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Programa Permanente de Avaliação Institucional - PROPAV

COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO – CPA

Presidente: Profª. Silvia Maria de Contaldo

Representantes:

Campus de Arcos: Profª. Lúcia Regina Corrêa Paim

Campus de Poços de Caldas: Profª. Cláudia Ferreira Galvão

Campus de Serro e Campus de Guanhães: Prof. Aurélio Alves Ferreira

Núcleo Universitário de Betim: Prof. Sérgio Silveira Martins

Núcleo Universitário de Contagem: Prof. Robson dos Santos Marques

Unidade Barreiro: Prof. Marcelo Pereira Mendonça

Unidade Coração Eucarístico: Prof. Paulo Luiz Moreaux Lavigne Esteves

Unidade São Gabriel: Hildegardo Martins Lima

ADPUC: Prof. Paulo César Reis Cardoso de Mello

ASSUC: Sr. David de Lima

Sr. Paulo Ursini Kretti

Sra. Terezinha Nunes Fagundes

DCE: Acadêmico Carlos Antônio Ligeiro

Acadêmico Júlio César Ferreira Costa

Acadêmica Tauana do Nascimento Martins

Sociedade Civil Organizada: Sr. Josemar Gimenez Resende

Sr. Ricardo Machado Rabelo

Sr. Sérgio Luiz de Lima

COMITÊ PERMANENTE DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – COPAV

Profª. Adriana Gomes Dickman Profª. Ana Tereza Lanna Figueiredo Profª. Andréia dos Santos Prof. Júlio Pinto Profª. Maria da Consolação Gomes de Castro Profª. Rita de Souza Leal Profª. Rosely Maria Velloso Campos Profª. Sílvia Maria de Contaldo Profª. Tânia Fernandes Bogutchi Srª. Maria Beatriz Nazaré Lima

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SUBCOMISSÕES:

Gestão

Coordenadora: Profª. Ana Tereza Lanna Figueiredo

Prof. Celso Martins Almeida Fagioli Prof. José Xisto da Silva Barros Prof. Pedro Sergio Zuchi Prof. Renato Augusto Moreira

Pesquisa e Pós-graduação

Coordenadora: Profª. Adriana Gomes Dickman

Profª. Cláudia Schayer de Vilhena SabinoProf. José Leão Marinho Falcão Filho Profª. Liliane de Oliveira Guimarães Profª. Magali Rezende Gouveia Meireles Profª. Stela Beatriz Torres Arnold Profª. Teresinha Maria de Carvalho Cruz Pires

Extensão

Coordenadora: Profª. Rita de Souza Leal

Profª. Antônia Maria da Rocha MontenegroProf. Harley Francisco de Araújo Prof. Roberto Eustáquio dos Santos

Políticas de Atendimento a Estudantes:

Coordenadora: Profª. Maria da Consolação Gomes de Castro

Profª. Carmen Luísa Rabelo Xavier Prof. Eudes Weber Porto Srª. Rosângela Cláudio Gonçalves Forte

Egressos

Coordenadora: Profª. Rosely Maria Velloso Campos

Profª. Carolina Angélica B. Saliba Prof. Sílvio Jamil Ferzoli GuimarãesSr. Rodrigo César Severino Neiva

Comunicação com a Sociedade

Coordenadora: Maria Beatriz Nazaré Lima

Profª. Maura Eustáquia de Oliveira Srª. Maria Margareth Amâncio de Sá Alves Sr. Rodrigo César Severino Neiva

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Elaboração do Texto: Profª. Andréia dos Santos Prof. Júlio Pinto

Profª. Sílvia Maria de Contaldo Profª. Tânia Fernandes Bogutchi

Equipe de Apoio:

Carla Wstane de Souza Moreira Mariana Euclides da Silva

Estagiária de Comunicação:

Laura Castro Othero

Estagiários (as):

Aline Rodrigues de Almeida Amariles Marques Garcia Cristiane Raquel Marques Teixeira Danielle Aparecida Nunes da Silva Dick Farney Canhestro Santos Heloisa Helena Ferreira Idelsi da Cunha Juliana Alves Teixeira Lúcia de Fátima Araújo Mendonça Marina Batista Bittencourt Neimar de Ataide Silva Priscila Paoli Rocha de Souza Thiago José Tuna Franco Valéria dos Santos Lima Yenny Romina Diaz Munoz

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Confiabilidade das Amostras por Dimensão e Respectivos Atores ...................... 23

Tabela 2: Desempenho no Exame Nacional de Cursos – 2003 ........................................... 86

Tabela 3: ENADE – Consulta aos resultados, 2004............................................................. 87

Tabela 4: Atendimento Total das Clínicas de Fisioterapia da PUC Minas - 2004 ................. 88

Tabela 5: Pacientes Atendidos nas Clínicas de Fonoaudiologia da PUC Minas - 2004........ 88

Tabela 6: Pacientes atendidos pelos Cursos / Programas de Odontologia – 2004 .............. 89

Tabela 7: Pacientes atendidos nas Clínicas de Psicologia da PUC Minas, 2003/2004 ........ 90

Tabela 8: Corpo Discente com participação na prática efetiva do SAJ - Serviço de

Assistência Judiciária - 2003 e 2004 ............................................................................. 91

Tabela 9: Número de estudantes atendidos pela Ouvidoria................................................. 93

Tabela 10: Assistência médico-ambulatorial – Comunidade atendida - 2004....................... 93

Tabela 11: Número de alunos beneficiados com bolsa de estudo........................................ 94

Tabela 12: Alunos beneficiados por percentual de bolsas – 2º semestre 2004 .................... 95

Tabela 13: Alunos Beneficiados por Tipo de Bolsa - 2004 ................................................... 95

Tabela 14: Crédito Educacional Rotativo – 2002 a 2004...................................................... 96

Tabela 15: Evolução de Alunos Beneficiados com financiamentos – 2002 a 2004 .............. 96

Tabela 16: Corpo Discente com Necessidades Especiais - 2004 ........................................ 98

Tabela 17: Jornal PUC Minas ............................................................................................ 113

Tabela 18: PUC Informa .................................................................................................... 114

Tabela 19: Boletim Eletrônico ............................................................................................ 114

Tabela 20: Portal Eletrônico.............................................................................................. 115

Tabela 21: Folha do Professor........................................................................................... 115

Tabela 22: Central de Informações.................................................................................... 116

Tabela 23: Campanhas Educativas ................................................................................... 117

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Número acumulado de cursos da PUC Minas – 1943/ 2003................................ 25

Gráfico 2: Perfil - distribuição dos funcionários, por sexo..................................................... 43

Gráfico 3: Perfil - faixa etária dos funcionários..................................................................... 43

Gráfico 4 : Perfil - turno de trabalho dos funcionários........................................................... 43

Gráfico 5: Perfil - tempo de trabalho na PUC Minas............................................................. 44

Gráfico 6: Opinião dos professores respondentes sobre o estimulo de seu trabalho

pedagógico, relacionado à formação humanista dos seus alunos, no que diz respeito a

um conjunto de valores. ................................................................................................ 55

Gráfico 7: Evolução do número de cursos de pós-graduação lato sensu ............................. 58

Gráfico 8: Evolução do número de cursos de pós-graduação stricto sensu ......................... 59

Gráfico 9: Perfil - distribuição dos professores coordenadores extensionistas, por sexo..... 76

Gráfico 10: Perfil – Faixa etária dos professores coordenadores extensionistas.................. 76

Gráfico 11: Perfil - distribuição dos alunos extensionistas, por sexo .................................... 79

Gráfico 12: Perfil – Faixa etária dos alunos extensionistas .................................................. 79

Gráfico 13: Panorama dos cursos de graduação da universidade, tendo em vista a situação

do projeto pedagógico - 2004...................................................................................... 101

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Quadro Geral de Indicadores da Avaliação......................................................... 15

Quadro 2: Atores pesquisados e suas interseções, por dimensão....................................... 21

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura e Atividades da CPA e das Subcomissões ............................................ 11

Figura 2: Esquematização da coleta primária de dados por Dimensão................................ 23

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LISTA DE SIGLAS

ACG – Avaliação dos Cursos de Graduação

ADPUC – Associação dos Docentes da PUC Minas

ASSUC – Associação dos Servidores da PUC Minas

AVALIES – Avaliação das Instituições de Educação Superior

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CAE – Centro de Atividades Esportivas

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CEI – Centro de Estágio Integrado

CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

COCENAI – Comissão Central de Avaliação Institucional

CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior

CONSUNI – Conselho Universitário

COPAV – Comitê Permanente de Avaliação

CPA – Comissão Permanente de Avaliação

CRA – Centro de Registros Acadêmicos

CTA – Conselho Técnico Administrativo

D.A – Diretório Acadêmico

DCE – Diretório Central dos Estudantes

DEAES - Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior

ENADE – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes

ENC – Exame Nacional dos Cursos (exame antigo conhecido como Provão)

FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

FINEP – Financiadora de estudos e Projetos

FIP – Fundo de Incentivo à Pesquisa

IEC – Instituto de Educação Continuada

Page 12: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

IES – Instituição de Ensino Superior

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

MEC – Ministério da Educação e Cultura

NAI – Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais da

PUC Minas

PDG – Programa de Desenvolvimento Gerencial

PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional

PICI - Programa de Bolsas de Iniciação Científica destinado aos cursos de graduação dos

Campi de Arcos, Poços de Caldas, Serro e Guanhães, Unidades Acadêmicas de São

Gabriel e Barreiro e Núcleos Universitários de Betim e Contagem

PPCD – Programa Permanente de Capacitação Docente

PPI – Projeto Pedagógico Institucional

PROBIC – Programa de Bolsas de Iniciação Científica destinado aos alunos dos cursos de

Graduação

PROEX – Pró-reitoria de Extensão

PROGEF – Pró-reitoria de Gestão Financeira

PROGRAD – Pró-reitoria da Graduação

PROINFRA – Pró-reitoria de Infra-estrutura

PROLOG – Pró-reitoria de Logísticas e Operações

PROPAV – Programa Permanente de Avaliação Institucional da PUC Minas

PROPLAN – Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

PROPPG – Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa

PRORH – Pró-reitoria de Recursos Humanos

PROUNI – Programa Universidade para Todos

SAJ – Serviço de Assistência Judiciária

SGA – Sistema de Gestão Acadêmica

SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

Page 13: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO................................................................................................................. 1

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 6

2. METODOLOGIA ........................................................................................................... 12

2.1. INDICADORES PROPOSTOS.................................................................................... 15

2.2. PLANO AMOSTRAL ................................................................................................... 20

3. CARACTERIZAÇÃO DA PUC MINAS.......................................................................... 24

4. DISCUSSÕES DOS RESULTADOS............................................................................. 29

4.1. SUBCOMISSÃO DE GESTÃO.................................................................................... 30

4.1.1. Ações planejadas ..................................................................................................... 31

4.1.2. Ações realizadas ...................................................................................................... 32

4.1.3. Resultados Alcançados ............................................................................................ 34

4.1.3.1. Avaliação da Gestão Realizada com a Administração Superior ............................. 34

4.1.3.2. Balanço Crítico....................................................................................................... 42

4.1.3.3. Avaliação da Gestão Realizada com Funcionários................................................. 42

4.1.3.4. Pontos a serem aperfeiçoados............................................................................... 48

4.1.3.5. Balanço Crítico....................................................................................................... 48

4.2. SUBCOMISSÃO DE ENSINO..................................................................................... 50

4.2.1. Ações planejadas ..................................................................................................... 50

4.2.2. Ações realizadas ...................................................................................................... 51

4.2.3. Resultados Alcançados ............................................................................................ 52

4.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados ................................................................................. 55

4.2.5. Devolução dos resultados......................................................................................... 56

4.3. SUBCOMISSÃO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO............................................. 58

4.3.1. Pós-graduação lato sensu ........................................................................................ 59

4.3.1.1. Ações planejadas................................................................................................... 59

4.3.1.2. Ações realizadas .................................................................................................... 60

4.3.1.3. Resultados Alcançados.......................................................................................... 61

4.3.1.4. Pontos a serem aperfeiçoados: .............................................................................. 61

4.3.1.5. Balanço Crítico....................................................................................................... 62

4.3.2. Pesquisa e pós-graduação stricto sensu .................................................................. 62

4.3.2.1. Ações planejadas................................................................................................... 62

4.3.2.2. Ações realizadas .................................................................................................... 63

Page 14: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

4.3.2.3. Resultados alcançados .......................................................................................... 64

4.3.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados............................................................................... 66

4.3.2.5. Balanço Crítico....................................................................................................... 66

4.4. SUBCOMISSÂO DE EXTENSÂO ............................................................................... 68

4.4.1. Ações planejadas ..................................................................................................... 70

4.4.2. Ações realizadas ...................................................................................................... 71

4.4.3. Resultados Alcançados ............................................................................................ 73

4.4.3.1. Análise documental ................................................................................................ 73

4.4.3.2. Análise quantitativa ................................................................................................ 75

4.4.4. Balanço Crítico ......................................................................................................... 81

4.4.5. SUBCOMISSÃO DE POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE................. 83

4.4.5.1. Ações Planejadas................................................................................................... 84

4.4.5.2. Ações realizadas .................................................................................................... 84

4.4.6. Potencialidades e Pontos a serem aperfeiçoados................................................... 101

4.4.7. SUBCOMISSÃO DE EGRESSOS .......................................................................... 103

4.4.7.1. Ações planejadas................................................................................................. 105

4.4.7.2. Ações realizadas .................................................................................................. 106

4.4.7.3. Resultados Alcançados........................................................................................ 109

4.4.8. SUBCOMISSÃO DE COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE................................. 111

4.4.8.1. Ações planejadas................................................................................................. 111

4.4.8.2. Ações realizadas .................................................................................................. 112

4.4.8.3. Resultados Alcançados........................................................................................ 113

4.4.8.4. Instrumentos de Comunicação utilizados pela PUC Minas................................... 113

4.4.8.5. Potencialidades e pontos a serem aperfeiçoados................................................. 117

4.4.8.6. Balanço Crítico..................................................................................................... 118

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 119

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 120

7. ANEXOS ..................................................................................................................... 122

7.1. ANEXO 1 – PORTARIA Nº 019 /2004............................................................................ 122

7.2. ANEXO 2 – CORRESPONDÊNCIA ELETRÔNICA............................................................... 125

7.3. ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO - FUNCIONÁRIOS ................................................................ 127

7.4. ANEXO 4 – GESTÃO – RELAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO COLETADA .................................. 138

7.5. ANEXO 5 – PESQUISA – ROTEIRO DE ENTREVISTA........................................................ 141

7.6. ANEXO 6 – PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU – ROTEIRO DE ENTREVISTA.................... 142

7.7. ANEXO 7 –– QUESTIONÁRIO – ALUNOS PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU.................... 144

7.8. ANEXO 8 –– QUESTIONÁRIO – COORDENADORES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU.......... 156

7.9. ANEXO 9 –– QUESTIONÁRIO – PROFESSORES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU............... 166

Page 15: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

7.10. ANEXO 10 –– QUESTIONÁRIO – ALUNOS PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ..................... 178

7.11. ANEXO 11 –– QUESTIONÁRIO – ALUNOS EXTENSÃO ................................................... 189

7.12. ANEXO 12 –– QUESTIONÁRIO – COORDENADORES EXTENSÃO .................................... 199

7.13. ANEXO 13 –– EGRESSOS – RELATÓRIO ANALÍTICO – JUNHO 2006 – ANEXO 1 ............. 210

7.14. ANEXO 14 –– EGRESSOS – RELATÓRIO ANALÍTICO – JUNHO 2006 – ANEXO 3 ............. 212

7.15. ANEXO 15 –– QUESTIONÁRIO – EGRESSOS................................................................ 215

Page 16: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

“É preciso reconhecer o sentido da história para nela nos sabermos inserir; mas quando aderimos demasiadamente à história que é, deixamos de ser capazes de fazer a história que deve ser”.

(Emmanuel Mounier)

Page 17: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

APRESENTAÇÃO

Avaliação Institucional: em busca do (auto) conhecimento

O tema Avaliação é antigo. Nada há em nossa vida que não seja avaliado, de um

ou de outro modo. Nossa humanidade nos deu, para o nosso bem, a consciência que

podemos atribuir valor às coisas, discutir o que é o bem, o que é o justo, o que é o

verdadeiro. Na origem da palavra está o desafio: ‘determinar o valor de’. Talvez faça parte

de nossa estrutura vital uma espécie de autoconsciência avaliativa e avaliadora. Aliás,

Protágoras de Abdera, sofista de importância fundamental para a tradição filosófica do

Ocidente, não deixou por menos. Escreveu: “O homem é a medida de todas as coisas”.

Essa proposição, conservada por Platão em sua obra Teeteto, atesta nossa capacidade de

atribuir valor às coisas, ‘tais como elas nos aparecem’. Daí o problema de avaliar... Também

Agostinho em sua obra A Doutrina Cristã lembra que devemos ser perfeitos avaliadores de

todas as coisas para viver justamente.

No contexto do pensamento contemporâneo, pode-se dizer que é através dos erros

que se podem vislumbrar os acertos. O que se pensa como errado, portanto, não é aquilo

que se opõe ao certo, mas aquilo que é correlato a ele e nos ajuda a caminhar na direção

geral das metas que definimos para nós mesmos.

Nessa perspectiva, acreditamos que seja visando à melhoria da educação e da vida

justa – para todos, é que estamos à volta com essa “aparente novidade”, a avaliação

institucional.

Por isso, é bom começar por esclarecer algumas diretrizes norteadoras dessa

atividade em nossa Instituição:

A Avaliação das Instituições de Educação Superior foi formalmente instituída em 14

de abril de 2004. Em seu primeiro artigo, instituiu-se o Sinaes (Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior) que tem por finalidades “a melhoria da educação superior,

a orientação da expansão de sua oferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional

e efetividade acadêmica e social e, especialmente, a promoção do aprofundamento dos

compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio

da valorização da sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à

diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional1”.

1 Cf. Lei nº 10.861/2004, artigo 1º.

Page 18: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

2

Para alcançar esses fins, a mesma lei estabelece que o Sinaes adote uma

composição triádica, a saber: a Avaliação Institucional Interna e Externa, a Avaliação dos

cursos, e a Avaliação do Estudante, o Enade2.

Tratando especificamente da Avaliação Institucional Interna, objeto deste Relatório,

vale dizer de que forma a PUC Minas vem realizando seu processo de Auto-Avaliação ou

Avaliação Interna. Ainda focando a Lei 10.861, já citada, merece especial atenção o artigo

3º, pois lá estão definidas as dimensões institucionais que devem ser avaliadas (interna e

externamente). São elas: (1) a missão da Instituição, (2) a política para o ensino, a pesquisa,

pós-graduação e extensão, atividades de monitoria e iniciação científica, (3) a

responsabilidade social da Instituição entendida como sua contribuição à inclusão social, ao

desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio-ambiente, da memória cultural, do

patrimônio artístico e cultural, (4) a comunicação com a sociedade, (5) as políticas de

pessoal – tanto do corpo docente quanto do corpo técnico-administrativo, no que se refere

ao seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e condições de trabalho, (6)

organização e gestão da Instituição, com ênfase no funcionamento e representatividade dos

órgãos colegiados e participação dos segmentos da comunidade universitária nos processos

decisórios, (7) infra-estrutura física (ensino, pesquisa, biblioteca, recursos de informação e

comunicação), (8) planejamento e avaliação dos processos da auto-avaliação institucional,

(9) políticas de atendimento ao estudante e, finalmente, (10) a sustentabilidade financeira.

Avaliar cada uma dessas dimensões visa, sobretudo, buscar o (auto)conhecimento da

Instituição e na Instituição.

Não há dúvida que essas dimensões abarcam o todo da Instituição e que não é um

trabalho simples, uma espécie de verniz que se passa na Instituição para melhorar ‘sua

aparência’. Ao contrário, trata-se de um mergulho em seu interior de modo que resulte daí a

análise e avaliação global e integrada dessas dimensões.

Podemos perguntar: para quê a realização desse trabalho? Além de constituir-se

em processo educativo permanente, de melhoria e aperfeiçoamento da Instituição em sua

totalidade, é bom lembrar que o processo de Auto-Avaliação Interna constitui hoje um dos

requisitos para credenciamento ou recredenciamento, reconhecimento e renovação de

reconhecimento de cursos de graduação e da própria instituição como um todo.

E quem vai se responsabilizar por esse processo no âmbito da Instituição? A

mesma Lei já determina – em seu artigo 11, a criação da Comissão Própria de Avaliação –

chamada CPA, para a realização do Processo de Auto-Avaliação. A CPA conta com

participação (mediante seus representantes) de todos os segmentos da comunidade

2 Cf. Lei nº 10.861/2004, artigo 2º.

Page 19: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

3

acadêmica e da sociedade civil organizada e tem total autonomia para a realização do

processo de Avaliação Interna3.

É nessa perspectiva que gostaríamos, nessa apresentação, de mostrar, ainda que

brevemente, os caminhos da Avaliação da PUC Minas em busca exatamente de seu

autoconhecimento.

O Programa Permanente de Avaliação Institucional, chamado Propav, tem sido,

desde a sua criação e implementação, em 2002, um exercício compartilhado de leitura

poliédrica, desafiando a ‘cultura da não avaliação’, opondo-se claramente à avaliação

cartorial e punitiva.

Sem prescindir do legado histórico das outras experiências de Avaliação

Institucional já ocorridas nesta Instituição desde a década de 90, a elaboração e

implantação do Programa Permanente de Avaliação Institucional tendo por fundamento

basilar

uma filosofia da avaliação, [...] alinha-se com o pensamento contemporâneo de conhecer para promover a melhoria, na medida em que se afasta da visão epistemológica convencional que pressupõe ilhamentos por área de saber, ou mesmo por pensamentos mais ou menos monolíticos dentro de uma área de conhecimento, para se aproximar de uma visão global das instituições em sua dinâmica diacrônica através da percepção de uma série histórica de sincronias (Avaliação Institucional, 2002, p.11).

Assim, desde seu início o Propav procurou adequar-se às novas configurações do

mundo contemporâneo, no sentido de ‘compreender a avaliação como atividade

pedagógica, cujo esforço de realização procura promover e valorizar, buscando na crítica,

respostas e caminhos alternativos para os desafios da Instituição nestes tempos” (Avaliação

Institucional, 2002, p.20).

Os objetivos são bastante claros e desafiadores: criar cultura de avaliação

institucional, produzir conhecimento e aferir qualidade da prática educativa desenvolvida

pela PUC Minas. Assim, em setembro de 2003 foi feito o primeiro processo de coleta de

informações no âmbito da Graduação, tendo por instrumentos os Projetos Pedagógicos de

cada curso e questionários respondidos por professores, alunos e coordenadores de curso.

Todos os resultados foram disponibilizados no Portal da PUC Minas, a partir de setembro de

2004.

A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 trouxe mais mudanças e o Propav

imediatamente procurou reestruturar-se, adequando-se às novas exigências.

No mesmo mês de abril foi criada a CPA, na PUC chamada Comissão Permanente

de Avaliação, composta por um docente de cada Campus, Unidade Acadêmica ou Núcleo

Universitário, três representantes do corpo discente, indicados pelo DCE, três

3 Cf. Lei nº 10.861/2004, artigo 11º.

Page 20: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

4

representantes do corpo técnico-administrativo, indicados pela Associação dos Servidores

da Universidade e não integrantes do corpo discente da Instituição, três representantes da

sociedade civil organizada, um dos quais necessariamente ex-aluno da PUC Minas –

convidado pelo Reitor, e um professor representante da Associação dos Docentes. Além

disso, e seguindo a estrutura legal de composição de CPA’s, foi criado o Comitê Central de

Avaliação Institucional chamado Copav, composto pelos seguintes membros: o presidente

da CPA, um representante de cada uma das Pró-Reitorias de Graduação, de Extensão e de

Pesquisa e Pós-Graduação e quatro professores do quadro permanente da Universidade,

com comprovada competência em avaliação, indicados pela CPA.

Dessa forma, desde 2004 o Copav, juntamente com a CPA, tem levado adiante o

processo de Auto-Avaliação Institucional, a partir dos pressupostos de implantação do

Programa Permanente de Avaliação da Instituição.

Em março de 2005 foi encaminhado ao Inep o Projeto de Avaliação Institucional,

cujo resultado – comentário tipo 14 – foi animador e vital, reafirmando com ênfase o caminho

que até então havia sido percorrido.

Assim, para cada área ou dimensão a ser avaliada contamos com subcomissões,

compostas por professores. Muitos pertencentes à primeira fase do Propav, outros que se

integraram depois, cujo denominador comum foi a livre adesão ao Programa de Avaliação.

Em atendimento às dimensões previstas pelos Sinaes, foram criadas as

subcomissões de Pesquisa e Pós-Graduação, Extensão, Gestão, Comunicação com a

Sociedade, Egressos e Políticas de Atendimento ao Estudante.

No 2º semestre de 2005 e no 1º semestre de 2006, foram coletados dados e

informações necessárias – da melhor maneira possível - para a elaboração do Relatório

Final do Processo de Avaliação Interna, que ora entregamos à comunidade acadêmica para,

principalmente, poder cumprir o objetivo primeiro da Avaliação Institucional: servir-nos dos

resultados para “enfrentar os problemas em vez de ignorá-los”, parodiando o título da obra

de Pedro Demo5.

Portanto, a Avaliação é de fundamental importância e responsabilidade para a vida

da Instituição. Por sua vez, a CPA tem papel crucial, pois deve levar adiante todos esses

procedimentos e prestar contas, não só ao MEC, mas à comunidade acadêmica.

Por exemplo: Os resultados, ainda que parciais, da Avaliação Interna têm de ser

divulgados, comunicados, discutidos. Para quê? Qualquer procedimento avaliativo só tem

4 Comentários de Tipo 1: “A proposta apresentada contempla o Roteiro de Auto-Avaliação Institucional 2004: orientações gerais, publicação da CONAES/INEP. A proposta indica que houve articulação entre a realidade da IES e as dimensões da avaliação institucional atendendo aos princípios e diretrizes do SINAES. [...] A metodologia incorpora instrumentos de coleta de dados que possibilitam análise quantitativa e qualitativa. Indica claramente que os resultados servirão de subsídios para tomada de decisões de acordo com a inserção da IES no contexto local e regional”. O parecer foi recebido em 22 de julho de 2005. 5 Cf. DEMO, 2002.

Page 21: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

5

sentido se é participativo e seus resultados divulgados, apontadas as ‘fragilidades’ – para

corrigi-las e as ‘potencialidades’, para que elas possam vir a ser melhoradas, aperfeiçoadas,

vitalizadas.

A Avaliação Institucional é, portanto um desafio. Diante desse desafio, para

qualquer instituição de ensino fiel à sua vocação, vale dizer a educação, sabemos que

questões e dúvidas acerca desse processo são inevitáveis, principalmente porque a

Avaliação Institucional constitui novo procedimento legal. O que é? Qual é a sua finalidade?

Como deve ser realizada? Mas nenhuma resposta que se alcance pode deixar de enfatizar

sua natureza educativa: a avaliação é o meio pelo qual a Instituição conhece sua realidade,

conhecendo-se. Qualquer avaliação que mereça esse nome ‘‘é uma operação de leitura

orientada da realidade’’6, de uma leitura exigente, crítica, criteriosa dos diversos âmbitos da

Instituição, de modo que seja possível conhecer cada ‘parte’ conhecendo o ‘todo’ e

conhecer o todo conhecendo cada parte, ecoando nosso velho Gregório de Matos Guerra:

“O todo sem a parte não é todo / a parte sem o todo não é parte”.

Por isso, dissemos, no início dessa apresentação, que o tema é antigo, ainda que

as exigências dos órgãos governamentais sejam novas. Na Academia de Platão, já havia a

seguinte inscrição, no pórtico de entrada, para ser lida por qualquer um que lá chegasse:

‘Que não entre quem não souber geometria’. Sucinta avaliação, indicador único, mas

verdadeiro. Para avaliar, isto é, atribuir valor, é preciso conhecer a realidade, e a realidade é

o todo e suas partes. Por aí pode-se compreender o caráter poliédrico da avaliação,

anunciado por Platão, há mais de dois mil anos. Trata-se, então, de ler geometricamente a

realidade, aprender a conhecer o todo e as partes.

Nessa condição de leitores da realidade o trabalho até aqui realizado pretende ser

conhecimento que conjuga teoria e prática, pois “não há conhecimento sem repercussão na

prática, não há prática sem conhecimento incluído”7. Este Relatório é um convite para que

sejamos leitores da realidade que nos é dada e avaliadores da Academia que queremos

construir, pois não há avaliação sem (auto) conhecimento.

6 HADJI, 2001, p. 129. 7 Cf. LIBANIO, 2001.

Page 22: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

6

1. INTRODUÇÃO

A atividade fim de uma Instituição de Ensino é o conhecimento e o processo de

Auto-avaliação é importante para orientar na tarefa de formulação dessa atividade. Nesse

aspecto, o que se pretende aqui é justamente apresentar o percurso da CPA – Comissão

Permanente de Avaliação - diante do desafio constante da Avaliação Institucional proposta

pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC, através do Inep (Instituto Nacional de Ensino

de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Em relação ao processo de Avaliação Institucional da PUC Minas, muito já foi feito,

desde a implementação do Propav - Programa Permanente de Avaliação Institucional, em

2002. O Programa surgiu de uma iniciativa de professores que, além de preocupados com

a qualidade do ensino-aprendizagem, se preocupavam também em compreender a

construção de cultura organizacional e de avaliação da Instituição. Desde então, as

atividades da CPA/Propav aumentaram significativamente e suas preocupações iniciais

continuam guiando a tarefa de auto-avaliação.

Assim, as orientações da avaliação, bem como a criação das linhas gerais da

política de Avaliação Institucional aqui contidas, partem, em muitos aspectos, de pelo menos

dois documentos mestres: “Indicativos gerais para a elaboração de projeto de avaliação

institucional” (PUC Minas 2002) e também do “Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior (Sinaes): bases para uma nova proposta de avaliação da educação superior” 8

(Inep, 2003). O primeiro relativo à implementação do Propav, realizado antes da Lei que

instituiu a Avaliação Institucional nos moldes preconizados pelo Inep e o segundo já com as

diretrizes legais. Isso equivale a dizer e, vale a pena ressaltar, que a Avaliação Institucional

na PUC Minas passou por dois momentos: um antes da Lei 10861/04 - no período de 2002

a 2004 – que a colocou, em relação ao processo de Avaliação Institucional, à frente de

outras Instituições de Ensino Superior e, no momento posterior, a necessária adequação do

trabalho proposto anteriormente às novas exigências de Avaliação trazidas pelo Sinaes.

Ainda é esclarecedor dizer que essa etapa inicial permitiu compreender o objeto de estudo

com o qual se estava lidando e direcionar a política de avaliação, que pudesse, ao mesmo

8De acordo com a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional da Educação Superior – Sinaes. Para uma melhor compreensão do que é o Sinaes, apresentar-se-á, de acordo com o projeto do programa, as três modalidades principais de instrumentos de avaliação aplicadas em diferentes momentos: a) Avaliação das Instituições de Educação Superior (Avalies), que se divide em dois sub-itens, respectivamente: Auto-avaliação – coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada IES; Avaliação Externa – realizada por comissões designadas pelo INEP, segundo diretrizes estabelecidas pela Conaes. b) Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG) – avalia os cursos de graduação por meio de instrumentos e procedimentos que incluem visitas in loco de comissões externas. c) Avaliação do Desempenho dos Estudantes (Enade) – aplica-se aos estudantes do final do primeiro e do último ano do curso, estando prevista a utilização de procedimentos amostrais.

Page 23: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

7

tempo, atender as proposições do Ministério da Educação e devolver resultados que

possam ser utilizados pela Instituição, com o intuito de aprimorar a qualidade de sua

atividade primeira, a educação. Enfim, sistematizar as informações e torná-las parte de um

conjunto de benefícios que o conhecimento mais profundo sobre a cultura da Instituição

possa revelar.

Nesse sentido, um desafio foi constante na tarefa de Auto-Avaliação e ainda

acompanhará a instituição por algum tempo - como avaliar sem que essa avaliação possua

caráter punitivo? O que coube ao Propav como tarefa primordial para minimizar os efeitos

negativos desse caráter inadequado da atividade de Avaliação foi um longo trabalho de

sensibilização junto à comunidade acadêmica, além de debates anteriores, em razão de a

PUC Minas ter iniciado as discussões de avaliação dois anos antes das outras IES. Isso

ajudou a garantir à comunidade que a avaliação é processual, isto é, a coleta de

informações ao longo de um período só tem sentido se resultar em diagnóstico longitudinal

da instituição.

Informações e debates com a comunidade acadêmica favoreceram, e ainda

favorecem, melhor compreensão do conceito de avaliação proposto pelo Propav para a

realização de suas atividades, bem como procedimentos de sensibilização realizados em

todas as unidades só reforçaram a idéia do processo de avaliação instituído na PUC Minas

– “conhecer para saber”. Essa perspectiva está ligada aos aspectos mais profundos de

conhecimento da cultura organizacional, seja do conhecimento da atividade fim entre os

pares na tarefa de ensino-aprendizagem, seja do conhecimento das atividades de gestão,

que dão suporte à atividade primordial da PUC Minas.

Dessa maneira, em relação à sensibilização da comunidade, procurou-se traçar

pelo menos duas estratégias que se inter-relacionam – a primeira, ainda na primeira etapa

de avaliação, no período de 2002 a 2004, foi a de abertura de processo de diálogo com

professores, alunos, coordenadores, funcionários e pró-reitores. A equipe, subdividida em

subcomissões9, procurou os segmentos pertinentes e unidades acadêmicas e apresentou o

Propav, recomendando a visita ao site na página principal10 e ainda comunicando aos atores

(alunos, professores e coordenadores) que iriam responder a questionário on-line. Nessa

etapa de sensibilização, os professores envolvidos com a avaliação foram estimulados a

programar reuniões específicas, conversando e discutindo sobre o programa de Avaliação

Institucional, com alunos representantes de turma ou representantes de Diretório Acadêmico

e com os professores nas demais unidades. Nessas reuniões, a concepção da natureza

processual e não punitiva da Avaliação trouxe à tona muitos debates, com resultados

bastante significativos para o processo. A partir do momento em que a sensibilização era

9 A divisão dessas subcomissões está detalhada no Relatório Geral do Ensino de Graduação da PUC Minas. 10 O portal PUC Minas criou uma sessão especial para o Propav: www.pucminas.br/propav.

Page 24: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

8

feita, alunos e professores foram convidados a tornarem-se multiplicadores da proposta de

Avaliação, na perspectiva da criação de um círculo virtuoso de informações. Em muitas

unidades essa tarefa foi concluída com sucesso; em outras unidades não foram obtidos os

resultados esperados. Esse resultado diferenciado é normal, dada a dificuldade de trabalhar

com Avaliação em um universo tão vasto como o da PUC Minas.

A segunda etapa de avaliação e sensibilização para o Propav ocorreu no período

de 2004 a 2005 e aproveitou bastante a experiência da primeira etapa. Naquele período,

porém, o Programa de Avaliação Interna estava respaldado por ordenamento legal, tanto

externo quanto interno11, que trouxe a ele duas novas perspectivas. Uma, a garantia de sua

autonomia em seu trabalho de avaliação e a possibilidade de discutir a avaliação em si

mesma, alinhando-se às regras de recredenciamento das Instituições de Ensino Superior,

que levam em consideração os resultados obtidos com o processo avaliativo. Assim, as

tarefas de sensibilização para o Processo de Avaliação Interna foram propostas com base

nessa diferenciação entre as duas etapas de Avaliação, mostrando que os objetivos

continuaram os mesmos, ou seja, conhecimento da cultura organizacional com a

participação democrática de toda a comunidade acadêmica. Vale a pena conferir a Portaria

do Reitor nº 19/2004, na íntegra (Anexo 1).

As estratégias de sensibilização, nessa etapa, envolveram visitas às instâncias

superiores da instituição, tais como Pró-reitorias e às diversas unidades acadêmicas;

diálogos com os alunos, coordenadores e professores; apresentação do Programa àqueles

que não o conheciam e a confirmação de ações de auto-avaliação, tais como discussão dos

primeiros resultados do Processo de Avaliação e, por fim, apresentação do Projeto de

Avaliação aprovado pelo Inep. Embora a sensibilização tenha se pautado nas mesmas

estratégias, a comunicação foi uma peça chave no processo: notícias regulares na Folha do

Professor, PUC Informa e PUC Informa das unidades acadêmicas, notícias no Portal da

PUC Minas e no Espaço PUC12. Tudo isso para que as informações pudessem chegar a

todos os participantes da vida acadêmica da instituição.

Com as modificações trazidas pela Lei, também o trabalho de avaliação interna se

modificou para que as tarefas de avaliação pudessem ser compatibilizadas. Nesse aspecto,

uma das primeiras atividades de adequação foi a elaboração de Projeto de Avaliação

Institucional, que tanto serviu aos propósitos da avaliação da PUC Minas quanto atendeu às

exigências do Inep.

Um outro ponto importante diz respeito à concepção de avaliação assumida pela

universidade. Já se disse aqui que uma das propostas de avaliação é o processo de

11 Lei 10.861/2004 e Portaria do Reitor n° 19/2004. 12 Esses veículos de informação são amplamente divulgados na comunidade acadêmica. A estagiária de comunicação produziu periodicamente notícias sobre as atividades do Programa de Avaliação Interna e respectivas ações.

Page 25: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

9

compreensão da cultura da Instituição. Nesse aspecto, nas reuniões de sensibilização

acadêmica reiterou-se que a avaliação é:

Atividade contínua que integra a vida organizacional e que tem como propósito registrar as percepções da comunidade acadêmica sobre processos nos seus vários setores, a fim de torná-los cada vez mais adequados ao cumprimento dos objetivos maiores da Instituição. A avaliação, portanto, não é de pessoas, mas de funções; não é apenas de produto, mas de processos; não tem finalidade classificatória ou punitiva. Ao contrário é instrumento de participação democrática e emancipatória na vida institucional. (PROPAV, 2004)13.

O que se pretende com a discussão acadêmica do conceito é também disseminá-lo

junto aos pares para que a tarefa de avaliação seja de conhecimento de todos, favorecendo

as campanhas permanentes de sensibilização que são realizadas na PUC Minas.

Concomitantemente à elaboração do projeto de avaliação interna, foi aprovada

portaria da Reitoria nº 019/2004 que instituiu a CPA e o Copav, que não só formalizou mas

também legitimou as ações promovidas pelo Programa de Avaliação. Nesse momento, fez-

se necessária a organização das subcomissões do Propav formadas por um quadro de

professores que já vinha trabalhando com a Avaliação Institucional. Em decorrência de

algumas modificações, alguns professores deixaram as atividades no Propav e outros foram

convidados, sem prejuízos para a CPA.

As atividades propostas e realizadas pelo Programa de avaliação dependeram da

definição das competências das subcomissões, bem como do trabalho promovido pelo

Comitê Permanente de Avaliação – COPAV. Essa atitude reforçou o papel político e

acadêmico conferido à CPA, uma vez que todas as atividades programadas eram

primeiramente apresentadas à Comissão Permanente de Avaliação, para efeitos de

discussão e posterior aprovação. São competências das subcomissões:

a) Implementar o PROPAV, através da execução deste Projeto na sua área de atuação; b) Coordenar, na sua área de atuação, a avaliação dos cursos e o acompanhamento de egressos, de acordo com as demandas dos cursos; c) Participar da elaboração dos indicadores da avaliação e dos instrumentos de coleta de dados; d) Decidir sobre as prioridades para a implementação dos instrumentos de coleta de dados e efetivá-la; e) Analisar os dados coletados em sua área de atuação, aplicando a metodologia elaborada pelo COPAV; f) Elaborar os relatórios parciais da Avaliação Institucional de sua área de atuação, a partir dos dados relativos ao macro processo e dos dados coletados pela avaliação dos Cursos e do acompanhamento de egressos; g) Participar das atividades promovidas pelo COPAV, relativas ao Propav; h) Propor metodologias para discutir os relatórios preliminares com a comunidade acadêmica em sua área de atuação e coordenar a realização dessas atividades;

13 Material elaborado pela assessoria técnica do Copav para a sensibilização na PUC Minas.

Page 26: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

10

i) Sistematizar as contribuições da comunidade acadêmica de sua área de atuação produzidas no processo de auto-avaliação, e encaminhá-las a CPA.14

Essas atividades foram executadas ao longo desses meses de trabalho, e de

muitas maneiras orientarão os passos da Avaliação Interna do processo de

autoconhecimento da Instituição. Nesse relatório serão apresentadas as atividades mais

significativas de cada uma das subcomissões, para que se possa mais claramente ter

conhecimento das atividades realizadas, cuja finalidade é aprofundar o conhecimento da

cultura organizacional. No fluxograma (FIG.1) pode-se compreender melhor a estrutura da

CPA/COPAV e suas respectivas atividades.

Em relação aos objetivos do Programa de Avaliação, trabalhou-se de forma

integrada, elaborando-se os objetivos geral e específico. Cada uma das subcomissões

elaborou seus objetivos e etapas a serem alcançados ao longo do percurso de avaliação.

Nesse sentido o objetivo geral do Propav é: impulsionar um processo crítico de

autoconhecimento da Instituição, tendo em vista a garantia da qualidade de sua ação, em

sintonia com os seus próprios objetivos, os desenvolvimentos da ciência e as demandas da

sociedade e do mundo do trabalho. Os objetivos específicos são: (1) conhecer os processos

educativos e pedagógicos que ocorrem no interior da Instituição universitária e que

envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão, tendo a gestão como suporte logístico para

sua efetivação; (2) aferir a qualidade dessas ações, tendo em vista os objetivos colocados

pela própria Instituição, os desenvolvimentos da ciência e os anseios da sociedade, de

acordo com os parâmetros estabelecidos anteriormente; (3) permitir adequações nas

diretrizes da Instituição para o ensino, a pesquisa e a extensão, no intuito de acompanhar os

desenvolvimentos das áreas de conhecimento que alimentam os diversos programas de

graduação, de pós-graduação e de pesquisa e de (re)estabelecer compromissos com a

sociedade; (4) quando necessário, sugerir o repensar de objetivos, modos de atuação e

resultados para afinar a sintonia da Universidade com o momento histórico; (5) estudar e

apontar possibilidades de mudanças na prática acadêmica e na gestão da Instituição, para a

atualização dos projetos pedagógicos e do projeto institucional, no sentido de referendar a

legitimação da sociedade e de mantê-los sempre relevantes15.

14 PUC MINAS, 2005, p. 19. 15 Cf. PUC MINAS, 2005.

Page 27: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

11

Figura 1: Estrutura e Atividades da CPA e das Subcomissões

Alem disso é importante dizer que cada subcomissão apresentou projeto de

avaliação, partindo da elaboração de um quadro de indicadores que forneceu o caminho

metodológico a ser percorrido. Cabe, portanto, descrever a perspectiva metodológica

adotada pelo Propav, cuja opção é a de trabalhar com o conhecimento, já que este norteia o

fazer da universidade como sua atividade fim.

Copav propõe planejamento e

diretrizes

Projeto está ok?

CPA aprovaprojeto

Copav inicia Implementação mediante coleta

de dados

Copav processadados e

resultados e emiterelaório final

CPA aprovarelatório

Relatório está ok?

Copav propõe melhorias no

relatório

CPA informacomunidade

Interna e externa

CPA comunica com o Inep

CPA propõemelhorias

Comunidade Acadêmicaimplementa e propõe

mudanças para a próximaproposta avaliativa

Sim

Sim

Não

Não

Copav propõe planejamento e

diretrizes

Projeto está ok?

CPA aprovaprojeto

Copav inicia Implementação mediante coleta

de dados

Copav processadados e

resultados e emiterelaório final

CPA aprovarelatório

Relatório está ok?

Copav propõe melhorias no

relatório

CPA informacomunidade

Interna e externa

CPA comunica com o Inep

CPA propõemelhorias

Comunidade Acadêmicaimplementa e propõe

mudanças para a próximaproposta avaliativa

Sim

Sim

Não

Não

Page 28: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

12

2. METODOLOGIA

Um dos pontos mais significativos do processo de avaliação diz respeito à

metodologia. No entanto, antes de elaborar um desenho metodológico para a avaliação do

trabalho com o conhecimento, foram realizadas muitas atividades que, ao mesmo tempo,

preparavam a equipe para o trabalho e sensibilizavam a comunidade acadêmica. Essa

atividade foi de grande valia para as subcomissões, pois um passo importante foi apresentar

o programa e demonstrar que a proposta de avaliação não seria de cunho punitivo, mas tem

por propósito o conhecimento organizacional.

Nesse sentido, a primeira etapa de trabalho foi de apresentar, junto com os

professores que compõem as subcomissões, a proposta de avaliação à Administração

Superior da PUC Minas. Foram visitadas todas as Pró-reitorias, Vice-reitoria, Reitoria, além

das Unidades Acadêmicas e Núcleos Universitários. Para as visitas aos Núcleos e Unidades

acadêmicas e subsidiar os debates foi preparada uma apresentação em meio eletrônico de

forma a dar univocidade às informações sobre todo o processo, inclusive sobre o trabalho

de cada uma das subcomissões. Como uma iniciativa positiva, as unidades acadêmicas

ampliaram a discussão do processo de avaliação, convidando os alunos para as reuniões.

Quando isso não foi possível, devido às diferentes dimensões e adequação de horários das

unidades acadêmicas, o convite foi estendido aos alunos representantes de turma,

representantes dos DA’s e DCE, para que eles pudessem participar dessa etapa de

sensibilização, transformando-se em multiplicadores do processo do conhecimento da

instituição.

Uma vez terminada essa etapa, deu-se início às atividades de cunho

especificamente metodológico. Foram organizadas oficinas para que os professores

envolvidos na avaliação pudessem reconhecer as diferentes formas e métodos de aplicação

de instrumentos de coleta de dados, bem como suas possibilidades e limites metodológicos.

O ciclo de oficinas metodológicas, realizado no 1º semestre de 2005, promoveu estudo de

grupos focais, de técnicas de entrevistas, elaboração de indicadores de pesquisa,

elaboração de questionários e por fim apresentação do plano amostral16, que foi utilizado

pelo programa de avaliação.

Esses passos foram fundamentais para a organização das estratégias, respectiva

discussão e acerto das etapas do Processo de Avaliação Interna. Dessa maneira foi

possível elaborar, através de reuniões e discussões, as estratégias de alcance para cada

16 Para essas Oficinas Metodológicas foram convidados professores da PUC Minas e da UFMG. Assim para a oficina de grupos focais, convidamos a Profª. Corinne Davis Rodrigues (UFMG); para as técnicas de entrevistas a Profª. Regina Medeiros (PUC Minas); para a elaboração de indicadores a Profª Carla Ribeiro (PUC Minas); para a elaboração de questões para questionários a Profª. Janete Lara de Oliveira (PUC Minas) e para a oficina

Page 29: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

13

uma das subcomissões, visto que lidariam com diferentes atores e perspectivas. Por isso o

modo de avaliá-los deveria ser pensado de forma política e estratégica, não apenas no que

se refere à sensibilização, mas principalmente quanto à metodologia utilizada.

Na seqüência das atividades a serem realizadas, passou-se à construção dos

indicadores a serem avaliados, sempre tendo como orientação pelo menos três parâmetros,

de modo a garantir boa aferição dos resultados. O primeiro, o documento fornecido pelo

Inep - Sinaes - Roteiro de Auto-Avaliação Institucional (Inep/MEC, 2004); segundo, as

necessidades e exigências institucionais; e por fim, o Projeto de Avaliação Interna que foi

encaminhado ao Inep. Nesse sentido, cada subcomissão construiu um quadro de

indicadores que posteriormente transformaram-se nas questões a serem respondidas pela

comunidade acadêmica. Essas questões foram elaboradas tanto para a construção de

questionários a serem aplicados quanto para os roteiros de entrevistas a ser realizadas por

algumas das subcomissões.

Além disso, para melhor compreensão do trabalho metodológico realizado devem

ser observados os quadros que detalham os indicadores que foram trabalhados pelas

subcomissões e que serviram de base para as discussões das questões dos questionários,

e um breve esboço do plano amostral que foi utilizado. Na seqüência da apresentação as

ações que foram planejadas para o processo de avaliação serão relatadas e discutidas.

Para um efetivo trabalho de conhecimento organizacional da PUC Minas e de modo

a espelhar a comunidade acadêmica, foi preparado um plano de alcance metodológico.

Parte dele está expresso nas discussões sobre o Plano amostral. No entanto, a decisão de

se utilizar instrumentos de coletas das opiniões da comunidade acadêmica sob a forma de

questionários se fez necessária, uma vez que a amplitude das diversas dimensões da PUC

Minas não permitiria escolha mais simples. Outros recursos de avaliação, tais como

entrevistas, também foram utilizados. A subcomissão de Gestão e a subcomissão de

Pesquisa e de Pós-graduação, por exemplo, utilizaram esse recurso para conhecer as

perspectivas da Administração Superior no que concerne à especificidade de suas ações

institucionais.

Essa estratégia de verificação de informações, qual seja, entrevista gravada, foi

necessária para se coletar informações pertinentes que não seriam possíveis por meio de

questionário eletrônico, por entendermos ser essa a melhor forma de dialogar com a

Administração Superior. Esse foi o caso da subcomissão de Gestão, que procurou definir

esse estrato dentro da Instituição, como sendo todas aquelas pessoas que lidam de forma

intensa com as decisões em relação ao ensino, pesquisa, extensão e gestão da

universidade. Assim os entrevistados foram os Pró-reitores ligados a todas as áreas e

de plano amostral a Profª. Tânia Bogutchi (PUC Minas). A colaboração das professoras, seu reconhecido trabalho na área da pesquisa, foi valiosa para aprimorar a metodologia do trabalho de Avaliação.

Page 30: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

14

também os pró-reitores, diretores e coordenadores das Unidades Acadêmicas, dos Núcleos

Universitários e dos campi 17. Essa estratégia de entrevista também foi utilizada pela

subcomissão de Pesquisa e Pós-graduação com Pró-Reitor, coordenadores e professores

responsáveis pela pesquisa na Instituição e demais unidades acadêmicas

Outra estratégia de alcance de resultados foi utilizada pela subcomissão de

Egressos. A PUC Minas ainda não havia trabalhado formalmente com a questão dos

egressos. Para uma primeira investigação foi necessário estabelecer uma diferença

conceitual importante entre egresso e ex-aluno18, tal como definido e explicitado pela própria

subcomissão e descrita mais adiante. A partir daí e com um cadastro ainda desatualizado

dos alunos, iniciou-se a elaboração de questionário que pudesse cumprir os objetivos

propostos pela subcomissão e proceder ao levantamento das informações. Com a amostra

dos alunos formados na instituição no ano de 2000 e constituição de um banco de

informações, selecionou-se um grupo de estagiários – bolsa trabalho19, para dar início à

coleta de dados.

Enfim, o trabalho metodológico realizado pode ser bem visualizado em seus pilares

fundamentais, conforme o quadro seguinte que detalha os indicadores trabalhados pelas

subcomissões e serviu de base para discussão e elaboração dos questionários, além da

descrição do plano amostral utilizado.

17 Na PUC Minas as Unidades Acadêmicas são: Coração Eucarístico, Barreiro e São Gabriel; Núcleos Universitários: Betim e Contagem; Campus: Arcos, Poços de Caldas, Serro e Guanhães. 18 A distinção será explicitada no item dedicado à Avaliação de Egressos. 19 O Programa Bolsa Trabalho, instituído pela portaria 034/2004 de 13 de julho de 2004, é destinado aos alunos que ingressaram na PUC Minas oriundos dos pré-vestibulares comunitários e que possuem convênio com a Pró-Reitoria de Extensão.

Page 31: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

15

2.1.

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ica

e av

alia

ção

inst

ituci

onal

C

onsu

lta a

doc

umen

tos

Ges

tão

Fon

tes

docu

men

tais

e e

ntre

vist

as c

om a

P

ropl

an e

dem

ais

Pró

-rei

toria

s M

ISS

ÃO

/PD

I

Con

cret

izaç

ão d

as p

rátic

as p

edag

ógic

as e

sua

rel

ação

com

ob

jetiv

os c

entr

ais

da in

stitu

ição

Con

sulta

a d

ocum

ento

s, p

roje

tos

peda

gógi

cos

dos

curs

os;

elab

oraç

ão d

e qu

estã

o re

fere

nte

ao te

ma

prop

osto

no

inst

rum

ento

de

col

eta

de d

ados

Ens

ino

Pro

jeto

Ped

agóg

ico,

coo

rden

ador

es d

e cu

rsos

, pro

fess

ores

; alu

nos

da g

radu

ação

e

pós-

grad

uaçã

o

EN

SIN

O -

Con

cepç

ão d

e cu

rríc

ulo

e or

gani

zaçã

o di

dátic

o-pe

dagó

gica

de

acor

do c

om o

s fin

s da

inst

ituiç

ão, a

s di

retr

izes

cu

rric

ular

es e

a in

ovaç

ão d

a ár

ea

Con

sulta

aos

pro

jeto

s pe

dagó

gico

s do

s cu

rsos

E

nsin

o P

roje

to P

edag

ógic

o, c

oord

enad

ores

de

curs

os, p

rofe

ssor

es, a

luno

s da

gra

duaç

ão

e pó

s-gr

adua

ção

Prá

ticas

ped

agóg

icas

, con

side

rand

o a

rela

ção

entr

e a

tran

smis

são

de in

form

açõe

s e

utili

zaçã

o de

pro

cess

os

part

icip

ativ

os d

e co

nstr

ução

do

conh

ecim

ento

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Ens

ino

e P

ós-g

radu

ação

P

rofe

ssor

es, a

luno

s da

gra

duaç

ão e

pós

-gr

adua

ção

Per

tinên

cia

dos

curr

ícul

os (

conc

epçã

o e

prát

ica)

, ten

do e

m v

ista

os

obj

etiv

os in

stitu

cion

ais,

as

dem

anda

s so

ciai

s e

as

nece

ssid

ades

indi

vidu

ais

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Ens

ino

e P

ós-g

radu

ação

P

rofe

ssor

es, c

oord

enad

ores

de

curs

o,

alun

os d

a gr

adua

ção

e pó

s-gr

adua

ção

Prá

ticas

inst

ituci

onai

s qu

e es

timul

am a

mel

horia

do

ensi

no, a

fo

rmaç

ão d

ocen

te, o

apo

io a

o es

tuda

nte,

a in

terd

isci

plin

arid

ade,

as

inov

açõe

s di

dátic

o-pe

dagó

gica

s e

o us

o da

s no

vas

tecn

olog

ias

no e

nsin

o

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Ens

ino

e P

ós-g

radu

ação

P

rofe

ssor

es, c

oord

enad

ores

de

curs

o,

alun

os d

a gr

adua

ção

e pó

s-gr

adua

ção

A P

OL

ÍTIC

A P

AR

A O

EN

SIN

O, A

P

ES

QU

ISA

, A P

ÓS

-GR

AD

UA

ÇÃ

O,

A E

XT

EN

O E

AS

RE

SP

EC

TIV

AS

N

OR

MA

S D

E

OP

ER

AC

ION

AL

IZA

ÇÃ

O,

INC

LU

ÍDO

S O

S P

RO

CE

DIM

EN

TO

S

PA

RA

ES

TÍM

UL

O À

PR

OD

ÃO

A

CA

MIC

A, À

S B

OL

SA

S D

E

PE

SQ

UIS

A, D

E M

ON

ITO

RIA

E

DE

MA

IS M

OD

AL

IDA

DE

S

PE

SQ

UIS

A: R

elev

ânci

a so

cial

e c

ient

ífica

da

pesq

uisa

em

re

laçã

o ao

s ob

jetiv

os in

stitu

cion

ais,

tend

o co

mo

refe

rênc

ia a

s pu

blic

açõe

s ci

entíf

icas

, téc

nica

s e

artís

ticas

, pat

ente

s, p

rodu

ção

de te

ses,

org

aniz

ação

de

even

tos

cien

tífic

os, r

ealiz

ação

de

inte

rcâm

bios

e c

oope

raçã

o co

m o

utra

s in

stitu

içõe

s na

cion

ais

e in

tern

acio

nais

, for

maç

ão d

e gr

upos

de

pesq

uisa

, pol

ítica

de

inve

stig

ação

e p

olíti

cas

de d

ifusã

o de

ssas

pro

duçõ

es

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Pes

quis

a e

Pós

-gra

duaç

ãoD

ocen

tes

e di

scen

tes

do P

rogr

ama

de

Bol

sa d

e In

icia

ção

Cie

ntífi

ca, M

estr

ado

e D

outo

rado

e P

rátic

as In

vest

igat

ivas

Page 32: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

16

Qu

adro

Ger

al d

e In

dic

ado

res

da

Ava

liaçã

o

ITE

NS

A S

ER

EM

AV

AL

IAD

OS

IN

DIC

AD

OR

ES

A

ÇÕ

ES

PR

EV

IST

AS

SU

BC

OM

ISS

ÕE

S

RE

SP

ON

VE

IS

QU

EM

RE

SP

ON

DE

PE

SQ

UIS

A -

Vín

culo

s e

cont

ribui

ção

da p

esqu

isa

para

o

dese

nvol

vim

ento

loca

l/reg

iona

l

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Pes

quis

a e

Pós

-gr

adua

ção

Coo

rden

ador

es d

e pe

squi

sa/p

arce

iros

e co

mun

idad

e be

nefic

iada

Pol

ítica

s e

prát

icas

inst

ituci

onai

s de

pes

quis

a pa

ra a

form

ação

de

pes

quis

ador

es (

incl

usiv

e in

icia

ção

cien

tífic

a)

Aná

lise

docu

men

tal e

el

abor

ação

de

ques

tão

refe

rent

e ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Pes

quis

a e

Pós

-gr

adua

ção

Pró

-rei

tor

de P

esqu

isa

e fo

ntes

do

cum

enta

is o

ficia

is

Art

icul

ação

da

pesq

uisa

com

as

dem

ais

ativ

idad

es

acad

êmic

as

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Pes

quis

a e

Pós

-gr

adua

ção

Doc

ente

s e

disc

ente

s em

ger

al

Crit

ério

s pa

ra o

des

envo

lvim

ento

da

pesq

uisa

, par

ticip

ação

do

s pe

squi

sado

res

em e

vent

os a

cadê

mic

os, p

ublic

ação

e

divu

lgaç

ão d

os tr

abal

hos

Ana

lise

docu

men

tal

Pes

quis

a, P

ós-g

radu

ação

e

ensi

no

Fon

tes

docu

men

tais

EX

TE

NS

ÃO

-C

once

pção

de

exte

nsão

e d

e in

terv

ençã

o so

cial

pr

opos

ta n

o P

DI

Aná

lise

docu

men

tal

Ext

ensã

o F

onte

s do

cum

enta

is

Art

icul

ação

das

ativ

idad

es d

e ex

tens

ão c

om o

ens

ino

e a

pesq

uisa

e c

om a

s ne

cess

idad

es e

dem

anda

s do

ent

orno

so

cial

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Ext

ensã

o, E

nsin

o e

Pes

quis

a D

ocen

tes,

dis

cent

es e

com

unid

ade

Par

ticip

ação

dos

est

udan

tes

nas

açõe

s de

ext

ensã

o e

inte

rven

ção

soci

al e

o r

espe

ctiv

o im

pact

o em

sua

form

ação

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Ext

ensã

o e

Ens

ino

Dis

cent

es li

gado

s a

proj

etos

de

exte

nsão

Pós

-gra

duaç

ão, P

olíti

cas

inst

ituci

onai

s pa

ra c

riaçã

o, e

xpan

são

e m

anut

ençã

o da

pós

-gra

duaç

ão la

to e

str

icto

sen

suA

nalis

e do

cum

enta

l P

esqu

isa

e P

ós-

grad

uaçã

o F

onte

s do

cum

enta

is e

doc

ente

s da

pós

-gr

adua

ção

Pol

ítica

de

mel

horia

da

qual

idad

e da

pós

-gra

duaç

ão

Ana

lise

docu

men

tal

Pes

quis

a e

Pós

-gr

adua

ção

Fon

tes

docu

men

tais

e d

ocen

tes

da p

ós-

grad

uaçã

o

Inte

graç

ão e

ntre

gra

duaç

ão e

pós

-gra

duaç

ão

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Pes

quis

a e

Pós

-gr

adua

ção

Doc

ente

s da

pós

-gra

duaç

ão e

pro

jeto

s pe

dagó

gico

s

A P

OL

ÍTIC

A P

AR

A O

EN

SIN

O, A

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ES

QU

ISA

, A P

ÓS

-GR

AD

UA

ÇÃ

O, A

E

XT

EN

O E

AS

RE

SP

EC

TIV

AS

N

OR

MA

S D

E O

PE

RA

CIO

NA

LIZ

ÃO

, IN

CL

UÍD

OS

OS

PR

OC

ED

IME

NT

OS

P

AR

A E

ST

ÍMU

LO

À P

RO

DU

ÇÃ

O

AC

AD

ÊM

ICA

, AS

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LS

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DE

P

ES

QU

ISA

, DE

MO

NIT

OR

IA E

D

EM

AIS

MO

DA

LID

AD

ES

For

maç

ão d

e pe

squi

sado

res

e de

pro

fissi

onai

s pa

ra o

m

agis

tério

sup

erio

r

Ela

bora

ção

de q

uest

ão r

efer

ente

ao

tem

a pr

opos

to n

o in

stru

men

to

de c

olet

a de

dad

os

Pes

quis

a e

Pós

-gr

adua

ção

Doc

ente

s da

pós

-gra

duaç

ão

Page 33: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

17

Qu

adro

Ger

al d

e In

dic

ado

res

da

Ava

liaçã

o

ITE

NS

A S

ER

EM

AV

AL

IAD

OS

IN

DIC

AD

OR

ES

A

ÇÕ

ES

PR

EV

IST

AS

SU

BC

OM

ISS

ÕE

S

RE

SP

ON

VE

IS

QU

EM

RE

SP

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DE

A R

ES

PO

NS

AB

ILID

AD

E S

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IAL

D

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ST

ITU

IÇÃ

O -

INC

LU

O D

E

PE

SS

OA

S S

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IAL

ME

NT

E

EX

CL

UÍD

AS

E C

OM

N

EC

ES

SID

AD

ES

ES

PE

CIA

IS,

AM

PL

IAÇ

ÃO

DE

AC

ES

SO

Crit

ério

s qu

e a

inst

ituiç

ão u

tiliz

a pa

ra a

abe

rtur

a de

cur

sos

e am

plia

ção

de v

agas

/ A

ções

afir

mat

ivas

des

envo

lvid

as p

ela

inst

ituiç

ão

Ofe

rta

de n

ovas

vag

as; C

ontr

ataç

ão

pess

oal (

prof

esso

res

e fu

ncio

nário

s) d

este

s se

gmen

tos;

Des

crev

er e

stra

tégi

as

prev

ista

s pa

ra in

clus

ão e

m s

ala

de a

ula;

O

fert

as d

e bo

lsas

; Lis

tar

cota

s pa

ra a

ções

af

irmat

ivas

Ges

tão

Ent

revi

stas

Pro

plan

, Pro

RH

, P

roge

f e P

roin

fra

Iden

tific

ar in

icia

tivas

de

incu

bado

ras

de

empr

esas

, em

pres

as ju

nior

es, c

apta

ção

de

recu

rsos

E

xten

são

List

ar p

olíti

cas

de fo

rmaç

ão d

e pe

squi

sado

res

e de

form

ação

de

doce

ntes

pa

ra e

duca

ção

bási

ca e

par

a ed

ucaç

ão

supe

rior

Gra

duaç

ão, P

esqu

isa

e P

ós-g

radu

ação

TR

AN

SF

ER

ÊN

CIA

DE

C

ON

HE

CIM

EN

TO

E IM

PO

RT

ÂN

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S

OC

IAL

DA

S A

ÇÕ

ES

U

NIV

ER

SIT

ÁR

IAS

Con

trib

uiçã

o da

inst

ituiç

ão n

a cr

iaçã

o de

con

heci

men

tos

para

o

dese

nvol

vim

ento

cie

ntífi

co, t

écni

co o

u cu

ltura

l; In

serç

ão

prof

issi

onal

do

Egr

esso

Iden

tific

ar c

urso

s a

dist

ânci

a, c

apac

itaçã

o pe

dagó

gica

dos

pro

fess

ores

, cur

sos

de

exte

nsão

e p

ublic

açõe

s E

nsin

o

Fon

tes

docu

men

tais

List

ar c

onvê

nios

e a

cord

os c

om o

utra

s in

stitu

içõe

s pú

blic

as e

priv

adas

, or

gani

zaçõ

es p

rofis

sion

ais

e em

pres

aria

is,

asso

ciaç

ões,

cen

tros

ass

iste

ncia

is -

R

elaç

ão d

e co

nvên

ios/

está

gios

Ges

tão

Par

ceria

s co

m a

ext

ensã

o E

xten

são

RE

LA

CIO

NA

ME

NT

O C

OM

S

ET

OR

ES

BL

ICO

, PR

IVA

DO

E

TE

RC

EIR

O S

ET

OR

Des

criç

ão e

sis

tem

atiz

ação

das

ativ

idad

es r

elac

iona

das

com

co

oper

ativ

as, O

NG

`s, c

orai

s, c

entr

os d

e sa

úde,

esc

olas

, cl

ubes

, sin

dica

tos,

par

tidos

pol

ítico

s, a

ções

com

unitá

rias

ou

outr

as

Par

ceria

s co

m ó

rgão

s na

cion

ais

e

inte

rnac

iona

is

Pes

quis

a e

Pós

-gr

adua

ção

e P

olíti

cas

de

Ate

ndim

ento

ao

Est

udan

te

Fon

tes

docu

men

tais

IMP

AC

TO

S D

AS

AT

IVID

AD

ES

C

IEN

TÍF

ICA

S, T

ÉC

NIC

AS

E

CU

LT

UR

AIS

PA

RA

O

DE

SE

NV

OL

VIM

EN

TO

RE

GIO

NA

L E

N

AC

ION

AL

Car

acte

rizaç

ão e

per

tinên

cia

das

ativ

idad

es d

a IE

S n

as á

reas

de

edu

caçã

o, s

aúde

, laz

er, c

ultu

ra, c

idad

ania

, sol

idar

ieda

de,

orga

niza

ções

eco

nôm

icas

e s

ocia

is, m

eio

ambi

ente

, pat

rimôn

io

cultu

ral,

plan

ejam

ento

urb

ano,

des

envo

lvim

ento

eco

nôm

ico,

en

tre

outr

as

List

ar p

roje

tos

de e

xten

são

e pe

squi

sa e

s-gr

adua

ção

nas

dive

rsas

áre

as

evid

enci

ando

a v

incu

laçã

o de

ssas

at

ivid

ades

com

o d

esen

volv

imen

to d

as

final

idad

es d

a in

stitu

ição

/ C

arac

teriz

ação

da

s at

ivid

ades

e d

escr

ição

da

vinc

ulaç

ão

com

o m

eio

que

favo

rece

o

dese

nvol

vim

ento

das

fina

lidad

es d

a in

stitu

ição

Ext

ensã

o e

Pes

quis

a e

Pós

-gra

duaç

ão

Fon

tes

docu

men

tais

Page 34: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

18

Qu

adro

Ger

al d

e In

dic

ado

res

da

Ava

liaçã

o

ITE

NS

A S

ER

EM

AV

AL

IAD

OS

IN

DIC

AD

OR

ES

A

ÇÕ

ES

PR

EV

IST

AS

SU

BC

OM

ISS

ÕE

S

RE

SP

ON

VE

IS

QU

EM

RE

SP

ON

DE

Est

raté

gias

, rec

urso

s e

qual

idad

e da

com

unic

ação

inte

rna

e ex

tern

a Li

star

mec

anis

mos

de

com

unic

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in

tern

a e

mei

os d

e co

mun

icaç

ão e

xter

naA

CO

MU

NIC

ÃO

CO

M A

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Page 35: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

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Page 36: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

20

2.2. PLANO AMOSTRAL

A PUC Minas é a população de interesse no estudo para Auto-Avaliação e estudá-la

através de um censo, em que cada pessoa da população é investigada, é complexo em

razão da exigência temporal e recursos indispensáveis para a sua efetiva realização. Assim,

uma alternativa foi realizar o estudo em uma amostra que fosse representativa dessa

população, trazendo consigo a hereditariedade da característica de interesse. Nesse

sentido, para a escolha dos elementos que farão parte de uma amostra é necessário o uso

de regras bem objetivas, com critérios pré-estabelecidos, que facilitem a repetição da coleta

pelo próprio pesquisador ou por outro pesquisador que queira repetir a experiência em outro

momento ou lugar. Essas regras começam pela forma como os dados são coletados, ou

seja, como serão selecionadas as unidades amostrais que farão parte da pesquisa, podendo

ser não-aleatória (não-probabilística) ou aleatória (probabilística). No processo não-aleatório

os elementos de uma população não possuem as mesmas chances de serem incluídos na

amostra, impossibilitando conclusões sobre a população de interesse, ao passo que no

processo aleatório há exigência que cada elemento tenha a mesma chance de ser

escolhido, possibilitando inferências sobre a população de interesse.

A Estatística possui técnicas e ferramentas adequadas para determinar um tamanho

de amostra adequado, planejar a coleta e analisar uma massa de dados provenientes de

pesquisas simples ou complexas, para que possam produzir conclusões ou, pelo menos,

hipóteses a serem levantadas de um fenômeno em estudo. Apesar de essas técnicas

explorarem as razões de possíveis diferenças detectadas, elas não tratam das causas das

variações que devem ser entendidas à luz dos conhecimentos da área do estudo em

questão. A melhor metodologia para estudo de uma situação específica depende de fatores

tais como a estrutura da população, a variabilidade da característica de interesse, o custo, a

exeqüibilidade do processo de amostragem, o tipo de pergunta a ser respondida e a

simplicidade da manipulação estatística que será requerida. Vale ressaltar que os métodos

estatísticos mais simples são aqueles possíveis de serem aplicados em amostras

selecionadas utilizando o método de amostragem simples ou sistemática e estratificada.

Dessa maneira, a precisão de qualquer estimativa feita a partir de amostragem probabilística

dependerá: (1) do método de amostragem; (2) do plano ou desenho amostral; (3) da

qualidade da informação obtida.

Para fins do processo de Avaliação Institucional, para a coleta de opiniões foram

entrevistados: (1) administração superior; (2) comunidade externa; (3) corpo técnico-

administrativo; (4) coordenadores, professores e alunos na graduação e na pós-graduação.

O melhor método de coleta das informações da administração superior é entrevista em

Page 37: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

21

profundidade. Para a comunidade externa, além de entrevistas pode-se utilizar a técnica de

grupos focais. A análise desses dados é qualitativa e enriquece as inferências possibilitadas

pelas técnicas estatísticas aplicadas nos demais atores que responderão a um questionário

estruturado ou semi-estruturado.

Em todas as dimensões foi feito um levantamento das informações contidas em

documentos publicados, tais como as do Censo da Educação Superior Anual, publicado no

site do Inep ou diretamente na fonte para aquelas não encontradas em publicações. Os

questionários foram compostos com questões que contemplaram as informações dos atores

considerando todas as dimensões pertinentes. No quadro a seguir tem-se um resumo das

dimensões e de seus atores:

Atores

Dimensão20 Coordenador

do colegiado Professor Aluno Funcionário

Comunidade

Externa

Ensino

Gestão e Infra-estrutura

Extensão e

Responsabilidade Social

Comunicação21

Políticas de Atendimento

ao Estudante

Pós-graduação e

Pesquisa

Quadro 2: Atores pesquisados e suas interseções, por dimensão

Os resultados obtidos traçaram o perfil desses atores e juntamente com as

informações levantadas pela análise de fontes documentais compuseram as informações

pertinentes para a Avaliação Interna da PUC Minas, em cada dimensão.

A amostragem considerou o grau de satisfação com a Instituição, ou seja, a

proporção de indivíduos que classificaria como “satisfatório” o seu trajeto pela Instituição em

qualquer uma das instâncias de sua passagem. Foi uma amostragem conservadora, pois

considerou 50% dos indivíduos com resposta positiva a esse quesito. Para o cálculo do

tamanho da amostra foi utilizado o desenho mais apropriado para cada uma das dimensões

e considerou-se uma confiabilidade de 95%, com precisão de 5% e poder de no mínimo

20 A dimensão Egressos foi constituída pelos alunos formados em 2000. 21 Por perpassar toda a comunidade a dimensão “Comunicação” faz parte de todos os instrumentos de coleta.

Page 38: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

22

90%. As amostras foram corrigidas em 10% como margem de cobertura para perda de

respostas.

O planejamento da coleta foi por (1) entrevistas em profundidade com todos os

componentes da Administração superior, aqui incluídos os Pró-reitores das unidades; com

os líderes dos projetos de extensão da comunidade externa; com os componentes

determinados para a dimensão da comunicação e com os coordenadores de cursos da pós-

graduação, lato e stricto sensu; (2) dados primários, dos demais atores selecionados, que

responderam questionários disponibilizados on-line. Os mesmos foram informados da

seleção e motivados a responder. As chamadas para o preenchimento das respostas foram

disponibilizadas por um tempo determinado e em caso de não-resposta o mesmo foi

substituído pelo próximo respondente da lista de excedentes (até no máximo 10% da

amostra).

A dimensão de Ensino foi avaliada anteriormente ao Programa de Avaliação ter sido

oficialmente regulamentado, ficando dessa maneira, fora do planejamento amostral nessa

etapa. A não inclusão da dimensão Ensino de Graduação foi autorizada pela Conaes, após

consulta formal (Anexo 222), no segundo semestre de 2005. Os resultados obtidos na

dimensão do Ensino estão sendo utilizados nesse Relatório de Avaliação Interna, mas não

poderão ser considerados como a primeira coleta de uma série histórica que começa a ser

computada a partir de agora para todas as demais dimensões. O motivo da não inclusão da

dimensão Ensino deve-se ao fato de seu primeiro desenho ter sido não-probabilístico e sim

auto-seletivo, o que inviabiliza as inferências para esse período. Essa dimensão será

avaliada por amostragem em 2007.

A operacionalização da coleta de dados primários foi otimizada ao se colocar as

questões referentes às interseções entre as dimensões em diversos questionários. Assim,

por exemplo, a dimensão da Comunicação com a Sociedade não precisou repetir um

questionário somente para si, pois sua demanda perpassou por todas as outras dimensões

avaliadas nesse momento.

De maneira geral a esquematização para a coleta de dados primários foi similar ao

quadro a seguir:

22 MENEGHEL, Stela ([email protected]). [carta-resposta]. Mensagem recebida por [email protected] em 22 de junho de 2005.

Page 39: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

23

Figura 2: Esquematização da coleta primária de dados por Dimensão

Após a amostragem e aplicação dos questionários os resultados obtidos podem ser

resumidos, conforme tabela abaixo, em que se considera o número de observações ideal

calculado e o real obtido, bem como as confiabilidades das amostras realmente coletadas:

Tabela 1: Confiabilidade das Amostras por Dimensão e Respectivos Atores

Amostras

Ideal (95%) Real Dimensão Atores

n n Confiabilidade Gestão Funcionários 305 246 94,1%

Cursos (*) 47 47 95,0% Coordenadores 34 14 12,9% Professores 139 57 65,3%

Lato sensu

Alunos 423 129 56,9%

Pesquisa e Pós-graduação

Stricto sensu Alunos 320 66 53,3% Projetos (*) 70 70 95,0% Professores/coordenadores 54 54 95,0% Extensão

Alunos 174 104 73,9% Egressos - Ano 2000 Profissionais ha 5 anos 345 562 99,1% (*) Estratificação da amostra

Fonte: Copav/2006

Gestão

AmostraFuncionários(questionário)

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Amostragem: Cursos Por Institutos

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AmostraAlunos

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Pós-graduação e Pesquisa

Lato sensu Stricto sensu

Amostragem: Cursos Por Institutos

Coordenadores(questionário)

AmostraProfessores

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Pró-reitor,Coordenadorese Professores

(entrevista)

AdministraçãoSuperior

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Extensão

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Parte específica

sobre Comunicação em todos osquestionários

Dimensões

Comunicação

Page 40: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

24

3. CARACTERIZAÇÃO DA PUC MINAS

A PUC Minas passou por uma expansão de cursos nos últimos anos, o que conferiu

ao trabalho de avaliação um desafio ainda maior. Se antes a preocupação era manter e

permanentemente aprimorar a qualidade do ensino na graduação, com a criação do

Programa de Avaliação – Cocenai23 – anterior ao Sinaes, esse desafio se estendeu a outros

aspectos da Instituição. Para melhor compreensão desse processo da expansão, este

Relatório vale-se de documentos referenciais da PUC Minas, citados no Relatório Geral da

Graduação:

A PUC Minas se caracteriza como Instituição particular, comunitária e confessional, de acordo com o previsto na Carta Constitucional de 1988. Tem ela caráter público – não estatal por não ter finalidade lucrativa, por aplicar seus excedentes financeiros em educação e por assegurar a destinação de seu patrimônio à outra escola, se encerradas suas atividades.24

Em breve histórico de Instituição, o Relatório descreve que

criada por Dom Cabral em 1958, a PUC Minas vem expandindo suas atividades, verificando-se um aceleramento desse crescimento principalmente a partir dos anos 90. Essa expansão se expressa principalmente na abertura de novos cursos de graduação, mas é também verificada na ampliação da pós-graduação e da pesquisa, bem como das atividades de extensão. A estrutura física da Universidade também se expande tanto em termos de área construída, equipamentos, biblioteca, dentre outros, quanto em sua distribuição espacial na cidade de Belo Horizonte, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e em regiões interioranas do estado de Minas Gerais.25

Ainda com relação à expansão, o Relatório mostra que a PUC Minas tornou-se uma

das maiores universidades do país no ensino da graduação, fato confirmado pelo número de

alunos, professores e funcionários do corpo técnico-administrativo que formam toda a

comunidade acadêmica26.

Além disso, a PUC Minas, no ano de 2003, já reunia os seguintes campi: Campus

de Belo Horizonte, com as Unidades Barreiro, Coração Eucarístico e São Gabriel e os

Núcleos Universitários de Betim e Contagem; Campus de Arcos; Campus de Poços de

Caldas e Campus de Serro. Note-se que a expansão também foi no sentido de ampliar as

unidades de ensino no estado de Minas Gerais. Para fins de nomenclatura, o Relatório

ainda esclarece:

23 Cocenai – Comissão Central de Avaliação Institucional. 24 PUC MINAS, 2005, p. 19. 25 Id.,ibid. 26 No segundo semestre de 2003 a PUC Minas contava com um corpo discente em torno de 43 mil alunos, empregando 2.272 professores e 1.250 funcionários.

Page 41: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

25

Esse desenho e a definição de Campus e Unidade são aspectos organizacionais da Instituição que estão em exame através da discussão para a reforma do Estatuto da Universidade. Será adotada a terminologia corrente na Instituição até o presente momento, por se tratar da denominação em uso no período ao qual este Relatório se refere.27

Esse processo de expansão pode ser visualizado no gráfico a seguir, referente ao

aumento dos cursos de Graduação. Os cursos de pós-graduação ganharam destaque nos

últimos dois anos, conforme descrito, mais adiante, no relatório de avaliação da

Subcomissão de Pesquisa e Pós-Graduação.

Gráfico 1: Número acumulado de cursos da PUC Minas – 194328/ 2003

Fonte: DM Ensino/SGA – 2o. semestre de 2003

Além disso, é de extrema importância caracterizar e descrever as ações

relacionadas à Extensão, componente indissociável do Ensino e da Pesquisa na história

dessa Instituição.

As ações de extensão na PUC Minas tiveram início na década 60, a partir de

iniciativas isoladas dos departamentos e cursos de graduação que promoviam atividades

culturais, conferências, cursos e prestação de serviços às comunidades em situação de

vulnerabilidade. Neste período, surgiram o Departamento de Assistência Jurídica, o Instituto

27 PUC MINAS, 2005, p. 19. 28 Embora tenha sido criada em 1958, a PUC Minas surgiu da reunião de cursos de nível superior já existentes. A data de 1943 refere-se ao ano de abertura do primeiro curso superior, que posteriormente iria integrar o grupo de cursos que formariam a Universidade Católica de Minas Gerais.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1943

1946

1959

1964

1972

1986

1990

1993

1995

1997

1999

2001

2003

Ano abertura

Qtd

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Acu

mu

lad

o

Page 42: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

26

de Orientação Juvenil (prestação de serviços e estágios) e o Serviço de Orientação

destinado à comunidade acadêmica.

Em 1972, criou-se na Universidade o Centro de Extensão, voltado, inicialmente,

para a realização de cursos e a promoção de eventos culturais. Gradativamente foi

ampliando sua atuação em trabalhos assistenciais, desenvolvidos junto às populações em

situação de vulnerabilidade social, por intermédio das clínicas de odontologia e de

psicologia, bem como dos serviços de assistência jurídica, que hoje integram os projetos

pedagógicos dos respectivos cursos. Os projetos de intervenção social, iniciados na década

de 70 com os campi avançados nas cidades de Araçuaí e de Pirapora, desdobraram-se em

outros modelos de ação social na região metropolitana da capital, bem como em vários

municípios mineiros e no nordeste do país.

Em 1978, com a aprovação do novo estatuto da então Universidade Católica de

Minas Gerais (UCMG), o Centro de Extensão deu lugar à Coordenadoria de Extensão,

sendo também fundado o Programa de Desenvolvimento e Ação Comunitária (Prodac)29 que

promoveu a articulação de diversos departamentos da Universidade com instituições

externas. Essas articulações objetivavam a realização de diagnósticos socioculturais de

comunidades rurais, programas de criação de associação de artesãos, produção de Jornal

dos Bairros, promoções culturais, feiras de artesanato e fortalecimento do Programa de Pós-

Graduação com o oferecimento do PREPES.

Em 1982, a Coordenadoria de Extensão integrou-se à Divisão de Apoio

Comunitário, ficando subordinada à Vice-Reitoria. No ano seguinte, a Universidade Católica

de Minas Gerais foi reconhecida como Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas),

estruturando, em 16 de novembro de 1983, a Pró-Reitoria de Extensão e Ação

Comunitária30.

Destaca-se neste período a formalização do Colegiado de Extensão, que contou

com a representação de alunos, professores e funcionários, tendo como fim efetivar a

participação da comunidade universitária na implementação da política de extensão. O

primeiro item do Relatório de Atividades da Pró-reitoria no ano de 1984 propôs a

implementação de uma “Política de Extensão intimamente vinculada às propostas e

atividades de Ensino e Pesquisa e estabelecer uma conexão orgânica com a sociedade”. À

estrutura organizacional desta Pró-reitoria foram criados novos setores, bem como foi

incorporada uma equipe de profissionais que contribuíram para uma melhor organização

das ações.

29 Cf. SILVA, 1989. 30 Em 19/06/90 a Ação Comunitária foi desmembrada da Pró-reitoria de Extensão, tornando-se Secretaria de Ação Comunitária através da Portaria/R/19/90.

Page 43: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

27

Nas últimas três décadas, a PUC Minas vem desenvolvendo práticas

extensionistas, tais como ações científicas, culturais e educativas, que possibilitam a

interlocução da universidade com a sociedade, a participação de diversos segmentos

sociais em suas ações, contribuindo para a promoção da cidadania, a inclusão e o

desenvolvimento social e demonstrando um grande dinamismo e criatividade.

Nesse seu fazer cotidiano, a Extensão se organizou, no interior da Pró-reitoria, em

torno de núcleos temáticos interdisciplinares, tais como criança e adolescente, políticas

urbanas, meio ambiente, educação infantil, sociedade inclusiva, comunidade, patrimônio,

núcleos esses com experiências diversificadas, mas todos com grande potencial para o

estabelecimento de parcerias com setores públicos, produtivos, não-governamentais e

internacionais (quase sempre com captação de recursos) e para a produção de

conhecimento, seja através da realização da pesquisa, seja através da reflexão sobre a

própria intervenção social, seja através da promoção de cursos, encontros, seminários e

congressos. Essas atividades extensionistas vêm sendo realizadas com a inserção de

professores e alunos dos mais diferentes cursos da universidade. Muitos desses trabalhos

originaram publicações que vêm contribuindo com a discussão de diferentes questões

teóricas, metodológicas e políticas, projetando a extensão da PUC no cenário nacional, em

especial.

Simultaneamente, ricas práticas extensionistas vêm ocorrendo nos cursos das

diversas unidades e campi da PUC Minas demonstrando o reconhecimento da importância

da extensão na formação acadêmica, ainda que expressando entendimentos diversos e

multifacetados sobre a extensão, carecendo, portanto, de diretrizes norteadoras mais

precisas.

No seio desse processo criativo e dinâmico, a extensão da PUC Minas se concebe

como uma atividade acadêmica interdisciplinar, teórica e prática, que se realiza tanto por

meio da seleção e processamento de demandas externas quanto da elaboração interna de

questões que merecem ser desenvolvidas à luz de estudos e teorias.

A partir 2003, criou-se na Pró-reitoria de Extensão um Grupo de Trabalho

responsável pela explicitação de uma proposta coletiva da política de extensão na PUC

Minas, que considerasse as características constituintes das atividades extensionistas em

curso, o debate nacional e as exigências legais relativas à extensão universitária. O Censo

das Atividades de Extensão, realizado nesse momento, confirmou a diversidade das ações e

das concepções sobre a extensão, o que exigiu uma sistematização dessas experiências à

luz daqueles elementos. O resultado dessas reflexões consolidou um documento,

anteriormente iniciado, denominado “Documento-base da Política de Extensão Universitária

– versão preliminar”, que foi amplamente socializado na comunidade acadêmica, buscando

uma interlocução com os cursos, departamentos, pró-reitorias, coordenação de extensão

Page 44: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

28

das unidades e campi, institutos e demais atores na perspectiva de um processo de trabalho

compartilhado. Nessa mesma perspectiva criou-se, no âmbito interno da Pró-reitoria, um

Conselho de Extensão composto pelo Pró-reitor, pelos coordenadores de extensão das

unidades e campi, pelos coordenadores dos núcleos temáticos da Pró-reitoria de Extensão e

um membro da assessoria.

Ao final de 2004, foi organizado pela Pró-Reitoria um seminário com a intenção de

discutir os princípios, as diretrizes, a estruturação e os marcos legais nacionais que

deveriam nortear a política extensionista da PUC Minas. Outras ações concretas, a partir de

então, vêm sendo empreendidas para garantir decisões relativas à implementação da

política em construção, tais como a destinação de recursos orçamentários para execução de

programas e projetos nos cursos e nos núcleos temáticos, reestruturação organizacional e

do espaço físico da Pró-reitoria, aquisição de equipamentos, participação em fóruns

regionais e nacionais, avaliação dos projetos pedagógicos, participação mais orgânica no

Propav e a intensificação das parcerias locais, regionais e nacionais.

Um segundo seminário, realizado em outubro de 2005, visou, sobretudo, discutir as

possibilidades de articulação entre extensão, ensino e pesquisa, em consonância, inclusive,

com o que preconizam as “Diretrizes da Graduação da PUC Minas” e também propiciou

uma mostra de projetos extensionistas envolvendo toda a universidade.

É neste contexto que a Pró-reitoria, reafirmando a missão da universidade,

reconhecendo a tradição de suas práticas extensionistas e considerando as exigências

legais das instâncias competentes, entende que a consolidação de sua Política de Extensão

Universitária possibilitará uma referência para as ações de extensão na universidade,

incentivando, contudo, iniciativas advindas dos cursos em conformidade com os seus

projetos pedagógicos e com as diretrizes e princípios da política expressa nesse documento.

O histórico acerca da Extensão na PUC Minas demonstra que a mesma já adquiriu

institucionalidade no meio universitário, o que vem reforçar a compreensão, ora em curso,

de sua importância e indispensabilidade como parte do fazer acadêmico.

A seguir, são apresentados e discutidos os resultados do Processo de Avaliação

Interna, reafirmando, mais uma vez, que a natureza contínua e processual da Avaliação

Institucional tem por preocupação primeira o aprimoramento dos saberes acadêmicos

traduzidos na articulação do Ensino, da Pesquisa e da Extensão.

Page 45: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

29

4. DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

O trabalho de Avaliação Interna da PUC Minas tornou-se especial por contar com a

participação de diversos professores, que não apenas iniciaram as discussões sobre

avaliação como também proporcionaram à instituição o caminho da reflexão sobre as suas

práticas, sejam elas de gestão, acadêmicas, de pesquisa, extensão, de comunicação com a

comunidade e com os diversos setores que formam verdadeiramente uma Universidade.

Nesse sentido o que se pretende é, a partir do caminho percorrido, apresentar os

resultados obtidos nessa etapa da Avaliação. Tal como já foi afirmado compreende-se que

esse processo não se encerra neste Relatório, mas aponta direção e metas para o pensar e

fazer da atividade fim da Universidade, vale dizer, o trabalho com o conhecimento.

Assim, cada uma das subcomissões criadas construiu caminhos para que se

pudessem buscar os dados e, de maneira pertinente, organizá-los para divulgação. As

seções seguintes apresentam os resultados desse processo. Conforme a implementação e

consecução do processo nesta Instituição, a apresentação desses resultados parte da

dimensão do ensino de graduação, visto ter sido a atividade pioneira no processo de

avaliação interna. No entanto, como poderá ser observado, buscou-se a ordenar as diversas

dimensões conforme o disposto no Roteiro de Auto-Avaliação Institucional (Sinaes, 2004),

procurando compreender as interfaces de cada uma das dimensões. Ou seja, o trabalho de

conhecimento da instituição realizada por uma subcomissão, muitas vezes – e não poderia

ser de outro modo - relaciona-se com os resultados de outra subcomissão. Na

aprendizagem desse processo há que se buscar ajuste, adequação para o diálogo

permanente no trabalho de avaliação das subcomissões.

Page 46: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

30

4.1. SUBCOMISSÃO DE GESTÃO

A avaliação da Gestão de uma Instituição de Ensino Superior (IES) é um processo

contínuo, na medida em que compreende um balanço crítico, permanente e construtivo da

infra-estrutura e atividades técnico-administrativas que integram seu universo acadêmico. O

processo avaliativo deve partir da compreensão da natureza da instituição: sua missão, seu

objetivo, seu projeto pedagógico. São elementos que não se avaliam facilmente. No entanto,

são os pilares da Gestão que, permanentemente, precisam ser vistos e revistos, de tal forma

que a universidade possa cumprir responsavelmente sua finalidade.

A Subcomissão de Gestão entende que a avaliação da administração da instituição

deve ser realizada sob perspectiva sistêmica. Não se pretende retratar cada uma das

unidades de trabalho em seus aspectos positivos ou negativos, mas perceber crítica e

globalmente todas as partes envolvidas na administração, de forma a avaliar o todo, em

função do cumprimento responsável das atividades. Trata-se, assim, de analisar os diversos

aspectos da Gestão, em sua pluralidade, sem perder a unidade pela qual se traduz o projeto

educacional da Universidade.

A partir de uma perspectiva global, a avaliação deve abranger o programa

estratégico e as políticas institucionais. Devem ser levadas em conta as dimensões da

avaliação caracterizadas pelos agrupamentos de aspectos predominantes capazes de

refletir a realidade da IES, sobre as quais se emitirá juízo de valor.

Para um efetivo trabalho com a dimensão da Gestão, a opção do Programa de

Avaliação da PUC Minas foi o de conciliar áreas a serem avaliadas sob uma mesma

subcomissão. Nesse sentido, o que se tem aqui em relação à dimensão Gestão são as

informações pertinentes à avaliação dos funcionários da PUC Minas, cujo número a ser

avaliado cresceu significativamente, já que a Instituição expandiu sua função educativa.

As dimensões avaliadas foram as seguintes:

� A política para o ensino, pesquisa, pós-graduação, extensão e sua

operacionalização;

� A responsabilidade social da Instituição;

� A comunicação com a sociedade;

� As políticas de pessoal e as carreiras dos corpos docente e técnico-

administrativo;

� A organização e a gestão institucionais;

� A infra-estrutura física, incluindo recursos para ensino, pesquisas, biblioteca e

informatização;

Page 47: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

31

� O planejamento e a avaliação;

� A sustentabilidade financeira.

Como o trabalho com a avaliação institucional na PUC Minas tem um histórico

diferente de outras instituições no Brasil, uma vez que as discussões foram iniciadas

anteriormente à instauração do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior -

Sinaes, quase todas as subcomissões passaram por um momento de readequadação da

proposta de trabalho. Em alguns casos para se ajustar à proposta de avaliação do Sinaes e,

em outros momentos, para iniciar os desdobramentos sugeridos pela referida Lei.

4.1.1. Ações planejadas

Para estabelecer um plano de desenvolvimento dos seus trabalhos, a subcomissão

estudou cuidadosamente as orientações estabelecidas pelo Propav, assim como as

diretrizes definidas pelo Sinaes. Considerando ainda a necessidade de priorizar objetivos e

funções da Instituição, tendo como referência seu perfil e sua realidade, analisaram-se o

Projeto Pedagógico Institucional - PPI e o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI –

documentos-mestres da Universidade.

Dessa forma, as atividades avaliativas foram, desde o início, pautadas pelos

princípios e normas estabelecidos pela própria cultura da comunidade acadêmica e pela

legislação vigente no País.

O processo de avaliação caracteriza-se por ser um processo coletivo cooperativo e,

em hipótese alguma, punitivo, pressupondo, então, a participação de todos. Com essa

finalidade, a subcomissão visitou, no campus Coração Eucarístico, no período de agosto de

2004 a julho de 2005, diversos setores da Universidade. Tais visitas tiveram o propósito de

incrementar a sensibilização, principalmente das chefias, para o processo de avaliação e,

também, para apresentar o esboço do instrumento avaliativo, de modo que houvesse

manifestação e colaboração com apresentação de sugestões, quanto à questões relevantes

para as ações administrativas da Instituição.

Os setores visitados no campus Coração Eucarístico foram: Datapuc31, CRA –

Centro de Registros Acadêmicos, Biblioteca, Secretaria de Ação Comunitária, Ouvidoria,

Pró-reitorias.

Como nas outras subcomissões, as ações planejadas para o trabalho da

subcomissão de Gestão partiram de algumas premissas metodológicas. Dessa forma, o

31 DATAPUC é o órgão da PUC Minas que congrega todas as informações relativas ao armazenamento de dados, bem como cuida do Portal da PUC Minas e outras áreas de internet.

Page 48: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

32

processo de avaliação foi realizado em dois níveis: corpo técnico-administrativo

(funcionários) e administração superior. Para os primeiros foram aplicados questionários

(Anexo 3) com questões fechadas, a fim de facilitar a tabulação e análise das respostas,

tendo em vista a dimensão do universo a ser pesquisado32. Para a Administração Superior,

optou-se pela realização de entrevistas, cujos roteiros apresentaram questões comuns,

assim como questões específicas formuladas conforme a Pró-reitoria a que se destinassem.

A Auto-Avaliação institucional não pode se dar somente em função de

levantamentos primários, como entrevistas e aplicação de questionários, mas também a

partir de análises documentais (Anexo 4). Assim sendo, paralelamente ao trabalho de

campo, foi realizada uma pesquisa documental de dados pela subcomissão.

4.1.2. Ações realizadas

O grupo de trabalho cuidou, para o desenvolvimento das suas ações, da

caracterização dos objetivos da avaliação, da definição da sua base de atuação, da

estratégia para viabilizar as ações que, por seu turno, permitiram a elaboração dos

instrumentos a serem utilizados - questionário e roteiros de entrevistas - bem como sua

análise e devolução para a comunidade acadêmica, de maneira a discutir os resultados.

Uma vez elaborados, os questionários e roteiros de entrevistas foram validados

pelo Copav. O questionário foi disponibilizado on-line para os funcionários no período de 28

de outubro a 16 de dezembro do ano de 2005, de forma que uma amostra representativa e

aleatória desse grupo pudesse responder às questões, as quais geraram um banco de

dados. Já as entrevistas com pró-reitores e Reitor foram realizadas entre outubro e

dezembro. O material coletado, arquivado em fitas cassete foi transcrito para posterior

análise.

De forma sintética, a estratégia adotada pela subcomissão para alcance dos

objetivos pode ser estruturada em pelo menos quatro fases que estão apresentadas a

seguir:

Primeira fase

� Elaboração do Projeto para a Avaliação da Gestão - PAG;

32 É importante ressaltar que, à época da elaboração dos questionários, a diretoria da Associação dos Servidores da PUC Minas - ASSUC procurou a subcomissão para fazer sugestões. Uma vez que o questionário, em fase de preparação, continha a quase totalidade das sugestões encaminhadas, concluiu-se que o documento de fato contemplava os anseios manifestados pelos representantes dos funcionários.

Page 49: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

33

� Identificação dos eixos centrais iniciais/dimensões para produção dos

instrumentos de avaliação;

� Definição dos instrumentos de avaliação: questionários, entrevistas e

pesquisa documental;

� Visitas a setores técnico-administrativos;

� Sensibilização de chefias e gestores;

� Elaboração de questionário e aprovação do mesmo pela CPA;

� Elaboração de roteiros para entrevistas;

� Seleção de documentos, dados e indicadores a serem coletados;

� Elaboração de plano de amostragem e procedimento para coleta de dados;

� Reavaliação e atualização do PAG;

� Montagem do cronograma para entrevistas e aplicação dos questionários.

Segunda fase

� Disponibilização dos questionários on–line, no portal RH33, para funcionários

amostrados;

� Entrevistas com administração superior;

� Levantamento de documentação, dados e indicadores;

� Reavaliação e atualização do PAG;

� Elaboração do relatório preliminar.

Terceira fase

� Apoio e assessoria técnica do Copav, para tratamento de dados - apuração,

organização, análise, compactação e respectiva interpretação;

� Reavaliação e adequação do Projeto para Avaliação da Gestão.

Quarta fase

� Construção de relatório final: elaboração inicial e avaliação com a CPA;

� Adequações e redação final;

� Organização de arquivo de informações, documentação e indicadores para

consulta permanente da própria Instituição e para fins de avaliações externas.

Page 50: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

34

4.1.3. Resultados Alcançados

A seguir serão apresentados os resultados da avaliação da dimensão da Gestão

realizada com a Administração Superior e com os funcionários.

4.1.3.1. Avaliação da Gestão Realizada com a Administração Superior

A) Missão/Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI):

Existem documentos na Universidade que especificam os seus objetivos,

finalidades e compromissos, tais como: Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, e o

Projeto Pedagógico Institucional – PPI. Este último documento, o PPI, foi aprovado pelo

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão no fim do primeiro semestre letivo de 2006, e

encontra-se, por isso, afinado com as recentes demandas institucionais. O PDI encontra-se

em fase de revisão. A PUC Minas desenvolve programas articulando as dimensões do

ensino, pesquisa e extensão, com alto retorno social, alinhado à sua missão.

As ações e práticas realizadas pela Instituição são definidas com base no PDI,

sendo acompanhadas mediante reuniões internas, para avaliação e verificação de

adequações necessárias, além de reuniões no âmbito de todas as pró-reitorias.

Há, também na Universidade, uma comissão permanente, presidida pelo Vice-

reitor, que decide sobre a abertura ou fechamento de cursos e/ou programas, ampliação ou

revisão do número de vagas, com base em informações fornecidas pelas pró-reitorias.

Pontos a serem aperfeiçoados

Em vista da revisão em andamento do PDI, faltam bases conceituais que

possibilitem sustentar sua articulação robusta com o PPI. Além disso, constata-se que não

há plena divulgação do PDI junto à comunidade universitária. O acompanhamento de ações

e práticas da Instituição é, predominantemente informal, não havendo uma

institucionalização geral desses procedimentos em relação ao PDI. As mudanças e

33 Canal de comunicação on-line da PUC Minas com seus funcionários.

Page 51: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

35

reformulações propostas em relação ao planejamento inicial, devido a mudanças

conjunturais não se encontram ainda explicitadas formalmente em documentos.

B) Responsabilidade Social

A Universidade favorece a inclusão de estudantes, professores e funcionários com

necessidades especiais, por meio do Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com

Necessidades Educacionais Especiais, denominado NAI. A preocupação com as pessoas

com necessidades especiais tem levado a Instituição a realizar obras de adequação de sua

infra-estrutura com o objetivo de facilitar sua acessibilidade e seu trânsito.

Foi eliminada a terceirização nas obras de infra-estrutura e a Instituição passou a

executá-las com pessoal próprio. Dessa forma a Universidade promove a inserção social,

gerando empregos mais estáveis, visto que permanentemente obras são realizadas.

O fato de a PUC Minas oferecer cursos em outras regiões fora da área

metropolitana de Belo Horizonte possibilita às pessoas daquelas regiões o ingresso na

universidade sem deslocamento para os centros maiores.

Em outra perspectiva, há número significativo de projetos de pesquisa de cunho

social e comunitário sendo realizados com a participação de colaboradores nacionais e

internacionais. Esses projetos contemplam especialmente as áreas da saúde, educação,

cultura e trabalho em tecnologia.

Pontos a serem aperfeiçoados

O NAI, sediado na Unidade Coração Eucarístico, não atende plenamente todas as

unidades, núcleos universitários e campi, sendo necessária a sua universalização no âmbito

de toda a Instituição.

C) Relacionamento com os setores público, privado e terceiro setor

A Instituição mantém parcerias com o setor público, com a iniciativa privada e com

o terceiro setor para realização de projetos de pesquisa, trabalhos comunitários, concessão

de bolsas de estudos e concessão de estágios. Muitos projetos de pesquisa contam com o

Page 52: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

36

financiamento nacional, por exemplo, Finep e CNPq e outros contam com financiamento

internacional.

O gerenciamento financeiro de todos os convênios firmados é centralizado na Pró-

reitoria de Gestão Financeira, o que facilita a prestação de contas dos mesmos e aumentar

a sua visibilidade para a Instituição.

Foi firmada parceria com o Ministério dos Esportes para a implantação de um

centro esportivo, que deverá ser o maior de Minas Gerais.

A PUC Minas tem realizado várias ações que buscam ampliar o relacionamento

com a comunidade. Por exemplo, Domingo na PUC34, a reforma na Praça das Federações,

a construção do canteiro central na Avenida 31 de Março, a implantação de semáforos em

torno da Universidade, a sinalização estratigráfica vertical no bairro Coração Eucarístico.

Também na Unidade Barreiro foram construídas duas praças, uma pista de caminhada e

semáforos foram implantados, melhorando o trânsito local.

A Instituição tem consciência dos impactos ambientais que pode causar e procura

minimizá-los mediante ações realizadas em parceria com o poder público municipal e com a

comunidade local.

D) Políticas de pessoal e carreiras do corpo docente e do corpo técnico-administrativo

Corpo docente

Na Instituição há plano de carreira e política de qualificação definida para o corpo

docente, com critérios claros de admissão e progressão. Também existe um programa

formalizado de aperfeiçoamento de seu pessoal docente, chamado Programa Permanente

de Capacitação Docente (PPCD), que incentiva a qualificação do professor, por meio de

concessão de auxílio carga-horária e bolsas de estudo. No 1º semestre de 2006, esse

programa atendeu cerca de 200 professores da Instituição, perfazendo 2.251 horas

semanais. Atualmente, 49% do corpo docente são mestres e 18% doutores. Esse último

percentual deve crescer nos próximos anos, uma vez que cerca de 92% dos participantes

do PPCD estão em processo de doutoramento.

Page 53: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

37

Pontos a serem aperfeiçoados

Há necessidade de revisão da política de carreira docente, especialmente no

tocante à forma de admissão e de progressão, bem como de uma nova política de avaliação

do desempenho docente.

Percebe-se que não são desenvolvidas atividades em favor da melhoria da

qualidade de vida dos funcionários e professores da Instituição. Observa-se, também, que

não existem estratégias que possibilitam à Universidade antecipar-se às eventuais

insatisfações do seu corpo técnico-administrativo e docente, a despeito da existência de

instâncias que permitam conhecê-las.

Corpo técnico-administrativo

Os critérios de seleção para contratação de pessoal passaram por avanços,

tornando-se mais isentos devido à existência de regras definidas para o processo de

admissão de funcionários. Além disso, está sendo criado um plano de carreira para o corpo

técnico-administrativo.

A Instituição tem oferecido programas de treinamento como, por exemplo, o

Programa de Desenvolvimento Gerencial – PDG. Possui também outros incentivos, como a

concessão de bolsas para os funcionários nos seus cursos de graduação e pós-graduação.

Houve um avanço das políticas de pessoal, em decorrência da eliminação da

terceirização de serviços. Por fim, nas unidades no interior do Estado, o recrutamento do

corpo técnico-administrativo tem sido feito na própria região.

Pontos a serem aperfeiçoados

Constatam-se distorções salariais em função da ausência de uma política definida

de carreira para os funcionários.

Os campi do Serro e de Guanhães contam com corpo técnico-administrativo

restrito. Com isso, os funcionários acabam assumindo outras funções, além das previstas

em seu regime de trabalho.

34 Evento realizado na PUC Minas aos domingos voltados para a comunidade externa.

Page 54: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

38

A realização de programas de treinamento apenas no campus Coração Eucarístico

tem causado transtornos às demais unidades da comunidade universitária, devido à

necessidade de deslocamento de seus funcionários e à distância geográfica.

E) Organização e gestão da Instituição

Periodicamente são realizadas reuniões do Conselho Técnico e Administrativo –

CTA, ou da diretoria com os coordenadores de cursos, coordenadores de pesquisa,

coordenadores de estágios e coordenadores de extensão, para definição e

acompanhamento das atividades de organização e gestão em cada Unidade.

As Pró-reitorias possuem um plano de ação, além do PDI, e realizam reuniões

internas para acompanhamento e avaliação dos resultados obtidos. As decisões nas Pró-

reitorias, na maioria das vezes, são tomadas de forma participativa e compartilhada. Em

cada setor das Pró-reitorias existe um fluxograma definido para os respectivos

procedimentos.

As ações das Pró-reitorias são divulgadas para a Instituição mediante Relatório de

Atividades e pelos veículos de comunicação, geridos pela Secretaria de Comunicação.

Também se utiliza intensivamente o correio eletrônico, cartazes, informativos, além de

reuniões e visitas a setores ou Unidades.

A criação do Conselho Gestor da Universidade deverá colaborar para a

implantação do novo estatuto e, portanto, para a ampliação da autonomia gestora de cada

unidade. Há diálogo permanente dos gestores das unidades com os Pró-reitores da Unidade

do Coração Eucarístico.

Em relação às questões ambientais, a partir do momento em que a Instituição

assumiu suas responsabilidades, que vêm sendo cumpridas de acordo com o planejamento

ambiental, as pendências com os órgãos públicos de Belo Horizonte foram resolvidas.

Pontos a serem aperfeiçoados

O distanciamento temporal entre o planejamento orçamentário da Instituição, que é

feito ano a ano, e o PDI, que é definido para cinco anos, dificulta a sintonia entre os dois

instrumentos.

Page 55: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

39

Nas Pró-reitorias e nas Unidades não existe avaliação formal que mostre os seus

pontos fortes e fracos. A avaliação das coordenações dos cursos de graduação também

pode ser aprimorada.

Em relação à infra-estrutura, a maior deficiência é a não informatização de seus

dados. Há carência de programas eficientes de informática para gerir todo o processo de

infra-estrutura com maior agilidade.

Os planos de ação semestral e anual não estão documentados, o que dificulta o

acompanhamento formal das ações, ainda que reuniões semanais sejam realizadas com

esse intuito.

O fato de as Pró-reitorias ligadas à administração superior estarem situadas na

Unidade do Coração Eucarístico dificulta a participação das demais unidades, núcleos e

campi no planejamento da Instituição. Assim, a autonomia na gestão de cada Unidade é

relativa.

As ações empreendidas nas diversas áreas da Universidade nem sempre são

divulgadas de formalmente. Muitas vezes são repassadas assistematicamente durante

reuniões em que participam membros das diretorias ou das faculdades. Constata-se a

necessidade de aperfeiçoar a sua respectiva divulgação formal.

F) Infra-estrutura

As políticas de segurança, conservação e atualização da infra-estrutura das

unidades são definidas pela Pró-reitoria de Infra-estrutura da PUC Minas, situada na

Unidade do Coração Eucarístico, com base nos levantamentos realizados internamente e

nas diversas unidades.

A infra-estrutura da Instituição, em termos de salas de aula, biblioteca, laboratórios,

áreas de lazer, transporte, equipamentos de informática, dentre outros, para atendimento de

atividades administrativas e de ensino, pesquisa e extensão, é considerada satisfatória

pelos Pró-reitores. Nas últimas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação e Cultura

- MEC, a Instituição obteve conceito “muito bom”, e na maior parte “bom”, no quesito

“instalações físicas”.

Apesar de a infra-estrutura ser boa, a PUC Minas tem ampliado as obras em todas

as unidades/núcleos/campi, melhorando as condições físicas das instalações.

A Instituição, em parceria com órgãos públicos e com a sociedade civil, tem

procurado melhorar e facilitar os acessos e o trânsito, aprimorar as áreas de lazer e também

zelar pela segurança em seu entorno.

Page 56: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

40

Outro investimento tem sido a construção de rampas e instalação de elevadores

para pessoas com necessidades especiais e ampliação das áreas de lazer e do Centro

Esportivo da unidade do Coração Eucarístico.

Para equipamentos de laboratórios foram alavancados US$500.000,00 de órgãos

nacionais e internacionais, o que muito contribuiu para a infra-estrutura dos cursos de Pós-

graduação.

Pontos a serem aperfeiçoados

A infra-estrutura, de forma geral, foi bem avaliada pela administração superior da

Universidade. Entretanto, existem alguns problemas pontuais. Dentre eles, vale ressaltar: as

bibliotecas das unidades são pequenas, exceto a biblioteca central localizada na Unidade

Coração Eucarístico; deve-se priorizar a criação de áreas de lazer para os campi; há a

necessidade de adequação de algumas salas de aulas no que diz respeito à acústica,

ventilação e conforto ambiental; é preciso melhorar a acomodação física do pessoal

administrativo. Grande parte dos problemas é indicada como resultante do crescimento

acelerado da Universidade nos últimos anos.

Por fim, torna-se necessário ampliar as campanhas de conservação das instalações

físicas junto aos usuários, pois a Instituição tem investido muito na sua conservação e

reforma, em decorrência da acentuadas depredações.

G) Sustentabilidade financeira

A PUC Minas tem sustentabilidade financeira comprovada nos últimos anos. O

endividamento bancário, fruto de sua expansão, encontra-se em níveis tranqüilos, tendo em

vista o volume de recursos que a Instituição movimenta. Atualmente, a Universidade tem

buscado captar recursos para investimento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social – BNDES. Existem, na Instituição, políticas para captação de recursos,

especialmente pelas Pró-reitorias de Pesquisa e Pós-graduação e de Extensão. A principal

fonte de receita da Universidade, cerca de 90%, advém dos cursos de graduação.

Page 57: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

41

O planejamento da alocação de recursos está subordinado a políticas específicas, e

é realizado mediante Orçamento Programa, aprovado pela Sociedade Mineira de Cultura,

mantenedora da PUC Minas, em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96.

Pontos a serem aperfeiçoados

Não existe política de captação de recursos para os campi do interior do estado, e a

alocação de recursos é subordinada às políticas da Universidade.

H) Destaques do Reitor

A PUC Minas ocupa posição de destaque na educação do Brasil – tanto pela

qualidade do trabalho desenvolvido quanto pelo número de pessoas que agrega em sua

comunidade, especialmente nos programas de mestrado e doutorado. A Instituição possui

foco na responsabilidade social.

Em relação à sustentabilidade financeira, é importante destacar que, atualmente, os

investimentos em infra-estrutura são feitos com recursos captados externamente como, por

exemplo, os financiamentos de longo prazo do BNDES e não com recursos próprios.

A gestão da Universidade é feita de forma descentralizada, colegiada. A idéia é

aprimorar essa forma, desburocratizando mais e oferecendo maior flexibilidade à gestão das

unidades, núcleos universitários e campi.

Pontos a serem aperfeiçoados

O maior desafio da Universidade é conseguir recursos para financiar a pós-

graduação, que tem baixo retorno financeiro, mantendo a qualidade dos seus programas.

O processo de comunicação interna da Universidade precisa ser melhorado e a

Instituição precisa de um projeto de comunicação mais efetivo.

Page 58: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

42

4.1.3.2. Balanço Crítico

A Universidade possui dois documentos-mestres, que são o Projeto Pedagógico

Institucional – PPI, recém-aprovado, e o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, em

fase de revisão.

A administração superior confirma que a gestão é feita de forma participativa,

sempre que possível. Normalmente, as deliberações não são explicitadas em documentos,

sendo feitas de maneira informal. Este fato, embora não gere prejuízo na execução das

atividades, traz certo desconforto na tomada de algumas decisões. Além disso, perde-se o

histórico do que foi feito.

As Unidades Acadêmicas, os Núcleos Universitários e campi relataram ter pouca

autonomia, ainda que as decisões sejam colegiadas e participativas.

De acordo com os Pró-reitores existem planos de carreira e política de qualificação

consolidados para o corpo docente. Para o corpo técnico-administrativo, o plano de carreira

está ainda em fase de conclusão.

4.1.3.3. Avaliação da Gestão Realizada com Funcionários

A PUC Minas conta com cerca de 1.500 funcionários em seu corpo técnico

administrativo. Para fins da auto-avaliação institucional referente à dimensão de Gestão foi

selecionada uma amostra aleatória com 305 funcionários de todas as Unidades e campi.

Foram obtidas 247 respostas o que representa confiabilidade de 91,4%. O perfil do

funcionário amostrado indica que a maioria trabalha nos turnos “manhã” e “tarde” (67,9%),

sendo que 61,8% é do “sexo feminino”. A “faixa etária” é distribuída igualmente e 80%

trabalham há “menos de dez anos” na Instituição e, desses, 46,7% trabalham há “menos de

cinco anos”.

Page 59: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

43

Gráfico 2: Perfil - distribuição dos funcionários, por sexo

Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006

Gráfico 3: Perfil - faixa etária dos funcionários

Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006

Gráfico 4 : Perfil - turno de trabalho dos funcionários

Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006

3 8 ,2 0 %

6 1,8 0 %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Masculino Feminino

0,40%

10,20%

23,20%19,50%

14,60%

32,10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 20anos.

De 20 a 24 anos. De 25 a 29 anos. De 30 a 34 anos. De 35 a 39 anos. Acima de 39anos.

4,50% 3,70%0,40%

67,90%

17,90%

5,70%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Manhã Tarde Noite Manhã e Tarde Tarde e Noite Manhã e Noite

Page 60: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

44

Gráfico 5: Perfil - tempo de trabalho na PUC Minas

Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006

A) No que diz respeito à missão da Instituição

O instrumento de coleta de dados contou com uma questão específica para a

percepção do conhecimento que os funcionários têm da missão da Instituição35. Essa

questão é relevante, pois se refere à maneira pela qual o funcionário compreende a

importância de sua função em relação à missão da Instituição. Dos funcionários

entrevistados, 70,0% afirmaram que suas atividades estão “diretamente ligadas” ao

cumprimento da missão da PUC Minas e 27,7% deles disseram que seus trabalhos

contribuem apenas “parcialmente” com esse objetivo. Por outro lado, somente 2,1% deles

responderam que suas tarefas “nada têm a ver” com a missão da Instituição.

Uma outra questão proposta para avaliação da missão mostrou que cerca de 80,0%

dos funcionários avaliaram como “boa” ou “muito boa” a participação da comunidade

acadêmica (docentes, discentes e corpo técnico-administrativo) nas atividades, projetos e

programas desenvolvidos pela sua unidade de trabalho. Este percentual considera somente

as respostas dos funcionários cujas unidades de trabalho promovem algum tipo de evento

acadêmico.

De acordo com 57,4% dos entrevistados, sua unidade de trabalho “participa” dos

programas de extensão universitária. Desses, 80,0% disseram que a participação se dá nas

“comunidades interna e externa” à Universidade. 21,1% dos funcionários afirmaram que a

35 A missão da instituição é: “promover o desenvolvimento humano e social de alunos, professores, funcionários e comunidade, contribuindo para a formação ética e solidária de profissionais competentes humana e cientificamente, mediante a produção e disseminação do conhecimento, da arte e da cultura, a integração entre a

46,70%

33,30%

11,40%6,90%

1,60%0%

10%20%

30%40%

50%

60%70%

80%90%

100%

Menos de 5anos

De 5 a 10 anos De 11 a 20anos

De 21 a 30anos

Acima de 30anos

Page 61: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

45

sua unidade de trabalho “não participa” dos programas de extensão universitária ao passo

que outros 21,5% “não têm conhecimento” sobre o assunto. Nesse caso deve-se levar em

conta que há atividades técnico-administrativas cuja natureza não estão relacionadas

diretamente com as atividades de extensão.

B) No que diz respeito ao corpo de servidores técnico-administrativos

Em relação ao ingresso para o trabalho na Instituição, 60,5% dos funcionários

afirmaram que ingressaram na PUC Minas por meio de “exame seletivo” e 39,5% por

“indicação de pessoas pertencentes à Instituição”. O treinamento para o exercício das

atividades aponta que 64,6% deles “passaram por algum tipo de treinamento interno” o que

possibilitou o seu aperfeiçoamento profissional. Desses, 19,0% revelaram que o treinamento

deu-se “apenas à época da admissão”; 66,2% disseram que o treinamento é oferecido

“periodicamente”; e 14,6%, “a cada mudança de função”.

Apesar da maior parte dos funcionários ter declarado a participação em algum tipo

de treinamento interno, visando aperfeiçoamento profissional, 35,4% revelaram “não ter tido”

qualquer tipo de treinamento. Entre os técnico-administrativos entrevistados, 25,5%

disseram que “não existem” critérios para a progressão na carreira e um percentual também

expressivo, 37,4%, “desconhecem o assunto”.

Dos entrevistados, 37,0% afirmaram “haver critérios” para progressão na sua

carreira. Desses, 60,0% os consideram “adequados” ou “muito adequados” e somente 8,9%

os avaliaram “impróprios”. Quase 60,0% do corpo técnico-administrativo pesquisado afirmou

“nunca ter passado” por uma avaliação de desempenho visando aferir a sua produtividade.

Em concordância com as discussões de avaliação de desempenho, 82,7% deles “não

conhecem” os critérios atuais para a mesma, ao passo que apenas 9,5% disseram “saber”

quais são.

Além disso, a quase totalidade dos funcionários (95,0%) julga-se “completamente”

ou “muito preparado” para exercer o cargo que ocupam.

A PUC Minas oferece benefícios aos funcionários tais como: bolsas de estudo, vale

transporte, planos de saúde e de previdência privada e 87,2% dos entrevistados

consideram-nos “satisfatórios”.

Universidade e a sociedade, a interdisciplinaridade e a articulação do ensino, da pesquisa e da extensão”.(Projeto Pedagógico Institucional, 2005).

Page 62: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

46

C) No que diz respeito à Gestão da Universidade

Ao avaliar as atividades especificas de sua função, 85,0% dos funcionários julgam

que estas lhes são transmitidas pela chefia de maneira “clara” e também “condizente com a

prática”. Além disso, 91,5% consideram o relacionamento no ambiente de trabalho “tranqüilo

e cordial entre colegas e chefia”.

Grande parte dos entrevistados qualifica sua atividade como “bastante” ou

“completamente interessante”, ou seja, 35,7% e 49,8%, respectivamente, totalizando 85,5%.

No entanto 21,3% classificaram-nas também como “cansativas” e 31,0%, como “rotineiras”.

Metade dos funcionários, 50,2% consideram as diretrizes e normas que

fundamentam a política de pessoal, como “adequadas” ou “muito adequadas”; e 21,7%

julgam-na “parcialmente adequadas”. 4,7% dos técnico-administrativos acham-nas

“inadequadas” e 23,4% “desconhecem o assunto”.

Sobre a integração existente entre os funcionários dos vários setores da

Instituição, 60,0% disseram ser “boa” ou “muito boa”. Apenas 11,5% dos entrevistados

responderam “ruim” ou “muito ruim”.

Entre os funcionários cuja unidade de trabalho realiza algum tipo de evento

referente ao seu âmbito administrativo/institucional, 70,2% afirmaram que há a devida

divulgação pela Universidade. No entanto, em torno de 25,0% deles consideram-na apenas

“parcialmente satisfatória” e 5,1%, “inadequada”.

Em relação às tomadas de decisão para mudanças de procedimentos

administrativos e operacionais, cerca de metade dos entrevistados (50,2%) revelaram que

delas “participam”, evidenciando que, em sua opinião, parte da tomada de decisões é

compartilhada (colegiadas, através de conselhos). No entanto, 49,8% afirmaram que as

tomadas de decisões “são realizadas pelas chefias sem a participação dos funcionários”.

As atividades de chefia foram “muito bem” avaliadas por mais de 80% dos

funcionários em todos os quesitos verificados: “coerência” (54%), “estabelecimento de

tarefas” (46,8%), “tempo estipulado para a realização de tarefas” (40,9%) e “respeito

humano” (70,6%).

Em relação à quantidade de funcionários para a execução de serviços em suas

respectivas unidades, pode-se afirmar que 55,3% dos entrevistados declararam que seu

setor “possui” número suficiente de funcionários para atender à demanda de serviços, sendo

que 72,3% costumam fazer horas extras “às vezes” ou “raramente”. Um dos pontos

avaliados em relação às horas extras aponta que 63,1% dos entrevistados declararam que

elas “são transformadas em banco de horas”. 29,7% disseram que elas “são compensadas”.

Entre aqueles funcionários que alegaram fazer horas extras, 6,8% afirmaram que as

Page 63: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

47

mesmas “não são compensadas de nenhuma forma”. Somente 21,1% deles declararam

fazer horas extras, “sempre” ou “freqüentemente”.

Segundo 44,7% dos funcionários as expansões ocorridas na PUC Minas

representam, para sua unidade de trabalho, “maior carga de atividades, sem a

correspondente ampliação do quadro de funcionários”, gerando a necessidade de realização

de horas extras.

O processo de expansão por que passou a Universidade nos últimos anos, na visão

dos funcionários, levou a um “aumento da carga de trabalho”, por não ter havido

correspondente acréscimo do pessoal. Este fato tem acarretado queixas de cansaço e

incidência de horas extras. Mesmo assim, a grande maioria dos técnico-administrativos

considera o trabalho realizado “interessante”.

A PUC Minas trabalha com dois períodos de férias coletivas para o corpo técnico-

administrativo. 69,4% dos funcionários entendem que essa modalidade “facilita” a

programação das atividades em sua unidade de trabalho. 16,2% disseram que ajudam “nem

muito nem pouco”; 9,4% acham que facilita “pouco”; e 5,1%, “não interferem” na sua

programação de atividades. Dos funcionários entrevistados, 46,8% disseram que as “férias

coletivas da Instituição levam à necessidade de realização de horas extras”. Por fim, 11,9%

dos técnico-administrativos entrevistados afirmaram que as férias coletivas geram, na sua

unidade de trabalho, um “excesso de atividades”.

Dentre os pesquisados, 57,0% afirmaram que a margem de erro na execução dos

serviços em sua unidade de trabalho é “mínima”, levando-se em conta o volume de serviços;

30,2%, classificaram-na como “pequena, sem exigência de novo trabalho”; e, 12,8%

afirmaram ser “razoável” alguma margem de erro, exigindo novo trabalho.

D) No que diz respeito à Infra-estrutura

De maneira geral, o corpo técnico-administrativo mostrou-se satisfeito em relação à

infra-estrutura do local de trabalho, visto que aproximadamente 85,0% consideram de

“parcialmente” a “muito adequado” as condições gerais de ambiente, tais como espaço,

número de funcionários, barulho, temperatura, iluminação, número de equipamentos em

bom estado de funcionamento, mobiliário, limpeza e ventilação. Além disso, 55,6% dos

funcionários declararam que a infra-estrutura da sua unidade “tem atendido às pessoas com

necessidades especiais”; enquanto 12,9% disseram que ainda “não os tem atendido”.

Page 64: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

48

Embora existam problemas pontuais, a infra-estrutura da Universidade, de maneira

geral, é “adequada”, conforme atestam tanto os funcionários como a alta administração e

também as avaliações já realizadas in loco pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC. A

confirmação desse dado referente à infra-estrutura da Instituição coincide com os

documentos colhidos na Pró-reitoria de Infra-estrutura. Acrescente-se que estes evidenciam

o esforço da Instituição para tornar a Universidade cada vez mais acessível à comunidade

interna e externa.

Em relação às condições dos sistemas informatizados da Instituição, 71,2% dos

entrevistados disseram que estes atendem “completamente” ou “bastante” as suas

demandas. No entanto, 25,3% disseram que os sistemas informatizados atendem de forma

“mais ou menos” satisfatória, enquanto que 3,4% disseram que a eles “nada” ou “pouco”

atendem.

4.1.3.4. Pontos a serem aperfeiçoados

A análise dos dados chama a atenção para os tópicos seguintes que devem

merecer discussão mais aprofundada no planejamento da gestão acadêmico-administrativa:

processo de comunicação interna na PUC Minas; divulgação do PDI e PPI, documentos-

mestres da Instituição; informalidade dos procedimentos da Universidade; política de

pessoal: plano de carreira e de cargos e salários; política de expansão e infra-estrutura e

autonomia na gestão das unidades.

4.1.3.5. Balanço Crítico

No que diz respeito às atividades de auto-avaliação da gestão cabe ressaltar que

os dados para atendimento à Subcomissão de Gestão foram obtidos mediante questionários

elaborados pela própria equipe, além dos instrumentos institucionais, tais como o Boletim

Estatístico e o Relatório de Atividades e outros disponibilizados pelos sistemas Datapuc.

No entanto, a Plataforma de Currículos PUC poderia ter sido melhor utilizada visto

possuir informações completas sobre o corpo docente, se o mesmo permitisse gerar

relatórios analíticos com base em suas informações. Devido ao cumprimento de prazos

ainda não foi possível a implantação neste sistema de rotinas que forneçam os dados

necessários. Contudo, em entendimento com o Datapuc ficou acordada a criação de

Page 65: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

49

ferramentas que possam atender o Programa de Avaliação da Instituição em seus futuros

trabalhos. Vale ressaltar, também, que as Pró-reitorias forneceram valiosas informações

para atender as demandas dessa Subcomissão de Gestão.

O questionário elaborado pela Subcomissão foi o primeiro a ser implantado nessa

etapa de avaliação, tendo sido disponibilizado no Portal da Pró-reitoria de Recursos

Humanos, um dos canais de comunicação da Instituição com seu corpo técnico-

administrativo. Pode-se perceber dificuldades e resistências na resposta eletrônica em razão

de alguns funcionários não terem acesso ou não fazerem uso desse canal de

comunicação36.

36 Nesse caso a equipe de apoio técnico do Propav fez a aplicação do questionário presencialmente (em torno de 20 funcionários).

Page 66: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

50

4.2. SUBCOMISSÃO DE ENSINO

Para a dimensão do ensino foram utilizados os resultados obtidos numa primeira

etapa de Auto-Avaliação Institucional feita pelo Programa Permanente de Avaliação

Institucional (Propav). Os dados a serem apresentados nesse documento são síntese do

relatório publicado internamente em 2004, anexo neste Relatório de Avaliação Interna37.

4.2.1. Ações planejadas

Os objetivos propostos pelo Propav foram pensados em função do trabalho com o

conhecimento na graduação da PUC Minas e o instrumento de avaliação, bem como outros

aspectos que foram abordados e indicam a elaboração e proposta de trabalho para essa

dimensão da avaliação interna.

Apresentam-se, pois, os objetivos, assumidos como as ações que foram

planejadas para essa dimensão do trabalho com o conhecimento e ações realizadas, as

potencialidades e pontos frágeis, ou seja, os pontos que serão aperfeiçoados

posteriormente, no sentido de melhorar o programa de avaliação e aprofundar o

conhecimento sobre o ensino da graduação nesta Instituição: (1) avaliar vários aspectos da

vida acadêmica do aluno no curso, visando a um movimento contínuo de aperfeiçoamento

do aprendizado e, com isto, uma melhoria na qualidade de ensino. Deve contemplar, além

do ensino, também se as atividades de pesquisa e extensão afetam ao Projeto Pedagógico

do Curso. Esse instrumento deve levar à aferição do conjunto das atividades planejadas no

Projeto e efetivamente realizadas, tendo em vista a formação global do aluno; (2) avaliar as

disciplinas ministradas no curso, bem como os seus professores e o aperfeiçoamento do

aprendizado, visando também à melhoria na qualidade do ensino. As questões devem estar

em sintonia com o Projeto Pedagógico do Curso, no sentido de, ao avaliar as disciplinas,

fazê-lo em consonância com sua inserção no Projeto Pedagógico; (3) avaliar aspectos do

curso, visando a um movimento contínuo de aperfeiçoamento do aprendizado e, com isto,

uma melhoria na qualidade de ensino, em consonância com o Projeto Pedagógico do curso

e com o Projeto Pedagógico Institucional. A avaliação do Ensino deve contemplar ainda o

conjunto das atividades planejadas e efetivamente realizadas, tendo em vista o Projeto

Pedagógico do Curso, e atentar para as atividades de pesquisa e de extensão,

correlacionadas ao ensino; (4) identificar a avaliação do egresso acerca dos vários aspectos

Page 67: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

51

durante sua vida acadêmica no curso, visando à melhoria na qualidade de ensino, e

pensada correlacionando-se os propósitos do Projeto Pedagógico e as demandas da

sociedade e do mercado de trabalho.

Em relação ao ensino da graduação, as principais estratégias de alcance desses

objetivos para o trabalho com a comunidade acadêmica foram no sentido de criar espaços

de sensibilização e demover a idéia de avaliação punitiva, e conscientizar tanto alunos

quanto professores e coordenadores da necessidade de se construir um modelo de

avaliação que pudesse, ao mesmo tempo, desvendar a cultura organizacional da instituição

e se transformar em instrumento formativo que retornasse à própria comunidade.

4.2.2. Ações realizadas

Para os efeitos dessa avaliação, foi elaborada uma estratégia de alcance da

comunidade acadêmica para promover sua sensibilização. Através do Sistema de

Gerenciamento Acadêmico – SGA foi disponibilizado um convite on-line para os

professores, de modo que eles pudessem, nesse primeiro momento, se inscrever para

participar da avaliação institucional interna.

A forma escolhida para a aplicação dos questionários foi convidar os alunos e

professores dos cursos de toda a PUC Minas, para que pudessem responder ao

questionário on-line, que ficou à disposição dos respondentes durante dois meses. Ao final

desse tempo obtivemos um resultado de 20% de respondentes, que foi considerado um

número adequado aos primeiros trabalhos do processo de Avaliação Interna. Ao final desse

tempo iniciou-se o trabalho de tratamento dos dados obtidos bem como o trabalho das

informações estatísticas produzidas.

Como análise documental, tomou-se como referência a leitura do texto formal do

projeto pedagógico dos cursos de graduação, trabalhando, portanto, com a sua idealização

e propósitos. Em todos os casos, a leitura feita pela Subcomissão responsável foi discutida

com a coordenação do curso, que teve oportunidade de prestar novas informações e

contribuir para que a leitura dos projetos fosse feita de maneira a se aproximar ao máximo

de sua natureza38.

37 Cf. PUC MINAS, 2005. 38 As análises mais aprofundadas dessa leitura dos Projetos Pedagógicos encontram-se nas páginas 46 a 52 do Relatório Geral do Ensino de Graduação na PUC Minas, que acompanha este Relatório.

Page 68: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

52

4.2.3. Resultados Alcançados

Dos 13.235 alunos respondentes, 50% são do sexo masculino e 50% são do sexo

feminino. Pode-se considerar que o corpo discente da PUC é bastante jovem, já que, em

setembro de 2003, 13,6% informaram ter menos de 20 anos; 52,5% entre 20 a 24 anos;

17,9% entre 25 e 29 anos e os restantes 16% tinham idade acima de 29 anos. Em relação

ao tempo de estudo na PUC Minas, 37,8% dos alunos respondentes estudam há menos de

4 semestres; 34,9% estudam entre quatro a seis semestres; 21,1% estudam entre sete a

nove semestres e apenas 6,1% estudam ha mais de 10 semestres. Parece haver também

certo equilíbrio entre a participação dos alunos respondentes quanto ao tempo de estudo na

Universidade. Quer-se dizer que não se verifica tendência de concentração de respondentes

por períodos, embora se possa admitir que haja uma representação um pouco maior de

alunos cursando até o terceiro ano da graduação.

Num total de 2.272 professores que exerciam atividades docentes na Universidade

no segundo semestre de 2003, 1.336, ou 58,8% responderam ao questionário do Propav.

Considerando-se que a resposta ao questionário foi voluntária, a CPA considera essa

participação uma manifestação de boa disposição dos professores para contribuir com o

processo de Avaliação Interna da Universidade.

A grande maioria desses professores ministra aulas em mais de uma Unidade,

dentre as localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Alguns deles ministram

aulas em mais de um campus, principalmente dividindo sua carga horária entre as Unidades

localizadas em Belo Horizonte e o campus de Serro. A seguir, apresentam-se algumas

informações a respeito do perfil dos professores respondentes, considerados no geral.

Do conjunto de professores respondentes, 43,8% são do sexo feminino e 56,2% do

masculino. Sobre a distribuição dos respondentes por faixa etária, 38,4% dos professores

que responderam ao questionário situam-se na faixa entre 30 a 39 anos, revelando um

corpo docente jovem.

O perfil aqui desenhado dos coordenadores de cursos de graduação está ancorado

nas informações obtidas através do questionário aplicado pelo Programa Permanente de

Avaliação Institucional e se refere apenas aos respondentes. Foram 55 coordenadores de

curso que responderam ao questionário, de um total de 71 em exercício na Instituição, em

setembro de 2003. Infelizmente não se pôde, também neste caso, contar com a informação

de todos os integrantes desse grupo, considerado pelo Propav importante agente co-

responsável pelo processo do trabalho com o conhecimento, gestor do projeto pedagógico.

Também neste caso a adesão foi voluntária, uma parte dos coordenadores considerou como

não relevante a sua participação e optou por não responder ao questionário. Como se verá,

Page 69: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

53

não é raro que os coordenadores de curso sejam, se não os construtores diretos dos

projetos pedagógicos em curso, atores ativos no processo de sua produção, o que faz deles

conhecedores privilegiados desses projetos. São responsáveis pela sua gestão e

participaram de sua formulação. Também no caso dos coordenadores de curso, o

questionário foi disponibilizado on line, com a garantia da preservação da identidade dos

respondentes.

O questionário respondido pelos coordenadores, atendendo a sugestões dos

próprios, conteve diversas questões abertas, nas quais eles poderiam dar opiniões a

respeito de vários aspectos de sua atividade e que envolviam, necessariamente, os alunos,

os professores e a Instituição. Os coordenadores de curso são os atores que têm a

perspectiva da Instituição mais presente em sua atividade cotidiana, pelo fato de serem

responsáveis por um conjunto de tarefas que envolve a aplicação de normas e regras

institucionais, bem como aspectos de sua cultura. São também conhecedores dos

professores e dos alunos que coordenam e do conjunto da dinâmica do próprio curso. Em

relação ao perfil dos coordenadores, 64% dos respondentes do sexo masculino e 36% do

sexo feminino.

Além do perfil dos respondentes, procurou-se perceber o trabalho com o

conhecimento tanto para alunos quanto para professores. Embora a avaliação tenha como

propósito observar os processos relacionados ao ensino de graduação na PUC Minas,

tomando o projeto pedagógico de curso como peça central, não se poderia passar ao largo

de alguma observação quanto aos resultados desse trabalho. A idéia de resultados também

não chega ao desempenho específico do aluno, com relação a notas ou mesmo avaliações

como as do Enade. Neste momento, o resultado da reflexão sobre o trabalho com o

conhecimento que é desenvolvido na PUC Minas refere-se a um conjunto de competências

e habilidades que se compreende necessário que os alunos desenvolvam, no sentido de

proporcionar-lhes condições para sua efetiva formação – profissional e cidadão. Desse

modo, as informações abaixo se referem à discussão sobre a maneira como competências e

habilidades estão sendo desenvolvidas junto ao corpo discente na graduação.

Na opinião dos professores, sem sombra de dúvida, a “habilidade do raciocínio

lógico” (78%) é a habilidade que o seu trabalho mais contribui para desenvolver, seguido de

perto pela iniciativa de aplicação do conhecimento (69,1%), do “trabalho em grupo” (65%) e

finalmente da “comunicação” (63%). Há certa unanimidade na opinião dos professores

quanto a essas habilidades e competências que seriam desenvolvidas “em todas as

disciplinas que lecionam”.

Interessante observar que, na opinião dos alunos, a habilidade mais presente é a

da capacidade de trabalhar em grupo (em torno de 30%); esta habilidade é seguida de perto

pelo desenvolvimento do “raciocínio lógico e da análise crítica”, depois “habilidade de

Page 70: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

54

comunicação” e por fim a “capacidade de tomar iniciativas em novas situações”. Também

neste caso a tendência verificada não é a mesma que a observada entre os professores.

Porém, percebe-se que os alunos consideram positivamente o desenvolvimento dessas

habilidades.

A partir do conjunto de dados, esperar-se-ia um grau razoável de satisfação

(48,7%) com o trabalho realizado. Tanto os professores que se afirmam “parcialmente

satisfeitos” (17,1%) quanto os “insatisfeitos” (1,1%) formam um grupo bastante pequeno.

Talvez fosse interessante perguntar a razão de grau de insatisfação. O questionário aplicado

não solicitou a eles essa informação. Porém, considera-se que seria bastante proveitoso

para a Instituição saber a razão da insatisfação de seus professores. Espera-se que a

atividade permanente de avaliação produza essa informação. Além disso, também parece

interessante conhecer com maiores detalhes as razões da satisfação, no sentido de se

perceber a que elas de fato se relacionam. Esse conhecimento contribuiria para melhorar

ainda mais a qualidade do ensino, supondo-se que a satisfação no trabalho e com o

trabalho que se realiza é fator de estímulo para melhor realização de suas atribuições.

Ainda sobre esse mesmo aspecto e em relação aos alunos 38,2% disseram que estão

“satisfeitos” com o curso escolhido e 23,2% disseram estar “bastante satisfeitos”.

No conjunto dos aspectos avaliados vale destacar e discutir a formação humanista

que é oferecida pela Instituição. Certamente, discutir formação humanista observando-se o

percurso do aluno no ensino de graduação não é tarefa fácil. Os desafios foram muitos e a

CPA ainda considera bastante precário o resultado ao qual se pôde chegar. Existem alguns

problemas relacionados à formulação das questões. Um deles refere-se à definição do

conceito de formação humanista. Outro diz respeito ao melhor método para se coletar

informação a respeito da natureza dessa formação. Em face da metodologia escolhida o

Propav decidiu por sistematizar e definir o entendimento acerca do que se denomina

formação humanista.

Assim, considera-se formação humanista a formação do sujeito, em sentido lato,

que promove o desenvolvimento integral do ser humano, de modo a garantir sua inclusão na

sociedade por meio do exercício da cidadania. Todas as ações desenvolvidas nos diferentes

espaços da universidade têm como finalidade essa formação que não deve ser apêndice no

conjunto de conteúdos do curso e nem se restringir aos conteúdos de disciplinas chamadas

humanas e sociais tais como Filosofia, Sociologia e Cultura Religiosa. O gráfico abaixo

mostra a concepção dos professores em relação à formação humanista em seu conjunto de

valores.

Page 71: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

55

Gráfico 6: Opinião dos professores respondentes sobre o estimulo de seu trabalho pedagógico, relacionado à formação humanista dos seus alunos, no que diz respeito

a um conjunto de valores.

Fonte: Questionário dos Professores, setembro 2003.

Da mesma forma, também foram obtidos resultados referentes à relação entre os

sujeitos no processo de ensino aprendizagem, e podem ser verificados de forma bastante

explícita no Relatório de Ensino da Graduação da PUC Minas anexo a este documento.

4.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados

Certamente, o questionário, como instrumento de coleta de informações, não é

suficiente para apreender o conjunto de elementos que forma essa dinâmica da avaliação. O

questionário é apenas o início de um processo de conhecimento da vida institucional no que

diz respeito ao trabalho com o conhecimento que é realizado na graduação. Tal como os

demais questionários aplicados a professores, alunos e coordenadores, o questionário

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6Escores (1=Não; 6=Sim)

Per

cen

tual

Valores: liberdade, fraternidade, justiça e igualdade

Atitude crítica em relação à realidade de exclusão social que se verifica na sociedade brasileira

Respeito às diferenças entre indivíduos, grupos, culturas e outras

Disposição para participar de associações civis, sem f ins lucrativos, que desenvolvam ações sociais e/ou munitárias

Sensibilidade e sentimento de co-responsabilidade para com o patrimônio da humanidade

Sensibilidade e sentimento de co-responsabilidade para com o futuro dos povos e do planeta

Page 72: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

56

aplicado permitiu à CPA certa aproximação dessa dinâmica, e também ensejou o

aprimoramento desse conhecimento através de outras metodologias que podem e devem

ser utilizadas num momento posterior. Em todo o processo de avaliação pôde-se perceber

que os ajustes do processo de Avaliação Interna são necessários para que se possam

alcançar resultados mais precisos, e que a cada etapa sejam sempre mais significativos

para a Instituição. Assim, potencialidades e fragilidades dessa subcomissão, de muitas

maneiras, ficam por conta de questões relacionadas à metodologia, mais especificamente

com as estratégias de alcance dos atores que estão envolvidos diretamente com o

conhecimento, quais sejam: alunos, professores e coordenadores.

Em relação a potencialidades, podemos destacar o trabalho da leitura dos projetos

pedagógicos dos cursos de graduação da PUC Minas, em que foi criado um instrumento de

preenchimento para que se pudesse não apenas realizar o estudo de cada um deles, como

também registrar, para futuras comparações, os ajustes nas propostas e sempre visando ao

atendimento à comunidade acadêmica e os respectivos acompanhamentos pedagógicos.

Um resultado imediato desse processo, bastante frutífero, foi a organização e

sistematização das coordenações em relação aos projetos pedagógicos e, posteriormente,

sua atualização.

O instrumento de avaliação utilizado também trouxe uma série de vantagens, pois

sua construção demandou um trabalho coletivo expressivo, discussão longa e demorada,

que inspirou o trabalho de outras subcomissões e, ainda, proporcionou-lhes uma base

sólida, já que algumas delas pautaram seus instrumentos a partir dessa construção.

Talvez a fragilidade do processo de avaliação que deva ser corrigida de forma mais

acelerada seja a integração de todos os instrumentos e respectivos resultados.

4.2.5. Devolução dos resultados

Essa subcomissão, como já foi dito, tratou a devolução dos resultados de uma

maneira diferente da que foi proposta para o conjunto das informações que foram obtidas.

Como estávamos ainda num processo inicial de trabalho com a Avaliação Interna, a opção

de divulgação e trabalho foi estruturada de tal maneira que cada uma das subcomissões

que ficaram responsáveis pelos estudos dos projetos pedagógicos e sistematização dos

dados, após a apuração dos resultados, pudesse também trabalhar com os resultados

alcançados mediante um trabalho estatístico anterior.

Cada um dos membros recebeu um conjunto de resultados e um modelo de

relatório para que se pudesse produzir os resultados das Unidades acadêmicas, quando

Page 73: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

57

fosse o caso ou do conjunto de cursos. Assim, a divulgação dos resultados à comunidade

acadêmica contou com três tarefas: a) divulgação, discussão dos resultados obtidos com a

Cocenai, responsável a época pelos resultados alcançados e, b) posteriormente a

divulgação dos resultados para a unidade ou conjunto de cursos, sob a responsabilidade da

subcomissão; c) enfim os resultados foram publicados no Portal PUC Minas, para que

ficassem à disposição da comunidade acadêmica.39

Um outro momento de divulgação dos resultados foi o que resultou no Relatório da

Graduação, que já é citado aqui, que consiste na reflexão sobre os resultados gerais do

trabalho com o conhecimento no ano de 2003 na PUC Minas. Este trabalho resultou num

documento oficial que foi entregue à comunidade acadêmica, em cerimônia solene, com a

presença da Administração Superior, para apresentação e discussão dos resultados

produzidos nesse primeiro momento do processo de Avaliação Interna.

Nesse primeiro momento de avaliação institucional o Propav estava sob a

orientação direta da Pró-reitoria de graduação, que não apenas apoiou os trabalhos do

Programa Permanente de Avaliação, como respaldou todas as ações de avaliação que

foram propostas. Esse trabalho conjunto da avaliação foi possível em razão da

compreensão recíproca que os resultados alcançados servem de base tanto para que a Pró-

reitoria de Graduação possa orientar suas ações futuras, seja percebendo as necessidades

de ajustes de trabalho ou mesmo discutindo com os coordenadores de curso proposições

sobre o projeto pedagógico quanto para o trabalho permanente de avaliação do

conhecimento na Instituição.

39 Os resultados estão disponibilizados desde março de 2005 em www.pucminas.br/propav.

Page 74: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

58

4.3. SUBCOMISSÃO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

A Subcomissão de Pesquisa e Pós-graduação optou por associar as duas

dimensões, a saber, Pesquisa e Pós-graduação, em razão de haver na PUC Minas uma

Pró-reitoria que as congrega. Assim, para efeitos da Auto-Avaliação Institucional as duas

dimensões foram conjuntamente avaliadas, inclusive levando-se em consideração uma

infinidade de combinações dos aspectos que perfazem o todo institucional, e ainda a

possibilidade de aproximações entre as dimensões já citadas.

Para efeitos de apresentação dos resultados, foram destacados aspectos ligados à

pós-graduação lato sensu e pós-graduação stricto sensu. Percebe-se claramente que nos

últimos anos a PUC Minas apresenta crescimento acentuado nos cursos de pós-graduação,

tanto lato sensu quanto stricto sensu (gráficos 7 e 8).

Gráfico 7: Evolução do número de cursos de pós-graduação lato sensu

Fonte: SAL – Sistema acadêmico de Pós-graduação lato sensu/2006

0

20

40

60

80

100

120

140

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Ano de Abertura

Qtd

e. c

urso

s -

Acu

mul

ado

Page 75: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

59

Gráfico 8: Evolução do número de cursos de pós-graduação stricto sensu

Fonte: Relatório de Atividades/2004

4.3.1. Pós-graduação lato sensu

4.3.1.1. Ações planejadas

A Subcomissão de Pesquisa e Pós-graduação planejou as ações relacionadas a

seguir:

Levantamento dos cursos existentes mediante consulta a documentos e às

unidades que oferecem cursos de pós-graduação lato sensu; realização de entrevistas com

os responsáveis pelas unidades e coordenadores de cursos para identificação de aspectos

relevantes a serem incluídos na elaboração de instrumento de avaliação da pós-graduação

lato sensu (questionários eletrônicos, entrevistas); levantamentos dos mecanismos de

avaliação internos já adotados pelas diversas unidades; elaboração e implementação de

formulário eletrônico para coleta de informações sobre articulação entre a graduação e a

pós-graduação lato sensu, participação dos docentes da PUC Minas nos cursos de pós-

graduação, titulação da coordenação do curso e do seu corpo docente e dados sobre

0

2

4

6

8

10

12

14

1988

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2003

2004

Ano de Abertura

Qua

nt.

Cur

sos

- A

cum

ulad

o

Page 76: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

60

egressos, índices de evasão, periodicidade da oferta, carga horária e outras informações

pertinentes aos cursos. Além disso, foram planejadas a formulação de indicadores de

qualidade para avaliação dos cursos, a elaboração de instrumentos para avaliação desses

cursos e proposta de organização anual de seminário para apresentação e descrição dos

resultados do processo de avaliação.

4.3.1.2. Ações realizadas

Em conformidade com as ações planejadas a Subcomissão de Pesquisa e Pós-

graduação realizou a auto-avaliação dessa dimensão mediante uma série de atividades

descritas a seguir: (1) solicitação, por e-mail, às unidades da PUC Minas de informações

necessárias à construção de um banco de dados sobre os cursos por elas implementados –

esses dados foram enviados à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação; (2) entrevistas

com os responsáveis pelos cursos de pós-graduação lato sensu ou com seus

representantes das unidades: Faculdade de Odontologia, Instituto de Ciências Biológicas e

da Saúde, Instituto de Educação Continuada (IEC), Núcleo Universitário de Betim, Programa

de Especialização de Professores de Ensino Superior (PREPES) e PUC Minas Virtual.

Essas entrevistas trataram diretamente dos procedimentos relativos à elaboração dos

projetos pedagógicos, definição da oferta dos cursos e dos seus respectivos coordenadores,

processo de seleção de alunos, acompanhamento das atividades do curso e orientação dos

alunos para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); (3) solicitação às

unidades da PUC Minas de instrumentos de avaliação já existentes à subcomissão de

Pesquisa e Pós-graduação; (4) formulação, a partir do “Roteiro de Auto-avaliação

Institucional” do Sinaes, dos indicadores geradores dos itens dos instrumentos de coletas de

dados a serem aplicados aos alunos, professores e coordenadores dos cursos de pós-

graduação lato sensu, realizados em 2003 e 2004; (5) elaboração, com base nos

indicadores formulados, de três questionários direcionados aos alunos, professores e

coordenadores dos cursos de Pós-graduação lato sensu (Anexos 8, 9 e 10). Esses

questionários foram disponibilizados no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em ambiente

virtual, com prazo para serem preenchidos; (6) realização de dois seminários: “Seminário da

PUC Minas sobre Pós-graduação lato sensu”40 e “Especialização: competências

profissionais para uma sociedade em evolução”. (7) E por fim, realização de entrevista

Page 77: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

61

gravada com o professor João Francisco de Abreu, PhD, Pró-reitor de Pesquisa e Pós-

graduação da Instituição.

4.3.1.3. Resultados Alcançados

A análise dos dados documentais, as respostas dos coordenadores, professores e

discentes aos questionários e a entrevista realizada com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-

graduação, permitiram alcançar os seguintes resultados: (1) sistematização e centralização,

na Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, dos dados referentes aos projetos

pedagógicos dos cursos de pós-graduação lato sensu, ofertados pelas unidades da PUC

Minas já especificadas neste relatório; (2) formulação de indicadores para avaliação desses

cursos, o que possibilitou a elaboração de instrumento avaliativo único, levando-se em conta

a natureza de dados que foram coletados; (3) divulgação junto à comunidade da PUC

Minas, bem como para a comunidade externa, por meio dos seminários, da extensão, da

diversidade e da qualidade dos cursos de pós-graduação lato sensu da Universidade, além

de possibilitar maior entrosamento entre os profissionais neles envolvidos; (4) aumento do

número de cursos realizados nas unidades e do número de convênios com instituições

nacionais e internacionais para oferta de cursos “in company” ou em parceria; (5)

qualificação do corpo docente que não apenas atendia, mas ultrapassava o patamar mínimo

exigido pela legislação; (6) articulação entre a proposta do curso e a missão da Instituição e

articulação entre a proposta do curso e a demanda do mercado de trabalho; (7) a maioria

dos alunos (90%) considerou que os conteúdos desenvolvidos em metade ou mais das

disciplinas refletem os avanços de conhecimentos da área na qual exercem ou pretendem

exercer atividade profissional; (8) 80% dos docentes respondentes percebem que há

interesse da coordenação do curso em propor medidas para melhorar as condições de

ensino-aprendizagem; (9) os dados obtidos apontam a existência de bom relacionamento

entre coordenadores, alunos e funcionários nos diversos cursos.

4.3.1.4. Pontos a serem aperfeiçoados:

40 O primeiro seminário foi realizado em 05 de novembro de 2004. O segundo ocorreu em 17 de junho de 2005. A Subcomissão foi representada pelos professores José Leão Marinho Falcão Filho, Cláudia de Vilhena Schayer Sabino, Magali Rezende Gouveia Meireles e Stela Beatriz Arnold.

Page 78: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

62

Com base nas informações coletadas os pontos e questões seguintes, devem ser

revistos para fins de aperfeiçoamento do projeto institucional da pós-graduação lato sensu:

(1) melhorar a infra-estrutura física de algumas das unidades responsáveis pela oferta de

cursos; (2) aperfeiçoar os procedimentos de avaliação das demandas e de potencialidades

do mercado de trabalho, com o objetivo de subsidiar decisões relativas à oferta de cursos;

(3) investir na aquisição de acervo bibliográfico vinculado aos programas, utilizando os

mecanismos institucionais existentes; (4) implementar procedimentos de avaliação, em

cursos nos quais esse processo ainda não se encontra consolidado, a ser utilizado pelas

coordenações e pelo corpo docente e discente.

4.3.1.5. Balanço Crítico

Os pontos a seguir referem à metodologia utilizada para a realização da auto-

avaliação da dimensão de Pesquisa e Pós-graduação lato sensu. (1) alguns indicadores não

alcançaram as especificidades de alguns cursos; (2) com relação aos questionários

disponibilizados eletronicamente, observou-se o seguinte: em decorrência do número de

respostas obtidas, o nível de confiabilidade desses dados ficou abaixo do proposto, a saber,

95%41.

Fora isso a realização dos seminários e a criação de uma comissão para elaborar

o regulamento da pós-graduação lato sensu incorporaram parte dos resultados obtidos no

planejamento da gestão acadêmico-administrativa.

O acompanhamento, pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, dos cursos

existentes, a partir da centralização dos dados nessa instância institucional, tem permitido

um melhor planejamento das ações estratégicas da PUC Minas na área.

4.3.2. Pesquisa e pós-graduação stricto sensu

4.3.2.1. Ações planejadas

No que se refere à Pós-graduação stricto sensu, foram planejadas as ações que se

seguem: (1) levantamento dos programas existentes e suas características mediante

Page 79: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

63

consulta a documentos, à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação e entrevistas (Anexo 6)

com os coordenadores de programas de mestrado e doutorado; (2) elaboração de

indicadores de desempenho que pudessem complementar os já estabelecidos pela Capes e

aqueles apontados pelo “Roteiro de Auto-avaliação Institucional” do Sinaes; (3) organizar as

informações obtidas dos documentos institucionais: Plano de Desenvolvimento Institucional,

Relatório Anual de Atividades da Instituição, Boletim Estatístico 2003-2004 e SGA –

Administrativo 2003-2004; (4) elaboração de instrumentos de coleta de dados (Anexo 7),

quantitativos e qualitativos, para obtenção de informações sobre os programas de pós-

graduação stricto sensu e sobre a política de pesquisa e pós-graduação da Instituição; (5)

definição da amostragem, aplicação do questionário, tabulação e análise dos dados; (6)

realização de entrevistas gravadas e respectiva transcrição e análise.

4.3.2.2. Ações realizadas

Conforme as atividades planejadas a Subcomissão realizou o seguinte: (1) análise

dos documentos fornecidos pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação relativos aos

programas de pós-graduação e à pesquisa na Instituição, de modo a extrair os dados já

sistematizados; (2) formulação dos indicadores de desempenho para fins de elaboração dos

instrumentos de coletas de dados, conforme “Roteiro de Auto-avaliação Institucional” do

Sinaes e em complemento aos parâmetros estabelecidos pela Capes; (3) formulação de

questionário direcionado aos alunos dos programas de pós-graduação stricto sensu e roteiro

de entrevista para os coordenadores e professores. Foram também elaborados roteiros de

entrevista a serem realizadas com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação e com o

Coordenador de Pesquisa da Instituição; (4) definição da amostra e disponibilização do

questionário para os alunos no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em ambiente virtual,

com prazo definido para preenchimento; (5) realização de entrevistas gravadas com os

coordenadores dos programas de pós-graduação stricto sensu – 13 no total, com o

Coordenador de Pesquisa da Instituição e com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação.

41 Conforme Tabela 1

Page 80: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

64

4.3.2.3. Resultados alcançados

A análise dos dados documentais disponíveis, as respostas dos discentes ao

questionário e as entrevistas realizadas com os coordenadores dos programas de pós-

graduação stricto sensu, com Coordenador de Pesquisa e com Pró-reitor de Pesquisa e

Pós-graduação permitem relatar os seguintes resultados: (1) existência de plano estratégico

elaborado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação até 2008. Esse plano é

reconhecido pelos coordenadores de programas de pós-graduação stricto sensu no sentido

de nortear e facilitar a consecução dos programas; (2) definição de critérios no referido

plano estratégico para a criação de programas de pós-graduação stricto sensu; (3)

realização de estudos minuciosos de viabilidade financeira para a criação de programas de

pós-graduação stricto sensu. No período analisado, observou-se a autorização da abertura

de dois cursos por ano, o que demonstra cautela na expansão da pós-graduação stricto

sensu na PUC Minas. Vale ainda ressaltar que investimentos na titulação dos docentes

permitiram que a Instituição contasse, em seu quadro docente, com professores doutores

que podem ser inseridos em seus programas de pós-graduação. (4) reestruturação da

Secretaria de Relações Internacionais, estabelecendo mecanismos facilitadores na

operacionalização de convênios diversos no âmbito da pós-graduação e pesquisa; (5)

reestruturação da editora da PUC Minas que passou a ser subordinada à Pró-reitoria de

Pesquisa e Pós-graduação; (6) realização de reunião bimestral do Pró-reitor de Pesquisa e

Pós-graduação com os coordenadores de programas no sentido de promover sua

integração; (7) existência de programas próprios de fomento à pesquisa e à iniciação

científica, a saber, Fundo de Incentivo à Pesquisa – FIP e Programa de Bolsas de Iniciação

Científica – Probic. São destinados ao FIP 0,5% da receita bruta da Instituição. (8) as bolsas

de pesquisa e iniciação científica, nas diferentes áreas e campi obedecem a um sistema de

distribuição de cotas; (9) estímulo à criação de grupos de pesquisa registrados junto ao

CNPq e fortalecimento daqueles já existentes, inclusive para submissão de projetos de

pesquisa a serem financiados pelo FIP/Probic; (10) existência de convênios com órgãos

públicos e privados que viabilizam recursos para bolsas de iniciação científica e pesquisa;

(11) existência de mecanismos internos de divulgação da iniciação científica, tais como livro

indexado e editado anualmente pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação; realização

anual de Seminário de Iniciação Científica; concessão de prêmio, em dinheiro, ao melhor

trabalho de iniciação científica para cada área de conhecimento; (12) melhoria dos conceitos

obtidos pelos programas na avaliação da Capes; (13) compromisso dos programas de pós-

graduação com os objetivos e a missão institucional da PUC Minas, explicitado por:

Page 81: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

65

disciplinas que debatem temas de natureza ética; compromisso com uma formação de

qualidade, humana e ética dos discentes; desenvolvimento do conhecimento científico e

tecnológico no sentido de colaborar na sociedade em que a Instituição insere-se; (14)

existência de critérios definidos e gerais para alocação de docentes nos programas42; (15)

aumento substancial do número de projetos de pesquisa aprovados e financiados pela

Fapemig43; (16) articulação da pós-graduação com a graduação em razão de os projetos de

pesquisa financiados pelo FIP exige obrigatoriamente a participação de alunos bolsistas;

concessão de horas para os professores para orientar projetos de iniciação científica e de

conclusão de curso; exigência de os professores dos cursos de pós-graduação alocarem

20% de sua carga horária em disciplinas na graduação; incentivo da participação dos

professores em seminários e palestras dirigidas à graduação acentuando o compromisso

com o desenvolvimento das práticas investigativas; (17) cumprimento, de acordo com as

normas da Capes, do tempo de permanência dos alunos nos programas de mestrado e

doutorado (dois anos e três anos e meio, respectivamente); (18) nos programas de

mestrado o percentual de evasão de alunos é em torno de 2%. Nos programas de

doutorado, no período avaliado, não houve evasão; (19) existência de critérios internos para

financiamento da participação de docentes em eventos científicos nacionais e

internacionais44; (20) concessão do Portal Capes à Instituição, o que facilitou o acesso a

periódicos estrangeiros; (21) excelência do acervo da Biblioteca; (22) realização periódica

de procedimentos avaliativos no âmbito dos programas de pós-graduação stricto sensu; (23)

crescimento de aproximadamente 50% e 60%, respectivamente, do número de mestres e

doutores, no período entre 2002 e 2004, em decorrência do Programa Permanente de

Capacitação Docente (PPCD) da PUC Minas45; (24) estabelecimento de programa para

facilitar o pós-doutoramento; (25) realização periódica de revisão curricular e atualização

dos planos de ensino pelos programas de pós-graduação; (26) 50% dos alunos

respondentes afirmaram existir integração entre as disciplinas em razão da realização de

trabalhos conjuntos; (27) 53,3% dos alunos respondentes consideraram “excelente” a

apresentação do conteúdo, pelos professores, em todas as disciplinas e 90,0% dos alunos

disseram que a proposta do curso “foi apresentada” pelo coordenador. As relações

interpessoais entre aluno-coordenador, aluno-professor, aluno-aluno e aluno-funcionário são

consideradas excelentes em média 70%. 82,1% dos alunos respondentes disseram estar

42 Do docente, exige-se, entre outros critérios, experiência como pesquisador e adequação de sua produção científica às linhas de pesquisa do curso. 43 Em 2003 foram aprovados seis projetos e em 2004, 25 projetos. 44 Cf. Portaria 076/2003. 45 Representativo número de doutores na Instituição: 510 no universo de 2.413 professores (21,1%). Dados do Boletim Estatístico mostram que, no segundo semestre de 2001, 21 professores usufruíam o benefício para a obtenção do título de mestre e 56 para o de doutor. Em 2004, 23 professores recebiam as horas para cursos de mestrado e 136 para o doutorado. Ressalta-se que em termos de horas-aula, o Programa Permanente de Capacitação Docente destinou 2.919 horas para a titulação dos docentes no 2º semestre de 2004.

Page 82: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

66

“satisfeitos” ou “bastante satisfeitos” com o apoio recebido no processo de elaboração de

dissertação ou tese; (28) a participação dos docentes dos programas de pós-graduação

favorece a articulação entre os cursos de pós-graduação stricto sensu, lato sensu e

especialização ofertados na instituição.

4.3.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados

Em vista dos resultados apresentados podem-se ressaltar os seguintes pontos a

serem aperfeiçoados: (1) maior integração entre os programas de pesquisa e pós-

graduação stricto sensu e lato sensu; (2) consolidação dos grupos de pesquisa cadastrados

pela Instituição; (3) articulação entre o programa de pós-graduação stricto sensu e os

programas de extensão; (4) melhoria de recursos materiais e espaço físico reservado aos

programas de pesquisa e pós-graduação; (5) favorecer a publicação de trabalhos científicos

dos docentes em periódicos científicos que não apenas os da Instituição, visto que os

critérios de pontuação da Capes são maiores para as publicações que não apenas da sua

própria instituição; (6) acompanhamento sistematizado dos egressos por parte dos

programas de pesquisa e pós-graduação; (7) divulgação dos processos de avaliação

interna; (8) maior participação dos alunos em eventos nacionais e internacionais, tais como

seminários ou congressos; (9) maior participação dos discentes dos programas de pós-

graduação em atividades ou projetos da graduação; (10) padronização das informações

veiculadas nos sites e folders dos diversos programas.

4.3.2.5. Balanço Crítico

Sabe-se que essa foi a primeira etapa do processo de Auto-Avaliação da pós-

graduação stricto sensu da PUC Minas e que os dados estão sendo analisados e, portanto,

não foi ainda possível divulgar resultados conclusivos que possibilitem modificações no

planejamento da gestão acadêmico-administrativa.

Entretanto, o processo de entrevista com coordenadores dos programas de pós-

graduação proporcionou momentos de reflexão e conhecimento mais aprofundados acerca

dos aspectos relativos à avaliação da dimensão da pesquisa e pós-graduação stricto sensu

determinados pelo Sinaes.

Page 83: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

67

A realização das entrevistas com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, com o

Coordenador de Pesquisa e demais coordenadores de curso possibilitou aos

entrevistadores dar-lhes retorno do processo de avaliação.

Por fim, acredita-se que a divulgação dos resultados obtidos à Administração

Superior e aos programas de pós-graduação e pesquisa permitirá o delineamento de ações

estratégicas no âmbito dos próprios programas e da Instituição.

Page 84: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

68

4.4. SUBCOMISSÂO DE EXTENSÂO

Ao apresentar as discussões que envolvem as atividades de Extensão, deve-se

fazê-lo vendo a extensão como uma parte integrante da atividade fim, assim como as de

ensino e pesquisa. As iniciativas das atividades de avaliação desta e de outras

subcomissões antecedem à própria Lei 10.861 de 14 de abril de 2004 (Sinaes).

No primeiro semestre de 2003, a subcomissão dedicou-se ao estudo da

documentação existente e à construção de indicadores de avaliação. Inicialmente foram

discutidos os documentos “Esboço da Política de Extensão Universitária da PUC Minas” e

os relatórios dos projetos de cada unidade. Realizou-se, a partir daí, uma revisão nos

indicadores a serem utilizados na avaliação da extensão. No segundo semestre, dedicou-se

à construção dos instrumentos de coleta de dados após ter sido definido o público-alvo, a

saber: professores/coordenadores de projetos/programas, alunos vinculados a

projetos/programas de extensão, comunidade e parceiros da PUC Minas.

Ainda no segundo semestre desse mesmo ano, o Propav efetivou a implantação da

avaliação do Ensino da Graduação. Para a realização dessa primeira etapa, todas as

subcomissões foram mobilizadas a sensibilizarem professores, coordenadores e alunos das

diversas unidades. Reuniões e atividades de capacitações ocorreram durante todo o

processo com o objetivo de “afinar o discurso” sobre os objetivos da Avaliação e a forma

pela qual ela seria realizada. A orientação da comissão central, naquela época, foi de que a

avaliação das demais comissões seriam posteriores à da Graduação, vislumbrando-se a

possibilidade de utilização dos dados coletados.

Encerrada a primeira fase de avaliação da dimensão da Graduação, o Propav

passou por uma reorganização. Novas subcomissões foram criadas afim de avaliar as

outras dimensões previstas pelo Sinaes.

Em fevereiro de 2003, a Comissão Central de Avaliação Institucional (Cocenai)

realizou treinamento para os membros das diversas subcomissões de modo a orientar a

avaliação e estabelecer parâmetros a serem observados por todos. Já nesse momento, as

atas registram as propostas de coleta de dados, sugeridas pela subcomissão de Extensão.

Vale observar que a Universidade passava por um processo de reestruturação que

culminou, inclusive, em agosto de 2003, com a substituição de diversos gestores, dentre

eles o Reitor e o Pró-reitor de Extensão. No âmbito da Pró-reitoria de Extensão, iniciam-se

os debates acerca da redefinição do alcance institucional da extensão universitária. Esse

debate resultou em novas configurações e sistemáticas para a extensão, influenciando o

modus operandi da Subcomissão de Extensão nesse processo.

Page 85: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

69

Alguns percalços ocorridos ao longo do processo de análise dos resultados dos

dados do ensino retardaram o início das atividades das subcomissões. Acopladas a essas

dificuldades, registrem-se, ainda, as mudanças e a reestruturação da antiga Cocenai.

Nesse processo de reestruturação, a subcomissão perde a maior parte de seus

membros originários. Outros docentes são incorporados á subcomissão, que se reinstala em

fevereiro de 2004. A partir de então, em conformidade com as diretrizes da Cocenai,

esboçou-se um roteiro com os pontos centrais a serem contemplados quando da elaboração

dos instrumentos de avaliação.

Em 2004 foram apresentados à Pró-reitoria de Extensão e aos componentes dessa

os instrumentos elaborados na expectativa do pré-teste. Nesse período, a CPA estabelece

novos prazos para implantação da segunda etapa da Avaliação Institucional, de vez que

nem todas as subcomissões encontravam-se no mesmo patamar de produção. O objetivo

era sensibilizar a comunidade acadêmica para a implantação da segunda etapa, quando

seriam apreciadas as outras dimensões do processo de Avaliação Institucional.

Paralelamente, a Subcomissão Extensão levantou documentos oficiais da

Universidade que pudessem alicerçar a avaliação da extensão universitária. Nesse período,

há uma intensa discussão na universidade sobre os fundamentos regimentais. O PDI

encontrava-se em construção, o Plano de Carreira Docente bem como o Estatuto da

universidade eram alvos de amplos debates com a comunidade acadêmica.

Nesse momento, o MEC estabelece diretrizes gerais para a avaliação das

Instituições de ensino por meio do Sinaes, definindo os pontos centrais para qualquer

avaliação institucional. Durante esse ano, o MEC detalharia esses pontos, o que iria

conduzir, mais a frente, já em 2005, a uma reformulação dos instrumentos tendo em vista a

observância dessas orientações. No segundo semestre de 2004, a Subcomissão de

Extensão passou por uma recomposição. Tendo saído um de seus membros e dois novos

membros a ela foram incorporados, novos estudos para harmonizar o conhecimento de

todos foram realizados.

Em dezembro de 2004 a Subcomissão de Extensão apresenta ao então Copav o

projeto de avaliação da extensão universitária, contendo diretrizes, definição do público alvo

da pesquisa de campo, etapas do processo e indicadores de aferição das ações

extensionista. Ao trabalho dessa subcomissão acrescentam-se os conteúdos da avaliação

da responsabilidade social. Posteriormente, essa questão passa a ser compartilhada com

outras subcomissões, haja vista o entendimento de que essa dimensão encontra-se inserida

em todas as atividades fins e instâncias da universidade. Anexo ao projeto, foi encaminhado

um cronograma de atividades que antevia o início da etapa de sensibilização, em

concomitância com a revisão dos instrumentos, para fevereiro de 2005. O efetivo início da

aplicação dos questionários junto a professores e alunos estava previsto para abril do

Page 86: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

70

referido ano. No entanto, esse cronograma não pôde ser cumprido em face de alterações na

própria gestão do Propav.

Em abril de 2005, o Copav elaborou um programa de aperfeiçoamento

metodológico, disponibilizado para todos os membros de todas as subcomissões. O objetivo

era o de discutir o conhecimento de diferentes instrumentos de pesquisa, seu processo de

elaboração e operacionalização. As oficinas, no total de cinco, foram intercaladas com os

trabalhos de reestruturação dos questionários e realizadas entre abril e junho do referido

ano.

Mesmo tendo os instrumentos sido preliminarmente elaborados em meados de

2005, a subcomissão, após análise, avaliou a necessidade de reestruturação dos

questionários em face do tamanho e da complexidade dos mesmos, o que inviabilizaria ou

pelo menos dificultaria sua operacionalização.

Em agosto reinicia-se o aprimoramento dos questionários, tendo sido finalizado em

setembro de 2005 e encaminhado ao Copav nesse período. Todo o processo de

reestruturação dos instrumentos, realizado pela Subcomissão de Extensão, visava torná-los

menos complexos, aprimorar a terminologia neles utilizada para evitar dubiedades e

incompreensões, tornando as questões simples e claras.

Em outubro, o Copav retorna os instrumentos, sugerindo substanciais modificações

nos mesmos, desencadeando novo processo de discussão. Após as reuniões com o Copav

chegou-se a um consenso de que as questões deveriam versar apenas sobre a política de

extensão e não do conteúdo dos projetos. Em novembro reinicia-se a reelaboração dos

questionários que se encontram em fase de finalização, tendo sido debatida a necessidade

de realização, pelo menos entre o professorado, de uma pesquisa de natureza censitária e

não amostral, uma vez que o entendimento é de que o número de professores que

participam das atividades extensionistas é bastante reduzido.

4.4.1. Ações planejadas

A Subcomissão de Extensão, assim como as demais voltadas para a avaliação

institucional, foi criada em dezembro 2002. Sua função era pensar a avaliação da extensão

em suas diversas dimensões, fornecendo elementos para um melhor conhecimento desta

atividade na PUC Minas, além de subsidiar o planejamento de estratégias, na busca da

melhoria da qualidade de suas ações. Para isso, deveria criar instrumentos, levantar dados

e montar roteiros de avaliação que seriam permanentes e processuais. Esta subcomissão

Page 87: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

71

foi composta por quatro professores de diversos cursos/campi, vinculados ou não à

extensão.

A Subcomissão tem como objetivo elaborar os estudos preliminares à avaliação

institucional da extensão, bem como propor e definir a metodologia da pesquisa e os

instrumentos de coleta de dados, o público alvo a ser investigado, e a forma de condução

operacional do processo avaliativo, sob a anuência do Copav. Cabe a ela, ainda, elaborar os

relatórios descritivos e analíticos dos dados coletados e das atividades desenvolvidas.

A discussão metodológica parece, nesse momento, ser um ponto nevral no debate

sobre a avaliação do processo extensionista. A subcomissão definiu que a pesquisa de

campo, precedida por uma análise documental do PDI e PPI – tendo sido criado um roteiro

para tal – seria realizada com quatro atores diferentes: professores e ou coordenadores de

projetos, alunos, comunidade e parceiros. Quanto aos professores, em face do número

reduzido de participação em projetos dessa natureza – cerca de 200 – a subcomissão

sugere a realização de uma pesquisa censitária e presencial, vez que não se justificaria,

pelo menos em tese, uma amostragem num universo tão pequeno. Para os alunos, em face

do número mais elevado, a sugestão é que seja por amostragem simples e por meio

eletrônico. Para os parceiros e comunidades, sugerem-se os instrumentos de coleta de

dados da abordagem qualitativa do tipo grupos focais.

Além disso, a subcomissão, após ouvir as ponderações de membros da Copav,

reconheceu a necessidade de redução do escopo da avaliação da extensão, haja vista que

os questionários até então elaborados extrapolavam a sistemática do Processo de

Avaliação da universidade, centrada nos aspectos das políticas de cada segmento que

compõe seu universo (extensão, pesquisa, ensino, etc). Entendeu-se que não cabia, nesse

momento, a avaliação de projetos e ou a construção de indicadores que mensurassem as

atividades per si da Extensão, mas que o processo deveria ser voltado exclusivamente para

a política extensionista da universidade em seu conjunto.

4.4.2. Ações realizadas

Em face das dificuldades operacionais e da exigüidade do tempo, redefiniram-se os

procedimentos metodológicos previstos no relatório preliminar de dezembro de 2005. Optou-

se pela realização de uma pesquisa amostral junto aos professores/coordenadores e aos

alunos envolvidos em ações extensionistas, em substituição à de natureza censitária,

conforme orientação do Copav.

Page 88: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

72

As dificuldades de mapeamento do número exato de projetos existentes nesse

momento – dada a própria natureza temporária de algumas das ações típicas de extensão

universitária – permitiram levantar 124 projetos em execução entre os anos 2003/2005.

Desse universo, foram selecionados 70 projetos que compuseram a amostra de 54

professores, tendo auferido 54 respondentes. No tocante aos alunos, a pesquisa amostral,

preliminarmente prevista, assentou-se sob o universo de 696 estudantes participantes dos

projetos amostrados, perfazendo um total de 170, sendo 104 respondentes. Ambas as

amostras foram selecionadas tendo em vista a proporcionalidade dos diversos campi na

consecução de projetos extensionistas, e o questionário (Anexos 11 e 12) aplicado por meio

eletrônico, via rede corporativa, no período de março a abril de 2006.

Os grupos focais, previstos como técnica para coleta de dados junto a parceiros e

comunidade, não puderam ser constituídos nessa fase, haja vista a dificuldade de organizá-

los em tempo hábil. A partir da compreensão de que a avaliação é processual, entendeu-se

que não induziria prejuízos a sua realização a posteriori, mas ainda no decorrer desse ano.

As etapas de sensibilização do público-alvo demandaram empenho concentrado da

Subcomissão e da comissão gestora do Propav, visando a minimizar as dificuldades,

principalmente as oriundas da operação dos instrumentos on-line. Soma-se a isso a

dificuldade de acionar o professor aulista que, na maioria das vezes, trabalha de forma

pulverizada nas diversas unidades que compõem a Universidade. Agravado também pelo

curto tempo em que o questionário foi disponibilizado em rede (duas semanas para ambos

os públicos, quando, no projeto apresentado ao Copav em 2004, estava previsto o período

de 30 dias on-line).

Em relação aos alunos, os resultados, ainda que não comprometedores, foram

dificultados dada a interrupção do período de aulas por feriados prolongados. Essa

dificuldade, no entanto, foi minimizada pelo trabalho de sensibilização, realizado por

estagiários disponibilizados pela Coordenação do Propav, que, por meio de contato

telefônico acionaram os alunos selecionados. A principal forma de sensibilização proposta

para se realizar junto aos alunos, que se faria por meio dos professores/coordenadores dos

projetos selecionados – facilitadores e referência do projeto – não pôde ser executada em

face do exíguo tempo para sua realização, como já dito acima.

Outro aspecto a salientar, refere-se ainda a uma incipiente cultura de avaliação na

universidade e de seu entendimento como um processo educativo e formativo. Embora

contemporaneamente haja uma compreensão visivelmente melhorada da importância da

avaliação, isso ainda não se encontra internamente na vertente extensionista, sobretudo

quando comparada com o ensino e a pesquisa, que já incorporam processos avaliativos na

sua prática diária. No caso da PUC Minas, embora o Programa Permanente de Avaliação

Institucional já tenha se constituído como referência, no tocante às ações extensionistas a

Page 89: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

73

experiência avaliativa não compunha essa realidade. Essa cultura, em fase de construção,

irá resultar em frutos mais substantivos no decorrer do processo contínuo de avaliação

institucional. Nesse aspecto, voltamos a frisar o caráter vivencial de aprendizagem do

processo. Ademais, só recentemente tem se desenvolvido a compreensão da extensão

universitária como um pensar e fazer acadêmico em igual patamar das atividades de ensino

e pesquisa. A luta por sua institucionalização, como parte do processo acadêmico per si,

requisita a avaliação como uma de suas dimensões.

4.4.3. Resultados Alcançados

4.4.3.1. Análise documental

A análise documental foi complementada pela leitura dos princípios, normas e

resoluções emanadas do Estatuto e do Regimento Interno da Universidade, que formalizam

os processos inerentes à vida acadêmica, dentre eles a Extensão. Esses documentos, em

vigência atualmente, apresentam indicações genéricas que enfatizam a extensão como um

dos espaços de disseminação do conhecimento produzido na universidade. Tal visão

apresenta um caráter reducionista ao propugnar a Academia como promotora do

conhecimento e a comunidade como recipiente dessa ação. Por outro lado, esses

documentos não colocam a extensão no mesmo patamar do ensino e da pesquisa, embora

muitas vezes pareça antever que essas atividades devam caminhar juntas. Apresentam

ainda, uma perspectiva tradicional da extensão ao destacar os elementos da disseminação

de conhecimentos (cursos, conferências, etc), da prestação de serviços (assistência,

assessoria, etc) e difusão cultural. Nesse aspecto, percebem a extensão apenas como o

braço difusor da produção acadêmica, desconhecendo o papel fundamental que o contato

com a realidade propicia à Academia. Convém ressaltar que esse diálogo com a sociedade

alimenta o Ensino e a Pesquisa, oxigenando os saberes produzidos no âmbito universitário,

possibilitando a geração de novas linhas de pesquisa, novos estágios e a criação de novos

cursos.

As análises do PPI (Projeto Pedagógico Institucional) e o PDI (Projeto

Desenvolvimento Institucional) apontam para significativas mudanças na concepção e

diretrizes de Extensão Universitária na PUC Minas.

Em decorrência das mudanças em curso e em consonância com os ditames da

legislação, a Política de Extensão, proposta pela Pró-reitoria e em vias de aprovação pelo

Page 90: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

74

Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) define a extensão universitária como

atividade fim integrada ao ensino e à pesquisa. Nesse sentido, propõe um compartilhamento

e processo mútuo de aprendizagem, o que possibilita um diálogo de saberes e a troca de

experiências circunscritas em uma ação pedagógica em que alunos, professores e

funcionários da Universidade são educadores e educandos e a comunidade também se

apresenta como educanda e também como educadora, a partir de relações inter, multi e

transdisciplinares.

Há que se avaliar que a existência formal de uma política extensionista demonstra o

grau de institucionalização da Extensão como atividade fim que se consubstancia, dentre

outros, nas seguintes estruturas: (1) na gestão, com a reorganização da Pró-Reitoria e a

constituição do colegiado de Extensão, das coordenações de campi e unidades, bem como

das coordenações de cursos e de programas já institucionalizados como, por exemplo, o

Instituto da Criança e Adolescente; (2) no estabelecimento de orçamento próprio, com

destinação específica e formas de controle nos moldes do que já é demandado pela

pesquisa tais como registros, prestação de contas, relatórios de acompanhamento,

monitoramento, etc. Atualmente encontra-se em discussão a necessidade de

estabelecimento de parâmetros para avaliação contínua e de impacto dos programas junto

aos públicos que dela participam; (3) na construção de um sistema informatizado de coleta

de dados e acompanhamento periódico e sistemático dos projetos; (4) no tocante aos

processos, outro elemento a indicar a institucionalização como fazer acadêmico refere-se ao

lançamento do Edital de Projetos de Extensão, meio pelo qual se institucionaliza, se

reconhece e legitima esses trabalhos, haja vista que estabelece parâmetros e seleciona

projetos que de fato atendam a esse fim. O edital estabelece ainda bolsas para os alunos e

a alocação de horas para o professor; (5) em atenção às demandas dos próprios atores que

atuam na Extensão dentro da PUC Minas, da própria Política de Graduação da Universidade

e também face às recomendações do Plano Nacional de Extensão e das Novas Diretrizes

Curriculares do Ministério da Educação, a institucionalização tem se realizado por meio da

incorporação das ações extensionistas nos projetos pedagógicos dos cursos; (6) o estímulo

à geração de produtos acadêmicos, tanto os tradicionais, como artigos e monografias, bem

como os mais condizentes com as ações extensionistas como cartilhas, boletins, vídeos,

etc; (7) no estabelecimento de áreas temáticas nas quais se inserem os projetos, em

consonância com as áreas definidas e classificadas pelo Plano Nacional de Extensão.

E, por fim, dado o crescimento vertiginoso da Instituição, configurado na criação de

várias unidades na área metropolitana e no interior do Estado, há uma preocupação com o

desenvolvimento de ações regionalizadas que atendam às demandas locais e próprias das

regiões nas quais se situam essas unidades.

Page 91: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

75

4.4.3.2. Análise quantitativa

A) Avaliação do Processo Extensionista – Dados do Relatório de Ensino – 2003

O Relatório Geral do Ensino na Graduação (2005) traz elementos que permitem

avaliar alguns aspectos da ação extensionista para o ano de 2003.

Em relação à participação dos professores nessas atividades, os dados

demonstraram que 37,6% dos respondentes atuavam na Extensão/Práticas Investigativas.

Essa participação se distribuía em Cursos de extensão (24%), Coordenação de Projetos

(27%), Equipes de Atividades e Projetos (33,1%). De modo condizente com os dados

coletados junto aos professores na avaliação específica da Extensão, os dados do relatório

já apontavam para a predominância de professores com a titulação de Mestre à frente dos

projetos. Nesse relatório, destaca-se também a participação de Especialistas na condução

dos cursos de extensão.

O relatório aponta, ainda, que para o ano de 2003, 59,3% dos projetos pedagógicos

dos cursos atendiam satisfatoriamente ao quesito de desenvolvimento das ações

extensionistas, o que será corroborado tanto pelo questionário dos professores quanto dos

alunos, a seguir analisados.

B) Avaliação do Processo Extensionista a partir dos Coordenadores e Professores

envolvidos

Os gráficos abaixo traçam um quadro geral da extensão na PUC Minas, a partir dos

questionários aplicados a professores coordenadores de projetos.

O Gráfico 9 demonstra que 2/3 do professorado envolvido nas atividades

extensionistas é do sexo feminino e se encontra majoritariamente na faixa etária entre 30 e

49 anos.

Page 92: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

76

Gráfico 9: Perfil - distribuição dos professores coordenadores extensionistas, por sexo

Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006

Gráfico 10: Perfil – Faixa etária dos professores coordenadores extensionistas

Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006

A maior parte das atividades extensionistas concentra-se na Unidade Coração

Eucarístico. Esse dado é pouco significativo quando analisado isoladamente, haja vista que

esta Unidade, além de ser a sede da Instituição, é a que detém o maior número de cursos,

professores e alunos. Ademais, a amostragem foi proporcional ao peso de cada

Unidade/Núcleo Universitário/campi no conjunto das atividades. Vale a pena destacar,

contudo, a participação do campus Poços de Caldas, que embora disponha de número

menor de professores e alunos que algumas unidades, mormente as do entorno da sede,

apresentou o segundo maior número de respondentes (14,8%).

33,3%

66,7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Masculino Feminino

3 ,7%

3 8 ,9 %4 2 ,6 %

14 ,8 %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

De 20 a 29 anos De 30 a 39 anos De 40 a 49 anos Acima de 50 anos

Page 93: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

77

À frente das atividades extensionistas encontram-se professores com formação de

mestres e classificados na categoria de Assistente III (43,4%). Professores doutores e ou

adjuntos perfazem cerca de 14% dos que estão à frente de projetos de Extensão. Isso pode

ser compreensível em face da secundarização com que sempre foi vista a Extensão dentro

da universidade brasileira de um modo geral. Na PUC Minas, a análise comparativa dos

documentos apontava para uma indefinição e falta de clareza quanto ao conteúdo da

Extensão e uma forte ênfase na compreensão da predominância das atividades de Ensino e

Pesquisa e a secundarização das ações extensionistas.

Quanto ao regime de trabalho e horas dedicadas à Extensão, percebe-se a

predominância de professores aulistas com contrato aditivo (57,4%), não obstante o

percentual significativo de professores com regime de dedicação exclusiva (40 horas) que

perfazem 25,9% dos respondentes.

Percebe-se ainda que quase a metade dos professores aulistas com contrato

aditivo respondentes (46,0%) tem disponíveis de uma a seis horas semanais dedicadas a

essas ações. Quando se tem em mente que as ações extensionistas envolvem interação

constante e sistemática com a comunidade, esse dado se revela indicador de que o tempo é

reduzido para o desenvolvimento de uma prática mais sistemática e reflexiva das ações de

extensão. Essa observação pode ser respaldada ainda, pelo conhecimento, obtido no

cadastro de projetos onde se demonstra que a maior parte dos professores é responsável

por no mínimo dois projetos (em alguns casos, há professores que coordenam quatro ou

mais projetos). Nesse sentido, observa-se a fragmentação de suas horas, o que pode

comprometer o desenvolvimento dos trabalhos e mesmo a reflexão sistemática dele, e sua

perspectiva de atividade acadêmica intrínseca à formação universitária, conforme prevêem

documentos oficiais como o PDI, PPI e o novo Estatuto da Universidade.

Quanto à classificação dos projetos desenvolvidos pela Extensão, 35,2% deles se

encaixam na área temática da Educação, que envolve ações tais como cursos, oficinas,

seminários, programas de alfabetização, etc., seguidos por ações voltadas para o

desenvolvimento dos Direitos Humanos (20,4%) e Saúde (18,5%). Esses dados apontam

para uma consonância com os princípios humanistas que norteiam a missão de uma

Universidade Católica, conforme registram seus princípios basilares.

Como processo que envolve interação e imbricamento com os diversos segmentos

sociais, o público alvo é a comunidade em geral (33,3%). A visão de totalidade é importante

porque reafirma a compreensão da pluralidade que perpassa a vida social e da formação

integrada e multidisciplinar.

Segundo professores e coordenadores respondentes, as atividades extensionistas

estão associadas majoritariamente aos estágios curriculares obrigatórios (55,6%). Por outro

lado, 53,7% dos professores/coordenadores respondentes indicam que “sempre” há relação

Page 94: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

78

das atividades extensionistas com os projetos pedagógicos dos cursos envolvidos. Sendo

assim, avalia-se que há uma maior Institucionalidade da extensão, dado que ela está

incorporada ao principal instrumento de regulação dos cursos, o projeto pedagógico. O

estágio curricular pode, de fato, vir a se configurar como um instrumento adequado para

viabilizar a articulação ensino/extensão, mas alguns requisitos fazem-se necessários tais

como a exigência de produção de conhecimento que indiquem reflexão (relatórios analíticos,

monografias, etc). É importante que essa articulação ensino/extensão seja mais bem

qualificada para garantir a real integração entre as diferentes dimensões do conhecimento

acadêmico.

Outro dado que vem reforçar esse viés do processo extensionista associado ao

estágio curricular refere-se à avaliação de como as atividades contribuem para a formação

do aluno. Para 51,9% dos professores/coordenadores respondentes, as atividades de

extensão desenvolvidas contribuem como carga horária complementar na formação do

aluno.

No tocante à produção de conhecimento acadêmico gerado pela Extensão, foram

obtidos os seguintes resultados: artigo científico (35,2%), apresentação em

eventos/apresentação de trabalhos (9,3%), vídeo e material de jornal (7,4%),

respectivamente.

Quando da avaliação do impacto, segundo os professores da ação extensionista na

comunidade, os resultados demonstram que 20,4% dos professores/coordenadores

respondentes perceberam melhoria na assistência jurídica, 25,9% na assistência à saúde.

Dos respondentes, 46,3% consideram que a comunidade atua no projeto “como

alvo de intervenção”. Em relação à natureza institucional dos principais parceiros dos

projetos, 29,6% são associações comunitárias, seguidos por órgãos estatais, 20,4%.

Quanto à natureza do recurso, tanto a PUC Minas quanto os seus parceiros têm

como principal contribuição os recursos físicos (48,1% e 55,6% respectivamente). Por outro

lado, a maior parte dos recursos financeiros (27,8% e 14,8% respectivamente) e dos

recursos humanos (22,2% e 13,0% respectivamente) são ofertados pela PUC Minas.

O acompanhamento ou monitoramento dos projetos é feito principalmente por meio

de relatórios descritivos (40,7%) seguidos pela elaboração de relatórios analíticos (37,4%).

Para os professores/coordenadores respondentes, a principal contribuição que o

processo extensionista trouxe para sua formação pessoal e/ou profissional refere-se à

aquisição de “novas práticas profissionais resultantes do aprofundamento da relação

teoria/prática” (57,4%).

Quanto ao que se refere à hierarquização da concepção de extensão,

professores/coordenadores respondentes destacaram a extensão ligada a um “processo

Page 95: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

79

educativo” (33,3%), seguido das concepções de “atividades desenvolvidas junto à

comunidade” (29,6%) e “prestação de serviços” (24,1%).

C) Avaliação do Processo Extensionista a Partir dos Alunos Envolvidos

Os dados do relatório de Ensino e Graduação apontavam que 8% dos alunos da

Universidade atuavam em projetos de extensão, em 2003. O cadastro dos projetos

extensionistas apontava para a existência de 1.457 alunos envolvidos em atividades dessa

natureza, tendo sido construída uma amostra, perfazendo um total de 174 selecionados

dentre os 696 participantes dos projetos amostrados, dos quais 104 responderam.

Gráfico 11: Perfil - distribuição dos alunos extensionistas, por sexo

Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006

Gráfico 12: Perfil – Faixa etária dos alunos extensionistas

Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006

26,9%

73,1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Masculino Feminino

8,7%

62,5%

21,2%

1,9% 1,9% 3,8%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 20anos

De 20 a 24anos

De 25 a 29anos

De 30 a 34anos

De 35 a 39anos

Acima de 39anos

Page 96: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

80

Destaca-se a predominância das mulheres entre os entrevistados (73,1%), e da

faixa etária entre 20 e 24 anos (62,5%).

Em consonância com os dados obtidos junto aos professores, observa-se que há

uma predominância dos cursos de Enfermagem (14,4%) e Psicologia (15,4%). Destacam-se

ainda, os cursos de Direito (10,6%) e de Serviço Social (11,5%). Os dados apontam para o

predomínio dos alunos envolvidos em projetos extensionistas do 5o ao 8o período (71,2%), o

que reforça a correlação entre estágio curricular obrigatório e atividades extensionistas,

conforme já detectado na avaliação feita junto aos professores.

Há uma equivalência em atividades extensionistas tanto no turno da manhã quanto

no turno da noite, ambos apresentando o mesmo percentual (45,2%). Os alunos participam

majoritariamente de um projeto na área da extensão (73,8%). No entanto, destaca-se um

percentual significativo dos que participam de dois projetos (17,5%).

Os meios de informação sobre os projetos de extensão são obtidos mediante

professores que lecionam nos cursos (38,5%), dado seguido de informações transmitidas

pelos colegas (33,7%) e através de informações impressas (10,6%). Isso pode indicar que o

cotidiano da sala de aula tem potencial de difusão das atividades de extensão. Os alunos

respondentes (30,8%) disponibilizam entre 3 e 5 horas por semana para as atividades

extensionistas, e 32,7% mais de 8 horas semanais. A maioria dos alunos (51,0%) recebe

uma bolsa para o desenvolvimento das atividades e 49,0% não recebem nenhuma

remuneração.

Dos respondentes, 77,0% reconhecem a existência da coordenação de extensão

no curso em que estão matriculados. O professor é o principal agente na orientação das

atividades extensionistas, tal como reconhecido por 67,0% dos alunos respondentes. Assim

como nas atividades do Ensino e da Pesquisa, nas atividades de Extensão também a

presença do professor é basilar.

Para 78,0% dos alunos respondentes, há relação dos projetos com os conteúdos

das disciplinas, o que parece indicar que eles percebem as ações extensionistas como parte

de sua formação acadêmica. Também para os alunos que desenvolvem ações

extensionistas, há predomínio daquelas voltadas para a Educação (36,0%), seguidas por

Saúde (22,0%) e Direitos Humanos (17,0%).

Os alunos respondentes, tal como entre os professores, declararam que a

comunidade em geral é o público alvo dos projetos (23,0%). Estágios curriculares (39,0%) e

trabalhos voluntários (39,0%) são as principais atividades as quais associam-se os projetos

extensionistas. Para 53,0% dos entrevistados as atividades extensionistas contribuem para

a sua formação acadêmica como carga horária complementar e 20,0% como “atividades

acadêmico-cientifico culturais nos cursos de Licenciatura”.

Page 97: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

81

Os alunos respondentes percebem melhorias na comunidade quanto à “Assistência

Social” (30,3%), nos aspectos de “Assistência à Saúde” (28,3%), na “Assistência Jurídica”

(18,2%) e “profissionalização” (8,1%).

Dos respondentes, 50,5% avaliam que a ação na comunidade é meramente

intervencionista, o que sem dúvida compromete a capacidade de produção do

conhecimento.

A principal contribuição das ações extensionistas para a formação pessoal e/ou

profissional dos alunos envolvidos refere-se à “ampliação de sua visão social” (55,6%), dado

seguido de 30,3% da “ampliação da compreensão das relações teoria/prática”.

Para 49,0% dos alunos respondentes, atividades de extensão, são definidas como

atividades “desenvolvidas junto às comunidades”, seguido de 22,4% dos que concebem-nas

como “processo educativo”.

Constata-se que a produção acadêmica resultante dessas atividades expressa-se

em “participação em eventos e/ou apresentação de trabalhos” (20,4%), “artigos científicos”

(18,4%), “material de jornal” (8,2%),“vídeo” (6,1%), “livro ou capítulo de livro” (5,1%),

“matéria de TV” (2,0%) dentre outros.

4.4.4. Balanço Crítico

A Extensão Universitária na PUC Minas, ainda que encontre percalços e

dificuldades, encontra-se num momento de consolidação institucional que se expressa tanto

na estrutura do seu processo de gestão (constituição de órgãos colegiados, da política,

organização administrativa, edital dos projetos, etc) como no desenrolar de suas atividades.

A avaliação, ao demonstrar as fragilidades inerentes à vida acadêmica, possibilita, assim,

criar alternativas e propor melhorias em seu andamento.

Algumas dificuldades inerentes ao processo de avaliação se fizeram presentes com

alguma contundência face à própria natureza das ações extensionistas e ainda há uma

lacuna na definição de parâmetros norteadores de sua atuação. Esses parâmetros estão

sendo construídos por meio da política de extensão, em fase de aprovação pelo Conselho

de Ensino e Pesquisa e Extensão.

No processo de avaliação, destaca-se como ponto a ser aperfeiçoado, a debilidade

concernente ao cadastro de projetos, professores e alunos. Essa dificuldade decorre tanto

das características de determinados projetos, que são pontuais e datados, quanto pela falta

de sistematização junto à Pró-reitoria de Extensão. A inexistência de um banco de dados

Page 98: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

82

atualizado e em acompanhamento constante configurou-se como um dos entraves que

dificultou tanto a elaboração da amostragem quanto o estabelecimento de contatos a

posteriori.

Por outro lado, embora o processo de elaboração dos instrumentos de avaliação

tenha possibilitado a discussão e participação dos atores no interior da Universidade, o que

configura uma démarche do processo avaliativo de nossa Instituição – a democratização e

accountability, eixos norteadores do Programa Permanente de Avaliação – gerou certa

morosidade no processo. Se são salutares os debates, as idas e vindas, torna-se necessário

uma maior racionalização do tempo. A segunda fase, qual seja, de coleta e análise de dados

requer mais tempo e maior maturação dos debates.

Os trabalhos de sensibilização foram desenvolvidos tendo em vista limitações do

tempo, o que fragilizou os contatos com professores e alunos, resultando num baixo

envolvimento desses atores no processo avaliativo.

Tendo em vista o relatório apresentado, a subcomissão de Extensão propõe: (1) a

realização de um seminário com a Pró-reitoria de Extensão, professores e coordenadores

para discussão dos resultados da auto-avaliação da dimensão da Extensão; (2) a criação de

banco de dados sistemático e atualizado de programas e projetos, bem como de seus

responsáveis, alunos participantes e ações desenvolvidas; (3) reavaliação do edital de

projetos de extensão e incorporação da demanda por meio da proposta de um diagnóstico

que sustente empírico-conceitualmente as ações extensionistas; (4) elaboração de

parâmetros norteadores para avaliação de impacto das ações extensionistas; (5) formação

continuada do professor/coordenador com vistas a elaboração e implementação de projetos

extensionistas; (6) estabelecimento de mecanismos que permitam o reconhecimento das

ações extensionistas como atividades-fim (estágio extensionista, substituição de disciplina,

etc); (7) adequação ao escopo do projeto e do número de horas dedicadas à sua

implementação; (8) estabelecimento sistemático de avaliação dos projetos, inclusive seu

impacto nas comunidades e na práxis acadêmica; (9) estimulo à discussão das experiências

em sala de aula, como práxis pedagógica; (10) ampliação da perspectiva do estágio

curricular para além da formação profissional, incorporando a dimensão da extensão, ou

seja, de inserção na comunidade e também de espaço de questionamentos e reflexão sobre

a prática.

Page 99: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

83

4.4.5. SUBCOMISSÃO DE POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE

O relatório da subcomissão de Políticas de Atendimento ao Estudante pretende

focalizar as etapas de desenvolvimento da Auto-Avaliação da dimensão Políticas de

Atendimento aos Estudantes, no ano de 2005, conforme estabelecidas no “Roteiro de Auto-

avaliação Institucional – Orientações Gerais” (2004) do Sinaes. O referido documento

apresenta, além de um núcleo de tópicos comuns, outras possibilidades e caminhos para a

construção de processos próprios de auto-avaliação.

É importante destacar que, inicialmente, conforme orientações do documento do

Sinaes – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, a Subcomissão deveria se

responsabilizar pelas Políticas de Atendimento ao Estudante e Relacionamento com o

Egresso, mas devido ao grau de importância e complexidade dos dois segmentos para o

Comitê Permanente de Avaliação - Copav, optou-se por formar duas subcomissões, a de

Políticas de Atendimento ao Estudante e a de Egressos, visando ao aprofundamento de

estudos e a operacionalidade na realização da auto-avaliação desses segmentos.

Percebeu-se por meio da Auto-Avaliação Institucional que a política de atendimento

aos estudantes constitui-se em um conjunto de ações que visam à assistência e à promoção

dos alunos, articulada junto aos projetos pedagógicos dos cursos, em estudos

psicossociológicos e intervenções participativas. Acredita-se que o reconhecimento da

pluralidade dos discursos é condição ética interior das instituições. A prática democrática

institucional se dá quando é possível a escuta de todos sujeitos envolvidos na comunidade.

Criada no ano 2005, a Subcomissão de Políticas de Atendimento ao Estudante teve

como principal meta a elaboração do plano de trabalho, a definição dos indicadores em

conformidade com o núcleo básico e comum proposto pelo Sinaes, o delineamento da

metodologia de coleta de dados e a proposição da estratégia de operacionalização da

avaliação das atividades voltadas para atendimento aos estudantes. Os dados coletados

para essa finalidade referem-se às ações realizadas nos anos de 2003 e 2004 e parte dos

dados já está publicada nos Relatórios de Atividades da PUC Minas dos anos de 2003 e

2004, respectivamente.

Page 100: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

84

4.4.5.1. Ações Planejadas

As ações planejadas foram assim elencadas: (1) identificar dados existentes no

Centro de Registros Acadêmicos - CRA, referentes à política de acesso, seleção e

permanência dos estudantes na Universidade; (2) levantar e estudar os dados registrados

nos Relatórios de Atividades da Secretaria Geral e nos Boletins Estatísticos da Pró-reitoria

de Planejamento e Desenvolvimento Institucional nos anos de 2003 e 2004; (3) realizar

visitas aos setores/órgãos auxiliares da Administração Superior, tais como Secretaria de

Ação Comunitária e Setor de Bolsas para coleta de dados sobre bolsas de estudos;

Ouvidoria, para conhecimento do funcionamento e levantamento de dados de estudantes

atendidos; Centro de Atividades Esportivas - CAE, visando identificar as atividades

desenvolvidas e disponibilizadas para os estudantes; Secretaria de Relações Internacionais

para identificação dos convênios de intercâmbio e número de alunos beneficiados;

entrevistas com os responsáveis pelas Clínicas e Serviço de Assistência Judiciária - SAJ de

todas as unidades acadêmicas da PUC Minas, para levantamento do número de alunos

atendentes e atendidos; reunião com a Secretaria de Assuntos Estudantis, recém-criada46

na PUC Minas; reunião com a coordenação do Centro de Estágio Integrado - CEI para

coleta de dados e conhecimento da política de estágio adotada pela Universidade; (4) trocar

informações com as demais subcomissões do processo de Auto-Avaliação para coleta de

dados relativos às políticas gerais de atendimento aos estudantes; (5) estudar os principais

documentos definidores das diretrizes organizacionais e das políticas institucionais.

4.4.5.2. Ações realizadas

Para a realização do processo de Auto-Avaliação, partiu-se, como já dito, da coleta

de dados. A PUC Minas, no segundo semestre de 2003, atingiu o número de 42.501 alunos

regularmente matriculados. Desses, formaram-se 5.814. No segundo semestre de 2004 o

número de alunos regularmente matriculados era de 44.456 e o total de formandos chegou a

13.468. A forma de ingresso na Universidade se faz, predominantemente, por meio de

exame seletivo, a saber, o vestibular. As outras formas de ingresso são transferências

46 Cf. Portaria 10/2005.

Page 101: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

85

externas e obtenção de novo título. Conforme relatório de auto-avaliação do ensino47, pode-

se considerar que o estudante da PUC Minas possui perfil bastante jovem: 13,6% com idade

inferior a 20 anos; 52,5% na faixa etária de 20 a 24 anos; 17,9% entre 25 e 29 anos; 16%

com idade acima de 29 anos.

De acordo com as ações programadas a Subcomissão realizou levantamento de

dados nos diversos setores alcançando os resultados relatados a seguir:

A) Centro de Registros Acadêmicos – CRA

A PUC Minas possui um Centro de Registros Acadêmicos – CRA, considerado

órgão auxiliar, vinculado à Pró-Reitoria de Graduação, com as seguintes atribuições:

coordenar o cronograma acadêmico da Instituição; atender aos estudantes no fornecimento

de documentos e certificados, processamentos e implantações de alterações curriculares e

individuais; apoiar a implantação de inclusões e alterações de currículos, disciplinas e grade

de horários; organizar e manter a guarda da documentação acadêmica; planejar e

coordenar os processos de matrícula de veteranos, calouros e casos especiais.

No período analisado (2º semestre de 2003 e 1º e 2º semestre de 2004) foi

registrado pelo CRA que 92,1% dos estudantes desta Universidade ingressaram-se por

meio do vestibular, 6,0% de transferências externas recebidas e 1,9% para obtenção de

novo título. Observou-se ainda que, nesse período, os percentuais de aprovação por área

de conhecimento variaram de 79 a 95,0%, e na reprovação os maiores percentuais

encontram-se nas áreas de Ciências Exatas e da Terra (cerca de 18,0%) e nas Engenharias

(cerca de 20%).

Nas tabelas 02 e 03 são apresentados os resultados obtidos na avaliação realizada

pelo Exame Nacional de Cursos (ENC – “Provão”) no ano de 2003 e pelo Exame Nacional

de Desempenho do Estudante (Enade) em 2004 de alguns cursos da PUC Minas.

47 Dados extraídos do Relatório de Auto-Avaliação do Ensino.

Page 102: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

86

Tabela 2: Desempenho no Exame Nacional de Cursos – 2003

Campus / Unidade / Núcleo Universitário / Curso Conceito

N º de graduandos presentes

% de Respondentes

Campus de Belo HorizonteAdministração A 225 100,0 Arquitetura e Urbanismo B 103 100,0 Ciências Biológicas A 114 97,4 Ciências Contábeis B 259 100,0 Direito A 252 98,8 Economia B 113 100,0 Enfermagem C 126 99,2 Engenharia Civil D 79 96,2 Engenharia Elétrica C 146 97,9 Engenharia Mecânica C 175 97,7 Geografia B 115 99,1 História C 109 91,7 Jornalismo C 97 94,8 Letras C 95 98,9 Odontologia A 117 100,0 Pedagogia C 311 100,0 Psicologia C 198 90,4

Núcleo Universitário de Betim Administração A 63 100,0 Direito C 121 100,0 Letras C 79 100,0 Matemática B 58 100,0 Psicologia A 36 100,0

Núcleo Universitário de Contagem

Administração C 176 99,4 Ciências Contábeis A 141 100,0 Direito D 240 95,0

Campus de Poços de CaldasAdministração B 76 100,0 Arquitetura e Urbanismo B 46 97,8 Direito B 83 100,0 Engenharia Civil D 21 100,0 Engenharia Elétrica C 4 100,0 Medicina Veterinária C 13 100,0 Pedagogia C 39 100,0

Campus de ArcosAdministração C 74 100,0 Jornalismo C 28 96,4

Fonte: MEC / INEP - 2004

Page 103: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

87

Tabela 3: ENADE – Consulta aos resultados, 2004

Número de estudantes Média do Componente Específico Campus / Unidade /

Núcleo Universitário / Curso

Ingressantes Concluintes

Média da Formação

Geral Ingressantes Concluintes

Média Final Conceito

Campus de Belo Horizonte

Enfermagem 55 114 4,5 3,5 3,4 3,7 4

Fisioterapia 229 126 2,8 4,2 4,1 3,8 4

Fonoaudiologia 71 47 3,2 3,4 2,9 3,1 4

Odontologia 79 55 3,5 3,7 4,2 3,9 4

Serviço Social 62 134 2,8 1,3 2,6 2,4 3

Núcleo Universitário de Betim

Enfermagem 123 107 3,8 3,8 3,8 3,8 4

Fisioterapia 120 47 2,2 4 3,7 3,4 4 Medicina

Veterinária 169 35 3,8 4,1 4,1 4 5

Núcleo Universitário de Contagem

Serviço Social 58 86 4 3,3 3,6 3,7 4

Campus de Poços de Caldas

Fisioterapia 94 30 1,4 3,5 2,8 2,5 3 Medicina

Veterinária 130 37 3,2 3,3 3,8 3,6 4

Fonte: MEC / INEP 2005

B) Atendimentos em Clínicas – Áreas da Saúde

A PUC Minas dispõe de clínicas em diversas áreas e de dois Hospitais Veterinários

que constituem espaços em que se articulam a teoria e a prática, mediante o atendimento

feito pelos estudantes à comunidade. Os serviços de atendimento aos estudantes e à

comunidade estão vinculados aos seguintes cursos: Fisioterapia, Fonoaudiologia,

Odontologia e Psicologia e Hospital do curso de Medicina Veterinária.

a) Clínica de Fisioterapia

O curso de Fisioterapia da PUC Minas oferece aos alunos atividades de estágio

curricular mediante atendimento fisioterápico, sob supervisão direta dos professores do

curso, nas áreas de Ortopedia e Traumatologia, Neurologia, Uroginecologia, Obstetrícia e

Respiratória. A estrutura física interna compõe-se de três Centros Clínicos sendo um na

Unidade do Coração Eucarístico, outro no Núcleo Universitário de Betim e o terceiro no

Campus de Poços de Caldas. A distribuição dos atendimentos em 2004 estão apresentados

a seguir:

Page 104: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

88

Tabela 4: Atendimento Total das Clínicas de Fisioterapia da PUC Minas - 2004

1º Semestre 2º Semestre TOTAL Clínicas por Unidade

Pacientes Sessões Pacientes Sessões Pacientes Sessões

Unidade Coração Eucarístico 906 16.873 897 17.605 1.803 34.478

Núcleo Universitário de Betim 626 8.480 722 11.141 1.348 19.621

Campus de Poços de Caldas 786 9.557 829 7.281 1.615 16.838

TOTAL 2.318 34.910 2.448 36.027 4.766 70.937

Fonte: Clínicas de Fisioterapia / GAC - Gestão de Atendimento Clínico, 2004

b) Clínica de Fonoaudiologia

O curso de Fonoaudiologia da PUC Minas oferece aos alunos atividades de estágio

curricular, sob a supervisão direta dos professores do curso, através de um Centro Clínico

na Unidade Coração Eucarístico, com capacidade para atendimento de 180 pacientes por

dia, nas áreas Audiologia, Gerontologia, Linguagem Médica, Motricidade Oral, Neurologia,

Odontologia e Voz. A distribuição dos pacientes atendidos pode ser observada na tabela 5.

Tabela 5: Pacientes Atendidos nas Clínicas de Fonoaudiologia da PUC Minas - 2004

1º Semestre 2º Semestre TOTAL PACIENTE

Pacientes Sessões Pacientes Sessões Pacientes Sessões

Interno* e Externo 581 5.008 957 8.944 1.538 13.952

*Paciente interno: corpo docente, discente e funcionários da PUC Minas

Fonte: GAC - Gestão de Atendimentos Clínicos/2004

c) Clínica de Odontologia

A Faculdade de Odontologia da PUC Minas possui uma estrutura física composta

de sete clínicas, sendo quatro delas com capacidade para 32 atendimentos simultâneos

cada, pertencentes ao curso de graduação; possui três clínicas com capacidade para 12

atendimentos simultâneos cada, pertencentes aos cursos de pós-graduação, e um bloco

cirúrgico para atendimento aos pacientes com necessidades especiais, com capacidade de

7 atendimentos simultâneos, compartilhados pela graduação e pela pós-graduação. A

distribuição de atendimentos pode ser verificada na tabela 06.

Page 105: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

89

Tabela 6: Pacientes atendidos pelos Cursos / Programas de Odontologia – 2004

Graduação Pós-graduação PACIENTE

1º Sem. 2º Sem. TOTAL 1º Sem. 2º Sem. TOTAL TOTAL

Adulto 709 820 1.529 703 1.540 2.243 3.772

Criança 74 32 106 127 247 374 480

Paciente com necessidades especiais - - - 65 71 136 136

TOTAL 783 852 1.635 895 1.858 2.753 4.388

* Na Pós-graduação estão inclusos os cursos de Mestrado, as Especializações e os cursos de Extensão.

Fonte: GAC - Gestão de Atendimentos Clínicos/2004

d) Clínica de Psicologia

O Curso de Psicologia da PUC Minas oferece aos alunos atividades de estágio

curricular de Psicologia, através do atendimento psicológico, sob a supervisão direta dos

professores do curso. Possui uma estrutura física interna composta de três clínicas sendo

uma na Unidade Coração Eucarístico, uma na Unidade São Gabriel e outra no Núcleo

Universitário Betim.

Os alunos dos cursos de Psicologia também realizam atividades de estágio

curricular através de atendimentos externos, mediante convênios celebrados entre a PUC

Minas e empresas, instituições da rede pública e privada e unidades básicas da rede

municipal. Esses convênios são gerenciados pelas Clínicas e pelos Setores de Estágio dos

cursos de Psicologia. A distribuição de atendimentos pode ser verificada na tabela 07.

Page 106: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

90

Tabela 7: Pacientes atendidos nas Clínicas de Psicologia da PUC Minas, 2003/2004

2003 2004 Clínicas por unidade

Casos Sessões Casos Sessões

Unidade Coração Eucarístico 2.253 8.165 1.365 8.788

Unidade São Gabriel* 311 762 554 3.994

Núcleo Universitário de Betim 1.692 3.909 911 4.985

Total 4.256 12.836 2.830 17.767

Fonte: Boletim Estatístico / 2003 e 2004 *A Clínica do São Gabriel iniciou suas atividades no 2º semestre de 2003.

e) Hospital Veterinário - Centro de Estudos em Clínica e Cirurgia de Animais

A PUC Minas possui um Hospital Veterinário, Centro de Estudos em Clínica e

Cirurgia de Animais, e uma Fazenda Experimental no Núcleo Universitário de Betim e no

campus de Poços de Caldas. A organização dos hospitais é estruturada nos setores de

Clínica e Cirurgia de Grandes Animais; Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais;

Ambulatórios de atendimento a pequenos e grandes animais; Laboratórios de Nutrição,

Patologia Clínica e Geral, Anemia Infecciosa Eqüina, Tecnologia e Inspeção de Alimentos,

Bromatologia e de Reprodução Animal.

Esses hospitais buscam articular as atividades práticas e teóricas aplicadas à

Medicina Veterinária, ampliando a possibilidade de contato do acadêmico à sua realidade

profissional. Merece destacar que parte considerável das atividades desenvolvidas visa ao

atendimento à comunidade da região, assim como o apoio a outros centros clínicos e

cirúrgicos instalados em cada município. As diversas especialidades da Clínica e Cirurgia

têm possibilitado o atendimento às demandas até então encaminhadas para outros centros

fora do município.

Page 107: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

91

C) Serviço de Assistência Judiciária - SAJ

A Faculdade Mineira de Direito da PUC Minas oferece aos seus alunos, atividades

de estágio curricular em diferentes áreas dos cursos de Direito no chamado Serviço de

Prática Jurídica – SAJ. Esse trabalho conta com a supervisão direta dos professores dos

cursos, nos campi de Belo Horizonte, de Arcos e de Poços de Caldas e atende as

comunidades nas quais a Instituição está inserida.

Além disso, os estudantes dos cursos de Direito também realizam outros estágios

curriculares, graças a Convênios celebrados entre a PUC Minas e Escritórios de Advocacia,

Órgãos do Poder Judiciário e Empresas Privadas.

Tabela 8: Corpo Discente com participação na prática efetiva do SAJ - Serviço de Assistência Judiciária - 2003 e 2004

Nº de alunos

2003 2004 Campus / Unidade / Núcleo Universitário

1º semestre 2º semestre 1º semestre 2º semestre

Campus de Belo Horizonte 1.073 1.153 1.236 1.384

Unidade Coração Eucarístico 378 308 275 273

Unidade São Gabriel - 121 277 423

Núcleo Universitário de Betim 279 328 321 346

Núcleo Universitário de Contagem 416 396 363 342

Campus de Arcos 37 105 154 217

Campus de Poços de Caldas 127 114 126 125

Total 1.237 1.372 1.516 1.726

Fonte: Boletim Estatístico / 2004

Page 108: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

92

D) Centro de Atividades Esportivas - CAE

O CAE foi inaugurado em 1977, para atender às aulas da disciplina Educação

Física obrigatória em todos os cursos de graduação. Durante esses anos o CAE procurou

atender da melhor maneira possível os usuários, embora carecesse ainda de adequação de

espaço físico, inclusive para os setores administrativos. Também não havia diversidade de

material esportivo nem equipamentos mais modernos de apoio à prática de atividades

físicas.

A partir de 2004, considerando-se um diagnóstico situacional, iniciou-se a

elaboração de um planejamento estratégico no qual se definiu novo perfil do Centro

Esportivo, de modo a atender com máxima qualidade a comunidade acadêmica, durante a

semana nos três turnos e, aos sábados e domingos durante o dia.

E) Ouvidoria Geral

A Ouvidoria Geral visa estreitar relações, ajudar na solução de problemas, ouvir

sugestões e esclarecer dúvidas referentes à vida acadêmica e às atividades profissionais

desenvolvidas na Instituição. Questões acadêmicas são levadas à Ouvidoria, de forma

personalizada, autônoma e imparcial, visando ao conhecimento do pensamento da

comunidade acadêmica e das suas expectativas junto à Universidade. No exercício de 2004,

a Ouvidoria estendeu suas atividades aos colegiados e Conselhos Técnicos Administrativos

– CTA’s com objetivo de colher sugestões para que fossem incorporados ao seu plano de

trabalho de 2005. A distribuição dos atendimentos aos estudantes encontra-se apresentada

na tabela 09.

Page 109: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

93

Tabela 9: Número de estudantes atendidos pela Ouvidoria

Atendimentos 2003 2004

Atendimentos pessoais 322 484

Informações 221 495

Reclamações 886 1.119

Reuniões com estudantes 20 11

Solicitações 104 304

Sugestões recebidas 77 87

Total 1.630 2.500

Fonte: Ouvidoria da PUC Minas/2004

F) Postos de Pronto Atendimento

A PUC Minas possui em cada Unidade Acadêmica / Núcleo Universitário / Campi

Postos de Assistência à Saúde, voltados para atendimento ao corpo discente e docente e

comunidade. Além dos pronto-atendimentos, os postos desenvolvem campanhas educativas

sobre saúde e vacinação e estão vinculados à Secretaria de Ação Comunitária. A

distribuição dos atendimentos realizados pelos postos médicos pode ser observada na

tabela 10.

Tabela 10: Assistência médico-ambulatorial – Comunidade atendida - 2004

Público Interno Público Externo (1)

LOCAL

Médico Enfermagem Médico Enfermagem

TOTAL

Campus de Belo Horizonte 6.189 14.696 1.212 8.735 30.832

Unidade Coração Eucarístico 2.180 3.677 448 882 7.187

Unidade Barreiro (2) - 1.229 - 78 1.307

Unidade São Gabriel 527 1.367 262 6.381 8.537

Núcleo Universitário de Betim 1.530 5.494 136 540 7.700

Núcleo Universitário de Contagem 1.952 2.929 366 854 6.101

Campus de Arcos 168 562 6 62 798

Campus de Poços de Caldas (3) 2.351 1.841 ... ... 4.192

Campus de Serro (4) - - - - -

TOTAL 8.708 17.099 1.218 8.797 35.822

Fonte: Posto de Pronto-atendimento das Unidades / Núcleos Universitários / Campi(1) Público externo (usuários dos serviços da PUC Minas). (2) Unidade dispõe de enfermeira para atendimento. (3) Dados correspondem ao atendimento ao público externo e interno. (4) Campus não dispõe de Posto de Pronto-atendimento.

Page 110: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

94

G) Bolsas e Programas de Financiamento de Estudo

O Programa de Bolsas da PUC Minas foi criado no primeiro semestre de 2002, para

alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação e comprovadamente carentes,

de acordo com os critérios estabelecidos pela Secretaria de Ação Comunitária, órgão

auxiliar da Administração Superior.

O critério de carência é definido mediante processo classificatório, utilizando-se dos

dados relativos à renda familiar, despesas básicas e número de membros da família,

informados pelo aluno na ficha de inscrição da solicitação do auxilio. Além desses critérios

objetivos, processados através de sistema informatizado, a Secretária de Ação Comunitária,

com o apoio de Assistentes Sociais, trabalha com entrevistas que constituem fator

importante para análise dos casos e possíveis concessões das bolsas. As tabelas de 11 a

15 mostram os benefícios concedidos pela Instituição e a distribuição de suas diversas

modalidades.

Tabela 11: Número de alunos beneficiados com bolsa de estudo

CALOUROS VETERANOS LOCAL

2003 2004(1) 2003 2004(2)

Campus de Belo Horizonte 3.115 3.680 6.258 9.020

Unidade Coração Eucarístico 1.324 1.550 3.239 4.408

Unidade Barreiro 168 285 179 396

Unidade São Gabriel 635 810 1.009 1.753

Universitário de Betim 470 512 930 1.227

Universitário de Contagem 518 523 901 1.236

Campus de Arcos 199 178 329 456

Campus de Poços de Caldas 117 114 282 266

Campus de Serro 67 53 26 77

TOTAL 3.498 4.025 6.895 9.819(1) Número total de calouros do 1º e do 2º semestre que foram beneficiados com bolsa de estudo. (2) Alunos veteranos do 2º semestre somados aos calouros do 1ºsemestre.

Fonte: Secretaria de Ação Comunitária/2004

Page 111: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

95

Tabela 12: Alunos beneficiados por percentual de bolsas – 2º semestre 2004

Até 20% De 21 - 40% De 41 - 60% Acima de 61% LOCAL

1º Sem. 2º Sem 1º Sem. 2º Sem 1º Sem. 2º Sem 1º Sem. 2º Sem

Campus de Belo Horizonte 542 406 3.946 3.802 2.657 4.344 1.657 2.501

Unidade Coração Eucarístico 240 167 1.598 1.576 788 1.946 1.194 1.579

Unidade Barreiro 9 9 135 152 160 243 83 149

Unidade São Gabriel 100 78 903 857 666 882 174 375

Núcleo Universitário de Betim 67 49 643 563 558 679 137 221

Núcleo Universitário de Contagem 126 103 667 654 485 594 69 177

Campus de Arcos 132 96 379 396 24 28 - 4

Campus de Poços de Caldas 62 33 276 271 7 20 1 1

Campus de Serro 10 8 41 42 27 43 11 14

TOTAL 746 543 4.642 4.511 2.715 4.435 1.669 2.520

Fonte: Secretaria de Ação Comunitária

Tabela 13: Alunos Beneficiados por Tipo de Bolsa - 2004

Alunos Carentes Convenções e Acordos Coletivos Destaque Acadêmico Bolsa-Irmão

Local

1º Sem. 2º Sem. 1º Sem. 2º Sem. 1º Sem. 2º Sem. 1º Sem. 2º Sem.

Campus de Belo Horizonte 10.274 11.716 2.050 2.147 71 79 4.220 3.940

PUC Minas Coração Eucarístico 5.094 5.650 1.467 1.520 31 41 2.238 2.029

PUC Minas Barreiro 409 568 26 28 4 5 82 108

PUC Minas São Gabriel 1.936 2.276 263 284 15 16 583 603

Núcleo Univ. de Betim 1.411 1.589 180 197 11 9 723 670

Núcle Univ. de Contagem 1.424 1.633 114 118 10 8 594 530

Campus de Arcos 547 574 57 61 7 10 205 183

Campus de Poços de Caldas 342 358 211 225 12 14 478 453

Campus de Serro 99 127 0 1 2 2 35 40

Total 11.262 12.775 2.318 2.434 92 105 4.938 4.616

Fonte: Pró-reitoria de Gestão Financeira - Setor de Bolsas

Obs: Todos os alunos matriculados nos campi de Arcos, Poços de Caldas e Serro possuem um desconto de 20%, não computado neste quadro como bolsa concedida.

Page 112: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

96

Tabela 14: Crédito Educacional Rotativo – 2002 a 2004

LOCAL 2002 2003 2004

Campus de Belo Horizonte 8.680 9.840 9.256

Unidade Coração Eucarístico 5.332 5.162 4.261

Unidade Barreiro 28 153 242

Unidade São Gabriel 798 1.633 1.799

Núcleo Universitário de Betim 1.291 1.542 1.631

Núcleo Universitário de Contagem 1.231 1.350 1.323

Campus de Arcos 382 568 662

Campus de Poços de Caldas 737 837 802

Campus de Serro - 1 23

TOTAL 9.799 11.246 10.743

Fonte: CRA – PUC Minas

Tabela 15: Evolução de Alunos Beneficiados com financiamentos – 2002 a 2004

CREDUC FIES LOCAL

2002 2003 2004 2002 2003 2004

Campus de Belo Horizonte 232 93 33 1.695 1.703 1.625

Unidade Coração Eucarístico 219 87 30 932 796 590

Unidade Barreiro - - - 6 5 10

Unidade São Gabriel - 2 - 190 204 234

Núcleo Universitário de Betim 2 1 1 308 407 508

Núcleo Universitário de Contagem 11 3 2 259 291 283

Campus de Arcos - - - 137 203 225

Campus de Poços de Caldas 6 - - 220 260 253

Campus de Serro - - - - - 12

TOTAL 238 93 33 2.052 2.166 2.115

Fonte: Secretaria de Ação Comunitária

CREDUC - Crédito Rotativo

FIES - Programa de Financiamento Estudantil do Governo Federal

Page 113: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

97

H) NAI – Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais

Especiais

O Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais

– NAI, cuja criação é recente na estrutura da PUC Minas, já apresenta resultados

consistentes, indicando e confirmando o compromisso da Instituição com um modelo de

educação que respeita a diversidade e a diferença de seus alunos.

Criado em 2004 e instalado em março de 2005, o NAI recebeu a missão

institucional de articular e coordenar as diversas contribuições que a PUC Minas pode dar

no sentido de garantir a inclusão dos alunos com necessidades especiais em todos os seus

cursos e campi, estabelecendo parcerias internas e externas.

Em 2004 o NAI atendeu a 81 alunos distribuídos em oito unidades e 30 cursos da

Universidade em que receberam algum tipo de suporte, em conformidade com o plano de

apoio individual traçado no início do semestre letivo.

Em suas atribuições o NAI deve auxiliar a Comissão de Vestibular, quanto à

identificação dos candidatos, suas necessidades e recursos de apoio para a realização das

provas; identificar, atualizar e monitorar os dados e condições dos alunos com necessidades

especiais, através de formulários no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA) e entrevistas;

elaborar um plano de apoio permanente para cada aluno, de acordo com suas

necessidades; disponibilizar suporte aos professores, coordenadores de cursos e

funcionários; selecionar, orientar, acompanhar e avaliar os monitores, estagiários e

intérpretes que dão suporte aos alunos com necessidades especiais; promover eventos

informativos e de sensibilização para alunos, professores e funcionários interessados;

buscar estratégias de ação conjunta entre a equipe do NAI, o corpo docente e os serviços

clínicos disponíveis na Universidade;elaborar manuais, banners e cartilhas informativas para

circulação interna; intermediar, junto ao setor responsável, a implementação de medidas

que visem a garantia da acessibilidade nos campi da PUC; manter-se atualizado quanto aos

avanços técnicos e conquistas legais referentes ao seu campo do conhecimento.

A tabela 16, a seguir, retrata a distribuição de alunos com necessidades especiais

por tipo de deficiência:

Page 114: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

98

Tabela 16: Corpo Discente com Necessidades Especiais - 2004

Deficiência

LOCAL Auditiva

Dificuldades Acentuadas

Aprendizagem Física Visual

TOTAL

Campus de Belo Horizonte 12 2 38 24 76

Unidade Coração Eucarístico 7 1 21 12 41

Colégio São Paulo* 1 - 1 1 3

Unidade Barreiro - - 1 1 2

Unidade São Gabriel 1 - 9 7 17

Instituto de Educação Continuada 2 - - - 2

Núcleo Universitário de Betim - 1 2 3 6

Núcleo Universitário de Contagem 1 - 4 - 5

Campus de Arcos - - 1 1 2

Campus de Poços Caldas - - 3 2 5

Campus de Serro - - - - -

TOTAL 12 2 42 27 83

Fonte: Secretaria de Ação Comunitária - XX

(*) O curso de Normal Superior funcionou no Colégio São Paulo de 2001 a 2004.

I) Número de estudantes com bolsa Probic/FIP

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação disponibiliza e concede para o corpo

discente as seguintes modalidades de bolsas para projetos de pesquisa, a saber: (1) FIP -

Bolsa de Iniciação Científica concedida dentro dos projetos de pesquisas do FIP. No caso o

projeto é elaborado por um professor e pode ser desenvolvido com a participação de alunos

por ele selecionados; (2) PROBIC - Programa de Bolsas de Iniciação Científica destinadas

aos alunos dos cursos de graduação. As propostas de projeto de pesquisa são elaboradas

pelo próprio aluno sob a orientação de um professor ou pesquisador qualificado; (3) PICI -

Programa de Bolsas de Iniciação Científica, também destinado aos cursos de graduação,

exceto a Unidade do Coração Eucarístico. Além disso, a Pró-reitoria apóia o programa de

Bolsas de Iniciação Científica concedidas pela FAPEMIG e o Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação Científica, patrocinado pelo CNPq, destinados ao corpo discente e

docente.

Page 115: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

99

Pela PUC Minas foram financiadas, em 2003 e 2004, 286 Bolsas de Iniciação

Científica para o corpo discente. Os órgãos externos, FAPEMIG e CNPq, financiaram nos

mesmos anos, 79 Bolsas de Iniciação Científica.

J) Número de convênios de intercâmbios nacionais e internacionais

A Política de Internacionalização da PUC Minas coaduna-se com a missão da

universidade por ser instrumento que possibilita a busca do conhecimento amplo, universal,

o que implica o permanente diálogo entre povos. No campo das instituições de ensino

superior, o conceito “internacionalização” pode ser definido como o processo de integrar

uma dimensão internacional e intercultural nas atividades de ensino, pesquisa e extensão48.

A PUC Minas, nos anos de 2003 e 2004, criou a Diretoria de Relações

Internacionais e Intercâmbio, visando supervisionar, orientar, promover e assessorar

intercâmbios e eventos internacionais. Nestes dois anos, foram feitos convênios com as

seguintes Instituições Estrangeiras para intercâmbio de estudantes: Canadian Global Centre

for Learning (Canadá); Furtwangen (Alemanha); Georgia State University (EUA); ILSC

(Canadá); ISPU (Moçambique); La Serena (Chile); Leeds (Inglaterra); Ohio University (EUA);

Programa ALBAN; Programa de Cooperação Interuniversitária (Espanha); Programa

IAESTE; St. Louis University (EUA); St. John’s University (New York); St. Thomas Aquinas

University (New York); Universidad de Málaga (Espanha). Participaram de programas de

intercâmbios internacionais 67 alunos dos cursos de graduação.

Além de convênios com as Instituições Estrangeiras, a Diretoria de Relações

Internacionais efetivou parcerias com cursos de idiomas para serem ofertados nas diversas

Unidades.

48 Informações extraídas da Proposta de Orientação Política e Organização de Atividades da Secretaria de Relações Internacionais e Intercâmbio.

Page 116: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

100

K) Grau de participação dos estudantes na definição de políticas e diretrizes

estabelecidas pela Universidade

A PUC Minas disponibiliza espaço físico para o Diretório Central dos Estudantes

(DCE`s) e Diretório Acadêmico dos Cursos (DA`s) nos diversos Campi/Núcleos

Universitários/Unidades, bem como financia suas reformas e manutenção.

O DCE tem representação legítima junto aos órgãos colegiados de definição das

políticas acadêmico-administrativas, a saber: Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

(Cepe) e Conselho Universitário (Consuni). Esses Conselhos são órgãos ordenadores

básicos na estrutura organizacional da Instituição.

L) Projetos Pedagógicos reformulados e novos49

No que se refere aos projetos pedagógicos dos cursos de graduação a Pró-reitoria

de Graduação (Prograd) constituiu, em 2004, um grupo composto por um representante de

cada Pró-reitoria e pelos coordenadores dos cursos, para realizar o acompanhamento e

análise dos projetos pedagógicos. Para tal, foram considerados os aspectos apontados

pelas diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação, que trazem implicações

diretas na construção ou reformulação de um projeto pedagógico, ou seja, a articulação

entre teoria e prática; a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, a flexibilização; a

formação humanista e a interdisciplinaridade.

Apresenta-se a seguir o gráfico com o panorama dos cursos de graduação da PUC

Minas, tendo em vista a situação do projeto pedagógico.

49 Informações extraídas do documento Diretrizes para a Graduação da PUC Minas, elaborado em março de 2004

Page 117: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

101

Gráfico 13: Panorama dos cursos de graduação da universidade, tendo em vista a situação do projeto pedagógico - 2004

Fonte: Prograd, 2004

4.4.6. Potencialidades e Pontos a serem aperfeiçoados

Pontos a serem aperfeiçoados

A Subcomissão de Políticas de Atendimento ao Estudante aponta a seguir questões

e pontos a serem aperfeiçoados: (1) Dificuldades do estudante em acessar todos os

recursos disponíveis para conhecimento e acompanhamento da sua trajetória acadêmica;

(2) constata-se que o número de estudantes que possuem bolsas de estudo é crescente e

ainda há demanda para bolsas de estudos; (3) o Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com

Necessidades Educacionais Especiais (NAI), por estar em fase de implantação, tem

atendido apenas às demandas emergenciais; (4) em relação à Ouvidoria percebe-se que

esse órgão é utilizado mais como espaço para queixas e denúncias do que como um canal

de interlocução acadêmico; (5) necessidade de ampliação de recursos e apoios necessários

para novos planejamentos para permitir à PUC Minas maior proximidade com outras

universidades, de porte semelhante, no que concerne às relações acadêmicas

39%

11%

50%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Grupo 1: Cursos que não possuem projeto pedagógico em consonância com as atuais orientações da Prograd

Grupo 2: cursos cujos projetos pedagógicos estão sendo construídos ou revistos em consonância com as atuaisorientações da Prograd

Grupo 3: cursos cujos projetos pedagógicos se encontram, ainda que parcialmente, em consonância com as atuaisorientações da Prograd, tendo, a maioria deles, recebido o acompanhamento desse setor nas atividades de construção deseus projetos

Page 118: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

102

internacionais; (6) reavaliar as Políticas de concessão de Bolsas de Estudos em razão da

adesão da PUC Minas ao PROUNI; (7) aumento do número de estagiários/monitores e

professores em razão do excesso de demanda dos serviços prestados à comunidade -

Clinicas e SAJ`s; (8) necessidade de integração entre os profissionais das Clínicas com

profissionais de outras áreas; (9) melhoria da divulgação e comunicação interna das ações e

políticas de atendimento aos estudantes.

Potencialidades

No que se refere às Políticas de Atendimento aos Estudantes devem ser

ressaltados os seguintes pontos: (1) investimentos constantes da PUC Minas na

informatização dos processos que facilitam o acompanhamento da vida acadêmica do

estudante, como por ex: SGA – Sistema de Gestão Acadêmica; (2) investimento na

capacitação do corpo docente visando principalmente à melhoria da qualidade de ensino; (3)

implantação de Programas de Assistência Educacional, como por exemplo, o NAI; (4)

reestruturação do CAE e sua revitalização; (5) existência de banco de dados de alunos com

necessidades especiais, coletados desde a sua inscrição no processo de seleção; (6)

desenvolvimento de estratégias baseadas em critérios acadêmicos e organizacionais que

possibilitem à Secretaria de Relações Internacionais e Intercâmbio implementar atividades

interculturais no ensino, na pesquisa e na extensão; (7) A criação da Secretaria de Assuntos

Estudantis em 2005. Trata-se de órgão de assessoramento da Vice-Reitoria de modo a

elaborar, desenvolver e apoiar políticas que visem ao fortalecimento e integração do corpo

estudantil na comunidade universitária; (8) a adesão da PUC Minas ao PROUNI, o que tem

propiciado o acesso e a permanência de estudantes no Ensino Superior, advindos do

sistema público de Ensino Médio.

Page 119: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

103

4.4.7. SUBCOMISSÃO DE EGRESSOS

Dentro das discussões propostas sobre os egressos na PUC Minas uma distinção é

necessária, justamente para que se possa alcançar a amplitude e importância que essa

dimensão alcançou nos últimos anos na instituição. Nesse sentido a subcomissão preparou

uma pequena abordagem em torno do vocábulo Egresso. De acordo com Houaiss, o

vocábulo “egresso” tem sua origem etimológica na palavra latina egressus/a/um, que

significa “aquele que saiu” ou “aquele que não mais pertence a um grupo”.

Explicando melhor a composição do vocábulo e+gressus, tem-se que o elemento

propositivo latino gressus significa “caminhar, adiantar-se”, o que acrescenta ao vocábulo

egressos a noção dinâmica de algo em movimento, em trajetória de mudança, evolução e

progresso.

Quanto ao sentido do prefixo “e”, destaca-se que se aplica para expressões que

apresentam relações oponenciais do tipo “ingresso/egresso”. Assim, pode-se atribuir ao

vocábulo egresso o significado daquele que ingressa, percorre uma trajetória na instituição

e, após o término do processo, torna-se um egresso para um outro caminhar.

Tais reflexões, aliadas à terminologia usada pelo documento Sinaes (MEC/Inep,

2003), subsidiaram a proposição da conceituação a ser adotada pela Subcomissão de

Egressos: o aluno egresso da PUC Minas é todo aquele que, após ter ingressado como

estudante para receber educação e instrução, concluiu seu programa de formação,

integralizando os créditos exigidos e obtendo os títulos de graduado, bacharel e/ou

licenciado.

A necessidade de se apresentar esse conceito vem para não confundir com um

termo que é utilizado na instituição que é o termo “ex-aluno”. Na PUC Minas “ex-aluno” é

todo aquele que já passou pela instituição, sem necessariamente ter se formado na mesma,

ou cumprido seu percurso de formação.

Os trabalhos com os egressos iniciaram-se, na PUC Minas, no ano de 2002, a partir

de iniciativas da Pró-Reitoria de Graduação e da Chefia de Gabinete do Reitor. A iniciativa

foi vinculada ao início dos trabalhos de Auto-Avaliação Institucional da Universidade, em

atendimento à política de avaliação das ofertas de cursos de graduação do Ministério da

Educação e Cultura (MEC).

Por iniciativa do Chefe de gabinete do Reitor50, que reuniu um grupo de professores

da Instituição para discutir as relações institucionais da PUC Minas com os seus egressos.

50 Na época, Prof. Mario Lucio Vieira Silva. Essa reunião aconteceu em 2002, demonstrando que a Instituição já tinha uma preocupação em sintonizar as discussões de reformulação de avaliação proposta pela MEC com as ações realizadas na Instituição. Participaram da reunião a Assessoria de Comunicação e o Curso de Ciência da

Page 120: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

104

Na ocasião, destacou-se a iniciativa, já em curso, da Pró-Reitoria de Graduação, no sentido

de desenvolver projetos de pesquisa de egressos com vistas à avaliação das condições de

oferta dos cursos de graduação da Universidade, como parte das exigências do MEC.

Em conseqüência, a convite da Chefia de Gabinete e da Pró-Reitora de Graduação

(Prograd), foram realizados encontros para discutir a política de egressos na Universidade51.

O objetivo foi canalizar as discussões sobre os egressos da Universidade, voltadas para as

ações de melhoria dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. Como pauta de

trabalho foram discutidos os assuntos: iniciativas e ações a respeito dos egressos da

Universidade e elaboração do questionário para pesquisa com egressos, já em fase de

construção, pela equipe da Prograd. A partir daí, no ano de 2002, o grupo de professores

trabalhou na melhoria do instrumento de pesquisa com egressos (Anexos 14 e 15), para

aplicação, via Portal da PUC Minas, objetivando a concepção de uma política de egressos

para a Instituição.

Nos anos seguintes o grupo de trabalho foi ampliado e os novos integrantes eram

professores identificados com o perfil de experiência em ações com egressos52. O novo

grupo foi formalizado a partir da Portaria nº 020/200353, expedida pelo Reitor, na época,

Professor Pe. Geraldo Magela Teixeira, com o objetivo de “criar e acompanhar a

implementação do Sistema Informatizado de Acompanhamento de Egressos da PUC

Minas”54.

Durante todo o primeiro semestre de 2003, a comissão realizou vários estudos para

traçar as estratégias de articulação e acompanhamento com os egressos, além de delinear

as metodologias de pesquisa de egressos para criação do respectivo banco de dados.

Como a metodologia do programa de avaliação foi elaborada com o objetivo de direcionar

as ações das subcomissões no sentido de se alcançar as metas de avaliação estipuladas,

os trabalhos da subcomissão foram norteados pelo princípio de vinculação do egresso à

avaliação institucional empreendida pelo Propav.

Por outro lado houve a necessidade de se adequar o trabalho que já havia sido realizado até

então com as novas proposições de avaliação propostas com a Lei 10.861/2004. Assim em

meados de 2004, partindo dessa necessidade e com o direcionamento das ações

relacionadas aos egressos foi criada a Subcomissão de Egressos. A nova subcomissão

Informação, representado pela coordenadora, Profª. Ana Maria Cardoso e pela Profa. Carolina Angélica Barbosa Saliba. 51 Esses encontros contaram com a participação dos professores: Rosely Campos e Matilde de Souza, Humberto Torres, Diretor do Datapuc e Carolina Saliba, professora do Curso Ciência da Informação. 52 O grupo, em 2003, passou a ser formado pelos professores: Profª. Rosely Campos e Profª. Matilde de Souza, Assessoras da Prograd; Prof. Humberto Torres Marques Neto, Diretor do Datapuc; Profª. Carolina Saliba, do Curso Ciência da Informação; Profª. Margareth Teixeira Fernandes, da Assessoria de Comunicação; Prof. José Milton dos Santos, do Curso de Comunicação; Profª. Elenice de Souza Lodron Zuim, do Curso de Matemática e integrante da equipe do PROPAV; Prof. Célio Caetano Batista, Coordenador de Estágio do Curso de Administração. 53 Portaria 020/2003.

Page 121: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

105

mudou sua composição, passando a contar com três professores55. Dos trabalhos da

subcomissão resultou o documento “Política de Relacionamento com Egressos”, enviado ao

Propav em dezembro de 2004, para constituir parte do conteúdo do Projeto de Avaliação

Institucional a ser enviado ao MEC/Inep.

4.4.7.1. Ações planejadas

É importante destacar que em discussões realizadas em 2003, antes, portanto da

Lei que instituiu a Avaliação Institucional no país, já havia sido proposto um conjunto de

ações, através do documento Programa de acompanhamento dos Egressos da PUC Minas:

resumo das atividades da Comissão de Sistematização – que de muitas maneiras norteou

os trabalhos realizados pela subcomissão. Nesse sentido vale apresentar as proposições

daquele momento e que se transformaram em metas de avaliação a serem alcançadas: (1)

discussão da missão de um programa de egressos para a Universidade e do conceito de

egressos para a Universidade; (2) identificação, na PUC Minas, de experiências de

aproximação com ex-alunos, já realizadas ou em andamento, através de aplicação de

questionários aos coordenadores de cursos, via Portal dos Coordenadores; (3) identificação

de fontes de informação para geração de informações sobre os egressos, com base nos

objetivos do Propav; (4) criação da estratégia de atualização dos meios de contato com os

egressos, que servissem de base para o banco de dados, como forma de permitir que o ex-

aluno continue vinculado ao Sistema de Gestão Acadêmica; (5) proposição de ações para

restabelecer os laços de convívio e de relações mútuas, da Universidade com os seus

egressos, através de idealização de um canal de comunicação direto com os egressos; (6)

criação de mecanismos de reciprocidade para melhorar a oferta de ensino de graduação e

melhoria dos projetos pedagógicos; (7) discussão de estratégias de contra-partidas

institucionais entre a Universidade e as empresas, para criação de parcerias institucionais

com a sociedade: abertura de vagas de estágios e empregos, bem como identificação de

espaços para práticas curriculares; oferta de programas especiais de capacitação; trabalhos

de consultoria, acompanhamento das atividades de egressos, dentre outras; (8) proposição

de ações internas para criar cultura de relacionamento com os egressos: institucionalizar as

comissões de formatura; estender a continuidade do uso dos serviços da biblioteca aos ex-

54 Na época foi designado o professor Humberto Torres como coordenador da Subcomissão. 55 Profa Rosely Campos (PROGRAD), como Coordenadora, em substituição ao Prof. Humberto Torres; Profª. Carolina Angélica Barbosa Saliba (Curso Ciência da Informação); Profª. Silvia Contaldo (Curso de Filosofia), com experiência em pesquisa com egressos. Posteriormente esse grupo contou com a valiosa colaboração da Profª Ilka Franco Ferrari, que também possuía trabalhos realizados com os egressos da psicologia na PUC Minas, bem como do funcionário Rodrigo Neiva, para a assessoria de comunicação do grupo.

Page 122: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

106

alunos; dar acesso aos ex-alunos ao centro esportivo; criação de infra-estrutura de apoio e

atendimento ao egresso, etc; (9) elaboração de matérias de divulgação dos trabalhos da

Comissão para a Universidade, no intuito de sensibilizar a comunidade sobre a importância

do trabalho com egressos e de manutenção de um cadastro atualizado para contatos; (10)

discussão da metodologia de pesquisa de egressos, incluindo o plano de amostra,

instrumentos de pesquisa e forma de aplicação do instrumento de coleta de dados ensino.

Muitos desses propósitos de pesquisa foram alcançados de maneira a atender às

demandas não apenas da subcomissão, mas como um crescente interesse em se avaliar as

atividades de ensino propostas pelos projetos pedagógicos dos cursos de graduação da

PUC Minas, pois muitos projetos prevêem atividades voltadas para o acompanhamento dos

egressos.

4.4.7.2. Ações realizadas

No ano de 2005, a Subcomissão teve como principal meta o delineamento das

atividades para alcance dos objetivos propostos. Para tanto, em discussão com a equipe de

Avaliação Institucional, não apenas participou das oficinas de capacitação metodológica,

como também afinou a metodologia da pesquisa para os egressos, além da determinação

da amostra de pesquisa, a escolha da técnica de coleta de dados e a proposição da

estratégia de operacionalização da pesquisa de egressos. Todas essas discussões

propostas pela subcomissão foram amplamente debatidas com todos os participantes das

outras subcomissões, como uma forma de dividir os problemas e partilhar as experiências já

vividas com a avaliação.

Para alcançar o proposto e legitimar o processo de pesquisa com os egressos da

PUC Minas foram desenvolvidas várias ações, tendo como destaque: (1) identificação de

experiências com egressos conduzidas pela comunidade acadêmica da Universidade; (2)

levantamento e estudo das iniciativas empreendidas pelos cursos, faculdades e institutos, a

partir de reuniões com os representantes de cada setor; (3) realização do Encontro com os

Dirigentes das Faculdades e Institutos, em junho de 2005 para divulgar os trabalhos da

Subcomissão e também sensibilizar a comunidade acadêmica, bem como coordenadores de

curso sobre a avaliação de egressos, além de buscar idéias e sugestões para a adequação

das decisões sobre a metodologia de pesquisa com os egressos, que pudesse contemplar a

especificidade de cada setor e área de ensino. (4) atendimento a consultas feitas pela

comunidade sobre as orientações e diretrizes para o relacionamento e pesquisa envolvendo

os egressos da Universidade.

Page 123: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

107

Uma parte importante das discussões acerca da pesquisa de egressos contemplará

todos os cursos de graduação da PUC Minas, buscando cobrir a população de formados ou

egressos, a partir da estratificação da amostra em recortes temporais. Os recortes eleitos

consideram um estudo em que se possa saber algo sobre os egressos que se formaram há

pelo menos vinte anos.

Ao se considerar que a PUC Minas é uma instituição que possui grande número de

egressos, decidiu-se dividir a pesquisa em duas etapas: uma para atender às exigências

mais imediatas do Inep/MEC, que abrange os egressos, de todos os cursos, do ano de

2000. Esta decisão reflete a consciência dos profissionais envolvidos na pesquisa, frente o

prazo para entrega dos dados e o volume de trabalho que se evidencia, bem como a noção

de que o prazo de cinco anos, depois de formado, pode ser mais fiel à realidade vivida pelo

egresso, principalmente naquilo que diz de sua inserção no mundo do trabalho, bem como

uma discussão mais próxima com os projetos pedagógicos de curso que fazem em sua

maioria um reconhecimento da importância de se conhecer o trabalho efetivo de seus

egressos. Nesse sentido foram pesquisados entre janeiro a março de 2006, os alunos que

se formaram em 2000. Mas o alcance dos dados de uma forma mais efetiva e confiável, do

ponto de vista da estatística, deverá, ainda, incluir como se sabe, uma outra etapa da

pesquisa que dará prosseguimento à ampliação da amostra, de forma a atingir os egressos

com até 20 anos de formados. A lógica encontrada para realizar este propósito foi o trabalho

com os recortes temporais de cinco em cinco anos, ou seja, 1985, 1990, 1995, 2000 e 2004.

Considerou-se 2004, e não 2005, para maior segurança na generalização dos dados.

A determinação da amostra teve como fonte de informação o banco de dados do

Datapuc56. Ainda como complementação foram solicitados os relatórios de todos os cursos

de graduação da PUC Minas, incluindo o número de alunos formados em cada curso, dentro

dos recortes temporais estabelecidos. O cálculo do tamanho da amostra e o planejamento

da coleta de dados seguiram os critérios estabelecidos no plano amostral.

Os dados foram obtidos por meio da aplicação do questionário elaborado pela

subcomissão (Anexo 15) e com a supervisão do Copav. A aplicação dos questionários foi

realizada por telefone, no período de dois de março a 20 de abril de 2006. Em um primeiro

contato foi oferecida ao respondente sorteado a opção de responder, imediatamente, o

questionário ou, na impossibilidade, buscou-se um horário compatível. Como último recurso

de resposta foi oferecida a oportunidade de envio, via e-mail do link, com o questionário,

para que o egresso pudesse responder, o que possibilitou um número alto de respostas.

56 O Datapuc mantém um banco de dados com informações dos alunos que estão cursando e que já cursaram na PUC Minas. Em que pese alguma desatualização nessas informações, elas foram a base do plano amostral para os egressos.

Page 124: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

108

Desta forma, decidiu-se que a estratégia de aplicação dos questionários teria os seguintes

procedimentos:

Os egressos da amostra foram contatados, por telefone, por alunos bolsistas da

PUC Minas, selecionados para este trabalho, objetivando: em uma primeira abordagem,

propiciar ao egresso o convite para participação na pesquisa, a fim de lhes informar que o

questionário faz parte da Avaliação Institucional. Caso o sujeito concordasse em participar,

foi acordada a forma de como responder o questionário. No ato da concordância era lido

para o egresso o termo de compromisso ético do Propav, no sentido de preservar o

respondente e garantir o sigilo das informações prestadas.

O Datapuc ficou responsável pela criação do formulário eletrônico e pelo banco de

dados da pesquisa de egressos, para atender ao preenchimento on-line. Para o

preenchimento on-line pelo próprio egresso, este recebeu login e senha para acesso ao

formulário. O preenchimento do questionário, via informações telefônicas foi feito pelos

alunos bolsistas.

Os alunos bolsistas, implicados no processo de trabalho e coleta de dados, foram

selecionados para o trabalho mediante entrevista realizada pelos membros do Copav, que

tiveram o cuidado de selecioná-los observando sua desenvoltura para falar ao telefone.

Além disso, tiveram um período de treinamento para que pudessem aprender a lidar com o

sistema criado pelo Datapuc e ainda poder atender às expectativas da amostra. Para

alcançar as metas da amostragem, os alunos bolsistas trabalharam nos três turnos, manhã,

tarde e noite, no período de quatro horas diárias. O turno de trabalho de cada estagiário foi

conciliado com seu período de estudos.

O treinamento dos mesmos envolveu profissionais do Programa de Avaliação

Institucional e da equipe da Subcomissão de Egressos57. O treinamento desses alunos foi

realizado em novembro de 2005 e seu trabalho de contato com os egressos iniciou-se em

fevereiro de 2006.

Ressalta-se a participação da Administração Superior, através do Secretário de

Assuntos Estudantis, Prof. Renato Durval Martins, que abriu campo para a participação dos

alunos de bolsa-trabalho para que pudessem, sob a coordenação do programa de

avaliação, participar da coleta de dados e também colaborou na montagem da infra-

estrutura para a realização do trabalho, que contou com linhas telefônicas, inclusive

interestaduais e computadores, para que os alunos pudessem ter acesso ao instrumento de

coleta de dados de forma on-line, facilitando assim duas etapas de trabalho: uma, a coleta

de dados e outra relativa à composição do banco de dados, uma vez que, ao mesmo tempo

57 O treinamento foi coordenado pela Profª. Ilka Franco, membro, na ocasião da subcomissão e contou com a colaboração de integrantes da equipe do Propav, Profª. Tânia Bogutchi, Carla Wstane e Laura Othero e de demais integrantes da Subcomissão de Egressos.

Page 125: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

109

que as informações eram colocados no instrumento mediante entrevista com os alunos-

egressos, o banco de dados ia gradativamente sendo montado. Nessa tarefa o Datapuc foi o

grande parceiro, tanto nas discussões dos instrumentos, quanto na pronta resolução de

todos os problemas que se pudessem ter em relação à aplicação dos questionários.

4.4.7.3. Resultados Alcançados

Os resultados da pesquisa foram analisados com base nos indicadores globais

solicitados pelo documento Sinaes (MEC/Inep, 2003), que foram detalhados de acordo com

as especificidades levantadas nas reuniões com os dirigentes de institutos e coordenadores

de cursos.

Destacam-se os dois indicadores globais: inserção no mercado de trabalho e

relacionamento com a instituição. O detalhamento dos indicadores resultou nos seguintes:

faixa salarial por área e em Minas Gerais; interesse na participação em curso após a

graduação; contribuição da graduação na formação profissional; relação da graduação na

inserção no mercado de trabalho; relação da área de formação com a atividade profissional;

tempo para atuar na área de formação; participação em eventos na área de formação;

retorno à universidade para participar de cursos.

De acordo com os resultados globais alcançados, observou-se que os egressos

tiveram uma boa inserção no mercado de trabalho. No entanto, sua participação junto à

universidade poderia ser melhorada.

A boa inserção no mercado de trabalho pode ser observada, visto que 71,2% dos

egressos entrevistados atuam em sua área de formação. Além disto, cerca de 73% dos

egressos ou já trabalhavam ou levaram até seis meses para atuar na sua área de formação.

Outro ponto importante anotado diz respeito à faixa salarial dos egressos, uma vez

que cerca de 70% recebem mais que cinco salários mínimos, o que pode ser considerado

alto, quando comparado aos índices do IBGE (março de 2006), que, para a Grande BH, gira

em torno de três salários mínimos.

Dentre os fatores que podem ter contribuído para a boa inserção no mercado,

podem ser destacados: uma formação teórico prática considerada como boa e a

contribuição da Universidade no aprimoramento humano dos indivíduos pesquisados,

ambos proporcionados pelo curso de Graduação.

Observou-se ainda que cerca de 72% afirmaram que o curso de graduação era tido

como referência na área, o que possibilitou boas oportunidades de emprego para 66% dos

Page 126: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

110

egressos. De acordo com 62% dos egressos, o curso de graduação mostrou-se atualizado

em relação à área profissional.

Constatou-se ainda que cerca de 80% dos entrevistados consideram importante dar

continuidade aos estudos para um aperfeiçoamento profissional. Diante do exposto,

observaram-se excelentes oportunidades de criação e divulgação de cursos de

aperfeiçoamento, pós-graduação lato sensu bem como pós-graduação stricto sensu.

Diante dos resultados obtidos com relação ao indicador de participação dos

egressos na vida da IES, verificou-se uma boa oportunidade de re-pensar os meios de

comunicação tendo em vista os percentuais obtidos para os meios já existentes, uma vez

que somente 34% mantêm contato com a universidade. Desses que mantêm contato, cerca

de 74% buscam informações sobre cursos oferecidos.

Page 127: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

111

4.4.8. SUBCOMISSÃO DE COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

A Subcomissão de Avaliação da Comunicação da PUC Minas iniciou suas

atividades em outubro de 2004, quando foi definida sua composição e foram estabelecidas

as expectativas organizacionais e formais em relação ao trabalho a ser realizado. O trabalho

foi norteado pelo Projeto de Avaliação Institucional da Comunicação na Universidade e pelo

Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior).

O primeiro passo foi identificar as diferentes demandas de comunicação formal

existentes na PUC Minas em seus campi e unidades da capital e do interior – mapeá-las

assim como os veículos/meios de comunicação utilizados, para dar-lhes

conseqüência/atendimento.

Já no primeiro semestre deste ano, a subcomissão de Comunicação, após

aprofundar suas reflexões sobre as necessidades comunicacionais da PUC Minas e as

formas pelas quais as diferentes áreas – Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade,

Central de Informações e Portal – vêm atuando para dar-lhes respostas eficientes e

eficazes. A partir de então, concentrou-se na escolha da metodologia de pesquisa a utilizar

para aferir o grau de efetividade das ações de Comunicação.

Com base no resultado de discussões no âmbito da Subcomissão, formularam-se

as questões fundamentais do instrumento de pesquisa a ser aplicado junto aos diferentes

públicos da PUC Minas, com o objetivo de identificar os pontos fortes, as dificuldades e

carências de comunicação institucional. A idéia inicial foi de realizar pesquisa por

amostragem nos diferentes públicos – com o apoio da consultoria interna especializada

nessa área – a exemplo do que outras comissões de avaliação já se propunham fazer.

Esse planejamento original acabou por modificar-se após estudos e discussões

com a coordenação geral da CPA/Propav, que conduziram a subcomissão a optar pela

anexação de questões pertinentes à Comunicação aos questionários das outras comissões

de avaliação: Graduação, Pós-Graduação e Pesquisa, Extensão, Egressos, Gestão e

Política de Atendimento aos Estudantes.

4.4.8.1. Ações planejadas

A Subcomissão de Comunicação, desde o início de seus trabalhos vem atuando

sem perder de vista os objetivos que foram traçados, quais sejam: (1) relatar e listar os

meios de comunicação utilizados pela PUC em sua política de relacionamento com os seus

Page 128: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

112

públicos internos e externos; (2) checar o nível de comprometimento da comunicação da

PUC Minas em relação aos objetivos e missão da universidade; (3) identificar – dentre os

meios de comunicação utilizados pela PUC Minas – os mais eficazes para a divulgação das

informações; (4) subsidiar o Projeto Permanente de Avaliação Institucional.

4.4.8.2. Ações realizadas

Para a realização da Avaliação Institucional da Comunicação na PUC Minas foi

aplicada uma pesquisa quantitativa, através de um questionário estruturado, nos diversos

públicos da Universidade. Paralelamente, foi realizado estudo e análise de indicadores

produzidos pela Secretaria de Comunicação, utilizando informações geradas pela própria

PUC Minas, como clipping eletrônico, relatório da Central de Informações, acompanhamento

do atendimento à imprensa, etc.

Para facilitar a aplicação do instrumento, as questões que se referem à

Comunicação Institucional foram incluídas nos questionários das demais subcomissões que

integram esta etapa do Programa de Avaliação Institucional da PUC Minas. Dessa forma,

evitou-se que um mesmo público fosse abordado diversas vezes.

A pesquisa de caráter quantitativo para avaliação dos instrumentos de comunicação

tem como universo os seguintes públicos: alunos, professores e coordenadores dos cursos

de Pós-graduação; funcionários; alunos e professores envolvidos em projetos de extensão e

egressos.

Para aferir a comunicação institucional, foram definidos os seguintes indicadores,

atendendo às disposições do Sistema Nacional de Avaliação (Sinaes) e consoante ao

Projeto de Avaliação Institucional da Comunicação Universitária, elaborado pela

Subcomissão de Comunicação com a Sociedade. São eles: (1) o compromisso institucional

com a transparência das decisões e ações da Universidade; (2) a existência de ações e

programas institucionais que motivem a circulação de informações; (3) o impacto das

atividades de comunicação junto aos segmentos sociais que são alvos ou parceiros nessas

atividades.

Page 129: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

113

4.4.8.3. Resultados Alcançados

Antes de apresentar os resultados da avaliação do trabalho da Secretaria de

Comunicação é relevante e determinante ressaltar o público atendido. A comunidade

acadêmica – professores, alunos e funcionários – totaliza cerca 49 mil pessoas. Passamos a

um patamar mais elevado ao considerarmos a gama de profissionais terceirizados,

fornecedores, parceiros, ex-alunos e as famílias dos estudantes.

A Secretaria de Comunicação da PUC Minas presta atendimento e desenvolve

trabalhos que beneficiam a comunidade acadêmica – considerada como público interno:

administração, professores, alunos, funcionários e terceiros na PUC Minas – e a

comunidade externa, de dimensão infinita, de acordo com os interesses da Universidade.

4.4.8.4. Instrumentos de Comunicação utilizados pela PUC Minas

A) Jornal PUC Minas – Circulação na primeira quinzena de cada mês. Distribuição para

alunos, professores, funcionários, assinantes e público de interesse da Universidade.

Tiragem: 61.450 exemplares. Periodicidade: Mensal.

Tabela 17: Jornal PUC Minas

Jornal PUC Minas

"Frequência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"

Funcionários 77,2% 90,9% 91,4% 84,0% 91,8%

Alunos lato sensu 50,4% 73,4% 77,8% 69,9% 77,9%

Docentes lato sensu 60,3% 69,8% 81,1% 62,3% 75,5%

Alunos stricto sensu 54,2% 54,2% 71,2% 62,7% 72,9%

Alunos Extensão 56,8% 77,9% 84,2% 72,6% 86,3%

Média 59,8% 73,2% 81,1% 70,3% 80,9%

(*) A freqüência se refere ao percentual de respostas “sempre” e “freqüentemente”. A avaliação sobre Acesso, Conteúdo, Atualização e Clareza, se referem ao percentual de respostas classificadas entre "Muito Bom" e "Bom".

Page 130: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

114

B) Informativo PUC Informa - Informativo presente no Coração Eucarístico e em todos

os campi e Núcleos Universitários, exceto os campi Serro e Guanhães. O informativo

é destinado à comunidade acadêmica.

Coração Eucarístico – Periodicidade: semanal - Tiragem: 2.500 exemplares

Arcos – Periodicidade: mensal - Tiragem: 2.500 exemplares

Barreiro – Periodicidade: mensal - Tiragem: 2.500 exemplares

Betim – Periodicidade: mensal – Tiragem: 4.000 exemplares

Contagem – Periodicidade: mensal – Tiragem: 5.000 exemplares

São Gabriel – Periodicidade: mensal – Tiragem: 4.000 exemplares

Poços de Caldas – Periodicidade: mensal – Tiragem: 3.000 exemplares

Tabela 18: PUC Informa

PUC Informa Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"

Funcionários 75,4% 90,9% 88,8% 84,5% 90,1% Alunos lato sensu 32,7% 57,5% 53,1% 53,1% 59,3% Docentes lato sensu 54,8% 69,8% 68,3% 56,6% 69,8% Alunos stricto sensu 52,5% 62,7% 62,7% 61,0% 67,8% Alunos Extensão 57,9% 78,9% 80,0% 66,3% 82,1%

Média 54,7% 72,0% 70,6% 64,3% 73,8% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006.

C) PUC Informa Online - É o boletim eletrônico da Universidade, ou seja, a versão on-line

do PUC Informa. É enviado semanalmente a mais de 50 mil e-mails e sua grande vantagem

é a agilidade na veiculação de informações.

Tabela 19: Boletim Eletrônico

Boletim Eletrônico Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"

Funcionários 54,4% 84,1% 77,6% 79,3% 83,2% Alunos Extensão 52,7% 76,9% 68,4% 69,5% 80,0%

Média 53,6% 80,5% 73,0% 74,4% 81,6% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006.

Page 131: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

115

D) Portal PUC Minas – Nesse site www.pucminas.br são disponibilizadas todas as

informações referentes à Universidade, como dados institucionais, estrutura da

Universidade, notícias, informações sobre cursos, vestibulares, etc. Através do portal, o

aluno também tem acesso ao Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em que é

disponibilizada toda a informação referente à sua vida acadêmica: notas, freqüência,

calendário de provas e atividades, ementas de disciplinas, matrícula, histórico escolar, etc.

Tabela 20: Portal Eletrônico

Portal Eletrônico Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"

Funcionários 65,1% 87,5% 80,6% 86,2% 87,0% Alunos lato sensu 62,9% 84,1% 84,1% 83,1% 85,9% Docentes lato sensu 54,7% 66,0% 68,0% 67,9% 71,7% Alunos stricto sensu 64,4% 81,4% 72,9% 74,6% 79,7% Alunos Extensão 75,8% 85,3% 75,8% 69,5% 80,0%

Média 64,6% 80,9% 76,3% 76,3% 80,9% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006.

E) Folha do Professor – Informativo destinado aos docentes. Circula na folha de freqüência

do professor e apresenta notas variadas, de interesse dos professores. Periodicidade:

semanal.

Tabela 21: Folha do Professor

Folha do Professor Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"

Docentes "lato sensu" 60,4% 52,9% 51,0% 47,2% 58,5%Coordenadores "lato sensu" 83,3% 66,7% 75,0% 75,0% 75,0%

Média 71,9% 59,8% 63,0% 61,1% 66,8% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006

F) Jornal No PIC da PUC – Veículo de circulação semestral, destinado aos estudantes do

terceiro ano do Ensino Médio. Apresenta informações sobre todos os cursos da

Universidade, os projetos desenvolvidos e informações sobre o vestibular. Tiragem: 60.600

exemplares.

Page 132: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

116

G) Central de Informações da PUC Minas – Criada em setembro de 1998 no campus

Coração Eucarístico, a Central de Informações da PUC Minas foi planejada pela Secretaria

de Comunicação, com o apoio da Reitoria, a partir da crescente demanda por um sistema

de atendimento direcionado à comunidade acadêmica da universidade e ao público externo.

Em 2005, a Central de Informações efetuou mais de 80 mil atendimentos, através de

telefone ou e-mail. No ano de 2006 o setor desenvolve um projeto de expansão, com o

objetivo de ampliar sua atuação a todos os campi e unidades da PUC Minas.

Tabela 22: Central de Informações

Central de Informações Público "Conteúdo" "Cortesia" "Espera" "Agilidade"

Funcionários 71,1% 77,6% 59,0% 65,5% Alunos lato sensu 81,0% 83,7% 73,2% 76,8% Docentes lato sensu 60,4% 66,0% 56,6% 64,1% Alunos stricto sensu 59,3% 64,4% 44,0% 52,5% Alunos Extensão 60,4% 59,4% 41,7% 51,0%

Média 66,4% 70,2% 54,9% 62,0% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006

H) Programa PUC Aberta – Realizado anualmente na Universidade, em todos os campi e

Núcleos Universitários. O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Comunicação, com apoio

da Reitoria e a parceria das Pró-reitorias, Institutos e Coordenações de Cursos e tem por

objetivo abrir as portas da Universidade para os estudantes do Ensino Médio, para que

possam conhecer melhor a área de interesse profissional e a PUC Minas.

I) Vestibular – Na PUC Minas, o vestibular é realizado semestralmente. Cabe à Secretaria

de Comunicação preparar e divulgar a campanha de comunicação, visitar as escolas de

ensino médio e apoiar na realização do concurso, divulgando informações necessárias aos

candidatos e atendendo à imprensa.

J) Campanhas Educativas – A PUC Minas, pensando na comunidade acadêmica e de seu

entorno, elabora diversas campanhas educativas e institucionais. Preocupada com questões

que afetam a vida de alunos, professores, funcionários e comunidade em que seus campi e

núcleos universitários estão inseridos, a Universidade firma parcerias promovendo a

Page 133: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

117

educação e a conscientização. Cidadania é a palavra-chave que perpassa todas essas

ações da universidade.

Tabela 23: Campanhas Educativas

Campanhas Educativas Público "Muito Importante" "Importante" "Pouco Importante"

Funcionários 84,8% 13,9% 1,3% Alunos lato sensu 71,2% 28,8% 0,0% Docentes lato sensu 73,6% 20,8% 3,8% Alunos stricto sensu 75,9% 17,2% 3,4% Alunos Extensão 83,2% 14,7% 1,1%

Média 77,7% 19,1% 1,9%

Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006

4.4.8.5. Potencialidades e pontos a serem aperfeiçoados

Em geral, os instrumentos de comunicação utilizados pela PUC Minas são muito

bem avaliados pelo público, em todos os aspectos incluídos no questionário. No entanto,

dentro dessa avaliação, alguns pontos relevantes merecem destaque.

(A) O Portal PUC Minas (www.pucminas.br) é o meio mais utilizado para se obter

informações sobre a universidade. A principal vantagem apontada pelos entrevistados é a

facilidade de acesso às informações. Essa mesma característica foi observada na avaliação

do Boletim Eletrônico.

(B) Já o Jornal PUC Minas destaca-se pelo conteúdo e apresentação. O relatório de

acesso ao Portal confirma essa informação, apresentando uma média de 26 mil acessos

diários em épocas normais e 36 mil acessos diários durante o período de inscrição para o

concurso vestibular. Já foram registrados picos de 90 mil acessos em um único dia.

(C) O Fale com a PUC, um canal de comunicação com o usuário do portal, é muito

pouco utilizado pelo público interno pesquisado, ainda que muito bem avaliado.

(D) Outro ponto observado pelo público pesquisado é a importância da

Universidade realizar campanhas educativas. Cerca de 96,8% dos entrevistados consideram

“muito importante” ou “importante” a PUC Minas realizar esse tipo de ação, que vai ao

encontro de sua missão e identidade.

No questionário aplicado aos egressos, observa-se que 66% deles não mantêm

contato com a PUC Minas e, os que mantêm, pouco menos de 40%, o fazem através do

Page 134: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

118

Portal. Dentre os motivos apontados sobre a ausência de relacionamento com a

Universidade, 30,2% responderam ser por falta de acesso às informações, o que indica a

necessidade de se institucionalizar a comunicação com esse público específico.

Destaca-se também, nos últimos anos, o aumento da demanda por informações

sobre a PUC Minas, observando-se, por exemplo, o crescente número de atendimentos.

4.4.8.6. Balanço Crítico

A Subcomissão de Comunicação com a Sociedade considera de fundamental

importância retomar os principais pontos e trajetória de seu trabalho, avaliar êxitos e

obstáculos para subsidiar futuras atividades de avaliação da comunicação no âmbito da

Instituição.

Page 135: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

119

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Avaliação Interna Institucional é sempre processual. Para os trabalhos da Comissão

Permanente de Avaliação essa premissa afastou qualquer possibilidade de avaliações

episódicas, monolíticas e, por conseqüência, sua efemeridade. Também norteou o caminho

a ser percorrido pelas diversas subcomissões que compõem o Programa Permanente de

Avaliação desta Universidade, de modo que, ao final dessa etapa, a comunidade acadêmica

possa servir-se dos resultados alcançados, seja para aprimorar os resultados positivos seja

para corrigir os resultados negativos.

Avaliação Interna assemelha-se aos portos. São partida e chegada,

permanentemente. Trata-se de percorrer os múltiplos caminhos da Instituição, lidar com os

obstáculos – das mais variadas naturezas – para, ao final, ter em mãos um mapa da

Instituição. Nele poderão ser vistos outros percursos, atalhos e conexões. Mas poderá ser

lido por toda a Instituição, de modo que os atores nela envolvidos sejam leitores e não

expectadores.

Foi nessa perspectiva que se estruturou esse Relatório. Para as diversas

dimensões avaliadas, de acordo com o roteiro do Sinaes, as Subcomissões coletaram

dados, inclusive por meio eletrônico, realizaram entrevistas, pesquisaram fontes

documentais de modo a traduzir o trabalho com o conhecimento em leitura metodológica e

prospectiva da Instituição. Na consolidação desse trabalho a CPA/Propav pôde reafirmar

que Avaliação Interna é meio para que a Instituição alcance seus fins, mais especialmente,

aqueles concernentes à Educação Superior: a qualidade do ensino de Graduação e Pós-

Graduação, o incentivo e estímulo à Pesquisa e o desenvolvimento da Extensão

Universitária.

Assim, os resultados aqui apresentados pretenderam traduzir, ao mesmo tempo, os

passos que a Universidade já percorreu e os caminhos a serem ainda trilhados, de modo

que este Relatório de Auto-Avaliação possa ser ponto de intersecção entre as dimensões

basilares da Instituição, ao invés de criar ilhamentos acadêmicos.

Nessa perspectiva optou-se por apresentar as ações que foram planejadas, as

ações realizadas, os resultados alcançados de cada uma das dimensões avaliadas. Essa

forma permitiu um balanço referente aos pontos a serem aperfeiçoados no todo da

Instituição, tanto em suas particularidades quanto em sua relação com as demais áreas

institucionais. Assim o balanço crítico de cada uma delas, além dos demais tópicos, deve

ser cuidadosamente discutido nas várias instâncias da Universidade. Trata-se, como já foi

dito, de ‘ler’ a Instituição de maneira que compreenda-se o todo sem prescindir de suas

partes e, planeje-se a melhoria das partes sem prescindir do todo.

Page 136: Relatório Final de Avaliação Institucional Interna 2006

120

A CPA/Propav acredita que esse procedimento de leitura e discussão deva ser

realizado em cada uma das unidades acadêmicas juntamente com o corpo docente, corpo

discente, corpo administrativo. Para tal fim, serão programados e realizados, neste

semestre, seminários temáticos acerca das dimensões da Avaliação, divulgando-se o mais

amplamente possível, os resultados alcançados. Também serão disponibilizados no portal

do Propav, no site da PUC Minas, para o alcance de todos. Sem a divulgação dos

resultados, sua discussão e recepção de criticas não será possível concretizar a meta-

avaliação. Vale dizer, sem esse movimento pendular, de avaliar a Avaliação, a Instituição

corre o risco de não aproveitar a riqueza dos dados obtidos e servir-se deles para sua

melhoria, em todos os níveis. É algo que pode ser comparado à fábula contada por Walter

Benjamim em ‘Experiência e Pobreza’: o pai, próximo da morte, conta para os filhos que sob

suas terras, onde se plantavam uvas, havia um tesouro oculto. Mal falece o pai, os filhos

puseram-se a cavoucar a terra, mas nada encontraram. Porém, de tanto escavar à procura

do tesouro tornaram a terra ainda mais fértil e no ano seguinte as vindimas foram mais

produtivas.

Tal é o caso do processo de Avaliação. É preciso que ele seja revolvido para extrair

não o que está nele, mas o que pode ser construído a partir dele, de modo que todos

possam colher bons frutos.

A Comissão Permanente de Avaliação da PUC Minas espera que os êxitos e

dificuldades descritos neste Relatório sejam aprendizado para a melhoria do processo de

Avaliação Interna.

Belo Horizonte, 18 de agosto de 2006.

Membros da CPA:

Aurélio Alves Ferreira, Carlos Antônio Ligeiro, Cláudia Ferreira Galvão, David de Lima,

Hildegardo Martins Lima, Josemar Gimenez Resende, Júlio César Ferreira Costa, Lúcia

Regina Corrêa Paim, Marcelo Pereira Mendonça, Paulo César Reis Cardoso de Mello, Paulo

Luiz Moreaux Lavigne Esteves, Paulo Ursini Kretti, Ricardo Machado Rabelo, Robson dos

Santos Marques, Sérgio Luiz de Lima, Sérgio Silveira Martins, Tauana do Nascimento

Martins, Terezinha Nunes Fagundes.

_________________________________________ Silvia Maria de Contaldo – Presidente da CPA

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121

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n.10.861 de 15 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação Superior – SINAES e dá outras providências. Brasília, 2004.

HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada. Porto Alegre: ArtMed, 2001.

LIBANIO, João Batista. A arte de formar-se. São Paulo: Loyola, 2001. 127p

DEMO, Pedro. Mitologias da Avaliação. De como ignorar em vez de enfrentar problemas. Campinas: Autores Associados, 2002.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.019/1990, de 19 de junho de 1990. Cria, ad referendum e do Conselho Universitária, a Secretaria de Ação Comunitária.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.020/2003, de 21 de março de 2003. Constitui comissão para criar e acompanhar a implementação do Sistema Informatizado de Acompanhamento de Egressos da PUC Minas.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.076/2003, de 27 de novembro de 2003. Fixa normas para solicitação e liberação de apoio financeiro para participação de docentes da Universidade e eventos de caráter técnico-científico e ou didático-pedagógico.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.019/2004, de 29 de abril de 2004. Cria, na Universidade, a Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e dispõe sobre sua competência e organização, ad referendum do Conselho Universitário.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.034/2004, de 13 de julho de 2004. Institui, na PUC Minas, ad experimentum, a bolsa-trabalho.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Processo de elaboração e Implementação do Programa Permanente de Avaliação Institucional. Belo Horizonte: PUC Minas, 2004.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.010/2005, de 11 de fevereiro de 2005. Cria, - ad referendum do Conselho Universitário, a Secretaria de Assuntos Estudantis.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS/PROGRAMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. Ensino de Graduação na Puc Minas. Relatório Geral. Belo Horizonte, 2005.

PROPAV. PROGRAMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. Projeto do Programa de Avaliação Institucional. Belo Horizonte, 2005.

SILVA, Marcos Vieira. Extensão Universitária: um processo educativo – um estudo de caso desenvolvido a partir das experiências do Prodac – Projeto de Desenvolvimento e Ação Comunitária da Puc MG. 160 p. Dissertação. (Faculdade de Educação) Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1989.

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6. ANEXOS

6.1. Anexo 1 – Portaria Nº 019 /2004

O Reitor em Exercício da PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

(PUC Minas), no uso da atribuição que lhe confere o inciso XV do art. 31 do Estatuto da

Universidade, e em cumprimento da Lei n.º 10.861, de 14 de abril de 2004,

RESOLVE:

Art.1º - Fica criada, ad referendum do Conselho Universitário, a Comissão Permanente de Avaliação (CPA), como órgão auxiliar da Universidade.

Parágrafo único - O órgão de que trata o caput tem por objetivo realizar o processo de auto-avaliação institucional da Universidade.

Art. 2º - São atribuições da Comissão Permanente de Avaliação: I. aprovar as políticas e as diretrizes para a auto-avaliação da instituição; II. sistematizar e coordenar os processos de avaliação interna;

III. prestar as informações solicitadas pelo INEP.

Art. 3º - A CPA terá um órgão executivo denominado Comitê Permanente de Avaliação Institucional, com as seguintes atribuições:

I. conceber, formular e propor as políticas e as diretrizes para a auto- avaliação da

instituição;

II. implementar e executar, a partir das políticas e diretrizes aprovadas pela Comissão Permanente de Avaliação, o processo de avaliação institucional.

Art. 4º - Compõem a CPA:

Reitoria

PORTARIA Nº 019 /2004

Cria, na Universidade, a Comissão Permanentede Avaliação (CPA) e dispõe sobre suacompetência e organização, ad referendum do Conselho Universitário.

Reitoria

PORTARIA Nº 019 /2004

Cria, na Universidade, a Comissão Permanentede Avaliação (CPA) e dispõe sobre suacompetência e organização, ad referendum do Conselho Universitário.

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I. 1 (um) docente de cada campus ou unidade da Universidade, escolhido entre os representantes daqueles no Conselho Universitário e no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão;

II. 3 (três) representantes do corpo discente, indicados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE);

III. 3 (três) representantes do corpo técnico-administrativo, indicados pela Associação dos Servidores da Universidade (ASSUC) e não integrantes do corpo discente da instituição;

IV. 3 (três) representantes da sociedade civil organizada, um dos quais necessariamente ex-aluno da PUC Minas, convidado pelo Reitor;

V. 1 (um) professor representante da Associação dos Docentes da Universidade (ADPUC).

Art. 5º - O Presidente da Comissão Permanente de Avaliação será indicado pelo Reitor.

Art. 6º - É vedada a indicação à CPA de representantes que exerçam cargos de direção na administração central da Universidade, ou ocupem diretorias de campi, Institutos, Faculdades ou Unidades Acadêmicas.

Art. 7º - Compõem o Comitê Central de Avaliação Institucional: I. o Presidente da CPA; II. 1 (um) representante de cada uma das seguintes Pró-Reitorias:

a. de Graduação (PROGRAD); b. de Extensão (PROEX); c. de Pesquisa e de Pós-Graduação (PROPPG);

III. 4 (quatro) professores do quadro permanente da Universidade, com comprovada competência em avaliação, indicados pela CPA.

§ 1° - O Comitê Central de Avaliação Institucional poderá recrutar, nas Pró-reitorias de Recursos Humanos (PRORH), de Planejamento (PROPLAN), de Infra-estrutura (PROINFRA), de Gestão Financeira (PROGEF) e de Logística e Operações (PROLOG), assessores técnicos, em caráter temporário, para execução de tarefas em suas áreas específicas de atuação.

§ 2° - Para o exercício de suas funções, o Comitê Central de Avaliação Institucional constituirá um Centro de Custos e Orçamentos próprios.

Art. 8º - O mandato de todos os membros da Comissão Permanente de Avaliação e do Comitê Central de Avaliação Institucional será de 2 (dois) anos, permitida uma recondução consecutiva.

Parágrafo único - Os membros da Comissão Permanente de Avaliação e do Comitê Central de Avaliação Institucional gozarão de estabilidade no período de seu mandato, prorrogada por um ano após o término deste.

Art. 9º - A CPA deverá elaborar e promulgar seu regimento interno.

Art. 10º - Para efeito de composição da CPA e do Comitê Central de Avaliação Institucional, durante o primeiro mandato, ficam indicados:

I. como representantes docentes de cada campus ou unidade, nos termos do inciso I do art. 4° desta Resolução, os respectivos membros da atual CONCENAI;

II. como representantes docentes, para atendimento do estabelecido nos incisos II e III do art. 7° desta Resolução, os demais membros da atual CONCENAI.

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Art. 11º - Esta Portaria entra em vigor nesta data.

Registre-se, divulgue-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 29 de abril de 2004.

PROF. EUSTÁQUIO AFONSO ARAÚJO

REITOR EM EXERCÍCIO

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6.2. Anexo 2 – Correspondência Eletrônica

De: stmeneg [[email protected]] Enviado em: quarta-feira, 22 de junho de 2005 09:15 Para: PROPAV/Secretaria Cc: stmeneg Assunto: ENC: A/C Profa. Stela Meneghel Caro Prof. Júlio, em primeiro lugar, agradeço sua ligação e preocupação em fazer com que a PUC-Minas esteja alinhada com o SINAES. De acordo com consulta que fiz na CONAES, o ofício havia sido anteriormente respondido pelo Prof. Heitor, no entanto, não tínhamos registro de documentação deixada pela Prof. Iara na data da última reunião da Comissão. De qualquer forma, espero poder ajudá-lo. Nosso entendimento foi que há duas solicitações no ofício, expostas no parágrafos a seguir; responderemos a elas na sequência. 1 - Diante do exposto e considerando a complexidade de uma Instituição de Ensino Superior do porte da PUC Minas, que possui atualmente uma população de aproximadamente 47 mil pessoas, distribuída em três campi e seis unidades acadêmicas, avalia-se que as demais dimensões propostas pelo SINAES poderiam ser realizadas com os públicos da Pós-Graduação, da Pesquisa, da Extensão e com Atendimentos a Estudantes e Egressos. Conforme nosso contato telefônico, os dados e experiências de avaliação institucional já existentes na PUC-Minas, que reconhecidamente possui corpo técnico-administrativo de grande competência para conduzir o processo de auto-avaliação, não apenas podem como devem ser aproveitados. Cabe observar, apenas, que as informações e análises para o SINAES sejam realizadas em consonância com o solicitado no roteiro de auto-avaliação.

2 - Em nome da viabilidade do processo avaliativo, proposto para o prazo de março de 2006, poderíamos considerar lícito dividir dessa forma a realização da avaliação institucional neste momento e, em 2007/2008, desencadear um novo processo de avaliação institucional, contemplando o conjunto das dimensões estabelecidas pelos SINAES? A PUC-Minas tem total liberdade para decidir sobre qual a melhor forma de conduzir seu processo e relatório de auto-avaliação. Como destacamos acima, a ampla experiência acumulada pela IES, na área da avaliação, é um elemento facilitador das adaptações de transição para o sistema SINAES que a Lei demanda. Chamamos a atenção, apenas, para a necessidade de cumprir o prazo estabelecido, pois a criação de situações especiais certamente viria prejudicar o SINAES. Caso o senhor ainda tenha dúvidas e questões a fazer, eu e a equipe da CONAES estamos à disposição para ajudá-lo. Att., Stela Meneghel Secretária-Executiva (47) 9912-6789 > -----Mensagem original----- De: PROPAV/Secretaria [mailto:[email protected]]

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Postado em: segunda-feira, 20 de junho de 2005 15:08 Postada para: Conaes Conversação: carta-resposta Assunto: A/C Profa. Stela Meneghel

Prezada Professora Stela,

De acordo com contato telefônico, reenvio-lhe a consulta feita por nossa IES, a PUC Minas,

à Conaes.

Atenciosamente,

Júlio Pinto

Assessor do Comitê Permanente de Avaliação Institucional

PUC Minas

(31) 3319-4559

<<Carta consulta INEP.abril 2005.doc>>

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Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 20/06/2005 / Versão: 4.4.00 - Dat 4517 Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/

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6.3. Anexo 3 – Questionário - Funcionários

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6.4. Anexo 4 – Gestão – Relação da Documentação Coletada

1) Dados relativos ao corpo docente

- nº de docentes em tempo integral, parcial e horistas (“substitutos” na IFES)

- nº de docentes doutores, mestres e especialistas com respectivos regimes de trabalho

- critérios de ingresso na instituição e progressão na carreira

- políticas de capacitação e de avaliações de desempenho

- pesquisas e/ou estudos sobre as condições de trabalho dos docentes, recursos, formação

do pessoal técnico-administrativo

- experiência profissional no magistério superior – Consta da Plataforma PUC de

currículos

- experiência profissional fora do magistério superior – Consta da Plataforma PUC de

currículos

- formação didático-pedagógica - Consta da Plataforma PUC de currículos

- nº de publicações por docente

- conceitos da CAPES no Pós-graduação stricto sensu

- produção acadêmica/docentes

2) Dados e indicadores relativos ao corpo técnico-administrativo

- nº de funcionários técnico-administrativos

- escolaridade dos funcionários técnico-administrativos

- critérios de ingresso na instituição

- critérios de progressão na instituição

- políticas de capacitação

- avaliações de desempenho

- pesquisas e/ou estudos sobre a satisfação dos funcionários com as condições de trabalho

e formação

- indicadores sobre aluno tempo integral/pessoal técnico-administrativo

3) Organização e gestão da Instituição

- regulamentos internos, regimentos e estatutos – os documentos institucionais, o

regimento e o estatuto podem ser acessados através da Consultoria Jurídica da

Universidade, as normas acadêmicas encontram-se disponíveis no Portal da PUC

Minas/Prograd

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- funcionamento do sistema de registro acadêmico, do sistema de informação e mecanismos

de controle das normas acadêmicas – Controlados pelo Centro de Registros

Acadêmicos (CRA), através do Sistema de Gestão Acadêmica (SGA; podem ser

acessados pelos professores, alunos e funcionários, de acordo com o perfil de

acesso.

- organogramas

4) Infra-estrutura física

- nº de salas de aula

- nº de instalações administrativas

- nº e condições das salas de docentes

- nº e condições das salas de reuniões

- nº e condições dos gabinetes de trabalho

- nº e condições das salas de conferência/auditórios

- nº e condições das instalações sanitárias

- acessos para portadores de necessidades especiais

- nº equipamentos (informática, laboratórios, apoio administrativo)

- nº de bibliotecas (central e setoriais)

- acesso a bases de dados e bibliotecas virtuais

- nº e condições de laboratórios específicos

- descrição do plano de segurança, proteção de riscos

- questionários de satisfação dos usuários sobre as instalações em geral e especialmente

sobre a biblioteca, laboratórios e equipamentos de informática

5) Planejamento e avaliação

- PDI

- PPI

- projeto pedagógico dos cursos

- relatórios parciais de auto-avaliação

- relatório final de auto-avaliação

6) Sustentabilidade Financeira

- aluno tempo integral/corpo técnico-administrativo

- planilha de contratação de pessoal docente

- planilha de contratação de pessoal técnico-adminsitrativo

- tabela de cursos oferecidos (graduação, pós-graduação, seqüenciais e a distância)

- folhas de pagamento dos docentes e dos técnico-administrativos (últimos 6 meses)

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- planilha de liberação de verbas para capacitação de docentes e técnico-administrativo

- planilha de liberação de verbas para auxílio de custo para participação em eventos pelos

discentes

- planilhas de gastos com multas (trabalhistas e outras)

- relação orçamento/gastos (semestral e anual)

- relação ingressantes/concluintes

- relação do corpo técnico-administrativo em capacitação/capacitados (em nível de pós-

graduação: especialização, mestrado e doutorado)

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6.5. Anexo 5 – Pesquisa – Roteiro de Entrevista

PESQUISA

ROTEIRO DE ENTREVISTA

ENTREVISTADO: COODENADOR DE PESQUISA

1- A missão da PUC Minas é ..... Até que ponto e em que medida a produção científica da instituição tem essa missão como referência? (Indicador pesquisa 01)

2- A missão da PUC também é considerada no momento da decisão de quais investimentos serão feitos por ela na área de pesquisa? Existe alguma política estabelecida nesse sentido? (Indicador pesquisa 01)

3- Existe uma preocupação da instituição para que a sua produção científica seja coerente com as necessidades sociais e as exigências da ciência? (Indicador pesquisa 10)

4- Existe apoio institucional ao financiamento de projetos de pesquisa por agências externas? (Indicador pesquisa 02) (indicador stricto sensu 24)

5- Existe uma política institucional para a criação de grupos de pesquisa? Se sim, descreva. (Indicador pesquisa 06) (indicador stricto sensu 07)

6- Existe um órgão responsável pela relação interinstitucional e internacional da instituição? (Indicador pesquisa 09)

7- Existem programas institucionais de fomento à pesquisa e à iniciação científica? Descreva. (Indicador pesquisa 11)

8- Existe apoio institucional ao desenvolvimento de projetos sem financiamento? Descreva. (Indicador pesquisa 04)

9- Existe apoio institucional para a organização de fóruns para a divulgação da iniciação científica? (Indicador pesquisa 13)

10- Existem veículos de divulgação da produção intelectual, artística e cultural realizados na instituição? Descreva. (Indicador pesquisa 15)

11- Existe uma política de auxílio à formação de novos pesquisadores? Descreva. (Indicador pesquisa 16)

12- Existem mecanismos institucionais para promover a articulação da pesquisa com a graduação/ensino? Descreva. (Indicador pesquisa 20) (stricto sensu 23 e 40)

13- Existem mecanismos institucionais para promover a articulação da pesquisa com a extensão? Descreva. (Indicador pesquisa 21) (stricto sensu 41)

14- Existem mecanismos institucionais para promover a articulação da pesquisa com outros setores da instituição? Descreva. (Indicador pesquisa 21)

15- Existe apoio à participação de docentes e discentes em eventos científicos? (Indicador pesquisa 22)

16- Existe apoio à participação de docentes e discentes em bancas examinadoras? (Indicador pesquisa 23)

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6.6. Anexo 6 – Pós-graduação Stricto Sensu – Roteiro de Entrevista

PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

ROTEIRO DE ENTREVISTA

ENTREVISTADO: COORDENADOR DO PROGRAMA

PROGRAMAS DE MESTRADO E DOUTORADO

1- Até que ponto e em que medida os projetos de pesquisa do seu programa tem a missão da PUCMINAS como referência? (Indicador pesquisa 01)

2- Você visualiza uma política institucional para a pós-graduação stricto sensu? Se sim, descreva sua dinâmica de funcionamento. (Indicador stricto sensu 01)

3- Quais fatores foram observados para justificar a criação do programa? (Indicador stricto sensu 02)

4- Existem recursos externos e/ou iniciativas do programa que auxiliam na sua manutenção? (Indicador stricto sensu 03)

5- Existem estratégias/ações para promover a integração entre os programas? Se sim, descreva. (Indicador stricto sensu 04)

6- A instituição ou o programa efetivamente realiza as proposições estabelecidas nos convênios com instituições nacionais/internacionais? (Indicador stricto sensu 06) (Indicador pesquisa 09)

7- Existe política institucional para a criação de grupos de pesquisa? Se sim, descreva. (Indicador stricto sensu 07) (Indicador pesquisa 06)

8- Os conceitos da avaliação da Capes condizem com a realidade dos programas? Explique. (Indicador stricto sensu 09)

DOCENTES 9- Quais são os critérios para a seleção de professores? (Indicador stricto sensu 10) 10- Qual a sua opinião sobre a inserção dos professores dos programas em tarefas

administrativas? (Indicador stricto sensu 11)

PROJETOS DE PESQUISA 11- Os projetos de pesquisa realizados no programa incluem alunos de iniciação

científica? (Indicador stricto sensu 23) (Indicador pesquisa 20) 12- O programa possui mecanismos/tradição para obtenção de financiamento

interno/externo aos seus projetos de pesquisa? Descreva. (Indicador stricto sensu 24) (Indicador pesquisa 02)

13- Existe preocupação em vincular os projetos de pesquisa com as linhas de pesquisa do programa? Como isso é feito? (Indicador stricto sensu 25)

14- Na sua opinião, a pesquisa desenvolvida no seu programa reflete demandas sociais e da ciência? Como? (Indicador pesquisa 10)

INFRA-ESTRUTURA (Indicador stricto sensu 33) 15- Os serviços prestados pela secretaria atendem às necessidades do programa? 16- Os recursos materiais disponíveis atendem às necessidades do programa? 17- O espaço físico disponível atende às necessidades do programa? 18- O acervo da biblioteca atende às necessidades do programa? (Indicador stricto sensu

34)

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PUBLICAÇÃO PRÓPRIA 19- Existem periódicos para divulgação acadêmica publicados pelo programa? Descreva.

(Indicador stricto sensu 35) (Indicador pesquisa 15)

BOLSAS 20- Quais são os critérios adotados pelo programa para indicação de quais alunos devem

receber bolsa? (Indicador stricto sensu 36/37)

EGRESSOS 21- O programa desenvolve procedimentos sistematizados para acompanhamento

profissional dos egressos? (Indicador stricto sensu 38)

AVALIAÇÃO INTERNA 22- Existem procedimentos sistematizados para avaliação do programa? Descreva.

(Indicador stricto sensu 39)

ARTICULAÇÃO 23- Existem atividades de articulação do programa com a graduação? (Indicador stricto

sensu 40) (Indicador pesquisa 20) 24- Existem atividades de articulação do programa com projetos de extensão? (Indicador

stricto sensu 41) (Indicador pesquisa 20) 25- Existem atividades de articulação do programa com o lato sensu? (Indicador stricto

sensu 42) (Indicador pesquisa 21)

CURRÍCULOS 26- Os planos de ensino das disciplinas do programa são atualizados? Se sim, com que

periodicidade? Quem participa do processo? (Indicador stricto sensu 47) 27- Como é feita a revisão curricular do programa? (Indicador stricto sensu 47) 28- Descreva o processo de elaboração do projeto pedagógico do programa? (Indicador

stricto sensu 48) 29- Os conteúdos das disciplinas estão articulados com as linhas de pesquisa e a área de

concentração? Justifique. (Indicador stricto sensu 48) 30- A proposta do programa está em consonância com os objetivos institucionais (missão da

IES)? (Indicador stricto sensu 48) 31- Descreva como se deu o processo de composição do corpo docente. (Indicador stricto

sensu 49) 32- As dissertações e teses estão de acordo com a(s) linha(s) de pesquisa do programa?

(Indicador stricto sensu 50)

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 33- Qual a sua opinião sobre o ensino na graduação e na pós-graduação? Existem

diferenças? (Indicador stricto sensu 51,52) 34- Existe investimento na capacitação pedagógica dos docentes? Justifique. (Indicador

stricto sensu 53) 35- Houve acompanhamento pedagógico na estruturação do programa? (Indicador stricto

sensu 54) 36- Há acompanhamento pedagógico para as atividades acadêmicas do programa?

(Indicador stricto sensu 54)

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6.7. Anexo 7 –– Questionário – Alunos Pós-graduação Stricto Sensu

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6.8. Anexo 8 –– Questionário – Coordenadores Pós-graduação Lato Sensu

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6.9. Anexo 9 –– Questionário – Professores Pós-graduação Lato Sensu

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6.10. Anexo 10 –– Questionário – Alunos Pós-graduação Lato Sensu

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6.11. Anexo 11 –– Questionário – Alunos Extensão

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6.12. Anexo 12 –– Questionário – Coordenadores Extensão

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6.13. Anexo 13 –– Egressos – Relatório Analítico – Junho 2006 – Anexo 1

PONTÍFIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERIAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA COM EGRESSOS

( Sugestão Pró-reitoria de Graduação)

Profa Maria Inês – Pró-Reitora de Graduação Profa. Matilde

I ATUALIZAÇÃO / AUTENTICAÇÃO

1. Você avalia a formação recebida na PUC como: ( ) ótima ( ) muito boa ( ) boa ( ) razoável ( ) insatisfatória ( ) não sabe

2. Você avalia que a formação recebida está em consonância com a formação integral da pessoa humana em nível: ( ) ótimo ( ) muito bom ( ) bom ( ) razoável ( ) insatisfatório ( ) não sabe

3. Você mantém contato com professores e colegas de classe? ( ) com colegas e professores ( ) apenas com colegas ( ) apenas com professores ( ) não mantenho contato ( ) não sabe

4. Você tem sugestões para o estabelecimento de futuros vínculos entre você, a PUC e os colegas de turma?

5. Atualmente você exerce alguma atividade profissional? ( ) sim ( ) não

6. Cargo atual:

7. Tempo no cargo:

8. Cargo anterior:

9. Sua atividade profissional é de natureza: ( ) pública direta ( ) pública indireta ( ) pública não estatal ( ) privada multinacional ( ) privada nacional ( ) empresa própria ( ) autônoma

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( ) não sabe

10. Seu setor de atividade é: ( ) serviços ( ) indústria ( ) comércio ( ) financeiro ( ) terceiro setor ( ) outros ( ) não sabe

11. A atividade que você desenvolve atualmente está ligada à sua área de formação? ( ) totalmente integrada ( ) exerço atividade na minha área de formação, mas minha função não é específica da área ( ) exerço atividade em área próxima à da minha formação profissional ( ) a atividade que exerço não pertence à minha área de formação ( ) não sabe

12. Tendo em vista o dinamismo do conhecimento você se sente capacitado para se adequar a novos temas e abordagens de sua área de formação? ( ) estou plenamente capacitado para acompanhar essa evolução. ( ) estou capacitado, mas defasado ( ) não estou capacitado para acompanhar essa evolução. ( ) não sabe

13. Tendo em vista as inovações tecnológicas, você se considera capacitado para a utilização de novas ferramentas e processos? ( ) estou plenamente capacitado ( ) estou capacitado, mas preciso de mais informações a respeito ( ) não estou capacitado ( ) não sabe

14. Considerando sua área de formação e de acordo com a sua opinião, responda: a) quais as habilidades seriam esperadas do profissional da área? b) quais as demandas o profissional deveria estar capacitado para responder? c) quais as funções o profissional poderia exercer no mercado de trabalho?

15. Considerando sua formação na Graduação da PUC Minas, responda: a) em que aspectos a formação recebida contribuiu para o desenvolvimento do seu potencial como profissional? b) em que aspectos a formação recebida contribuiu para o desenvolvimento do seu potencial como cidadão?

PUC Minas, PROGRAD, 03 julho de 2002

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6.14. Anexo 14 –– Egressos – Relatório Analítico – Junho 2006 – Anexo 3

COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS

POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM EGRESSOS

Em consonância com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior –

SINAES, no que se refere à políticas de atendimento aos estudantes e mais

especificamente a Egressos, a Universidade propõe que sejam estabelecidas políticas e

estratégias de relacionamento e acompanhamento de Egressos. Considera-se de

fundamental importância que a instituição formadora conheça o percurso e respectiva

inserção profissional daqueles que nela – a Instituição - formaram-se.

Poder conhecer de perto a trajetória profissional do egresso é uma das formas de

avaliação da própria instituição formadora, de avaliar a qualidade dos cursos que oferece,

além de poder estreitar e estabelecer vínculos com o egresso mediante programas de

pesquisa, ensino e extensão, seminários temáticos, participação em projetos pedagógicos

na vida acadêmica da Instituição.

Objetivos

A Política de Acompanhamento e Avaliação de Egressos pretende:

1. Propor condições para o funcionamento de canal de interlocução permanente entre a

comunidade de egressos e a Universidade;

2. Criar instrumentos para coleta de informações acadêmicas junto aos alunos

formados nos cursos da Universidade a fim de aprimorar e avaliar os projetos

político-pedagógicos dos diversos cursos e unidades da Instituição;

3. Propor às Coordenações dos cursos a elaboração e utilização de cadastro de

egressos da Universidade de modo a favorecer o relacionamento entre a Instituição

e os egressos, utilizando-se de sistemas de informação para respectiva manutenção

e atualização;

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4. Estabelecer estratégias de ação para identificação de oportunidades de inserção do

profissional egresso da Instituição no mundo do trabalho.

5. Propor linhas de desenvolvimento de estudos e pesquisas acerca das diversas áreas

de conhecimento e atuação do profissional egresso da Instituição.

Procedimentos e Estratégias

A implantação da Política de Acompanhamento de Egressos implica em:

1. Criar cadastro de egressos mediante preenchimento de formulário eletrônico

e/ ou outros instrumentos de coleta de dados, elaborados em conjunto com as

Coordenações de Curso e Associação de Ex-Alunos da PUC Minas.

2. .Implementar canal de interlocução institucional na Universidade mediante

criação de setor para Acompanhamento e Relacionamento com os egressos

dos cursos da PUC Minas.

3. Propiciar condições de criação de fóruns descentralizados pelas unidades

acadêmicas para relacionamento com os egressos, tais como comissões

especiais de egressos, comitês de egressos, conselhos de egresso etc.

4. Institucionalizar as Comissões de Formatura de modo que sejam mediadoras

do relacionamento entre graduandos e egressos.

5. Estabelecer linhas de fomento à pesquisa e extensão direcionadas ao à

atuação profissional dos egressos da Instituição.

6. Criar condições de estabelecer convênios ou outras formas de parcerias no

âmbito profissional visando oportunizar estágios, programas trainees,

inserção profissional .

7. Criar site institucional do Programa de Relacionamento de Egressos no

Portal da PUC Minas e também outras formas de comunicação em que

sejam veiculadas notícias, matérias referentes a eventos de natureza

científico-cultural de interesse profissional dos egressos em suas diversas

áreas.

Institucionalização

A Política de Relacionamento com os Egressos deve ser institucionalizada a partir de:

1. Instituição de Comissão de Relacionamento com Egressos junto ao Propav,

para fins de proposição, validação e avaliação de ações institucionais

relativas à egressos;

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2. Proposta de elaboração de Plano de Ação anual de cada curso e/ou unidade

da Instituição para Relacionamento com Egressos, fundamentado em seus

respectivos projetos pedagógicos;

3. Indicação de professor representante de cada curso de graduação para

assumir - no âmbito interno da Instituição - e junto à Comissão de

Relacionamento a Política de Relacionamento com egresso.

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6.15. Anexo 15 –– Questionário – Egressos

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