Relatorio estagio 2

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA ESCOLA TÉCNICA TUPY CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES RELATÓRIO DE ESTÁGIO – 350 HORAS FINAIS Pablo Diogo Gadotti – n.º 46 TE-240

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Relatório de Estágio IPablo Diogo GadottiTécnico em Telecomunicações Dez/2001Arquivo DOC

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA

ESCOLA TÉCNICA TUPY

CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO – 350 HORAS FINAIS

Pablo Diogo Gadotti – n.º 46

TE-240

JOINVILLE

JUN/02

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IDENTIFICAÇÃO

Nome: Pablo Diogo Gadotti

Endereço Completo: Rua General Câmara, 99 – Bairro Bom Retiro

Relatório de Estágio Duração: 700 horas

Período: 02/07/01 a 01/11/01

________________________

Pablo Diogo Gadotti

Empresa: ExpertLAN – Consultoria, Comércio e Serviços de Informática Ltda.

Endereço Completo: Rua Blumenau, 1290/sl. 04 – Bairro América

Responsável pelo Estágio: Adriano Rodrigues Fraga

Cargo: Diretor

Setor: Técnico/Administrativo

________________________

Adriano Rodrigues Fraga

Diretor

Page 3: Relatorio estagio 2

SUMÁRIO

RESUMO .......................................................................................................................... 05

INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 06

1. ESTRUTURA ADOTADA PARA REDES LOCAIS .............................................. 07

1.1. INFRA-ESTUTURA .................................................................................................. 07

1.1.1. Entrada ..................................................................................................................... 08

1.1.2. Sala de Equipamentos .............................................................................................. 09

1.1.3. Subsistema de Cabeamento Vertical ou Backbone ................................................. 10

1.1.4. Armário de Telecomunicações ................................................................................ 12

1.1.5. Subsistema de Cabeamento Horizontal ................................................................... 14

1.1.6. Área de Trabalho ..................................................................................................... 15

1.1.7. Separações entre Redes de Telecomunicações e de Energia ................................... 15

1.1.8. Proteção contra Incêndio ......................................................................................... 16

1.2. EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÕES .............................................................. 17

1.2.1. Hub .......................................................................................................................... 17

1.2.2. Switch ...................................................................................................................... 18

1.2.3. Bridge ...................................................................................................................... 18

1.2.4. Repetidores .............................................................................................................. 18

1.2.5. Modem ..................................................................................................................... 19

1.2.6. Roteador .................................................................................................................. 19

1.3. DOCUMENTAÇÃO DA INSTALAÇÃO ................................................................. 20

1.3.1. Descrição Funcional da Rede Lógica ...................................................................... 21

1.3.2. Documentação da Instalação Física da Rede (AS-BUILT) ..................................... 21

1.3.3. Termo de Garantia ................................................................................................... 22

2. TRABALHO DESENVOLVIDO – 350 HORAS FINAIS ....................................... 23

2.1. COMO FUNCIONA .................................................................................................. 23

2.1.1. Recebendo o Relatório de Execução ....................................................................... 23

2.1.2. Adicionando os dados do relatório ao Resumo das Notas Fiscais .......................... 24

2.2. PROPOSTAS TÉCNICAS/COMERCIAS ................................................................ 26

2.2.1. Visita de um Técnico ............................................................................................... 26

2.2.2. Repassando as Anotações ........................................................................................ 27

2.3. DIAGRAMAS DAS TOPOLOGIAS DE REDES ..................................................... 27

3. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 29

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 30

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RESUMO

Este relatório abordará o restando dos assuntos da qual a ExpertLAN exerce, e também

as atividades desenvolvidas nas 350 horas finais do estágio.

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INTRODUÇÃO

O trabalho apresentará os assuntos restantes que a empresa trabalha, sendo mais voltada

para parte teórica, ou seja, para área de escritório.

O histórico e as ferramentas utilizadas nessas últimas horas não serão descritos, pois

estes já foram citados no primeiro relatório e matérias para estas horas finais nada mais foi do

que o uso contínuo do computador.

A revisão da literatura praticamente abordará assuntos voltados para projetos de

cabeamento estruturado, infra-estrutura, tecnologias e projetos.

Este relatório inicia-se com o conceito de projetos para cabeamento estruturado e, desta

vez, indo direto para a parte do trabalho desenvolvido.

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1. ESTRUTURA ADOTADA PARA REDES LOCAIS

No projeto de um ambiente de rede local, a associação dos diversos dispositivos

eletrônicos e a elaboração do projeto físico compreendem a consideração de diversos aspectos

importantes de distâncias, escolha do meio, definição de infra-estrutura de dutos, desempenho

do sistema, localização das estações etc., que possuem influência direta no custo final da rede

a ser implantada. Dessa forma, todas as definições e recomendações deste documento devem

ser criteriosamente avaliadas, e implantadas por profissionais com conhecimentos específicos.

1.1. INFRA-ESTRUTURA

Ainda hoje é comum edifícios serem concebidos com modernas tecnologias de

arquitetura, de aparência marcante, mas sem uma infra-estrutura de percursos e espaços

necessária para fazer que eles sejam funcionais e muito menos inteligentes. Dentre todas as

propostas, o ponto mais importante, na utilização de cabeamento estruturado, é o

dimensionamento dos espaços e percursos destinados ao seu uso. A infra-estrutura de

telecomunicações sempre deve ser concebida juntamente com o projeto arquitetônico,

realizando a alocação dos espaços de maneira eficiente e adequada. Na maioria casos os

edifícios convivem com eternas deficiências em seu funcionamento devido a falta de

preocupação dos profissionais da construção civil com os sistemas de telecomunicações.

Todos os edifícios são projetados levando-se em consideração o seu custo inicial e por este

motivo não incluem na sua composição sistemas de automação, de um modo geral todos eles

são projetados cometendo o erro de não prever a eminente instalação futura destes sistemas.

Um edifício moderno e funcional não precisa ser automatizado desde o início de seu

funcionamento, mas ele deve obrigatoriamente ter sido projetado com toda a infra-estrutura de

espaços de maneira a permitir que todo e qualquer sistema de telecomunicações seja

implantado no seu interior de maneira adequada.

Portanto, independente dos sistemas que serão implantados desde a sua inauguração, o

dimensionamento dos espaços e percursos da infra-estrutura de telecomunicações deverá ser

feito de maneira abrangente, com soluções dinâmicas e não específicas.

A partir de uma infra-estrutura passiva, pode-se introduzir equipamentos ativos com

finalidades diversas. A automação predial, considerando um futuro de ampliações e

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modificações de sistemas, protocolos e equipamentos, deve estar baseada em um meio físico

independente e que permita o crescimento.

Nas tomadas de saída, ou áreas de trabalho, podem ser conectados os sensores,

atuadores, telefones, computadores, câmeras, monitores, etc. Os equipamentos de rede,

controle e monitoração, podem ficar alojados nas salas (armários) de telecomunicações,

montando um sistema no pavimento, ou na sala de equipamentos, centralizando o sistema de

todo o edifício.

A seguir serão apresentados os parâmetros para dimensionamento de cada subsistema

da infra-estrutura conforme o conceito de cabeamento estruturado, descrito no relatório das

350 horas iniciais.

1.1.1. Entrada

Em termos de espaços necessários a norma EIA/TIA 569A determina áreas mínimas

alocadas em parede ou em sala, destinadas para fixar e permitir fácil manutenção aos sistemas

ali localizados, como por exemplo, equipamentos, blocos com protetores de surto das linhas

telefônicas, bloqueadores ópticos, caixas de terminação do sistema de backbone de campus,

de antenas externas, etc. A Tabela 1 abaixo determina o espaço em parede (com 2,5 m de

altura) para montagem das terminações e equipamentos de entrada numa área aberta. A

Tabela 2 determina as dimensões mínimas da sala para montagem das terminações de entrada

e equipamentos sobre gabinetes em local fechado. A decisão do uso de uma sala ou área

aberta deve ser baseada nos critérios de segurança, quantidade, tipo de terminações e

equipamentos, dimensões do edifício e localização dentro do mesmo. Para edifícios com áreas

maiores que 2.000m² uma sala fechada é mais adequada.

Área de trabalho (m²) Comprimento da parede (m)

500 0,99

1.000 0,99

2.000 1,06

4.000 1,725

5.000 2,295

6.000 2,40

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8.000 3,015

10.000 3,63

Tabela 1 – Espaço mínimo em parede de uma área aberta.

Área geral (m²) Dimensões da sala (m)

7.000 3,66 x 1,93

10.000 3,66 x 1,93

20.000 3,66 x 2,75

40.000 3,66 x 3,97

50.000 3,66 x 4,77

60.000 3,66 x 5,59

80.000 3,66 x 6,81

100.000 3,66 x 8,44

Tabela 2 – Dimensões mínimas para a sala de entrada.

1.1.2. Sala de Equipamentos

A sala de equipamentos deverá ter área mínima de 14 m², sendo localizada

estrategicamente dentro do edifício, prevendo as conexões com todas as salas de

telecomunicações dos andares e com as entradas, além do acesso das pessoas de

gerenciamento e manutenção. A Sala de Equipamentos deverá ser dimensionada em função

do número de estações de trabalho previstas, conforme tabela EIA/TIA 569A abaixo:

Áreas de trabalho Área da sala de equipamentos (m²)

Até 100 14

De 102 a 400 37

De 401 a 800 74

De 801 a 1200 111

Tabela 3 – Área da sala de equipamentos.

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1.1.3. Subsistema de Cabeamento Vertical ou Backbone

São compostos por dutos, conexões, fendas e bandejas. Como os percursos verticais

realizam conexões entre andares, deve-se ter uma preocupação muito grande com o bloqueio

de propagação de chamas nestas interligações. Como a EIA/TIA 569A determina o uso de

uma sala de telecomunicações por andar e elas normalmente ficam uma sobre as outras, basta

efetuar aberturas nas lajes entre os pavimentos e o cabeamento vertical estará montado. A

EIA/TIA 569A detalha como devem ser feitas aberturas, propondo duas soluções, a utilização

de dutos de passagem (sleeves) ou aberturas (slots), conforme mostram as figuras a seguir:

Figura 1 – Duto de passagem (sleeve)

Figura 2 – Abertura de passagem (slot)

Para os dutos de passagem (sleeves) a norma determina a instalação de no mínimo dois

dutos de 100 mm (4 “) de reserva, além daqueles previamente ocupados”. Para a interligação

das salas de telecomunicações dentro do mesmo pavimento deve ser previsto no mínimo um

eletroduto de diâmetro 3 ". Para efetuar o dimensionamento dos eletrodutos para backbone de

um modo geral, de uso interno ou externo, a EIA/TIA 569A apresenta a Tabela 4 colocada a

seguir, onde utiliza-se taxas de ocupação diferenciadas de acordo com o número de

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condutores instalados. Na Tabela 4 está determinado também os raios de curvatura adequados

para cada eletroduto.

Eletroduto

Área do eletroduto Raio mínimo de

curvaturaÁrea =

0,79 D²

Máxima ocupação recomendada

A B C D E

Tam.

de

merc.

(pol.)

Diâmetro

interno

Total

100 %

1 Cabo

100 %

2 Cabos

31 %

3 Cabos e

acima

40 %

10 x

diâmetro

int. duto

6x

diâmetro

int. duto

mm pol. mm² pol. ² mm² pol.² mm² pol.² mm² pol.² mm pol. mm pol.

¾ 20,9 0,82 345 0,53 183 0,28 107 0,16 138 0,21 210 8 130 5

1 26,6 1,05 559 0,87 296 0,46 173 0,27 224 0,35 270 11 160 6

1 ¼ 35,1 1,38 973 1,51 516 0,8 302 0,47 389 0,6 350 14 210 8

1 ½ 40,9 1,61 1.322 2,05 701 1,09 410 0,64 529 0,82 410 16 250 10

2 52,5 2,07 2.177 3,39 1.154 1,80 675 1.05 871 1,36 530 21 320 12

2 ½ 62,7 2,47 3.106 4,82 1.146 2,56 963 1,49 1.242 1,93 630 25 - -

3 77,9 3,07 4.794 7,45 2.541 3,95 1.486 2,31 1.918 2,98 780 31 - -

3 ½ 90,1 3,55 6.413 9,96 3.399 5,28 1.988 3,09 2.565 3,98 900 36 - -

4 102,3 4,03 8.268 12,83 4.382 6,80 2.563 3,98 3.307 5,13 1.020 40 - -

5 128,2 5,05 12.984 20,15 6.882 10,68 4.025 6,25 5.194 8,06 1.280 50 - -

6 154,1 6,07 18.760 29,11 9.943 15,43 5.816 9,02 7.504 11,64 1.540 60 - -

Tabela 4 – Dimensionamento dos eletrodutos para backbone.

Como exemplo mostra-se abaixo um corte vertical esquemático de um edifício típico,

representando a infra-estrutura para backbone mínima necessária:

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Figura 3 – Cabeamento vertical ou backbone típico.

1.1.4. Armário de Telecomunicações

A norma EIA/TIA 569A determina que seja previsto no mínimo uma sala de

telecomunicações por andar de um edifício. Devem ser previstas salas adicionais sempre que

a área atendida no andar for superior a 1.000 m² e quando a distância para o cabeamento

horizontal for superior a 90 m. A figura a seguir demonstra um exemplo de alocação dos

armários de telecomunicações dentro de um pavimento:

Figura 4 – Salas de telecomunicações em um pavimento típico.

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Em função da área atendida e considerando a relação de 1 estação para cada 10 m² a

EIA/TIA 569A determina as seguintes dimensões mínimas para a sala ou armário de

telecomunicações:

Área atendida (m²) Dimensões da sala (m)

1.000 3,0 x 3,0

800 3,0 x 2,8

500 3,0 x 2,2

Tabela 5 - Dimensões da sala de telecomunicações.

Como exemplo de utilização da área mínima exigida a norma sugere lay-out para a sala

de telecomunicações apresentado na Figura 5.

Para pequenos edifícios a norma EIA/TIA 569A apresenta um anexo informático no

qual sugere alternativas para os armários de telecomunicações. Para atender áreas menores

que 100 m² sugere o uso de gabinetes ou racks e para atender áreas de até 500 m² apresenta a

alternativa de armários com dimensões de 2.600 mm por 600 mm e de profundidade conforme

Figura 6. Estes casos deverão ser bem analisados, principalmente quando houver a intenção

de atender sistemas de automação predial.

Figura 5 – Lay-out da sala de telecomunicações.

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Figura 6 – Armário de telecomunicações alternativo.

1.1.5. Subsistema de Cabeamento Horizontal

A EIA/TIA 569A relata diversas técnicas de instalação efetuadas no piso, parede, teto,

forro e piso elevado, considerando o uso de eletrodutos, eletrocalhas, leitos, rodapés e espaços

vazios. Para cada uma delas são especificadas diretrizes e procedimentos específicos. Como

orientações gerais destacam-se as seguintes:

- Não se recomenda a utilização de eletrodutos flexíveis metálicos, devido aos

problemas de abrasão nos cabos;

- Considera o uso de eletrodutos, principalmente embutidos, pouco flexíveis;

- Determina que sempre devem ser instaladas caixas de passagem para evitar lances

de eletrodutos maiores que 30 m e trechos com mais de 2 curvas de 90. Aconselha-

se utilizar lances de no máximo 20 m e evitar ao máximo a segunda curva

consecutiva;

- O raio interno das curvas deve ter no mínimo 6 vezes o valor do diâmetro interno

do eletroduto; quando o eletrodutos for maior que 2 " (50 mm) a relação deverá ser

de 10 vezes. Para a instalação de cabos de fibras ópticas a relação deverá ser

sempre 10 vezes.

Como parâmetro de dimensionamento a tabela abaixo apresenta valores retirados da

norma EIA/TIA 569A, com capacidade de ocupação dos eletrodutos conforme o diâmetro dos

cabos utilizados. Como regra geral, para seções circulares ou quadradas, a nossa experiência

determina usar uma taxa de ocupação máxima de 40 % para lances retos, reduzindo-a de

acordo com o comprimento e inclusão de curvas no trecho em questão:

Diâmetro do cabo (mm)

Diâmetro do duto (pol.) 3,3 4,6 5,6 6,1 7,4 7,9 9,4 13,5 15,8 17,8

½ 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0

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¾ 6 5 4 3 2 2 1 0 0 0

1 8 8 7 6 3 3 2 1 0 0

1 ¼ 16 14 12 10 6 4 3 1 1 1

1 ½ 20 18 16 15 7 6 4 2 1 1

2 30 26 22 20 14 12 7 4 3 2

2 ½ 45 40 36 30 17 14 12 6 3 3

3 70 60 50 40 20 20 17 7 6 6

3 ½ - - - - - - 22 12 7 6

4 - - - - - - 30 14 12 7

Tabela 6 – Ocupação dos eletrodutos no cabeamento horizontal.

1.1.6. Área de Trabalho

Espaço interno de um edifício onde possa haver dispositivos de telecomunicações, a

EIA/TIA 569A estabelece um parâmetro de alocação das estações de trabalho de no mínimo 1

para cada 10 m² de área. Na prática verifica-se que para edifícios com sistemas de automação

esta densidade pode chegar a 1 estação para cada 4 m². Este parâmetro é muito importante

para checar se o número de pontos previstos em projeto é adequado para permitir um bom

funcionamento de todos os sistemas. Este parâmetro também pode ser utilizado para efetuar o

dimensionamento dos outros subsistemas de cabeamento estruturado, principalmente quando

se deseja projetar os espaços adequados dentro da arquitetura sem possuir o projeto de

cabeamento estruturado desenvolvido.

Deve-se destacar que para efetuar uma integração de todos os sistemas dentro do

cabeamento estruturado deverá ser prevista estação de trabalho localizada no teto, junto às

janelas, portas, etc com intuito de atender sensores, acionadores, câmeras e diversos outros

elementos.

1.1.7. Separações entre Redes de Telecomunicações e de Energia

A norma EIA/TIA 569A retirou dos seus anais, quando da sua revisão publicada em

fevereiro de 1998, uma tabela na qual ela sugeria separações mínimas entre redes de

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telecomunicações e de energia de acordo com a potência do circuito e da presença ou não de

materiais metálicos na infra-estrutura. Hoje, para o cabeamento horizontal e circuitos de

energia até 240 V - 20 A, ela determina uma separação mínima entre as duas redes, bastando

que elas não compartilhem a mesma infra-estrutura. Recomenda também separações maiores,

uso de blindagens e uso de protetores contra transientes quando da existência de outras fontes

de campos eletromagnéticos (grandes motores, transformadores, reatores, fontes de RF,

geradores de arcos, etc).

Nos dias atuais com a utilização dos cabos de pares trançados, que possuem uma

imunidade à interferência eletromagnética devido ao trancamento, e utilização dos cabos de

fibras ópticas, totalmente imunes, a segurança contra interferência está bastante elevada.

Porém devido à necessidade de bandas largas para a transmissão e impossibilidade de

dominar as tecnologias futuras o critério de compatibilidade eletromagnética sempre deve ser

considerado quando da alocação dos espaços de ambas as redes, principalmente nos percursos

verticais e dentro de um edifício comercial onde a faixa de valores de freqüência de atenuação

dos diversos sistemas e telecomunicações é bastante diversificada.

1.1.8. Proteção contra Incêndio

A norma EIA/TIA 569A obriga a utilização de bloqueadores de chama em todas as

aberturas existentes entre dois pavimentos: na realidade brasileira, dentro da construção civil

atual, esta é uma preocupação com pouca evidência, técnicas de bloqueio de chamas nas

aberturas destinadas a passagem de cabos entre pavimentos são muito pouco utilizadas. Como

não existe uma cobrança real destes procedimentos dentro das instalações de rede, eles pouco

ocorrem na prática. Espera-se que na norma brasileira para de rede de cabeamento estruturado

estes procedimentos estejam bem definidos de maneira a torna-los usuais na prática. Abaixo

dois exemplos de instalação de bloqueio de chamas existentes na EIA/TIA 569A:

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Figura 7 – Bloqueador de chamas com eletroduto.

Figura 8 – Bloqueador de chamas com cabos.

1.2. EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO

1.2.1. Hub

São equipamentos usados para conferir uma maior flexibilidade a LAN’s Ethernet e são

utilizados para conectar os equipamentos que compõem a LAN. O hub é basicamente um pólo

concentrador de fiação, e cada equipamento conectado a ele fica num segmento próprio.

Por isso, isoladamente um hub não pode ser considerado um equipamento de

interconexão de redes, ao menos que tenha sua função associada a outros equipamentos, como

repetidores.

Figura 9 – Computadores ligados a um hub.

Page 18: Relatorio estagio 2

Quando acontece de ocorrer muitas colisões, o hub permite isolar automaticamente

qualquer porta (autopartição do segmento). Quando a transmissão do primeiro pacote é

satisfatória, o hub faz uma reconfiguração automática do segmento.

1.2.2. Switch

O switch é uma evolução do hub, com funções de pontes e roteadores e hardware

especial que lhe confere baixo custo e alta eficiência. Ele possui barramentos internos

comutáveis que permitem chavear backbones, tornando-o temporariamente dedicado a dois

nós que pode assim usufruir toda capacidade do meio físico existente.

Este equipamento tornou-se necessário devido as demandas por maiores taxas de

transmissão e melhor utilização dos meios físicos, aliadas a evolução contínua eletrônica.

Tudo isso forçou uma alteração dos hubs.

O switch permite o backbone colapsado, arquitetura que nos dias de hoje se encontram

em evidência. Essas características fazem dele, atualmente, a resposta tecnológica mais

procurada para resolver às crescentes demandas das aplicações em redes.

1.2.3. Bridge

As bridges ou pontes são equipamentos que possuem a capacidade de segmentar uma

rede local em várias sub-redes, e com isso conseguem diminuir o fluxo de dado. Desta forma

quando uma estação envia um sinal, apenas as estações que estão em seu segmento a recebem,

e somente quando o destino está fora que é permitida a passagem do sinal. Os bridges também

podem converter padrões, como por exemplo, de Ethernet para Token-Ring.

Assim como os repetidores, as bridges transferem quadros entre meios diferentes e, da

mesma maneira, esse procedimento é invisível para os usuários. Elas se diferem dos

repetidores porque manipulam pacotes ao invés de sinais elétricos. A vantagem sobre os

repetidores é que as bridges não retransmitem ruídos, erros, e por isso não retransmitem

frames mal formados.

1.2.4. Repetidores

Também chamado de “repeaters”, estes equipamentos recebem, amplificam e

retransmitem sinais nas duas direções. Ele amplifica o sinal recebido de um segmento de rede

Page 19: Relatorio estagio 2

e repete esse mesmo sinal no outro segmento. Um sistema pode conter vários slots de cabos e

repetidores, mas dois transceptores não podem estar a mais de 2,5 Km de distância, e nenhum

caminho entre eles pode atravessar mais de quatro repetidores.

1.2.5. Modem

O Modem é um dispositivo conversor de sinais que faz a comunicação entre

computadores através de uma linha telefônica. Seu nome é a contração das palavras

MOdulador e DEModulador, pois essas são suas principais funções.

A conexão entre dois modens é representada na figura abaixo:

 

    Figura 10 – Conexão via modem.

 

O Modem executa uma transformação, por modulação (modem analógico) ou por

codificação (modem digital), dos sinais emitidos pelo computador, gerando sinais analógicos

adequados à transmissão sobre uma linha telefônica. No destino, um equipamento igual a este

demodula (modem analógico) ou decodifica (modem digital) a informação, entregando o sinal

digital restaurado ao equipamento terminal a ele associado.

1.2.1. Roteador

Roteador é o equipamento responsável pela interligação das redes LAN entre si e redes

remotas em tempo integral.

Em outras palavras, permite que uma máquina de uma dada rede LAN comunique-se

com máquinas de outra rede LAN remota, como se as redes fossem uma só. Para isso, ele usa

protocolos de comunicação padrão como TCP/IP, SPX/IPX, Appletalk, etc.

Page 20: Relatorio estagio 2

Figura 11 – Interligação de duas redes LAN.

O roteador tem como função decidir por qual caminho um pacote de dados recebido

deve seguir. Devido às sua habilidade sofisticada de gerenciamento de redes, os roteadores

podem ser utilizados para conectar rede que utilizam protocolos diferentes (de Ethernet para

Token-Ring, por exemplo). Como o roteador examina o pacote de dados inteiro, os erros não

são passados para a LAN seguinte.

Os programas dos roteadores lêem informações complexas de endereçamento e tomam

decisões sobre como encaminhar os dados através dos diversos links que interligam as redes,

podendo incluir mais informações para que o pacote seja enviado através da rede.

Os roteadores, assim como elementos que atuam na subrede, estabelecem toda a melhor

interconexões entre elementos de redes complexas. Eles podem selecionar caminhos

redundantes entre segmentos de rede local e podem conectar redes locais usando esquemas de

composição de pacotes e de acesso aos meios físicos completamente diferentes. No entanto,

por causa de sua complexidade e funcionalidade, um roteador é mais lento que uma bridge.

Ele lê as informações contidas em cada pacotes, utiliza procedimentos de endereçamento de

rede para determinar o destino adequado e então recompõe os dados em pacotes e os

retransmite.

1.3. DOCUMENTAÇÃO DA INSTALAÇÃO

É obrigatório documentar todos os pontos de rede. Esta documentação será necessária

para a manutenção, expansões ou reformas. A apresentação das mesmas deve ser em um

caderno no formato A4. Nesse documento deve constar:

- Descrição funcional da rede lógica;

Page 21: Relatorio estagio 2

- Documentação da instalação física da rede (AS-BUILT);

- Termo de garantia.

1.3.1. Descrição Funcional da Rede Lógica

Deverá ser fornecido pelo executor da rede um documento contendo:

- Descrição da rede indicando os padrões técnicos adotados, número total de pontos

de telecomunicações instalados e números de pontos ativos;

- Diagrama esquemático da rede com símbolos gráficos dos componentes ativos, sua

interligação e interoperabilidade, a partir do ponto de entrada da fibra óptica do

backbone, até as estações nas Áreas de Trabalho. No diagrama devem ser

identificadas as salas em que se encontram instalados os componentes ativos da

rede;

- Planejamento de capacidade e estratégicas para atualização ou upgrade da rede;

- Análise de redundância;

- Descrição dos equipamentos ativos;

- Legenda dos equipamentos e cabeamento, quando necessário.

1.3.2. Documentação da Instalação Física da Rede (AS-BUILT)

A documentação da rede física deverá constar de:

- Lista de equipamentos e materiais de rede empregados, com código do fabricante;

- Planta baixa de infra-estrutura, indicando as dimensões da tubulação;

- Planta baixa com o encaminhamento dos cabos, indicando o número de cabos UTP

e/ou fibra óptica por segmento da tubulação;

- Relatório dos testes da certificação de todos os pontos instalados;

- Relatório de testes dos segmentos de fibra óptica;

- Lay-out dos Armários de Telecomunicações;

- Mapa de interconexão dos componentes ativos e passivos, isto é, lista de todas as

tomadas RJ-45 de cada painel de conexão e das portas dos equipamentos;

- Código de fabricante ou diagrama de pinagem para cabos ou dispositivos especiais

(exemplo cabo em “Y”).

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A planta baixa do prédio com o projeto de instalação deverá obedecer às seguintes

convenções:

- Layer 0: edificação e arquitetura com legenda, contendo escala do desenho, nome

da Unidade, nome do prédio, pavimento, nome do projetista e data de execução;

- Layer 1: tubulação existente e a construir;

- Layer 2: cabos UTP;

- Layer 3: cabos ópticos;

- Layer 4: componentes ativos, como roteadores, switchs, hubs, microcomputadores,

estações de trabalho;

- Layer 5: componentes passivos, como painéis, racks e pontos de telecomunicações;

- Layer 6: identificação de salas e observações;

- Layer 7: móveis ou outros objetos.

1.3.3. Termo de Garantia

O termo de garantia emitido ao final da obra, pelo prestador de serviço, deverá

descrever claramente os limites e a duração da garantia para cada componente do sistema

instalado. Mesmo que o prestador de serviço tenha contratado outros empreiteiros, a garantia

final será dada e mantida pelo contratante. Os requisitos mínimos obrigatórios para cada

componente são:

- Equipamentos: 3 ano após a instalação;

- Cabos e componentes de cabling: 5 anos contra defeitos de fabricação;

- Infra-Estrutura: 3 anos contra ferrugem e resistência mecânica;

- Funcionalidade e desempenho: 5 anos;

- Declaração de desempenho assegurado para as aplicações às quais a rede física foi

proposta, as possíveis restrições para outras aplicações ou para as aplicações

introduzidas no futuro pelos principais organismos internacionais (IEE, TIA/EIA,

ISSO/IEC, ATM Fórum, etc.).

Durante o primeiro mês após a conclusão efetiva da instalação, o prestador de serviço

deverá atender às correções e pequenos ajustes necessários, no prazo máximo de 3 dias úteis.

Page 23: Relatorio estagio 2

2. TRABALHO DESENVOLVIDO – 350 HORAS FINAIS

Nas 350 horas restantes do estágio foi desenvolvido um trabalho em escritório, onde

estava mais ligada às partes comerciais da empresa.

Além de receber os relatórios de serviços executados da Embraco S/A, também fazia

orçamento de produtos e criava propostas técnicas/comerciais para diversas empresas

interessadas em serviços de cabling da ExpertLAN.

2.1. COMO FUNCIONA

Quase diariamente são recebidos os relatórios dos serviços feitos na Embraco e estes

deverão ser checados e lançados para posteriores cobranças. Essa empresa, como contratante

da ExpertLAN, faz certas exigências para que o pagamento pelos serviços sejam efetuados.

2.1.1. Recebendo o Relatório de Execução

Por e-mail são recebidos os relatórios.

Figura 12 – Relatórios recebidos por e-mail.

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Cada relatório deve ser analisado para ter a certeza de que nenhum erro, por exemplo,

na soma dos preços dos serviços, aconteça e gere futuros problemas com a empresa

contratante. Algumas vezes é preciso entrar em contato com os funcionários da ExpertLAN

para tirar dúvidas e poder ter certeza de que o relatório está pronto para ser impresso e, mais

tarde, unido com os outros serviços da quinzena.

Figura 13 – Relatório analisado, impresso e incluso junto aos outros.

2.1.2. Adicionando os dados do relatório ao Resumo das Notas Fiscais

Como comentado anteriormente, a empresa faz certas exigências para efetuar os

pagamentos dos serviços quinzenais. Uma delas é o arquivo chamado Resumo das Notas

Fiscais.

No “Descritivo do Serviço” serão colocados os números do chamado (“O.S.”), bem

como a descrição de seu serviço (“Dados”), o “C.C.”, “Valor do Serviço”, “Retenção 11%” e

“Valor Líquido”.

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Figura 14 – Primeira parte do Resumo das Notas Fiscais: Descritivo do Serviço.

No “Descritivo do Material” serão colocados cada material utilizado em cada chamado,

além, claro, do nome do material, quantidade (“Quant.”), “Valor Unitário”, “Valor Total” e

“C.C.”. Aqui não se tem a retenção de 11% porque não é exigido quando a cobrança é de

material, apenas quando se trata de serviços.

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Figura 15 – Segunda parte do Resumo das Notas Fiscais: Descritivo do Material.

2.2. PROPOSTAS TÉCNICAS/COMERCIAS

Várias empresas requisitam orçamento para fazer em suas empresas. Mas para isto, elas

exigem um orçamento, uma proposta técnica/comercial, para, dessa maneira, terem uma base

do valor total que os materiais e serviços custarão.

2.2.1. Visita de um Técnico

Um técnico da ExpertLAN visita o local da obra para conhecer o local, analisar o nível

de trabalho que será executado, saber com o responsável como será feito o serviço e anotar a

quantidade de material que será usado.

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2.2.2. Repassando as Anotações

O técnico que visitou a obra repassa todas as suas anotações para o escritório, onde em

uma folha padronizada do orçamento, será brevemente explicado o tipo de serviço que será

feito, calculado o preço de cada serviço e de cada material, assim como observações de

descontos governamentais, etc.

(A figura para um exemplo de uma proposta técnica/comercial não pode ser fornecida).

2.3. DIAGRAMAS DAS TOPOLOGIAS DE REDES

A ExpertLAN também cria o diagrama da topologia de redes das empresas.

Diagramas da topologia de redes nada mais é que uma planta que ilustra onde cada

componente ativo e passivo da rede descreve a marca e a capacidade de cada um, onde estes

serão conectados, componentes passivos que farão as conexões entre eles, etc. Resumindo, é o

desenho de como ficará a rede.

Abaixo duas ilustrações de diagramas de topologias de redes feitas para a Wetzel S/A:

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Figura 16 – Diagramas das topologias de redes.

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3. CONCLUSÃO

Concluiu-se nesse segundo relatório que o projeto é fundamental para que a instalação

ocorra perfeitamente e, desse modo, tudo esteja dentro de normas, garantindo qualidade no

serviço e satisfação ao cliente.

O projetista deve levar em conta todas as normas, não somente as que foram

apresentadas nesse trabalho, e segui-las com rigor para que nenhum imprevisto ocorra durante

as instalações na obra.

Terminando as horas obrigatórias do estágio, foi possível aprender muitas coisas a

respeito de redes, equipamentos, informática e, principalmente, adquirir experiência

profissional em uma empresa que proporciona motivação ao funcionário, como foi o caso da

ExpertLAN Systems & Networking.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http:/www.deltacable.com.br

http://www.usp.br/cce/Servicos/redeslocais/normas/indice.html

http://www.creare.com.br

http:/www.proenca.uel.br/curso-redes-graduacao/1999/trab-01/equipe-04/roteador.html