Relatório E3 - Gravimetria

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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF Laboratório de Química Analítica Determinação Gravimétrica de Chumbo por Precipitação em Solução Homogênea (PSH) João Ricardo Dutra Maximiano Kanda Ferraz Nylvana R. G. de Melo Campos dos Goytacazes 2011

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Relatório - Laboratório de Química Analítica.

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Laboratório de Química Analítica

Determinação Gravimétrica de Chumbo por Precipitação em Solução

Homogênea (PSH)

João Ricardo Dutra

Maximiano Kanda Ferraz

Nylvana R. G. de Melo

Campos dos Goytacazes 2011

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Sumário

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................3

2. OBJETIVOS.............................................................................................................4

3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS............................................................5

3.1 Materiais Necessários ............................................................................................. 5

3.2 Procedimentos ......................................................................................................... 6

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................9

5. CONCLUSÕES.......................................................................................................11

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 12

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1. INTRODUÇÃO

A química analítica trata da identificação ou quantificação de espécies ou elementos

químicos, e um dos principais métodos é o da gravimetria. A análise gravimétrica é um

método analítico quantitativo cujo processo envolve a separação e pesagem de um elemento

(ou um composto do elemento na forma mais pura possível).

O elemento é separado de uma quantidade conhecida da amostra analisada. A

gravimetria engloba uma variedade de técnicas, onde a maioria envolve a transformação do

elemento ou composto a ser determinado num composto puro e estável e de estequiometria

definida, cuja massa é utilizada para determinar a quantidade da amostra inicial. O peso do

elemento ou composto pode ser calculado a partir da formula química do composto e das

massas atômicas dos elementos que constituem o composto pesado. A substância utilizada é o

chumbo (Pb2+).

A separação do constituinte pode ser efetuada por meios diversos: precipitação

química, eletrodeposição, volatilização ou extração. A maneira utilizada neste experimento é

a de precipitação em solução homogênea (PSH) que utiliza reações cineticamente lentas, em

uma mistura homogênea, que produzem um aumento gradual na concentração do reagente

precipitante, facilitando o processo de filtração, sendo melhor que a precipitação

convencional.

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2. OBJETIVOS

O principal objetivo do experimento foi, utilizar a gravimetria para determinar a

quantidade de chumbo (Pb2+) na amostra inicial (em mg/l e mol/l), calculando

estequiometricamente o precipitado de chumbo retido no papel de filtro no final de todo o

processo. A análise detalhada e a indicação se o objetivo foi ou não alcançado está na seção

“Resultados e discussões”.

Também houve a ambientação com outros equipamentos e instrumentos do laboratório de

química analítica, como a bomba de vácuo (usada em conjunto com o kitassato) necessária no

processo de filtração da solução, e a chapa de aquecimento com agitação magnética, essencial

para o experimento.

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3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

3.1 Materiais Necessários

Individuais:

• 1 Béquer de 250 ml

• 1 Vidro de Relógio

• Papel de Filtro circular

• Funil de placa porosa (Funil de Buchner, lavado e seco em estufa)

• Bastão de vidro

• Chapa de Aquecimento com Agitação Magnética

• Barra magnética de agitação (“peixinho”)

Comum:

• Pipeta volumétrica de 25 ml

• Proveta de 10 ml

• Amostra de Pb++

• Solução de Nitrato de Crômio (III) 0,1 mol/l

• Solução de Bromato de Potássio 0,2 mol/l

• Pissete com água destilada

• Bomba de Vácuo

• Kitassato de 500 ml

• Balança Analítica

• Estufa

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3.2 Procedimentos

O primeiro passo feito no procedimento experimental foi averiguar se havia o material

necessário para prosseguir. Conferido o material, colocou-se no béquer de 250 ml, com a

pipeta volumétrica, 25,00 ml de solução de chumbo (Pb2+). Logo após, foi adicionado ao

béquer, com a proveta de 10 ml, 10,0 ml de solução a 0,1 mol/l de nitrato de crômio (III),

Cr(NO3)3, e 10,0 ml de solução a 0,2 mol/l de brometo de potássio, KBrO3. A mistura

resultante tem uma cor azulada.

Figura 1 – Alguns materiais utilizados

Com isso, é adicionado ao béquer a barra magnética de agitação (“peixinho”) e o

béquer colocado na chapa de aquecimento e agitação. Deixou-se o béquer com a mistura em

torno de 1 hora, se tornando alaranjada. De tempos em tempos, o béquer era retirado da chapa

e deixado em repouso (formando um precipitado alaranjado) sobre um fundo branco para

verificação da cor do líquido. Lavando o lado do béquer com a água destilada do pissete

quando necessário, para retirar um pouco de precipitado que ali ficou contida no processo de

aquecimento. O Béquer era recolocado na chapa até o líquido se tornar amarelo e límpido.

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Figura 2 – Ilustração da evolução da cor da mistura

A chapa de aquecimento utilizada, com o agitador magnético é um equipamento

indispensável em laboratórios químicos e tem como função agitar diversos tipos de soluções

durante o processo produtivo, sendo fundamental na trituração, homogeneização e mistura de

materiais. É composto por uma placa onde se coloca a solução e onde também se controla a

intensidade do aquecimento e da agitação pretendida. Este equipamento tem um imã integrado

ao motor que controla a velocidade da rotação, permitindo assim, uma agitação mais eficaz. O

imã atua na barra magnética de agitação, mais conhecida como “peixinho”, sendo este

essencial estar dentro da mistura.

Após certificação da digestão da mistura, foi colocado o papel de filtro com cuidado

no funil de Bucher, sem deixar de cobrir qualquer poro do funil. Com a preparação para a

filtração feita, ligou-se a bomba a vácuo (sem fazer vácuo), que estava conectada ao kitassato

de 500 ml, por meio de uma mangueira. Encaixou-se o funil no kitassato, fazendo pressão

sobre a borracha no encaixe entre eles, criando assim, vácuo.

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Logo após ter feito esse procedimento de preparação, finalmente se foi iniciada a

filtragem, com o papel de filtro previamente pesado, derramando cuidadosamente a solução

contida no béquer no funil, sem deixar cair o “peixinho”. Também foi lavando o béquer com

um pouco de água destilada do pissete, sendo novamente derramado no funil, para que todo o

precipitado seja filtrado.

Como todos os procedimentos foram seguidos a risca, o precipitado de chumbo ficou

retido no papel de filtro, e em seguida, colocado sobre o vidro de relógio (conforme ilustrado

pela figura 3) e levado a estufa a 110 ºC, durante 4 dias para secar, e pesado.

Figura 3 – Precipitado de Chumbo após a filtração

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Peso do papel de filtro inicial = 0,2509 g (Medido na Balança analítica)

A determinação de chumbo por precipitação dos íons chumbo (II) com íons cromato se dá

pela seguinte reação química:

Pb2+ + CrO42- ↔ PbCrO4 (s)

O reagente precipitante é gerado uniforme e lentamente na solução. Isto é feito em

solução ligeiramente ácida e quente, contendo íons Cr3+ e BrO3-, sendo o bromato de

potássio é o reagente oxidante que transforma os íons crômio III em cromato.

5Cr3+ + 3BrO3- + 11H2O ↔ 5HCrO4

- + 3/2 Br2 + 17H+

5HCrO4- ↔ 5H+ + 5CrO4

2-

Através da técnica de precipitação de solução homogênea (PSH) introduz-se íons

crômio (VI) na solução com uma velocidade menor do que aquela verificada por adição

direta de cromato e portanto há uma precipitação mais homogênea.

Para calcular a concentração de Pb2+ na amostra de 25ml de solução, primeiramente

obteve-se o peso do precipitado PbCrO4 igual a 0,2849g. Sabe-se que a massa atômica do

Pb é 207,2 g. Pode-se calcular qual a porcentagem de Pb existente na substância PbCrO4.

O peso do Pb representa 64% do peso da substância PbCrO4.

Como o peso do precipitado obtido na prática foi de 0.2849g, tirando 64% desse valor,

pode-se obter o peso do Pb como 0,182326g.

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A partir de agora, sabe-se que inicialmente tinha-se 25 ml de uma solução de Pb2+ e

0,182326g de Pb2+ nessa solução. Para fazer o cálculo da solução em mg/l e mol/l basta

converter as unidades e correlacionar esses valores.

Se em 0,025l de solução está presente 182,326mg de soluto, em 1l de solução estará

presente 7293,44mg de soluto, ou seja, 7293,44mg/l. Para obter essa concentração em

mol/l realiza-se uma correlação da massa atômica do Pb com a massa presente em um litro

de solução. Logo, 7293,44mg de Pb2+ corresponde a 0,0352 mol de Pb2+. Sendo que essa

quantidade está supostamente presente em um litro de solução, a concentração fica

0,0352mol/l ou aproximadamente 0,04mol/l..

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5. CONCLUSÕES

Vale observar que ao cortar o papel de filtro para colocar no funil, é preciso que este

fique na mesma medida que o funil, evitando o problema do precipitado passar fora do papel.

Para evitar o mesmo problema é importante que antes de filtrar a mistura, o papel de filtro

seja molhado com um pouco de água, assim o papel ficar aderido ao funil.

Nessa prática foi possível calcular a concentração do chumbo (Pb2+) em mol/l e mg/l

na solução, utilizando cálculos estequiométricos e o método da gravimetria. Como pode ser

visto objetivo da prática foi alcançado.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] DUARTE, Júlia, TOLEDO, Antônio César. Gravimetria. Pág. 4 a 17.

[2] Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Funil_de_B%C3%BCchner. Acesso em

24/07/2011.

[3] Disponível em: http://www.splabor.com.br/blog/agitadores/agitador-magnetico-%E2%80%93-entenda-seu-funcionamento/. Acesso em 24/07/2011.