Relatório de Projecto -...

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Instituto Politécnico de Coimbra Instituto Superior de Engenharia Projecto de Instalações Mecânicas para um Edifício com Lar de Idosos e Creche Maurício Teixeira Trabalho de Projecto para obtenção do Grau de Mestre em Equipamentos e Sistemas Mecânicos COIMBRA 2011

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Instituto Politécnico de Coimbra 

Instituto Superior de Engenharia 

Projecto de Instalações Mecânicas para um Edifício com Lar de Idosos e Creche

Maurício Teixeira 

 

 

 

Trabalho de Projecto para obtenção do Grau de Mestre em 

Equipamentos e Sistemas Mecânicos 

COIMBRA 

2011 

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Instituto Politécnico de Coimbra 

Instituto Superior de Engenharia 

Projecto de Instalações Mecânicas para um Edifício com Lar de Idosos e Creche

Orientador:

Eng.º Pedro António Q. F. Miraldo

Professor Adjunto, ISEC

Maurício Teixeira 

 

 

 

Trabalho de Projecto para obtenção do Grau de Mestre em 

Equipamentos e Sistemas Mecânicos 

COIMBRA 

2011 

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Queria aproveitar este espaço para prestar os meus agradecimentos a seis pessoas

em especial, que de forma directa ou indirecta foram fundamentais para a evolução do

presente trabalho, pois sem eles, provavelmente não haveria trabalho onde escrever esta

dedicatória. Em primeiro lugar queria agradecer à minha mãe, Dr.ª Teresa Teixeira

(Doutoramento Honoris Causa na educação do seu filho) por todo o apoio e dedicação

prestado não só ao longo do Mestrado, mas ao longo de todo o meu percurso de vida; segue-

se o Eng.º Filipe Marques, colega de curso que se disponibilizou a dar uma resposta e

ajuda a dúvidas que surgiram na elaboração do projecto; ao Eng.º Pedro Miraldo pela

disponibilidade prestada para a orientação do projecto e correcção de alguns despautérios

que fiz; ao meu grande amigo Marco Bucete, pelos incentivos quase diários para não

desistir; à mãe da minha filha, Anabela Cruz pelo trabalho que teve para eu poder ter

tempo para finalizar o trabalho; e por último, mas não menos importante, à futura Dr.ª

Susana Barroso pelas orientações de carácter pessoal que revelaram de extrema

importância, que se encontra a terminar a Mestrado em Psicologia no ISPA, e que pelo

excelente “trabalho” que fez comigo, não tenho duvidas que vai ser uma profissional.

A todos, os meus sinceros agradecimentos.

Acrescento ainda, um cantinho muito especial, à parte, para dedicar este trabalho

à minha filha, Beatriz Carolina, que nasceu no dia 3 de Dezembro de 2011 às 0h14m,

tendo sido esta, a minha maior motivação para finalizar o trabalho.

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Resumo

Pretende-se definir e dimensionar as soluções, equipamentos, materiais e trabalhos incluídos nas instalações de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), de modo a dotar o edifício de instalações que garantam adequadas condições de conforto para os utilizadores, controlando as temperaturas interiores em cada espaço e os requisitos da qualidade do ar interior (QAI) de acordo com o nº 2 do artigo 4º e o artigo 29º do Dec.-Lei nº 79/2006.

Palavras chave: Conforto, Eficiência, Racionalização, Consumo.

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Abstract

It is intended to define and project solutions, equipment, materials and works included in the facilities HVAC (Heating, Ventilating, and Air Conditioning) in order to provide the building of installations to ensure the adequate comfort conditions for users, controlling indoor temperatures in each space and the requirements indoor air quality (IAQ) in accordance with paragraph nº2 of Article 4 and Article 29 of Decree-Law No. 79/2006.

Keywords: Comfort, Efficiency, Rationalization, Consumption.

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Índice

Lista de Tabelas xi 

Nomenclatura xiii 

Introdução 15 

Objectivos 17 

I – AVAC 

1  Memória Descritiva e Justificativa 21 

1.1  Introdução 21 

1.2  Objectivos 22 

1.3  Caracterização Geral do Edifício 22 

1.4  Zoneamento Climático 23 

1.5  Descrição das Soluções e Sistemas Preconizados 23 

1.5.1  Produção de Água Aquecida/Refrigerada 23 

1.5.2  Produção de Água Quente Sanitária 25 

1.5.3  Redes Hidráulicas de Distribuição 27 

1.5.4  Redes de Circulação de Ar 28 

1.5.5  Unidades de Climatização Ambiente 28 

1.5.6  Ventilação 28 

1.5.7  Climatização 29 

1.6  Protecção Contra Incêndios 30 

1.7  Sistema de Comando e Controlo 31 

1.8  Parâmetros e Métodos de Cálculo 34 

1.9  Instalações Eléctricas 35 

1.10 Construção Civil 35 

1.11 Disposições Finais 35 

2  Condições Técnicas Especiais 38 

2.1  Introdução 38 

2.2  Produção de Energia Térmica 38 

2.2.1  Bomba de Calor Geotérmica 38 

2.2.2  Fonte Geotérmica 39 

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2.2.3  Depósitos de Inércia 39 

2.3  Electrobombas 40 

2.4  Redes Hidráulicas 41 

2.4.1  Tubagem em PVC 41 

2.4.2  Tubagem Multicamada 42 

2.4.3  Tubagem em Cobre 42 

2.4.4  Circuito de Distribuição de Água Aquecida e Refrigerada 42 

2.4.5  Acessórios de Tubagem 43 

2.4.6  Pontos de Apoio 44 

2.4.7  Equipamento Acessório 44 

2.4.8  Colector de Distribuição 49 

2.4.9  Tratamento de Água de Enchimento e Compensação 49 

2.5  Tratamento de Ar 50 

2.5.1  Unidades de Tratamento de Ar Novo 50 

2.5.2  Ventiloconvectores 53 

2.5.3  Ventiladores Centrífugos com Caixa 54 

2.5.4  Condutas 55 

2.6  Isolamento Térmico 61 

2.7  Sistema Solar Térmico 62 

2.7.1  Colectores 63 

2.7.2  Módulo Hidráulico 64 

2.7.3  Controlador Solar 64 

2.7.4  Depósito de Acumulação de AQS 65 

2.8  Protecção Contra Incêndios 65 

2.8.1  Atravessamento de Paredes e Lages 65 

2.8.2  Central de Comando e Monitorização de RCF 65 

2.8.3  Registos Corta-fogo 66 

2.9  Sistema de Comando e Controlo 67 

2.9.1  Equipamento de Campo 67 

2.9.2  Mapa de Pontos 69 

2.10 Instalações Eléctricas 74 

2.10.1  Generalidades 74 

2.10.2  Quadros Eléctricos 74 

2.10.3  Caminhos de Cabos 76 

2.11 Diversos 76 

2.11.1  Trabalhos Diversos 76 

2.11.2  Funcionamento Eficiente da Instalação 76 

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2.11.3  Construção Civil 77 

2.11.4  Equipamentos Instalados 77 

2.11.5  Ensaios de Recepção 77 

2.11.6  Plano de Manutenção Preventiva 79 

2.11.7  Esquemas Definitivos e Instruções de Funcionamento 80 

2.11.8  Garantias 80 

3  Mapa de Quantidades 83 

4  Peças Desenhadas 85 

II - RSECE 

1  Descrição Sumária do Edifício 87 

1.1  Caracterização Geral do Edifício 87 

1.2  Implantação 87 

2  Parâmetros de Cálculo 88 

2.1  Zoneamento Climático 88 

2.2  Caracterização das FA 88 

2.3  Caracterização da Envolvente do Edifício 88 

2.3.1  Paredes Exteriores 89 

2.3.2  Pontes Térmicas Planas em Paredes Exteriores (pilares e vigas) 89 

2.3.3  Paredes Interiores 90 

2.3.4  Pavimentos Interiores 91 

2.3.5  Cobertura Exterior 91 

2.3.6  Vãos Envidraçados Exteriores 92 

2.3.7  Inércia Térmica 93 

2.3.8  Sombreamentos do Edifício 93 

2.4  Cargas Internas 93 

2.5  Renovação de Ar 93 

2.6  Outros Consumos Energéticos de Equipamento AVAC 94 

2.7  Consumos Energéticos de Outros Equipamento 94 

3  Verificação Regulamentar 96 

3.1  Simulação Dinâmica 96 

3.1.1  Cargas Térmicas 96 

3.2  Cálculo do IEE de Referência 98 

3.3  Cálculo do IEE Nominal 98 

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x

3.3.1  Lar de Idosos 101 

3.3.2  Creche 103 

3.4  Resultado da Verificação Energética 104 

3.5  Medidas de Melhoria 105 

Anexo I – Fichas Técnicas 107 

Anexo II – Dimensionamento de Ventiladores e Bombas Circuladoras 109 

Anexo III – Consumos de Energia 111 

Anexo IV – Cargas Térmicas 113 

Anexo VI – Solterm 115 

Anexo VII – Caudais de Ar 117 

Anexo VIII – Check List – QAI e Energia 119 

Anexo IX – Medidas de Melhoria 121 

Referências 123 

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Zoneamento climático ______________________________________________ 23 

Tabela 2 - Condições interiores para cálculo _____________________________________ 34 

Tabela 3 - Condições exteriores para cálculo _____________________________________ 34 

Tabela 4 – Tabela de selecção de bombas circuladoras _____________________________ 41 

Tabela 5 - Diâmetros e espessuras de tubos de cobre _______________________________ 42 

Tabela 6 - Tabela do coeficiente “e”, com a variação da temperatura, relativamente à

temperatura de 4ºC (ρ=1000 kg/m3) ____________________________________________ 48 

Tabela 7 - Características das UTAN's __________________________________________ 53 

Tabela 8 – Mapa de ventiloconvectores _________________________________________ 54 

Tabela 9 – Parâmetros de dimensionamento dos ventiladores de extracção _____________ 55 

Tabela 10 – Espessura da chapa, condutas rectangulares ____________________________ 57 

Tabela 11 – Portas de visita para condutas circulares, dimensões mínimas ______________ 60 

Tabela 12 - Portas de visita para condutas rectangulares, dimensões mínimas ___________ 60 

Tabela 13 – Espessura dos isolamentos _________________________________________ 62 

Tabela 14 – Mapa de pontos __________________________________________________ 69 

Tabela 15 – Limites admissíveis na envolvente ___________________________________ 89 

Tabela 16 - Paredes da envolvente exterior ______________________________________ 89 

Tabela 17 – Pontes térmicas planas em paredes exteriores __________________________ 89 

Tabela 18 - Paredes de separação entre zonas ____________________________________ 90 

Tabela 19 - Paredes de separação das câmaras frigoríficas __________________________ 90 

Tabela 20 - Paredes de separação entre a sala de refeições e sala de estar ______________ 90 

Tabela 21 - Parede das escadas e elevador _______________________________________ 91 

Tabela 22 - Pavimentos dos pisos intermédios ____________________________________ 91 

Tabela 23 - Cobertura invertida _______________________________________________ 91 

Tabela 24 - Vãos envidraçados da Creche _______________________________________ 92 

Tabela 25 - Vãos envidraçados do Lar de Idosos __________________________________ 92 

Tabela 26 - Vãos envidraçados horizontais ______________________________________ 92 

Tabela 27 – Tabela de consumos dos equipamentos _______________________________ 94 

Tabela 28 - Consumos do elevador 1 ___________________________________________ 95 

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Tabela 29 - Consumos do elevador 2 ___________________________________________ 95 

Tabela 30 – IEE da cozinha do lar ____________________________________________ 101 

Tabela 31 - IEE da lavandaria do lar __________________________________________ 101 

Tabela 32 - IEE do lar _____________________________________________________ 102 

Tabela 33 - IEE da cozinha da creche _________________________________________ 103 

Tabela 34 - IEE da creche __________________________________________________ 103 

Tabela 35 – IEE do edifício _________________________________________________ 104 

Tabela 36- Energia a retirar para subir de classe _________________________________ 104 

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Nomenclatura

Abreviaturas

AC – Corrente Alternada;

AQS – Águas Quentes Sanitárias;

AVAC – Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado;

CDI – Central de Detecção de Incêndio;

DC – Corrente Contínua;

DL – Decreto-Lei;

FA – Fracção Autónoma;

GTC – Gestão Técnica Centralizada;

IEE – Indicador de Eficiência Energética;

IP – Índice de Protecção;

MNEL – Materiais não ecologicamente limpos;

PMP – Plano de Manutenção Preventiva;

QAI – Qualidade do Ar Interior;

QE – Quadro Eléctrico;

RCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios;

RCF – Registos Corta-Fogo;

RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios;

RTIEBT – Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão;

S – Consumo Específico;

SCE – Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos

Edifícios;

TRF – Técnico Responsável pelo Funcionamento;

UTAN – Unidade de Tratamento de Ar Novo;

VC – Ventiloconvector;

Letras e símbolos

A – Ampere [A]

R – Resistência térmica [m2.ºC/W]

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U – Coeficiente de transmissão térmica [W/m2.ºC]

V – Volt [V]

Caracteres gregos

Condutibilidade térmica [W/m.ºC]

Massa volúmica [kg/m3]

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Introdução

Este trabalho tem como objectivo projectar as instalações de AVAC do futuro Lar de

Idosos e Creche e verificar a sua conformidade regulamentar em relação ao RSECE, foi

realizado no âmbito da disciplina de Projecto, inserida no 2º ano do plano curricular do

Mestrado em Sistemas e Equipamentos Mecânicos, área de especialização em Projecto,

Instalação e Manutenção de Sistemas Térmicos do Instituto Superior de Engenharia de

Coimbra.

Com este projecto pretende-se definir/dimensionar as soluções, equipamentos,

materiais e trabalhos incluídos nas instalações de AVAC, de modo a dotar o edifício de

instalações que garantam adequadas condições de conforto, controlando as temperaturas

interiores em cada espaço e os requisitos da qualidade do ar interior (QAI) de acordo com o nº

2 do artigo 4º e o artigo 29º do DL 79/2006.

Este relatório divide-se em duas partes, a primeira parte, o projecto AVAC, onde fazem

parte integrante a memória descritiva e justificativa, as condições técnicas especiais, o mapa

de medições; e por último, as peças desenhadas; a segunda parte refere-se ao projecto de

RSECE, da qual fazem parte a descrição sumário do edifício, os parâmetros de cálculo, a

verificação regulamentar soluções construtivas e peças desenhadas Cada uma das partes vai

ser desenvolvida neste trabalho numa secção independente com vários capítulos distintos.

Sendo este um edifício de serviços com uma área superior a 1000 m2 e com sistemas

de climatização cuja potência térmica a instalar é superior a 25 kW, o mesmo deverá cumprir

as exigências regulamentares estabelecidas no DL 78/2006, SCE – Sistema de Certificação

Energética e Qualidade de Ar Interior; DL 79/2006, RSECE – Regulamento dos Sistemas

Energéticos de Climatização em Edifícios.

A construção do edifício, respectivos acabamentos e mobiliário, serão executados

utilizando materiais ecologicamente limpos, certificados por laboratórios reconhecidos, de

modo a que as concentrações máximas de poluentes no interior do edifício não ultrapassam os

valores definidos no anexo VII do RSECE.

Assim, de acordo com o nº 3 do artigo 29º, não foi prevista a possibilidade de

funcionamento dos sistemas com um aumento de 50% do caudal nos sistemas de renovação

de ar.

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As soluções apresentadas tiveram em conta as condicionantes físicas do edifício e a

flexibilidade de gestão pretendida no funcionamento, havendo várias zonas independentes

cujos sistemas de climatização e renovação de ar poderão ser desligados sem afectar as zonas

em utilização.

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Objectivos

O principal objectivo do presente projecto, centra-se na determinação dos consumos

de energia regulamentares, classificação energética do edifício, no dimensionamento das

potências térmicas, dimensionamento de caudais de ar, de modo a obter os padrões de QAI

definidos na legislação vigente e dimensionamento das capacidades higrométricas

necessárias, sempre que os espaços em questão assim o justifiquem.

Outro dos objectivos assenta no dimensionamento das redes condutoras de fluidos e na

definição dos seus traçados a implementar em obra, de acordo com as condicionantes

estruturais e arquitectónicas, próprias do edifício.

Definir meios de controlo eficazes, de forma a garantir um melhor funcionamento da

globalidade do sistema a instalar, tendo em vista a racionalização dos consumos de energia.

Foi tido em conta ainda, os níveis de emissão de ruído, tanto interiores como

exteriores de forma a serem garantidas as melhores condições para os utilizadores do edifício,

acautelando o eventual prejuízo do bem-estar para terceiros.

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I – AVAC

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

21

1 Memória Descritiva e Justificativa

1.1 Introdução

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao Projecto de Execução das

Instalações e Equipamentos Mecânicos de AVAC para um edifício destinado a Lar de Idosos

e Creche, requerido pela Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e cuja obra será

realizada em Miranda do Corvo no concelho Coimbra.

Pretende-se que os sistemas de AVAC projectados para o edifício tenham uma

qualidade elevada, e assegurem que as exigências de conforto térmico e de ventilação para

garantia de qualidade do ar no interior do edifício sejam cumpridas, resultando num edifício

energeticamente eficiente com elevados níveis de conforto e baixas necessidades de

manutenção.

De referir ainda que, para a concepção do presente projecto, foram tidas em elevada

consideração as relações de qualidade/preço/manutenção da solução apresentada, no entanto,

esta preocupação não deverá ter carácter limitativo, sob o risco de dispersar o objectivo

primordial de dotar o edifício de uma instalação apta a satisfazer as suas necessidades e as dos

seus utilizadores.

Com a entrada em vigor do RSECE e com a implementação do SCE, o projecto, a

execução e a manutenção dos sistemas de climatização passou a ter condicionantes e

requisitos importantes que se pretendem ver cumpridos integralmente neste edifício.

O executante das instalações de climatização terá obrigatoriamente que cumprir o

disposto nestes regulamentos e será responsável pelo cumprimento de todos os requisitos que

se referem à execução da instalação e à sua manutenção durante o período de garantia. Terá

ainda de possuir técnicos com a formação adequada e exigida legalmente para as instalações

abrangidas por esta empreitada.

O edifício, no final da obra deverá ser certificado pelo SCE, pretendendo-se obter uma

classificação energética, de nível elevado, pelo que deverão ser efectuados todos os esforços

no sentido de optimizar o funcionamento dos sistemas e minimizar quaisquer perdas de

energia, através da execução cuidada da instalação e na montagem dos seus equipamentos.

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

22

O Projecto deverá ser sempre interpretado na globalidade do conjunto composto pela

Memória Descritiva e Justificativa, Condições Técnicas Especiais, Peças Desenhadas e Mapa

de Medições.

1.2 Objectivos

O principal objectivo do presente projecto, centra-se no estudo dos sistemas de

climatização, que inclui as potências térmicas e caudais de ar, de modo a obter os padrões de

Qualidade do Ar Interior definidos na legislação vigente e dimensionamento das capacidades

higrométricas necessárias, sempre que os espaços em questão assim o justifiquem.

Outros dos objectivos assenta no dimensionamento das redes condutoras de fluidos e

na definição dos seus traçados a implementar em obra, de acordo com as condicionantes

estruturais e arquitectónicas, próprias do edifício.

Definir meios de controlo eficazes, de forma a garantir um melhor funcionamento da

globalidade do sistema a instalar, tendo em vista a racionalização dos consumos de energia.

1.3 Caracterização Geral do Edifício

O edifício em estudo é composto por duas fracções autónomas que se desenvolvem

por quatro pisos identificados como piso -1, piso 0, piso 1 e piso 2.

A primeira fracção situa-se no piso -1 e trata-se de uma creche que é constituída por

uma zona administrativa, uma zona destinada ao ensino pré-escolar, refeitório e outros

espaços necessários neste tipo de edifícios, tais como cozinha, instalações sanitárias e sala de

refeições. Os restantes três pisos são inteiramente destinados ao funcionamento de segunda

fracção, um lar de idosos. O piso 0 é constituído essencialmente por zonas comuns e de

serviços, tais como, a sala de estar, sala de refeições, cozinha, etc. É também neste nível que

se encontra a cozinha, a lavandaria, gabinetes de saúde, entre outros espaços necessários neste

tipo de edifício. Nos pisos 1 e 2 encontram-se localizadas as zonas de repouso, como por

exemplo, os quartos (simples e duplos) e as salas de estar. A zona envolvente é composta por

um jardim inerente ao edifício para utilização dos utentes e alguns lugares de estacionamento.

O edifício está ainda dotado de dois elevadores e lances de escada para se efectuar a

transição entre pisos.

As tipologias e as necessidades funcionais dos diferentes locais referidos serão

determinantes para o desenvolvimento das soluções propostas.

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23

1.4 Zoneamento Climático

De acordo com as indicações do Quadro III.1 do Anexo III do Decreto-Lei n.º 80/2006

(Regulamento de Características de Comportamento Térmico em Edifícios), as zonas

climáticas e dados climáticos de referência para o concelho de Miranda do Corvo são:

Tabela 1 - Zoneamento climático

Zona climática de Inverno I2 Número de graus-dia (GD) 1780 Duração da estação de aquecimento (meses) 6 Zona climática de Verão V2 - NORTE Temperatura exterior de projecto (ºC) 33 

Amplitude térmica diária (ºC) 14

1.5 Descrição das Soluções e Sistemas Preconizados

É previsto, para a generalidade do edifício a implementação de um sistema de

ventilação com o recurso a Unidades de Tratamento de Ar com 100% ar novo para introdução

do caudal de ar novo regulamentar nos respectivos espaços.

A solução de climatização terminal a implementar recorre a ventiloconvectores de

tecto falso com ligação a condutas. No que diz respeito à produção de água quente sanitária,

esta será feita com recurso a um sistema do tipo bomba de calor geotérmica.

Assim, as instalações consideradas no presente projecto poder-se-ão dividir em:

Produção e distribuição de água aquecida ou refrigerada.

Sistema de produção de AQS.

Redes hidráulicas de distribuição.

Redes de circulação de ar.

Unidades de climatização ambiente.

Ventilação.

1.5.1 Produção de Água Aquecida/Refrigerada

Como referido anteriormente, a produção de água aquecida ou refrigerada para a

climatização dos espaços será obtida com recurso a uma Bomba de Calor Geotérmica. A

opção por este equipamento visa a implementação de sistemas/equipamentos, para

aquecimento e arrefecimento ambiente do edifício em análise, com maior eficiência

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energética quando comparados com os sistemas tradicionais de combustíveis fosseis e/ou de

condensação a ar.

O equipamento de produção de energia térmica proposto baseia-se no aproveitamento

energético disponível no solo. O solo constitui uma óptima reserva energética que se conserva

de forma permanente ao longo do ano. O calor acumulado no subsolo é passível de ser

aproveitado em qualquer local onde nos encontremos. Estudos recentes apontam para que,

entre os 15 e os 80 m de profundidade, a temperatura se mantém constante à volta dos 15 ºC.

As bombas de calor geotérmicas fazem trocas de calor com o subsolo, tirando partido da

temperatura aproximadamente constante a que ele se encontra.

No Inverno é energeticamente mais eficiente conseguir a temperatura confortável de

20ºC, partindo dos 15ºC do subsolo, do que partindo da temperatura a que está o ar, muitas

vezes inferior a 10ºC. No Verão, estes equipamentos funcionam como refrigeradores,

podendo-se tirar partido do facto de haver muito maior eficiência energética em manter os

confortáveis 25ºC partindo dos 15ºC do subsolo, do que partindo dos 30ºC ou mais, a que se

encontra o ar.

Para além de um recurso renovável e menos poluente, a energia geotérmica apresenta

diversas vantagens relativamente a outras fontes de energia renováveis e tradicionais, visto

não sofrer, nomeadamente da intermitência e inconstância de factores meteorológicos que

condicionam, por exemplo, a energia eólica, solar térmica e fotovoltaica ou hídrica.

Estudos e aplicações recentes, apontam para um potencial de consumo para manter

uma instalação com bombas de calor geotérmicas a funcionar com apenas 40% de energia

quando em comparação com os sistemas tradicionais, sendo a restante energia, 60%, “oferta”

da crosta terrestre.

O sistema preconizado pressupõem então a instalação de duas bombas de calor

geotérmicas (uma para cada fracção), com sistemas de captação vertical, recuperação de calor

através de um segundo condensador possibilitando desta forma a produção de água quente e

de água fria em simultâneo. De referir que a água fria produzida será, em termos energéticos,

praticamente gratuita, aproveitando para tal, a energia despendida na produção de água

quente. Em complemento às bombas de calor geotérmicas serão instalados depósitos de

acumulação de água aquecida e água refrigerada. Estes irão funcionar como acumuladores de

inércia térmica permitindo a acumulação durante o período nocturno, uma vez que o custo da

energia eléctrica é mais baixo nas horas de vazio, assim, não será necessário o recurso ao

funcionamento das bombas de calor geotérmicas durante todo o dia, ficando a instalação a

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funcionar apenas com a energia acumulada nos depósitos de inércia até ser necessário entrar

em funcionamento a bomba de calor geotérmica.

Uma outra característica da solução proposta consiste na modulação da velocidade da

bomba circuladora do sistema de geotermia através de um sistema de controlo de pressão de

condensação, optimizando o funcionamento quando existir a necessidade de funcionamento a

carga parcial.

Em complemento do anteriormente descrito, nos circuitos hidráulicos de distribuição

serão instalados grupos de circulação que farão a modulação da sua velocidade em função das

necessidades instantâneas da instalação, permitindo a optimização dos desperdícios

energéticos comparativamente com instalações sem esta capacidade.

1.5.2 Produção de Água Quente Sanitária

A produção de água quente sanitária será feita com recurso ao conjunto formado por

um sistema solar complementado por depósitos de acumulação, através dos quais a água de

consumo circula, conforme se faz representar no esquema de principio da instalação,

O sistema solar térmico tem como objectivo a produção e fornecimento de AQS,

captando a energia solar e transferindo-a para a água de consumo. Desta forma assegura-se

uma economia na utilização dos sistemas tradicionais de produção de AQS, reduzindo a

factura energética inerente às fontes de energia convencionais e a dependência das flutuações

do preço dos combustíveis fosseis.

A captação de energia solar é realizada por intermédio de colectores solares planos

instalados num local com exposição solar adequada conforme peças desenhadas. A energia é

transferida para o fluido solar, que deverá conter as proporções de anticongelante (glicol) de

acordo com as temperaturas mínimas registadas no local onde serão instalados, de modo a

proteger convenientemente a instalação hidráulica.

Deverão ser contemplados os correspondentes grupo de circulação e de segurança e

demais acessórios para o seu correcto funcionamento, assegurando desta forma o bom

funcionamento da instalação. O caudal em circulação deverá ser devidamente ajustado de

forma a assegurar um rendimento adequado da instalação, em função no número de colectores

solares instalados.

O controlo deverá fazer uma medição diferencial dos pontos de maior temperatura do

circuito (na saída dos colectores) e de menor temperatura (no depósito de acumulação),

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actuando a bomba de circulação somente quando a energia solar disponível assim o justifique,

optimizando o rendimento da instalação.

Lar de Idosos De modo a determinar as necessidades de AQS para o lar de idosos, foram

considerados 40 litros de água quente a 60ºC por dia e por pessoa. Assim, e tendo em conta a

ocupação prevista de 63 ocupantes, estima-se um consumo de cerca de 2500 litros diários.

Foram considerados ainda mais cerca de 20% uma vez que nem toda a água do depósito se

encontra a 60ºC, e assim, o volume de acumulação de AQS será de 3000 litros.

Para o aquecimento da água, foi previsto um grupo de 15 colectores solares do tipo

plano horizontal selectivo, com um total de 38,3 m2 de área útil, que cedem energia à água do

depósito de acumulação, apoiados pela bomba de calor geotérmica.

Creche Relativamente à Creche, estimou-se um consumo de cerca de 400 litros diários uma

vez que não estão previstos banhos. Assim, o volume de acumulação de AQS será de 500

litros. Para o aquecimento do depósito, foi previsto um grupo de 3 colectores do tipo plano

horizontal selectivo, com um total de 7,7 m2 de área útil, apoiados pela bomba de calor

geotérmica.

Resultados De acordo com o relatório energético para ambas as fracções, obtido pelo software do

INETI, que se encontra no Anexo - Solterm, obteve-se uma produção de energia de 2452 kWh

por ano para a Creche e de 31922 kWh para o Lar de Idosos.

Para a energia solar contribuir para a produção de AQS será necessário prever um

depósito de acumulação onde a energia proveniente do campo de colectores será dissipada.

Assim, para a creche, o depósito de acumulação deverá ter a capacidade para 500 litros de

água e para o lar de idosos 3000 litros de água.

O apoio à produção de AQS, quando a energia solar não estiver disponível ou for

insuficiente, será efectuado por intermédio do circuito de alta temperatura da Bomba de Calor

Geotérmica com uma potência de 7 kW para a creche e de aproximadamente 44 kW para o lar

de idosos, conforme se faz representar no esquema de princípio da instalação.

No depósito, a água quente sanitária deverá ser acumulada a 60ºC (para tratamento

anti-Legionella) e misturada com água fria da rede para consumo a 45ºC pela unidade de

regulação. Deverá ser previsto, pelo menos uma vez por dia, que toda a tubagem de

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distribuição de água quente sanitária seja sujeita a um choque térmico com água quente a uma

temperatura não inferior a 60ºC.

Pressupostos Localidade: Miranda do Corvo Tipologia: Estabelecimento de Ensino Consumo Diário de AQS (Creche): 400 l/dia Consumo Diário de AQS (Lar de Idosos): 2500 l/dia T.ª da água acumulada no Depósito de acumulação: 60ºC T.ª da água de consumo: 45ºC Dados Climáticos (SOLTERM 5): Miranda do Corvo Orientação dos colectores: SUL (Azimute: 0º) Inclinação dos colectores: 35º Tipo de Superfície: Cobertura Plana

1.5.3 Redes Hidráulicas de Distribuição

A distribuição de água aquecida ou refrigerada será assegurada por circuitos a dois

tubos para as UTAN’s e ventiloconvectores, não permitindo este sistema a produção de água

aquecida/refrigerada em simultâneo. No interior do edifício os circuitos hidráulicos ficarão

ocultos em tectos falsos, sendo que em situações pontuais poderão ficar embebidos nas

paredes ou lajes.

Nos troços dos circuitos hidráulicos montados à intempérie, em valas técnicas ou à

vista em qualquer outro ponto da rede quando se justifique, o isolamento terá revestimento de

protecção mecânica, incluindo os acessórios e dispositivos de corte, comando e controlo,

todos termicamente isolados.

Nos pontos altos dos circuitos serão montados purgadores de ar automáticos

convenientemente localizados para evitar a formação de bolsas de ar que impeçam a

circulação da água.

As redes de tubagem dos circuitos primários e secundários foram dimensionados para

um diferencial de temperatura de 5ºC (45º - 40ºC), para a estação de aquecimento e de 5 ºC

(12º - 7ºC) para a estação de arrefecimento. Foi considerada uma perda de carga linear de 20

mm.c.a./m. Ambos os circuitos, primário e secundário serão executados em multicamada, e o

seu desenvolvimento será conforme representado nas peças desenhadas.

Estas tubagens serão envolvidas em toda a sua extensão com isolamento térmico

adequado, constituído por mangas de espuma de polietileno com barreira de vapor no caso

dos circuitos de água refrigerada. Os acessórios das tubagens (curvas, derivações, ...) e

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dispositivos de corte, comando e controlo inseridos nos circuitos hidráulicos (válvulas, filtros,

etc.) serão isolados com o mesmo tipo de material empregue para o isolamento das tubagens.

1.5.4 Redes de Circulação de Ar

As redes de condução de ar, de insuflação, foram dimensionadas para velocidades

máximas de 4,7 m/s nos troços principais e 3 m/s nas derivações.

Relativamente as redes de condução de ar de retorno e de extracção das zonas “sujas”,

estas foram dimensionadas para velocidades máximas de 7 m/s nos troços principais e 3 a 3,5

m/s nas derivações.

Serão executadas em chapa de aço galvanizada e terão o desenvolvimento como

representado nas peças desenhadas.

1.5.5 Unidades de Climatização Ambiente

São previstos como unidades de climatização localizados, os ventiloconvectores. O

recurso à utilização destes equipamentos prende-se com o facto de a renovação do ar nos

diversos locais induzida pelas UTAN’s não ser suficiente para remover as cargas térmicas.

Os ventiloconvectores deverão ser próprios para montagem oculta em tecto falso e

para ligação a condutas.

Deverão ser colocados especiais cuidados nas linhas de condensados dos

ventiloconvectores não devendo estas ter uma inclinação inferior a 1,5%, sendo que se

necessário se deve recorrer à instalação de bombas de condensados. O escoamento deverá ser

efectuado através da rede de água pluviais, não sendo permitida a ligação à rede de esgotos.

Deverá também ser tida em consideração a selecção de equipamentos que não os

tomados como referência no presente projecto no que diz respeito às dimensões dos tectos

falsos.

1.5.6 Ventilação

Dada a tipologia de edifício, de ocupantes e dos variados tipos de actividade dos

diferentes locais existentes, verifica-se a necessidade de manutenção de requisitos de conforto

térmico de qualidade do ar interior. A salubridade do ar nos diversos locais será garantida por

ventiladores de insuflação e de extracção, filtragens e ainda jogo de pressões e caudais de ar.

Para garantia da qualidade do ar e a não proliferação de odores, os locais considerados

de “sujos” estarão em depressão em relação aos restantes.

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Assim, prevêem-se sistemas de ventilação para as instalações sanitárias diversas,

arrumos, cozinha e lavandaria.

Consideradas como potenciais zona de produção de odores, estes locais estarão em

depressão em relação aos locais contíguos. Desta forma foram previstos ventiladores de

extracção do tipo centrífugo, accionados por motores eléctricos de transmissão por correias ou

de acoplamento directo, montados em caixa insonorizada ou, em alguns casos ventiladores

“in-line”. Os ventiladores serão, quando for o caso, montados nas coberturas do edifício sobre

maciços e assentes em apoios anti-vibráteis para reduzir ao mínimo a transmissão de

vibrações. Todas as redes de condutas ficarão ocultas em tectos falsos. Para cálculo dos

caudais a extrair considerou-se uma taxa de renovação na ordem das 10 RPH. São também

previstas grelhas de porta para compensação dos caudais de extracção alimentando desta

forma a depressão preconizada para estes locais.

1.5.7 Climatização

Face aos cálculos efectuados e às tipologias dos locais existentes verifica-se a

necessidade de manutenção de requisitos de qualidade do ar interior e das condições de

conforto térmico (arrefecimento e aquecimento ambiente) nos espaços de permanência de

pessoas, dentro dos parâmetros de conforto pretendidos e mais adiante definidos. Desta forma

prevê-se um sistema de tratamento de ar com o recurso a Unidades de Tratamento de Ar

100% ar novo que, ao mesmo tempo que promove a introdução de ar novo efectua as

eventuais correcções térmicas em função dos valores de temperatura e humidade pretendidos

Nas situações em que não é possível assegurar a manutenção das condições de

conforto térmico somente com a renovação do ar ou introdução de ar novo é proposto um

sistema de aquecimento ou climatização ambiente local com o recurso a ventiloconvectores.

Unidades de Tratamento de Ar Novo

São previstas Unidades de Tratamento de Ar Novo para insuflação de ar novo em

conformidade com a actual legislação. Estes sistemas estão afectos a todo o edifício.

Estas unidades serão próprias para montagem no exterior e a sua instalação será feita

sobre maciços conforme se especifica nas peças desenhadas. Estas unidades promoverão a

captação de ar novo e nas situações adiante identificadas também o retorno do ar viciado do

interior do edifício com recuperação de calor. Terão ainda como função filtrar o ar insuflado e

efectuar as necessárias correcções térmicas em função dos parâmetros pretendidos.

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A rejeição do ar extraído é efectuada em sentido oposto à captação, a mais de 5 ou 20

m de distância da admissão de ar novo, conforme seja ar de retorno de limpos ou de sujos,

respectivamente, conforme representado nas peças desenhadas. Quer o ar novo tratado a ser

insuflado quer o ar de retorno, serão conduzidos por uma rede de condutas devidamente

isoladas com manta lã de rocha revestida a papel de alumínio e ainda revestida a chapa

quando à vista ou no exterior. As condutas dos sistemas de extracção de ar viciado não terão

qualquer tipo de isolamento. Estas prescrições são extensíveis a todos os acessórios das redes,

tais como, os plenos de ligação das grelhas ou difusores às condutas. A ligação das redes de

condutas aos plenos dos difusores ou grelhas será executada em conduta flexível isolada com

um comprimento máximo de um metro.

Definiu-se, na generalidade um sistema a volume constante que corresponde aos

caudais mínimos de ar novo, sendo o ar insuflado por intermédio de difusores ou grelhas

conforme representado nas peças desenhadas. A captação do ar de retorno será efectuada por

intermédio de grelhas.

Com vista a diminuir os custos operacionais de energia da instalação, analogamente ao

que já foi referido, e para a dar cumprimento ao Regulamento dos Sistemas Energéticos e de

Climatização dos Edifícios, é previsto a instalação de recuperadores de calor de placas com

fluxos cruzados nas UTAN’s aproveitando desta forma parte da energia rejeitada no ar

extraído.

Associada a cada uma das baterias de cada UTAN existirá um conjunto de regulação

do caudal de água constituído por uma válvula de duas vias, uma válvula de regulação de

caudal, válvulas de corte, filtro e purgador de ar automático, tal como se representa no

desenho do esquema de princípio da instalação. A válvula de duas vias será accionada por um

servomotor de acção modulante.

A temperatura máxima e mínima de insuflação do ar das UTAN’s será de de 30ºC

para aquecimento e de 17ºC para arrefecimento.

1.6 Protecção Contra Incêndios

A fim de evitar a propagação de um possível foco de incêndio deverá ser cortada,

comandada por parte da CDI, a alimentação eléctrica ao quadro eléctrico de AVAC

desactivando desta forma os equipamentos de insuflação e de extracção que promoveriam

uma possível oxigenação e consequente alimentação da combustão no ou nos locais

sinistrados.

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1.7 Sistema de Comando e Controlo

O comando e controlo automático de toda a instalação e equipamentos mecânicos

serão assegurados por um sistema de controlo centralizado. Haverá ainda dispositivos de

sinalização e de comando manual (comutadores e/ou botões de pressão) instalados no quadro

eléctrico de AVAC.

Seguidamente referem-se algumas das linhas gerais que deverão ser tomadas em

consideração para a sua concepção e funcionamento.

O sistema controlo será constituído por vários controladores electrónicos

programáveis, interligados por uma rede de dados local, permitindo a livre troca de

informação entre os controladores, associados a dispositivos sensores e actuadores, analógicos

e digitais com características adequadas para cada uma das funções pretendidas.

Os controladores ficarão alojados no interior de quadros próprios, preferencialmente

junto dos quadros eléctricos de AVAC.

Existirão sensores e actuadores distribuídos pela instalação junto dos equipamentos

que controlam ou dos espaços a tratar. Os sensores fornecerão informações aos controladores

dos parâmetros da instalação e em função destes valores o sistema de controlo dará ordens de

comando aos actuadores para manter os níveis de conforto desejados e para optimizar os

consumos energéticos da instalação.

Para visualização da instalação e operação do sistema de controlo existirá um terminal

localizado no piso -1 para a creche e outro no piso 0 para o lar, junto de outros equipamentos

de controlo do edifício.

O terminal será interligado com a rede de dados do sistema de controlo por meio de

um interface apropriado e será constituído por equipamentos com capacidade de

armazenamento permanente de informação relativa à instalação. O terminal deverá permitir a

sua ligação a equipamentos, com capacidade gráfica, para registo escrito de eventos ocorridos

na instalação, emissão de relatórios do estado da instalação, de avarias, de gráficos, etc..

Juntamente com o terminal serão fornecidos os programas adequados para a

visualização gráfica de toda a instalação no monitor do terminal, bem assim como para a

implementação de todos os algoritmos e sequências de controlo de todas e cada uma das

partes da instalação.

O sistema de controlo assegurará o comando de paragem e funcionamento de todos os

equipamentos que compõem as instalações e equipamentos de aquecimento, ventilação e ar

condicionado de acordo com programação horária a definir em obra, de forma agrupada ou

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independente para cada equipamento e ainda de acordo com as sequências funcionais e

algoritmos de controlo adequados a implementar para cada um dos sistemas.

Serão também assegurados pelo sistema de controlo a sinalização e alarme de

deficiências e avarias e todos os encravamentos funcionais e de segurança necessários entre os

equipamentos, nomeadamente entre os circuladores e a bomba de calor, entre ventiladores de

insuflação e de extracção e entre UTAN’s.

Seguidamente, indicam-se de forma resumida as principais funções de controlo e

comando a implementar na instalação.

Bomba de Calor Geotérmica Autorizar ou inibir o seu funcionamento, receber confirmação do estado de

funcionamento e informação de avaria. Leitura contínua das temperaturas da água à saída, por

meio de sondas de imersão. O controlo funcional da Bomba de Calor, nomeadamente

arranque e paragem de circuladores e compressores, modulação de capacidade, regulação da

temperatura de água, controlo e protecção dos circuitos frigoríficos, motores e demais

dispositivos, protecção e sinalização de avarias, serão assegurados pelos microprocessadores

de controlo fornecidos e integrados nas próprias unidades.

Colector dos Circuitos Hidráulicos Leitura contínua da temperatura geral de alimentação de água refrigerada e de água

aquecida, da temperatura de retorno de água refrigerada e de água refrigerada e da ida para os

depósitos de inércia, por intermédio de sondas de imersão.

Depósito de Inércia Leitura contínua da temperatura de água aquecida/refrigerada no depósito de inércia,

por intermédio de sondas de imersão.

Circuladores Comandar o arranque, paragem e velocidade dos circuladores (avanço, retorno e

AQS), receber confirmação do seu estado de funcionamento e informação de avaria.

UTAN’s Leitura, em cada UTAN, das temperaturas na insuflação e no retorno, por meio de

sondas de conduta, e ainda, nas unidades com “free-cooling”, leitura da humidade relativa no

retorno e da temperatura à entrada da bateria de aquecimento.

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Deverão ser previstas sondas para leitura da temperatura e humidade relativa do ar

exterior. Em função do valor lido pelas sonda de temperatura de ar (de retorno ou de

ambiente) e pela sonda de insuflação controlar a válvula de duas vias da bateria da UTAN

respectiva, por meio de saídas de controlo independentes para cada uma das válvulas, de

forma a manter a temperatura ambiente estável e dentro dos limites pretendidos.

Comandar o arranque e paragem dos ventiladores de cada UTAN, receber

confirmação do seu estado de funcionamento (pressóstato diferencial) e informação de avaria

(disparo de térmico do motor do ventilador).

Detectar colmatação das baterias de pré-filtragem, de filtragem e de filtragem fina de

forma independente para cada filtro por meio de pressóstatos diferenciais.

Em função dos valores de temperatura do ar exterior e do ar de retorno e da solicitação

de aquecimento e de arrefecimento comandar os registos de "by-pass" dos recuperadores de

calor.

Ventiloconvectores Leitura, em cada VC, das temperaturas na insuflação e no retorno, por meio de sondas

de conduta.

Comandar o arranque e paragem dos ventiladores, receber confirmação do seu estado

de funcionamento (pressóstato diferencial) e informação de avaria (disparo de térmico do

motor do ventilador).

Ventiladores Comandar o arranque e paragem dos ventiladores, receber confirmação do seu estado

de funcionamento e informação de avaria (disparo de térmico do motor do ventilador).

Leitura de Consumos Receber informação de dispositivos de leitura de consumos eléctricos de todos os

equipamentos destas instalações com potência eléctrica instalada superior a 12 kW. Receber

informação dos contadores de energia térmica distribuídos pela instalação.

Generalidades Recolher e tratar todos os dados relevantes à análise de funcionamento dos

equipamentos, de modo a facilitar as operações de manutenção, nomeadamente, alarmes,

contagem de tempo de funcionamento e histórico de ocorrências.

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1.8 Parâmetros e Métodos de Cálculo

O valor das necessidades térmicas necessárias para a climatização dos diversos

espaços considerados foram calculadas tendo como suporte o programa EnergyPlus.

Foram considerados os seguintes parâmetros no cálculo das necessidades reais de

climatização:

Geometria do edifício: foi introduzido no programa de simulação as

características térmicas da sua envolvente e perfil de cargas internas

nomeadamente iluminação, ocupação e equipamentos.

Condições exteriores: o cálculo feito com o recurso a programas de simulação

detalhada utiliza para efeitos de temperaturas exteriores uma base de dados

horária anual que contempla entre outros, a temperatura de bolbo seco, e a

humidade relativa, entre outros. Para este caso em particular foi utilizado um

ficheiro meteorológico com os dados relativos ao concelho de Coimbra, por

não estar disponível um ficheiro específico para a localidade de Miranda do

Corvo.

Condições interiores para cálculo das necessidades de climatização:

Tabela 2 - Condições interiores para cálculo

Verão Inverno TºC (salas) 25 20 TºC (corredor) 26 18 HR% 50 -

Condições exteriores para cálculo das necessidades de climatização:

Tabela 3 - Condições exteriores para cálculo

Verão Inverno TºC 32 2 HR% 50 -

Caudais de ar novo, conforme RSECE e normas técnicas.

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1.9 Instalações Eléctricas

Fazem parte dos trabalhos as instalações eléctricas de força motriz, comando e

controlo de todo o equipamento a partir dos quadros eléctricos dos respectivos locais de

instalação devendo obedecer à legislação em vigor, nomeadamente a Portaria n. 949-A/2006,

e ainda de acordo com as indicações expressas dos fabricantes dos equipamentos, ficando o

instalador responsável pela compatibilização destas exigências com o instalador da

empreitada de instalações eléctricas. Os quadros eléctricos deverão ser equipados com

sinalizadores que permitam visualizar o funcionamento da instalação e detectar possíveis

avarias nos componentes da mesma. Os esquemas dos quadros eléctricos devem ser

adequados aos equipamentos propostos pelo instalador.

1.10 Construção Civil

Fazem também parte, de uma maneira geral os trabalhos de construção civil

necessários à montagem do equipamento considerado, nomeadamente:

Suportes, apoios, sustentações, entre outros;

Furações, abertura de roços em paredes e tectos;

Caleiras ou valas para tubagens exteriores;

E demais trabalhos necessários à correcta instalação e bom funcionamento dos

sistemas projectados;

Encontram-se igualmente incluídas todas as ligações dos equipamentos às redes de

águas pluviais.

1.11 Disposições Finais

A execução do projecto deverá cumprir todas as indicações feitas nas peças

desenhadas e considerações da presente Memória Descritiva e Justificativa, Condições

Técnicas Especiais e demais anexos.

Os trabalhos deverão ser executados de acordo com regras de boa arte empregando

sempre materiais de elevada qualidade.

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Às ambiguidades ou omissões que o presente projecto contenha, será reservado ao

autor do projecto o direito de lhe dar justa interpretação e justificação. Quaisquer alterações

feitas ao presente projecto não poderão ser imputáveis ao projectista. Em tudo o omisso, ou

não especificado, no presente projecto deverá ser consultada a regulamentação técnica em

vigor e demais legislação e normas aplicáveis à boa prática de execução dos trabalhos.

Não obstante o cumprimento das especificações nas peças escritas e peças desenhadas

do presente projecto, o adjudicatário é responsável pelo bom funcionamento de todos os

órgãos ou dispositivos que compõem as instalações, não podendo a sua interpretação,

qualquer que ela seja, justificar as deficiências de funcionamento.

Assim, deve ser considerado pelo adjudicatário como incluídos nesta empreitada todos

os trabalhos que, mesmo não discriminados ou omissos, sejam necessários ou vantajosos para

o perfeito funcionamento da instalação.

Entende-se, portanto, que a instalação, conjunto de todos os sistemas e equipamentos,

deve ser entregue completamente pronta e posta a funcionar nas melhores condições de

segurança e eficiência, depois de executados todos os ensaios e experiências no sentido de se

atingir integralmente o objectivo em vista.

A obra, no seu todo ou em parte, que pela Fiscalização for julgada defeituosa,

deficientemente executada ou em desacordo com as condições impostas pelo presente

projecto e pelas boas praticas de execução ou especificações dos fabricantes, bem como todo

e qualquer item que possua qualquer anomalia, quer seja provocado pelo decorrer da

construção ou cujos equipamentos estejam a funcionar anormalmente, será rejeitada e

reconstruída/recolocada em perfeitas condições pelo adjudicatário sem direito a qualquer

indemnização.

Ao Adjudicatário incumbe proceder de modo que os trabalhos decorram sem

incidentes que prejudiquem o planeamento da obra bem como a segurança dos operários,

realizando todos os trabalhos acessórios que forem necessários à execução de cada item da

mesma. Desta forma deverá o mesmo confirmar todas as dimensões de equipamentos,

verificar os caudais, perdas de carga e demais características técnicas dos equipamentos antes

da sua colocação em obra.

O Adjudicatário é responsável por todos os danos provocados com a montagem da

instalação. Desta forma, tudo o que tiver de ser alterado, quando já realizado por terceiros, e

que seja passível de considerado como falta de coordenação ou preparação deficiente, deverá

ser reposto nas condições em que se encontrava antes da alteração, excepto se se tratar de

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trabalhos realizados por antecipação em relação ao plano geral e se à Fiscalização for dado

conhecimento por escrito, no decorrer da realização desses trabalhos impeditivos.

A recepção das instalações só deverá ser feita por parte do seu proponente após a

entrega por parte do adjudicatário das telas finais, manual de operação do sistema e de todos

os equipamentos e do relatório de ensaios efectuado e demais considerações feitas nas

Condições Técnicas Especiais.

O presente projecto só terá validade técnica e legal quando acompanhado por

declaração de conformidade regulamentar, emitida por perito qualificado nos termos do

Sistema Nacional de Certificação Energética e da QAI nos Edifícios designado por SCE, e

aprovado pelo DL 78/2006, de 4 de Abril.

É reservado o direito ao projectista de efectuar as alterações necessárias na sequência

da verificação de conformidade regulamentar efectuada pelo perito qualificado do SCE.

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2 Condições Técnicas Especiais

2.1 Introdução

Pretende-se seguidamente definir as características dos equipamentos e dos materiais,

bem como os meios para a execução dos trabalhos relativos às instalações mecânicas de

Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado para a obra de construção do Lar de Idosos de

Miranda do Corvo. Todas as referências a marcas e modelos de equipamentos nas partes

constituintes do projecto deverão ser sempre consideradas como orientadoras, podendo ser

substituídas por outras, desde que cumpram as especificações técnicas mínimas exigidas para

os equipamentos e as solicitações que a eles vierem a ser exigidas.

2.2 Produção de Energia Térmica

2.2.1 Bomba de Calor Geotérmica

Unidade compacta, tanto para montagem no interior e exterior com condensação a

água e com inversão de ciclo, utilizando fluido frigorigéneo R407C e respeitando os

requisitos essenciais estabelecidos pela directiva CEE 98/37.

Compressor do tipo hermético “scroll”. Evaporador do tipo de placas em aço inox

AISI 316, completo com resistência eléctrica anticongelação e pressóstato diferencial.

Condensador de recuperação do tipo tubular em aço inox AISI 316 completa (produção de

AQS).

Grupos hidráulicos completos, incluindo vaso de expansão fechado, válvula de

segurança, grupo de enchimento manual, manómetro e grupo de circulação com condensador

integrado e câmara do rotor com sistema de purga de ar.

Circuito frigorífico incluindo filtro, indicador de passagem de líquido, válvula de

expansão termostática com equalizador externo, pressóstato de segurança para o controlo da

pressão de aspiração.

Controlo e regulação integral mediante painel de comando digital com colocação à

distância. Modulação da velocidade bomba circuladora do sistema de geotermia através de

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sistema de controlo de pressão de condensação, optimizando o funcionamentos do compressor

e permitindo um nível de ruído substancialmente mais baixo a carga parcial.

Modulação do caudal das bomba circuladoras do circuito principal e da produção de

água quente sanitária, optimizando o arranque da instalação e permitindo limites de

funcionamento mais amplos.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade equivalente,

apresenta-se como referência o equipamento da marca Lennox modelo SWH-K 65 para a

creche e SWH-K 120 para o lar de idosos.

2.2.2 Fonte Geotérmica

Serão utilizadas sondas verticais a 16 Bar. A quantidade e área de captação tem em

atenção as características do terreno e o número de horas de funcionamento anual de 1780

horas em aquecimento e de 1620 horas em arrefecimento.

O dimensionamento terá em conta a capacidade térmica específica do terreno os

caudais do circuito de captação das bombas de calor e as necessidades caloríficas de captação

e dissipação. O número de sondas e a sua implementação levará ainda em conta a perda de

carga máxima das bombas circuladoras do circuito de geotermia.

Admitiu-se que a temperatura média da fonte (temperatura à entrada da Bomba de

calor) deverá ser de 10º pelo que a profundidade mínima das sondas deverá ter em conta este

facto. Por precaução o sistema de captação utilizará como fluido transportador uma solução

glicolada com pelo menos uma percentagem de forma que o ponto de congelação seja inferior

a -15ºC.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade equivalente,

apresenta-se como referência o equipamento da marca REHAU modelo 40.

2.2.3 Depósitos de Inércia

Com vista à redução dos consumos energéticos prevê-se a instalação de um depósito

de inércia em cada fracção para acumulação de água refrigerada/aquecida. Assim os depósitos

não deverão ter uma capacidade inferior a 3000 litros para o lar de idosos e de 1500 litros para

a creche. As ligações serão efectuadas conforme se representa no esquema de princípio da

instalação. Serão fornecidos com todos os acessórios necessários ao seu correcto

funcionamento. Serão construídos em chapa de aço e com pelo menos 85 mm de espessura de

isolamento térmico em poliuretano.

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Sem prejuízo da apresentação de eventuais propostas alternativas de qualidade

equivalente, apresentam-se como referência os depósitos da marca Sonnenkraft, modelo PS

Comfort XL.

2.3 Electrobombas

Os circuladores destinados aos circuitos secundários de água do sistema de

climatização serão do tipo centrífugo, monocelulares, "in-line", accionados por motores

eléctricos com rotor em curto-circuito, directamente acoplados ao veio do impulsor e com

empanques mecânicos. O corpo do circulador deverá ser em ferro fundido e o impulsor em

material compósito, ferro fundido ou ainda em aço inoxidável. As ligações da tubagem serão

flangeadas, devendo ser intercaladas uniões elásticas entre o circulador e as tubagens para

impedir a propagação de vibrações, conforme indicado no esquema de princípio da instalação.

Nos circuitos de água deverá dar-se preferência a circuladores de rotor imerso para

circulação forçada da água aquecida e água refrigerada a partir dos respectivos colectores,

com as seguintes características:

Corpo em ferro fundido, nos circuitos de água refrigerada e água aquecida;

Corpo do circulador em aço inoxidável, nos circuitos de água quente sanitária;

Veio cerâmico e chumaceiras radiais;

Chumaceira axial de carvão;

Invólucro do rotor e suportes das chumaceiras de aço inoxidável;

Impulsor de material resistente à corrosão;

O motor eléctrico será do tipo assíncrono de 2 ou 4 pólos, com rotor em gaiola de

esquilo, obedecendo à Directiva CEM (eficiência mínima EFF1 ou EFF2). Os circuladores

serão de velocidade variável, classe de isolamento F, e PN 10. Deverão ser seleccionadas para

limites de temperatura de funcionamento: de -25 a +110 º C.

De modo a poderem desmontar-se facilmente, os grupos terão ligações à tubagem por

flanges, e estarão inseridos num conjunto integrando 2 válvulas de seccionamento, 1 filtro e 1

válvula de retenção.

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Tabela 4 – Tabela de selecção de bombas circuladoras

Designação Caudal Perda Circuito Tipo Modelo

Max [l/h] de Carga [kPa]

BC1 6088 21 VC’s piso -1 Caudal Var. Magna 50-60

BC2 9516 44 VC’s piso 0 Caudal Var. Magna 50-60

BC3 5390 43 VC’s piso 1.1 Caudal Var. Magna 50-60

BC4 5688 42 VC’s piso 1.2 Caudal Var. Magna 50-60

BC5 5688 43 VC’s piso 2.2 Caudal Var. Magna 50-60

BC6 5390 42 VC’s piso 2.2 Caudal Var. Magna 50-60

BC7 1275 27 UTAN’s (Creche) Caudal Var. Magna 25-60

BC8 4085 62 UTAN’s (Lar) Caudal Var. Magna 25-100

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade equivalente,

apresentam-se como referência os equipamentos da marca Grundfos.

Nota: as perdas de carga indicadas e deverão ser corrigidas face aos traçados definitivos e perda de carga nos equipamentos instalados. As pressões apresentadas deverão ser corrigidas no decurso da obra para tomar em consideração as diferenças de perdas de carga entre os equipamentos efectivamente instalados (permutadores, baterias, válvulas, etc..) e os equipamentos de referência utilizados no desenvolvimento do projecto, bem como eventuais alterações no traçado das tubagens. Em fase oportuna de realização da obra, o empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização o cálculo de perda de carga dos circuitos hidráulicos tomando em consideração as perdas de cargas efectivas nos equipamentos aprovados, com vista à determinação das características dos circuladores.

2.4 Redes Hidráulicas

2.4.1 Tubagem em PVC

Os tubos de PVC usados para o escoamento dos condensados terão as dimensões

normalizadas existentes no mercado. A ligação dos tubos entre si e destes com os acessórios

será feita por meio de encaixe à pressão com anilha de estanquidade.

Os tubos serão instalados em tectos falsos de modo a que fiquem acessíveis,

suportados por abraçadeiras fixas aos elementos da construção tais como paredes e tectos

sendo que em situações pontuais poderão ser embebidos nos pavimentos e/ou paredes. O

espaçamento dos pontos de fixação deverá ser o adequado ao diâmetro e características da

tubagem, de forma a impedir a formação de flechas excessivas. Os tubos serão montados com

as pendentes necessárias para garantir o escoamento da água por gravidade, não devendo em

nenhum caso essa pendente ser inferior a 1,5%.

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2.4.2 Tubagem Multicamada

Será usada na ligação do chiller, ventiloconvectores e igualmente para ligação às

baterias de água das Unidades de Tratamento de Ar.

A tubagem é constituída por um tubo intermédio de alumínio com soldadura solapada

e duas camadas de polietileno reticulado pelo método “Engel”, dotada de uma barreira anti-

difusão de etil-vinil-álcool, que evita a entrada de oxigénio nas tubagens, por difusão, que

danificaria as partes metálicas da instalação.

A ligação de tubagens, far-se-á por acessórios MLCP, ou equivalente, com acessórios

em PPSU ou bronze, que permitam ser embebidos em argamassa, depois de isolados.

Como padrão de qualidade elucidativa do pretendido, refere-se, o tubo e acessórios da

marca Uponor.

2.4.3 Tubagem em Cobre

A tubagem do circuito solar e entre os colectores solares e o depósito, deverá ser em

tubo de cobre fosforoso e desoxidado. A sua construção será do tipo “WEDNESBURY” em

vara, meio duro, de acordo com a norma BS 2871 Pte 1, com acessórios do mesmo material,

segundo a norma BS 864 Pte 2, próprios para soldadura capilar. A espessura mínima dos

acessórios para soldadura deverá ser a seguinte:

Tabela 5 - Diâmetros e espessuras de tubos de cobre

Diâmetro [mm] Espessura mínima [mm] Ø 8 1 Ø 10 1 Ø 12 1 Ø 15 1 Ø 18 1 Ø 22 1 Ø 28 1,5 Ø 35 1,5 Ø 42 1,5

2.4.4 Circuito de Distribuição de Água Aquecida e Refrigerada

Nos circuitos hidráulicos serão usados tubos de multicamada, devendo os acessórios a

usar ser adequados ao material dos tubos.

Nas ligações da tubagem ou acessórios por meio de flanges serão sempre usadas juntas

de vedação apropriadas, em borracha ou outro material adequado, não podendo contudo ser

usadas juntas de amianto nem com outro tipo de MNEL.

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A fixação das tubagens deverá ser executada com os cuidados necessários para não

ferir nem comprimir o isolamento térmico, quer na fase de montagem quer durante o normal

funcionamento da instalação.

A tubagem deverá ser montada, sempre que possível, com pendentes que facilitem a

purga de ar existente na canalização. Nos pontos altos da tubagem deverão ser instalados

purgadores automáticos de ar.

Quando os traçados das tubagens o exigirem, deverão ser tomadas as medidas

necessárias para absorver e compensar as dilatações devidas à variação das temperaturas a que

estão sujeitas (e também nas juntas de dilatação do edifício).

Os suportes metálicos das tubagens instalados à intempérie deverão ser realizados em

aço e terão tratamento de metalização com espessura não inferior 0,8 µm. Sobre a metalização

será aplicada a tinta de acabamento definida pela Fiscalização. Os suportes metálicos

instalados no interior serão pintados com primário anticorrosivo e tinta de acabamento igual à

dos restantes suportes.

2.4.5 Acessórios de Tubagem

Nas tubagens com diâmetros compreendidos entre os 16 e os 50 mm, serão

usados acessórios MLCP, que permitem que o tubo seja pressionado sobre a tetina do

acessório em toda a superfície.

E para grandes diâmetros, de 63 a 110 mm, serão usados Acessórios Modulares

MLCP, com grande versatilidade e comodidade de utilização.

As mudanças de direcção poderão ser feitas com acessórios, cravados em máquinas

apropriadas ou poderão ainda ser executadas em obra a frio, desde que se tratem de pequenas

curvaturas.

Na execução das curvas em obra deverão observar-se as seguintes condições:

A superfície exterior não deverá apresentar ondulações visíveis.

Ao longo de toda a curva o diâmetro devera manter-se o mais uniforme possível, não

devendo os diâmetros exteriores exceder o valor de 5% do diâmetro exterior dos traços

rectilíneos correspondentes.

O raio de curvatura medido em relação ao eixo do tubo deverá ser igual no mínimo a 4

vezes o diâmetro exterior do tubo.

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2.4.6 Pontos de Apoio

Os pontos de apoio deverão ser sólidos, executados em aço tratado contra a corrosão e

pintado na cor da tubagem.

Os pontos de apoio fixos (amarrações) serão executadas de maneira a resistir aos

esforços sem permitir o deslizamento das tubagens. Será proibida a soldadura directa sobre os

tubos, de elementos de fixação, relativos a pontos de apoio fixo.

Os pontos de apoio simples (suportes deslizantes) serão executados de maneira a

permitir a dilatação das tubagens, a absorver os esforços laterais para manter o alinhamento e

a permitir o deslocamento longitudinal sem desgaste sensível e sem deterioração do

isolamento. Em particular, os apoios deverão garantir que, junto das juntas de dilatação, o

guiamento se faça também verticalmente, de forma a absorver os esforços transversais.

A montagem dos apoios e a distância entre eles deverão ser adequadamente previstos,

para que as deformações das tubagens em serviço, ou quando dos ensaios, não originem

tensões inadmissíveis nos tubos, nem alterem a inclinação de modo a que possa dificultar o

escoamento dos fluidos ou as purgas. Por esse motivo as distâncias entre apoios devem ser, no

máximo de 3 m.

Nas montagens à vista, ficarão as tubagens afastadas das paredes ou tectos, mesmo

depois de isolados e revestidas, cerca de 5 cm, e nos atravessamentos das paredes, tectos ou

pavimentos serão envolvidos por mangas de protecção, que permitam a sua livre dilatação.

Estas mangas não poderão servir de apoio à tubagem nem esta poderá sequer, ficar em

contacto com elas depois de montada.

O adjudicatário apresentará os desenhos definitivos de implantação e execução dos

pontos de apoio fixo e simples, função das características exactas dos tubos e do

encaminhamento real das instalações.

2.4.7 Equipamento Acessório

Considera-se como equipamento acessório todo e qualquer elemento que realize a

regulação, corte, protecção, comando e controle mecânico do escoamento hidráulico, tais

como válvulas, filtros, manómetros, termómetros, etc. Todos estes acessórios deverão

respeitar as especificações seguintes e serem instalados nos locais indicados nas peças

desenhadas nomeadamente no esquema de principio de funcionamento da instalação sendo a

pressão nominal PN10.

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As flanges terão as dimensões de acordo com as normas DIN correspondentes à

pressão nominal, temperatura e fluído operante. O corpo e tampa serão em bronze. Anéis de

vedação em neoprene ou teflon, sedes e obturadores, haste e elementos filtrantes serão

construídos em aço inoxidável com as características apropriadas à pressão nominal,

temperatura e fluido a utilizar.

Válvulas de Seccionamento ou de Corte Destinam-se a interromper completamente os circuitos hidráulicos onde se inserem,

nunca podendo ser utilizadas como válvulas de regulação de caudal. Assim, só poderão

trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas. Serão do tipo macho esférico,

roscadas ou flangeadas, de acordo com as condições atrás referidas. As válvulas deverão ser

de marca de comprovada reputação.

Válvulas Dinâmicas de Regulação de Caudal Válvulas automáticas de regulação de caudal, próprias para o equilíbrio dinâmico de

sistemas hidráulicos. Permitem manter o caudal projectado em cada circuito

independentemente das variações de pressão que possam ocorrer. O caudal que atravessa a

válvula é limitado por um cartucho metálico com possibilidade de ajuste para vários índices

de caudal. Cada índice de caudal é definido por um disco metálico com um determinado

orifício concêntrico de diâmetro calibrado. Deverão incluir tomadas de pressão/temperatura.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade equivalente, apresenta-se

como referência as válvulas da marca Frese.

Válvulas de Regulação e Medição de Caudal estáticas Válvulas de equilíbrio estático para regulação e medição de caudal. Consiste numa

válvula de regulação com uma secção de medida onde é criada uma queda de pressão. Esta

secção consiste num tubo de Venturi com uma construção especial através do qual o caudal

pode ser medido.

Válvulas Equilibradores de Pressão Válvulas destinadas a permitir o equilíbrio de pressão entre os circuitos a montar.

Deverão possuir os acessórios necessários para ligação de manómetro.

Válvulas de 2 e 3 Vias Motorizadas As válvulas de 2 e de 3 vias motorizadas deverão de fabrico de série, de marca

conceituada, do tipo de sede inclinada com corpo em bronze. Serão accionadas por

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servomotor de acção modulante ou tudo-nada conforme se indica nas peças desenhadas,

nomeadamente no esquema de princípio de funcionamento da instalação.

Válvulas de Retenção As válvulas de retenção serão do tipo charneira, devendo oferecer baixa resistência à

passagem da água.

Válvulas de Segurança As válvulas de segurança deverão ser de fabrico de série, de marca conceituada,

homologadas pelos organismos competentes. Deverão ser fornecidas já taradas e seladas de

fábrica, e deverão ter indicação clara e indelével da respectiva pressão nominal. A ligação das

válvulas aos circuitos hidráulicos será feita sem interposição de nenhum dispositivo de corte.

Sob a saída de descarga das válvulas serão montados copos de recolha ligados aos circuitos de

esgoto e drenagem com sifão. Os copos de recolha deverão ser montados para que seja visível

se a válvula se encontra aberta ou fechada.

Filtros de Água Do tipo Y com elemento filtrante de chapa perfurada ou de cartucho de rede em aço

inox. Sistema de limpeza com válvulas de “by-pass” de diâmetro ½" de maneira a que a

instalação permaneça em funcionamento.

Válvulas Redutoras de Pressão A sua construção será conforme o solicitado anteriormente e definidas de acordo com

as pressões de entrada e saída do fluido. Deverão permitir regular automaticamente a pressão

a jusante para o valor indicado para os equipamentos a instalar, de modo a que a não exceda

5% da variação de pressão a montante.

Juntas Anti-Vibráteis Serão constituídas por fole em borracha com elevada resistência ao envelhecimento e

serão apropriadas para água com temperaturas entre 0ºC e 100ºC. Deverão ser capazes de

absorver as dilatações das tubagens em que se encontram inseridas, bem assim como as

vibrações produzidas pelos motores dos equipamentos. Serão ligadas às tubagens por flanges

e contra-flanges em aço, fixadas por parafusos e porcas para permitir fácil desmontagem.

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Manómetros Os manómetros a utilizar deverão ser do tipo “Bourdon”, graduados em kg/bar. De

preferência devem os manómetros ser circulares, com um diâmetro mínimo de 80 mm, com

rosca gás 15x21 que serão utilizados na generalidade para todas as instalações correntes.

Todos os manómetros devem ser fornecidos e montados com uma válvula de seccionamento e

purga para intercalar entre o manómetro e a tubagem.

Termómetros Os termómetros deverão ter quadrante circular com diâmetro não inferior a 80 mm e

escala graduada em ºC. Deverão ter bolbo para imersão o qual será montado em bainha

metálica imersa na tubagem, para permitir desmontar o termómetro sem esvaziar a tubagem.

Serão localizados de modo a permitirem uma fácil leitura, e quando possível, nas curvas a

90º. A sua precisão será, pelo menos, de 1% da graduação máxima que será de cerca de

120ºC.

Purgadores Automáticos Os purgadores terão o corpo em latão, de purga de ar flutuador com válvula de fecho

incorporado, possibilitando a desmontagem do purgador sem esvaziar a instalação.

Temperatura de serviço máxima, de 110ºC e pressão nominal de 10 kg/cm2. Além dos

considerados nos pontos mais altos da instalação, deverão ser montados os que vierem a ser

julgados necessários para perfeito funcionamento do sistema.

Separador de Partículas de Ar De fabrico de série e marca conceituada, adequado para intercalar em circuitos de

água quente, constituído por recipiente em chapa de aço, e tobuladuras de entrada e saída

dispostas de forma adequada para provocar a separação de ar por efeito centrífugo. O

separador de ar será fornecido com um purgador de ar automático montado na saída de ar,

com as características referidas na especificação técnica de purgadores de ar.

Vaso de Expansão Os vasos de expansão deverão ser de fabrico de série e de marca conceituada. Serão

do tipo fechado, construídos em chapa de aço. Serão do tipo pré-comprimido, de pressão

variável. Deverão possuir duas câmaras separadas por uma membrana flexível em borracha

butílica, cheia de gás e outra em comunicação directa com a água do respectivo circuito. A

membrana de borracha será desmontável para eventual substituição.

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Deverão estar equipados com válvula de segurança e manómetro. Deverá ser

contemplada em obra um ponto de esgoto próximo da descarga da válvula de segurança de

forma a evitar derrames nas zonas técnicas.

As capacidades dos vasos de expansão estarão de acordo com o volume de água da

instalação e a temperatura de serviço determinadas através da seguinte expressão matemática:

1 i

f

e CV

P

P

onde:

V – volume do vaso (l);

e - coeficiente de expansão da água. Calculado com base na máxima diferença entre a

temperatura da água na instalação a frio e a máxima em funcionamento. Na prática, para o

aquecimento, assume-se o valor convencional de 0,035;

C - conteúdo total de água da instalação (l);

Pi - pressão absoluta inicial (bar), à cota a que é instalado o vaso, representada pela

pressão hidrostática + 0,3 bar + pressão atmosférica (1 bar). Na prática é a pressão de pré-

carga do vaso aumentada de 1 bar;

Pf - pressão absoluta final (bar) representada pela pressão máxima de exercício da

instalação + pressão atmosférica (1 bar). Na prática é a regulação da válvula de segurança

aumentada de 1 bar.

Tabela 6 - Tabela do coeficiente “e”, com a variação da temperatura, relativamente à temperatura de 4ºC (ρ=1000 kg/m3)

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Dispositivos de Alimentação Automática A alimentação de água aos circuitos fechados, para enchimento e compensação de

perdas far-se-á através de um dispositivo que compreenderá uma válvula alimentadora

automática (redutora de pressão), um manómetro, filtro e válvula de retenção.

2.4.8 Colector de Distribuição

É considerado um mono colector do tipo “garrafa de mistura” construído em tubo de

aço sem costura, EN 10255 PN10, cilíndrico e com tampos abaulados. As tubuladuras de

entrada e saída serão soldadas ao tubo colector. A preparação da superfície, isolamento e

revestimento serão idênticas aos da rede que alimentam. Com o intuito de promover uma

circulação conveniente de água dos vários circuitos, as entradas e saídas dos colectores serão

feitas em lados opostos, conforme representado no esquema de princípio da instalação. Será

instalado na área técnica do edifício, conforme peças desenhadas. Deverá ser construído

conforme esquema de princípio.

O colector será montado a altura conveniente de forma a facilitar a manobra das

válvulas dos diferentes circuitos e incluirá todos os acessórios para o seu suporte, isolamento

e revestimento. Terá ainda uma saída de reserva de DN 40 (1 1/2 ") tamponada com flange

cega, com entradas de DN 15 (1/2") para termómetro, manómetro, sonda de imersão e válvula

de segurança e uma saída de DN 40 (1 1/2") para descarga.

2.4.9 Tratamento de Água de Enchimento e Compensação

Para tratamento da água de enchimento e compensação dos circuitos hidráulicos que

compõem as redes de distribuição, e sobretudo para o funcionamento com água a

temperaturas baixas (água fria), deverá ser proposto um tratamento químico à base de

polifosfatos. Este produto promove a formação de uma película inibidora de corrosão sobre a

superfície interna metálica, tanto de metais ferrosos como não ferrosos. Além do efeito anti-

corrosivo, este produto também funciona como anti-incrustante, evitando a formação de

incrustações calcárias e a deposição de sólidos não dissolvidos. A adição do produto inibidor

de corrosão permitirá a correcção do valor de pH no interior do circuito. O doseamento do

produto deverá ser efectuado na linha de compensação e proporcionalmente ao respectivo

caudal de passagem. A dose recomendada é de aproximadamente. 1500-2000 gramas por cada

metro cúbico de água do circuito fechado. O produto deverá ser adicionado durante o

enchimento final, após a limpeza geral do circuito.

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Fazem ainda parte deste tratamento, o filtro de protecção, com corpo em acrílico

transparente e válvula de purga, com célula filtrante em fibra celulósica, este deverá ser

instalado em paralelo com uma válvula de mistura de forma a garantir um valor óptimo de

dureza na água de alimentação ao circuito fechado, que nunca deverá ser nulo.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade equivalente,

apresenta-se como referência as soluções propostas pela ENKROTT.

2.5 Tratamento de Ar

2.5.1 Unidades de Tratamento de Ar Novo

Serão unidades de fabrico de série, de marca conceituada, de construção modular para

montagem horizontal. Serão compostas por vários módulos, correspondentes ao equipamento

diferenciado que comportam, constituindo no seu todo, um móvel robusto com acabamento

cuidado.

As unidades de tratamento de ar novo serão fabricadas a partir de uma estrutura do

tipo modular em perfil de PVC ou de alumínio e painéis duplos com poliuretano injectado, o

que lhes proporciona um baixo nível de ruído e um excelente isolamento térmico. Estes

painéis duplos tipo “sanduíche” terão 50 mm de espessura e serão constituídos por chapa

galvanizada plastificada na face exterior, com uma película de PVC RAL 5024 com protecção

UV, e face interior em chapa galvanizada.

O espaço intermédio dos painéis será preenchido por poliuretano com uma densidade

superior a 45 kg/m3, oferecendo uma elevada resistência às solicitações mecânicas e

respondendo de um modo eficiente à tracção, alongamento e flexão. A nível acústico e

térmico o isolamento garante uma redução no domínio da frequência de Rw= 40 dB e uma

condutibilidade térmica específica de 0,024 W/(m2.K).

Para garantir a estanquidade entre cada módulo será aplicada uma junta de vedação em

EPDM com uma espessura de 3 mm.

O acesso ao interior das várias secções é realizado por portas de visita de alta

estanquidade equipadas com fechos de elevada robustez. A abertura a 180º permitirá um

acesso fácil e franco para inspecção e serviço.

Os principais componentes (filtros, baterias) serão montados sobre calhas deslizantes

para facilitar a sua remoção para inspecção e manutenção. As unidades de tratamento de ar

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novo deverão possuir bases de apoio adequadas, especificamente projectadas de forma a

garantir elevada durabilidade e qualidade das concepções, materiais e acabamentos.

A montagem dos vários módulos será feita por intermédio de juntas apertadas pelo

interior por parafusos, garantindo uma união perfeita. A estanquidade será assegurada por

meio de junta em EPDM, tornando o conjunto final isento de fugas.

O conjunto bem como os diversos módulos deverão respeitar as exigências de

construção prescritas na norma NP EN 1886 nomeadamente; resistência mecânica 2A,

estanquidade B, fugas por “by-pass” aos filtros F9, condutividade térmica F1, pontes térmicas

TB1 e protecção anti-fogo M2.

As classes acima enumeradas devem ser entendidas como as mínimas admissíveis. As

secções que compõem as diferentes unidades serão as seguintes, quando aplicável e conforme

esquema de princípio da instalação:

Secção de admissão de ar composta por grelha ou conduta com rede do tipo “bico

de pato”.

Secção de pré-filtragem constituída por filtros planos com eficiência de 80%,

gravimétrica (G4). Possuirá pressóstato diferencial e alarme luminoso no QE para

valores de perda de carga superior ao valor máximo admissível indicado pelo

fabricante.

Secção de filtragem constituída por filtro com elevada eficácia de espectro DEHS a

partículas de 0,4μm segundo a norma EN 779:2002. Será admitido como mínimo

um filtro com classe mínima F5. Possuirá pressóstato diferencial e alarme luminoso

no QE para valores de perda de carga superior ao valor máximo admissível

indicado pelo fabricante.

Secção de recuperação de calor com módulo composto por recuperador de placas

com fluxos cruzados em chapa de alumínio em que o ar novo e o ar extraído fluem

em direcções opostas em canais adjacentes totalmente separados. “By-Pass” com

registos motorizados para permitir o “arrefecimento gratuito”. A eficiência da

recuperação não deverá ser inferior a 50%. A secção de recuperação de calor

deverá ser equipada com tabuleiro de condenados em aço inox AISI 304 com

ligação para descarga sifonada de 1 ½’’.

Secção de arrefecimento/aquecimento composto por bateria de tubos de cobre sem

costura e alhetas em alumínio cravadas mecanicamente. Terão no máximo 4 fiadas

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e as ligações às tubagens são feitas por tubo de cobre com tratamento anticorrosivo.

A bateria será equipada com tabuleiro de condensados inclinado amovível em inox

AISI 304 caso seja de arrefecimento ou arrefecimento/aquecimento. Sempre que a

velocidade frontal na bateria de arrefecimento ultrapassar os 2,5 m/s será instalado

um separador de gotas.

Separador de gotas, se existir, será constituído por lâminas de polipropileno e

estrutura em alumínio. Será instalado um tabuleiro de condensados em aço inox

AISI 304, devidamente dimensionado e com uma inclinação adequada ao perfeito

escoamento e amovível ou utilizará o da bateria anterior.

Secção de ventilação (insuflação e retorno) composto por ventilador centrifugo à

acção ou reacção, de dupla aspiração, acoplamento directo do tipo “Plug-Fan”,

movido por motor trifásico 230/400V 50Hz, IP55, EFF2, com pressão estática

adequada ao bom funcionamento do sistema onde está inserido. Todos os órgãos

com movimento de rotação serão estática e dinamicamente equilibrados quer,

individualmente quer no seu conjunto e montados sobre apoios anti-vibráticos de

forma a obter-se um funcionamento silencioso. Os motores eléctricos de

accionamento dos ventiladores, deverão ser silenciosos de construção robusta do

tipo blindado, montado sobre suporte com mecanismo tensor. As ligações eléctricas

deverão ligar a caixas terminais, devidamente isoladas e protegidas. Estas secções

deverão estar equipadas com óculo em vidro duplo e suporte para lâmpadas de

60W, IP54, ligadas a interruptor instalado no exterior da secção. Possuirá

pressóstato diferencial e alarme luminoso no QE para monitorização dos valores de

perda de carga.

Secção de atenuação (insuflação e retorno) composto por elementos verticais com

elemento absorsor de alta densidade protegido do efeito de erosão do ar por

película de fibra de vidro de alta resistência. O material para correcção acústica será

de preferência o felcro, não combustível com reacção ao fogo M0 de

comportamento não hidrófilo de baixa condutibilidade térmica.

Para segurança do pessoal de manutenção todas as unidades disporão de interruptor de

corte local devidamente assinalado, um “Switch” instalado na porta de acesso à secção de

ventilação, que desligará o motor eléctrico sempre que se abrir a porta para inspecção ou

manutenção e evita o accionamento da unidade durante estas operações.

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As unidades de tratamento de ar novo montadas à intempérie possuirão cobertura

própria para montagem à intempérie construída com a chapa exterior dos painéis, inclinada

com uma pendente mínima de 2%.

Deverá ser colocado especial cuidado com o transporte, armazenamento e instalação

das UTAN’s devendo todas as aberturas às condutas ser protegidas contra a sujidade.

Deverão ser deixados espaços, para manutenção equivalentes à largura da UTAN.

Tabela 7 - Características das UTAN's

Designação UTAN 1 UTAN 2 UTAN 3 UTAN 4 UTAN 5

Área Tratada Piso -1 Piso 0 (Lar) Piso 0 (Salas) Piso 1 (Quartos)

Piso 2 (Quartos)

Localização Cobertura Cobertura Cobertura Cobertura Cobertura

Tipo de montagem Sobreposta Sobreposta Sobreposta Sobreposta Sobreposta

Caudal de Ar Novo m3/h 5100 3630 4050 2505 2505

Caudal Retorno (max/min) m3/h 8125 8125 8125 4510 6920

Pré-Filtro F5 F5 F5 F5 F5

Recuperador de calor Flux. Cruzados Flux. Cruzados Flux. Cruzados Flux. Cruzados Flux. Cruzados

Filtro F7 F7 F7 F7 F7

Nº de Baterias 1 1 1 1 1

P. Sensível kW 26 22 14 24 24

P. Latente kW 4 3 2 3 3

P. Aquecimento kW 9 8 5 8 8

Ventiladores VI/VE Centrifugos Centrifugos Centrifugos Centrifugos Centrifugos

Pressão estática VI/VE Pa 230 / 230 230 / 230 230 / 230 150 / 150 150 / 150

Transmissão VI/VE Plug-Fan Plug-Fan Plug-Fan Plug-Fan Plug-Fan

Nº de Velocidades Variavel Variavel Variavel Variavel Variavel

Atenuador acustico Ins/Ret Sim/Sim Sim/Sim Sim/Sim Sim/Sim Sim/Sim

Filtro Fino F9 F9 F9 F9 F9

“Freecooling” Sim Sim Sim Sim Sim

Controlo/comando GTC GTC GTC GTC GTC

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade equivalente,

apresenta-se como referência os equipamentos da marca Lennox, modelo 23Lx.

2.5.2 Ventiloconvectores

Estão previstos, para o tratamento ambiental dos diversos espaços, ventiloconvectores

que são do tipo de tecto falso com ligação a condutas, dispondo de uma bateria de

aquecimento/arrefecimento. Todos os componentes dos ventiloconvectores ficarão acessíveis,

quer para permitir operações de manutenção.

As serpentinas da bateria serão em tubo de cobre expandido mecanicamente em

alhetas de alumínio, purgador de ar manual e tampão de purga. A serpentina será alimentada

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por intermédio de uma válvula reguladora motorizada, tipo "tudo-nada”, comandada por

termóstato com zona neutra, protegida a montante por filtro para água. Uma válvula de

regulação montada em série com a válvula motorizada permitirá o ajustamento do equilíbrio

exigido para a rede.

O controlo dos VC’s será feito por comando encastrado em parede da marca dos

ventiloconvectores ou outra. Este painel de controlo, com selector de quatro posições (OFF-

MAX-MED-MIN) para variação de velocidade, bem como o controlo termoestático, será

remoto e colocado em local a definir pela fiscalização.

Todas as unidades serão seleccionadas de modo a satisfazer as cargas constantes nas

peças desenhadas de circuitos hidráulicos e quadros anexos.

Terão integrado filtro de ar na aspiração. Os filtros de ar em material sintético, serão

facilmente, amovíveis e laváveis. O motor será directamente acoplado, monofásico, para 230

V, com três velocidades.

Disporão ainda de tabuleiro de recolha de condensados abrangendo o conjunto da

bateria e prolongando-se sob a zona de montagem da(s) válvula(s) respectiva(s).

Todos os VC devem ter o tabuleiro de recolha de condensados, interligado por

tubagem de PVC DN25, sifonada, e ligada à rede de águas pluviais, com inclinação contínua

desde a unidade até ao ponto de ligação.

Em situações sem possibilidade de drenagem natural de condensados o(s) VC em

questão disporão de bomba de drenagem específica com funcionamento automático.

Tabela 8 – Mapa de ventiloconvectores

P.Aque. P. Arref. Tipologia Pressão Modelo

Designação Total Total Estática

[kW] [kW] [Pa]

VC1 6,01 3,14 Conduta Média FWB 03

VC2 10,31 5,08 Conduta Média FWB 05

VC3 16,85 8,67 Conduta Média FWB 09

VC4 18,78 10,34 Conduta Média FWB 10

Sem prejuízo da apresentação de eventuais propostas alternativas de qualidade

equivalente, apresentam-se como referência para os ventiloconvectores da marca Daikin.

2.5.3 Ventiladores Centrífugos com Caixa

As caixas de ventilação estanques serão fabricadas em chapa de aço galvanizado, com

isolamento acústico não inflamável (M0) com 50 mm de espessura, fechos estanques, de tipo

tracção giratória, de fácil abertura. O ventilador do tipo centrífugo com alhetas curvadas para

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a frente e motor, directamente acoplado, com IP 44, classe F, com rolamentos de esferas,

protector térmico e caixa de bornes com IP55. As caixas de ventilação deverão ser providas

de interruptor de corte local, variador de velocidade e bico de pato na descarga.

Tabela 9 – Parâmetros de dimensionamento dos ventiladores de extracção

Designação Caudal Pressão Estática Marca de Referência Modelo de [m³/h] [Pa] Referência

VE1 720 70 S&P CAB 250 VE2 720 85 S&P CAB 250 VE3 1115 85 S&P CAB 315 VE4 1115 75 S&P CAB 315 VE5 1460 190 S&P CAB 315N VE6 1020 70 S&P CAB 250

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade equivalente,

apresentam-se como referência os equipamentos da marca Soler & Palau, série CAB.

Nota: as perdas de carga indicadas são na rede de condutas e grelhas/difusores deverão ser corrigidas

face aos traçados definitivos e perda de carga nos equipamentos instalados. As pressões apresentadas deverão ser corrigidas no decurso da obra para tomar em consideração as diferenças de perdas de carga entre os equipamentos efectivamente instalados e os equipamentos de referência utilizados no desenvolvimento do projecto, bem como eventuais alterações no traçado das condutas. Em fase oportuna de realização da obra, o empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização o cálculo de perda de carga dos circuitos aerólicos tomando em consideração as perdas de cargas efectivas nos equipamentos aprovados, com vista à determinação das características dos ventiladores.

2.5.4 Condutas

A instalação das condutas será executada de acordo com os traçados e as dimensões

indicadas das peças desenhadas. As secções aí referidas deverão entender-se como mínimas,

correspondendo às áreas livres que devem ser respeitadas. Deverão apresentar um aspecto liso

e as suas juntas serão acabadas com cuidado, garantindo uma boa estanquidade.

Deverão ser previstos todos os acessórios que, embora omissos no projecto, sejam

necessários ao bom comportamento hidráulico, mecânico e sonoro das redes de condutas.

Todos os acessórios de interligação das condutas, tais como curvas, cotovelos, uniões,

derivações, mudanças de secção e outros, deverão ser executados no mesmo material e do

mesmo tipo das condutas em que se inserem e ainda com os cuidados necessários para

minimizar as turbulências no fluxo de ar e as perdas de carga. O encaixe será feito por

parafusos para chapa metálica, devendo todas as ligações ser perfeitamente calafetadas e

estanques com produtos sem MNEL’s.

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Em todos os ramais principais e bifurcações/derivações, assinalados nas peças

desenhadas, serão colocados registos de caudal para equilibragem de cada sistema, ou ainda

em locais que não estejam assinalados mas onde se considere necessário para o correcto

funcionamento da instalação.

As ligações das condutas aos diversos equipamentos dos circuitos aerólicos

(ventiladores, caixas de ventilação, unidades de tratamento de ar e ventiloconvectores), serão

executadas quer a montante quer a jusante dos equipamentos, bem como nas passagens das

condutas pelas juntas de dilatação do edifício por intermédio de juntas flexíveis feitas de

material imputrescível e estanques ao ar. A união entre as lonas e as condutas será feita com

perfis angulares galvanizados.

Deverá haver especial cuidado na colocação do isolamento térmico por forma, a que

este não apresente descontinuidades entre as ligações das condutas às juntas flexíveis. Na

passagem pelas juntas de dilatação do edifício, as condutas serão apoiadas antes e depois da

junta flexível.

Todas as curvas e bifurcações deverão ser construídas com um raio de curvatura

mínimo no seu eixo, maior ou igual a 1,5 vezes o diâmetro ou largura da conduta.

Admite-se a instalação de curvas e cotovelos com raios de curvatura inferiores em

situações onde por razões de atravancamentos se revele a única opção. Nestas situações, serão

instaladas alhetas deflectoras para facilitar o encaminhamento do ar. Contudo, a instalação

destes carece sempre de aprovação pela Fiscalização, Projectista ou Perito da Qualidade do Ar

Interior do SCE.

Serão instaladas portas de visita, norma EN 12097, de forma a poder ser inspeccionada

toda a rede de condutas. Estas mesmas portas de visita deverão garantir o acesso a robôs de

limpeza para higienização da rede de condutas conforme se especifica mais à frente.

Em caso algum serão ser aceites condutas não tamponadas durante o seu transporte até

ao local da obra. Este tamponamento será mantido em armazém de obra e durante a

montagem das mesmas.

As condutas de insuflação bem como as de retorno a eventuais caixas de mistura ou

recuperadores de calor deverão ser isoladas termicamente sempre pelo exterior, o mesmo

acontecendo aos plenos de insuflação e retorno ligados a difusores e grelhas. Este isolamento

deverá ser executado com lã mineral, com barreira de vapor, protegido mecanicamente com

chapa de alumínio quando montados à intempérie. Poderão ainda ser protegidos com chapa

pintada, de cor e tinta a aprovar pela Fiscalização.

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É possível a utilização de condutas do tipo flexível, em troços nunca superiores a 1,0

m, e apenas nas ligações das redes principais aos plenos de montagem dos difusores e grelhas.

Estas, serão isoladas termicamente e dotadas de barreira de vapor caso se tratem de condutas

de insuflação ou retorno.

As condutas de extracção serão em tudo idênticas às de insuflação/retorno contudo,

não possuem isolamento térmico.

Condutas Rectangulares As condutas de ar de secção rectangular deverão ser do tipo baixa pressão, construídas

em chapa de aço galvanizado e fabricadas de acordo com as normas S.M.A.C.N.A.

A espessura da chapa a utilizar no fabrico destas condutas será função da maior

dimensão transversal destas e não poderá ser inferior aos valores que seguidamente se

indicam:

Tabela 10 – Espessura da chapa, condutas rectangulares

Lado maior da conduta Calibre/Espessura da chapa Até 300 mm nº24/0,6 mm

de 300 a 600 mm nº22/0,8 mm de 600 a 1200 mm nº20/1,0 mm de 1200 a 1800 mm nº18/1,2 mm Superior a 1800 mm nº16/1,6 mm

As condutas rectangulares deverão ser construídas com costura longitudinal do tipo

rebordado “Pittsburg Seam”, garantindo sempre uma perfeita estanquidade. As junções

transversais entre condutas serão feitas por meio de calha deslizante desde que o seu lado

maior não exceda os 600 mm, sendo que para dimensões maiores utilizar-se-ão aros de

cantoneira de chapa galvanizada. As condutas de lado maiores ou superiores a 300 mm

deverão ser vincadas em “bico de diamante” com vista a aumentar a sua resistência à

deformação e à vibração.

Nas condutas em que um dos lados ultrapasse os 600 mm, os troços serão limitados

por aros de cantoneiras de ferro, para ligação entre si. Entre os aros sujeitos a aperto, serão

colocadas juntas de material imputrescível de forma a tornar as uniões perfeitamente

estanques. Em nenhuma situação será permitida a utilização de juntas de feltro alcatroado ou

outro tipo de MNEL. Não são permitidas ligações, condutas ou plenos fechados por cravação.

As transformações de secção, quando divergentes não deverão apresentar ângulos

superiores a 30º, medidos entre faces ou a 15º, medidos entre a face e o eixo da conduta. Nas

transformações convergentes, estes ângulos terão como máximo respectivamente 40º e 20º.

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A suspensão das condutas deverá ser feita por meio de varões de aço roscados, os

quais ligarão às condutas nas flanges de ligação dos troços, ou quando estas não existirem, a

aros em cantoneira instalados à volta das condutas para esse fim.

Os suportes de fixação e/ou suspensão das condutas montadas à intempérie serão

realizados em aço e terão metalização com espessura não inferior a 0,8 µm Sobre a

metalização será aplicada tinta de acabamento a definir pela Fiscalização.

Condutas de Secção Circular As condutas de ar de secção circular serão de fabrico de série, feitas em máquinas

automáticas próprias para o efeito, utilizando como matéria-prima fita de aço galvanizado,

com execução espirilada. Todos os acessórios de interligação deverão ser construídos no

mesmo material e, as ligações entre tramos de diferentes diâmetros realizadas por meio de

secções tronco-cónicas convergentes. A interligação entre troços de conduta ou entre estes e

os acessórios será realizada com utilização de uniões adequadas, cravadas com rebites. Em

todas as uniões deverá aplicar-se um vedante adequado.

A fixação das condutas far-se-á por meio de abraçadeiras rígidas em aço galvanizado

ou metalizado, constituídas por duas metades juntas por parafusos com porca. Entre as

abraçadeiras e as condutas deverá colocar-se material anti-vibrático imputrescível para evitar

a transmissão de ruídos. As condutas serão suspensas pelas abraçadeiras de fixação por meio

de pendurais em varão de aço roscado fixos ao tecto ou às paredes por buchas metálicas de

expansão. Os suportes de fixação e/ou suspensão das condutas montadas à intempérie serão

realizados em aço e terão metalização com espessura não inferior a 0,8 µm. Sobre a

metalização será aplicada tinta de acabamento a definir pela Fiscalização.

Apoios e Fixação de Condutas Todas as redes de condutas serão solidamente suspensas ou fixadas aos elementos

estruturais ao edifício (lajes, vigas, paredes, etc..) ou a outras estruturas metálicas

permanentes, adaptando-se perfeitamente ao mesmo, mantendo-se sempre que possível um

paralelismo perfeito com as lajes e outros elementos da estrutura. As ligações das condutas

aos equipamentos serão feitas de modo a não transmitirem quaisquer esforços, aos

isolamentos, registos e outros elementos nelas integrados ou montados. As fixações serão de

modo a evitar vibrações nas redes de condutas, quaisquer que sejam as condições de

funcionamento.

No caso das condutas rectangulares, a distância dos suportes de apoio quer nas

condutas quer nos acessórios não deve em caso algum exceder 1500 mm qualquer que seja a

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secção não devendo haver, entre suportes mais do que uma união transversal de condutas. Em

caso algum os suportes devem ficar a mais de 500 mm de uma união transversal ou de juntas

flexíveis. As condutas circulares não poderão apresentar distâncias entre suportes superiores a

2400 mm.

As condutas que ficarem montadas verticalmente, sejam elas de secção rectangular ou

circular, terão os suportes com um afastamento máximo de 3 metros, em forma de braçadeira,

ou cantoneira. As condutas que ficarem montadas nesta posição, terão um conjunto de

suportes adequados, para que as extremidades do percurso vertical se possam mover

livremente devido às dilatações térmicas que eventualmente possam ocorrer. Todos os arames

e outros elementos utilizados como suportes temporários das condutas durante a fase de

instalação, são totalmente retirados no final da construção.

A continuidade do isolamento e da barreira de vapor em caso algum será interrompida

pelas suspensões, suportes ou varões. As suspensões, quando necessário, poderão ser

temporariamente retiradas a fim de facilitar a colocação do isolamento térmico ou da barreira

de vapor. Nenhuma suspensão ou suporte poderá perfurar a conduta ou os isolamentos. Todos

os suportes das condutas (suspensões, chumbadores, suportes, porcas, demais acessórios, etc.)

estão incluídos no fornecimento da empreitada.

Portas de Visita Deverão ser instaladas portas de visita, para limpeza e manutenção, nos locais

assinalados nas peças desenhadas e noutros locais que se considerem relevantes, devendo

sempre que possível respeitar as seguintes dimensões:

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Tabela 11 – Portas de visita para condutas circulares, dimensões mínimas

Diâmetro Nominal daconduta

Dimensões minimas dasaberturas naparede daconduta

Diâmetro Nominal daconduta

Dimensão domacho ouabertura minima

D [mm] A x B [mm] Dª [mm] d [mm]100≤D<200 100 x 80 100 100200≤D≤315 200 x 100 125 100315<D≤500 300 x 200 160 125

500<D 400 x 300 200 160250 200315 250400 315500 400

≥630 500

Bifurcação tamponadaAbertura rectângular ou oval

ª - para outras dimensões aplicam-se osrequisitos das condutas com um diâmetronominal imediatamente superior

A

B

d

D

Tabela 12 - Portas de visita para condutas rectangulares, dimensões mínimas

dimensão dasecção daconduta ondeserá instalada aporta

Dimensões minimas dasaberturas naparede daconduta

dimensão dasecção daconduta ondeserá instalada aporta

Dimensão domacho ouabertura minima

S [mm] A x B [mm] S [mm] d [mm]D≤200 300 x 100 ≤200 125

200<D≤500 400 x 200 ≤250 160500<D 500 x 400 ≤300 200

≤350 250≤450 315≤630 400>630 500

Bifurcação tamponadaAbertura rectângular ou oval

A

B S

d

As portas de visita para manutenção e limpeza de condutas de secção elíptica devem

cumprir os requisitos aplicados às condutas circulares, caso as portas de visita se encontrem

na superfície semi-circular ou os requisitos aplicados às condutas rectangulares, no caso das

aberturas para limpeza estarem nas superfícies planas.

Estanqueidade Com o objectivo de garantir, com a maior segurança, que o sistema de condutas, no

final da montagem, atingirá as exigências de estanqueidade, o adjudicatário deverá executar

um exemplar de um troço de conduta, após acordo com a fiscalização da obra. Nesta amostra

todas as juntas que o adjudicatário julgue necessárias deverão ser executadas. Se for evidente

que algumas ligações não estão de acordo com as exigências, o seu uso não será permitido.

Logo que uma parte do sistema de condutas, incluindo as partes acessórias, esteja

concluída, o instalador realizará os testes de estanqueidade sob a supervisão da fiscalização da

obra.

Registos de Regulação de Caudal Os registos estáticos de regulação de caudal de ar deverão ser colocados conforme

indicado nas peças desenhas e ainda em bifurcações/derivações onde se considerem

necessários para equilibragem de cada sistema, com manípulo de ajuste pelo exterior da

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conduta, o qual rodará sobre um mostrador devidamente calibrado e com indicação da posição

do registo. Serão facilmente acessíveis a partir do exterior e terão dispositivo que permita a

sua fixação na posição final pretendida.

Estes registos serão de chapa galvanizada do tipo persiana de lâminas paralelas para as

condutas rectangulares e do tipo borboleta para as condutas circulares.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade mínima

equivalente, apresentam-se como referência os equipamentos da marca TROX, modelo TDK.

Grelhas, Difusores e Válvulas de Aspiração As dimensões das grelhas e difusores a instalar serão as indicadas nas peças

desenhadas, ou em quadros tipo anexos a estas peças escritas. Para o seu dimensionamento foi

considerado que ao nível dos ocupantes, o ruído não será superior a 25 dB(A) e que a

velocidade do ar não será superior a 0,2 m/s. A velocidade do ar nas grelhas de insuflação, de

extracção, de passagem e rejeição de ar, deverá situar-se entre 1,5 a 2 m/s. Todas as grelhas,

difusores, válvulas de aspiração e demais equipamentos, como plenos, devem ser fornecidos

devidamente embalados para que seja garantido a sua protecção contra a sujidade durante o

transporte, armazenamento em obra e instalação.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade mínima

equivalente, apresentam-se como referência os equipamentos da marca France Air.

2.6 Isolamento Térmico

Todas as tubagens e acessórios da rede de distribuição de água aquecida/refrigerada

serão isoladas térmicamente com tubo ou manta de espuma de borracha do tipo Armaflex, de

densidade, espessura e qualidade compatível com a temperatura do fluido circulante. Sempre

que possível a manga de isolamento será enfiada na tubagem antes da sua fixação. Quando a

manga tiver de ser cortada longitudinalmente, depois de montada, devem as paredes de corte

ser coladas com cola apropriada. As mudanças de direcção e outros acessórios serão

envolvidos com peças próprias do mesmo material com as faces da união coladas. Sempre que

não seja possível o fecho perfeito dos cortes efectuados, as tubagens terão de ser revestidas

com chapa de alumínio mesmo nos locais em que não se exige tal acabamento. As tubagens e

acessórios montados à vista bem como as montadas à intempérie deverão ter o isolamento

protegido por revestimento com chapa de alumínio com a espessura mínima de 0,8 mm.

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Tabela 13 – Espessura dos isolamentos

Diâmetro da tubagem

Espessura do Isolamento

Interior Exterior

D < 35 20 30

35 < D < 60 30 40

60 < D < 90 30 50

90 < D < 140 40 60

140 < D 40 60

As espessuras são mínimas para um isolamento com condutibilidade térmica de

referência de 0,04 W/m.K

Nos pontos de apoio, suporte e fixação das tubagens, o isolamento deverá ser aplicado

com especiais cuidados, para que a função de barreira térmica não fique prejudicada, nem o

isolamento venha a ser ferido ou destruído por esforços da tubagem originados pelas

contracções e dilatações da mesma.

Nos acessórios que são passíveis de ser manipulados no uso normal da instalação, tais

como filtros e válvulas, o isolamento deverá ser aplicado de forma que permita a sua

manipulação sem necessidade de desmontar o isolamento.

O isolamento das condutas deverá ser constituído por manta de lã de vidro ou lã

mineral de densidade não inferior a 40 kg/m3, com pelos menos 30 mm de espessura (40 mm

quando no exterior do edifício), colada pelo exterior da conduta. A manta terá na sua face

externa, papel de alumínio reforçado, assegurando simultaneamente a função barreira de

vapor e a não desagregação do isolamento.

Sobre a manta será aplicado fio em espiral a todo o comprimento das condutas, para

impedir que o isolamento descole da chapa.

Todas as condutas montadas no interior à vista ou no exterior deverão ser revestidas

exteriormente sobre o isolamento térmico por uma chapa de alumínio de espessura adequada.

2.7 Sistema Solar Térmico

Será instalado um sistema solar térmico composto por colectores solares planos com

uma área de captação individual de 2,57 m2, que serão distribuídos por baterias de três

colectores solares em paralelo de canais, optimizando os custos com uma instalação simples e

rápida do circuito primário. O circuito hidráulico ligará os colectores a um depósito de

acumulação de AQS onde a energia proveniente dos painéis ficará acumulada, conforme

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esquema de princípio. Deverá ser instalado um grupo de bombagem e um controlador solar

que será interligado ao sistema de comando e regulação de todo o edifício. Os colectores

serão instalados segundo a orientação mais favorável (Sul) com 35º de inclinação, conforme

peças desenhadas. Os circuitos hidráulicos entre os colectores, a estação de bombagem e o

depósito de acumulação deverão ser executados em tubo de cobre.

Em caso algum serão aceites soluções ou técnicos para efectuar a instalação do

sistema solar térmico que não respeitem a legislação em vigor no que diz respeito a

certificação e garantias.

2.7.1 Colectores

Deverão ser do tipo plano, com qualidade e rendimento reconhecido por uma entidade

independente. Deverão ser fornecidos com suportes apropriados para o local onde serão

instalados. De salientar que imediatamente após a sua instalação se deve proceder ao

enchimento dos mesmos, com fluido térmico, responsável pelo transporte do calor absorvido

pelos painéis solares, de modo a proteger a instalação do congelamento ate -21 °C.

A proporção em volume adequada devera ser confirmada junto dos fornecedores dos

equipamentos. Como características principais de qualidade salientam-se as seguintes:

Placa absorvente em cobre, com tratamento superficial altamente selectivo;

Placa absorvente unida a grelha de tubos em cobre, por soldadura laser;

Vidro com 3,2 mm de espessura, temperado, com baixo conteúdo de ferro;

Isolamento inferior em lã de rocha com 50 mm, de espessura;

Capacidade de 1,3 litros;

Carcaça em alumínio anodizado à cor natural, fortemente isolada;

Uniões entre os colectores através de acessórios de fácil montagem;

Deverá oferecer uma garantia de funcionamento mínima de 10 anos.

O isolamento em lã mineral devera permitir suportar altas temperaturas sem libertação

de partículas e mantendo uma elevada temperatura. Deverá igualmente possuir uma vedação

integral de todo o perímetro e com várias camadas de forma a garantir a estanquidade.

O perfil devera possuir pequenos orifícios que garantam a ventilação e a eliminação de

qualquer condensação.

Os colectores solares deverão ter certificação Certif e Solar Keymark.

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Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade mínima

equivalente, apresenta-se como referência para os equipamentos do caderno de encargos os

equipamentos da marca Sonnenkraft, modelo SKR 500.

2.7.2 Módulo Hidráulico

Por uma questão de compatibilidade, deverá ser da mesma marca do representante dos

colectores solares, sendo no entanto admissível a apresentação de equipamentos equivalentes

aos do fabricante dos colectores solares.

O grupo de circulação solar deverá ser adequado para o número de colectores em

causa e perdas de carga no circuito. A estação de bombagem será do tipo completa, incluindo

todos os componentes hidráulicos do grupo de circulação como bomba, válvulas de duas via,

válvula de segurança, termómetro, manómetro, vaso de expansão, entre outros, já instalados

numa caixa isolada, facilitando uma instalação mais rápida e, mais económica.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade mínima

equivalente, apresenta-se como referência para os equipamentos do caderno de encargos os

equipamentos da marca Sonnenkraft, modelo PSKR15.

2.7.3 Controlador Solar

Por uma questão de compatibilidade, deverá ser da mesma marca do representante dos

colectores solares, sendo no entanto admissível a apresentação de equipamentos equivalentes

aos do fabricante dos colectores solares. Deverá ser do tipo electrónico com visor digital

LCD, para a regulação diferencial do sistema, com o número de saídas e sensores que

possibilitem efectuar o esquema de controlo estabelecido no esquema de princípio.

Deverá possibilitar a medição de energia de uma forma simples e prática, com uma

estimativa aproximada feita pelo controlador. O visor terá de apresentar a potência

instantânea, o total de energia e o caudal instantâneo. Como funções adicionais, terá que

permitir regular a velocidade do grupo de circulação solar em função da radiação solar

disponível, visualização imediata de anomalias ao funcionamento normal da instalação e

optimização do arranque matinal da instalação solar.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade mínima

equivalente, apresenta-se como referência para os equipamentos do caderno de encargos os

equipamentos da marca Sonnenkraft, modelo SKSC2.

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2.7.4 Depósito de Acumulação de AQS

É prevista a instalação de dois depósitos de AQS para acumulação de energia térmica.

Assim os depósitos deverão ter a capacidade e ligações conforme se representa e no esquema

de principio da instalação. Será fornecido com todos os acessórios necessários ao seu correcto

funcionamento. Será construído em chapa de aço com pelo menos 50 mm de espessura de

isolamento térmico em poliuretano.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais propostas alternativas de qualidade

equivalente, apresentam-se como referência os depósitos da marca Sonnenkraft, modelo SKL

para a creche e modelo PS comfort XL para o Lar de Idosos.

2.8 Protecção Contra Incêndios

2.8.1 Atravessamento de Paredes e Lages

Faz também parte da empreitada de instalações e equipamentos de AVAC, a execução

de todas as protecções dos elementos, paredes e lajes, onde, quer as condutas de ar quer as

tubagens atravessem paredes corta-fogo ou as lajes entre Pisos.

Estes elementos de separação/divisão deverão ser “selados” com material resistente ao

fogo com as seguintes características técnicas:

Painéis duplos construídos em lã mineral de alta densidade, 140Kg/m3,

revestidos nas faces exteriores por “DMA coating Z100/DMA” resina

termoplástica e interligados por “DMW mastic Z100/DMA” betume

intumescente;

Registos Corta-fogo;

Classe de resistência ao fogo: CF 90 a CF 120;

2.8.2 Central de Comando e Monitorização de RCF

É prevista, para regulação, controlo e comando uma central de comando e

monitorização de registos Corta-Fogo. Esta central deverá permitir fazer actuar os registos

corta-fogo quando assim se justificar. Deverá permitir verificar o estado dos registos corta-

fogo, isto é, abertos ou fechados. Para tal deverá ter sinalização luminosa. Deverá incluir

documentação, programação do sistema e programação dos encravamentos com CDI.

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Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade mínima

equivalente, apresenta-se como referência os equipamentos da marca TROX.

2.8.3 Registos Corta-fogo

Os registos corta-fogo serão constituídos por um troço de conduta em chapa de aço

galvanizado com a secção da conduta em que se inserem, por um aro em material e uma

lâmina em material refractário.

Os registos serão do tipo normalmente aberto e a lâmina terá mola de fecho

automático que permita realizar o fecho independentemente da posição de montagem.

Os registos serão cravados na alvenaria das paredes e/ou lajes que atravessam devendo

respeitar-se as indicações do fabricante quanto à profundidade de cravamento. Deverá ser

aplicado material corta-fogo intumescente nas fendas entre a alvenaria e o registo na zona de

cravamento.

Os registos corta-fogo, sendo órgãos de segurança contra incêndios, devem ser

montados sob orientação de pessoal qualificado e credenciado.

Durante a montagem o registo não pode sofrer qualquer deformação, pois tal

conduziria a um deficiente funcionamento do mesmo.

As ligações às condutas rígidas aconselham-se a serem feitas através de mangas

flexíveis - com classificação ao fogo M2, ou melhor. No caso de paredes leves (pladur, placas

de silicato de cálcio ou outras) estas mangas são obrigatórias. Serão contudo dispensáveis no

caso de condutas flexíveis.

Os registos corta-fogo deverão ser fornecidos com documentos comprovativos da

certificação das suas características, para funcionamento em desenfumagem, por entidade de

idoneidade reconhecida.

Todos os registos corta-fogo deverão ter classificação não inferior a CF120 minutos

Serão adequados para montagem em paredes e tectos independentemente da sua

posição de montagem e da direcção de passagem do ar. O fusível térmico pode ser removido

para inspecção ou substituição pelo lado exterior.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais alternativas de qualidade mínima

equivalente, apresenta-se como referência para os equipamentos do caderno de encargos os

equipamentos da marca TROX, modelos FKRS-EU e FKA-EU para condutas circulares e

rectangulares respectivamente.

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2.9 Sistema de Comando e Controlo

O sistema de controlo deverá funcionar nas condições e parâmetros enumerados na

Memória Descritiva, bem como de acordo com os dados fornecidos pelos fabricantes dos

equipamentos que vierem a ser instalados.

Contemplará todos os equipamentos tais como: quadros de comando, interfaces com o

equipamento de campo, sondas, pressostatos e demais trabalhos de programação. Deverá ser

previsto para monitorizar no mínimo os seguintes parâmetros:

Consumo eléctrico de todos os motores com potência superior a 5,5 kW;

Estado de colmatação dos filtros de ar;

Estado aberto/fechado dos registos corta-fogo;

Temperatura do ar exterior;

Temperatura média de cada zona controlada a temperatura distinta;

Temperatura da água em circuitos primários ida/retorno;

Temperatura de insuflação das UTAN’s;

2.9.1 Equipamento de Campo

Seguidamente enumera-se algum do equipamento necessário para realizar o sistema de

comando da instalação.

Sondas de temperatura de imersão As sondas de temperatura serão do tipo de variação de resistência com elemento

sensor do tipo "Ni1000”. Cada sonda será fornecida com uma bainha em latão cromado, com

um comprimento de 120 mm para imersão em condutas de água, uma resistência de 1000

Ohms a 0ºC, uma pressão máxima de funcionamento de 16 bar, classe de protecção IP54 e

caixa de ligação eléctrica em PVC.

Sondas de temperatura de conduta As sondas de temperatura de conduta serão do tipo de variação de resistência com

elemento sensor do tipo "Ni1000” montado em caixa de PVC com lança para inserção em

conduta com uma resistência de 1000 Ohms a 0ºC, uma gama de medida entre -30 a 130 ºC,

tolerância de 20 ºC 0,5K (0,3%) e com uma constante de tempo (c/ ar em movimento a 3 m/s)

de 3seg.

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Sondas combinadas de temperatura e humidade de conduta/ exterior As sondas combinadas de temperatura e humidade de conduta deverão estar montadas

numa base própria comum onde serão efectuadas as ligações eléctricas, ficando o conjunto

contido numa caixa em PVC de IP 54 com base de encaixe própria para que possa ser sempre

retirado sem afectar as ligações eléctricas existentes.

As sondas de humidade serão constituídas por um elemento capacitivo cuja

capacidade varia de acordo com a humidade relativa. O circuito electrónico converterá a

variação de capacidade num sinal linear activo de 0 a 10 VDC correspondente de 10 a 90% de

humidade relativa. O elemento capacitivo deverá permitir ser facilmente substituído sem que

seja necessário subsequentemente, efectuar a sua calibração. A protecção do elemento sensor

deverá ser assegurada através dum filtro de teflon do tipo membrana, podendo também ser

substituído quando necessário.

As sondas de temperatura serão do tipo de variação de resistência com elemento

sensor do tipo "Ni1000”. As sondas terão lança para inserção em conduta e terão as seguintes

características principais:

Sensor de Temperatura com uma resistência de 1000 Ohms a 0ºC, uma gama de

medida de -30ºC a 130ºC com uma constante de tempo de 4,4 min.

Sensor de Humidade com uma tensão de alimentação de 24VAC +/- 20% - 50/60 Hz,

um consumo de 1,5 VA, uma gama de medida da humidade de 10 a 95 % HR e uma constante

de tempo (c/ ar em repouso) de 24seg.

Actuadores de válvulas de duas ou três vias Os actuadores de válvulas deverão ser da mesma marca das válvulas, serão fornecidos

com todos os acessórios necessários ao acoplamento com a válvula e terão as seguintes

características:

Actuadores para válvulas modulantes com tensão de alimentação 24VAC +/-20% -

50/60Hz, uma gama funcionamento de 0 a 10 VDC ou 0 a 20 mA, uma tensão mínima de

regulação (regulável) de 0,3 a 9 VDC, uma tensão máxima de regulação (regulável) de 1,3 a 10

VDC e uma operação/acção directa ou inversa (comutável).

Actuadores para válvulas “tudo-nada” com tensão de alimentação 220 VAC +/-20% -

50/60Hz, tensão de comando a 3 ou a 2 Pontos, curso do obturador 14mm (até DN50), um

tempo de posicionamento de 120 seg. e com IP43.

Pressostatos diferenciais de ar

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O pressóstato diferencial para ar compreenderá duas câmaras ligadas a um diafragma

com uma gama de medida de 0,5 a 5 mbar e uma pressão máxima de operação de 50 mbar.

Estas câmaras serão dispostas para que o dispositivo possa ser utilizado como interruptor de

pressão estática ou diferencial como resposta a variações de pressão em condutas de ar.

As ligações ao aparelho serão efectuadas através de dois tubos de plástico flexíveis

nos pontos a serem medidos, por meio dum encaixe metálico. O aparelho terá um contacto

eléctrico inversor livre de potencial e será fornecido completo com exemplos de ligação à

tubagem.

Sem prejuízo da apresentação de eventuais propostas alternativas de qualidade

equivalente, apresenta-se como referência a marca Sauter ou equivalente, devendo contudo

ser garantida a compatibilidade das sondas com os controladores.

2.9.2 Mapa de Pontos

A título indicativo, apresenta-se no quadro seguinte uma listagem de pontos de

controlo a prever no sistema de comando, devendo contudo o adjudicatário efectuar as

correcções necessárias de modo a dar satisfação integral às exigências de controlo

apresentadas nas diversas peças escritas e desenhadas que compõem o presente projecto.

Tabela 14 – Mapa de pontos

Entrada Saida Entrada Saida Com.

Descrição dos Pontos Digital Digital Analóg. Analóg. por Equipamento

ED SD EA SA prot.

Bomba de Calor Geotermica Creche

Bomba de Calor Geotermica (controlador interno)

1 Comunicação directa por BUS com a GTC

Ligar/Desligar Chiller 1 Relé de interface

Estado de funcionamento 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Temperatura de entrada 6 Sonda de temperatura de imersão

Temperatura de saída 6 Sonda de temperatura de imersão

Contador de energia térmica 4 6 Contador de entalpia

Contagem de energia eléctrica 1 Contador com geração de impulsos

Temperatura nos depósitos de inercia 8 Sonda de temperatura de imersão

Comando geotermia 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Bomba de Calor Geotermica Lar

Bomba de Calor Geotermica (controlador interno)

1 Comunicação directa por BUS com a GTC

Ligar/Desligar Chiller 1 Relé de interface

Estado de funcionamento 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Temperatura de entrada 6 Sonda de temperatura de imersão

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Temperatura de saída 6 Sonda de temperatura de imersão

Contador de energia térmica 4 6 Contador de entalpia

Contagem de energia eléctrica 1 Contador com geração de impulsos

Temperatura nos depósitos de inercia 8 Sonda de temperatura de imersão

Comando geotermia 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Temperatura e Humidade do ar exterior

2 Sonda de temperatura e humidade exterior

Colector Água (garrafa de mistura)

Temperatura da água no colector 2 Sonda de temperatura de imersão

BC1

Ligar/Desligar bomba 1 Rele de interface

Estado 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Caudal 1 Pressostato diferencial de água

Estado de Filtro de água 1 Pressostato diferencial de água

Temperatura de avanço 2 Sonda de temperatura de imersão

BC2

Ligar/Desligar bomba 1 Rele de interface

Estado 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Caudal 1 Pressostato diferencial de água

Estado de Filtro de água 1 Pressostato diferencial de água

Temperatura de avanço 2 Sonda de temperatura de imersão

BC3

Ligar/Desligar bomba 1 Rele de interface

Estado 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Caudal 1 Pressostato diferencial de água

Estado de Filtro de água 1 Pressostato diferencial de água

Temperatura de avanço 2 Sonda de temperatura de imersão

Comando temperatura avanço 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Temperatura de retorno 2 Sonda de temperatura de imersão

BC4

Ligar/Desligar bomba 1 Rele de interface

Estado 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Caudal 1 Pressostato diferencial de água

Estado de Filtro de água 1 Pressostato diferencial de água

BC5

Ligar/Desligar bomba 1 Rele de interface

Estado 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Caudal 1 Pressostato diferencial de água

Estado de Filtro de água 1 Pressostato diferencial de água

BC6

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Ligar/Desligar bomba 1 Rele de interface

Estado 1 Contactos sem tensão

Avaria 1 Contactos sem tensão

Caudal 1 Pressostato diferencial de água

Estado de Filtro de água 1 Pressostato diferencial de água

UTAN1

Actuador Ventilador de insuflação 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de Insuflação

1 Pressostato diferencial

Comando do Ventilador de retorno 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de retorno

1 Pressostato diferencial

Temperatura de ar novo (temperatura exterior)

Existente no sistema

Temperatura do ar de retorno 1 Sonda de temperatura em conduta

Temperatura do ar de insuflação 1 Sonda de temperatura em conduta

Comando de aquecimento/arrefecimento 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Estado de filtro do retorno 1 Pressostato diferencial

Estado de pré-filto 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro Terminal 1 Pressostato diferencial

Comando "by-pass" ao recuperador 1 Actuador de registo (tudo/nada)

Comando registo admissão 1 Actuador de registo (Modulante)

UTAN 2

Actuador Ventilador de insuflação 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de Insuflação

1 Pressostato diferencial

Comando do Ventilador de retorno 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de retorno

1 Pressostato diferencial

Temperatura de ar novo (temperatura exterior)

Existente no sistema

Temperatura do ar de retorno 1 Sonda de temperatura em conduta

Temperatura do ar de insuflação 1 Sonda de temperatura em conduta

Comando de aquecimento/arrefecimento 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Estado de filtro do retorno 1 Pressostato diferencial

Estado de pré-filto 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro Terminal 1 Pressostato diferencial

Comando "by-pass" ao recuperador 1 Actuador de registo (tudo/nada)

Comando registo admissão 1 Actuador de registo (Modulante)

UTAN 3

Actuador Ventilador de insuflação 1 Rele de interface

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Estado do Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de Insuflação

1 Pressostato diferencial

Comando do Ventilador de retorno 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de retorno

1 Pressostato diferencial

Temperatura de ar novo (temperatura exterior)

Existente no sistema

Temperatura do ar de retorno 1 Sonda de temperatura em conduta

Temperatura do ar de insuflação 1 Sonda de temperatura em conduta

Comando de aquecimento/arrefecimento 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Estado de filtro do retorno 1 Pressostato diferencial

Estado de pré-filto 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro Terminal 1 Pressostato diferencial

Comando "by-pass" ao recuperador 1 Actuador de registo (tudo/nada)

Comando registo admissão 1 Actuador de registo (Modulante)

UTAN 4

Actuador Ventilador de insuflação 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de Insuflação

1 Pressostato diferencial

Comando do Ventilador de retorno 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de retorno

1 Pressostato diferencial

Temperatura de ar novo (temperatura exterior)

Existente no sistema

Temperatura do ar de retorno 1 Sonda de temperatura em conduta

Temperatura do ar de insuflação 1 Sonda de temperatura em conduta

Comando de aquecimento/arrefecimento 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Estado de filtro do retorno 1 Pressostato diferencial

Estado de pré-filto 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro Terminal 1 Pressostato diferencial

Comando "by-pass" ao recuperador 1 Actuador de registo (tudo/nada)

Comando registo admissão 1 Actuador de registo (Modulante)

UTAN 5

Actuador Ventilador de insuflação 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de Insuflação 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de Insuflação

1 Pressostato diferencial

Comando do Ventilador de retorno 1 Rele de interface

Estado do Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador de retorno 1 Contactos sem tensão

Estado do Caudal do Ventilador de retorno

1 Pressostato diferencial

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

73

Temperatura de ar novo (temperatura exterior)

Existente no sistema

Temperatura do ar de retorno 1 Sonda de temperatura em conduta

Temperatura do ar de insuflação 1 Sonda de temperatura em conduta

Comando de aquecimento/arrefecimento 1 Actuador de Válvula(Modulante)

Estado de filtro do retorno 1 Pressostato diferencial

Estado de pré-filto 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro 1 Pressostato diferencial

Estado de Filtro Terminal 1 Pressostato diferencial

Comando "by-pass" ao recuperador 1 Actuador de registo (tudo/nada)

Comando registo admissão 1 Actuador de registo (Modulante)

VI1

Comando do Ventilador 1 Rele de interface

Estado do Ventilador 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador 1 Contactos sem tensão

VE1

Comando do Ventilador 1 Rele de interface

Estado do Ventilador 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador 1 Contactos sem tensão

VE2

Comando do Ventilador 1 Rele de interface

Estado do Ventilador 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador 1 Contactos sem tensão

VE3

Comando do Ventilador 1 Rele de interface

Estado do Ventilador 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador 1 Contactos sem tensão

VE4

Comando do Ventilador 1 Rele de interface

Estado do Ventilador 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador 1 Contactos sem tensão

VE5

Comando do Ventilador 1 Rele de interface

Estado do Ventilador 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador 1 Contactos sem tensão

VE6

Comando do Ventilador 1 Rele de interface

Estado do Ventilador 1 Contactos sem tensão

Avaria no Ventilador 1 Contactos sem tensão

Sistema Solar

Controlador solar (Processador) 1 Comunicação directa por BUS com a GTC

Temperatura da água no depósito 2 Sonda de temperatura de imersão

Temperatura da água no avanço 2 Sonda de temperatura de imersão

Temperatura da água no retorno 2 Sonda de temperatura de imersão

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74

Tratamento Quimico 2 Contactos sem tensão

Estado dos RCF 14 Contactos sem tensão

2.10 Instalações Eléctricas

2.10.1 Generalidades

Fazem parte da empreitada todos os trabalhos e equipamentos necessários de força

motriz, comando e controlo de todo o equipamento previsto anteriormente, a partir dos

quadros eléctricos dos respectivos locais de instalação.

Cabos de alimentação, aparelhagem de comando e de protecção, e demais

componentes da instalação eléctrica, deverão em tudo ser idênticos aos previstos no projecto

de Instalações Eléctricas.

Os quadros eléctricos deverão ser equipados com sinalizadores que permitam

visualizar o funcionamento da instalação e detectar possíveis avarias nos componentes da

mesma.

2.10.2 Quadros Eléctricos

Os quadros serão do tipo de caixa metálica constituída por painéis e perfis pré-

fabricados em chapa de aço tratada com pintura, conferindo ao conjunto acabamento de

elevada qualidade. A caixa deverá apresentar elevada resistência mecânica e robustez, terá

compartimentos separados e portas de acesso igualmente separadas para instalação do

equipamento de potência e do equipamento de comando. As portas serão reforçadas nos aros e

equipadas com fechaduras do tipo “Yale” ou equivalente. Todas as partes móveis dos quadros

eléctricos, como portas e painéis, serão equipadas com banda de neoprene para evitar a

entrada de pó, devendo ser também estanques à humidade. A porta do compartimento de

comando terá painel transparente para visualização dos sinalizadores e aparelhagem.

Cada quadro será provido de ligador de massa robusto, o qual será ligado ao

barramento de protecção do quadro. Deverá ser assegurada continuidade eléctrica entre todas

as peças metálicas da caixa e a estrutura do quadro, incluindo as portas e ou painéis.

Todos os componentes interiores, tais como aparelhos e cabos, deverão ser acessíveis

a partir do exterior pela frente do mesmo, sendo obrigatório que todos os cabos sejam

montados em calhas plásticas de dimensões adequadas, com tampa desmontável.

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75

O barramento do quadro será realizado com barra de cobre electrolítico nu, de secção

rectangular e com as dimensões apropriadas para garantir uma densidade de corrente inferior

a 2 A/mm2. As barras serão apoiadas sobre isoladores apropriados.

Cada quadro terá aparelho de corte geral constituído por interruptor tetrapolar e

sinalizadores luminosos de presença de tensão nas três fases.

O quadro irá conter os disjuntores de protecção dos circuitos de alimentação de

potência dos vários equipamentos constituintes da instalação. Contará igualmente com os

contactores e relés térmicos associados aos motores eléctricos.

Nos quadros haverá ainda sinalizadores luminosos de funcionamento e de avaria de

cada um dos equipamentos da instalação. As sinalizações deverão ser agrupadas numa placa

de LED’s de diferentes cores conforme a função sinalizada, e convenientemente dispostos e

identificados para facilidade de interpretação.

Na execução dos quadros eléctricos deverá atender-se aos regulamentos portugueses

relevantes nomeadamente às Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão bem

como às regras da boa técnica.

Todos os equipamentos instalados no quadro deverão ter etiquetas que os identifiquem

de forma clara. Os disjuntores, comutadores, interruptores, sinalizadores e demais

equipamentos visíveis no painel frontal do quadro deverão ser identificados por etiquetas

autocolantes em baquelite com as indicações gravadas em letra bem legível.

No compartimento de comando, todas as entradas e saídas de condutores serão ligadas

numa placa de terminais numerados. Também deverão ser identificados de forma clara todos

os condutores existentes no interior do compartimento de comando, fazendo-se essa

identificação por meio de abraçadeiras plásticas coloridas com letras e/ou algarismos. Cada

troço de condutor deverá ser identificado com abraçadeiras nas suas duas extremidades, junto

dos terminais. Todos os condutores no interior do cabo deverão ter ponteiras em ambas as

extremidades com o diâmetro adequado.

No interior de cada quadro deverá existir um esquema eléctrico de potência e comando

do mesmo, devidamente actualizado, com indicação clara dos circuitos, dos terminais e dos

condutores, correspondente à etiquetagem, numeração e identificação existente no

equipamento e condutores do quadro.

O instalador deverá apresentar as telas finais com os circuitos eléctricos de cada

quadro, bem como Manual de Instruções e Operação de cada quadro, sem os quais a recepção

provisória não poderá ser efectuada.

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76

2.10.3 Caminhos de Cabos

As canalizações eléctricas deverão ser executadas segundo as regras da técnica e

obedecer às Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão.

De uma forma geral as canalizações andarão à vista no interior das áreas técnicas, e

ocultas em tectos falsos ou “courettes”, instaladas em caminhos de cabos metálicos (calha

perfurada) ou ainda no interior de tubos embebidos nas paredes das zonas de público e no

interior do edifício. No exterior do edifício as canalizações andarão à vista em caminhos de

cabos.

Deverá ser estritamente respeitado o código de cores de isolamento estipulado pelo

regulamento de segurança acima referido, assim, condutores de fase (preto, castanho,

cinzento), condutores de neutro (azul claro) e condutores de protecção (verde/amarelo).

2.11 Diversos

2.11.1 Trabalhos Diversos

Os concorrentes deverão obrigatoriamente contemplar nas suas propostas todas as

ligações necessárias ao funcionamento dos equipamentos que se propõe fornecer, como

sejam:

Ligações às redes de água de esgoto do edifício;

Controlo e comando das UTAN’s, ventiladores e ventiloconvectores nomeadamente a

ligação a pressostatos, sondas, humidostatos.

2.11.2 Funcionamento Eficiente da Instalação

Não obstante do cumprimento das prescrições destas peças escritas e desenhadas, o

adjudicatário é responsável pela eficiência de toda a instalação, não podendo a sua

interpretação justificar deficiências de funcionamento.

Assim o empreiteiro deverá incluir todos os elementos que, porventura omissos no

presente projecto, considere indispensáveis ao fim em vista, e ainda chamar a atenção da

Fiscalização para os aspectos do projecto com que não concorde, justificando as soluções que

considere mais aconselháveis.

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77

2.11.3 Construção Civil

Integram a empreitada todos os trabalhos de construção civil inerentes às instalações e

equipamentos mecânicos previstos, nomeadamente, a construção de maciços.

Englobam-se ainda os seguintes trabalhos de construção civil a desenvolver,

necessários à montagem dos equipamentos e redes mecânicas, nomeadamente:

Construção de maciços, caleiras, etc.

Abertura e tapamento de roços nos pavimentos, tectos e paredes.

Reposição de pavimentos, tectos e paredes.

Fixação de tubagens e todo o equipamentos em geral.

Execução do esgoto de pavimento nos locais técnicos.

Alçapões no tecto falso para acesso a VC’s, registos, etc.

Todo os equipamentos susceptíveis de transmitir vibrações, nomeadamente unidades

de tratamento de ar e ventiladores, serão instalados em fixes anti-vibráticos isolados da

estrutura por placas de aglomerado negro de cortiça de 40 mm de espessura, ou material

equivalente adequado à frequência e perturbação mais baixa, para que a transmissibilidade de

vibrações não exceda 3%, quando medidas entre a base do ventilador e qualquer ponto do

edifício.

2.11.4 Equipamentos Instalados

Todos os equipamentos de série instalados nos sistemas de climatização deverão ter

certificado de conformidade, nos termos do disposto no artigo 9.º do DL 113/93, de 10 de

Abril. Todos os equipamentos devem ostentar em local bem visível chapa de identificação e

serem acompanhados de documentação técnica em língua portuguesa.

Os sistemas de climatização devem no seu todo possuir mecanismos de protecção, de

acordo com as instruções dos fabricantes e da regulamentação existente, para cada tipo de

equipamento constituinte da instalação.

2.11.5 Ensaios de Recepção

Antes da recepção das instalações são de execução obrigatória, pelo menos, os ensaios

que constam da seguinte lista:

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78

Estanqueidade da rede de tubagem: a rede deve manter uma pressão de 1,5

vezes a pressão nominal de serviço durante 24 horas, sendo o ensaio feito a

100% das redes;

Estanqueidade da rede de condutas: as perdas na rede de condutas têm de ser

inferiores a 1,5 l/s.m2 de área de conduta quando sujeitas a uma pressão estática

de 400 Pa. O ensaio deve ser feito, em primeira instância, a 10% da rede,

escolhida aleatoriamente. Caso o ensaio da primeira instância não seja

satisfatório, o ensaio da segunda instância deve ser feito em 20% da instalação,

também escolhidos aleatoriamente, para além dos 10% iniciais. Caso esta

segunda instância também não satisfaça o critério pretendido, todos os ensaios

seguintes deverão ser feitos a 100% da rede de condutas;

Medição dos caudais de água e de ar em cada componente do sistema

(ventiloconvectores, UTAN’s e registos);

Medição da temperatura e humidade relativa (nos circuitos de ar): em

complemento das medições indicadas no item anterior;

Medição dos consumos em cada propulsor de fluido e máquina frigorífica;

Verificação das protecções eléctricas em todos os propulsores de fluido e

máquina frigorífica;

Verificação do sentido de rotação em todos os motores e propulsores de

fluidos;

Verificação da eficiência nominal de todos os motores e propulsores de fluidos,

bem como das máquinas frigoríficas;

Verificação de sentidos de colocação de filtros e válvulas anti-retorno

(confirmação de que todos estes componentes estão devidamente montados);

Drenagem de condensados: deve ser comprovado que os condensados,

produzidos em cada local onde possam ocorrer, drenam correctamente;

Sistema de controlo: deve ser verificado que este reage conforme esperado em

resposta a uma solicitação de sentido positivo ou negativo;

Pontos obrigatórios para monitorização: deve ser verificado o funcionamento

de todos os pontos de monitorização, nomeadamente:

o Consumo eléctrico dos motores com potência superior a 5,5 kW;

o Estado da colmatagem dos filtros de ar e filtro de água;

o Estado aberto/fechado dos registos corta-fogo;

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79

o Temperatura do ar exterior;

o Temperatura média do ar interior, ou de cada zona controlada a

temperatura distinta;

o Temperatura da água em circuitos primários de ida e de retorno;

o Temperatura de insuflação das UTAN’s;

Sistemas especiais: devem ser verificados todos os componentes especiais e

essenciais, tais como sistemas anti-corrosão das redes de tubagem, bombas de

calor desumidificadoras, desgaseificadores, sistemas de detecção de gás,

válvulas de duas e três vias motorizadas, etc;

Limpeza das redes e componentes: deve ser confirmada a limpeza e

desempenho de todos os componentes;

2.11.6 Plano de Manutenção Preventiva

O TRF que vier a ser contratado deve elaborar um PMP que estabeleça claramente as

tarefas de manutenção previstas para a instalação, tendo em consideração as regras de boa

arte, instruções dos fabricantes dos equipamentos instalados e a regulamentação existente para

cada tipo de equipamento constituinte da instalação. O PMP deverá ser elaborado e mantido

permanentemente actualizado sob a responsabilidade do TRF.

No PMP devem constar pelo menos as seguintes informações:

Identificação completa do edifício e da sua localização;

A identificação e contactos do técnico responsável;

A identificação e contactos do proprietário e, se aplicável, do locatário;

A descrição e caracterização sumária do edifício e dos respectivos compartimentos

interiores climatizados, com indicação expressa:

o Do tipo de actividade nele habitualmente desenvolvida;

o Do número médio de utilizadores, distinguindo, se possível, os permanentes

dos ocasionais;

o Da totalidade da área climatizada;

o Da potência térmica total;

A descrição detalhada dos procedimentos de manutenção preventiva dos sistemas

energéticos e da optimização da QAI, em função dos vários tipos de equipamentos e

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80

das características específicas dos seus componentes e das potenciais fontes poluentes

do ar interior;

A periodicidade das operações de manutenção preventiva e de limpeza;

O nível de qualificação profissional dos técnicos que as devem executar;

O registo das operações de manutenção realizadas, com indicação do técnico ou

técnicos que as realizaram, dos resultados das mesmas e outros eventuais comentários

pertinentes;

O registo das análises periódicas da QAI, com indicação do técnico ou técnicos que as

realizaram;

A identificação das grandezas a medir para posterior constituição de um histórico do

funcionamento da instalação;

A conformidade do PMP deve ser comprovada pelo PQ sendo condição necessária à

emissão do certificado emitido pelo mesmo, no âmbito do SCE.

Qualquer que seja a alteração feita na instalação, esta será obrigatoriamente objecto de

registo no projecto e no livro de registo de ocorrências, que faz parte integrante dos

procedimentos de manutenção do edifício.

2.11.7 Esquemas Definitivos e Instruções de Funcionamento

Serão fornecidos as telas finais das instalações efectuadas, antes da recepção

provisória da obra. Deverá ser entregue um original em papel e outro em suporte digital. Em

zona técnica, serão colocados quadros com instruções sobre os diversos equipamentos. Serão

ainda entregues manuais de condução e manutenção dos diferentes equipamentos e

respectivas instalações; estes manuais, a entregar em triplicado, serão obrigatoriamente em

português.

2.11.8 Garantias

O adjudicatário obriga-se, pelo prazo de garantia contado a partir da data da recepção

provisória, a reparar, afinar ou substituir quaisquer peça ou peças, órgão ou órgãos, nos quais

se reconheçam defeitos de construção ou de montagem.

Técnicos do adjudicatário deverão ser postos à disposição do Dono de Obra, de forma

a instruir e elucidar o seu pessoal sobre o funcionamento e conservação de todo o

equipamento. Durante o período de garantia, de dois em dois meses, deverá o adjudicatário

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81

efectuar, através de pessoal especializado, inspecções a todas as instalações executadas e, do

seu resultado, apresentar relatório, em duplicado. Portanto, a recepção definitiva só poderá ter

lugar depois do adjudicatário ter entregue a totalidade dos seus relatórios correspondentes ao

período de garantia das instalações.

Coimbra,

O Autor do Projecto

---------------------------------------------------------------------------------

Maurício António da Costa Teixeira

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3 Mapa de Quantidades

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4 Peças Desenhadas

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II - RSECE

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

87

1 Descrição Sumária do Edifício

1.1 Caracterização Geral do Edifício

A caracterização geral do edifício foi efectuada no capítulo I do projecto de AVAC, no

ponto 1.3.

1.2 Implantação

O edifício será construído numa zona habitacional na periferia da vila de Miranda do

Corvo, sede de concelho do distrito de Coimbra, em que a envolvente do edifício é um jardim.

Os ventos predominantes na zona são provenientes de Noroeste, tendo o edifício a

fachada principal virada a Oeste. Encontra-se a uma altitude de 130 m e a uma distância de

aproximadamente 67 km à costa marítima.

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

88

2 Parâmetros de Cálculo

2.1 Zoneamento Climático

O zoneamento climático encontra-se descrito no capítulo I do projecto de AVAC, no

ponto 1.4.

2.2 Caracterização das FA

A FA destinada à creche, doravante denominada por fracção 1, terá a tipologia de um

Estabelecimento de Ensino, encerrado dois dias por semana, com uma área útil de 364,65 m2.

Como espaços complementares vamos ter na fracção 1 uma cozinha com uma área útil de

24,5 m2 com um funcionamento de 6 horas/dia (segunda a sexta).

A FA destinada a Lar de Idosos, doravante denominada por fracção 2, terá uma

tipologia de um Estabelecimento de Saúde com Internamento, com uma área útil de 1641,96

m2 para a segunda fracção, sendo considerado no âmbito do RSECE como um Grande

Edifício de Serviços. Relativamente à segunda fracção, temos como espaços complementares

uma cozinha com uma área útil de 74,80 m2 a funcionar 6 hora/dia (todos os dias) e uma

lavandaria com uma área útil de 58,54 m2 a funcionar 8 horas/dia (segunda a sexta).

Na sua totalidade, o Edifício será dividido em duas fracções autónomas e terá uma

área total de aproximadamente 2164,45 m2.

2.3 Caracterização da Envolvente do Edifício

De acordo com os dados recebidos da Arquitectura, em baixo são apresentadas as

soluções construtivas definidas para a envolvente exterior e interior do edifício. As soluções

foram estudadas de maneira a cumprir com os requisitos mínimos de envolvente, exigidos

pelo RCCTE, sendo os coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis da:

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

89

Tabela 15 – Limites admissíveis na envolvente

   Vertical  Horizontal 

Envolvente Exterior [W/m2 ºC]  1,6  1,6 

Envolvente Interior [W/m2 ºC]  2,0  1,3 

Factor solar máximo admissível (dos envidraçados não orientados entre ± 45º Norte e

com área superior a 5% da área útil de pavimento do compartimento que servem): g = 0,56.

Estes valores são apresentados a título indicativo, sendo que todas as soluções a

implementar em obra deverão cumprir com os parâmetros definidos nas tabelas seguintes, de

modo a que as necessidades de aquecimento e arrefecimento fiquem abaixo de 80% das

necessidades definidas no RCCTE.

2.3.1 Paredes Exteriores

Tabela 16 - Paredes da envolvente exterior

PAREDES DE ENVOLVENTE EXTERIOR: Parede de alvenaria com isolamento térmico em XPS, com espessura total de 27 cm, constituída (do exterior para o interior) por reboco tradicional (condutibilidade térmica 1,30 W/mºC), 30 mm, tijolo cerâmico furado 15 (resistência térmica 0,39 m2ºC/W), isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido‐xps (condutibilidade térmica 0,037W/mºC), 60 mm, lajeta de grés calcário (condutibilidade térmica 1,9 W/mºC), 30 mm.  U=0,47 W/m2ºC; Umáx=1,60 W/m2ºC; mt=132,30 kg/m2; msi=132,30 kg/m2 

CAMADA ρ          

[kg/m3] 

λ           [W/mºC] 

e        [m] 

m         [kg/m

2] 

mt        [kg/m

2] 

R           [m

2ºC/W] 

U           [W/m

2ºC] 

Factor        de            

Correcção Referência

Resistência superficial exterior 0,04 

0,47  1,00 

ITE 50 ‐ I.3 

Lajeta  2700  1,90  0,03  81 

75,42 

0,02  ITE 50 

poliestireno extrudido‐xps  32  0,037  0,06  2  1,62  ITE 50 ‐ I.1 

tijolo furado 15  840  ‐  0,015  13  0,27  ITE 50 ‐ I.5 

reboco tradicional  1900  1,30  0,03  57  0,02  ITE 50 ‐ I.2 

Tinta  1300  0,50  0,003  3,90  0,01  IES 

Resistência superficial interior 0,13  ITE 50 ‐ I.3 

2.3.2 Pontes Térmicas Planas em Paredes Exteriores (pilares e vigas)

Tabela 17 – Pontes térmicas planas em paredes exteriores

PILARES E VIGAS 

CAMADA ρ           

[kg/m3] 

λ            [W/mºC] 

e         [m] 

m          [kg/m

2] 

mt         [kg/m

2] 

R            [m

2ºC/W] 

U             [W/m

2ºC] 

Factor          de              

Correcção 

Lajeta  2700  1.90  0.03  81 

737.5 

0.02 

0.43  1.00 

poliestireno extrudido‐xps  32  0.037  0.06  2  1.62 

tijolo furado 15  840  ‐  0.015  13  0.39 

Betão Armado com Inertes  2350  2.30  0.25  587.5  0.29 

reboco tradicional  1800  1.30  0.03  54  0.02 

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

90

2.3.3 Paredes Interiores

Tabela 18 - Paredes de separação entre zonas

PAREDES SEM REQUISITOS 

PAREDES DE SEPARAÇÃO ENTRE ZONAS ‐ ALVENARIA 11: Parede simples de tijolo cerâmico furado 11, sem isolamento térmico, com revestimento em ambas as faces em reboco tradicional ou azulejo cerâmico, 20 mm. mt=168,30 kg/m2; msi=168,30 kg/m2 

CAMADA ρ           

[kg/m3] 

λ            [W/mºC] 

e        [m] 

m          [kg/m

2] 

mt         [kg/m

2] 

R            [m

2ºC/W] 

U            [W/m

2ºC] 

Factor           de              

Correcção Referência

reboco tradicional  1800  ‐  0,02  36 

168,3 

0,02 

16,67  1,00 

ITE 50 ‐ I.2 

tijolo furado 11  ‐  ‐  0,11  96,3  0,02  ITE 50 ‐ I.5 

reboco tradicional  1800  ‐  0,02  36  0,02  ITE 50 ‐ I.2 

Tabela 19 - Paredes de separação das câmaras frigoríficas

PAREDES SEM REQUISITOS 

PAREDES DE SEPARAÇÃODAS CÂMARAS FRIGIRÍFICAS: Parede simples de tijolo cerâmico furado 11 (resistência térmica 0,29 W/mºC), com reboco tradicional ou azulejo cerâmico numa das faces (condutibilidade térmica 1,30 W/mºC), 30 mm e revestido com painéis de poliuretano (condutibilidade térmica 0,037 W/mºC), 10 cm. mt=168,30 kg/m2; msi=168,30 kg/m2 

CAMADA ρ           

[kg/m3] 

λ            [W/mºC] 

e       [m] 

m          [kg/m

2] 

mt         [kg/m

2] 

R            [m

2ºC/W] 

U            [W/m

2ºC] 

Factor           de              

Correcção Referência

reboco tradicional  1800  1,30  0,03  54 

192,3 

0,02 

0,39  1,00 

ITE 50 ‐ I.2

tijolo furado 11  892  ‐  0,11  98  0,02  ITE 50 ‐ I.5

Poliuretano  42  0,04  0,10  4  2,50  ITE 50

reboco tradicional  1800  ‐  0,02  36  0,02  ITE 50 ‐ I.2

Tabela 20 - Paredes de separação entre a sala de refeições e sala de estar

PAREDES SEM REQUISITOS 

PAREDES DE SEPARAÇÃO ENTRE ZONAS (sala de refeições e sala de estar): Parede simples de painéis de fibra de madeira (condutibilidade térmica 0,14 W/mºC), 30 mm.  U=4,67 W/m2ºC; mt=18,00 kg/m2; msi=18,00 kg/m2 

CAMADA ρ           

[kg/m3] 

λ            [W/mºC] 

e        [m] 

m          [kg/m

2] 

mt         [kg/m

2] 

R            [m

2ºC/W] 

U            [W/m

2ºC] 

Factor            de               

Correcção Referência

Painéis de MDF  600  0,14  0,03  18  18,0  0,21  4,67  1,00  ITE 50

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91

Tabela 21 - Parede das escadas e elevador

PAREDES DE SEPARAÇÃO ENTRE ZONAS ‐ PAREDE DE BETÃO ARMADO: Parede simples de betão armado com 25 cm, sem isolamento térmico, revestida em ambas as partes por reboco tradicional ou azulejo cerâmico, 20mm. mt=647 kg/m2; msi=300 kg/m2 

CAMADA ρ           

[kg/m3] 

λ            [W/mºC] 

e        [m] 

m          [kg/m

2] 

mt         [kg/m

2] 

R            [m

2ºC/W] 

U            [W/m

2ºC] 

Factor           de              

Correcção Referência

reboco tradicional  1800  ‐  0,02  36 

647,0 

‐ 

‐  1,00 

ITE 50 ‐ I.2

betão armado  2300  ‐  0,25  575,0  ‐  ITE 50 

reboco tradicional  1800  ‐  0,02  36  ‐  ITE 50 ‐ I.2

2.3.4 Pavimentos Interiores

Tabela 22 - Pavimentos dos pisos intermédios

PAVIMENTO INTERMÉDIO: Pavimento sem isolamento térmico, constituído por revestimento em mosaico cerâmico, 15 mm ou madeira, 15 mm, camada de assentamento, 15 mm, camada de regularização, 30 mm, camada de enchimento em betão, 16 cm, laje de betão armado, 25 cm, reboco tradicional, 20 mm.  mt=845 kg/m2; msi=300 kg/m2 

CAMADA ρ          

[kg/m3] 

λ           [W/mºC] 

e        [m] 

m         [kg/m

2] 

mt        [kg/m

2] 

R           [m

2ºC/W] 

U           [W/m

2ºC] 

Factor         de            

Correcção Referência

mosaico cerâmico 2200  ‐  0,015  33 

845 

‐ 

‐  0,50 

ITE 50

camada de assentamento 1800  ‐  0,015  27  ‐  ITE 50

camada de regularização 1800  ‐  0,03  54  ‐  ITE 50

enchimento (betão celular) 750  ‐  0,16  120  ‐  ITE 50

laje maciça 2300  ‐  0,25  575  ‐  ITE 50

caixa‐de‐ar não ventilada ‐  ‐  ‐  0  ‐  ITE 50

reboco tradicional 1800  ‐  0,02  36  ‐  ITE 50 ‐ I.2

2.3.5 Cobertura Exterior

Tabela 23 - Cobertura invertida

COBERTURA DE ENVOLVENTE EXTERIOR 

COBERTURA INVERTIDA (COM TECTO FALSO): Cobertura com isolamento térmico, constituída por gesso cartonado (condutibilidade térmica 0,25 W/mºC), 40 mm, caixa‐de‐ar (condutibilidade térmica 0,03 W/mºC), 450 mm, laje de betão armado (condutibilidade térmica 2,50 W/mºC), 20 cm, camada de regularização (condutibilidade térmica 1,30 W/mºC), 30 mm, membrana impermeabilizante (condutibilidade térmica 1,15 W/mºC), 10 mm, isolamento (condutibilidade térmica 0,037 W/mºC), 30 mm, sexo rolado (condutibilidade térmica 2,00 W/mºC), 140 mm. U=0,78 W/m2ºC; mt=551,00 kg/m2; msi=150,00 kg/m2 

CAMADA ρ          

[kg/m3] 

λ          [W/mºC] 

e          [m] 

m          [kg/m

2] 

mt         [kg/m

2] 

R          [m

2ºC/W]

U          [W/m

2ºC] 

Factor      de         

CorrecçãoReferência

Resistência superficial exterior 0,04 

0,78  0,50 

ITE 50 ‐ I.3

Seixo Rolado  1950  2,00  0,14  0 

552 

0,07  ITE 50 

poliestireno extrudido (XPS)  32  0,037  0,03  1  0,81  ITE 50 ‐ I.1 

Tela asfáltica  1100  0,230  0,001  1  0,004  ITE 50 

camada de regularização  1800  1,30  0,03  54  0,02  ITE 50 

laje maciça  2300  2,50  0,20  460  0,08  ITE 50 

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92

cx‐de‐ar não ventilada  1  0,03  0,45  1  0,00  ITE 50 

placa de gesso cartonado  875  0,25  0,04  35  0,16  ITE 50 

Resistência superficial interior 0,10  ITE 50 ‐ I.3 

2.3.6 Vãos Envidraçados Exteriores

Tabela 24 - Vãos envidraçados da Creche

VÃOS ENVIDRAÇADOS TIPO 1: Vãos envidraçados verticais simples, vidro duplo incolor com caixa-de-ar, 8 mm+16mm+6mm, caixilharia de alumínio com corte térmico, sem quadrícula, sem dispositivos de oclusão nocturna. U=3,7 W/m2ºC

Tipo de vão envidraçado

Número de

vidros

Tipo de janela

Esp. da

lâmina de ar [mm]

Uw

[W/(m2ºC)]

Uwdn

[W/(m2ºC)] Factor solar

do vidro gV

Factor solar

do vidro g100%

Factor solar

do vidro gmáx

Dispositivo de oclusão nocturna

Simples (1 janela)

2 (vidro duplo)

fixa, giratória

ou de correr

6 3.7 - - - -

Tabela 25 - Vãos envidraçados do Lar de Idosos

VÃOS ENVIDRAÇADOS TIPO 2: Vãos envidraçados verticais simples, vidro duplo incolor com caixa-de-ar, 8 mm+16mm+6mm, caixilharia de alumínio com corte térmico, sem quadrícula, com dispositivos de oclusão nocturna. U=3,3 W/m2ºC

Tipo de vão envidraçado

Número de

vidros

Tipo de janela

Esp. da

lâmina de ar [mm]

Uw

[W/(m2ºC)]

Uwdn

[W/(m2ºC)] Factor solar

do vidro gV

Factor solar

do vidro g100%

Factor solar

do vidro gmáx

Dispositivo de oclusão nocturna

Simples (1 janela)

2 (vidro duplo)

fixa, giratória

ou de correr

6 - 3,3 - - -

Tabela 26 - Vãos envidraçados horizontais

2

(ln )

13,79 / º

10,09

W a

W

U W m C

U

VÃOS ENVIDRAÇADOS TIPO 3: Vãos envidraçados horizontais simples, vidro duplo incolor com caixa-de-ar, 8 mm+16mm+6mm, caixilharia de alumínio com corte térmico, sem quadrícula, sem dispositivos de oclusão nocturna. U=3,79 W/m2ºC

Tipo de vão envidraçado

Número de

vidros

Tipo de janela

Esp. da

lâmina de ar [mm]

Uw(lna)

[W/(m2ºC)]

Uwdn

[W/(m2ºC)] Factor solar

do vidro gV

Factor solar

do vidro g100%

Factor solar

do vidro gmáx

Dispositivo de oclusão nocturna

Simples (1 janela)

2 (vidro duplo)

fixa, giratória

ou de correr

6 3.79 - - - -

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93

2.3.7 Inércia Térmica

Para a verificação da classe de inércia térmica do empreendimento foram tomados em

consideração os elementos de cálculo apresentados no capítulo anterior, onde se encontram os

respectivos elementos da envolvente.

De acordo com esses dados, uma construção típica Portuguesa possui uma classe de

inércia MÉDIA ou FORTE, sendo que qualquer uma delas não influencia os factores

máximos admissíveis.

2.3.8 Sombreamentos do Edifício

Após a análise da arquitectura, verificou-se a existência de sombreamentos exteriores

provocados pela geometria do próprio edifício. Esses sombreamentos foram considerados

directamente na simulação energética do edifício.

2.4 Cargas Internas

As cargas internas devidas a ocupantes e equipamentos eléctricos consideradas para

cálculo do IEE Nominal na simulação dinâmica foram as correspondentes aos valores padrão

do RSECE para as tipologias consideradas para o edifício, nomeadamente “Estabelecimentos

de Ensino” e “Estabelecimento de Saúde com Internamento”.

No que diz respeito à iluminação, deveriam ser usados os dados fornecidos pelo

projectista de electricidade, mas, uma vez que estes não nos foram fornecidos, foi considerado

para cálculo de cargas térmicas os espaços principais (quartos, salas e gabinetes) uma

densidade de iluminação de 7 W/m2 e de 5 W/m2 para os espaços secundários (corredores,

salas de espera e arrumos).

Para efeitos de cálculo de carga térmica real foram utilizados os valores apresentados

no projecto de instalações mecânicas.

2.5 Renovação de Ar

De uma forma geral foram consideradas renovações de ar nos diferentes espaços em

função das indicações do anexo VI do DL 79/06, considerando, em todos os espaços, uma

eficiência de ventilação de 80%.

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94

Na escolha dos materiais por parte da Arquitectura houve a preocupação de

seleccionar materiais de acabamento e revestimento ecologicamente limpos.

Como resultado do critério acima, os caudais de ar novo consideradas por ocupante

encontram-se no Anexo VII – Caudais de Ar.

2.6 Outros Consumos Energéticos de Equipamento AVAC

As várias especialidades responsáveis pelos equipamentos consumidores de energia

definiram as potências dos seus equipamentos e foram definidos perfis de funcionamento,

tendo em conta os padrões habituais para este tipo de edifícios.

Tabela 27 – Tabela de consumos dos equipamentos

Iluminação Equipamento Ventilação Bombas Circ. Bomba de Calor Chiller

(kWh/ano) (kWh/ano) (kWh/ano) (kWh/ano) (kWh/ano) (kWh/ano)

Janeiro 7.319,42 7.025,09 826,56 2.010,83 6.573,49 0,00

Fevereiro 6.615,44 6.347,57 748,98 2.020,53 4.308,47 0,00

Março 7.285,73 7.015,53 807,85 2.330,06 3.234,12 0,00

Abril 7.073,52 6.795,36 794,46 2.383,80 2.463,13 0,00

Maio 7.353,12 7.036,77 845,26 2.472,86 1.183,94 0,00

Junho 7.039,84 6.785,79 775,76 2.284,66 0,00 4.168,00

Julho 7.353,12 7.036,77 845,26 2.353,55 0,00 7.353,50

Agosto 6.578,35 6.816,77 415,05 2.519,48 0,00 3.410,44

Setembro 6.736,67 6.699,71 607,42 2.075,67 0,00 4.057,08

Outubro 7.353,12 7.036,77 845,26 2.330,47 878,91 0,00

Novembro 7.073,54 6.797,47 794,46 1.990,30 4.166,46 0,00

Dezembro 7.083,59 6.953,92 695,62 1.979,08 4.220,40 0,00

Total 84.865,45 82.347,50 9.001,96 26.751,29 27.028,93 18.989,02

2.7 Consumos Energéticos de Outros Equipamento

Como outros consumos energéticos equipamentos foram considerados os elevadores,

considerando um perfil de funcionamento anual de acordo com o número de horas de

funcionamento previsto na tipologia de cada fracção.

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95

Tabela 28 - Consumos do elevador 1

Elevador 1

Potência 6,6 kW

1

10 segundos/arranque

8 h/dia

7 dias/semana

3203,2 kWh.ano

0,29 kgep/kWh

928,93 kgep/ano

10 s/min

10 min/h

80 min/dia

1,33 h/dia

485,33 h/ano

Minutos de Funcionamento por Hora

Minutos de Funcionamento por Dia

Horas de Funcionamento por Dia

Consumo Eléctrico Anual de Equipamentos

Horas de Funcionamento Anual

Consumo Anual de Energia

Consumo Anual

Factor de Conversão

Segundos de Funcionamento por Minuto

Equipamento

Arranques por minuto

Duração do Funcionamento

Horas de Funcionamento

Dias de Funcionamento

Tabela 29 - Consumos do elevador 2

Elevador 2

Potência 5,5 kW

1

10 segundos/arranque

8 h/dia

7 dias/semana

2669,33 kWh.ano

0,29 kgep/kWh

774,11 kgep/ano

10 s/min

10 min/h

80 min/dia

1,33 h/dia

485,33 h/ano

Minutos de Funcionamento por Hora

Minutos de Funcionamento por Dia

Horas de Funcionamento por Dia

Horas de Funcionamento Anual

Dias de Funcionamento

Consumo Anual de Energia

Factor de Conversão

Consumo Anual

Segundos de Funcionamento por Minuto

Consumo Eléctrico Anual de Equipamentos

Equipamento

Arranques por minuto

Duração do Funcionamento

Horas de Funcionamento

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96

3 Verificação Regulamentar

De acordo com o método de aplicação definido pelo regulamento e após se ter

verificado que os parâmetros de cálculo acima descritos cumprem os requisitos mínimos

regulamentares, procedeu-se ao dimensionamento dos sistemas de climatização, simulação

dinâmica multizona e cálculo do IEE do edifício e determinação da classe energética de cada

FA.

3.1 Simulação Dinâmica

Como auxiliar para a previsão das necessidades de energia correspondentes ao funcionamento

do edifício e respectivos sistemas energéticos que tenha em conta a evolução de todos os parâmetros

relevantes com a precisão adequada, numa base horária ao longo de um ano tipo, foi utilizado o

software da DesignBuilder que utiliza como motor de cálculo o programa “EnergyPlus”. Este software

cumpre o disposto do ponto 2 do artigo 30º do DL 79/2006, ou seja, está acreditado pela norma

ASHRAE 140-2004.

3.1.1 Cargas Térmicas

Com base nos parâmetros indicados no ponto 2.1, chegou-se aos valores de carga

térmica, apresentados no quadro que se encontra no Anexo IV – Cargas Térmicas. As cargas

térmicas simultâneas máximas do edifício, resultam em:

Carga de Aquecimento

Creche……………………………………………………46,33 kW

Lar de Idosos……………………………………………181,30 kW

Carga de Arrefecimento

Creche……………………………………………………32,56 kW

Lar de Idosos…………………………………………..181,85 kW

Assim, como potência máxima instalada, e cumprindo o disposto no ponto 1 do artigo

13º, do DL 79/2006, os limites máximos admissíveis são:

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97

Carga de Aquecimento

Creche……………………………………………………64,86 kW

Lar de Idosos…………………………………….……..253,82 kW

Carga de Arrefecimento

Creche……………………………………………………45,58 kW

Lar de Idosos…………………………………………...254,59 kW

A acrescentar ainda à potência de aquecimento, tanto à Creche como ao Lar de Idosos,

temos a potência necessária para as AQS no caso de os colectores solares não terem resposta.

Assim, para a creche,

. .

( ) 400 4,2 (60 15) 75600 /p água s eQ m c t t kJ dia

e para o lar,

. .

( ) 2520 4,2 (60 15) 476280 /p água s eQ m c t t kJ dia

Pretende-se que a massa de água seja aquecida em três horas, é necessária uma

potência de 7 kW para a creche e 44,41 kW para o lar de idosos.

Assim, as potências a instalar, previstas no projecto de instalações mecânicas de

ventilação e climatização deste trabalho, são as seguintes:

Potências a considerar para a selecção da bomba de calor.

Creche…………………………………………………….…65 kW

Lar de Idosos……………………………………………....230 kW

Uma vez que a potência de aquecimento e de arrefecimento são obtidas do mesmo

equipamento (Bomba de calor reversível), os valores máximos considerados são os de

arrefecimento para o lar de idosos e de aquecimento para a creche, ficando assim

salvaguardado o apoio às AQS.

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

98

3.2 Cálculo do IEE de Referência

O valor do IEE de referência para edifícios da mesma tipologia que a Creche,

considerado um estabelecimentos de ensino, é de 15 kgep/m2.ano e para o Lar de Idosos,

considerado um estabelecimentos de saúde com internamento, é de 40 kgep/m2.ano. Uma vez

que temos espaços complementares em ambas as fracções, já apresentados anteriormente, este

valor terá que ser ponderado. Assim, para Creche temos:

215 364,65 121 24,521,67 / .

364,65 24,5EE EE Coz Coz

CrecheEE Coz

IEE A IEE AIEE kgep m ano

A A

e para o Lar de Idosos:

240 1641,96 174 74,80 218 58,5451,52 / .

1641,96 74,80 58,54

ES ES Coz Coz Lav LavLar

ES Coz Lav

IEE A IEE A IEE AIEE

A A A

kgep m ano

Uma vez determinados os IEE’s de referência para cada uma das fracções, para o

edifício vem:

28434, 25 91455,3246,15 / .

2164, 45EdifícioIEE kgep m ano

Deste modo, o valor de referência do IEE, para o edifício, passa a ser de 46,15

kgep/m2.ano. Seguindo a mesma metodologia utilizada anteriormente para calcular o IEE de

referência, obtemos um valor de 15,93 kgep/m2.ano para o S.

3.3 Cálculo do IEE Nominal

Para determinar a eficiência energética do edifício foi calculado o IEE seguindo a

metodologia do anexo IX do RSECE, em que este é calculado através de seguinte expressão

matemática:

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Projecto de Instalações Mecânicas de um Edifício com Lar de Idosos e Creche

99

outI V

P

QIEE IEE IEE

A

em que:

IIEE Indicador de eficiência energética de aquecimento (kgep/m2.ano);

VIEE Indicador de eficiência energética de arrefecimento (kgep/m2.ano);

outQ Consumo de energia não ligado aos processos de aquecimento e arrefecimento

(kgep/ano);

PA Área útil de pavimento (m2);

Por sua vez:

aqI CI

P

QIEE F

A

arrV CV

P

QIEE F

A

em que:

aqQ Consumo de energia de aquecimento (kgep/ano);

CIF Factor de correcção do consumo de energia de aquecimento;

arrQ Consumo de energia de arrefecimento (kgep/ano);

CVF Factor de correcção do consumo de energia de arrefecimento;

Para o cálculo dos factores de correcção do consumo de energia de aquecimento e

arrefecimento ( CIF e CVF ), adopta-se como região climática de referência, a região I1 – V1

norte, 1000 graus – dia de aquecimento e 160 dias de duração da estação de aquecimento

Correcção da energia de aquecimento ( CIF ):

1ICI

Ii

NF

N

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100

em que:

1IN Necessidades máximas de aquecimento permitidas pelo RCCTE, calculadas

para o edifício em estudo, como se estivesse localizado na zona de referência I1

(kWh/m2.ano);

IiN Necessidades máximas de aquecimento permitidas pelo RCCTE, calculadas para

o edifício em estudo, na zona onde está localizado (kWh/m2.ano);

Correcção da energia de arrefecimento:

1VCV

Vi

NF

N

em que:

1VN Necessidades máximas de arrefecimento permitidas pelo RCCTE, calculadas

para o edifício em estudo, como se estivesse localizado na zona de referência I1 – V1

(kWh/m2.ano);

IiN Necessidades máximas de arrefecimento permitidas pelo RCCTE, calculadas

para o edifício em estudo, na zona onde está localizado (kWh/m2.ano);

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101

3.3.1 Lar de Idosos

Assim, as tabelas seguintes, apresentam um resumo do cálculo, apresentado no ponto

3.3, do indicador de eficiência energética para o lar de idosos.

Tabela 30 – IEE da cozinha do lar

TipoConsumos 

kWh/ano

E Nominal 

[kgep/ano]

Aquecimento 0,00

Bombas

Arrefecimento 0,00

Bombas

Ventilação 380,04 110,21

AQS 305,4 88,57

Ilum. Int. 2851,48 826,93

Ilum. Ext. 0,00

Trans. Vertical 0,00

Equipamento 11876,37 3444,15

Total 15413,29

0,29

0,29

0,29

0,086

Factor de Correcção Inverno ‐

Factor de Correcção Verão ‐

74,8

174

10

0

0

59,76

59,76IEE

Dados para o cálculo do IEE:

COP

IEE Inverno

IEE Verão

Qoutros

Factor de conversão

EER

COZINHA

Factor de conversão (eléct.)

Factor de conversão (comb.)

Factor de conversão

Área [m2]

IEE Referência

S

Tabela 31 - IEE da lavandaria do lar

TipoConsumos 

kWh/ano

E Nominal 

[kgep/ano]

Aquecimento 0,00

Bombas 0,00

Arrefecimento 0,00

Bombas 0,00

Ventilação 282,49 81,92

AQS 0,00

Ilum. Int. 2240,45 649,73

Ilum. Ext. 0,00

Trans. Vertical 0,00

Equipamento 17655,66 5120,14

Total 20178,60

0,29

0,29

0,29

0,086

Factor de Correcção Inverno ‐

Factor de Correcção Verão ‐

58,54

218

7

0

0

99,96

99,96

LAVANDARIA

Dados para o cálculo do IEE:

Factor de conversão

EER

Factor de conversão

Área [m2]

IEE Referência

S

IEE Inverno

IEE Verão

Qoutros

Factor de conversão (eléct.)

Factor de conversão (comb.)

COP

IEE

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102

Tabela 32 - IEE do lar

TipoConsumos 

kWh/ano

E Nominal 

[kgep/ano]

Aquecimento 21623,14 6270,71

Bombas 14014,34 4064,16

Arrefecimento 15191,22 4405,45

Bombas 7386,69 2142,14

Ventilação 7201,57 2088,46

AQS 5802,61 1682,76

Ilum. Int. 62800,43 18212,12

Ilum. Ext. 2700,00 783,00

Trans. Vertical 3203,20 928,93

Equipamento 65878,00 19104,62

Total 205801,20

3,12

0,29

4,61

0,29

0,29

0,086

Factor de Correcção Inverno 0,71

Factor de Correcção Verão 0,89

1641,96

40

18

4,47

3,55

26,07

34,08

COP (AQS)

Factor de conversão

EER

IEE Referência

S

IEE Inverno

Dados para o cálculo do IEE:

Factor de conversão

Área [m2]

Qoutros

LAR DE IDOSOS

IEE

Factor de conversão (eléct.)

Factor de conversão (comb.)

IEE Verão

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103

3.3.2 Creche

Assim, as tabelas seguintes apresentam um resumo no cálculo, apresentado no ponto

3.3, do indicador de eficiência energética para a creche.

Tabela 33 - IEE da cozinha da creche

TipoConsumos 

kWh/ano

E Nominal 

[kgep/ano]

Aquecimento 0,00

Bombas

Arrefecimento 0,00

Bombas

Ventilação 118,23 2896,64

AQS 184,66 53,55

Ilum. Int. 1018,39 295,33

Ilum. Ext. 0,00

Trans. Vertical 0,00

Equipamento 3694,6 1071,43

Total 5015,88077

3,39

0,29

0,29

0,29

0,086

Factor de Correcção Inverno 0,71

Factor de Correcção Verão 0,89

24,5

121

5

0

0

176,20

176,20IEE

Factor de conversão

Área [m2]

IEE Referência

IEE Inverno

IEE Verão

Qoutros

EER

S

Factor de conversão (eléct.)

Factor de conversão (comb.)

COZINHA

Dados para o cálculo do IEE:

COP (AQS)

Factor de conversão

Tabela 34 - IEE da creche

TipoConsumos 

kWh/ano

E Nominal 

[kgep/ano]

Aquecimento 5405,79 1567,68

Bombas 3503,58 1016,04

Arrefecimento 3797,80 1101,36

Bombas 1846,67 535,53

Ventilação 1683,48 488,21

AQS

Ilum. Int. 15954,70 4626,86

Ilum. Ext. 1080,00 313,20

Trans. Vertical 2669,33 774,11

Equipamento 16469,50 4776,16

Total 52410,85

3,19

Factor de conversão 0,29

4,02

Factor de conversão 0,29

Factor de conversão (eléct.) 0,29

0,086

Factor de Correcção Inverno 0,71

Factor de Correcção Verão 0,89

364,65

IEE Referência 15

S 10

IEE Inverno 5,03

IEE Verão 4,00

Qoutros 30,11

IEE 39,13

Área [m2]

CRECHE

Dados para o cálculo do IEE:

COP

EER

Factor de conversão (comb.)

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104

3.4 Resultado da Verificação Energética

Como se pode verificar na tabela 33, apresentada de seguida, o valor de IEE para o

edifício é inferior ao IEE de referência, estando assim o edifício regulamentar, resultando

numa classe energética B.

Tabela 35 – IEE do edifício

IEE Ref < ≤ IEE Ref

A+   34,20

A 34,20   38,18

B 38,18 38,65 42,17

B‐ 42,17   46,15

C 46,15   54,12

D 54,12   62,08

E 62,08   70,05

F 70,05   78,01

G 78,01  

Classe 

Energética

IEE Nominal [kgep/m2.ano]

Área Total [m2] 2164,45

S 15,93

Cálculo do IEE Ponderado

IEE Nominal

IEE Referência

38,65

46,15

Tabela 36- Energia a retirar para subir de classe

8621

1016

Energia a Retirar 

(kgep)

Na tabela 33 podemos verificar a energia, em tonelada equivalente de petróleo,

necessária retirar para que o edifício suba de classe energética.

De referir que a separação dos consumos de energia das bombas circuladoras e

ventiloconvectores foi efectuada tendo em conta a percentagem da área de cada fracção, uma

vez que esse pormenor não foi tido em conta aquando da elaboração da simulação dinâmica.

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105

3.5 Medidas de Melhoria

Como medidas de melhoria, é proposta a instalação de detectores de movimento

acoplados à iluminação das zonas de passagem comuns e a instalação de painéis fotovoltaicos

para produção de energia eléctrica. Recorrendo ao software SMA Sunny Design 2.20 foi

dimensionado um sistema com 30 módulos de 235 W por painel, o que dá uma potência

instalada de 7,05 kW.

A simulação da produção foi efectuada para o distrito do Porto, uma vez que o de

Coimbra não está disponível e foi obtido um total de 9950,50 kWh/ano, que em tonelada

equivalente de petróleo representa 2885,65 kgep.

A implementação desta segunda medida de melhoria iria permitir subir a classificação

energética do edifício em questão de B para A.

Coimbra,

O Autor do Projecto

---------------------------------------------------------------------------------

Maurício António da Costa Teixeira

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Anexo I – Fichas Técnicas

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Anexo II – Dimensionamento de Ventiladores e

Bombas Circuladoras

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Anexo III – Consumos de Energia

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Anexo IV – Cargas Térmicas

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Anexo VI – Solterm

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Anexo VII – Caudais de Ar

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Anexo VIII – Check List – QAI e Energia

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Anexo IX – Medidas de Melhoria

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Referências

Bibliográficas

[1] - Incropera; DeWitt; Bergman; Lavine, “Fundamentos de Transferência de Calor e de

Massa”, LTC, 2008, ISBN 978-85-216-1584-2;

[2] - Santos, Carlos A. Pina dos; Matias, Luís, “ITE50 - Coeficientes de Transmissão Térmica de Elementos da Envolvente dos Edifícios”, LNEC, 2006;

[3] - Luiz Roriz, “Climatização – Concepção, Instalação e Condução de Sistemas”, Edições Orion, Segunda Edição, 2007, ISBN 978-972-8620-09-7;

[4] - Çengel, Yanus A.; Boles, Michael A.; “Termodinâmica”, Terceira Edição, McGraw Hill, 2001, ISBN 972-773-097-3;

[5] - Decreto-Lei nº 78/2006, DR I Série-A, nº 67 de 04 de Abril de 2006;

[6] - Decreto-Lei nº 79/2006, DR I Série-A, nº 67 de 04 de Abril de 2006;

[7] - Decreto-Lei nº 80/2006, DR I Série-A, nº 67 de 04 de Abril de 2006;

WWW.

[1] - www.uponor.pt

[2] - www.france-air.com.pt

[3] - www.adene.pt

[4] - www.grundfos.pt

[5] - www.lennoxeurope.com

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