Relatório de aplicação de modelos de previsão de ... · se a soma das temperaturas médias...

19
Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do Algarve Relatório de aplicação de modelos de previsão de ocorrência de inimigos das culturas. Caso do modelo para a cochonilha de S. José – Resultados preliminares Nídia Ramos Patacão Julho de 2008

Transcript of Relatório de aplicação de modelos de previsão de ... · se a soma das temperaturas médias...

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do Algarve

Relatório de aplicação de modelos de previsão de ocorrência de inimigos das

culturas. Caso do modelo para a cochonilha de S. José – Resultados preliminares

Nídia Ramos

Patacão Julho de 2008

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Introdução....................................................................................................................... 3

1 - Breve revisão bibliográfica...................................................................................... 3

1.1 - Morfologia .............................................................................................................. 3

1.2 - Bioecologia ............................................................................................................. 4

1.3 - Sintomas.................................................................................................................. 5

1.4 – Meios de luta ......................................................................................................... 5

1.5 - Lei das constantes térmicas.................................................................................. 6

2 - Material e métodos - Método das integrais térmicas .......................................... 7

3 - Resultados e discussão ............................................................................................ 8

4 – Conclusão ................................................................................................................. 12

Bibliografia..................................................................................................................... 12

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Introdução

No âmbito das orientações para o desenvolvimento sustentável da agricultura, a utilização de métodos de previsão de ataque dos inimigos das culturas, ao contribuir para optimizar a oportunidade de realização de tratamentos fitossanitários, resulta no seu melhor posicionamento com aumento da sua eficácia, eliminação de tratamentos desnecessários, redução dos custos de produção, com possíveis consequências na diminuição do impacte ambiental e do nível de resíduos dos pesticidas nos alimentos, tendo em vista melhorar a qualidade da produção destinada ao consumo.

Assim, atendendo à existência da rede funcional de Estações meteorológicas automáticas (EMA) e ao manancial de dados obtidos, torna-se imperioso a sua aplicação a modelos de previsão existentes, especificamente, o modelo de integrais térmicas para a cochonilha de S. José (Quadraspidiotus perniciosus) em prunóideas, inimigo-chave destas culturas. Espera-se assim, contribuir para a optimização da luta contra este inimigo, fornecendo em tempo útil informação aos agricultores através das Circulares de Avisos Agrícolas.

O presente relatório pretende fazer uma síntese do trabalho desenvolvido de aplicação deste modelo na região Algarve, sendo realizada uma breve revisão bibliográfica, descrição de material e métodos e discussão dos resultados preliminares.

1 - Breve revisão bibliográfica

A origem provável deste cochonilha (Quadraspidiotus perniciosus Comst. ),

é a China. Foi assinalada em S. José, na Califórnia, em 1873 e em Portugal em 1931, em plantas provenientes dos E.U.A.. Parasita de luta obrigatória em Portugal (Portaria n.º 472/89) e na União Europeia, é polífago, ataca mais de 150 hospedeiros (macieiras, pereiras, ameixeiras, damasqueiro, pessegueiro, cerejeira entre outras prunóideas, árvores e arbustos ornamentais). Tem distribuição mundial, mas em alguns países parece não estar estabelecido (Bélgica, Dinamarca, Polónia e Noruega). Não é permitida a comercialização de frutos com a presença da praga.

1.1 - Morfologia

As ninfas, são amarelas, comprimento cerca de 0,3

mm, com três pares de patas e um par de antenas. O dimorfismo sexual das ninfas só é observável com grande ampliação. Quando se fixa segrega um primeiro escudo, branco no 1º instar e depois cinzento a cinzento-escudo no 2º instar. Neste instar, a exúvia faz parte do

Fig. 1. Ninfa 1º instar cochonilha de S. José

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

escudo, as pernas e antenas atrofiam-se e no caso dos machos o escudo torna-se mais alongado. Os machos do segundo instar passam ao estado de pré-pupa e pupa antes da emergência do adulto.

A fêmea possui coloração amarelo-pálido, aptera, piriforme, achatada, protegida por um escudo cinzento-escuro, circular, com cerca de 2 mm de diâmetro, fixa-se à planta através de um estilete longo (Fig. 2). Os machos adultos têm vida livre, com 1,1 mm de comprimento, possuem um par de asas, de cor amarelo-escuro até acastanhado, com uma faixa fina escura, no tórax entre a base das asas. 1.2 - Bioecologia

A hibernação é realizada pelos estados de ninfa do 1.° ou 2.° instar

(menos frequente) e no estado de fêmea adulta. A quebra do período de dormência está intimamente ligado à ocorrência de valores de temperatura acima do zero de desenvolvimento (7,3ºC). Os machos, saem do escudo (temperatura superior a 16ºC), procuram as fêmeas, atraídos pela libertação de feromona e acasalam debaixo do escudo. As fêmeas são vivíparas e existem em maior número do que os machos. O período entre o acasalamento e a saída das ninfas móveis, pode variar entre 30 a 40 dias. As ninfas continuam a surgir durante 6-8 semanas, até um total de cerca de 400, podem ser encontradas ao lado da fêmea, protegidas pelo escudo antes de dispersar. Quando deixam o escudo e durante o período de mobilidade das ninfas, vão colonizar outros órgãos do mesmo hospedeiro (tronco, ramos, folhas e frutos) ou ser disseminadas pelo vento, aves e Homem na sua actividade (Fig. 3). As ninfas machos fixam-se em maior número nas folhas do que as fêmeas. Após a localização de um local apropriado, as ninfas fêmeas inserem o estilete na planta, fixam-se e segregam uma substância cerosa que em contacto com ar solidifica, formando um escudo circular, destacável do corpo do insecto. Este segundo estado de metamorfose é muito susceptível e existe grande mortalidade, em especial se ocorrerem temperaturas elevadas e baixa humidade relativa. A ninfa do 2º instar, dependendo dos valores de temperatura, pode ter diapausa invernal ou estival, sendo a temperatura mínima e máxima de desenvolvimento 10,6ºC ou 7,3ºC e 32,2ºC ou 35ºC. As ninfas das fêmeas passam por uma terceira muda antes de

Fig. 2 Fêmeas e ninfas 1º instar cochonilha de S. José.

Fig. 3 – Aspecto da infestação de cochonilha de S. José, em ramo.

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

atingiram a maturação. A aproximação do Inverno induz nas ninfas do 1º instar a diapausa e a segunda geração de ninfas e adultos, geralmente, tem grande mortalidade. Em Portugal podem ocorrer 2 a 4 gerações desta praga, podendo existir na região Algarve uma quinta.

1.3 - Sintomas

Fortes infestações deste insecto contribuem para o declínio no vigor da

árvore, crescimento e produtividade, podendo causar a sua morte após alguns anos. Infestações no início da estação podem originar frutos pequenos e deformados. Ao alimentar-se, inocula na planta saliva com substâncias tóxicas, que provocam, no sítio da picada necrose nos tecidos e aparece uma lesão de cor vermelha. Por vezes estes sintomas são confundidos com pontuações vermelhas, resultantes de fenómenos de nutrição, típicos das prunóideas. Não produzem melada.

Os sintomas em frutos consistem numa ligeira depressão e uma pontuação vermelha à volta do local de alimentação, o que desvaloriza o fruto em termos comerciais. 1.4 – Meios de luta

Luta biológica: fomento da limitação natural. Preservar os auxiliares,

coccinelídeos, crisopídeos, himenópteros parasitóides: Prospaltella perniciosi Prospaltella aurantii, Encarsia (Prospaltella) berlesei, Aphitis proclia, Aphitis aonidae, Aphitis mytilaspidis, Aspidiophagus citrinus, o encirtídeo Apterencyrtus microphagus (Guimarães, 1993), os coccinelídeos Chilocorus bupustulatus, Exochomus quadripustulatus Coccinella septempunctata e o ácaro Hemisarcoptes malus Estes auxiliares podem ajudar a limitar as populações, mas não conseguem impedir prejuízos se as populações forem altas.

Em caso de largadas com Prospaltella perniciosi, deve ser na ordem de um milhão de indivíduos por hectare e a sua eficácia pode ser 80% no ano seguinte ao da largada.

Luta cultural: a prática de podas em verde diminui as populações do insecto, pela remoção dos ramos terminais (onde tem tendência a se instalar) e reduz a copa da árvore permitindo a melhor penetração das caldas dos pesticidas. Material proveniente de podas com infestação, deve ser removido do pomar e destruído de imediato.

Luta química: Uma vez detectada a praga a utilização de óleo de verão, no período de dormência do pomar é essencial para diminuir as populações.

Fig. 3 – Aspecto da infestação de cochonilha de S. José, em nectarina.

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

A luta contra as ninfas móveis, impede a perda de vigor da árvore e a disseminação do insecto para outras árvores. O tratamento deve coincidir com as capturas de ninfas nas armadilhas aderentes (1ª geração). Atendendo ao longo período de saída das ninfas pode realizar-se um primeiro tratamento às primeiras capturas e outro 10 a 15 dias depois. De notar que em prunóideas tardias a segunda geração também é de particular importância, devendo repetir o tratamento com 20 a 25 dias de intervalo. Os tratamentos devem ser localizados, nas áreas de infestação delimitadas. 1.5 - Lei das constantes térmicas

A temperatura condiciona o desenvolvimento de muitos organismos, em

especial dos insectos, cuja biologia determina a existência de estados morfológicos distintos. A passagem de um estado para outro requer uma certa quantidade de calor, esta medida de calor acumulado é conhecida como o tempo fisiológico, é constante para um certo organismo é expressa e aproximada à unidade de dias-grau (ºD). Limiares de desenvolvimento máximo e mínimo são determinados em condições experimentais, sendo o limiar mínimo a temperatura abaixo da qual o desenvolvimento pára. No caso da cochonilha de S. José é respectivamente 10,6 ºC e 32,2ºC, ou segundo Guimarães (1993) 7, 3ºC e 35ºC .

A acumulação de dias-grau desde um ponto (data de zero de desenvolvimento) pode ajudar a prever quando um estado de desenvolvimento é atingido. O zero de desenvolvimento é dependente da espécie e é baseado num evento específico como data de plantação, primeira captura numa armadilha, ou primeira ocorrência do inimigo.

Existem vários métodos, todos eles lineares, pois pressupõem uma relação directa com a temperatura, para determinar a acumulação dos dias-grau, uns mais precisos que outros, pois existem flutuações diárias de temperatura o que não ocorre em condições de laboratório. Assim, o valor estimado é aproximado e não exacto pois baseia-se em valores de temperatura médias diárias, ou médias de 12 horas ou horárias.

Os cálculos de dias-grau e acumulações são baseados na área abaixo da curva da temperatura, entre o zero e máximo de desenvolvimento.

De modo geral, utiliza-se o valor de 10,6 ºC ou 7,3ºC como zero de desenvolvimento e como limite máximo de desenvolvimento 32,2ºC ou 35º. Alguns modelos que têm em conta o valor de 32,2ºC ou 35ºC como máximo de desenvolvimento, assumem que o desenvolvimento continua a incrementos constantes de temperatura por excesso acima deste limiar e, assim, em termos matemático valores acima de 32,2º C ou 35ºC, são subtraídos do valor de dias-grau acumulados (modelo horizontal). Outro modelo considerado intermediário considera que o desenvolvimento continua, mas mais lento, pelo que se subtrai duas vezes o valor da área em excesso e, finalmente outro que se designa vertical considera que o desenvolvimento não ocorre.

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

No sentido de determinar um dos parâmetros biológicos mais sensíveis às intervenções fitossanitárias, a saídas das ninfas do primeiro instar, provenientes dos adultos da geração hibernante, vão utilizar-se os valores aceites pelo Serviço Nacional de Avisos Agrícolas (SNAA). Para o efeito calcula-se a soma das temperaturas médias diárias que excedam 7,3ºC, a partir de 1 de Janeiro e subtraem-se os valores que ultrapassem o limiar máximo de desenvolvimento (35ºC) (Quadro 1). Vários autores referem não haver grandes diferenças entre o modelo de dia-grau e o modelo dia-grau-hora, mas este deve ser preferido, pois podem aferir-se melhor as temperaturas ao excluir os valores inferiores a 7,3ºC e superiores a 35ºC, embora esteja dependente da existência de sensores que permitam a obtenção destes valores.

Quadro 1 – Dias-graus de desenvolvimento segundo Guimarães (1993). Fases de desenvolvimento do

insecto Temperaturas desde 1 de

Janeiro acima dos 7,3ºC Eclosão das ninfas da 1ª geração 500-525 ºdia Eclosão das ninfas da 2ª geração 1270-1295 º dia Eclosão das ninfas da 3ª geração Fins de Agosto até meados de

Novembro

2 - Material e métodos - Método das integrais térmicas

As observações decorreram no primeiro semestre de 2008, nos postos de observação biológica (POB’s) de Tavira, Maragota e Portimão. Em cada um dos POB’s foram efectuadas as seguintes observações:

• Detecção da praga

Observação no fim do Inverno para determinar a presença da praga, em especial nos ramos localizados na parte superior da copa.

• Determinação da curva de voo de machos de Q. perniciosus

No final de Inverno, foi instalada uma armadilha sexual nos POB´s, a Norte a uma altura de cerca 1,8 m, para determinação do início do voo dos machos. A feromona foi substituída entre 4 a 6 semanas. Substituição de armadilha em cada observação e contagens de machos capturados (Fig. 4).

• Emergência e saída das ninfas móveis

Em cada um dos POB’s foi aplicado o método das integrais térmicas, segundo Guimarães (1993), que se baseia no somatório das temperaturas médias diárias acima de 7,3ºC (zero de desenvolvimento), a partir de 1 de

Fig. 4 – Armadilha sexual para captura de machos da cochonilha de S. José.

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Janeiro, de forma a determinar aproximadamente a data de eclosão das jovens ninfas, da primeira e segunda gerações, segundo o Quadro 1. Os dados micro-meteorológicos para esta determinação foram obtidos nas EMA’s de Arrochela (por ser a EMA com características mais próximas de Portimão), Maragota e Tavira.

Simultaneamente, em cada POB, foi acompanhada a praga de forma a comprovar que se na prática esta situação se verificou.

No sentido de se determinar o início da 1ª e 2ª geração de ninfas,

próximo dos valores de dia-grau para a eclosão de ninfas, em dois ramos de árvores infestadas, envolveu-se uma porção de 10 cm de ramo com fita isoladora preta, com a parte com cola voltada para o exterior e untada com vaselina, com o objectivo de capturar as ninfas recém eclodidas (Fig. 5).

• Avaliação da intensidade de ataque

Para determinar a intensidade de ataque da praga efectuou-se a observação visual de 100 frutos (5 frutos ao acaso por árvore, em 25 árvores).

3 - Resultados e discussão

O trabalho decorreu entre 1 de Janeiro e 1 de Julho de 2008, nos postos de observação biológica (POB’s) de Tavira, Maragota e Portimão.

Esta praga já havia sido detectada nestes POB´s, em anos anteriores, pelo que se considerou a praga instalada nos locais.

Determinação da curva de voo de machos de Q. perniciosus.

Em 29 de Fevereiro, em Maragota e Tavira e em 13 de Março em Portimão, foi instalada uma armadilha sexual, para determinação das flutuações populacionais dos machos.

No POB de Portimão não se registou, durante o período em observação, capturas de machos. No POB da Maragota foram capturados machos em 19 Maio e 89 especímenes na última data de captura de armadilha (1 de Julho). No POB de Tavira em meados de Abril foram capturados dois machos da cochonilha de S. José e também, na última data de recolha, sugerindo assim picos de saída de machos em meados de Abril e finais de Junho (Fig. 6).

Fig. 5 – Ramo revestido com fita para a captura de ninfas de 1º instar da cochonilha da cochonilha de S. José.

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

• Saída das ninfas móveis

Em cada um dos POB’s foi aplicado o método das integrais térmicas, segundo Guimarães (1993). Os dados micro-meteorológicos foram obtidos nas EMA’s de Arrochela, Maragota e Tavira e cujos resultados se apresentam no Quadro 2, Fig. 7 e Anexo 1.

A análise dos dados indica que a primeira saída de ninfas deveria-se

verificar entre 18 e 22 de Março em Maragota e Tavira, respectivamente, e dez dias mais tarde em Portimão. A segunda geração teve condições para se desenvolver em inícios de Junho nos POB´s de Maragota e Tavira e 5 dias mais tarde em Portimão (Fig. 7). De realçar que a curva de dias-grau acumulados de Tavira e Maragota, são quase coincidentes, enquanto na curva referente a Arrochela há um nítido desfasamento.

Quadro 2 – Dias grau obtidos pelas EMAS de Arrochela, Maragota e Tavira,

referentes ao desenvolvimento da cochonilha de S. José, situado entre os limiares de 7,3ºC e 35ºC.

Data 1º geração 2º geração Local

Ano:2008 500 a 525ºC Dias - grau*

1270 a 1295º C Dias - grau*

Tavira 18-Mar 500 - 19-Mar 505 - 20-Mar 510 - 21-Mar 518 - 22-Mar 525 - 08-Jun - 1272 09-Jun

10-Jun 1300

- -

1286 1300

Maragota 18-Mar 504 - 19-Mar 509 - 20-Mar 515 - 21-Mar 521 - 22-Mar 527 - 08-Jun - 1276 09-Jun

10-jun - 1290

1304

Arrochela 28-Mar 508 - 29-Mar 518 - 30-Mar 523 - 31-Mar 529 - 13-Jun - 1278 14-Jun

15-Jun - -

1298 1313

*Σ T >7,3ºC somatório das temperaturas médias acima de 7,3ºC

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

1º geração 2º geração 1º geração 2º geração 1º geração 2º geração500 a 525 1270 a 1295 500 a 525 1270 a 1295 500 a 525 1270 a 1295

18-03-2008 500 17-03-2008 500 30-04-2008 504

19-03-2008 505 18-03-2008 505 01-05-2008 510

20-03-2008 512 19-03-2008 510 02-05-2008 516

21-03-2008 518 20-03-2008 517 03-05-2008 524

22-03-2008 525 21-03-2008 523 - -08-06-2008 1272 22-03-2008 529 - - -09-06-2008 1286 08-06-2008 1277 - - -10-06-2008 1300 09-06-2008 1291 - - -

DataData

Temperaturas horárias > 10,6 ºCTemperaturas médias diárias > 7,3ºC Temperaturas horárias > 7,3 ºC

Data

Fig. 7 - Acumulado de dias–grau, nos POB, de Tavira, Maragota e Portimão e datas de ocorrência das 1ª e 2ª geração de ninfas 1º instar.

No POB de Tavira foi realizada a comparação entre o método das

integrais térmicas diárias e horárias (em cujos limiares inferiores a 7,3ºC e superiores a 35ºC, não foram considerados por se considerar estes valores limites de desenvolvimento) e o método das integrais térmicas horárias para os limiares entre 10,6ºC e 32,2 ºC; cujos os resultados se apresentam no Quadro 3.

Quadro 3 – Quadro comparativo da aplicação do método das integrais

térmicas diárias e horárias para (7,3ºC - 35ºC) e horárias para (10,6ºC - 32,2ºC).

As diferenças observadas, para os limiares entre 7,3 ºC e 35ºC, referem-se à antecipação de um dia para a primeira saída de ninfas móveis no método das integrais térmicas horárias e diárias e foi coincidente no caso da data prevista para a 2º geração. No caso da aplicação do método para limiares entre 10,6º C e 32,2ºC a observação de ninfas do 1º instar iniciar-se-ia em finais de Abril e segunda geração até final de Junho não ocorreria.

No sentido de validar os resultados obtidos com a determinação da data

de saída de ninfas do 1º instar, gerados pela aplicação do modelo, realizaram-se observações periódicas desde a data de colocação da fita-cola, tendo-se detectado as primeiras ninfas móveis em 10 de Abril. Paralelamente à

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

01-Jan

16-Jan

31-Jan

15-Fev

01-Mar

16-Mar

31-Mar

15-Abr

30-Abr

15-Mai

30-Mai

14-Jun

29-Jun

Somatório de Dia-grau

Tavira Maragota Arrochela1

ª

G

e

r

a

ç

ã

o

1

ª

G

e

r

a

ç

ã

o

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

observação da fita-cola, foram cortados cinco ramos e observada a presença de cochonilhas fêmeas. De referir que, não obstante a elevada presença de escudos de fêmeas nos ramos, a sua maioria correspondia a insectos mortos (Quadro 4).

A segunda geração de ninfas móveis foi observada num ramo de ameixeira em 1 de Julho, ainda por baixo do escudo da fêmea (Quadro 4).

Quadro 4 – Presença de fêmea vivas de cochonilha S. José e ninfas do 1º instar observadas em 5 ramos.

Local/Data Tavira Maragota Portimão 24-Mar - - - 01-Abr - - -

10-Abr 2 fêmeas com ninfas/2 ramos -

3 fêmeas com ninfas/1 ramo

11-Abr - - - 19 -Mai - - Não observado 28-Mai - - Não observado

20-Jun - - 12 fêmeas /5 ramos

01-Jul 6 fêmeas/2 ramos

1 fêmea com ninfas/1 ramo -

O método de amostragens com recurso à fita-cola, não foi muito eficaz na

detecção de ninfas móveis, pois não se capturou nenhuma ninfa, o que talvez tenha haver com a baixa população de fêmeas da cochonilha de S. José nos locais onde foi colocado e se tivermos em consideração os valores obtidos pelo modelo com temperaturas entre 7,3ºC e 35ºC, a sua colocação em campo já teria sido tardio (24 de Março), não obstante o longo período de saídas das ninfas, pois o modelo, a 18 de Março, já previa a saída de ninfas móveis. No entanto, em termos de observações de campo, realizadas em 13, 24 e 29 de Março não foram detectadas ninfas móveis. O modelo em que se considerou temperaturas de 10,6ºC e 32,2 ºC, indicou que a saída das primeiras ninfas, ocorreria em finais de Abril, quando em 10 de Abril já se observava a saída de ninfas.

Em termos de previsão da segunda geração o modelo que utilizou o método das integrais térmicas entre 7,3ºC e 35ºC previu a saída em 8 de Junho e em campo só se observou em 1 de Julho, num ramo de ameixeira.

• Avaliação da intensidade de ataque

Para determinar a intensidade de ataque da praga efectuou-se a observação visual de 100 frutos ao acaso (5 frutos por árvore, em 25 árvores).

A infestação de cochonilha de S. José, de modo geral foi baixa. No POB da Maragota, apenas no final de colheita em 29 de Abril, foram observados 12 frutos de nectarina com cochonilha de S. José. No POB de Tavira e Portimão não

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

se observaram frutos infestados, no entanto, em Portimão tratam-se de variedades mais tardias onde a 2ªe talvez a 3ª geração podem ser importantes.

4 – Conclusão

A aplicabilidade do método das integrais térmicas para a determinação dos dias-grau dos diferentes estados de desenvolvimento para a cochonilha de S. José, é exequível.

Verificou-se, porém, que em relação à data de saída de ninfas móveis da cochonilha de S. José, o método das integrais térmicas entre 7,3ºC e 35ºC previu, com cerca de um mês de antecedência, a saída registada no campo. Quando se considerou o limiar de 10,6º C e 32,2 ºC, este desfasamento foi de 18 dias.

Face aos resultados obtidos, verifica-se que a aferição do método para as condições registadas na região Algarve, deverá apresentar maior regularidade de observações de campo nas fases criticas (à saída das primeiras ninfas móveis), agora determinadas, a partir de meados de Março, no sentido de determinar quais os limiares de temperatura a utilizar para melhorar o posicionamento dos tratamentos fitossanitários.

No que se refere ao método da fita-cola sugere-se, na próxima campanha, o aumento do número de fitas colocadas em diferentes ramos da árvore (ramos de 2 anos), para que possam, efectivamente, ser capturadas as primeiras ninfas.

Agradecimentos

Agradece-se ao Eng.º Paulo Oliveira pelo apoio com os dados obtidos das EMA´s e aos Eng.ºs Téc. Agr. Manuel Luís e José Fernando Prazeres pelo apoio e colaboração nos trabalhos de campo.

Bibliografia

D.G. Pfeiffer, L.A. Hull, D.J. Biddinger, & J.C. Killian.San Jose Scale, Quadraspidiotus perniciosus (Comstock)-on apple indirect pests, reprinted with permission from Mid-Atlantic Orchard Monitoring Guide, published by NRAES, 152 Riley-Robb Hall, Ithaca, New York 14853-5701 http://www.virginiafruit.ento.vt.edu/SJS.html acedido 20/01/2008.

Enfermedades de los frutales de hueso y pepita http://articulos.infojardin.com/Frutales/enfermedades-frutales-hueso-pepita.htm acedido 20/01/2008

Guimarães, J. M. (1982)– Curso de Cochonilhas. DGPPA.MAPA. PPA(SVD) -4/82.

Guimarães, J. M. (1993) - A cochonilha da S. José. Rev. Ciênc. Agrár. Lisboa: Sociedade de Ciência Agrárias e Portugal. ISNN 0870-018X. 16: 1/3 79-87.

Mague, DL & Reissig, WH (1983) - Phenology of the San Jose scale (Homoptera: Diaspididae) in New York state apple orchards. Canadian Entomologist [CAN. ENTOMOL.]. Vol. 115, no. 7, pp. 717-722. 1983. http://www.ipm.ucdavis.edu/WEATHER/ddconcepts.html, acedida em 20/02/2008 acedido 20/01/2008

Pest Management Guidelines A Cornell Cooperative Extension Publication http://ipmguidelines.org/TreeFruits/content/CH06/default.asp#_Toc190060988 acedido 20/01/2008

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Portaria n.º 472/89 (Rectificações)- Estabelece medidas de protecção fitossanitária orientadas para o combate à cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus Comst.) 27 /06/1989. 145/89 SÉRIE I. MAPA. pp .2510 a 2511

Quadraspidiotus perniciosus (Comstock) http://www.inra.fr/hyppz/RAVAGEUR/6quaper.htm acedido 20/01/2008

Quadraspidiotus perniciosus http://extension.usu.edu/ipm/sjscale.htm acedido 20/01/2008

Rosenberger, D. - APPLE SCAB ASCOSPORE MATURITY - http://www.nysaes.cornell.edu/pp/extension/tfabp/components/modmills.html acedido 20/01/2008

San Jose scale http://texasextension.tamu.edu/20/01/2008.

San Jose scale, Quadraspidiotus perniciosus (Comstock) http://www.hortnet.co.nz/key/keys/info/lifecycl/sjs-desc.htm acedido 20/01/2008~

http://extension.usu.edu/files/publications/publication/san-jose-scale'97.pdf

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado

01-01-2008 11.7 4.4 0.00 01-03-2008 16.3 9.0 370

02-01-2008 14.4 7.1 12 02-03-2008 15.9 8.6 378

03-01-2008 11.9 4.6 16 03-03-2008 15.5 8.2 387

04-01-2008 10.4 3.1 19 04-03-2008 18.4 11.1 398

05-01-2008 12.4 5.1 24 05-03-2008 12.8 5.5 403

06-01-2008 14.2 6.9 31 06-03-2008 12.0 4.7 408

07-01-2008 14.3 7.0 38 07-03-2008 14.0 6.7 415

08-01-2008 13.1 5.8 44 08-03-2008 13.3 6.0 421

09-01-2008 13.7 6.4 51 09-03-2008 13.5 6.2 427

10-01-2008 13.4 6.1 57 10-03-2008 12.4 5.1 432

11-01-2008 12.7 5.4 62 11-03-2008 16.6 9.3 441

12-01-2008 10.4 3.1 65 12-03-2008 17.7 10.4 452

13-01-2008 10.6 3.3 68 13-03-2008 17.1 9.8 461

14-01-2008 12.4 5.1 73 14-03-2008 16.8 9.5 471

15-01-2008 11.8 4.5 78 15-03-2008 16.8 9.5 480

16-01-2008 14.8 7.5 85 16-03-2008 14.2 6.9 487

17-01-2008 12.2 4.9 90 17-03-2008 15.2 7.9 495

18-01-2008 14.0 6.7 97 18-03-2008 12.2 4.9 500

19-01-2008 14.0 6.7 104 19-03-2008 12.6 5.3 505

20-01-2008 13.2 5.9 110 20-03-2008 13.6 6.3 512

21-01-2008 13.3 6.0 116 21-03-2008 13.8 6.5 518

22-01-2008 16.8 9.5 125 22-03-2008 13.5 6.2 525

23-01-2008 14.6 7.3 133 23-03-2008 11.1 3.8 528

24-01-2008 12.7 5.4 138 24-03-2008 13.0 5.7 534

25-01-2008 12.3 5.0 143 25-03-2008 14.0 6.7 541

26-01-2008 11.9 4.6 148 26-03-2008 14.7 7.4 548

27-01-2008 11.6 4.3 152 27-03-2008 14.3 7.0 555

28-01-2008 11.2 3.9 156 28-03-2008 15.3 8.0 563

29-01-2008 10.4 3.1 159 29-03-2008 17.5 10.2 573

30-01-2008 12.9 5.6 165 30-03-2008 15.3 8.0 581

31-01-2008 11.1 3.8 168 31-03-2008 13.9 6.6 588

01-02-2008 9.7 2.4 171 01-04-2008 17.9 10.6 599

02-02-2008 10.7 3.4 174 02-04-2008 17.5 10.2 609

03-02-2008 13.3 6.0 180 03-04-2008 17.3 10.0 619

04-02-2008 13.1 5.8 186 04-04-2008 16.6 9.3 628

05-02-2008 12.3 5.0 191 05-04-2008 16.3 9.0 637

06-02-2008 13.0 5.7 197 06-04-2008 16.4 9.1 646

07-02-2008 13.0 5.7 202 07-04-2008 16.2 8.9 655

08-02-2008 13.6 6.3 209 08-04-2008 15.4 8.1 663

09-02-2008 13.8 6.5 215 09-04-2008 17.1 9.8 673

10-02-2008 13.5 6.2 221 10-04-2008 15.4 8.1 681

11-02-2008 13.4 6.1 228 11-04-2008 13.2 5.9 687

12-02-2008 13.7 6.4 234 12-04-2008 14.6 7.3 694

13-02-2008 13.3 6.0 240 13-04-2008 13.7 6.4 701

14-02-2008 13.8 6.5 246 14-04-2008 15.5 8.2 709

15-02-2008 14.5 7.2 254 15-04-2008 15.8 8.5 717

16-02-2008 14.7 7.4 261 16-04-2008 17.2 9.9 727

17-02-2008 14.7 7.4 269 17-04-2008 16.5 9.2 736

18-02-2008 15.6 8.3 277 18-04-2008 15.1 7.8 744

19-02-2008 14.7 7.4 284 19-04-2008 14.3 7.0 751

20-02-2008 13.4 6.1 290 20-04-2008 12.8 5.5 757

21-02-2008 15.3 8.0 298 21-04-2008 13.6 6.3 763

22-02-2008 13.5 6.2 304 22-04-2008 14.2 6.9 77023-02-2008 14.9 7.6 312 23-04-2008 18.4 11.1 781

24-02-2008 15.3 8.0 320 24-04-2008 21.0 13.7 795

25-02-2008 15.7 8.4 328 25-04-2008 21.1 13.8 808

26-02-2008 16.3 9.0 337 26-04-2008 19.8 12.5 821

27-02-2008 15.6 8.3 346 27-04-2008 19.1 11.8 833

28-02-2008 14.0 6.7 352 28-04-2008 18.5 11.2 844

29-02-2008 15.8 8.5 361 30-04-2008 15.4 8.1 852

Anexo 1 - Valores de temperatura média diária e dias grau para a cochonilha de S. José em Tavira (limiares de temperatura entre 7,3ºC e 35ºC)

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado

01-05-2008 16.9 9.6 862

02-05-2008 16.0 8.7 870

03-05-2008 18.3 11.0 881

04-05-2008 19.4 12.1 893

05-05-2008 21.8 14.5 908

06-05-2008 22.2 14.9 923

07-05-2008 19.8 12.5 935

08-05-2008 19.0 11.7 947

09-05-2008 15.4 8.1 955

10-05-2008 15.8 8.5 964

11-05-2008 17.5 10.2 974

12-05-2008 17.9 10.6 985

13-05-2008 15.1 7.8 992

14-05-2008 15.8 8.5 1001

15-05-2008 15.7 8.4 1009

16-05-2008 15.0 7.7 1017

17-05-2008 17.1 9.8 1027

18-05-2008 17.0 9.7 1037

19-05-2008 16.9 9.6 1046

20-05-2008 16.2 8.9 1055

21-05-2008 17.8 10.5 1065

22-05-2008 17.8 10.5 1076

23-05-2008 17.2 9.9 1086

24-05-2008 15.4 8.1 1094

25-05-2008 16.0 8.7 1103

26-05-2008 13.8 6.5 1109

27-05-2008 15.9 8.6 1118

28-05-2008 16.6 9.3 1127

29-05-2008 17.1 9.8 1137

30-05-2008 16.3 9.0 1146

31-05-2008 16.5 9.2 1155

01-06-2008 17.7 10.4 1166

02-06-2008 18.7 11.4 1177

03-06-2008 20.2 12.9 1190

04-06-2008 21.5 14.2 1204

05-06-2008 21.4 14.1 1218

06-06-2008 21.8 14.5 1233

07-06-2008 22.1 14.8 1247

08-06-2008 23.3 16.0 1263

09-06-2008 21.4 14.1 1277

10-06-2008 21.1 13.8 1291

11-06-2008 21.4 14.1 1305

12-06-2008 24.6 17.3 1323

13-06-2008 26.5 19.2 1342

14-06-2008 26.6 19.3 1361

15-06-2008 25.0 17.7 1379

16-06-2008 21.2 13.9 1393

17-06-2008 20.3 13.0 1406

18-06-2008 23.8 16.5 1422

19-06-2008 22.5 15.2 1437

20-06-2008 21.8 14.5 1452

21-06-2008 23.1 15.8 1468

22-06-2008 23.5 16.2 1484

23-06-2008 23.0 15.7 1500

24-06-2008 23.9 16.6 1516

25-06-2008 26.9 19.6 1536

26-06-2008 26.3 19.0 1555

27-06-2008 27.4 20.1 1575

28-06-2008 26.3 19.0 1594

29-06-2008 25.8 18.5 1612

30-06-2008 26.1 18.8 1631

Anexo 1 - Valores de temperatura média diária e dias grau para a cochonilha de S. José em Tavira (Cont.).

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado

01-01-2008 11.5 4.2 0 01-03-2008 16.6 9.3 372

02-01-2008 14.2 6.9 11 02-03-2008 17.5 10.2 382

03-01-2008 11.6 4.3 15 03-03-2008 16.9 9.6 392

04-01-2008 10.4 3.1 19 04-03-2008 17.8 10.5 402

05-01-2008 12.5 5.2 24 05-03-2008 12.3 5.0 407

06-01-2008 14.1 6.8 31 06-03-2008 11.7 4.4 411

07-01-2008 13.9 6.6 37 07-03-2008 14.6 7.3 419

08-01-2008 13.1 5.8 43 08-03-2008 13.6 6.3 425

09-01-2008 13.5 6.2 49 09-03-2008 13.4 6.1 431

10-01-2008 13.6 6.3 55 10-03-2008 12.4 5.1 436

11-01-2008 12.7 5.4 61 11-03-2008 16.5 9.2 445

12-01-2008 9.7 2.4 63 12-03-2008 17.3 10.0 455

13-01-2008 10.6 3.3 66 13-03-2008 17.6 10.3 466

14-01-2008 12.4 5.1 72 14-03-2008 17.1 9.8 475

15-01-2008 12.3 5.0 77 15-03-2008 16.4 9.1 484

16-01-2008 14.5 7.2 84 16-03-2008 13.8 6.5 491

17-01-2008 12.2 4.9 89 17-03-2008 14.9 7.6 499

18-01-2008 13.5 6.2 95 18-03-2008 12.5 5.2 504

19-01-2008 14.1 6.8 102 19-03-2008 12.5 5.2 509

20-01-2008 13.7 6.4 108 20-03-2008 13.0 5.7 515

21-01-2008 14.7 7.4 115 21-03-2008 13.4 6.1 521

22-01-2008 16.5 9.2 125 22-03-2008 13.1 5.8 527

23-01-2008 15.1 7.8 132 23-03-2008 10.5 3.2 530

24-01-2008 13.0 5.7 138 24-03-2008 12.2 4.9 535

25-01-2008 12.3 5.0 143 25-03-2008 13.4 6.1 541

26-01-2008 11.7 4.4 148 26-03-2008 14.4 7.1 548

27-01-2008 11.5 4.2 152 27-03-2008 14.5 7.2 555

28-01-2008 11.7 4.4 156 28-03-2008 15.5 8.2 563

29-01-2008 11.6 4.3 160 29-03-2008 17.2 9.9 573

30-01-2008 13.8 6.5 167 30-03-2008 15.3 8.0 581

31-01-2008 12.2 4.9 172 31-03-2008 13.5 6.2 587

01-02-2008 11.1 3.8 176 01-04-2008 17.7 10.4 598

02-02-2008 11.4 4.1 180 02-04-2008 17.4 10.1 608

03-02-2008 13.1 5.8 186 03-04-2008 18.0 10.7 619

04-02-2008 13.5 6.2 192 04-04-2008 17.9 10.6 629

05-02-2008 13.0 5.7 197 05-04-2008 16.1 8.8 638

06-02-2008 13.0 5.7 203 06-04-2008 16.3 9.0 647

07-02-2008 13.3 6.0 209 07-04-2008 16.1 8.8 656

08-02-2008 13.2 5.9 215 08-04-2008 15.1 7.8 664

09-02-2008 13.5 6.2 221 09-04-2008 16.8 9.5 673

10-02-2008 13.1 5.8 227 10-04-2008 15.2 7.9 681

11-02-2008 13.1 5.8 233 11-04-2008 13.0 5.7 687

12-02-2008 13.4 6.1 239 12-04-2008 13.9 6.6 694

13-02-2008 13.1 5.8 245 13-04-2008 13.9 6.6 700

14-02-2008 13.5 6.2 251 14-04-2008 15.4 8.1 708

15-02-2008 14.2 6.9 258 15-04-2008 15.7 8.4 717

16-02-2008 14.1 6.8 265 16-04-2008 16.6 9.3 726

17-02-2008 14.2 6.9 272 17-04-2008 16.1 8.8 735

18-02-2008 15.2 7.9 280 18-04-2008 14.9 7.6 742

19-02-2008 14.5 7.2 287 19-04-2008 13.9 6.6 749

20-02-2008 13.7 6.4 293 20-04-2008 13.0 5.7 755

21-02-2008 14.7 7.4 301 21-04-2008 14.4 7.1 762

22-02-2008 13.0 5.7 306 22-04-2008 14.4 7.1 76923-02-2008 14.5 7.2 313 23-04-2008 17.9 10.6 779

24-02-2008 14.8 7.5 321 24-04-2008 21.3 14.0 793

25-02-2008 15.3 8.0 329 25-04-2008 20.8 13.5 807

26-02-2008 16.2 8.9 338 26-04-2008 20.1 12.8 820

27-02-2008 16.3 9.0 347 27-04-2008 19.8 12.5 832

28-02-2008 14.5 7.2 354 28-04-2008 18.1 10.8 843

29-02-2008 15.7 8.4 362 30-04-2008 15.6 8.3 851

Anexo 1 - Valores de temperatura média diária e dias grau para a cochonilha de S. José na Maragota (Cont.).

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado

01-05-2008 17.0 9.7 869

02-05-2008 17.2 9.9 879

03-05-2008 18.4 11.1 890

04-05-2008 19.3 12.0 902

05-05-2008 22.0 14.7 917

06-05-2008 23.0 15.7 932

07-05-2008 20.1 12.8 945

08-05-2008 19.0 11.7 957

09-05-2008 15.4 8.1 965

10-05-2008 15.5 8.2 973

11-05-2008 16.9 9.6 983

12-05-2008 17.8 10.5 993

13-05-2008 15.7 8.4 1002

14-05-2008 16.1 8.8 1011

15-05-2008 16.1 8.8 1019

16-05-2008 14.7 7.4 1027

17-05-2008 16.9 9.6 1036

18-05-2008 16.8 9.5 1046

19-05-2008 17.2 9.9 1056

20-05-2008 16.6 9.3 1065

21-05-2008 17.7 10.4 1075

22-05-2008 18.2 10.9 1086

23-05-2008 17.3 10.0 1096

24-05-2008 15.4 8.1 1104

25-05-2008 15.9 8.6 1113

26-05-2008 14.4 7.1 1120

27-05-2008 16.2 8.9 1129

28-05-2008 16.8 9.5 1138

29-05-2008 17.3 10.0 1148

30-05-2008 16.8 9.5 1158

31-05-2008 16.8 9.5 1167

01-06-2008 18.0 10.7 1178

02-06-2008 18.4 11.1 1189

03-06-2008 19.8 12.5 1202

04-06-2008 21.5 14.2 1216

05-06-2008 21.3 14.0 1230

06-06-2008 21.8 14.5 1244

07-06-2008 22.9 15.6 1260

08-06-2008 23.7 16.4 1276

09-06-2008 21.3 14.0 1290

10-06-2008 21.2 13.9 1304

11-06-2008 22.3 15.0 1319

12-06-2008 25.1 17.8 1337

13-06-2008 26.7 19.4 1357

14-06-2008 27.3 20.0 1377

15-06-2008 25.3 18.0 1395

16-06-2008 21.1 13.8 1408

17-06-2008 20.5 13.2 1421

18-06-2008 24.1 16.8 1438

19-06-2008 24.6 17.3 1456

20-06-2008 22.9 15.6 1471

21-06-2008 24.1 16.8 1488

22-06-2008 24.9 17.6 1506

23-06-2008 22.9 15.6 1521

24-06-2008 24.1 16.8 1538

25-06-2008 27.5 20.2 1558

26-06-2008 26.7 19.4 1578

27-06-2008 29.0 21.7 1599

28-06-2008 27.3 20.0 1619

29-06-2008 27.2 19.9 1639

30-06-2008 28.1 20.8 1660

Anexo 1 - Valores de temperatura média diária e dias grau para a cochonilha de S. José na Maragota (Cont.).

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado

01-01-08 10.9 3.6 0.0 01-03-08 15.3 8.0 329.3

02-01-08 13.9 6.6 10.2 02-03-08 16.2 8.9 338.2

03-01-08 11.9 4.6 14.8 03-03-08 17.0 9.7 347.8

04-01-08 11.5 4.2 19.0 04-03-08 17.5 10.2 358.1

05-01-08 11.5 4.2 23.1 05-03-08 11.7 4.4 362.5

06-01-08 14.2 6.9 30.0 06-03-08 11.4 4.1 366.6

07-01-08 14.0 6.7 36.7 07-03-08 11.4 4.1 370.7

08-01-08 14.1 6.8 43.5 08-03-08 13.8 6.5 377.1

09-01-08 13.9 6.6 50.1 09-03-08 13.9 6.6 383.7

10-01-08 12.6 5.3 55.3 10-03-08 11.9 4.6 388.3

11-01-08 11.2 3.9 59.2 11-03-08 17.2 9.9 398.2

12-01-08 9.6 2.3 61.5 12-03-08 16.4 9.1 407.4

13-01-08 9.8 2.5 64.0 13-03-08 16.7 9.4 416.8

14-01-08 11.3 4.0 67.9 14-03-08 16.4 9.1 425.9

15-01-08 10.6 3.3 71.2 15-03-08 15.5 8.2 434.1

16-01-08 13.9 6.6 77.8 16-03-08 12.0 4.7 438.9

17-01-08 10.7 3.4 81.1 17-03-08 12.3 5.0 443.9

18-01-08 12.0 4.7 85.8 18-03-08 11.1 3.8 447.7

19-01-08 13.0 5.7 91.5 19-03-08 12.8 5.5 453.2

20-01-08 11.5 4.2 95.7 20-03-08 12.7 5.4 458.5

21-01-08 12.4 5.1 100.8 21-03-08 14.1 6.8 465.3

22-01-08 12.7 5.4 106.2 22-03-08 13.0 5.7 471.0

23-01-08 11.9 4.6 110.8 23-03-08 11.3 4.0 475.0

24-01-08 11.1 3.8 114.6 24-03-08 12.2 4.9 479.9

25-01-08 10.8 3.5 118.1 25-03-08 13.4 6.1 486.0

26-01-08 10.1 2.8 120.9 26-03-08 14.3 7.0 493.0

27-01-08 9.6 2.3 123.2 27-03-08 14.1 6.8 499.8

28-01-08 9.4 2.1 125.3 28-03-08 15.3 8.0 507.9

29-01-08 9.0 1.7 127.0 29-03-08 17.1 9.8 517.7

30-01-08 12.9 5.6 132.6 30-03-08 12.6 5.3 523.0

31-01-08 12.3 5.0 137.7 31-03-08 13.2 5.9 528.9

01-02-08 8.9 1.6 139.3 01-04-08 16.8 9.5 538.4

02-02-08 9.9 2.6 141.9 02-04-08 17.2 9.9 548.3

03-02-08 13.1 5.8 147.7 03-04-08 17.5 10.2 558.5

04-02-08 12.0 4.7 152.4 04-04-08 15.1 7.8 566.3

05-02-08 10.4 3.1 155.5 05-04-08 14.7 7.4 573.7

06-02-08 11.1 3.8 159.3 06-04-08 15.4 8.1 581.8

07-02-08 12.7 5.4 164.6 07-04-08 16.6 9.3 591.1

08-02-08 14.1 6.8 171.4 08-04-08 15.3 8.0 599.1

09-02-08 13.9 6.6 178.0 09-04-08 17.3 10.0 609.1

10-02-08 13.6 6.3 184.3 10-04-08 14.8 7.5 616.6

11-02-08 13.6 6.3 190.6 11-04-08 12.1 4.8 621.4

12-02-08 14.2 6.9 197.5 12-04-08 12.0 4.7 626.1

13-02-08 13.9 6.6 204.1 13-04-08 12.4 5.1 631.2

14-02-08 14.3 7.0 211.1 14-04-08 14.6 7.3 638.5

15-02-08 14.1 6.8 217.9 15-04-08 15.0 7.7 646.2

16-02-08 14.7 7.4 225.3 16-04-08 16.8 9.5 655.7

17-02-08 14.6 7.3 232.5 17-04-08 16.1 8.8 664.5

18-02-08 14.9 7.6 240.2 18-04-08 15.1 7.8 672.3

19-02-08 14.5 7.2 247.3 19-04-08 13.9 6.6 678.9

20-02-08 14.1 6.8 254.1 20-04-08 12.8 5.5 684.4

21-02-08 14.5 7.2 261.4 21-04-08 13.7 6.4 690.8

22-02-08 13.6 6.3 267.7 22-04-08 13.1 5.8 696.623-02-08 15.3 8.0 275.6 23-04-08 16.8 9.5 706.1

24-02-08 15.2 7.9 283.5 24-04-08 20.8 13.5 719.7

25-02-08 15.3 8.0 291.5 25-04-08 19.9 12.6 732.3

26-02-08 15.5 8.2 299.7 26-04-08 18.4 11.1 743.3

27-02-08 14.6 7.3 307.0 27-04-08 18.2 10.9 754.2

28-02-08 13.5 6.2 313.2 28-04-08 16.6 9.3 763.5

29-02-08 15.4 8.1 321.3 29-04-08 15.2 7.9 771.4

30-04-08 14.8 7.5 778.9

Anexo 1 - Valores de temperatura média diária e dias grau para a cochonilha de S. José em Arrochela (POB de Portimão) (Cont.).

Projecto - Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas - Estação de Avisos Agrícolas do

Algarve

Data

Temperatura

média Dia-grau

Dias-grau

acumulado

01-05-08 17.0 9.7 788.6

02-05-08 17.2 9.9 798.5

03-05-08 18.4 11.1 809.7

04-05-08 19.3 12.0 821.7

05-05-08 22.0 14.7 836.4

06-05-08 23.0 15.7 852.1

07-05-08 20.1 12.8 864.9

08-05-08 19.0 11.7 876.6

09-05-08 15.4 8.1 884.7

10-05-08 15.5 8.2 892.9

11-05-08 16.9 9.6 902.6

12-05-08 16.1 8.8 911.4

13-05-08 16.9 9.6 921.0

14-05-08 15.5 8.2 929.2

15-05-08 15.5 8.2 937.5

16-05-08 16.2 8.9 946.4

17-05-08 16.0 8.7 955.2

18-05-08 16.3 9.0 964.2

19-05-08 16.3 9.0 973.2

20-05-08 17.0 9.7 982.8

21-05-08 17.8 10.5 993.3

22-05-08 17.0 9.7 1003.0

23-05-08 17.4 10.1 1013.1

24-05-08 14.9 7.6 1020.7

25-05-08 15.8 8.5 1029.2

26-05-08 14.9 7.6 1036.8

27-05-08 16.6 9.3 1046.0

28-05-08 17.5 10.2 1056.2

29-05-08 18.2 10.9 1067.1

30-05-08 17.2 9.9 1077.1

31-05-08 16.6 9.3 1086.4

01-06-08 16.7 9.4 1095.8

02-06-08 17.7 10.4 1106.3

03-06-08 19.5 12.2 1118.4

04-06-08 20.7 13.4 1131.8

05-06-08 20.2 12.9 1144.7

06-06-08 22.2 14.9 1159.6

07-06-08 24.8 17.5 1177.1

08-06-08 26.0 18.7 1195.8

09-06-08 22.4 15.1 1210.8

10-06-08 20.9 13.6 1224.4

11-06-08 23.3 16.0 1240.4

12-06-08 25.1 17.8 1258.3

13-06-08 26.8 19.5 1277.8

14-06-08 27.3 20.0 1297.8

15-06-08 22.3 15.0 1312.8

16-06-08 20.6 13.3 1326.1

17-06-08 22.3 15.0 1341.1

18-06-08 22.8 15.5 1356.5

19-06-08 24.0 16.7 1373.2

20-06-08 24.1 16.8 1390.0

21-06-08 23.4 16.1 1406.1

22-06-08 23.7 16.4 1422.5

23-06-08 24.0 16.7 1439.2

24-06-08 24.2 16.9 1456.2

25-06-08 26.2 18.9 1475.1

26-06-08 26.0 18.7 1493.8

27-06-08 29.2 21.9 1515.7

28-06-08 27.1 19.8 1535.5

29-06-08 26.6 19.3 1554.8

30-06-08 29.5 22.2 1577.0

Anexo 1 - Valores de temperatura média diária e dias grau para a cochonilha de S. José em Arrochela (POB de Portimão) (Cont.).