Relatório da Terminalia sericea

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE (ISCTEM) Outubro-Novembro 2010 Relatório Testes químicos para identificação de Terminalia sericea - casca do caule Disciplina: Plantas Medicinais e Fitoterapia

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE

MOÇAMBIQUE (ISCTEM)

Outubro-Novembro 2010

Relatório Testes químicos para identificação de

Terminalia sericea - casca do caule

Disciplina: Plantas Medicinais e Fitoterapia

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Terminalia Cortex

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Índice Páginas

Introdução ........................................................................................................................................................ 3

Objectivo Geral ................................................................................................................................................ 4

Material ............................................................................................................................................................. 4

Reagentes.......................................................................................................................................................... 5

Técnica Experimental.................................................................................................................................... 5

1. Preparação de extractos .................................................................................................................................................. 5 a. Extracto clorofórmico .................................................................................................................................................5

i. Discussão ......................................................................................................................................................................6 b. Extracto metanólico .....................................................................................................................................................6

i. Discussão ......................................................................................................................................................................7

2. Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto clorofórmico ...................... 8 a. Identificação de esteróides e triterpenos – reacção de Liebermann-Buchard: ............................8 b. Identificação de alcalóides livres ..........................................................................................................................9 c. Identificação de quinonas .........................................................................................................................................9

3. Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto metanólico ...................... 10 a. Pesquisa de taninos:.................................................................................................................................................. 10

4. Rastreio por CCF dos principais grupos químicos presentes na casca do caule de Terminalia

sericea .............................................................................................................................................................................................. 10 a. Detecção e classificação de compostos ........................................................................................................... 12

Conclusão ........................................................................................................................................................ 17

Referencia Bibliográfica ............................................................................................................................. 17

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Introdução

A espécie:

A Terminalia sericea é uma espécie da família de Combretaceae. É um arbusto ou árvore

decídua, de 3 a 12m de altura, tronco geralmente tortuoso. Provavelmente a árvore é

resistente à seca. A casca do caule é acinzentada-acastanhada até preta, descascando

cilindriformemente e depois mostram uma superfície castanha clara.(4)

Microscopicamente tem vasos abundante, principalmente em pares ou em pequenos

múltiplos radiais. Fibras de paredes espessas, não gelatinosa, lignificação mais acentuada

no lenho tardio. Parênquima axial bastante de paredes finas, aliforme e confluente. Raios

unisseriados e bisseriados. Tubos tanífera presente.

Quanto á identificação química, sabe-se que a cor do extracto etanólico e clorofórmico é

amarelo ou tonalidades de amarelo. Espuma teste negativo.(6) E a madeira contem taninos.

Na medicina, usa-se a casca do caule para tratar problemas de hemorróides e dores de

estômago. Na África Austral e Oriental usa-se casca moída para tratar diabetes. Em Angola

usa-se a casca do tronco para tratar diarréias em crianças.

Método croamtográfico (2)

Cromatografia é uma técnica utilizada para analisar, identificar ou separar os componentes

de uma mistura. A cromatografia é definida como a separação de dois ou mais compostos

diferentes por distribuição entre fases, uma das quais é estacionária a e outra móvel.

Na cromatografia de camada delgada a fase líquida ascende por uma camada fina do

adsorvente estendida sobre um suporte.Sobre a placa espalha-se uma camada fina de

adsorvente suspenso em água (ou outro solvente) e deixa-se secar. A amostra é colocada na

parte inferior da placa, através de aplicações sucessivas de uma solução da amostra com

um pequeno capilar. Deve-se formar uma pequena mancha circular. A placa de camada fina

é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba cromatográfica) que contém uma

pequena quantidade de solvente, e este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar.

Durante este processo, as substâncias menos polares avançam mais rapidamente que as

substâncias mais polares. Esta diferença na velocidade resultará em uma separação dos

componentes da amostra. Quando estiverem presentes várias substâncias, cada uma se

comportará segundo suas propriedades de solubilidade e adsorção, dependendo dos

grupos funcionais presentes na sua estrutura.

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Depois que o solvente ascende pela placa, esta é retirada da cuba e seca até que esteja livre

do solvente. Cada mancha corresponde a um componente separado na mistura original. Se

os componentes são substâncias coloridas, as diversas manchas serão claramente visíveis.

Contudo, é bastante comum que as manchas sejam invisíveis porque correspondem a

compostos incolores. Para a visualização deve-se "revelar a placa". Um método bastante

comum é o uso de vapores de iodo, que reage com muitos compostos orgânicos formando

complexos de cor café ou amarela. Outros reagentes para visualização são: nitrato de prata

(para derivados halogenados), 2,4-dinitrofenilidrazina (para cetonas e aldeídos), verde de

bromocresol (para ácidos), ninhidrina (para aminoácidos), etc.

Na cromatografia de camada fina, o Rf é função do tipo de suporte (fase fixa) empregado e

do eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do

componente e a distância percorrida pelo eluente.

Portanto:

Rf = dc / ds

Objectivo Geral - Aprender as técnicas experimentais para identificação de uma parte duma determinada

planta medicinal, desde a preparação de extractos até a identificação dos seus compostos

activos.

- Identificar os compostos químicos presentes na casca do caule de conola colhida em

Maluane, à beira da estrada (Terminalia sericea).

Material 1 Balança analítica

1 Balão de fundo redondo de 250 ml e de 50mL

1 Banho de água

1 Erlenmeyer rolhado de 500ml e de 250mL

1 Evaporador rotativo (1l) com respectivo banho e sistema de vácuo

1 Lâmpada de ultravioleta ( = 365 nm)

1 Moinho laboratorial

1 Proveta de 250 ml e de 50mL

1 Sistema de refluxo (suporte, refrigerante, pinças, banho de água)

2 Espátulas e varetas de vidro

2 Funis de vidro

2 Papéis de filtro

3 Núcleos de ebulição

5 Pipetas de 2 ml e de 5ml e Pipetador

5 Pipetas Pasteur com Borracha

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Reagentes Casca de caule da Conola, colhida em Maluane, à beira da estrada.

Água destilada

Amoníaco a 25% ou Hidróxido de sódio a 10%

Clorofórmio

Metanol

Técnica Experimental

1. Preparação de extractos

a. Extracto clorofórmico Seguindo o protocolo das aulas preparou-se o extracto, usando como solvente o

clorofórmio:

1. Triturou-se a casca do caule num

almofariz de porcelana.

2. No moinho triturou-se devidamente

em pó. (limpou-se o moinho com etanol para evitar contaminações pois foi usado

o mesmo moinho para triturar outras espécies)

3. Pesou-se 20g do pó.

4. Deitou-se o pó num Erlenmeyer.

5. Adicionou-se 100ml de clorofórmio no

Erlenmeyer com o vegetal. E Levou-se para o agitador mecânico (v=133RPM)

6. Filtrou-se o extracto obtido com filtro

de funil de placa porosa.

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7. Repetiram-se os passos 5 e 6 usando o

material vegetal retido no funil. Juntaram-se os filtrados e deixou-se na hote, para

secagem.

8. Resultado: Extracto lipofílico

amarelado. E com auxilio de 15 a 20mL de

Clorofórmio, dissolveu-se todo extracto retido no copo e verteu-se num frasco pequeno, que se guardou no frigorífico

ate aula seguinte, para experiencias posterior.

i. Discussão o Usamos uma parte heterogénea da casca, isto é, as partes mais externas(escuras) e

também internas(amareladas), pois ambas podem ter compostos activos

diferentes. Ou uma pode ter maior concentração que a outra.

o No agitador mecânico, houve difusão por 30 minutos com clorofórmio por

agitação para que as moléculas que estão presentes no vegetal saiam e fiquem na

superfície do solvente. Esta extracção é à temperatura ambiente; E não foi feita á

quente(como para extracto metanólico) porque as partes do vegetal que ainda não

tinham sido suficientemente secas, podia também vir a sair humidade com alguns

compostos hidrofílicos, o que não era desejado para a experiencia.

o Para dissolver todo extracto retido no copo, levou-se auxilio de aparelho com

ultrações que ajudam a destacar as partes que se coloram na parede do balão.

o Supostamente o extracto obtido no frasco é o extracto lipofílico, isto é, contém

compostos activos lipofílicos, pois foi usado o clorofórmio como solvente.

b. Extracto metanólico Seguindo o protocolo das aulas preparou-se o extracto, usando como solvente o metanol:

1. Usou-se material vegetal depois de extraído na experiencia anterior, para

obter o extracto metanólico.

2. Adicionou-se 100ml de metanol

no Erlenmeyer com o vegetal. E

aqueceu-se sob refluxo durante 30

minutos.

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3. Resultado após extracção a quente.

4. Após arrefecido, filtrou-se com filtro de

funil de placa porosa.

5. Resultado: extracto metanólico

acastanhado.

6. Secagem do extracto no aparelho

RotaVapor.

7. Resultado após secagem.(mais denso e

acastanhado)

8. Verteu-se num frasco pequeno, para experiencias posterior.

i. Discussão o Aquecimento sob fluxo: o Erlenmeyer aquece-se por banho em água, ligado com o

condensador onde a água fria entra de baixo, arrefecendo o vapor de metanol que

chega lá devido ao aquecimento. E devido à temperatura baixa da agua no

condensador, transformando em metanol liquido que volta a cair para o

Erlenmeyer gota a gota;

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o Faz-se o processo de aquecimento sob fluxo para que o metanol não evapore e se

perca rapidamente, permitindo maior tempo de extracção com o mesmo metanol.

Por isso quando liga-se ao tubo com agua corrente, todo metanol que se evapora,

volta a ser aproveitado, extraindo os compostos solúveis em metanol, com maior

eficácia.

o Neste método vão se extrair os compostos mais hidrofílicos e também uma

pequena quantidade de substancias lipofílicas que não foram extraídas na

extracção com clorofórmio.

o Precisou-se secar no aparelho rotavapor, para que toda a humidade que

supostamente a planta continha para que as moléculas de H2O não interfiram na

experiência posterior.

2. Testes químicos para identificação de compostos químicos do

extracto clorofórmico

a. Identificação de esteróides e triterpenos – reacção de

Liebermann-Buchard: Seguindo o procedimento do protocolo, juntou-se á 10mL de extracto clorofórmico, 0,5mL

de anidrido acético e 0,5mL de clorofórmio num tubo de ensaio e depois adicionou-se com

ajuda de uma pipeta no fundo to tubo 1mL de ácido sulfúrico concentrado.

- Observou-se que ao nível da separação de duas soluções aparece um anel vermelho

acastanhado e a camada sobrenadante desenvolve uma coloração verde azulada, após 1-

2minutos; logo a reacção deu positiva o que permite concluir que o extracto clorofórmico

da amostra de conola usada na experiencia, contém esteróides e triterpenos.

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b. Identificação de alcalóides livres Seguindo o procedimento do protocolo dividiu-se o extracto clorofórmico com HCl em 4

tubos. E juntou-se 2 a 3gotas de Reagente de Mayer, de Reagente de Bertrand e de Reagente

de Draggendorf respectivamente em tubos 1, 2 e 3. Deixou-se tubo 4 como testemunha.

- Observou-se que em nenhum dos tubos, 1, 2 e 3, houve aparecimento de precipitados

evidentes, o que permite concluir que o extracto clorofórmico da amostra de conola usada

não contém alcalóides. A cor alaranjada do 3 é devido ao iodo que estava no reagente de

Draggendorf.

c. Identificação de quinonas Seguindo o procedimento do protocolo, num tubo de ensaio, juntou-se 3mL de extracto

clorofórmico, 1mL de solução de amoníaco e 1mL de NaOH a 10%.

- Observou-se a formação de 2 camadas. A camada clorofórmica

(superior) apresentou uma mudança de coloração para amarelo

alaranjado acentuado, o que permite concluir que o extracto

clorofórmico da amostra de conola usada na experiencia, contém

quinonas.

Este resultado foi insatisfatório e duvidoso, pois quanto á referências

bibliográficas(incluindo o comentário da Dra Elsa Gomes) a T.s não

contém quinonas; Daí, acredita-se que este resultado é consequência da

contaminação das cascas do caule, durante o seu corte em pequenos

pedaços com a mesma tesoura (Fig.a) que foi usada para cortar a outra

espécie, supostamente Diospyrus.

1 2 3 4

Fig.a

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3. Testes químicos para identificação de compostos químicos do

extracto metanólico

a. Pesquisa de taninos: Seguindo o procedimento do protocolo, em um tubo de ensaio, juntou-se 1 mL deextracto

metanólico, 2 mL de água destilada e 2 a 3 gotas de solução de cloreto férrico a 1%.

- Observou-se uma mudança de coloração, de acastanhado para azul

escuro, o que permite concluir que o extracto metanólico da amostra de

conola contém taninos hidrolisáveis.

Tabela 1. Quadro resumo dos Testes Químicos

Extracto Teste Resultado

Clorofórmico Identificação de esteróides e triterpenos

+

Identificação de alcalóides -

Identificação de quinonas +

Metanólico Identificação de taninos +

4. Rastreio por CCF dos principais grupos químicos presentes na

casca do caule de Terminalia sericea

Sistemas cromatográficos utilizados:

Sistema A: Acetato de etilo/ metanol/ água (100/ 13,5/10) Fase estacionária: placas de Silica gel F254

Sistema B: Tolueno/ Acetato de etilo (93/7) Fase estacionária: placas de Silica gel F254

Sistema C: Ácido acético a 15% Fase estacionária: Placas de celulose

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Tabela 2. As cinco diferentes placas cromatográficas preparadas. (Fotos no

Visível)

Extracto (Placa) Sis A Sis B Sis C

Clo

rofó

rmic

o (

síli

ca)

Placa I *

Placa II

Placa III

-

Met

anó

lico

(s

ílic

a)

Placa IV *

- -

Met

anó

lico

(c

elu

lose

)

- -

Placa V

* As placas I e IV não deram certo, porque houve erro na selecção do tipo da placa, isto é,

usou-se placa de celulose, por engano, no lugar de placa de sílica.

Este erro foi possível detectar após feita a eluição, pois observou-se que a distribuição era

mais regular e menos difusa, o que nunca acontece em placas de sílica más sim em placas

de celulose.

As setas pretas indicam a linha das manchas da conola, supostamente Terminalia serícea,

casca do caule.

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a. Detecção e classificação de compostos

Placa I: Extracto clorofórmico, sílica (erro: foi de celulose) e sistema A

Tabela 1.1 Sequencia da detecção

Observação Visível sem pulverização

Características das manchas observadas:

Observou-se que uma mancha acastanhada migrou totalmente para linha de frente, o que

não se esperava para esta placa. Supostamente esperava-se que se a planta tivesse

alcalóides fortemente básicos não migravam no sistema A, e fazia-se posterior reacção de

pulverização com reagente de Dragendorff (o que não foi feito). Assim, devido ao erro na

selecção da placa, não foi possível concluir algo na experiencia com a placa I.

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Placa II: Extracto clorofórmico, sílica e sistema B

Tabela 2.1. Sequencia da detecção

Observação Visível

antes de pulverizado

Observação UV 254nm

antes de pulverizado

Observação UV 365 antes de

pulverizado

Pulverização com solução etanólica de KOH a 10%-

Reacção de Borntraeger

Observação Visível após pulverizado

Observação UV 365nm

após pulverizado

Uma mancha

vermelhada

Tabela 2.2. Características das manchas observadas

No. Visível antes de

Pulv.

UV 254nm antes de

pulv.

UV 365nm antes de

Pulv

Visivel após Pulv.

UV 365nm após pulv.

Rf

1 Amarela Mancha escura

Mancha Azul

Acastanhada - 0.46

2 Fracamente visivel

Mancha escura

- Fracamente visivel

Mancha azul escura

0.35

- Houve aparecimento de 2 manchas no visível e que também apareceram no UV 254 o que

permite confirmar, quanto ao protocolo, que são compostos com duplas ligações

conjugadas. Conjuntamente aos testes anteriores, pode-se concluir que são quinonas e os

esteróides e triterpenos, pois trata-se do extracto clorofórmico.

- A mancha 2 também apareceu no UV 365 o que permite concluir segundo o protocolo que

não são os terpenos, logo serão as quinonas.

- Após pulverização com reagente de Borntraeger, observou-se que ambas manchas 1 e 2

tornaram-se mais escuras (no visível) porém ainda castanhas e bandas acastanhadas (no

UV), enquanto que esperava-se obter manchas avermelhadas; Isto ocorreu devido

intervenção do reagente de Néu, pois a mesma placa tinha sido pulverizada antes, por

engano, com este. Considerando a intervenção do reagente de Néu, conclui-se que há

presença de quinonas (e.g. emodina, reina, alóe-emodina).

1

2

1

2 2 2

1

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Placa III: Extracto clorofórmico, sílica e sistema B

Tabela 3.1 Sequencia da detecção

Observação Visível antes de pulverizado

Observação UV 254nm antes de pulverizado

Observação Visível após pulverizado com vanilina

Contagem das manchas

Tabela 3.2. Características das manchas observadas

No. Visível antes de

Pulv. UV 254nm

antes de pulv. Visivel após Pulv. Rf

1 - - Rosa 0.99

2 - - Violeta 0.75 3 - Mancha escura Violeta muito claro 0.67

4 - - Violeta muito claro 0.62

5 Amarela Mancha escura Castanho claro 0.47

6 - - Rosa 0.37 7 - - Rosa 0.31

8 - - Rosa 0.23

9 - - Rosa claro 0.14

10 - - Rosa claro 0.06

1

7

5

4

3

2

6

8

10

9

3

5 5

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- Após a pulverização houve aparecimento de grande número de manchas, pois maioria dos

constituintes dos vegetais, reagem com os reagentes VS e AS originando compostos corados

no visível. Isto é, servem de revelador para compostos não corados. O AS é um desidratante

que provoca aparecimento de duplas ligações o que contribui para aparecimento de cor do

composto.

- As diferentes 10 manchas, determinam a presença de 10 diferentes tipos de princípios

amargos, saponinas e/ou óleos essenciais, que quimicamente são os terpenos.

Placa IV: Extracto metanólico, sílica (erro: foi de celulose) e sistema A

Tabela 4.1 Sequencia da detecção

Observação Visível, pulverização com vanilina

Características das manchas observadas

Observou-se que a eluição é mais regular e menos difusa, o que não era esperado, devido a

um engano na escolha da placa. Não foi possível ter a conclusão desejada com o extracto

metanólico de obter separação dos tipos de taninos, más sim aproveita-se para apenas

confirmar o teste de identificação 3.a. Isto é, há presença de taninos na casca de caule da

Terminalia sericea.

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Placa IV: Extracto metanólico, celulose e sistema C

Tabela 5.1 Sequencia da detecção

Observação Visível sem pulverização Observação UV 365nm sem

pulverização

Tabela 5.2. Características das manchas observadas

No. Visível UV 254nm Rf

1 Acastanhada Aparência de chama amarelada

(bandas amarelo-baço)

0.43

2 Castanho claro 0.31

3 Amarela 0.14

As manchas no UV 365nm apresentam bandas amarelo-baço, o que permite concluir que

são os taninos hidrolisáveis. E as 3 diferentes Rf pertencem a 3 diferentes tipos de taninos

hidrolisáveis.

1

2

3

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Conclusão

Com este trabalho conseguiu-se estabelecer alguns parâmetros químicos, com utilidade

na identificação da casca de caule da Terminalia sericea. E os resultados obtidos contribuem

para um melhor conhecimento sobre esta espécie em Moçambique com uso na medicina

tradicional local.

Assim, através das análises químicas pôde confirmar-se a presença de classes químicas

anteriormente descritas, como a presença de taninos, triterpenos e esteróides.

Para além disso, obteve-se uma importante aprendizagem de cuidados que se devem ter durante a

preparação de extractos, devido ao grande erro observado no corte das cascas do caule com uma

tesoura não esterilizada após uso com outro vegetal. Isto é, um pequeno erro pode levar a

grandes alterações na conclusão, sendo a presença de quinonas um teste falso positivo com base

nas literaturas bibliográficas tidas.

Os caracteres do perfil em cromatografia de camada fina descritos podem ser

considerados como identidade deste fármaco vegetal, podendo ser tidos em conta na realização

de uma possível monografia de Farmacopeia para a casca de caule da Terminalia sericea..

Referencia Bibliográfica 1. Silva O. adaptado por Gomes E., Protocolo das aulas laboratoriais, Plantas

Medicinais e Fitoterapia, ISCTEM, Outubro\Novembro de 2010

2. Site da internet:

3. http://www.google.com/ domfeliciano-sec.dyndns.org/gilber/.../Cromatografia.doc

4. Créditos Fotográficos: Dra. Elsa Gomes.