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Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
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Relatório da Reunião de Pesquisadores
Consolidação do Plano de Manejo da
FLONA do Amapá
Produto elaborado através do Contrato
entre Conservação Internacional do
Brasil – Programa Amazônia – e Cinco
Reinos – Serviços e Pesquisas
Ambientais.
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
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Agradecimentos
Aos pesquisadores e técnicos comprometidos não apenas com a pesquisa científica,
mas com suas implicações para o planejamento e gestão de áreas protegidas, e
para elaboração de políticas públicas eficazes de conservação da natureza:
Ana C. M. Martins
Universidade de Brasília - UNB
Isai Jorge de Castro
Inacia Maria Vieira
Clicia Galardo
Allan Karoer Galardo
Luciano Araujo Pereira
Claudia Funi
Carlos Henrique Schimidt
Luis Mauricio Abdon
José Reinaldo Picanço
Cláudia Regina Silva
Emerson Monteiro dos Santos
Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológica do Estado do Amapá - IEPA
Roberta Lúcia Boss
Graciliano Gaudino
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Keliane da Cruz Costa
Elaine Cunha
Keila Patrícia C. dos Santos
Elaine Furtado da Silva
Bruna Sangel de Oliveira
Giuliana C. C. Henriques
Daiane Almeida Barbosa
Universidade Federal do Amapá - UNIFAP
Ligia T. LopesSimonian
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Universidade Federal do Pará - UFPA
Natalia Prado Massarotto
Daniela Pauletto
Serviço Florestal Brasileiro - SFB
Rafael Moreira
Luís Claudio Fernandes Barbosa
Cesar Haag
Patricia Baião
Conservação Internacional do Brasil - CI
Danielle Lima
Instituto Mamirauá
Sueli Gomes Pontes dos Santos
Tainah Corrêa S. Guimarães
Mariella Butti
Alessandro Neiva
Verônica S. Veloso
Paulo Roberto Russo
Marília Mesquita
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Edielma dos Santos Farias
Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM
Xafi da Silva Jorge João
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Wegliane Campelo da Silva
Perseu da Silva Aparício
Universidade do Estado do Amapá - UEAP
Marcelino
EMBRAPA/AP
Adriana Franco
INSTITUTO WALMART
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1. Apresentação
O presente relatório descreve as atividades realizadas e os resultados alcançados na
Oficina de Pesquisadores da Floresta Nacional do Amapá, criada em 1989. A FLONA do
Amapá tem recebido a contribuição do projeto “Apoio à Implementação da Floresta Nacional
do Amapá”, que conta com aporte técnico e financeiro da Conservação Internacional - Brasil
e do Instituto Walmart, sendo executado em parceria com o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio/CPLAM).
Essa etapa do trabalho faz parte da construção do Plano de Manejo, seguindo a proposta do
“Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo de Floresta Nacionais”
(ICMBio, 2009). Buscou-se, com essa reunião, promover a integração dos pesquisadores
envolvidos na coleta das informações levantadas em campo, colher subsídios para a
definição dos objetivos específicos de manejo da Floresta Nacional e elaborar a primeira
versão do Zoneamento, das normas e das propostas de ação a serem executadas nesta
UC.
O relatório traz, ainda, uma análise preliminar desses resultados, objetivando a organização
das informações trabalhadas para preparação dos próximos passos da elaboração e
consolidação do Plano de Manejo da FLONA.
2. Descrição da reunião
A reunião ocorreu entre os dias 31 de agosto e 02 de setembro de 2010, na cidade de
Macapá e estiveram presentes gestores do ICMBio-AP, representantes da Coordenação de
Elaboração e Revisão de Planos de Manejo do ICMBio (CPLAM-Brasília), representantes da
CI e Instituto Walmart e os pesquisadores e colaboradores citados nos agradecimentos.
2.1 Atividades Programadas
As atividades programadas para oficina foram:
• Apresentações sobre os dados referentes ao Meio Físico, à Fauna (herpetofauna,
ornitofauna, carcinofauna, ictiofauna, mastofauna – quirópteros e pequenos
mamíferos), à Flora (vegetação e inventário florestal) e dados sobre o Censo
Socioambiental coletados na FLONA do Amapá.
• Elaboração dos objetivos específicos de manejo para a FLONA do Amapá;
• Mapa situacional da FLONA e análise dos fatores internos (forças e fraquezas) e
externos (oportunidades e ameaças) – Matriz FOFA, fornecendo subsídio para as
propostas de Zoneamento e programas de manejo;
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• Apresentação sobre aspectos metodológicos do Zoneamento de uma Floresta
Nacional;
• Elaboração do Prezoneamento em bases cartográficas georreferenciadas;
• Apresentação e discussão das propostas de Zoneamento;
• Apresentação sobre o PPBio (Programa de Pesquisa em Biodiversidade) e CENBAM
(Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica);
• Apresentação sobre o Plano de Ação Nacional do ICMBio;
• Trabalhos em grupos para identificação das ações de pesquisa e monitoramento
para ampliar as capacidades da FLONA do Amapá;
• Apresentação da agenda para finalização do Plano de Manejo da FLONA do Amapá;
• Avaliação da Oficina pelos participantes.
3. Metodologia
Os objetivos principais da Oficina de Pesquisadores foram a elaboração de uma proposta de
Prezoneamento para a FLONA do Amapá e a elaboração dos Programas de Pesquisa e
Monitoramento, além da determinação, junto aos pesquisadores, dos objetivos específicos
de manejo desta UC. Para isso, foram apresentados e discutidos, no primeiro dia, os dados
abióticos, bióticos e socioeconômicos que fazem parte do Diagnóstico desta FLONA.
3.1 Elaboração dos Objetivos Específicos da FLONA do Amapá
Os objetivos específicos de manejo das Florestas Nacionais são baseados no Sistema
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) (BRASIL, 2000) e consideram os objetivos
do próprio SNUC (artigo 4° dessa lei), os objetivos da categoria de Floresta Nacional (artigo
17 dessa lei), os objetivos estabelecidos no Decreto de Criação da UC (BRASIL, 1989) e
outros objetivos definidos com base em seu diagnóstico, em especial que incluam espécies
e áreas de especial interesse para conservação.
Com base, então, no Diagnóstico da FLONA e conhecimento dos pesquisadores presentes,
os participantes, divididos em cinco grupos, discutiram os objetivos específicos de manejo
para a UC.
3.2 Mapa Situacional (Matriz FOFA)
No segundo dia, foi preenchida uma Matriz “FOFA” onde as fortalezas e oportunidades,
fraquezas e ameaças foram identificadas. Essa atividade visou analisar e discutir a situação
atual da UC e as propostas de ações estratégicas. A partir desta ferramenta, os cenários
são cruzados para identificar os objetivos estratégicos do planejamento: as interações entre
os pontos fracos e as ameaças formam as forças restritivas que comprometem o manejo da
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FLONA, enquanto as interações entre os pontos fortes e as oportunidades formam as forças
impulsionadoras que contribuem para que o manejo e os objetivos da UC sejam alcançados
(ICMBio, 2009).
Para que fosse feita essa atividade, o moderador explicou inicialmente no que consistia a
matriz e forneceu exemplos dos tipos de informação e dados que ela poderia conter. Foi
destacada a importância de se usar esse instrumento para consolidar os dados levantados
pelo diagnóstico apresentado no dia anterior, em conjunto com as outras informações
mencionadas pelos participantes em relação à área. Explicou-se que os participantes seriam
divididos em quatro grupos, e que cada grupo receberia dois mapas A3, um apresentando a
altitude e drenagem da área da FLONA e outro com os tipos vegetacionais. Foi solicitado
que cada aspecto importante definido pelo grupo fosse assinalado no mapa, a fim de
espacializar as informações levantadas e os potenciais tanto da UC, como da sua área de
entorno. Estes mapas serviriam também para orientar as propostas de Zoneamento e ações
de pesquisa e monitoramento necessárias para efetiva gestão da unidade (próximos passos
da reunião).
Também foram feitos esclarecimentos a respeito da metodologia. Decidiu-se que, para
haver um melhor aproveitamento das informações e aprofundamento de cada tema, cada
grupo trabalharia apenas um dos quatro fatores (pontos fracos, ameaças, pontos fortes e
oportunidades). Para cada grupo foi eleito um coordenador e os participantes puderam
escolher com qual grupo eles melhor contribuiriam, seguindo suas afinidades em relação ao
seu perfil de trabalho e relacionamento com a UC.
3.3 Prezoneamento
Conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, Lei Federal nº 9.985,
de 18 de julho de 2000, o Zoneamento constitui um importante instrumento de ordenamento
territorial e estabelece usos diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos e os
objetivos de cada categoria de UC. O “Roteiro Metodológico para elaboração de Planos de
Manejo de Florestas Nacionais” (ICMBio, 2009) destaca o Zoneamento como um
instrumento de ordenamento territorial, usado como recurso para se atingir melhores
resultados no manejo da Unidade de Conservação, pois estabelece usos diferenciados e
normas específicas para os diferentes ambientes na Unidade.
Para iniciar o trabalho de Zoneamento com os participantes, foi feita uma breve
apresentação pelo ICMBio/CPLAM destacando os principais aspectos metodológicos para o
Zoneamento de uma Floresta Nacional. Foram apresentados e explicados os tipos de zonas
e os critérios de Zoneamento, seguindo o roteiro acima citado. A oficina de pesquisadores
aqui descrita objetivou a discussão dos limites prováveis de cada zona para a FLONA do
Amapá.
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Utilizando como base os mapas já gerados para a UC sobre relevo/hidrografia e tipos
vegetacionais (tamanho A0), o Roteiro Metodológico e as informações até agora descritas,
os pesquisadores participantes foram divididos em dois grupos e cada grupo apresentou
uma proposta de Zoneamento (Prezoneamento). Ao mesmo tempo em que os mapas
impressos foram trabalhados, cada grupo contou com a presença de uma pessoa que foi
elaborando o mapa no programa de SIG em tempo real. As duas propostas foram discutidas
em plenária e, ao final, foi construído um mapa de Prezoneamento para a FLOTA do
Amapá.
3.4 Ações de Pesquisa e Monitoramento
De acordo com o roteiro estabelecido para FLONA, os programas de manejo são destinados
à execução de atividades de gestão e manejo dos recursos florestais e visam ao
cumprimento dos objetivos da UC.
Como introdução à discussão das ações de pesquisa e monitoramento foram feitas duas
apresentações. A primeira informou sobre os Planos de Ação Nacional do ICMBio, para
mostrar os programas de pesquisa existentes no planejamento do ICMBio; a segunda
destacou a importância da pesquisa integrada e explicou os trabalhos feitos pelo Programa
de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) e do Centro de Estudos Integrados da
Biodiversidade Amazônica (CENBAM).
Aproveitando a expertise dos pesquisadores participantes da oficina, buscou-se definir as
linhas de pesquisa condizentes com as necessidades da FLONA do Amapá e seu entorno.
Os participantes foram divididos novamente nos quatro grupos em que se haviam dividido
para a construção da matriz FOFA e responderam às perguntas: “Quais as ações de
pesquisa e monitoramento que podem potencializar essa fortaleza/ oportunidade/ fraqueza/
ameaça?” e “Qual a necessidade de estrutura para operacionalizar essas ações?”.
Após a discussão nos pequenos grupos, foram feitas as apresentações e debates em
plenária.
4. Resultados
4.1 Elaboração dos Objetivos Específicos da FLONA do Amapá
Visando difundir as informações levantadas sobre a FLONA do Amapá para a realização de
seu diagnóstico e embasar as discussões desta oficina, um total de 10 apresentações foram
realizadas pelos pesquisadores sobre diferentes temas: Meio Físico, Herpetofauna (anfíbios
e répteis), Ornitofauna (aves), Carcinofauna (crustáceos decápoda), Ictiofauna (peixes),
Quirópteros (morcegos), Mastofauna (mamíferos - não voadores), Vegetação, Inventário
Florestal e Socioeconomia.
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Após as apresentações do diagnóstico e esclarecimentos, foi feita uma breve apresentação
sobre os objetivos gerais de uma Floresta Nacional como consta no Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (BRASIL, 2000). Em seguida, os participantes foram divididos em
cinco grupos, com seis pessoas cada, e tiveram 45 minutos para discutir e definir os
objetivos específicos da FLONA do Amapá.
FIGURA 1: Trabalho em grupo na Oficina de Pesquisadores.
Após este tempo, cada grupo elegeu um representante que apresentou os resultados de seu
grupo e houve tempo para comentários e esclarecimentos.
FIGURA 2: Apresentação dos objetivos específicos em plenária.
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De acordo com os participantes, são objetivos específicos de manejo da FLONA do Amapá:
• Garantir a realização de pesquisas visando a proteção de espécies cinegéticas,
raras, endêmicas e ameaçadas;
• Recuperar áreas alteradas pela ação do garimpo nos igarapés Santo Antônio e
Capivara;
• Proteger as espécies bioindicadoras dos principais grupos de fauna;
• Garantir o ótimo estado de conservação dos recursos minerais, visando pesquisa de
potencial aproveitamento econômico;
• Garantir o uso econômico, a longo prazo, das espécies madeireiras emergentes (por
exemplo, angelim, louro e virolas);
• Garantir a manutenção da diversidade da herpetofauna;
• Promover o uso sustentável de recursos não madeireiros, principalmente o açaí e
cipó-titica, pela população que tradicionalmente usa a região;
• Promover uma área experimental de manejo do cipó-titica;
• Garantir a proteção dos recursos pesqueiros, visando a recuperação da ictiofauna;
• Garantir a proteção de espécies da fauna (aves e mamíferos de pequeno e médio
porte) de relevante interesse para o turismo de observação;
• Realizar RAP padronizados em áreas não amostradas;
• Aumentar o conhecimento científico através de inventários bióticos e abióticos;
• Identificar locais viáveis para a criação, em tanque-rede, de peixes de interesse
comercial como pacu e curupeté;
• Realizar manejo florestal madeireiro de espécies comercialmente conhecidas como o
acapú, ipê e piquiá;
• Realizar estudos para descobertas de novas espécies comerciais durante o manejo;
• Salvaguardar os interesses das populações locais e entorno;
• Integrar as populações locais e do entorno nas atividades da UC;
• Viabilizar condições para o desenvolvimento humano e econômico-social;
• Proteger a sociobiodiversidade;
• Inventariar o patrimônio natural renovável e não-renovável;
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• Realizar pesquisas aplicadas para garantir a sustentabilidade da UC;
• Avaliar o potencial turístico da FLONA;
• Buscar sustentação orçamentária e financeira;
• Identificar e apoiar o resgate das ocupações históricas na região;
• Fortalecer o conselho para regulamentar a exploração dos recursos;
• Priorizar o manejo de uso múltiplo e a associação empresa/comunidade;
• Avaliar a intensidade e forma de exploração (pesquisa participativa);
• Intensificar a fiscalização de caça e pesca clandestina;
• Promover boas práticas de pesca na área de entorno;
• Propiciar desenvolvimento local do entorno da FLONA;
• Priorizar a educação ambiental na região do Porto da Serra;
• Proteger a microbacia do Igarapé do Braço.
4.2 Matriz FOFA
Conforme descrito na metodologia acima, cada
grupo trabalhou, separadamente, as fortalezas,
as oportunidades, as fraquezas e as ameaças
durante uma hora, para em seguida apresentar
em plenária seus resultados. Após as
apresentações, foi aberto espaço para
esclarecimentos e colaborações.
A seguir, encontram-se as tabelas com os
resultados discutidos em plenária, com os
mapas correspondentes dos trabalhos nos
grupos.
FIGURA 3: Apresentação dos resultados
da matriz FOFA.
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TABELA 1: Resultado das “Fortalezas” definidas pelos participantes.
Fortalezas
Alto grau de integridade ambiental (1)
Paisagem diversificada (2)
Espécies endêmicas, ameaçadas e novas espécies (3)
Grande diversidade de espécies da fauna e flora (4)
Nascentes dos rios Falsino e Mutum preservadas (5)
Limites naturais bem definidos (6)
Potencial riqueza mineral (7)
Belezas cênicas com potencial para uso público e EA (8)
Infraestrutura material (9)
Programa pesquisa e monitoramento em biodiversidade (PPBio) (10)
Comunidade científica envolvida (11)
Cooperação entre a FLONA e a Colônia Z-16 (12)
Cooperação técnico-financeira (13)
Baixa identidade demográfica no interior e entorno (14)
Potencial de uso econômico madeireiro e não madeireiro (15)
Sítios arqueológicos (16)
Moradores querem fazer manejo não madeireiro
UC está inserida em um Território da Cidadania
FLONA é rodeada por outras UC
FIGURA 4: Mapa situacional das Fortalezas da FLONA do Amapá.
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TABELA 2: Resultado das “Oportunidades” definidas pelos participantes.
FIGURA 5: Mapa situacional das Oportunidades da FLONA do Amapá.
Oportunidades
Uso econômico de pequeno porte dos recursos minerais
Potencial de uso público do corredor do Amapá (etnoturismo, geoturismo,
observação)
Potencial madeireiro x potencial de preservação
Infraestrutura prevista da FLOTA
Similaridade de usos/objetivos
Cooperação com outras UC
Bonificação das empresas para municípios de entorno
Grade de pesquisa do PPBio
Instalação de unidade de processamento de produtos florestais e agrícolas nas
áreas não UC (Porto Grande)
Programas de geração de renda nos assentamentos = parceria de conservação
Fortalecer as organizações locais
Existência dos territórios de cidadania
Programa de apoio (Walmart/CI) 2008-2014
Envolvimento das populações locais nas atividades produtivas
Reaproveitamento com qualificação sobre novas práticas da população que atuava
nos garimpos (uso comunitário da mineração)
Geração de renda em Porto Grande
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TABELA 3: Resultado das “Fraquezas” definidas pelos participantes.
Fraquezas
Lacunas de conhecimento (1)
� Espeleologia (B)
� Vetores � Invertebrados (entomofauna, etc.)
� Levantamento arqueológico
� Ampliação e aprofundamento dos estudos socioeconômicos
� Estudo de bioindicadores (algas e briófitas) � Viabilidade e possíveis impactos da extração de recursos madeireiros e não
madeireiros
� Estudo de qual seria o tipo mais adequado de turismo para FLONA
� Análises de qualidade de água (física, química e físico-química)
� Estudos bióticos, observando sazonalidade � RAP/RAPELD
� Geo: Verificação em campo: Geologia, Hidrologia, Hidrografia, Espeleologia
� Carcinofauna: Inventários mais completos (espécies medicinais);
Bioecologia: pseudothephusidade e trichodactylidade � Aves: Inventários nas diferentes variações florísticas na UC
� Quiro: Novos inventários
� Masto: Roedores e marsupiais: aprimorar inventários; Mais pesquisas:
Ariranha, Tatu Canastra, Onça Pintada, Gato do Mato (1 espécie)
� Vegetação: Mais coleta botânica; Plantio de cipó titica � Socioeconomia: Aperfeiçoar instrumentos de coleta de dados; Aprofundar
pesquisas socioeconômicas; Vetores de doenças endêmicas
� Conflitos de interesses políticos e econômicos (efeitos da pressão sobre a
Unidade, com benefícios para grandes grupos empresariais em detrimento da comunidade)
� Promover eventos para trocas entre os pesquisadores de todas as áreas
(aberto ao público)
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TABELA 3 (continuação): Resultados das “Fraquezas” definidas pelos participantes.
FIGURA 6: Mapa situacional das Fraquezas da FLONA do Amapá.
Fraquezas
Áreas temáticas (1.1)
Áreas geográficas (1.2)
Assentamento: condições de vida, falta de comunicação entre os órgãos e destes
com os moradores (A)
Fragilidade da organização social comunitária
Falta de estudo de cipó titica: capacidade de produção (C)
Número reduzido de gestores
Impossibilidade de contratação de guarda-parque
Caça/garimpo (poluição serra); pesca/ramal; pista de pouso (A)
Falta de estudos nos afloramentos: biótico, abiótico, social (A) (B)
Falta de outra base (D)
Fragilidade dos órgãos não governamentais
Fragilidade dos órgãos públicos locais
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TABELA 4: Resultado das “Ameaças” definidas pelos participantes.
FIGURA 7: Mapa situacional das Ameaças da FLONA do Amapá.
Ameaças
Falta de transparência nas políticas públicas
Estratégias políticas e empresariais para apropriação dos recursos naturais da
FLONA
Modificação da legislação ambiental
Incerteza sobre os interesses embutidos no apoio dado pelas ONG internacionais
Conflitos de interesses políticos e econômicos
Exploração mineral
Hidrelétricas
Interesse do setor madeireiro
Retirada de seixos
Pressão sobre recursos pesqueiros
Doenças endêmicas
Caça e pesca clandestina e predatória
Assentamentos sem planejamento
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4.3 Prezoneamento
Como resultado do trabalho em grupos, o Prezoneamento comparativo encontra-se ilustrado
a seguir (Figura 8).
FIGURA 8: Resultados do trabalho nos grupos em relação ao Prezoneamento.
O Zoneamento de um dos grupos foi baseado em microbaciais. Esse grupo considerou as
áreas de transição de ecossistemas localizadas no centro da UC como “Zona Primitiva”,
visando a pesquisa e o conhecimento, não sendo descartada a hipótese de uma
recategorização posterior a esses estudos. Foi sugerido que na zona de contato com outras
UC (FLOTA do Amapá, PARNA Montanhas do Tumucumaque e PARNA do Cancão) sejam
feitos acordos visando a proteção das nascentes dos rios Falsino e Mutum.
Depois de expostas e discutidas as diferenças entre os grupos, foi decidido que:
1. Ao norte da FLONA, onde há sobreposição entre a FLONA e a FLOTA, seja uma
ZONA DE CONFLITO;
2. As áreas de garimpos sejam consideradas ZONA DE RECUPERAÇÃO;
3. A Zona central, a Grade do PPBio (grid e buffer de 150 m), as Zonas de
Amortecimento do Tumucumaque e Afloramentos rochosos Sudoeste, juntamente
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com a “linha seca” (sem rio) ao norte da FLONA, sejam consideradas ZONAS
PRIMITIVAS;
4. As áreas com cachoeiras, tracajás, lajedos e afloramentos Falsino sejam
consideradas ZONAS DE USO PÚBLICO;
5. A Base Central, Base do PPBio, a antiga Base do ICMBio e a Base FLONA e
Tumucumaque sejam consideradas ZONAS DE USO ESPECIAL;
6. Que o local onde se encontram as quatro famílias que habitam na FLONA seja
considerado ZONA POPULACIONAL;
7. Também se chegou a um acordo a respeito da ZONA DE MANEJO COMUNITÁRIO
E ZONA DE MANEJO EMPRESARIAL.
O resultado da discussão em plenária e da reunião dos pesquisadores pode ser visualizado
na proposta final de Prezoneamento (Figura 10).
FIGURA 9: Apresentação do Prezoneamento após trabalho em grupo na Oficina de
Pesquisadores.
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FIGURA 10: Resultado do Prezoneamento desenvolvido pelos pesquisadores.
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Como é possível observar na Figura 10, foram identificados 06 tipos de zonas para a
FLONA do Amapá: Zona Primitiva (verde), Zona de Manejo Florestal Sustentável
Empresarial (roxo), Zona de Manejo Florestal Comunitário (azul claro), Zona de
Recuperação (azul escuro), Zona de Uso Público (azul piscina) e Zona Populacional
(vermelho).
4.4 Ações de Pesquisa e Monitoramento
Depois das apresentações introdutórias e dos trabalhos nos mesmos quatro grupos
anteriores, respondendo às perguntas citadas nas metodologias, os participantes chegaram
aos seguintes resultados:
Fortalezas Ações Estrutura
Grande diversidade de espécies
da fauna e flora
RAP em 6 áreas em duas
estações (seca e cheia)
Monitorar anfíbios
Desenvolvimento População
Ecologia das ariranhas
Biologia e Distribuição das
novas espécies de peixes
Florística e fito da região do
Braço
Micro habitats de herpetofauna
no Braço e montanhas
Lobby para editais
Livro
Publicações
Recurso financeiro
Logístico
Espécies endêmicas, ameaçadas
e novas espécies
Alto grau de integridade
ambiental
Comunidade científica envolvida Parcerias instituições pesquisas,
governamentais, ONG, empresas
UC está inserida em um Território
da Cidadania
Infraestrutura material existente
(base, por exemplo)
Cooperação técnico-financeira
Paisagem diversificada
Programa pesquisa e
monitoramento em
biodiversidade (PPBio)
Nascentes dos rios Falsino e
Mutum preservadas
Limnologia e qualidade da
água (análise e monitoramento)
FLONA é rodeada por outras UC Pesquisa de cadeia produtiva e
potencial madeireiro e não
madeireiro com FLOTA
Parceria com FLOTA e PNMT
para pesquisa e gestão
Limites naturais bem definidos Levantamento da situação
jurídica e geográfica do limite
norte
Parceria com IEPA, INCRA e
instalação dos marcos
Baixa identidade demográfica no
interior e entorno
Laudo histórico antropológico
da população local
Parceria com NAEA e IESA
Sítios arqueológicos Levantamento e identificação
de sítios (rios e Igarapé do
Braço)
Parceria UNIFAP
Potencial riqueza mineral Pesquisa de minério de baixo
impacto
Parceria com DNPM e CPRM
Potencial de uso econômico
madeireiro e não madeireiro
Desenvolvimento, Distribuição
e Potencial
Capacitação dos comunitários e
parcerias (Museu do Açaí,
IEPA, EMBRAPA e IEPA)
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Fortalezas (continuação) Ações Estrutura
Moradores querem fazer manejo
não madeireiro
Estudos da interação
planta/animal
Parceria IEAP, EMBRAPA,
UNIFAP, Instituto Franco-
Brasileira, NAEA/UFPA, etc.
Cooperação entre a FLONA e a
Colônia Z-16
Estoque pesqueiro e defeso
Pesquisa Socioeconômica
Parceria com EMBRAPA, IESA,
NAEA
Belezas cênicas com potencial
para uso público e EA
Estudo de viabilidade
econômica do turismo
Diagnóstico do Público alvo
da educação ambiental
Parceria com UC abertas para
visitação Brasil/Guiana
Alojamento
Transporte adequado
Capacitação para moradores
UC está inserida em um Território
da Cidadania
Fortalezas sem ação de pesquisa e monitoramento, na visão do
grupo e da plenária
Infraestrutura material
Cooperação técnico-financeira
Oportunidades Ações Estrutura
Uso econômico de pequeno porte
dos recursos minerais
Monitorar o levantamento do
potencial mineral na FLONA
Estabelecer parceria
ICMBIO/DNPM/SGB
Potencial de uso público do
corredor do Amapá (etnoturismo,
geoturismo, observação)
Realizar estudos de viabilidade
do potencial turístico, limite
aceitável de carga
Estabelecer parceria
ICMBIO/SETUR
Potencial madeireiro x potencial
de preservação
� Estabelecer experimentos com
diferentes intensidades de
exploração madeireira
� Integrar as parcelas
permanentes a REDFLOR
� Aproveitar os dados das
parcelas permanentes
(empresas) para
monitoramento e pesquisa
� Estabelecer parcerias
institucionais (INPA, UNIFAP,
UEAP, EMBRAPA, LPF)
� Logística e alojamento da
UC/EMBRAPA
� Apoio financeiro (bonificação) por
parte dos concessionários
Infraestrutura prevista da FLOTA Envolver o IEF e SEMA/AP no
Conselho Consultivo da FLONA
Agregar informações –
FLONA/FLOTA (inventário florestal,
socioeconômico e fauna)
Equipe multidiciplinar, Instituições
parceiras, Logística FLONA/FLOTA
Similaridade de usos/objetivos
Cooperação com outras UCs
Bonificação das empresas para
municípios de entorno
Levantamento do potencial e
demais demandas de apoio para
o entorno e interior
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Oportunidades (continuação) Ações Estrutura
Grade de pesquisa do PPBio Fortalecer e apoiar as pesquisas
desenvolvidas na grade
Alojamento da UC
Instalação de unidade de
processamento de produtos
florestais e agrícolas nas áreas
não UC (Porto Grande)
Realizar o estudo da cadeia
produtiva
Parcerias SEBRAE e instituições
afins
Programas de geração de renda
nos assentamentos = parceria de
conservação
Estudo socioeconômico Parcerias IEF
Fortalecer as organizações locais Identificar as organizações e
dificuldades locais
Existência dos territórios de
cidadania
Acompanhar as ações dos
territórios de cidadania
ICMBIO/FLONA
Programa de apoio (Walmart/CI)
2008-2014
Apresentar e participar com
propostas no programa
ICMBIO, Conselho Consultivo e
instituições parcerias
Envolvimento das populações
locais nas atividades produtivas
Estudo socioeconômico
Reaproveitamento com
qualificação sobre novas práticas
da população que atuava nos
garimpos (uso comunitário da
mineração)
Geração de renda em Porto
Grande
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Fraquezas Ações Estrutura
Lacunas de conhecimento Realizar pesquisas nas áreas abaixo:
Espeleologia (B)
Vetores
Invertebrados (entomofauna, etc.)
Levantamento arqueológico
Ampliação e aprofundamento dos estudos
socioeconômicos
Estudo de bioindicadores (algas e briófitas)
Viabilidade e possíveis impactos da extração de
recursos madeireiros e não madeireiros
Estudo de qual seria o tipo mais adequado de
turismo para FLONA
Análises de qualidade de água (física, química e
físico-química)
Estudos bióticos, observando sazonalidade
RAP/RAPELD
Geo: Verificação em campo: Geologia, Hidrologia,
Hidrografia, Espeleologia
Carcinofauna: Inventários mais completos (espécies
medicinais); Bioecologia: pseudothephusidade e
trichodactylidade
Aves: Inventários nas diferentes variações florísticas
na UC
Quiro: Novos inventários
Masto: Roedores e marsupiais: aprimorar
inventários; Mais pesquisas: Ariranha, Tatu Canastra,
Onça Pintada, Gato do Mato (1 espécie)
Vegetação: Mais coleta botânica; Plantio de cipó
titica
Socioeconomia: Aperfeiçoar instrumentos de coleta
de dados; Aprofundar pesquisas socioeconômicas;
Vetores de doenças endêmicas
Conflitos de interesses políticos e econômicos
(efeitos da pressão sobre a Unidade, com benefícios
para grandes grupos empresariais em detrimento da
comunidade)
Promover eventos para trocas entre os
pesquisadores de todas as áreas (aberto ao público)
Carro
Barco
Combustível
Base de apoio para
pesquisadores
Logística
Equipe de Pesquisadores
Multidisciplinar (com
experiência)
Fortalecimento e
fortalecimento de
pesquisadores locais
(parcerias)
Local para grandes
eventos e materiais
necessários
• Áreas temáticas
• Áreas geográficas
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
23
Fraquezas (continuação) Ações Estrutura
Assentamento: condições de
vida, falta de comunicação
entre os órgãos e destes
com os moradores
Promover reuniões entre pesquisadores, instituições
e comunidade local
Produção de material de EA
Promover reuniões entre pesquisadores e
comunidade (maior proximidade/troca)
Equipe de EA
Fragilidade da organização
social comunitária
Estudo e acompanhamento pessoal da organização
comunitária
Uma pessoa responsável
com experiência com
associações
comunitárias
Falta de estudo de cipó
titica: capacidade de
produção
Mapeamento da distribuição desse recurso Parcerias com
instituições como
EMBRAPA, que
trabalham com produção
Número reduzido de
gestores
Fraquezas sem ação de pesquisa e monitoramento, na visão do grupo e da
plenária
Impossibilidade de
contratação de guarda-
parque
Caça/garimpo (poluição
serra); pesca/ramal; pista de
pouso
Falta de estudos nos
afloramentos: biótico,
abiótico, social
Falta de outra base
Fragilidade dos órgãos não
governamentais
Fragilidade dos órgãos
públicos locais
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
24
Ameaças Ações Estrutura
Falta de transparência nas
políticas públicas
Criar um observatório de
políticas públicas
� Implantar um fórum ativo de
políticas públicas
conservacionistas
� Criar um programa de
monitoramento de políticas
públicas relacionadas à
FLONA
Estratégias políticas e
empresariais para apropriação
dos recursos naturais da
FLONA
Modificação da legislação
ambiental
Incerteza sobre os interesses
embutidos no apoio dado pelas
ONG internacionais
Conflitos de interesses políticos
e econômicos
Exploração mineral Estudos da biodiversidade e
fragilidade dos locais propícios
a mineração e instalação de
hidrelétricas
� Criar um programa de análise
de empreendimentos...
� Programa de articulação com
instituições de pesquisas e
ensino
Hidrelétricas
Interesse do setor madeireiro
Retirada de seixos Priorizar pesquisa com ênfase
na pesca
Pressão sobre recursos
pesqueiros
Estudo do estoque pesqueiro e
capacidade de suporte e fatores
externos, como a extração de
seixo
Programa de manejo para
pesca
Doenças endêmicas � Estudos das endemias e
vetores na região
� Diagnóstico de saúde da
população local e serviços
Programa de saúde pública e
qualidade de vida
Caça e pesca clandestina e
predatória
Diagnóstico sobre pesca e caça
clandestina
Reforço na fiscalização,
educação ambiental e
alternativas de renda
� Programa de educação
ambiental
� Programa de proteção
ambiental
� Programa de alternativas de
geração de renda
Assentamentos sem
planejamento
Articulação com o INCRA e
diálogo com os assentados
Programa de articulação
comunitária institucional
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
25
4.5 Encaminhamentos
Ao final da oficina, foram listados os seguintes encaminhamentos:
- Recomendou-se que sejam revisados os resultados produzidos pelo IESA (Instituto de
Estudos Socioambientais) nos levantamentos socioeconômicos e que os Diagnósticos
Rurais Participativos (DRP) produzidos sejam verificados;
- Foi sugerido que se organizasse uma oficina com os moradores locais antes da OPP para
a definição da zona de manejo comunitário;
- Foi sugerido que se faça um resgate histórico da exploração do Acapú pelos portugueses
para contextualizar o uso da espécie no Amapá;
- O mapa de Prezoneamento será levado para validação na OPP;
- O Programa de Pesquisa e Monitoramento será trabalhado para equipe de Planejamento
do Plano de Manejo e apresentado na OPP.
5. Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei Federal no 9.985/00, de 18 de julho de 2000.
Instituição do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Diário Oficial da União ,
Brasília, DF, 18 de jul. de 2000.
BRASIL. Decreto n°96.630 de 10 de abril de 1989. Cr ia, no Estado do Amapá, a Floresta
Nacional do Amapá, com limites que especifica, e dá outras providências. 1989.
ICMBio. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo de Florestas
Nacionais. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Ministério do
Meio Ambiente, Brasília, 2009.
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26
ANEXO 1
Análise Preliminar dos Resultados
De acordo com o agrupamento das informações trabalhadas na Oficina de Pesquisadores,
sugere-se que sejam objetivos específicos de manejo da FLONA do Amapá:
• Garantir a manutenção da biodiversidade;
• Proteger a sociobiodiversidade;
• Garantir o uso econômico, a longo prazo, das espécies madeireiras comercialmente
conhecidas (acapú, ipê, piquiá) e emergentes (por exemplo, angelim, louro e virolas),
de recursos não madeireiros (principalmente o açaí e cipó-titica) e pesqueiros
(incluindo potencial atividades de produção aquicola) e do potencial turístico;
• Garantir a realização de pesquisas visando a proteção de espécies de especial
interesse para conservação (cinegéticas, raras, endêmicas, ameaçadas e
bioindicadoras) e de espécies que apresentam potencial de aproveitamento
econômico, ampliando o conhecimento sobre a biodiversidade da FLONA;
• Garantir a sustentabilidade da UC aplicando os resultados das pesquisas realizadas;
• Proteger a microbacia do Igarapé do Braço;
• Salvaguardar os interesses das populações locais e do entorno, integrando-as nas
atividades da FLONA do Amapá;
• Ter um conselho fortalecido atuando na regulamentação do uso dos recursos;
• Garantir o ótimo estado de conservação dos recursos minerais, visando pesquisa de
potencial aproveitamento econômico;
• Assegurar a fiscalização efetiva da unidade;
• Assegurar a gestão efetiva da unidade buscando sustentabilidade econômica da UC;
• Propiciar desenvolvimento local do entorno da FLONA.
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
27
De acordo com as informações provenientes da Oficina de Pesquisadores, organizou-se a
seguinte matriz, visando facilitar o trabalho de organização dos dados do Programa de
Pesquisa e Monitoramento a ser realizado pela Equipe de Planejamento.
PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO Subprograma – PESQUISA DA BIODIVERSIDADE
AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades Realizar RAP/RAPELD em
diferentes áreas em duas estações (seca e cheia)
- Grande diversidade de espécies da fauna e flora;
- Espécies endêmicas, ameaçadas e novas espécies;
- Alto grau de integridade ambiental;
- Envolvimento da comunidade científica;
- Existência de paisagem diversificada;
- Programa de Pesquisa e Monitoramento em
Biodiversidade (PPBio)
- Lobby para Editais; - Publicações;
- Busca de financiamento; - Apoio logístico;
- Parcerias com instituições de pesquisa governamentais, ONG
e empresas; - Parceria para uso da estrutura
existente por estar em um Território da Cidadania;
- Cooperação técnico-financeira
Avaliar o desenvolvimento, população e ecologia das ariranhas
(Ptenonura brasiliensis) Realizar estudos de biologia e
distribuição das novas espécies de peixes
Pesquisar os microhabitats de espécies da herpetofauna e
morcegos nos Igarapés do Braço e nas montanhas
Realizar estudos mais completos sobre carcinofauna, focando em:
- Espécies medicinais - Bioecologia de Pseudothephusidae
e Trichodactylidae
Lacuna de conhecimento
Realizar estudos de avifauna nas diferentes fitofisionomias existentes
na UC Realizar novos inventários de Quirópteros em outros locais
Aprimorar os inventários de roedores e marsupiais
Realizar pesquisas relacionadas aos mamíferos presentes na FLONA e
ameaçados de extinção: - Ariranha -Ptenonura brasiliensis,
- Tatu Canastra Priodontes maximus - Onça Pintada - Panthera onca e
- Tamanduá bandeira – Myrmecophaga tridactyla
Mapeamento da distribuição do cipó titica e da sua capacidade de
produção Promover uma área experimental de
manejo do cipó titica (Heteropsis flexuosa)
Realizar estudos de limnologia Existência das nascentes
preservadas dos rios Falsino e Mutum
- Parcerias com instituições de pesquisa governamentais, ONG
e empresas; - Parceria para uso da estrutura
existente por estar em um Território da Cidadania;
- Cooperação técnico-financeira
Realizar pesquisas sobre espeleologia Lacuna de conhecimento
- Apoio logístico para pesquisadores;
- Equipe multidisciplinar com experiência;
- Fortalecimento de parceria entre pesquisadores locais
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
28
PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO Continuação do Subprograma – PESQUISA DA BIODIVERSIDADE
AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades Realizar estudos de bioindicadores
com algas e briófitas
Lacuna de conhecimento
- Apoio logístico para pesquisadores;
- Equipe multidisciplinar com experiência;
- Fortalecimento de parceria entre pesquisadores locais
Estudos sobre biologia e ecologia de peixes para determinação dos
períodos de defeso
Fortalecer e apoiar as pesquisas desenvolvidas na grade do PPBio
Grade de Pesquisa do PPBio Alojamento da UC
Estudo da fragilidade dos locais propícios à mineração e instalação
de hidrelétricas
- Exploração mineral; - Hidrelétricas
Estudos sobre impacto da retirada de seixos sobre os estoques
pesqueiros Retirada de Seixos
Subprograma – PESQUISA DA SOCIOECONOMIA AÇÃO FOFA relacio nadas Parcerias e/ou necessidades
Realização de estudos socioeconômicos
- Programas de geração de renda nos assentamentos (parceria de conservação);
- envolvimento das populações locais nas atividades produtivas
Parceria IEF
Estudos de levantamento sobre a situação jurídica e geográfica do
limite norte da FLONA Limites naturais bem definidos
Parceria com IEPA, INCRA e instalação dos marcos
Estudos de levantamento e identificação de sítios arqueológicos
nos rios e no Igarapé do Braço Sítios Arqueológicos Parceria UNIFAP
Pesquisa de cadeia produtiva e potencial madeireiro e não
madeireiro em parceria com FLOTA
FLONA ser rodeada de outras UC
Parceria com FLOTA e PNMT (Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque) para pesquisa e gestão
Realizar estudos da viabilidade e potenciais impactos da extração de
recursos madeireiros e não madeireiros
Lacuna de conhecimento
Realizar estudos sobre plantio de cipó titica
Realizar levantamento do potencial e das demandas para apoio das comunidades do entorno e do
interior da UC
Bonificação das empresas para municípios do entorno;
- Agregar informações FLONA/FLOTA (inventário florestal, socioeconômico e
fauna); - Equipe multidisciplinar,
instituições parceiras, logística FLONA-FLOTA
Realizar laudo histórico antropológico da população local
Baixa densidade demográfica no interior e entorno
Parceria com NAEA e IESA
Avaliar a distribuição, o desenvolvimento e o potencial de uso econômico madeireiro e não
madeireiro
Potencial econômico de espécies madeireiras e não-
madeireiras
Parcerias com Museu do Açaí, IEPA, EMBRAPA e IEPA
Realizar a capacitação dos comunitários
Parcerias com Museu do Açaí, IEPA, EMBRAPA e IEPA
Identificar locais viáveis para a
criação, em tanque-rede de peixes
de interesse comercial como pacu e
curupeté
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
29
PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO Continuação do Subprograma – PESQUISA DA SOCIOECONOMIA
AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades Realizar experimentos com diferentes intensidades de
exploração madeireira Potencial madeireiro X
potencial de preservação
- Logística e alojamento da UC/Embrapa;
- Apoio financeiro (bonificação) por parte dos concessionários; - Parcerias com INPA, UNIFAP,
UEAP, EMBRAPA, LFP.
Fazer integração das parcelas permanentes à REDFLOR
Utilizar dos dados das parcelas permanentes (das empresas) para
realização de pesquisa
Realizar estudos da cadeia produtiva
Instalação de unidade de processamento de produtos
florestais e agrícolas nas áreas vizinhas à UC (Porto Grande)
Parcerias SEBRAE e instituições afins
Realizar pesquisa participativa
avaliando a intensidade e forma de
exploração dos recursos
Realizar estudos das interações planta/homem
Moradores querem fazer manejo não madeireiro
Parceria IEAP, EMBRAPA, UNIFAP, Instituto Franco-
Brasileira, NAEA/UFPA, etc. Realizar estudos de avaliação dos
estoques pesqueiros, capacidade de suporte e períodos de defeso
Cooperação entre FLONA e Colônia de Pesca Z-16
Parceria com EMBRAPA, IESA, NAEA
Realizar estudos de viabilidade econômica de turismo
- Existência de beleza cênica com potencial para uso público
e Educação Ambiental - Potencial uso público do
corredor do Amapá
- Parceria com UC abertas para visitação no Brasil e nas
Guianas - Alojamento
- Transporte adequado - Parceria entre ICMBio e
SETUR
Realizar estudos de capacidade de suporte do turismo
Realizar diagnóstico do público alvo para atividades de Educação
Ambiental Capacitação para moradores atuarem como guias locais
Identificar as organizações locais e suas principais dificuldades
-fortalecimento das organizações locais
Parcerias IEF
Realizar estudos e acompanhamento da organização
comunitária
- fragilidade da organização social comunitária
Realizar diagnóstico sobre pesca e caça clandestinas
Identificar e apoiar o resgate das ocupações históricas na região
Subprograma – PESQUISA NA ÁREA DA SAÚDE AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades
Realizar diagnóstico de saúde da população local e serviços
Realizar pesquisa sobre doenças endêmicas e vetores na região da
FLONA
Subprograma – PESQUISA DE FATORES ABIÓTICOS AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades
Inventariar o patrimônio natural renovável e não-renovável
Realizar pesquisas de minério de baixo impacto
Potencial riqueza mineral
Realizar levantamento em campo sobre geologia, hidrologia e
espeleologia
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
30
Subprograma – MONITORAMENTO DA BIODIVERSIDADE AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades
Monitorar o levantamento do potencial mineral da FLONA
Uso econômico de pequeno porte dos recursos minerais
Estabelecer parceria entre ICMBio/DNPM/SGB
Parceria com os assentamentos para conservação
Parceria IEF
Acompanhar as ações dos territórios da cidadania
ICMBIo/FLONA
Apresentação do programa de apoio (Walmart-CI) Programa de apoio (Walmart-
CI), 2008 a 2014 ICMBio, Conselho Consultivo e
Instituições parceiras Participação do programa de apoio com apresentação de propostas
Subprograma – MONITORAMENTO NA ÁREA DA SAÚDE AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades
Monitorar os vetores de doenças endêmicas
Subprograma – MONITORAMENTO DE FATORES ABIÓTICOS
Análise e monitoramento da qualidade da água
Existência das nascentes preservadas dos rios Falsino e
Mutum
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Nos quadros acima foram mantidas as atividades relacionadas diretamente com o Programa
de Pesquisa e Monitoramento. As demais atividades discutidas e que poderão ser incluídas
em outros programas a serem trabalhados na OPP, encontram-se listadas abaixo. Essa lista
inclui também ações antes citadas como objetivos e que talvez possam melhor ser
aproveitadas como programas e /ou atividades.
AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades
Promover evento para intercâmbio entre pesquisadores de diferentes partes,
também aberto ao público
Promover reuniões entre pesquisadores, instituições e
comunidade local
Produção de material de EA
Promover reuniões entre pesquisadores e comunidade (maior proximidade/troca)
Criar um observatório de políticas públicas
- Falta de transparência nas políticas públicas;
- Estratégias políticas e empresariais para apropriação
dos recursos naturais da FLONA;
- Modificação da legislação ambiental;
- Incerteza sobre os interesses embutidos no apoio dado pelas
ONG internacionais; - Conflitos de interesses políticos e econômicos
Implantar um fórum ativo de políticas públicas conservacionistas
Criação de um programa de monitoramento de políticas públicas
relacionadas à FLONA
Criar um programa de análise de empreendimentos
exploração mineral hidrelétricas
interesse setor madeireiro
Programa de articulação com instituições de pesquisa e ensino (estudos da fragilidade dos locais
propícios para mineração e instalação de hidrelétricas)
Reforçar a fiscalização, educação ambiental e alternativas de renda
Caça e pesca clandestinas
Criar programa de articulação comunitária institucional (articulação
com INCRA e diálogo com assentados)
Assentamentos sem planejamento
Envolver o IEF e SEMA/AP no Conselho Consultivo da FLONA
- Infraestrutura prevista FLOTA - Similaridades de
usos/objetivos - Cooperação com outras UC
Agregar informações – FLONA/FLOTA (inventário florestal, socioeconômico e
fauna) Equipe multidiciplinar,
Instituições parceiras, Logística FLONA-FLOTA
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
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AÇÃO FOFA relacionadas Parcerias e/ou necessidades Realizar a qualificação sobre novas práticas com a população local que
atuava nos garimpos, reaproveitando seu conhecimento
Uso comunitário da mineração
Intensificar a fiscalização de caça e pesca clandestina
Promover boas práticas de pesca na área de entorno
Priorizar a educação ambiental na região do Porto da Serra
Priorizar o manejo de uso múltiplo e a associação empresa/comunidade
Recuperar áreas alteradas pela ação do
garimpo nos igarapés Santo Antônio e
Capivara
Recuperação da ictiofauna
Garantir a proteção de espécies da fauna (aves e mamíferos de pequeno e
médio porte) de relevante interesse para
o turismo de observação
Viabilizar condições para o
desenvolvimento humano e econômico-social
Cinco reinos Serviços e Pesquisas Ambientais
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FIGURA 11: Fluxograma relacionando os fatores internos (fortalezas e fraquezas) da FLONA do Amapá.
As fortalezas estão representadas pelas caixas arredondadas (verdes), enquanto que as fraquezas são representadas pelas caixas retangulares (vermelhas e laranjas – especificando as lacunas de conhecimento, e roxas – detalhando as atividades ilegais).